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Cancro colon

 Colonoscopia total com biópsia


 TC-TAP
 CEA

Tratamento
 Se <T2, pode-se fazer mucosectomia = resseção local
 Cirurgia
o Resseção – a extensão depende da localização do tumor e do suprimento vascular. Devem ser
retirados 12 gânglios. Depois disso será feita uma anastomose.
o Se irressecável, então fazer um bypass.
 Se >T4, então resseção em bloco.
 Se metastático  resseção de metástases hepáticas (até 3) e pulmonares. Carcinomatose
peritoneal com quimioterapia intra-peritoneal.

QT adjuvante: pode ser feita QT adjuvante consoante os achados patológicos após a cirurgia. Ou seja,
estadio III (invasão ganglionar) podem precisar de QT adjuvante. Atualmente já existem outros critérios e
doentes com estadio inferior também podem ser propostos. É baseada em fluoropirimidinas – 5FU ou
capecitabina. Se o doente tiver bom performance status, também se pode usar oxaliplatina em
combinação.

RT: nunca indicada, risco de enterite rádica.

QT neoadjuvante: não indicada por rotina.

Avançado: fazem-se também “outras moléculas”

Cancro reto
 Colonoscopia/retossigmoidoscopia com biópsia
 TC-TAP
 RM pélvica
 Eco endorretal nos estádios mais precoces
 CEA

Tratamento
 <T2 (localizados) = excisão local
 N+ = resseção radical. Associada a TME do Bill Heald, que diz que a excisão deve ser feita através de
um plano descrito por ele – menos hemorragias e melhor controlo local.
o Pode ser anterior do reto nos tumores altos, e o doente ficará com uma anastomose. Aqui
pode-se fazer uma chamada “excisão parcial do mesorreto” e não total. A nomenclatura
“parcial ou total” diz respeito à extensão longitudinal e não circunferencuial.
o Pode ser resseção abdomino-perineal (uma amputação) – ocorre nos tumores baixos, quando
o limite inferior do tumor já invade o esfíncter. Não se faz anastomose, o doente terá de ficar
com uma colostomia definitiva.

 >T3 = QRT neoadjuvante para reduzir o tamanho do tumor.


 Cancro do reto localmente avançado (LARC) – toda a terapêutica adjuvante é administrada antes da
cirurgia = TNT = terapêutica totalmente neoadjuvante.
 Metastático – QT paliativa.
 Há uma cirurgia que é a proctocolectomia total (retirar mesmo tudo) com criação de bolsa ileal e
anastomose burso-anal. Faz-se nos doentes com PAF, síndrome de lynch que tenham cancro do
reto.
1) Retira-se todo o cólon e o reto, mas mantém-se o ânus. Fica o íleo e o ânus. Faz-se com que o ileo
fique em forma de J e liga-se ao ânus. Permite armazenar o conteúdo fecal. Como há risco de leak,
faz-se prevenção com ileostomia temporária de 2 meses. Isto permite dar algum tempo para
cicatrizar e depois começa-se a usar o pouch.

2) 2 meses após o paciente tem reintervenção – tira-se a ileostomia e reconstrói-se o trato para
começar a usar o pouch.

Na cirurgia de 3 tempos (quando é feita de urgência), primeiro remove-se o cólon e o reto é deixado no
sítio. O reto é deixado lá, e o ileo comunica com o exterior = ileostomia.
3 meses depois, quando o doente estiver suficientemente bem, fazemos então o J pouch e tiramos o reto –
e conectamos o j pouch ao ânus. Aqui fazemos também uma ileostomia temporária.
Depois na 3ª fase reconstruímos então o trânsito normal.
Cancro esófago
 EDA + biópsia = diagnóstico definitivo
 TC-TAP, PET-TC
 Ecoendoscopia
 Se CPC: broncofibroscopia, ORL
 Estadiamento funcional

Cancro estômago
 EDA+biópsia
 TC-TAP
 Ecoendoscopia
 Laparoscopia de estadiamento

Cancro fígado
 Ecografia abdominal + TC
 Alfa-fetoproteína
 Biópsia apenas se não cirrótico

Tumor maligno Tumor benigno


 CHC  Hemangioma – hiperecogénico; na TC
 Colangiocarcinoma ganha contraste à periferia
 Hiperplasia nodular focal – isoecogénico (só
se vê com o doppler), tem uma cicatriz
central.
 Adenoma – no homem deve ser retirado,
mas na mulher não porque surge associado
a contraceptivos orais. Ganha contraste na
TC.

Até prova em contrário, qualquer lesão focal num fígado cirrótico corresponde a carcinoma hepatocelular. Este vai
ganhar contraste na fase arterial e perde densidade na fase portal – “washout” (= perda de contraste da fase arterial
para venosa).

Tratamento CHC  BCLC


 Very early stage – apenas uma lesão <2cm  ablação. Pode ser feia resseção (se não tiver HTP) ou
transplante se doente for candidato.
 Early stage -- <3 nódulos pequenos. Temos de ver se tem HTP – porque pode ser feito transplante,
mas se contraindicado faz-se ablação. Se não tem HTP, faz-se resseção.
 Multinodular – TACE (quimioembolização), transplante ou tratamento sistémico se for difuso e
multilobar.
 Estado avançado – invasão portal ou metastização  tratamento sistémico, sorafenib, regorafenib,
cabozantinib.
 Estadio terminal, com função hepática comprometida – best supportive care.
Cancro do rim
 Ecografia renal
 TC-TAP com contraste - classificação bosniak – 1 e 2 benignos, follow-up. 3 e 4 precisam de cirurgia.
 Estadiamento: TC-TAP, Rx tórax, cintigrafia óssea se queixas
 Não pode ser biopsado.

Tratamento
 Não metastátitco
o Se <7cm  nefrectomia parcial
o Se maior/invasivo  nefrectomia total
 Metastático
o Nefrectomia citorredutora
o Terapêutica sistémica ALVO – imuno, inibidores cinases, anti-angiogénicos
o Não se faz QT nem RT – são tumores resistentes.

Cancro urotélio
 Análises laboratoriais
 Avaliação de todo o trato urinário
o Uro-TC
o Cistoscopia para ver diretamente bexiga, ou uretero-renoscopia para ver diretamente
ureteres
 Estudos patologia: biópsia (não obrigatório), citologia urinária para ver células neoplásicas
 Resseção transuretral de tumor vesical permite biópsia

Bexiga
De acordo com o TNM temos dois grandes grupos:
 Não musculo-invasivo (maioria)  RTUV e mitomicina intra-vesical.
 Músculo-invasivo  cistectomia radical com derivação urinária.

Cancro próstata
 PSA
 RM multiparamétrica
 Biópsia

Estadiamento
 Baixo risco – Gleason < 6, PSA <10, não palpável
 Intermédio – gleason 7, PSA 10-20, palpável
 Alto risco – gleason >8, PSA >20

Cancro do testículo
 Ecografia escrotal
 Marcadores tumorais: alfa-fetoproteína, beta hCG, LDH  antes e depois da cirurgia
 Histologia só depois da cirurgia (orquidectomia radical feita em todos os doentes)
 TC-TAP só depois da cirurgia
 Massa testicular é sempre para operar. Pode ser adicionada QT ou RT.
Cancro da mama
Ok

Cancro do colo do útero


 Associado a HPV – fatores de risco
 Mais comum é o pavimentocelular
 A sua mortalidade tem vindo a diminuir, devido a
o Rastreio: papanicolau, 25-49 anos a cada 3 anos.
o Prevenção: Vacina HPV
 Displasia epitelial é uma lesão pré-maligna, com progressão CIN 1 – 2 – 3. São lesões testadas para
HPV e observadas ao microscópio
 Biópsia da lesão cervical
 Envolvimento bexiga e reto – cistoscopia, rectossigmoidoscopia

Tratamento
 Conização se CIN
 Se cancro cervical invasivo: cirurgia, radioterapia, quimioterapia.
 Doença metastática – QT à base de platinos + bevacizumab, imunoterapia possível.

Cancro do ovário (ovário + trompa + peritoneu)


 CA 125
 Ecografia abdominal e pélvica
 TC-TAP
 Avaliação genética BRCA1 e 2
 Biópsia na cirurgia

Cancro endometrial
 Tumor ginecológico mais comum, pode estar associado a S Lynch
 Ecografia transvaginal
 RM pélvica e TC-TAP para estadiamento
 Biópsia endometrial
 Teste genético
 Geralmente faz-se sempre histerectomia. Pode-se associar RT e QT-

Melanoma
 EO e dermatoscopia
 Olho: fundoscopia e OCT
 Tratamento local + sistémico se metastização – imunoterapia, mutação BRAF

Cancro do pulmão
 Análises laboratoriais para ver SPN
 Rx tórax
 TC-TAP, PET-TC para estadiamento à distância. Pode ser preciso cintigrafia óssea
 TC-CE/RM-CE para avaliação neurológica se clinicamente indicado
 Avaliação laboratorial e cardio-pulmonar para perceber status
 Biópsia por broncofibroscopia ou EBUS
 Diagnóstico molecular

Sarcomas
São tumores raros, habitualmente em doentes jovens.
Podem ser:
 Sarcomas partes moles – gordura, músculo, nervos, vasos
o HFM (histiocitoma fibroso maligno)
o Fibrossarcomas
o Rabdomiossarcomas
o Leiomiossarcomas
o Angiossarcomas
o GIST (nervos)
 Sarcomas ósseos – afetam mais os ossos longos e chatos.
o Osteossarcoma
o Condrossarcoma
o Sarcoma de Ewing
o HFM

Biópsia é muito importante porque há mutações específicas que devem ser consideradas (biologia
molecular).
Na metastização, QT é o gold standard. Contudo, as metástases pulmonares podem ser consideradas para
resseção. No sarcoma de Ewing faz-se sempre QT+RT.

Sarcomas ósseos Sarcomas partes moles


QT > cirurgia > QT  Doença local é cx + RT
 Se metástases, considerar QT
 Nos condrossarcomas, a cirurgia é a  GIST – imatinib é o fármaco mais usado,
primeira opção, porque são quimio e para mutações C-KIT do exão 11.
radiorresistentes por definição.
 Sarcoma de Ewing – QT + RT

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