Confirma que o título sintetiza os efeitos do cerco. O título sintetiza os efeitos do cerco de Lisboa, em concreto, as angústias, as aflições e a escassez de alimentos.
Classifica este narrador.
O narrador é omnisciente, uma vez que tem conhecimento de todos os acontecimentos bem como as emoções dos personagens.
Quais são as características que conferem ao texto visualismo e
dinamismo? O cronista dá ênfase ao processo o que confere à sua prosa visualismo e dinamismo. Para além disso recorre a recursos expressivos, a apelos e varia o seu discurso entre a subjetividade (opinião pessoal) e a objetividade (factos) reforçando, novamente, estas características.
Caracteriza a população durante o cerco de Lisboa.
A população durante o cerco de Lisboa era sofrida, solidária, crente em Deus e desejosa de morte.
Qual a reação do mestre perante toda esta situação?
O mestre compreende a situação do povo, há uma grande humanização desta figura, mas compreende que não há nada que possa fazer para mudar a situação repentinamente. Para além disso, tenta ignorar os rumores.
Qual o ponto de vista do cronista?
Ao mesmo tempo que o cronista compreende o desespero do povo, também humaniza a figura do mestre demonstrando que este também se entristece com a situação e que entende o sofrimento do povo. Porque é que o povo é o herói? D. João I deveria ser o herói desta crónica, no entanto, este título é concedido ao povo. A plebe é o herói, uma vez que todos se juntam em torno de um objetivo: proteger a cidade, fortalecendo ainda mais o sentimento da identidade e pertencimento à comunidade. São os esforços coletivos, a resistência popular e participação das pessoas comuns que são valorizadas. D. João I desempenhou um papel importante na organização e administração do reino, mas foi a mobilização popular que conduziu esta revolução ao sucesso.
Porque é que podemos considerar que existiam duas guerras?
O cerco à cidade de Lisboa realizado pelos castelhanos trouxe consigo diversas consequências, nomeadamente, a fome. Os populares tinham de “lutar” contra a fome para sobreviver, ou seja, a falta de mantimentos era mais uma guerra pela qual tinham de ultrapassar. Considerando o cenário vivido, os habitantes tinham de resistir à fome e ao cerco e, desta forma, passavam por duas guerras: a fome e a guerra contra os castelhanos.
Porque é que houve a decisão de expulsar gente da cidade? Qual
foi o critério utilizado nessa expulsão? A falta de mantimentos obrigou a que as autoridades adotação a medida de expulsar as pessoas considerada inúteis aos olhos da sociedade, nomeadamente, os judeus e as prostitutas. Estes grupos de pessoas eram dispensáveis, pois não iriam participar diretamente da guerra e estariam a consumir alimentos que seriam úteis para essas pessoas.
Refere as referências ao Mestre que lhe conferem uma imagem
de humanidade. Fernão Lopes, ao longo do texto, humaniza a imagem de D. João I, uma vez que o povo já estava arrependido de ter apoiado a sua causa. O cronista que D. João compreende o sofrimento do povo e que todas as suas não são tomadas de animo leve. Para além disso, revela que o Mestre tem consciência da razão pela qual há falta de alimento. Desta forma, demonstra que D. João I é muito mais para além de uma figura autoritária e distante.
Refere dois exemplos de passagens textuais que demonstrem a
necessidade que o cronista tem em se dirigir ao leitor. O cronista, ao longo texto, tem diversas passagens em que se dirige diretamente ao leitor. O seu objetivo é convidar o leitor a imaginar-se na situação descrita de modo a tentar sentir e compreender melhor toda a situação. Assim, há uma maior proximidade entre os dois.