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Trabalho - Crónica de D.

João I

Guião
1. Personagens
2. Ação
3. Espaço
4. Tempo
5. Narrador
6. Linguagem
7. Referências bibliográficas

Powerpoint:
https://docs.google.com/presentation/d/1KZ0o-EUNkHBevxlG16gnL0NXrC9bgVyAsL-MF3HtES0/edit?u
sp=sharing

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Capítulo 11

1. Personagens

- Pajem
O pajem é uma personagem secundária mas essencial para a ação pois este é que começa,
como combinado, a espalhar o rumor de que o Mestre estava a ser assassinado no Paço da
Rainha. É obediente e convincente pois obedece à estratégia do Mestre e nas suas palavras
convictas leva a população a acreditar que D. João estava a ser assassinado. Os pajens
normalmente eram jovens e como este ia rijamente no seu cavalo podemos deduzir que
estava numa boa forma física.

- Alvaro Paez
Alvaro Paez é uma personagem secundária tendo um plano elaborado com o Mestre de
modo a que o povo se revoltasse ainda mais contra a Rainha e o Conde Andeiro. Estava
armado com uma coifa (parte da armadura que cobria a cabeça) e como este era fidalgo a
sua aparência devia ser “bem vista”. É mentiroso, matreiro e esperto pela forma como
levou o povo a acreditar que o Mestre corria perigo de vida. (“-Acorramos ao Meestre,
amigos, acorramos ao Meestre,..”), é leal ao seu mestre e astuto.

- Povo
O povo é uma personagem principal pois funciona como o herói e principal escudo do
Mestre. O povo era composto por pessoas provavelmente de meia idade e como fazendo
parte da classe social do povo, os seus vestimentos eram simples e pouco extravagantes.
Esta personagem coletiva, em vários momentos, mostra-se preocupada com o Meestre e
com raiva daqueles que o tentam matar (...todos feitos du~u coraçom com talent de o
vingar,...”)exprimem curiosidade e estão num grande alvoroço com o que acontecera pois
para além de seguirem Alvaro Paez, perguntam entre si quem terá sido responsável pela
“morte do mestre”. Não apoiam o governo da rainha com o Conde Andeiro, são fiéis ao
Mestre D.João e unidos .

- Mestre João
Mestre João é a personagem principal deste capítulo pois toda a ação desenrola- se em
acontecimentos à volta deste. É carismático e populista (mostra-se ao povo como forma de
receber o seu apoio), humano, amigo do povo e adorado pelo mesmo. Mestre João é
perspicaz pela forma como elaborou o seu plano, conseguindo de certo modo levar o povo
a acreditar que corria risco de vida. Mas, acima de tudo, Mestre João só quer manter a
independência do povo Português que está ameaçada.

- Apoiantes de Alvaro Paez

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São figurantes, mas mostram a forma como Alvaro Paez era apoiado pela burguesia e ao
acompanhá-lo levantam ainda mais preocupação ao povo que por ver tanta gente a
dirigir-se ao Paço da Rainha fica ainda mais convencido que algo grave acontecerá.

2. Ação

Podemos dividir este capítulo em 5 partes bastante distintas.


Podemos definir como primeira parte e introdução (linha 1 a 5) o momento em que O Pajem do
Mestre sai do Paço da Rainha, em direção à casa de Álvaro Pais, e lança o boato de que estão a
matar o Mestre João, conforme combinado. Esta parte destaca-se pela convocação e apelo do
Pajem ao Povo sendo uma ação aberta e principal.
No desenvolvimento podemos considerar quatro diferentes partes. A primeira ocorre quando o
povo sai à rua juntamente com Álvaro Pais para socorrer ao Mestre, caracterizada pela
movimentação e aglomeração deste. A segunda decorre durante a fúria do povo, agora em
multidão, que cresce e quer saber notícias do Mestre. Tendo como principal ação a manifestação
do povo esta ação é aberta e secundária. Em terceiro, verifica-se a cedência do Mestre aos apelos
dos seus partidários e surge a uma janela do Paço, acalmando o povo. Por último, o Mestre desce,
junta-se ao povo e despede-se da multidão apelando para que estes se dispersem. As duas
últimas ações do desenvolvimento são principais e abertas.
Na conclusão podemos considerar uma ação principal e fechada em que o Mestre sai do paço,
atravessando a cidade, em direção aos Paços do Almirante e o povo volta para o seu quotidiano.
.

3. Espaço

Neste texto o narrador dá-nos a sensação de vários espaços em que decorrem as ações onde se
destacam cinco. O primeiro é o caminho percorrido pelo pajem do Paço da rainha até à casa de
Alvaro Paez. O segundo são as ruas da cidade de Lisboa onde “gente” começa a juntar-se devido às
alegações de Alvaro Paez. Vão perguntando uns aos outros o que realmente se passa,
encontrando-se curiosos e desesperados. A acomulação de tanta gente faz com as pessoas
tivessem uma sensação de que estavam muito apertadas. O terceiro é o Paço da Rainha, onde
devido à manifestação do povo está instalada uma grande confusão à frente do passo. O povo
encontra-se preocupado com o mestre e com raiva da rainha e de Conde Andeiro tornando este
um espaço de grande união entre o povo mas desorganizado. O quarto é a janela do Paço onde D.
João ao conseguir acalmar a população torna este espaço num local mais calmo e harmonioso. Por
último o povo regressa às ruas da cidade onde o clima já é de alívio e alegria. Isto faz com que este
espaço que quando surgiu em primeiro passasse de um espaço desorganizado, caótico e
baralhado para um com mais calma.

4. Tempo

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A nível cronológico a ação decorre em 1383 na idade média, entre a primeira dinastia e a segunda
dinastia durante a crise da ascensão ao trono depois da morte de D.Fernando.
Quanto ao tempo psicológico, este depende das circunstâncias. Nesta passagem , onde o povo não
sabia se o mestre se encontrava vivo ou morto, com o intuito de o salvar, enquanto se dirigiam ao
paço da rainha , o tempo passava demasiado rápido , pois como tinham o propósito de salvá-lo, o
tempo parecia escasso.

5. Narrador
O narrador é não participante, ou seja, não participa na ação.
Este regista acontecimentos históricos e marcantes, e também analisa criticamente os factos e
esclarece-os devidamente. Deste modo, percebe a importância dos aspectos psicológicos nos
acontecimentos históricos. É um narrador que recorre tanto à objetividade relatando exatamente
o que aconteceu de várias perspectivas, mas também recorre à subjetividade.

6. Linguagem
Estilo
Fernão Lopes, destaca-se pela utilização de linguagem oralizante/simples e expressões populares.
O visualismo, está presente nos seus textos, o que permite ao leitor uma descrição viva dos
espaços e movimentos. Este exprime sensações de visão (“Non cabiam pelas ruas principaes” ) e
de audição (“Ali eram ouvidos braados de desvairadas maneiras”).

Uso de língua portuguesa


O português usado durante a idade média era o Português arcaico. Fernão foi considerado o pai da
prosa portuguesa especialmente por esta crónica.

Recurso expressivos
Fernão Lopes recorre a recursos expressivos como: a metáfora (“Cada se acendia mais”; para
mostrar que a confusão e revolta era cada vez maior) e (“Todos feitos de um coraçom” que
sublinha a união do povo); a comparação (“...assi como viúva que rei nom tinha, e como sse lhe
este ficara em logo marido, se moveram todos com maão armada..” onde se realça a relação do
povo ao mestre); a antítese (“...o mestre era vivo e o Conde Joan Fernandez morto…”) e discurso
direto (“-Pois se vivo é, mostrae-no-lo e vee-lo-emos.” que dá ao leitor uma visão dos reais
sentimentos que as personagens sentiam, narrando os acontecimentos não so´pela sua visão mas
também pela visão das pessoas que estavam no acontecimento.

7. Referências bibliográficas
https://view.genial.ly/6357ca81b5e0e400182a3f03/presentation-capitulo-11-cronica-de
-d-joao-i

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Capítulo 148

1. Personagens
- Povo (Personagem coletiva)
O povo é a personagem principal neste capítulo pois este é o que enfrenta as maiores
consequências de Lisboa sendo este capítulo muito focado nas dificuldades enfrentadas
pelo povo de dentro da cidade. Este é confrontado com fome, pela escassez de
mantimentos dentro da cidade. Mas, mesmo assim, colocam a sua vida em risco e
defendem corajosamente a cidade de forma unida e até ao fim. A população teme pelo
seu futuro mas conta com a ajuda de Deus (a comunidade portuguesa era
maioritariamente cristã na época).

- Mestre João
D. João, como regente responsável do povo, é uma personagem secundária. É solidário e
registe ao lado do povo. Passa por um momento onde se sente incapaz pois reconhece a
situação que o povo passa mas não consegue resolver a situação o que lhe causa
sofrimento.

2. Ação

Este capítulo pode ser dividido em 6 partes.

A introdução e a primeira parte deste capítulo abordam a crescente escassez de bens na cidade de
Lisboa, agravada pela chegada constante de pessoas vindas de outras regiões do país.

O desenvolvimento divide-se em 4 partes. Onde a primeira parte narra as condições deploráveis


que se vivia na cidade de Lisboa, onde eram frequentes as vezes em que os habitantes arriscavam
a sua vida para tentar conseguir alguns mantimentos fora da muralha e pelo agravamento da
situação que se tornou tão desesperante que uma das soluções encontradas foi expulsar da cidade
os habitantes que gastavam os mantimentos e que não contribuiam para a defesa das muralhas. A
segunda parte caracteriza a miséria, descrevendo as diversas formas da população de conseguir
mantimentos, havendo quem comia o que apanhava do chão, outros que bebiam água
contaminada, outros que morriam, outros que pediam esmola e as mães que choravam pela falta
de leite para os seus filhos. Na terceira parte é descrita pelo facto de que apesar de todo o
sofrimentos e desespero, a população continua a mostrar-se unida mesmo durante aquela dor,
continuando, a resistir e também onde Fernão Lopes destacava e impotência do Mestre face a esta
situação calamitosa que a cidade de Lisboa estava a passar. Por fim, a quarta parte do
desenvolvimento explica a situação de fome que se vivia na cidade, argumentando que não foi o

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facto de o cerco se ter prolongado, mas sim o excesso de população recebido dentro das muralhas,
o que acabou por originar a escassez de alimentos.

A conclusão, última parte do capítulo, é onde é descrita a terrível situação que passaram aquelas
pessoas, levando Fernão Lopes a congratular-se, no meio de tanta dor, pelas gerações futuras
terem a sorte de não terem de enfrentar aquele sofrimento.

3. Espaço

A ação decorre na cidade de Lisboa num ambiente sombrio e de sofrimento. As pessoas


sentiam-se enclausuradas e desesperadas devido às circunstâncias do seu cerco. As pessoas
encontravam se num ambiente desesperado, de tormento e angústia.
O ambiente vivido era de angústia e desespero mas no entanto, mesmo perante dificuldades
econômicas as pessoas eram solidárias entre si.

4. Tempo
Esta ação decorre durante o cerco de Lisboa de 1384 que aconteceu entre 29 de maio a 3 de
setembro. Nesta altura, Mestre João era o responsável de Portugal.
Quanto ao tempo psicológico, a falta de mantimentos, a fome e sem poder sair das muralhas, as
horas passavam lentamente para o povo e o seu sofrimento aumentava. Sendo assim, um cerco
que durou 4 meses, para os habitantes de Lisboa, pareceu 4 anos.

5. Narrador
O narrador é não participante, ou seja, não participa na ação.
Este regista acontecimentos históricos e marcantes, e também analisa criticamente os factos e
esclarece-os devidamente. Deste modo, percebe a importância dos aspectos psicológicos nos
acontecimentos históricos. É um narrador que recorre tanto à objetividade relatando exatamente
o que aconteceu de várias perspectivas, mas também recorre à subjetividade.

6. Linguagem
Estilo
Fernão Lopes, destaca-se pela utilização de linguagem oralizante/simples e expressões populares.
O visualismo, está presente nos seus textos, o que permite ao leitor uma descrição viva dos
espaços e movimentos. Este exprime sensações de visão (...........................................................).

Uso de língua portuguesa


O português usado durante a idade média era o Português arcaico. Fernão foi considerado o pai da
prosa portuguesa especialmente por esta crónica.

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Recurso expressivos
Fernão Lopes recorre : a personificação “as pubricas esmolas começarom desfalecer” para mostrar
a dificuldade financeria enfrentada pelos habitantes dentro do cerco; pleonasmos: "colherom
dentro", "deitar fora", "lançarem fora", "os a morte privasse da vida"; metáforas: "rogavam a morte
que os levasse", "cerravom suas orelhas do rumor do povo”, "padeciam duas grandes guerras" (…)
sse defender da morte per duas guisas…” estas metáforas intensificam como os habitantes de
lisboa estavam a lutar em 2 guerras: a guerra contra os castelhanos e a guerra contra a fome que
os deixava fracos para a sua luta contra os castelhanos, “Os padres e madres viam estalar de fome
os filhos…” explicita a desgraça das crianças, tal como o que estala parte, morre, também as
crianças morriam, privadas de alimentos e a apóstrofe: "Oh, geraçom que depois veio, povo
bem-aventurado...".

7. Referências bibliográfica
https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/cronica-de-d-joao-i-capitulo-148
https://estudoemcasaapoia.dge.mec.pt/recurso/cronica-de-d-joao-i-capitulo-148
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