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28/01/2022 Urologia Carolina Rossi

Tumores do Trato Urinário, CLASSIFICAÇÃO DE BOSNIAK


Dependendo da classificação, os cistos podem ser
do Pênis e dos Testículos suspeitos de neoplasia.

PROF. POMPEU

INTRODUÇÃO
Acometem principalmente pessoas na idade eco-
nomicamente ativa, geralmente são preveníveis e
têm cura quando diagnosticados precocemente – o
advento da USG favoreceu esse diagnóstico pre-
coce.

TUMORES RENAIS
TUMORES RENAIS BENIGNOS Resumidamente, a conduta é:
Mais frequentes: • BOSNIAK 1 E 2 → expectante; não requer sequer
acompanhamento
• Adenoma
Iguais em exames de imagem • BOSNIAK 2F (septações múltiplas ou calcifica-
• Oncocitoma
ções) → acompanhamento
• Angiomiolipoma → diagnóstico por imagem
• BOSNIAK 3 (captante de contraste) E 4 (massa
Menos frequentes:
claramente maligna: áreas sólidas) → indicam ex-
• Leiomioma cisão ou ablação
• Lipoma BOSNIAK 3 E 4 TÊM INDICAÇÃO CIRÚRGICA
• Hemangioma
Cistos sintomáticos, mas sem indicação cirúrgica,
• Tumores justaglomerulares
podem ser submetidos a marsupialização (remo-
Mesmo os mais frequentes são pouco frequentes, ção do conteúdo + o líquido que for produzido de-
pois 80% dos tumores renais são malignos → por pois será reabsorvido pelo peritônio).
isso, tumor renal = nefrectomia.
O quadro clínico dos menos frequentes é similar ao
dos mais frequentes, mas o diagnóstico final só é TUMORES RENAIS MALIGNOS
dado após a retirada do rim. CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS, ADENO-
NÃO EXISTE INDICAÇÃO DE BIÓPSIA RENAL CARCINOMA OU HIPERNEFROMA
ANTES DA NEFRECTOMIA Originado das células tubulares renais, corres-
ponde a 3% das neoplasias em adultos, e a 80% das
ANGIOMIOLIPOMA neoplasias malignas renais. São unilaterais na
Pode ser diagnosticado por TC, RNM com supres- maioria, e bilaterais em 2-4% dos casos.
são de gordura (diagnóstico de certeza) ou USG, di- FATORES DE RISCO – são decorrentes de substân-
ferentemente do oncocitoma e adenoma. cias aspiradas, absorvidas e eliminadas na urina:
Tem risco de ruptura, sendo tratado: • Sexo masculino
• Maior que 4 cm → cirurgia • Idade maior que 40 anos
• IRA tratada com hemodiálise ou transplante
o Tumor próximo ao pedículo → nefrectomia ra-
(risco 2.500x maior)
dical – quem determina se a nefrectomia é par-
cial ou total é a proximidade ao pedículo Transplante: geralmente não se tira o rim do-
o Tumores periféricos → nefrectomia parcial ente, ele fica no mesmo lugar, só se acrescenta
o novo rim, então ele pode sim ter um câncer,
• Menor que 4cm → expectante – possível porque
pois não foi removido
o exame de imagem permite a certeza neste caso
• História familiar
OBS.: Só é feita conduta expectante no tumor pe-
• Tabagismo
queno se for angiomiolipoma, pois é o único com
• Urbanização
diagnóstico de certeza por imagem.
• Obesidade
• Hereditariedade
CISTOS RENAIS • Exposição a cádmio e derivados do petróleo
São lesões comuns, na maioria das vezes assintomá- • Deleção do braço curto do cromossomo 3
ticas: seu diagnóstico é incidental.
Quadro clínico São resistentes a radioterapia. Atualmente, surgi-
EM MAIORIA, É ASSINTOMÁTICO ram esquemas de quimioterapia com boa resposta:
tratamento sistêmico com terapia alvo-molecular e
TRÍADE CLÁSSICA é presente em somente em 10%
bloqueadores de checkpoint imunológico (pazo-
(devido à facilidade de se realizar uma USG, é difícil
panibe, sunitinibe, nivolumabe, ipilimumabe, evoro-
diagnosticar o tumor tão tardiamente a ponto de ter
limo, tensirolimo), além de Interferon em casos avan-
clínica).
çados (tratamento imunológico).
• Dor lombar/abdominal
• Hematúria (principal) – o professor acredita que
se deve sim investigar o tumor em hematúria, ape- SARCOMAS RENAIS
sar de os livros não indicarem essa investigação Correspondem a 3% dos tumores renais, sendo difí-
• Massa palpável cil o diagnóstico diferencial antes da cirurgia.

Diagnóstico Tratamento
É presuntivo, por meio de TC e RNM: 90% das le- • Nefrectomia radical com/sem
sões renais sólidas são neoplasias malignas. o É decidido entre radical/parcial dependendo
Toda lesão renal captante de contraste com compo- da localização do tumor: afinal, não tem como
definir “é radical porque é sarcoma”, já que só
nente sólido é câncer até que se prove o contrário
se sabe que é sarcoma após a retirada
Teoricamente o rastreio assintomático não é indi- • Radioterapia – diferentemente dos CCR, que não
cado, mas o professor defende o USG anual em to- respondem à radioterapia
dos os pacientes.
RECIDIVAS SÃO COMUNS

Estadiamento
METÁSTASE RENAL
O câncer de pulmão é o que mais metastatiza para
o rim (e a recíproca é verdadeira). Também metasta-
tizam para o rim:
• Mama
• Estômago
• Linfoma
OBS.: Tumor em pulmão e rim pode ser tumor de
pulmão com metástase em rim ou vice-versa. Nesses
casos, pode-se fazer nefrectomia e pneumectomia.

TUMORES DA BEXIGA
É uma das doenças urológicas mais comuns, sendo
a 2ª maior causa de câncer urológico (perde ape-
nas para a próstata).

FATORES DE RISCO
• Sexo masculino
• Idade maior que 40 anos
T1 e 2 são limitados ao rim. T3a envolve a cápsula o A maioria é diagnosticada após os 65 anos
renal, T3b envolve a fáscia de Gerota (fáscia renal) e
• Raça afro-americana (incidência 2x maior)
T4 envolve órgãos vizinhos.
• Tabagismo
As principais metástases são: • Exposição a aminas aromáticas (anilina)
• Pulmão (50%)
• Ossos e fígado (30%)
• Cérebro (5%) HISTOLOGIA
• Outros: tireoide, pele, pâncreas, músculos e ór- Podem vir de diversas linhagens, mas 90% são uro-
gãos genitais teliais (de células transicionais) – no rim, a maioria
vinha de células epiteliais tubulares.
Tratamento Cerca de 80% são diagnosticados precocemente,
como carcinomas superficiais ou superficial-
• Nefrectomia radical
mente invasivos (Ta, T1 e Tcis), com bom prognós-
o Remoção de rim, cápsula, adrenal (quando o tico.
tumor é de polo superior) e gânglios do hilo
DIAGNÓSTICO ▪ Indicações de BCG:
▪ Tumor > 5cm
QUADRO CLÍNICO ▪ 3 ou mais tumores
• Hematúria indolor (presente em 80%) • INVASIVO (MÚSCULO-INVASIVO) → T2, T3 e T4
o Tipicamente macroscópica e intermitente o Cistoprostatectomia radical (homem) ou cis-
o Diante de hematúria sem justificativa be- tectomia radical (mulher: remoção também
nigna em paciente > 35 anos, sempre consi- de útero e parede anterior da vagina)
derar câncer de bexiga! ▪ Após isso, o fluxo de urina deve ser redire-
• Dor (tardia: após invasão de estruturas pélvicas) cionado (uretrostomia ou neobexiga a par-
• Sintomas irritativos e obstrutivos (alterações fun- tir de um segmento intestinal)
cionais do m. detrusor ou obstrução) • METASTÁTICO
• Sintomas consumptivos o Quimioterapia (tratamento paliativo: não é
passível de cura)
EXAMES COMPLEMENTARES o Nesses casos, a cistectomia traz mais prejuízo
• Cistoscopia com biópsia (padrão-ouro) do que benefício
• Citologia urinária Deve ser feita cistoscopia periódica pelo alto risco
• Biomarcadores urinários de recidiva.
• RNM e TC (acurácia menor do que a cistoscopia)
A PRINCIPAL FUNÇÃO DOS EXAMES NÃO É TUMORES DE PELVE RENAL E URETER
DIAGNÓSTICO, MAS SIM ESTADIAMENTO (TUMORES UROTELIAIS)
OBS.: A USG de vias urinárias tem baixa acurácia
tanto no diagnóstico quanto no estadiamento. Também conhecidos como carcinoma de urotélio
(mucosa que reveste o trato urinário); os tumores de
pelve representam 5% dos tumores do rim.
ESTADIAMENTO O carcinoma de ureter é mais raro do que o de pelve
renal, mas tem etiologia, quadro clínico e tratamento
similares.
RIM : PELVE : URETER = 51 : 3 : 1
(incidência de câncer proporcional às estruturas em
que a urina passa mais tempo)

FATORES DE RISCO
• Sexo masculino
• Idade maior que 60 anos
• Fumo
• Uso frequente de analgésicos (fenacetina e seus
metabólitos ortoaminofenóis: paracetamol)
• Nefropatia dos Bálcãs (onde 40% dos tumores re-
nais são de pelve renal)
o Raça branca
• Trabalhadores de indústria têxtil (anilina), quí-
Ta: não ultrapassa a
mica, petroquímica, de plástico, carvão, asfalto e
lâmina própria. Tis:
alcatrão
também não atra-
vessa a lâmina pró-
pria mas, por ser mul- MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
tifocal, tem prognós-
• Hematúria macroscópica indolor (principal)
tico pior que Ta.
o Os tumores têm forma de brócolis: uma parte
OBS.: Todos, exceto T4, são restritos à bexiga.
do tumor necrosa e descama, eliminando cé-
lulas malignas na urina
TRATAMENTO ▪ Por isso, a citologia oncótica da urina é
Varia conforme a extensão do tumor: uma boa forma de diagnosticar tumores
uroepiteliais
• SUPERFICIAL (NÃO MÚSCULO-INVASIVO) → Ta,
Tis e T1 • Cólica nefrética (somente por obstrução: tardio)
• Massa abdominal
o Ressecção transuretral (RTU) com/sem
o Esquema de BCG intravesical após ausência
de tumor na 2ª RTU (tratamento imunológico:
estimulante das defesas, para inibir recidivas)
DIAGNÓSTICO o Leucoplasia
o Tumor de Buschke-Lowenstein (condiloma
• USG acuminado gigante)
• Urografia excretora
o Se houver obstrução ureteral causando dis-
PREVENÇÃO
função renal com não captação de contraste,
faz-se a pielografia retrógrada • Postectomia (s/n) no início da vida
• Vacinação contra HPV
• Citologia urinária
• Cessação do tabagismo
• TC com contraste (estadiamento)
• Melhora da higiene íntima
o Também pode ser pielografia retrógrada

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ESTADIAMENTO
• Lesão peniana
O estadiamento do tumor de pelve é o mesmo do
tumor renal, e o de ureter é o mesmo do tumor de o Pode ser exofítica (visível a olho nu), superfi-
bexiga. cial ou ulcerada, persistente e indolor
As metástases de ambos são para os mesmos ór- ▪ Pode se tornar invasiva
gãos que os tumores renais. o Associada a odor fétido
o Resistente ao tratamento local
o Acomete principalmente a glande, mas pode
TRATAMENTO acometer prepúcio, corpo do pênis e escroto
• Nefroureterectomia radical (porque o tumor é o Evolução lenta e uniforme – 70% dos casos
multifocal: se tirar só o tumor, recidiva) são restritos ao pênis
o Inclui retirada do segmento distal do ureter e ▪ Invasão uretral é incomum
uma porção da bexiga ▪ Disseminação é predominantemente lin-
o Não precisa retirar a cápsula renal; apenas a fática (hematogênica é rara)
pelve renal e o ureter o De início, não há dor ou sintomas sistêmicos
Radioterapia não aumenta sobrevida (assim como Sempre, na presença de ulceração peniana, palpar
no adenocarcinoma renal), e a quimioterapia é me- linfonodos inguinais para avaliar metástases. Di-
lhor que a radioterapia. ante da ulceração, não se pede biópsia inicialmente,
mas sim se faz teste terapêutico para cancro duro e
mole (penicilina + ciprofloxacino).
CÂNCER PENIANO
É um tumor raro, que pode surgir no órgão ou na DIAGNÓSTICO
pele (mais comum) na forma de nódulos/feridas
que demoram a desaparecer, ou apenas como mu- TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA
dança na cor/textura da pele. Avaliam a propagação a tecidos alheios.
• É mais raro em países desenvolvidos
Acomete principalmente a base da glande. BIÓPSIA
• BIÓPSIA INCISIONAL: parte da lesão é removida,
FATORES DE RISCO sendo indicada para lesões maiores, ulceradas
ou que parecem ter se espalhado profunda-
• Infecção por HPV sorotipos 16 e 18 mente no tecido
• Baixo nível socioeconômico • BIÓPSIA EXCISIONAL: toda a lesão é removida,
• Más condições de higiene sendo adequada para pequenas lesões; se for
• Circuncisão em idade adulta no prepúcio, pode-se sugerir postectomia
• Fimose • ASPIRAÇÃO POR AGULHA FINA (PAAF): apropri-
• Acúmulo de esmegma – o esmegma não é fator ada para examinar o tecido nos linfonodos
de risco, mas a inflamação que ele causa sim
• Tabagismo
• Tratamento de psoríase com luz UVA – é necessá- Carcinoma epidermoide do pênis (CEP)
rio usar placa protetora no pênis Representa 95% dos tumores malignos do pênis.
• Idade > 55 anos Formado por células escamosas gerando tumora-
• AIDS ções exofíticas ou ulceradas, que se infiltram em di-
• Lesões pré-malignas ferentes estágios.
o Eritroplasia de Queyrat (placa avermelhada na Possui graduação histológica com base no grau de
glande ou em outras mucosas) atipia celular (diferenciação).
o Doença de Bowen (carcinoma espinocelular • Grau I: 25% de chance de metástase
in situ; baixo grau de invasão, com cresci- • Grau II: 50% de chance de metástase
mento apenas lateral) • Grau III: 80% de chance de metástase
Outros tipos de tumores • POSTECTOMIA (recorre em 30% dos casos)
• Melanoma • PENECTOMIA PARCIAL – permite ainda atividade
• Tumores metastáticos (origem em bexiga, prós- sexual
tata ou retossigmoide) • PENECTOMIA TOTAL E URETROSTOMIA PERI-
NEAL
• TÉCNICA DE CIRURGIA MICROGRÁFICA DE
ESTADIAMENTO MOHS: tumores pequenos com exame microscó-
Avaliado por TC ou RNM. pico de cada camada (preservação da haste pe-
niana)
o Remove progressivamente camadas até re-
TNM mover toda a lesão
É mais o Alta recidiva em lesões > 2cm ou com histolo-
detalhado. gia desfavorável
• FOTORRADIAÇÃO COM LASER: pequenas le-
sões superficiais
• CRIOTERAPIA: tumores pequenos na extremi-
dade peniana ou diante da recusa a outros trata-
mentos cirúrgicos
• EMASCULAÇÃO (penectomia total + escrotecto-
mia + orquiectomia = castração): invasão do
corpo cavernoso e do escroto
• RADIOTERAPIA EXTERNA: diante de recusa ao
tratamento cirúrgico
o Há resistência e os índices de recidiva são al-
tos + complicações locais (estenose uretral,
fístula urinária e fibrose de corpos cavernosos)
• CISTOPROSTATECTOMIA (ressecção da parede
abdominal ou hemipelvectomia): casos extremos
• POLIQUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE SISTÊ-
MICA: uso excepcional em lesões localmente
avançadas com o objetivo de preservar o pênis

LINFONODOS REGIONAIS

ESTADIAMENTO DE JACKSON
É mais útil na prática clínica, mas está entrando em
desuso.

TRATAMENTO
É dividido em duas partes: tratamento da lesão pri-
mária e dos linfonodos.

LESÃO PRIMÁRIA

• Seguimento clínico sem linfadenectomia: lesão


primária Tis ou TI-G1, com linfonodos inguinais
não palpáveis
• Linfadenectomias menos extensas (questionável)
• Linfadenectomia inguinal modificada (explora
Objetivo: exsérese completa com margem de segu- apenas as áreas linfáticas mais acometidas)
rança de 1-2cm. Pode ser:
• Linfadenectomia inguinal superficial conven- FATORES DE RISCO
cional bilateral: indicada em todos os casos de
linfonodos palpáveis ou com lesão primária de • Criptorquidia
estádios T2-T4 e/ou grau de diferenciação celu- o Teoria in utero – por alguma alteração intrau-
lar G2-G3 terina, que promoveu tanto a criptorquidia
• Dissecção dos linfonodos profundos: requer sec- quanto a malignização
cionar também os vasos femorais (troca por pró- o Teoria da posição – exposição ao ambiente ab-
teses vasculares – menor risco de infiltração e de dominal/pélvico
complicações hemorrágicas) e se aplicar uma qui- • História de tumor testicular contralateral
mioterapia sistêmica • História familiar
• Radioterapia inguinal: em metástases linfono- • Infertilidade (espermograma alterado)
dais, deve ser associado ao uso de adjuvante e • Filhos de mães que fizeram estrogenioterapia na
de neoadjuvante gestação
• Microlitíase testicular
• Trauma
TUMORES METASTÁTICOS
• Hérnia inguinal
Devem ser tomadas medidas sistêmicas após a ex-
• Tabagismo
sérese da lesão primária: associação mitocina C,
metotrexato, bleomicina e cisplatina. OBS.: Vasectomia não é fator de risco!
OBS.: Não existe prevenção primária, já que a mai-
oria dos fatores de risco são inevitáveis.
SEGUIMENTO

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Massa testicular indolor unilateral endurecida
o Ou só aumento no volume global testicular
• Ginecomastia e/ou mastalgia – o tumor secreta
HCG, que estimula a mama
• Puberdade precoce (tumores das células de Ley-
dig e de Sertoli, menos comuns)
Basicamente o único exame necessário é o USG de Em casos com disseminação sistêmica pode haver
abdome; os outros variam conforme necessidade. (presentes em 20%):
• Massa abdominal palpável
PROGNÓSTICO • Massa cervical
• Cólica nefrética
MAIOR FATOR PROGNÓSTICO: ACOMETI- • Dor lombar
MENTO LINFONODAL
• Dor abdominal
Obtém-se cura na maioria dos casos. • Cefaleia
Tem-se média de sobrevida de 5 anos para pacien- • Dispneia
tes com infiltração linfática inguinal (N2). Pacien- CÂNCER DEVE SER A PRIMEIRA HIPÓTESE EM
tes com infiltração pélvica (N3) ou com metástases CASOS DE AUMENTO TESTICULAR INDOLOR
(M1) raramente vivem esse tempo.
A maioria dos pacientes previamente potentes com
haste > 4 cm mantém a capacidade de penetração. DIAGNÓSTICO
HPV OU P53 MUTADO PREDIZEM MAIOR • USG (diferenciar origem)
AGRESSIVIDADE o Testicular → geralmente cancerosa
▪ Seminomas: lesões hipoecoicas bem defi-
CÂNCER TESTICULAR nidas, sem áreas císticas
▪ Não seminomas: massas heterogêneas
Tumor raro caracterizado pela presença de um nó- com calcificações, áreas císticas e mar-
dulo duro (cancro testicular), indolor. Pode ser gens mal definidas
confundido (ou mascarado) com orquiepididimites. o Extratesticular → geralmente benigna
É mais comum entre 15 e 35 anos (homens mais jo-
• RNM (apenas em caso de USG não conclusivo)
vens em relação aos outros tumores urológicos), e
• TC de abdome e pelve (estadiamento)
entre homens que sofreram traumas na região (ex.:
• Marcadores tumorais séricos (não diagnóstico,
atletas).
mas seguimento após tratamento, para verifi-
O tumor de células germinativas corresponde a car se há metástase remanescente ou recidiva,
95%, e é dividido em seminomas (incide aos 30-40 além do estadiamento – TNMS)
anos, é mais comum e é menos agressivo) e não se-
o Alfafetoproteína (AFP) – NÃO é produzida por
minomas.
seminomas
o Gonadotrofina coriônica humana (HCG) A QUIMIOTERAPIA TEM O MAIOR IMPACTO
o Desidrogenase lática (DHL) NA DOENÇA AVANÇADA OU METASTÁTICA
• Biópsia (identifica os subtipos)
NÃO SEMINOMAS
ESTADIAMENTO TNMS Usa quimioterapia e linfadenectomia retroperito-
neal como adjuvantes à orquiectomia radical, pois
não são responsivos à radioterapia.

SEMINOMAS
Usa quimioterapia e radioterapia como adjuvantes
à orquiectomia radical, dependendo do estadia-
mento.
OBS.: A incisão é inguinal, não escrotal, por causa
do risco de disseminação (mistura de 2 grupos de
drenagem linfática).
• Linfáticos do testículo (profundos) → retroperitô-
nio
• Linfáticos do escroto (superficial) → inguinais
Se houver disseminação para o escroto, você trans-
forma um estádio I em estágio IV.
No tumor de testículo, não vale a pena fazer a ob-
servação vigilante – diferentemente do câncer de
próstata que cresce lentamente, dificilmente causa
metástases e acomete mais pacientes idosos.

PROGNÓSTICO
Depende da histologia e da extensão do tumor. Há
sobrevida em 5 anos para pacientes com:
• Seminomas
• Não seminomas localizados
• Não seminomas com metástases pequenas no re-
troperitônio

RESUMO
Seminoma Não seminoma
Marca- Aumento de DHL e Aumento de HCG,
ESTADIAMENTO TNMS AGRUPADO dores HCG DHL e AFP
Compor- Crescimento indo- Crescimento rápido
tamento lente (15% têm (65% têm metástase
metástase ao Dx) ao Dx)
Sensibili- Sensível à radio- Resistente à radiote-
dade terapia rapia

TRATAMENTO
De forma geral:
• Suspeita de neoplasia → orquiectomia radical
via inguinal (já é curativa se for localizada + per-
mite estudo histopatológico)
o Biópsia e orquiectomia transescrotais são
contraindicadas – maior risco de disseminação

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