Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O movimento Modernista foi um dos mais importantes marcos da histórica cultural do Brasil. A
Semana de Arte Moderna de 1922 revolucionou o mundo das Artes. A importância é tão grande
que o Modernismo foi a escola literária que mais caiu no Enem. Veja o que foi, como foi, e os
destaques de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Mário de Andrade, e outros
artistas da época.
Apesar da força do movimento literário modernista, a base dessa corrente estética se encontra
nas artes plásticas, com destaque para a pintura.
No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada
em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. Oswald de
Andrade e Mário de Andrade foram os líderes desta arrancada, ao lado de Manuel
Bandeira. No entanto, devemos lembrar que o Modernismo já se mostrava presente muito
antes do movimento de 1922.
As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o Modernismo datam de 1913
com as obras do pintor Lasar Segall;
e no ano de 1917, a pintora Anita Malfatti , recém-chegada da Europa, provoca uma renovação
artística com a exposição de seus quadros.
A partir de 1922, com a Semana de Arte Moderna tem início o que chamamos de Primeira Fase
do Modernismo, ou Fase Heróica (1922-1930). Este ciclo inicial se caracteriza por um maior
compromisso dos artistas com a renovação estética que se beneficia pelas estreitas relações
com as vanguardas europeias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.).
No campo da literatura há a criação de uma forma de linguagem, que rompe com o tradicional,
transformando a forma como até então se escrevia.
Algumas dessas mudanças são: a Liberdade Formal (utilização do verso livre, quase abandono
das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização
do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras.
Outra característica deste período ocorre também pela formação de grupos nacionais ou
regionais do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto
Alegre, e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.
Manifesto Antropófago (excerto)
Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os
coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
O que atropelava a verdade era a roupa, o impermeável entre o mundo interior e o mundo
exterior. A reação contra o homem vestido. O cinema americano informará.
Filhos do sol, mãe dos viventes. Encontrados e amados ferozmente, com toda a hipocrisia da
saudade, pelos imigrados, pelos traficados e pelos touristes. No país da cobra grande.
Foi porque nunca tivemos gramáticas, nem coleções de velhos vegetais. E nunca soubemos o
que era urbano, suburbano, fronteiriço e continental. Preguiçosos no mapa-múndi do Brasil.
Uma consciência participante, uma rítmica religiosa.
Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável da vida. E a
mentalidade pré-lógica para o Sr. Lévy-Bruhl estudar.
Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou
Fase de Consolidação (1930-1945), que é caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção.
Dentre os muitos poetas e escritores dessa segunda fase do Modernimo estão os seguintes
consagrados:
Na prosa:
– Graciliano Ramos
– Rachel de Queiros
– Jorge Amado
– José Lins do Rego
– Érico Veríssimo
– Dionélio Machado
Na poesia:
– Carlos Drummond de Andrade
– Murilo Mendes
– Jorge de Lima
– Cecília Meireles
– Vinícius de Morais.
Temos ainda a Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos consideram
a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as fontes utilizadas para
a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do Modernismo o período compreendido
entre 1945 e 1960 e como Tendências Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje.
Nesta terceira fase, a prosa dá sequência às três tendências observadas no período anterior –
prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia
temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e
o grande destaque de Clarice Lispector.
O livro dela mais citado por todos os professores e que teve maior número de exemplares
vendidos é ‘A hora da estrela’, que narra o modo muito particular e de viver a vida de
Macabéia, e personagem central do romance.
Ela fez a sua estreia no mundo das letras com o romance Perto do Coração Selvagem. Clarice
(1920-1977) nasceu na Ucrânia, com origem judaica, e veio com a família para o Brasil aos
dois anos de idade. Naturalizou-se brasileira, e se declarava Pernambucana. Veja!
No romance A Hora da Estrela a personagem Macabéia é uma retirante nordestina que tem a
vida contada por um personagem masculino, Rodrigo, que faz o papel de narrador. O livro é
genial, uma obra-prima da literatura brasileira.
Clarice Lispector fez parte da Terceira fase do Modernismo no Brasil (1945 – +/- 1960).
Clarice imprimiu em suas obras uma literatura intimista, de sondagem psicológica e
introspectiva.
Na própria produção pictórica, Rego Monteiro mostra-se sintonizado com um estilo bastante
específico do modernismo, o Art Déco, por meio do uso de curvas que buscam uma elegante
regularidade geométrica.
Com isso – inspirado pela cerâmica marajoara e pela cultura indígena – o artista promove uma
refinada e original estilização da temática indigenista brasileira, conferindo às telas densidade e
volume. Ao romper com o caráter plano da pintura, aproxima-a da escultura.
Desde 1916, Cavalcanti já publicava charges políticas para a revista Fon-Fon. No mesmo ano,
expôs no Salão dos Humoristas uma série de ilustrações sobre a Balada do Cárcere de
Reading, de Oscar Wilde (1854 – 1900) Em 1917, começou a pintar sob a influência do estilo
Art Nouveau. Neste mesmo ano, fez a primeira individual para a revista “A Cigarra”. Em 1922,
foi presença confirmada na Semana de Arte Moderna
Graz (1891-1980) participou da Semana de 22 por conta da amizade com Oswald de Andrade,
expondo sete obras. Também foi um dos sócios-fundadores da Sociedade Pró- Arte Moderna
(SPAM), em 1932.
Entre as obras escolhidas para fazer parte da exposição, estava a tela “Retrato do
Desembargador Gabriel Gonçalves Gomide”, de 1917. O quadro integra o acervo do Museu de
Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). John também exibiu a “Paisagem da
Espanha”, pintada em 1920. A obra está em exibição na Pinacoteca do Estado de São Paulo
Videos
Semana de Arte Moderna completa 100 anos em 2022; entenda a sua importância | NOVO DIA
- YouTube
Artistas de rua falam sobre a Semana de Arte Moderna | CNN PRIME TIME - YouTube