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(1930-1945)
Contexto histórico
Principais características
Reflexão sobre o ser humano cada vez mais desumanizado por uma sociedade desigual e
mecanicista.
Problemáticas de cunho social.
Arte de conscientização e mobilização social, gerando uma produção engajada.
Engajamento: produção de cunho ideológico-político feita para contestar as estruturas sociais
hierárquicas, segregadoras e excludentes do mundo capitalista – a literatura panfletária.
A exploração de várias classes que viviam em condições sub-humanas é denunciada na arte em
geral: poesia, prosa, teatro, cinema e pintura.
Preocupação com os grupos socialmente excluídos ou marginalizados da sociedade.
Retratação das questões sociais do país, da realidade opressora dos centros urbanos e da injustiça do
interior oriunda da concentração da renda e das terras em uma política marcada pelo coronelismo.
Havia liberdade formal, tanto na poesia quanto na prosa, para criar os seus tipos sociais, as suas
cenas do cotidiano, acrescentando-lhes uma forte carga de denúncia política.
Literatura neorrealista: retomada do Realismo, ironias da sociedade.
Retratação do universal através do regional – ideia da empatia.
Influência do Realismo e do Romantismo.
Nacionalismo, universalismo e regionalismo.
Realidade social, cultural e econômica.
Valorização da cultura brasileira.
Influência da psicanálise de Freud.
Temática do cotidiano e linguagem coloquial.
Uso de versos livres e brancos.
Inovação + tradição: equilíbrio estético.
Prosa
Candido Portinari
Erico Verissimo
Literatura neorrealista.
Representa o sul do país.
Realismo fantástico, universo real com elementos fantásticos.
Jorge Amado
O quinze (1930).
Graciliano Ramos
Principais obras: Caetés (1933), São Bernardo (1934), Angústia (1936) e Vidas Secas (1938).
Estilo conciso e “árido”, como a própria realidade em que as personagens vivem – sem muito
rebuscamento e detalhamento, seco mesmo.
Em Vidas Secas, o protagonista Fabiano é descrito como um homem zoomorfizado, tanto pelo Sertão
quanto pela exploração da qual é vítima. Nessa obra, a denúncia social é construída justamente a
partir da representação do humano bestializado. Por ser complicada a comunicação da família com as
demais pessoas da sociedade, a linguagem aparece como maneira de subjugá-los. Além disso, a
cadela possui nome, enquanto as crianças não: quando não se dá nome ao ser humano, mas sim à
criatura, esta possui mais importância do que o humano.
Retirante nordestino.
Angústia: narrativa cíclica.
Poesia
Equilíbrio entre as inovações poéticas da Primeira Fase, como os versos livres (sem estrutura
formal), brancos (sem rima) e bárbaros, e uma retomada da tradição e da forma fixa.
O soneto volta a ser escrito e cultuado, bem como temáticas mais subjetivas, emotivas, religiosas e
espiritualistas.
Principais nomes: Murilo Mendes, Henriqueta Lisboa, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Carlos
Drummond de Andrade, Mario Quintana e Vinicius de Moraes.
Murilo Mendes
Cecília Meireles
Autora erudita, capaz de dialogar com inúmeras tradições literárias de diferentes épocas e regiões do
mundo para criar as “raízes espirituais” de sua arte.
Sua obra apresenta uma apreciação pelo passado, um respeito pela tradição, um resgate da poesia
simbolista brasileira e francesa.
Visão espiritual e transcendental – ligada às percepções mais orientais – neossimbolista.
Fugacidade e passagem do tempo.
Vinícius de Moraes
Poeta boêmio.
Fases: religiosa ou transcendental (poesia espiritualista, católica, versos longos, ânsia pelo sublime,
imagens alegorizantes, idealização da figura feminina / amor platônico e fundo místico;
neossimbolista), intermediária (negação da fase anterior, aproximação do mundo material, grande
experimentalismo) e sensual ou participante (o poeta da paixão, aproxima-se da realidade cotidiana e
das questões políticas e sociais da época, tom de engajamento).
Sonetista e musicista.