Prof.

: Clarysse Lopes
 Contexto histórico
Os EUA, como resultado da
Apontando os problemas da Primeira Guerra Mundial
nossa realidade cultural e (1914-1918), haviam se
social, coexistindo com o tornado uma potência e o
Simbolismo e o Parnasianismo, início do século XX foi marcado
houve o Pré-modernismo. por rivalidades internacionais.
Os dois estados mais ricos do Brasil na época (MG e SP), que
governaram com alternância, marcaram a chamada República das
Oligarquias (ou República do Café com Leite), vigente após a
República da Espada (também conhecida como ditadura militar),
e o pré-modernismo brasileiro desenvolveu-se nesse contexto.
 Modernismo No Brasil
O período histórico que viviam Começou em 1922
passava por guerras e com a Semana de
conservadorismo, os modernistas Arte Moderna.
queriam transgredir e romper com
as ideias do passado e fazer críticas
ao período.
Características
Eles queriam versos livres na poesia,

O que foi? sem a exigência de métricas e rimas,

não queriam mais escrever de forma
rígida e fixa (até as pontuações foram
Modernistas deixadas de lado).
queriam uma
nova forma
artística.
 Escritores
Oswald de Andrade
Mário de Andrade Primeira fase
Manuel Bandeira O movimento esteve muito
Carlos Drummond de Andrade ligado com a Semana de Arte
Moderna em 1922.
Rachel de Queiroz
A fase é marcada por um nacionalismo muito forte, pela
Jorge Amado
valorização da figura indígena, por um caráter
Graciliano Ramos revolucionário, pela linguagem coloquial e pelo
Vinícius de Moraes anarquismo.

Cecília Meireles
João Cabral de Melo Neto
Clarice Lispector
Guimarães Rosa
 Segunda fase
Essa ficou conhecida como a fase da consolidação e
mostra um amadurecimento das ideias da década de
1920.
Com cunho nacionalista e regionalista, os escritores
passaram a dar mais ênfase à prosa devido a maior
tensão, já que agora havia a Grande Depressão e a
Segunda Guerra Mundial, surgiu a psicanálise e tudo
isso foi durante o governo de Vargas.
Terceira fase
Essa fase também é conhecida como Pós
Modernismo.
A literatura se torna mais social e humana.
A Geração de 45 possui expoentes famosos na
literatura, como Guimarães Rosa e Clarice Lispector.

Os poetas mais famosos são Carlos Drummond de

Andrade, Vinícius de Moraes e Cecília Meireles.
 Guimarães Rosa
Prosa Ele soube usar ao mesmo tempo, essas 3 vertentes
citadas.
A análise psicológica consistia em dar ênfase aos
problemas intrínsecos aos personagens. Ele achava importante falar sobre os problemas
inerentes ao ser humano e sobre a metafísica da vida,
por exemplo, há sentido na existência? O bem e o mal
existem? Há um Deus?
O realismo mágico tinha algo mágico ou surreal que
acontecia de repente em meio ao cotidiano comum. Ele ficou conhecido pelos seus neologismos, que é a
criação de novas palavras.

Os livros mais conhecidos dele são Sagarana e Grande

O regionalismo já estava sendo usada há bastante Sertão: Veredas.
tempo pelos autores brasileiros e continuou firme e
forte nessa época.
 Um trecho de Grande Sertão: Veredas:
De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando
difícil de difícil, peixe vivo no moquém: quem mói no asp'ro não fantasêia. Mas, agora, feita
a folga que me vem, e sem pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei nesse
gosto de especular idéia. O diabo existe e não existe. Dou o dito. Abrenúncio. Essas
melancolias. O senhor vê: existe cachoeira; e pois? Mas cachoeira é barranco de chão, e
água caindo por ele, retombando; o senhor consome essa água, ou desfaz o barranco, sobra
cachoeira alguma? Viver é negócio muito perigoso...
 Crônica
Alguns cronistas importantes:
Dando ênfase ao lado pitoresco e humorístico, a ideia
desse gênero é transcrever momentos do cotidiano. Carlos Drummond de Andrade
Clarice Lispector

O importante aqui não é necessariamente o que Luis Fernando Verissimo

aconteceu, não é o fato em si, é o que pode ser tirado
do fato, como uma crítica social ou um comentário
engraçado.
 Um trecho da última crônica de Carlos Drummond, Ciao:
Eu fui mais um cronista, um amigo e companheiro da hora do café da manhã que um escritor.
Um homem que registrava o cotidiano e o comentava com o possível bom-humor para não
aumentar a tristeza e a inquietação das pessoas. Considerava o jornal um repositório de
notícias tremendas. Então, o meu cantinho do jornal era aquele cantinho em que procurava
distrair as pessoas dos males, dos aborrecimentos, das angústias da vida cotidiana.
 Poesia João Cabral de Melo Neto
Aqui, surgem outros poetas que desejam escrever de Foi o poeta mais importante da geração de 45.
formas diferentes, ao mesmo tempo em que há a
liberdade formal (que foi conquistada pelas gerações
Suas obras eram bem frias e objetivas.
anteriores), há também o concretismo (que é
caracterizado pela objetividade e marcada pela
racionalidade e pelo avanço tecnológico). Dedicou diversos livros a falar sobre a miséria e a
opressão que os moradores do nordeste brasileiro
passavam.
Buscando falar sobre a situação política e os
problemas internos dos indivíduos, surgiu Ferreira
Gullar com a sua poesia social e João Cabral de Melo
Neto com uma poesia mais disciplinada e rigorosa.
Um trecho de Fábula de um Arquiteto:
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
 Concretismo
Essa forma de escrever surge na década de 1950.

O importante era a forma visual do poema, fazendo referência às mudanças que o mundo passava por causa
dos meios de comunicação de massa.
Poema de Décio Pignatari, criticando uma marca de refrigerante:
COCA-COLA
BEBACOCACOLA
BABECOLA
BEBACOCA
BABECOLACACO
CACO
COLA
CLOACA
 Poesia Social
Outros poetas queriam uma linguagem discursiva, simples e direta ao mesmo tempo em que muitos estavam
felizes com a liberdade do concretismo.

E esse estilo mais direto se encaixava na poesia social.

Um grande nome desse período foi, principalmente, Ferreira Gullar, que era concretista mas migrou para a
poesia social.
Um dos poemas de Gullar:
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
 Música popular
Na década de 60, a poesia virou música.

Os poetas/músicos viram as canções como uma forma de protesto contra o regime e atingir
pessoas com seus discursos, em plena ditadura militar.

As músicas mais conhecidas são “Pra não dizer que não falei das flores”,
de Geraldo Vandré; “Cálice”, de Chico Buarque, e “Alegria”, de Caetano
Veloso.
Um trecho de Pra não dizer que não falei das flores, de
Vandré:
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Muito obrigada pela atenção S2