sessión 3

EL(LOS) MODERNISMO(S) BRASILEÑO(S)

Marcos Ramos
 Bibliografía básica 

 AMARAL, Aracy (org). Prólogo. In: Arte y arquitectura del modernismo brasileño (1917-1930).  Biblioteca
Ayacucho, 1978  

Manifiestos. In: AMARAL, Aracy (org).Arte y arquitectura del modernismo brasileño (1917-1930).  Biblioteca
Ayacucho, 1978   

ANDRADE, Mario. El Movimento Modernista. In: AMARAL, Aracy (org).Arte y arquitectura del modernismo
brasileño (1917-1930).  Biblioteca Ayacucho, 1978  
1) La no inclusión de Brasil en los trabajos que investigan las vanguardias
latinoamericanas;

2) Intento de definir el inicio de las vanguardias latinoamericanas;

3) La importancia del Movimiento Futurista para las vanguardias latinoamericanas;

4) La separación entre proyecto estético y proyecto político, o separación entre

autonomía estética y emancipación social;

5) La constitución de una ideología de lo nuevo como ontología de las

vanguardias;

6) Crítica a esta ideología de lo nuevo y disidencia estética-política.

 LALIVE, 1917 ESTUDANTE RUSSA, 1915 c.
óleo s/ tela, 105 x 91 cm óleo s/ tela, 76 x 61 cm
Acervo Artístico Cultural dos Palácios do Governo, SP Coleção de Artes Visuais, IEB-USP
 O JAPONÊS, 1915/16 O HOMEM AMARELO, 1915/16
óleo s/ tela, 61 x 51 cm óleo s/ tela, 61 x 51 cm
Coleção de Artes Visuais, IEB-USP Coleção de Artes Visuais, IEB-USP
A MULHER DE CABELOS VERDES, 1916/17
óleo s/tela, 61 x 51 cm
Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as
coisas e em consequência disso fazem arte pura, guardando os eternos
rirmos da vida, e adotados para a concretização das emoções estéticas, os
processos clássicos dos grandes mestres. Quem trilha por esta senda, se tem
gênio, é Praxíteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Rembrandt na Holanda, é
Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Alemanha, é Iorn
na Suécia, é Rodin na França, é Zuloaga na Espanha. Se tem apenas talento
vai engrossar a plêiade de satélites que gravitam em torno daqueles sóis
imorredouros. A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a
natureza, e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
excessiva. São produtos de cansaço e do sadismo de todos os períodos de
decadência: são frutos de fins de estação, bichados ao nascedouro. Estrelas
cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz de escândalo, e
somem-se logo nas trevas do esquecimento.

(LOBATO, Monteiro. Paranóia ou Mistificação)

Oswald de Andrade, Di Cavalcanti y Mario de Andrade
Manifestando-se especialmente pela arte o movimento modernista foi o
prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado
de espírito nacional. A transformação social do mundo com a quebra
gradativa dos grandes impérios, a prática europeia de novas ideologias
políticas, a rapidez dos transportes e mil e uma outras causas
internacionais, bem como o desenvolvimento da consciência americana
e nacional, os progressos internos da técnica e da educação, impunham
a criação de um espírito novo e exigiam a reverificação e mesmo a
remodelação da inteligência brasileira. Isto foi o movimento
modernista, de que a Semana de Arte Moderna ficou sendo o brado
coletivo principal. (ANDRADE, Mario. O Movimento Modernista, 1942)
Por un lado, hay un esfuerzo por actualizar los presupuestos estéticos
brasileños a la luz de las vanguardias europeas, por otro lado, hay una
preocupación por retratar aspectos únicos del propio país.
Tarsila do Amaral, "A negra" de 1923
Modesto Brocos, Redenção de Cam, 1895
POÉTICA
(Manuel Bandeira)

Estou farto do lirismo comedido De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
[de si mesmo.
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de
[ponto expediente protocolo e manifestações
[de apreço ao Sr. Diretor De resto não é lirismo

Será contabilidade tabela de co-senos secretário do

Estou farto do lirismo que para e vai averiguar [amante exemplar com cem modelos de carta e as
[no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo [diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos

Abaixo os puristas O lirismo dos bêbados

Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais O lirismo difícil e pungente dos bêbados
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
O lirismo dos clowns de Shakespeare
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador

Político – Não quero mais saber do lirismo que não é
[libertação.
Raquítico
Sifilítico
Enquanto aguardamos essa abolição, ensinamos aos autores e aos
atores o desejo de ser vaiado. Tudo que é vaiado não é
necessariamente belo ou novo. Mas tudo que é imediatamente
aplaudido, sem dúvida não é superior à média das inteligências,
trata-se então de coisa medíocre, banal, regurgitada ou muito bem
digerida. (Marinetti, O desejo de ser vaiado, 1911)
La Semana de Arte Moderno de São Paulo, sin embargo, fue realizada
por un grupo de amigos y no utilizó criterios como el mérito y la
representatividad.
Quem teve a ideia da Semana? Por mim não sei quem foi, só posso garantir
que não fui eu. O mais importante era decidir e poder realizar a ideia. E o autor
verdadeiro da Semana de Arte Moderna foi Paulo Prado. E só mesmo uma
figura como ele e uma cidade como São Paulo, poderiam fazer o movimento
modernista e objetivá-lo na Semana. (ANDRADE, Mário. O Movimento
Modernista, 1942)
La historiografía que hizo de la Semana de Arte Moderno de 1922 un mito eligió a
quienes serían los actores centrales del proceso de transformación, pero además
de elegir a los actores centrales de esta narrativa de transformación de los
paradigmas del arte brasileño, el mito borró otras dinámicas que también podría
leerse como fundamental en la renovación estética del país.
“Klaxon no es futurista,
Klaxon es Klaxista”.
“Bendito sea este futurismo paulista, que aparece como compañero de viaje
de los que aquí gastan sus nervios y su corazón en la lucha brutal, en la lucha
americana, en el bandeirante”. (ANDRADE, Oswald. Mi poeta futurista, 1921)
Estátua de Borba Gato, Júlio Guerra Estátua de Borba Gato incendiada, 2021
“Marinetti fue el peor de todos los malentendidos que perjudicaron el
desarrollo, o más aún, la normal aceptación del movimiento
modernista en Brasil” (ANDRADE, Mário. Marinetti, 1930)
El primer manifiesto, de 1924, denominado Manifiesto da Poesia Pau-Brasil es
la sistematización de un proyecto aún en línea con ciertos elementos ya
anunciados en la Semana. Pero el Manifiesto Antropófago de 1928 fue en gran
parte una oposición al evento de 1922.
Houve um fenômeno de democratização estética nas cinco partes sábias do mundo.
Instituíra-se o naturalismo. Copiar. Quadro de carneiros que não fosse lã mesmo,
não prestava. A interpretação no dicionário oral das Escolas de Belas Artes queria
dizer reproduzir igualzinho...Veio a pirogravura. As meninas de todos os lares
ficaram artistas. Apareceu a máquina fotográfica. E com todas as prerrogativas do
cabelo grande, da caspa e da misteriosa genialidade de olho virado - o artista
fotográfico. Na música, o piano invadiu as saletas nuas, de folhinha na parede.
Todas as meninas ficaram pianistas. Surgiu o piano de manivela, o piano de patas. A
pleyela. E a ironia eslava compôs para a pleyela. Straviski.

A estatuária andou atrás. As procissões saíram novinhas das fábricas. Só não se

inventou uma máquina de fazer versos - a havia o poeta parnasiano.

(ANDRADE, Oswald. Manifesto da Poesia Pau-Brasil, 1924)

 Semana de Arte Moderno (1922)
≠
Grupo reunido en torno a Mário de Andrade
≠
Las directrices de un movimiento creado alrededor de Oswald de Andrade,
Tarsila do Amaral y otros, llamado Antropofagia (1928)
≠
Proyecto integralista/fascista brasileño, el Movimento Verde-Amarelismo,
creado en 1926 por Cassiano Ricardo, Plínio Salgado y Menocchi Del
Pecchia.
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