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Caio Prado Jr.

A Questão Agrária 1960 (79-87)

Docente: Eli Lino de Jesus


Aluno: Humberto
DAG05417 - SOCIOLOGIA RURAL
Caio Prado Júnior (1907-1990)

• Pensador sobre a formação da sociedade brasileira


contemporânea;

• Formou-se em Direito, estudou política e economia;

• Filiou-se ao Partido Democrata em 1928 e filiou-se ao Partido


Comunista Brasileiro em 1930;

• Influências de ideias de Karl Marx.


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“Não há pois como se esperar do desenvolvimento do capitalismo
na agropecuária brasileira uma elevação dos padrões da massa
trabalhadora rural”

“Essa elevação somente virá através da luta desses trabalhadores,


sejam quais forem suas relações de trabalho e natureza da
remuneração que recebem, por melhores condições de trabalho e de
vida.”

“O maior embaraço de natureza econômica, e de ordem geral no


caminho dessa luta, é sem dúvida é a concentração de
propriedade agrária que contribui fortemente para colocar o
trabalhador em uma posição muito desfavorável”
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“O trabalhador somente irá deixar de se colocar a serviço da
grande propriedade e aceitar suas condições, quando o
acesso aos trabalhadores à propriedade agrária se tornar uma
possibilidade.”

“O problema da reforma agrária tem suas raízes no


antagonismo entre a minoria de grandes proprietários, que
detém o monopólio virtual da terra, e controlam as
oportunidades de ocupação e trabalho na agropecuária e do
outro lado a massa trabalhadora do campo que depende dessas
oportunidades”.
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• Isenção fiscal para propriedades fundiárias rurais.

• Taxação da terra (Imposto Territorial Rural)

• Taxação dos proventos derivados da propriedade da


terra.

“A tributação constitui assim a maneira principal, no momento de


golpear a concentração e virtual monopólio da terra, tornando-a
acessível à massa trabalhadora rural."
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“... Nas atuais teses a tributação é apresentada como medida


central a ser adotada como passo inicial e estímulo preliminar
à reforma agrária.” (Tese 41)

A tributação territorial leva ao aumento da produtividade em


grandes propriedades, mas não traz uma reforma na melhoria
de condições de vida da massa trabalhadora rural.

Aumento da produtividade x piores condições de trabalho.


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• Legislações trabalhistas, regulamentação da parceria em


benefício do trabalhador;

• Luta dos trabalhadores;

• Barateamento e mobilização comercial da terra;

• Aproveitamento da terra (impreciso);

• Substituição das culturas por pasto ou canaviais.


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• Trabalho recorrente x trabalho sazonal;

• A produtividade volta-se contra o trabalhador;

• O “aproveitamento” da terra vai contra as ideias


marxistas;

• Adequada tributação territorial que leve ao acesso à terra


a massa trabalhadora e impeça o acúmulo especulativo;

• Inversão do fluxo de capitais na agropecuária.


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• Tese 41 x inversão de fluxo de capitais na agropecuária;

• Trabalho Tributação territorial excluindo as benfeitorias;

• Venda da terra e baixa do preço.


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• Imposto sobre a terra:

• Imposto de 3% sobre uma terra nua com valor de


R$100.000,00 = R$3000 = 3%.

• Imposto de 3% sobre uma terra de R$100.000,00 +


R$100.000,00 em benfeitorias = R$3000 = 1,5%.

• Imposto de 3% sobre uma terra de R$100.000,00 +


R$200.000,00 em benfeitorias = R$3000 = 1%.
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• Inversão do fluxo de capitais levando ao aumento da


capacidade de produção da terra e consequência
acidental é o desenvolvimento capitalista;

• Valorização da força de trabalho.

"Tributação territorial para forçar o barateamento e mobilização


comercial da terra, o que a tornará acessível à massa
trabalhadora, e indiretamente determinará a melhoria das
condições de vida do trabalhador empregado."
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• “O progresso capitalista marchará com a valorização da


força de trabalho que constitui sua negação.”

• Esse processo dialético que a reforma agrária


desencadeará e levará a economia agrária para sua
transformação socialista. È assim que em termos
marxistas e revolucionários se propõe a questão agrária
no Brasil e no atual momento histórico".

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