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LITERATURA

BRASILEIRA:
PÓS MODERNISMO
Prosa
Poesia
Crônica
A PÓS MODERNIDADE E A
LITERATURA HIBRIDA
Hoje concebemos a América Latina como uma
articulação mais complexa de tradições e
modernidades (diversas, desiguais), um continente
heterogêneo formado por países onde, em cada um,
coexistem múltiplas lógicas de desenvolvimento.
Para repensar esta heterogeneidade é útil a
reflexão antievolucionista do pós-modernismo,
mais radical que qualquer outra anterior (GARCIA-
CANCLINI, 1997, p.28).
PÓS MODERNISMO: A MODERNIDADE LIQUIDA
No mundo líquido moderno, de fato, a solidez das coisas,
tanto quanto a solidez das relações humanas, vem sendo
interpretada como uma ameaça: qualquer juramento de
fidelidade, compromissos a longo prazo, prenunciam um
futuro sobrecarregado de vínculos que limitam a
liberdade de movimento e reduzem a capacidade de
agarrar no voo as novas e ainda desconhecidas
oportunidades. A perspectiva de assumir uma coisa pelo
resto da vida é absolutamente repugnante e assustadora.
E dado que inclusive as coisas mais desejadas envelhecem
rapidamente, não é de espantar se elas logo perdem o
brilho e se transformam, em pouco tempo, de distintivo
de honra em marca de vergonha (BAUMAN, 2009, p.662).
A LITERATURA PÓS MODERNISTA:
A literatura compreendida na pós-modernidade é multifacetada e se
apresenta como uma profusão enorme de temas e de técnicas. Assim,
esse período ganha o status de experimentação devido à quantidade de
formas e de modalidades narrativas, que acabam refletindo uma
literatura cada vez mais fragmentária

Anos 60 e 70 - literatura das massas


Anos 80 - Abertura política e
diferentes modalidades literárias
Anos 90 - Literatura memorialista
As transformações significativas ocorridas
após o término da Segunda Guerra Mundial
tendo como consequências a redefinição de
fronteiras geopolíticas, o avanço científico,
crises econômicas, aumento significativo da
violência bem como o acesso imediato a
informações anunciavam a chegada de uma
nova era. No cenário nacional, por exemplo,
tem-se nas décadas de 1960 e 1970 anos de
profunda efervescência cultural com um
período de ditadura, que se iniciou no ano de
1964, teve-se uma era marcada por repressão e
tortura, o que influenciou consideravelmente
a produção literária do período, legando
experiências para o período seguinte.
CORRENTES LITERÁRIAS:
PROSA
LITERATURA SOCIAL
Representação da sociedade
REALISMO MÁGICO
O real e o mágico são
apresentados

LITERATURA REGIONALISTA
Apresenta o interior do Brasil
LITERATURA SOCIAL
Consistia em dar ênfase aos problemas interiores das personagens.
Principalmente os que eram produzidos devido às misérias e opressões da
sociedade e da situação em que viviam. Para mostrar isso, os autores
usavam uma linguagem objetiva, direta e forte.
A literatura engajada se propunha a retratar e a
documentar a história recente e trágica do país. Tem-se
essa situação na obra “As Meninas”, de Lygia Fagundes
Telles, de 1973. Tem-se essa característica também em
“Fazenda Modelo”, de Chico Buarque de Holanda”, obra
datada de 1974. “Feliz Ano Novo”, de Rubem Fonseca é
outra obra que merece ser citada. “Passageiro da
Agonia”, de José Louzeiro, datada de 1975 também se
enquadra nessa vertente.
Rubem Fonseca, João Antônio, Luís Vilela, Dalton Trevisan, João Ubaldo Ribeiro e Ignácio de
Loyola Brandão.
REALISMO MÁGICO
Consistia em enredos em que tudo parecia completamente normal,
parecido com o nosso cotidiano, e, de repente, algo mágico ou
surreal acontecia. Nesse gênero, o lógico e o ilógico coexistem sem
que nenhum personagem se assombre.
Mistura dos elementos (personagens, cenários, situações etc.) da
realidade cotidiana com elementos de universos folclóricos,
oníricos ou míticos.
Como há total incorporação desses elementos extraordinários e
fantásticos, há uma naturalização de sua coexistência com a
realidade objetiva.
Possíveis rompimentos com a linearidade temporal e com o
princípio da causalidade.
Problematização da racionalidade.

Principais autores brasileiros: José J. Veiga e Érico Veríssimo


LITERATURA REGIONALISTA:
É uma tendência que já vinha sendo usada há bastante tempo pelos autores brasileiros
e continuou firme e forte no pós-modernismo. Nele, o importante é dar foco aos
indivíduos que moram no interior do país e que, muitas vezes, lidam com a miséria e a
opressão. A intenção é dar voz a esses problemas sociais.

Guimarães Rosa é um grande exemplo de autor que soube usar, ao mesmo


tempo, as três vertentes citadas. O mineiro, acostumado com o sertão de seu
estado, soube traduzir como ninguém o interior de Minas Gerais em suas obras.
Para ele, o importante era falar sobre os problemas internos do ser humano e
também sobre a metafísica da vida: há sentido na existência? O Bem e o Mal
existem? Há um Deus?
O autor ficou conhecido por criar novas palavras, os famosos neologismos. Seu
estilo era altamente estilizado e poético.
CLARICE LISPECTOR E A PERSPECTIVA INTIMISTA

A autora consegue deslocar o olhar do leitor para uma perspectiva


inusitada, diferente, promovendo uma visão sensível e íntima da
existência.
As narrativas de Lispector costumam retratar situações cotidianas,
aparentemente banais, mas que ganham dimensões muito profundas por
intermédio de descrições psicológicas complexas e poéticas, marcadas,
em geral, pela epifania, processo pelo qual a personagem compreende a
essência de algo, vive uma espécie de revelação. Em alguns casos, a obra
de Lispector apresenta traços autobiográficos.

a descrição psicológica das personagens;


a discussão de temas subjetivos, abstratos;
o retrato de vidas cotidianas sob uma ótica pessoal;
a presença de narradores em primeira pessoa;
a existência da epifania, espécie de revelação na qual a
personagem reconhece alguma verdade sobre si ou sobre
o mundo.
TROPICÁLIA:
O Tropicalismo foi um movimento de ruptura
que sacudiu o ambiente da música popular e da
cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus
participantes formaram um grande coletivo,
cujos destaques foram os cantores-compositores
Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tom Zé.
Caracterizado como um movimento libertário
e revolucionário, ele buscava se afastar um
pouco do intelectualismo da Bossa Nova, a fim
de aproximar a música brasileira dos aspectos
da cultura popular, do samba, do pop, do rock,
da psicodelia.
Essa experiência estética aberta, sincrética e
inovadora lançada pelos tropicalistas, mudou
não somente a música popular brasileira, mas o
panorama da cultura em geral, em busca da
modernidade do país.
PRÓXIMA AULA:

Poesia Concreta
Poesia Social
Literatura Marginal
POESIA CONCRETA:
Fundada por Augusto de Campos,
Haroldo de Campos e Décio Pignatari,
a ideia era continuar com a liberdade
formal e transcendê-la - com o fim
dos versos e da sintaxe tradicional.
No Concretismo, o importante era a
forma visual do poema – uma
referência às constantes e rápidas
mudanças pelas quais o mundo
passava devido aos meios de
comunicação de massa.
POESIA SOCIAL
No pós-modernismo, ao mesmo tempo em que muitos estavam
felizes com a liberdade e a experimentação do Concretismo,
outros poetas só queriam uma linguagem discursiva, simples
e direta.
Quem optava por esse estilo foi para a poesia social. O
objetivo era falar sobre o cotidiano dos indivíduos e os
problemas que existiam nele, principalmente no âmbito
político.
Alguns grandes nomes desse período foram Geir Campos,
Tiago de Melo, Moacir Félix e, principalmente, Ferreira
Gullar, que era concretista mas migrou para a poesia social.
LITERATURA MARGINAL: GERAÇÃO MIMEÓGRAFO
Exemplo da contracultura, a cultura marginal surgiu em um período
turbulento da História do Brasil: a ditadura militar.
Um dos objetivos da Poesia Marginal era propor uma crítica aos
conservadorismos da sociedade, incorporando à Literatura elementos e
representações da violência diária nas grandes cidades. A expressão Geração
Mimeógrafo, como ficou conhecida também a Poesia Marginal, estava ligada ao
fato de que muitos poetas recorriam ao mimeógrafo para copiar seus livros em
um processo artesanal e sem qualquer tipo de vínculo com editoras, que não se
interessavam pela Literatura que subvertia os padrões convencionados para a
arte. As poucas cópias eram vendidas para um público restrito, pessoas que
frequentavam eventos como shows, exposições e bares ligados à
contracultura.

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