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Universidade Estadual de

Maringá
Disciplina de Radiologia
Mario Augusto Parisi
Colelitiase
Colelitiase é a presença de cálculos na
vesícula biliar
Esses cristais ou cálculos podem ocorrer
em diversas porções do trato biliar, como
o ducto colédoco (causando
coledocolitíase ) e a vesícula biliar. Os
cristais podem obstruir o trato biliar,
causando icterícia, e o ducto pancreático,
levando à pancreatite. A Colelitiase se
trata especificamente da formação desses
cristais na vesícula biliar
Fatores de risco

É mais comum em mulheres, obesos e


pessoas em idade fértil,pacientes com
cirurgia cardíaca,pacientes com cirurgia
bariátrica, pacientes com megaesôfago
chagásico .
Colelitiase
Anatomia
Achados
Achados
Sintomas

Os sintomas mais comuns de Colelitiase


são desconforto na região abdominal e
dores no hipocôndrio direito. Entretanto,
ela geralmente é assintomática até os
estágios avançados. Intolerância alimentar
a alimentos gordurosos, enjôo e
salivação,icterícia.
Icterícia
A radiografia simples de abdome pode
diagnosticar cálculos radiopacos,
eventualidade que não excede 15% dos
casos.É um achado radiológico.
Composição

 Os cristais podem ser formados por uma grande


variedade de substâncias, porém as mais
comuns são:
 Sais de cálcio e bilirrubina: Formam pequenos
cristais escuros. Mais comuns em portadores de
anemia, cirrose e infecções no trato biliar.
 Colesterol: Forma cristais de coloração
esverdeada, ou às vezes com tom mais
amarelado.
 Mistos: Caracterizam a maior parte dos casos,
cerca de 80%, e contém colesterol misturado a
sais de cálcio
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DA
LITÍASE BILIAR
Os métodos complementares de
diagnósticos mais importantes, alem da
anaminese e exame clinico o principal
método diagnostico são os exames
ultrassonográficos.

Deve-se iniciar pela USG.


A colangiografia retrógrada por via
endoscópica (CRE) constitui um método
muito sensível de diagnosticar a litíase
ductal. Porem de risco para o paciente,
utiliza-se a endoscopia e a fluoroscopia
juntas.
Atualmente, tem crescido em importância
a colangiografia por ressonância nuclear
magnética, que, no momento, só pode
servir para fins diagnósticos, e não
terapêuticos. É um método (ecografia) que
pode ser usado na grávida, pois não é
ionizante.
ULTRASSONOGRAFIA (USG)
A ultra-sonografia vêm sendo usada com
baixa incidência de exames falso
negativos e inconclusivos. É confiável em
93% dos casos, sendo indicada também
em situações de emergência e em
pacientes grávidas.
 A vesícula contendo um ou mais cálculos pode
ser de tamanho normal ou pequeno, e neste
caso difícil de identificar, assim como pode
apresentar-se inflamatória, o que se traduz por
espessamento parietal e por dor eletiva em
contato com o transdutor.
 Os cálculos de colédoco são muito difíceis de
serem identificados, principalmente se o
colédoco não está dilatado.
Nos indivíduos obesos e naqueles com
gás sobre a área vesicular, as imagens
podem ser prejudicadas e lesões
vesiculares podem passar
despercebidas.Em casos como este deve-
se repetir o exame com preparo.
Finalmente, pode haver resultados falso
negativos não só quanto a presença de
cálculos, mas também na avaliação da
parede do vesícula
US de vesícula biliar preenchida por
múltiplos pequenos cálculos.
Cálculo biliar grande de mais de 3 cm
Cálculos biliares de vários tamanhos na
vesícula causando sombras posteriores
Colecistite:-Complicações
 A colecistite é a inflamação da vesícula biliar. A
colecistite aguda é uma emergência médica
que se não tratada pode complicar levando à
morte.
 Os doentes em risco são mulheres em período
fértil, obesos e indivíduos com idade entre
quarenta e cinqüenta anos. A dieta rica em
gorduras é um comportamento de risco, assim
como as perdas ou ganhos de peso rápidas e a
diabetes mellitus.
 Sintomas e Diagnóstico
 Nem todos os sintomas surgem em todos os casos. Em
crianças pequenas e idosos pode ser quase
assintomática:
 Dor epigástrica (acima do estômago) ou no quadrante
superior direito abdominal. Pode ser intensa
("excruciante") ou leve, e ocorre em ataques repetidos
ou cólicas.
 Febre baixa
 Anorexia (falta de apetite).
 Náuseas e vômitos
 A icterícia se surge sugere obstrução mais baixa no
canal biliar comum.
Diagnóstico diferencial
A colecistite aguda pode ser confundida
clinicamente com:
Pancreatite
Colelitíase biliar: ataques de dor devido à
expulsão de pequenos cálculos. A
colelitíase biliar por vezes complica em
colecistite aguda
 RADIOGRAFIA SEM PREPARO DO
HIPOCÔNDRIO DIREITO
 (Em OAE decúbito, compressão)
 Essa radiografia é muitas vezes suficiente para
se confirmar a origem biliar de uma opacidade.
Os cálculos vesiculares são únicos ou múltiplos,
sugestivos quando cercados por uma bainha
calcária ou concêntrica, ou ainda poligonais com
múltiplas facetas, agrupados, moldando o fundo
vesicular na posição de pé; no perfil sua
projeção é anterior
Radiografia mostrando diferentes tipos de cálculos
biliares. (A) Cálculos mistos grandes
(B) Cálculos mistos pequenos com
centros translúcidos (colesterol).
(C) Cálculos infectados com depósitos densos de
carbonato de cálcio.
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
(TC)
A sensibilidade da tomografia
computadorizada do abdômen no
diagnóstico da litíase vesicular fica entre
78 e 83%. A imagem tomográfica pode ser
negativa devido a uma mínima diferença
de densidade entre os cálculos e a bile em
que estão mergulhados.
COLECISTOGRAMA ORAL
 COLANGIOGRAFIA RETRÓGRADA
ENDOSCÓPICA (CRE)
 A CRE permite a injeção direta de contraste no
colédoco. É muito útil para descobrir cálculos
coledocianos e alterações inflamatórias e
neoplásicas dos ductos. A CRE possibilita a
papilotomia, a biópsia, a retirada de cálculos
dos ductos biliares, a dilatação de estenoses e a
introdução de moldes nasobiliares para avaliar a
obstrução.

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