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Fernão Lopes,
Crónica de D. João I:
Contexto histórico.
Contextualização:
Fernão Lopes era um cronista que trabalhou para a dinastia de Avis. Inovou a literatura da
época por
Crónica D. João I relata a crise de sucessão de 1383 e 1385 que teve lugar no fim da primeira
dinastia e que levou ao poder da dinastia de Avis. Durante esta crise, o Mestre de Avis, futuro
rei D. João I, teve um papel determinante na defesa da independência de Portugal do domínio
de Castela. Rei D. Fernando morre, não há sucessores. Castela poderia tomar poder, e Portugal
perderia a independência. Há uma revolução popular e burguesa que resulta na morte do
Conde Andeiro e nomeação do Mestre de Avis como regedor e defensor do reino. Mais tarde,
Castela irá cercar Lisboa.
Personagens:
Individuais (que se distinguem das escritas por anteriores historiadores por serem
complexas, protagonizarem cenas dramáticas, confrontarem-se e dialogarem entre si):
o D. Leonor Teles (vilã);
o D. João, Mestre de Avis (herói que salva a nação, homem expontâneo)
o D. Nuno Álvares Pereira (herói guerreiro)
Personagens coletivas:
o A multidão, o povo, representativo da opinião pública, da força e vontade da
coletividade;
o Afirmação da consciência coletiva: face a uma ameaça à sua independência, há
um fortalecimento da noção de comunidade nacional; o povo mobiliza-se,
participa – manifestam-se contra D. Leonor Teles e a influência castelhana,
suporta as duras condições
Estilo:
Dinamismo
o Sequências narrativas graduais;
o Caracterização das personagens a partir das suas atitudes;
o Alterna entre narração, descrição e diálogo (discurso direto);
o Utiliza verbos de ação e gerúndio;
o Alternância entre planos gerais e específicos/pormenores;
Visualismo
o Campo lexical dos sentidos (olhar, ver);
o Recurso a enumerações, comparações, personificação, dupla adjetivação;
Coloquialismo
o Registo popular (expressões populares, cantigas populares);
o Convocação do narratário;
o Recurso a apóstrofes, interrogações retóricas, exclamações, interjeições;
https://portugues-fcr.blogspot.com/2017/11/capitulo-xi-da-cronica-de-d-joao-i.html
Capítulo 11:
Fernão Lopes narra como a população de Lisboa foi incitada pelos apelos do pajem e de Álvaro
Pais para acudirem ao Mestre, porque o estavam a matar.
O Mestre dirige-se à janela e tranquiliza o povo. Este sai do Paço e convence o povo a
dispersar-se.
Capítulo 115:
Capítulo 148:
Vários aspetos de sacrifício a que o cerco obriga como a escassez de alimentos e o seu preço
elevado, a falta de esmolas e o recurso a produtos de baixa qualidade.