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Literatura
infantil: histórias e histórias. São Paulo : Ática, 1985, pp.123-162.
Marca bastante típica dos livros infantis de 1960 para cá é a incorporação da oralidade,
tanto na narrativa como na poesia, essa tentativa visava uma aproximação tanto da
proposta dos modernistas de 22 como a herança lobatiana.
A oralização dos discursos tem o objetivo de trazer para as histórias infantis o
heterogêneo universo de crianças marginalizadas, de pobres, de índios. Assim, a
linguagem também se distanciou do padrão da forma culta, temos a presença de gírias de
rua, falares regionais e dialetos sociais adequados aos novos conteúdos.
Em Apenas um curumim (1979), de Werner Zotz, e em O curumim virou um gigante,
temos a tentativa de aproximar esta literatura de uma linguagem primitiva.
Em muitos casos, por exemplo, em obras urbanas há a tentativa de afastamento da
norma padrão, ocasionando certa de anacronia e descontextualizarão de gírias e da
superposição não significativa de diferentes registros linguísticos. Porém, com Lando
das ruas (1976), de Carlos de Marigny e, com Pivete (1977), de Herry Correia de
Araújo, esse uso literário de novos dialetos ganha maturidade, e a parti daí se expande.
Em muitos casos o texto infantil tematiza seu próprio processo de escrita e produção,
fazendo referencias a outras obras, como um diálogo. Fazendo se aproximar das obras
infantis e obras não infantis;
O primeiro escritor que trouxe para a narrativa infantil os dilemas do narrador moderno
foi Clarice Lispector, suas obras: