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PORTUGUÊS 10.

º ANO

Crónica de D. João I – RESUMO DOS CAPÍTULOS ESTUDADOS

Capítulo 11

. 1.ª parte (ll. 1-5) – Apelo / Convocação

. O Pajem do Mestre grita repetidamente pela cidade que querem matar D. João,
informando e incitando o povo com o boato que lança. Dá, assim, início a um plano
político previamente definido. O plano foi delineado pelo Mestre e por Álvaro Pais, com
a colaboração do Pajem, no sentido de intensificar a oposição popular à regente D.
Leonor Teles e ao conde Andeiro.

. Por outro lado, não restam dúvidas de que o plano foi previamente combinado, como
se comprova pela expressão “segundo já era percebido”. De facto, o Pajem estava à
porta aguardando que o instruíssem a iniciar o plano e, quando recebe a ordem, parte
a cavalo, percorrendo as ruas a galope, gritando que acudam ao Mestre, pois querem
assassiná-lo. O objetivo é claro: anunciar o perigo que D. João corre, para levar a
população de Lisboa a apoiá-lo nos Paços da Rainha.

. Desde o início do capítulo, é evidente o sensorialismo, ou seja, a importância das


sensações, nomeadamente visuais e auditivas, que permitem visualizar o
comportamento, a agitação e a movimentação da população, mostrando a intensidade
dramática dos acontecimentos.

. 2.ª parte (ll. 6-21) – Movimentação e concentração

. Ao escutarem os brados do Pajem, as “gentes” saem à rua, dialogam umas com as


outras, enfurecem-se e começam a pegar em armas. O povo pode ser considerado um
ator coletivo (ou personagem coletiva), uma vez que os seus membros atuam em
conjunto, como se tivessem uma só vontade.

. Álvaro Pais, preparado e armado, desempenha o seu papel: junta-se aos seus aliados e
ao Pajem e cavalga pelas ruas, gritando ao povo que acuda ao Mestre, que “filho é del-
Rei dom Pedro”. Recorde-se que D. João, Mestre de Avis, era filho ilegítimo de D. Pedro.

. Soam vozes pela cidade dizendo que matam o Mestre e o povo dirige-se, armado e
apressadamente, para o local onde ele se encontra, para o defenderem e salvarem.

. A multidão concentra-se em número muito grande: não cabe pelas ruas principais e
atravessa lugares recônditos, desejando cada um ser o primeiro a chegar aos Paços da
Rainha. Enquanto se desloca para lá, questiona-se sobre quem desejará matar o Mestre

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e várias vozes anónimas apontam o nome do conde João Fernandes, a mando da Rainha
D. Leonor Teles. O clima de agitação e excitação do povo foi preparado cuidadosamente
e está a resultar em pleno.

. 3.ª parte (ll. 22 a 54) – Manifestação

. O povo, unido em defesa do Mestre e com o sentimento de vingança, inquieta-se e


enfurece-se diante das portas cerradas do Paço. O povo é uma personagem coletiva,
agindo como uma pessoa, e revela patriotismo, pois une-se contra alguém que
representa os interesses dos castelhanos (D. Leonor Teles e o conde).
. Perante afirmações de que o Mestre tinha sido morto, são s ugeridas diversas ações
tendentes a forçar a entrada no Paço: arrombar as portas cerradas, lançar fogo ao
edifício para queimar o conde e a Rainha, escalar os muros com escadas.

. Gera-se uma grande confusão e o povo não se entende acerca da atitude a adotar,
enquanto várias mulheres transportam feixes de lenha e carqueja para queimar os
muros dos Paços e a Rainha, a quem dirigem muitos insultos.

. Dos Paços, vários bradam que o Mestre está vivo e o conde Andeiro morto, mas o povo
não acredita e quer provas concretas de que é assim. Receando que o povo, devido à
sua fúria e ao desejo de vingança, invada o palácio, se torne incontrolável e o destrua,
os apoiantes do Mestre aconselham D. João a mostrar-se.

. 4.ª parte (ll. 55 a 59) – Aclamação

. O Mestre mostra-se a uma grande janela e fala ao povo, que fica extremamente
emocionado / perturbado ao constatar que ele está efetivamente vivo e o conde morto,
quando muitos acreditavam já no contrário. Essa fala tem como finalidade tranquilizar
o povo e dar-lhe esperança, mostrando-se seu aliado, como verificamos através da
apóstrofe “Amigos…”.

. Nesta fase do texto, é apresentada uma imagem muito negativa de D. Leonor Teles, vista
popularmente como adúltera e traidora, chegando a ser acusada pela morte de D.
Fernando (l. 69). O narrador não deixa grandes dúvidas: se a população tivesse entrado
no Paço, teria assassinado a Rainha. O Mestre, consciente da sua segurança e de que o
plano arquitetado tinha resultado na perfeição, desce e cavalga com os seus apoiantes,
acompanhado pelos populares, que lhe perguntam o que quer que façam. D. João
responde que já não precisa deles.

. 5.ª parte (ll. 77 a 95) – Dispersão

. D. João dirige-se para o Rossio ao encontro do conde D. João Afonso, enquanto é


saudado pelas “donas da çidade” (ll. 84-85)

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