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BR IV. AULA 1, TEXTO 1.

A ALIANÇA ENTRE O CAPITAL E A PROPRIEDADE DA TERRA NO BRASIL: A ALIANÇA DO ATRASO.


– JOSÉ DE SOUZA MARTINS.

INTRODUÇÃO

O autor acredita que no Brasil acredita-se que exista uma sociedade civil, porém o exercício de
cidadania e a reflexão profunda de o que isto tem por significado não ocorre. Para ele, vivemos
em um país de políticas e histórias inacabadas, processos que nunca se decorrem e muito
menos se concluem. As discussões sobre direitos e cidadania se restringem à citações vãs de
filósofos franceses, mas não se aplica a parte radical. Para ele, os grupos “oprimidos” (autor n
usa esse termo) que em outros países conseguem, a partir das mesmas circunstâncias,
engendrar conquistas e mudanças políticas e sociais, aqui não conseguem ter muito avanço e
sucesso em suas lutas.

Sociedade de história lenta -> Perspectiva que “permite fazer uma leitura dos fatos e
acontecimentos orientada pela necessidade de distinguir no contemporâneo a presença viva e
ativa de estruturas fundamentais do passado. De modo que os fatos de hoje acabam se
mostrando como fatos densamente constituídos pela persistência de limitações e
constrangimentos históricos que definem o alcance restrito das condutas transformadoras.
Mais que isso, uma sociologia da história lenta permite descobrir, e integrar na interpretação,
estruturas, instituições, concepções, e valores enraizados em relações sociais que tinham pleno
sentido no passado, (...) Não só porque reduz o âmbito da tomada de consciência das
verdadeiras dificuldades à transformação social, mas também porque atenua ou reorienta o
sentido das ações de propósito transformador.”(pp. 15)

Crítica aos sociólogos e a noção de progresso x desenvolvimento -> “O grande equívoco de


sociólogos e cientistas políticos tem sido o de pressupor que essas mediações são apenas
obstáculos ao progresso, ao desenvolvimento e à modernização. E de que o progresso domina
inexoravelmente a História. (...) A questão é saber quais são as condições históricas que
estabelecem o ritmo do progresso em diferentes sociedades.” (pp. 15)

O conservadorismo -> Para o autor, o pensamento conservador não é um pensamento


imobilista, como se supõe vulgarmente. Este, torna-se mais ativo e adquire potencial
transformador conforme avançam os processos desagregadores do progresso e da
modernização. Ex. no Brasil: Igreja Católica e o apoio à lutas no campo e na cidade, influindo
agência em processos com potencial de mudanças até mesmo profundas.

CAPÍTULO II

1. A SUPERAÇÃO DOS BLOQUEIOS AO DESENVOLVIMENTO NA HISTÓRIA BRASILEIRA.

Embate crescimento x desenvolvimento -> a literatura é muito movida pela procura dos
entraves para o crescimento. Problema original: o não desenvolvimento no crescimento.
Mudou a economia ou não mudamos nós ? “Examinar a hipótese oposta e alternativa de que,
no fim das contas, é a modalidade de crescimento econômico o que, na verdade, bloqueia o
desenvolvimento social e político da sociedade brasileira.” (pp. 53)

“A melhor alternativa de interpretação, porém, penso eu, é a de que esses fatores e


condições se combinam numa espécie de causação circular e acumulativa, como dizia Mydral
nos bons tempos de desenvolvimentismo.” (pp. 53)

FHC + galera da USP – Fez um exame das condições sociais e políticas do que seria o primeiro
grande desbloqueio da história brasileira contemporânea, a abolição da escravatura.
Sustentou a hipótese de que a necessidade da abolição advinha da contradição entre a
acumulação de capital gerado na exploração do trabalho escravo com as relações de trabalho
senhor-escravo.

Eles estavam, com essas teorias, visando combater interpretações do “marxismo vulgar”,
popular em toda a américa latina, que lia de forma redutiva o escravismo moderno como um
modelo de sociedade feudal, logo, a superação do escravismo seria a superação do feudalismo
(sociedade de resquícios coloniais – mdo escrava) e passagem para o capitalismo (mdo livre).

Para eles, as contradições escravismo vs capitalismo não eram da mesma radicalidade do


feudalismo vs capitalismo.

“Nesse sentido, os próprios fazendeiros estariam em condições de personificar as necessidades


de reprodução capitalista do capital, não dependendo esta de uma nova classe social, distinta
da classe dos proprietários de terra, para viabilizar-se historicamente.” (pp. 55)

Octavio Ianni – Para ele não de deve examinar a questão do desenvolvimento olhando de
forma linear apenas para enonomia e social, mas deve-se ter em mente uma concepção
dialética de desenvolvimento (histórico) que leve ao exame das contradições estruturais
(políticas e de classe) que erguem obstáculos às transformações na sociedade brasileira.

Celso Furtado – Crise de 29 e queima do café como motores indiretos e involuntários a


industrialização (estimulou o mercado que estimulou a industrialização). Causaria o
desbloqueio a mudança de estrutura (passagem agrária -> industrial ).

Porém, o autor critica Furtado por ter uma hipótese boa e péssimas evidências, além de uma
lacuna em seu livro (a história da industrialização). O autor denuncia que, muito antes da crise
de 29 o Brasil já havia experimentado um surto industrial, com o fim do escravismo, sobretudo
na antiga região cafeeira. Apontando como evidências algumas antigas e famosas indústrias
têxteis que perduraram até os anos 50. Além de denunciar que Furtado ignora peculiaridades
da indústria e do mercado brasileiro. “Sem contar a existência de instituições educacionais e
de pesquisas avançada, como a Escola Politécnica de São Paulo, do século XIX, e o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas, das primeiras décadas deste século.” (pp. 57)

Tese - “(...) as grandes mudanças sociais e econômicas do Brasil contemporâneo não estão
relacionadas com o surgimento de novos protagonistas sociais e políticos, portadores de um
novo e radical projeto político e econômico. As mesmas elites responsáveis pelo patamar de
atraso em que se situavam numa situação histórica anterior, protagonizaram as
transformações sociais.” (pp. 58)

3 principais momentos de transformação e desbloqueio -> abolição, rev. De 30 e JK. -> Apesar
das transformações, manteve-se uma mesma estrutura de poder. Muita preocupação com o
ec. e nenhuma com o clientelismo/ oligarquias etc.

JK, por exemplo, assegurou o seu desenvolvimentismo com o apoio das oligarquias e (formas)
de poder já estabelecidas. Dando mais força à elas.

2 - AS LUTAS SOCIAIS NO CAMPO E O ESTADO DE COMPROMISSO

Se por um lado os intelectuais vinham se movendo para tentar diagnosticar os motivos do


atraso do Brasil, os movimentos sociais começariam também a se articular nos anos cinquenta,
depois de décadas de imobilismo quebrados pelos movimentos messiânicos e por anárquicas
manifestações de banditismo rural no NE, em SP e SC.

Exemplo que ganhou destaque nas literaturas (tanto de esquerda quanto de direita): Ligas
Camponesas no Nordeste. Foram vistos pelos militares como “uma revolução agrária
comunista em andamento.”

Kaô funerário + kaô de retomada de terras -> liga recorre ao advogado Julião que indica, na
ausência de Leis sobre as relações de trabalho, que os camponeses tomem postura legalista se
aproveitando das leis de relação de inquilinato ( a Lei do Inquilinato). Tratando aquela terra e a
sua relação com seu patrão como uma relação locador x locatário onde a terra era paga por
meio da renda-em-trabalho. Ou seja, os trabalhadores assumiam a terra como bem de direito
legal/adquirido como se inquilinos fossem.

“Luta por direitos tidos, mas não aplicados ou não reconhecidos nas relações reais.” (pp. 62)

Presença do Partido Comunista e sua participação contraditória e diversa que deu caráter
politizador aos episódios do campo nos anos 50, num contexto de mundo polarizado e
perseguição aos comunistas.

Grilagem de terras como mecanismo de reprodução do poder oligárquico. Conflitos de Terra


onde o Partido Comunista chegava para instruir aos camponeses como melhor se organizarem
e se defenderem.

“A principal consequência imediata da investida comunista no campo foi a mobilização da


Igreja Católica numa ampla cruzada de conscientização e organização sindical dos
trabalhadores rurais. A disputa com os comunistas começara tenuamente em 1950, quando
o bispo de Campanha, Minas Gerais, lançara uma carta pastoral em favor da reforma
agrária.” (pp. 67)

Ao mesmo tempo que esta carta fora lançada em uma reunião de fazendeiros e não de
trabalhadores (não levava essa ideia pros trab) e estes mesmos bispos se puseram em favor
das iniciativas e políticas de JK.

Tinha-se a perspectiva de um país fraturado, de um lado a prosperidade e o desenvolvimento


(SE) e de outro a miséria (NE) com suas ilhas de pobreza. Contudo, foi nesta mesma época que
se percebeu que o atraso e a pobreza eram questões políticas, não culpa de fatores
exclusivamente climáticos como a seca e afins.

3 - A INTERVENÇÃO MILITAR NA QUESTÃO AGRÁRIA: A ALIANÇA ENTRE CAPITAL E TERRA.

Desde a revolta camponesa de 1957 no Paraná, os militares já ficaram escaldados com o que
acontecia no campo. Fazendo presença cautelosa nas áreas de fronteira com a Argentina . Já
ali, ainda no governo JANGO, se mostrava de forma embrionária o que seria a intervenção
militar na questão agrária, tendo por exemplo o ataque da aeronáutica a um suposto campo
de treinamento de guerrilheiros no norte de Goiás.

Em um exame dos índices de documentos e livros do Arquivo Histórico do Exército, no Rio de


Janeiro, pode-se observar que já havia um monitoramento forte sobre o campo, tendo grande
numero de documentos sobre o “cangaço” e “messianismo”. O General Castelo Branco, antes
de seu governo, teve larga participação em seminários e discussões sobre a questão do campo,
assim como se fez presente em diversos institutos de pesquisa afim de encomendar estudos
preparatórios para um programa de governo militar que discutiria a reforma agrária e a nova
legislação fundiária com a reforma constitucional nos primeiros anos da ditadura militar.

“Foi esse documento a base do Estatudo da Terra, aprovado em 1965.”

Ironia: Reforma e leis fundiárias na ditadura sendo a elite latifundiária uma das principais
apoiadoras do golpe e tendo-se em mente que os políticos simpatizantes das reformas de
Goulart haviam sido cassados. Portanto, foram os largos representantes da elite agrária que
aprovaram e dirigiram os paradigmas das novas legislações da terra.

“Os estudiosos não analisaram ainda as contradições e as lições desse fato. Mas,
aparentemente, ele se inscreve numa larga tradição histórica, no Brasil: as grandes reformas
sociais, como a abolição da escravatura, foram propostas pelos representantes do pensamento
radical, os liberais, mas postas em prática pelos conservadores; ou como a proclamação da
República, proposta pelos radicais da época e consumada, contra eles, pelos militares, na
verdade herdeiros da tendência centralizadora, profundamente presente nas contradições do
Estado brasileiro, e oriundas do absolutismo monárquico, em cuja crise esse Estado foi gerado.
Esse jogo político, envolvendo tendências opostas responde pelo modo contido como as
reformas sociais e políticas são concretizadas no Brasil.” (pp. 70)

“Além do que, seus executores são, quase sempre, seus inimigos. O que talvez explique por
que decisões políticas fundamentais ganhem forma legal até sem grande dificuldade, mas
emperrem justamente na aplicação, vitimadas e esvaziadas pela conduta conspirativa de
uma burocracia pública que ainda age predominantemente a partir das orientações pessoais
dos chefes políticos e não a partir da impessoalidade pressuposta no cumprimento formal da
lei (...). A questão, portanto, não é a de aprovar leis avançadas, mas assegurar que elas não
serão executadas, ou não serão executadas conta os interesses dos que as aprovaram.” (pp.
70) IPC !!! TESE !!! OLHO AQUI !!!
Movimento pendular de pode no Brasil -> Alternância entre Governo Militar Centralizador/
Com Poder x Governo Civil Oligárquico descentralizado que favorece a poderes locais.

Contudo, mesmo estes governos centralizados possuem Páctos Tácitos, uma vez que, apesar
da força central, há uma conciliação com alguma oligarquia para a “legitimação” ou “não
ameaça” deste poder central. Ex: Vargas, perseguiu as oligarquias antigas mas aliou-se e deu
lugar a outras marginalizadas. Em seu governo, suas CLT’s não afetaram as relações de
trabalho no campo. Pode-se observar que: “Vargas não quis, ou não pode, enfrentar os
grandes proprietários de terra e seus aliados. Foi em seu governo que se estabeleceram as
bases para um pacto político tácito, ainda hoje vigente, com modificações, em que os
proprietários de terra não dirigem o governo, mas não são por ele contrariados.” (pp. 72)

Ao não alterar substancialmente esse pacto, a Constituição de 1946 ainda acabou por dificultar
a reforma agrária uma vez que “o dispositivo constitucional que estabelecia como restrição às
desapropriações de terra para fins sociais (inclusive, pois, a reforma agrária) a obrigatoriedade
de indenização prévia e em dinheiro ao proprietário. Esse dispositivo tornava a reforma
agrária economicamente inviável.” (pp 72)

Houve, de 40 para 60, com as mudanças e o avanço da modernização no país, um


enfraquecimento político de algumas oligarquias, “seja com o desencadeamento de
movimentos sociais no campo (...), seja com o envolvimento da Igreja em programas de
alfabetização e de conscientização das populações rurais. Com isso, a composição do
Congresso estava mudando claramente em favor de uma representação política mais sensível
às necessidades de reformas sociais.” (pp. 73)

Agora, muitos apoiavam e discutiam a respeito da a reforma agrária, Igreja, Partido comunista,
movimentos sociais, apesar da defesa de modos diferentes de aplicação, esta, agora, era
cercada por um certo concenso de demanda. “Em suma, não só mudava a composição política
do Congresso, mas no fundo entrava em discussão a base material das classes, a questão da
propriedade e o fundamento das relações políticas, até então predominantemente apoiadas no
monopólio da propriedade de terra.” (pp. 73)

Por não haver uma elite burguesa industrial antagônica aos interesses latifundiários, houve
uma ausência de quem poderia tomar para si a responsabilidade de levar adiante as reformas
de base demandadas naquele momento. Aproveitando-se da situação, os comunistas acharam
meios de se subverter o sistema, visto que não possuiam força para organizar uma revolução,
agiam de modo indireto a desestabilizar o regime, portanto, a ordem.

Assim, surgem os militares, que já observavam há tempos o acumulo das tensões sociais
suficientemente fortes para produzirem base de desestabilização política do país ( a
desordem/ mazorca). Portanto: “Na falta de uma elite dirigente capaz, as tensões no campo
viabilizavam e fortaleciam a ação dos diferentes grupos de esquerda (...) No contexto da
época, isso significava fazer pender o fiel da balança política internacional para o lado dos
países e regimes políticos e da opção ideológica opostos àquela em que nos situávamos
desde o final da Segunda Guerra Mundial (...) Isso dava às dispersas e frágeis lutas do campo
uma dimensão que concretamente não tinham (...)” (pp. 75)
O debate da Reforma Agrária fugiu à sua importância e passou a ser inserida num escopo de
embates ideológicos que a removeu de sua própria força e representatividade.

“Aparentemente, foi essa circunstância que alterou a possibilidade dos arranjos dos
interesses de classe que em outras sociedades fizeram da reforma agrária um passo
essencial para sua respectiva modernização, apoiada em alianças progressistas e
modernizadoras, até os primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial, antes da
polarização ideológica internacional (...) no geral, desde o século XIX, com a ascensão da
burguesia em vários países, foi a reforma do direito de propriedade e da democratização do
acesso à propriedade, de maneira a abolir privilégios nele baseados, dinamizar o mercado e
incrementar a igualdade jurídica que dinamizam a economia capitalista e acentuamram o
papel transformador do mercado.” IPC TESE DO AUTOR PAY ATENTION HERE !

AULA.

Tese geral do José de Souza Martins:

“Quando o trabalho era cativo a terra era livre. Quando a terra era cativa, o trabalho era livre”.

1850 - proibição do tráfico negreiro e lei de terras.

O Brasil não possuía reprodução de seus cativos como nos EUA e dependia diretamente do
tráfico. Proibindo-se o tráfico, tiveram de pensar novas maneiras de se prender e criar
controle/ dependência da mdo.

Bloqueios economicos

Marx - duas maneiras diferentes de se explicar a mudança historica:

Mudanças produtivas - terra, tecnologias, etc. Algumas coisas dentro das forças produtivas e
das relações de trabalho começam a emperrar o sistema e causam necessidade de mudanças
históricas.

Quando fatores/elementos começam a bloquear o avanço/prosperidade e crescimento do


sistema.

IDEIA CENTRAL:

ESCRAVIDÃO COMO BLOQUEIO PRO SÉC XIX. JÁ NA REPUBLICA O QUE ESTARIA


BLOQUEANDO O CRESCIMENTO ECONOMICO E SOCIAL DA PRIMEIRA REPÚBLICA ?

CELSO FURTADO -> DURANTE A CRISE CAFEEIRA A POLÍTICA DE SUSTENTAÇÃO


EMPREENDIDA PELA QUEIMA DE CAFÉ IMPEDIU O COLAPSO DA ECONOMIA E GEROU
CRESCIMENTO E GIRO DA ECONOMIA EM SUBSEQUÊNCIA. PERMITIU A INDUSTRIALIZAÇÃO.
FLORESTAN FERNANDES (MARXISTA) -> QUAL É A CLASSE SOCIAL Q É CAPAZ DE ENFRENTAR
OS BLOQUEIOS POLITICOS SOCIAIS E ECONOMICOS NO BR ? SERÁ QUE OS POBRES E CLASSES
SUBALTERNAS SÃO CAPAZES E TEM FORÇA SUFICIENTE PARA ENFRENTAR OS BLOQUEIOS DO
PAÍS ?

-- VAI PERGUNTAR EM PROVAAA --

QUAL É A TESE DO JOSÉ DE SOUZA MARTINS:

QUE TODA VEZ QUE A GENTE TEM UMA CRISE ECONOMICA E SOCIAL NO PAÍS A PROPRIA
ELITE POLITCA TOMA O PODER E RESOLVE A CRISE, PROMOVENDO AS MUDANÇAS DE
FORMAS MÍNIMAS.

OS CONSERVADORES EMPREENDEM AS MUDANÇAS.

CAFEICULTORES E FAZENDEIROS DO CO DE SP + PARANÁ ETC. -> EMBATE COM OS


ESCRAVISTAS -> ASCENSÃO AO PODER -> AQUELES SENHORES QUE ABREM MÃO DOS
ESCRAVOS, ABREM PQ NAO TEM MAIS JEITO, MAS TOMAM TODO O PODER PARA SI. TANTO
DA TERRA QUANTO POLÍTICO (ASSUMEM A PRIMEIRA REPUBLICA.)

TROMBAS E FORMOSO -> EXPULSOS DO NE MIGRAM PELO RIO TOCANTINS E VAO PARAR
EM GOIÁS. QUANDO CHEGAVAM AS FRENTES DE AVANÇO ECONOMICO ELES MIGRAVAM
MAIS PRA DENTRO (REGIÕES POUCO HABITADAS). QUANDO HÁ A MUDANÇA PRA CAPITAL
PARA BRASÍLIA, A CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS PÕE ESSAS POPULAÇÕES EM CONFLITOS DE
TERRA. VENDO ESTA REAL SITUAÇÃO DE CONFLITO DE TERRAS, OS COMUNISTAS VAO LA SE
METER E SE INICIA O QUE SERIA UMA POLITIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS DO CAMPO. ESTES
TRABALHADORES ESTAVAM NÃO SÓ ARTICULADOS E POLITIZADOS, MAS TAMBÉM
ESTAVAM FORTEMENTE ARMADOS.

POP. Q JA MIGRARAM 8 VEZES EM SUA PRÓPRIA VIDA DE LUGAR. (POR EXPULSÃO)

POLITIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS LEVAM AO GOLPE MILITAR, QUE TOMA A FRENTE DA


REFORMA AGRÁRIA. NESTA FRENTE, OS MILITARES ATUAM DE FORMAS ARBITRÁRIAS,
RESOLVENDO ALGUNS PROBLEMAS MAIS GRAVES, LEVANDO REPRESSÃO À OUTROS, ETC.

LIGAS CAMPONESES NORDESTE + PATO BRANCO SUL + TROMBAS CENTRO-OESTE -> TODO O
BRASIL ESTAVA SENDO EFETADO PELOS CONFLITOS DE TERRA. A QUESTÃO AGRÁRIA ERA A
QUESTÃO MAIS EXPLOSIVA DOS ANOS 60.

PAPEL DA IGREJA -> VAI LA DISPUTAR POBRE COM COMUNISTA.

MEDO DOS COMUNISTA ATEU (PQ NA URSS HOUVE PERSEGUIÇÃO E CHACINA DE


RELIGIOSOS POR SUA INTRÍNSECA LIGAÇÃO COM A POLÍTICA).

PORÉM, QUANDO A IGREJA ENTRA EM CONTATO COM OS POBRES E COM SUAS


REALIDADES, SOBRETUDO COM OS INDÍGENAS, COMEÇA A VER AS MAZELAS DO
CAPITALISMO E TOMA POSTURAS MAIS RADICAIS.

IGREJA CRIA AS PASTORAIS E ÓRGÃOS COMO O CIMI PARA INSTITUCIONALIZAR E DIVULGAR


OS DADOS SOBRE ESSES CONFLITOS/QUESTÕES E CHACINAS QUE ESTAVAM SENDO
EMPREENDIDAS.

A ALIANÇA DO ATRASO JÁ COMEÇA NO GOVERNO VARGAS !!! QUANDO VARGAS


NEGLIGENCIA A QUESTÃO DO TRABALHADOR RURAL.

mari_cardoso_rj@hotmail.com -> ENVIAR ANOTAÇÕES PRA MARIANA !!!

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