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NOSSA HISTÓRIA
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SUMÁRIO
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17.3 Fase de manutenção ou não supervisionada.........................................15
18. CUIADADOS NECESSÁRIOS COM O SEU PACIENTE PÓS-
CIRURGIA.........................................................................................................15
18.1 Restrições de exercícios.........................................................................15
Referências .................................................................. Erro! Indicador não definido.
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1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, foi verificado que o número de óbitos causado pelas doenças
cardíacas teve um aumento significante, atualmente elas representam cerca de 75%
de óbitos no mundo.
A doença arterial coronária é a segunda causa de morte no Brasil, perdendo
apenas para a doença vascular cerebral.
Estima-se que no ano de 2020 as causas de óbitos causados pelas cardiopatias
superem os 40 milhões no mundo todo (GUIMARÃES, 2016).
O infarto agudo do miocárdio (IAM) ocorre quando o fluxo sanguíneo, que é
levado ao miocárdio, é interrompido total ou parcialmente por trombos, agregação
plaquetária, entre outros motivos.
Esse bloqueio irá causar uma morte celular irreversível, sendo esse tecido
contrátil substituído por células cicatriciais fibróticas, sem a capacidade de contração
(PASCHOAL, 2010).
A Organização mundial de saúde (OMS) defini a reabilitação cardíaca como: A
soma de atividades necessárias para influenciar, favoravelmente, tanto a causa
subjacente da doença, quanto as melhores condições físicas, mentais e sociais, de
maneira que os pacientes possam, por meio de seus próprios esforços, preservar ou
reassumir, quando perdido, um papel tão normal quando possível dentro da
comunidade (PASCHOAL, 2010, p. 4)
A reabilitação cardíaca (RC) é aplicada em pacientes que sofreram um infarto
agudo do miocárdio, cirurgias cardíacas e outras afecções do coração.
A RC envolve uma equipe multiprofissional que ajuda com aconselhamento
nutricional, orientações aos fatores de riscos, prescrição de medicamentos, sendo a
terapia com exercícios a mais importante no programa de reabilitação (RICARDO;
ARAÚJO, 2006).
O tratamento de pacientes cardiopatas submetidos à reabilitação cardíaca visa
a recuperação e manutenção da função atrioventricular, e também do alívio dos
sintomas, sendo assim os indivíduos em tratamento com a RC terão uma recuperação
mais rápida, maior sobrevida e menores chances de problemas cardiovasculares
recorrentes ocorrerem. (CASTINHEIRAS-NETO et al., 2008).
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Na RC, o fisioterapeuta atua na Unidade de Terapia Intensiva, Unidade
Coronária (UC), enfermarias e também na casa do paciente após a sua alta hospitalar.
Também atua nas clinicas e centros de reabilitação. A função do fisioterapeuta
na RC é de aplicar o programa de reabilitação cardíaca com ênfase nos exercícios,
além disso ele quem faz a mobilização precoce e atua na ventilação mecânica.
Ele é o profissional responsável para diminuir problemas gerados pela
permanência do paciente no leito por muito tempo, além de outras funções
(PASCHOAL, 2010).
O enfermeiro atua na RC fazendo a anamnese de enfermagem que permite
avaliar os conhecimentos prévios do paciente acerca de sua doença.
Dessa forma, quando o enfermeiro realiza o levantamento dos sinais e
sintomas acabam por adquirir ferramentas que o auxiliam a oferecer uma melhor
orientação no período da alta hospitalar, permitindo ao sujeito uma vigilância mais
rígida na descoberta precoce de eventuais complicações do seu quadro (ALMEIDA,
2009).
Com base no exposto, o presente artigo tem como objetivo demostrar como ocorre
a atuação do fisioterapeuta e do enfermeiro na RC e identificar os principais desfechos
clínicos resultantes da atuação destes profissionais nos programas de reabilitação
cardíaca por meio de uma revisão integrativa.
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2. INFARTO AGUDO DO MIORCÁDIO
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Essa dor é muito intensa e ela pode ser caracterizada como constrição, peso,
aperto, queimação e ardência. Pode ser desencadeada durante uma atividade intensa
ou em um esforço físico grande, mas na maioria das vezes a dor ocorre em repouso.
Essa dor pode ter duração de 20 minutos ou até mesmo horas. Na maioria das
vezes, essa dor é acompanhada de náuseas, sudorese, vômitos e palidez.
A dor pode ser na região do epigástrio e do retroesternal, podendo irradiar para
os membros superiores, com mais frequência para o membro esquerdo, com
formigamento nesse membro (SERRANO, 2010).
Além da dor o paciente irá apresentar pulso rápido e fraco e também dispneia.
Outros sintomas podem estar presentes como: náuseas, vômitos, sudorese, palidez,
palpitações e fraqueza.
O infarto também pode ser assintomático, cerda de 10 a 15 % dos casos de
infarto.
Existem fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo o infarto,
como: sedentarismo, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus, obesidade,
hipercolesterolemia e histórico familiar (CANTELLE; LANARO, 2011).
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3. REABILITAÇÃO CARDÍACA
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O objetivo nessa fase é de prevenir eventuais complicações, aumentar a
independência e condicionar a musculatura debilitada pela imobilização.
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4. FASE II
Após a alta hospitalar inicia-se a fase do II da RC. Nesta fase o paciente para
a alta hospitalar (BUENO, et al., 2006). A reabilitação pode ser feita em casa ou em
centros especializados.
Os exercícios físicos são na sua maioria aeróbicos e de intensidade
submáxima.
Os objetivos nessa fase são: desenvolvimento de uma melhor capacidade
funcional, adquirir um maior condicionamento físico, retorno das atividades de vida
diária e melhorar a qualidade de vida.
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5. FASE III
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6. FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO CARDÍACA
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A fisioterapia no período pré-intervenção visa eliminar ou reduzir as
complicações no pós-operatório de cirurgia cardíaca, identificar fatores de risco e
também diminuir o tempo de internação hospitalar (MAIR; et al., 2010).
Durante a reabilitação cardíaca o fisioterapeuta pode utilizar a
manovacuometria e a espirometria para a avaliar os músculos respiratórios e a função
muscular.
A espirometria é de extrema importância para avaliação de portadores de
doenças pulmonares.
Já a manovacuometria irá avaliar a força dos músculos respiratórios, e se
houver uma redução de força nesses músculos, o fisioterapeuta irá, por meio de
exercícios de fortalecimento, melhorá-la.
O teste ergométrico e o ergoespirométrico devem ser utilizados, e estes têm
uma maior importância, pois irá avaliar as respostas dos sistemas respiratórios e
cardiovascular frente ao exercício (MAIR; et al., 2010).
A reabilitação cardiovascular (RC) apresenta uma série de benefícios bem
estabelecidos na literatura, tais como melhora na capacidade funcional, redução de
fatores de risco, redução dos sintomas, melhora na qualidade de vida e detecção
precoce de sinais e sintomas que antecedem sérias complicações.
A RC tem sido recomendada para pacientes após infarto agudo do miocárdio e
após cirurgia de revascularização do miocárdio; estudos recentes também têm
recomendado no pós-operatório de cirurgias cardíacas, insuficiência cardíaca crônica
estável, pré e pós-transplante cardíaco, intervenções percutâneas do miocárdio,
doenças valvares e doença arterial periférica.
Segundo definição da OMS, a RC é um conjunto de atividades necessárias
para garantir aos pacientes portadores de doenças cardiovasculares as melhores
condições sociais, mentais e físicas possíveis, para que possam alcançar com seu
próprio esforço uma vida normal e produtiva.
Programas de RC são uma realidade em países desenvolvidos e contam com
a participação de uma ampla gama de profissionais, com importante papel nas três
fases da RC: a fase I inicia-se na internação hospitalar; a fase II vai da alta hospitalar
até dois a três meses após o evento; e a fase III é considerada de recuperação e
manutenção.
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Recomenda-se que a RC seja implementada e executada por uma equipe
multiprofissional, formada por médico, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro,
nutricionista, educador físico, assistente social e terapeuta ocupacional.
Embora a doença cardiovascular, principalmente a coronariopatia, apresente
no Brasil alta prevalência e seja considerada primeira causa de morte em ambos os
sexos, a RC parece não ser uma realidade capaz de atender às demandas de saúde
pública nessa área.
Não há informações a respeito em nosso país, mas sabe-se que nos EUA
apenas 10% a 20% dos pacientes elegíveis participam de um programa de RC.
O fisioterapeuta profissional utiliza o exercício físico e a biomecânica como
instrumentos de trabalho para eliminar ou reduzir limitações físicas e sociais causadas
por afecções agudas e crônicas, tendo vasta área de atuação nas diferentes
populações, incluindo indivíduos com doença cardiovascular.
Entretanto, também parece não atuar em quantidade e qualidade suficiente,
capaz de responder às demandas epidemiológicas nas diversas áreas.
Não foram encontrados na literatura dados sobre o número ou distribuição
geográfica dos serviços de RC no Brasil.
Acreditando que o melhor conhecimento do perfil de atuação do fisioterapeuta
nos programas de reabilitação cardiovascular poderia fornecer subsídios e estimular
a realização de futuras pesquisas, aprimorando o trabalho desse profissional, o
presente estudo tem como objetivo conhecer o modelo de atuação, perfil profissional
e formação acadêmica do fisioterapeuta que trabalha com RC no Brasil, além do perfil
administrativo do serviço de RC.
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7. I CONSENSO NACIONAL DE REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR
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mecanismos de ação das drogas em uso, sua importância, bem como, a relação da
doença com a atividade física regular e as implicações na vida sexual e profissional.
Os hábitos alimentares e aspectos nocivos do estilo de vida são reformulados,
com especial ênfase na cessação do tabagismo e as intervenções psicológicas são
desenvolvidas visando ao controle do estresse, com as terapias em grupo e o
tratamento da depressão e ansiedade.
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8. OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR
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8.1 Avaliação Fisioterapêutica Cardiovascular
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- sentar o paciente a 90º com os pés apoiados no chão;
- colocar o bocal e a pinça nasal;
- Solicitar 2 ou 3 ciclos respiratórios em volume corrente com o orifício de
oclusão aberto;
- solicitar primeiramente uma inspiração tão completa quanto possível até a
CPT, também com indicação por gesto por parte do paciente;
- fechar imediatamente o orifício de oclusão e solicitar expiração máxima (em
nível de VR) com sustentação de 2 segundos;
Obs: Se o tubo não possuir válvula para a saída do ar, a pinça nasal deverá ser
colocada inicialmente e o bocal logo após a expiração (PImáx) ou a inspiração
(PEmáx) completa.
Deverão ser realizadas de 3 a 5 manobras aceitáveis (sem vazamento de ar,
sustentando por no mínimo 1 segundo), sendo ao menos 2 reprodutíveis (diferença
menor ou igual a 10% entre os valores), respeitando 1 minuto de intervalo entre elas,
utilizando-se para registro a maior medida.
O valor das pressões é expresso em cmH2O, sendo o da PImáx negativo.
Conforme descrito por Britto, et. al., (2009), a medida da PEmáx durante a avaliação
pré-operatória é de grande importância na avaliação da eficácia da tosse, portanto, na
prevenção de acúmulo de secreção nas vias aéreas.
A técnica mais utilizada para medida da endurance muscular respiratória é do
tipo linear com carga do tipo threshold (limiar).
Pico de Fluxo Expiratório (PFE): é o fluxo máximo alcançado durante uma
expiração realizada com força máxima e iniciando de um nível máximo de insuflação
pulmonar.
É considerado, como o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1),
um índice indireto do calibre das vias aéreas.
Porém, o PFE parece ser menos sensível que o VEF1 para detectar obstrução
nas vias aéreas. É utilizado o peak flow meters, pois é portátil e de baixo custo.
O procedimento deve ser realizado com instruções prévias. Manobras de
demonstração e o estímulo oferecido ao paciente são fundamentais para o sucesso
do teste.
- sentar o paciente ou colocar de pé, porém o pescoço não deve estar
flexionado ou hiperextendido evitando a complacência traqueal;
- colocar a pinça nasal;
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- solicitar ao paciente uma inspiração máxima seguida por uma expiração
forçada máxima, curta e explosiva (menos que 1 segundo) através do bocal acoplado
ao medidor de pico de fluxo;
Obs: O mais alto valor de 3 manobras consecutivas deve ser registrado, desde
que a diferença entre elas não ultrapasse 20 L/min.
Se entre os 2 maiores valores houver diferença maior do que 40 L/min, outras
2 manobras devem ser realizadas.
A queda sucessiva das medidas do pico de fluxo na mesma avaliação pode
indicar broncoespasmo induzido pela manobra. A descrição do Índice Diafragmático
(ID) feita a seguir foi relatada por Sarmento em 2005.
Índice Diafragmático: é capaz de refletir o movimento tóraco-abdominal, que é
obtido com um magnetômetro ou pletismografia de indutância e ainda com uma fita
métrica simples.
Este índice é capaz de dizer fielmente as mudanças de dimensões do tórax e
do abdômen durante a inspiração e expiração, com a seguinte fórmula:
ID = ∆ AB/∆ AB + ∆ CT.
O ∆ AB é a diferença da dimensão abdominal obtida entre a fase inspiratória e
expiratória, e ∆ CT, a diferença da dimensão da caixa torácica também obtida nas
fases inspiratória e expiratória.
- Paciente posicionado em decúbito dorsal horizontal, sendo o ∆CT medida com
a fita posicionada no 4º espaço intercostal e o ∆AB posicionada na cicatriz umbilical;
- foi solicitado que o paciente realizasse uma inspiração profunda máxima até
a CPT, seguida de uma expiração total, caracterizando a CRF por 2 vezes
consecutivas com pausa nos movimentos respiratórios ao final da inspiração e da
expiração para mensurar as variações dimensionais perimétricas do tórax;
Comumente, para classificar os pacientes cardiopatas em níveis de capacidade
funcional e determinar suas respectivas estratificações de risco aos programas
fisioterapêuticos, são utilizados testes para avaliação funcional cardiorrespiratória.
No CR os pacientes encaminhados ao programa de RCV após a consulta e
triagem fisioterapêutica, são submetidos ao teste ergométrico máximo ou
cardiopulmonar (considerado padrão-ouro para a avaliação da capacidade funcional).
O protocolo realizado durante o exame é determinado pelo cardiologista,
conforme a condição física do paciente.
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O teste submáximo a seguir, foi descrito por Britto et. al., em 2009. Nas
situações em que não é possível realizar o teste máximo, o paciente é submetido ao
TC6’ como forma de avaliação da capacidade funcional e prescrição da intensidade
de esforço durante o treinamento.
Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6’): é utilizado para avaliar a
capacidade funcional de forma submáxima, por meio da mensuração da maior
distância percorrida durante seis minutos. Permite avaliar globalmente o
funcionamento integrado dos sistemas cardiovascular, pulmonar, vascular periférico e
locomotor.
O local deve ser amplo, plano, regular e com piso não escorregadio. A
temperatura (T0) ambiente deve ser agradável, controlada e registrada. Deve ser
realizado pelo menos 2 horas após as refeições. Instruir aos pacientes o uso de roupas
e calçados confortáveis e a manutenção da medicação usual.
Antes da realização do teste é necessário demonstrar o caminho a ser
percorrido e um período de repouso de no mínimo 10 minutos.
- Durante o período de repouso de 10 minutos, faz-se a mensuração da pressão
arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), saturação periférica de
oxigênio (SatO2), através da oximetria de pulso, além da ausculta cardíaca e
respiratória e a avaliação do nível de dispneia relativa à sensação de esforço por meio
da escala de Borg.
- a pista deve ser de 30 metros, o avaliador não deve caminhar junto com o
paciente, exceto as situações em que é necessário transportar o oxigênio ou para dar
segurança em caso de déficits de equilíbrio, sendo que nestas situações, o avaliador
deve caminhar atrás do paciente;
- O adequado é o paciente caminhar por 6’ sem interrupção, porém em
situações de algum desconforto ou cansaço a caminhada pode ser interrompida, mas
o cronômetro continua registrando o tempo e, assim que sentir-se apto, reassume a
caminhada;
- Ao término do exame, o paciente interrompe onde estiver para a demarcação
da distância percorrida e o registro das variáveis (PA, FC, FR, escala de Borg e
SatO2);
De acordo com Pulz, Guizilini e Peres (2006), para que todo treinamento seja
bem prescrito, é necessário que obtenhamos parâmetros correlacionados com a
capacidade física do indivíduo.
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Para tanto, estes autores descrevem o teste abaixo como forma de avaliar a
força e a resistência muscular.
Teste de Força Muscular (RM): é utilizado para determinar a quantidade
máxima de peso que o indivíduo consegue realizar em um único movimento de um
determinado exercício.
O teste é denominado Teste de 1 Resistência Máxima (1RM). Antes da
realização desse teste, deve-se avaliar a elegibilidade do paciente. Segue a seguinte
metodologia:
1 - verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um programa de
treinamento resistido
2 - realizar teste ergoespirométrico previamente
3 - manter o paciente em repouso por 5 minutos
4 - Monitorar PA, FC, FR e SatO2
5 - realizar alongamentos globais 6 - posicionar adequadamente o paciente
7 - orientar o paciente quanto à realização do exercício e padrão respiratório
8 - realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento
9 - acrescentar 10 a 20% de peso sobre a carga de aquecimento, conforme o
grupo muscular testado
10 - Repousar 3 minutos - repetir os itens 8 e 9 até a não execução ou execução
incorreta do movimento - retornar à carga anterior com acréscimo de 1% a 5% desta,
até a não execução ou execução incorreta do movimento
- a carga obtida no último movimento antes da não execução ou execução
incorreta é a carga máxima ou 1RM Ainda os mesmos autores, Pulz, Guizilini e Peres
(2006) citam que, diante da impossibilidade ou a não opção pelo teste de 1RM, é
prescrito o Teste de Repetições Máximas (RM) e escala subjetiva de esforço (BORG),
descritos a seguir: O Teste de Repetições Máximas (RM) consiste na obtenção do
maior número de repetições de um determinado exercício, que é realizado com uma
carga constante.
Posteriormente à obtenção do maior número de repetições possíveis,
executadas de forma correta, será encontrado o seu equivalente em percentual do
Teste de 1RM por meio da tabela de Berger.
- verificar critérios de inclusão e exclusão para participar de um treinamento
resistido
- realizar teste ergoespirométrico previamente
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- Manter o paciente em repouso por 5 minutos - monitorara PA, FC, FR e SatO2
- realizar alongamentos globais - posicionar adequadamente o paciente
- orientar o paciente quanto à realização do exercício e ao padrão respiratório
- realizar 15 a 20 movimentos com carga baixa como aquecimento
- acrescentar 50% de peso sobre a carga de aquecimento e solicitar que o
paciente realize o maior número de repetições possíveis.
A Escala Subjetiva de Esforço (BORG) utiliza da impressão pessoal do paciente
quanto à dificuldade de executar o exercício.
Esta forma de prescrição de treinamento resistido está presente nas diretrizes
do American College of Sports Medicine (ACMS), que recomenda um nível de esforço
com classificação 13 em uma escala de 6 a 20 (escala de Borg) durante um exercício
de 10 a 12 repetições.
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9. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR NA FASE II
25
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade
é feita normalmente de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FC ao
treinamento, sem o TE.
Após 6 meses da realização do TE um novo teste é feito para avaliar as
respostas adaptativas ao treinamento físico e reprogramar a intensidade de esforço.
26
10. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR NA FASE III
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Seguindo as descrições de Pulz, Guizilini e Peres (2006), a intensidade de
trabalho usada é visando a melhoria da resistência aeróbica e é em torno de 40% a
75% do VO2 máx, atingido no teste ergoespirométrico para os pacientes o utilizaram,
ou 50% a 80% da FCmáx atingida no TE.
As sessões de tratamento têm duração aproximada de 50 minutos, com
frequência de 3 vezes por semana em dias alternados.
O tipo de exercício na fase inicial do tratamento é dinâmico e
predominantemente aeróbico, que envolve grandes grupos musculares.
Já os exercícios dinâmicos resistidos são utilizadas cargas, inicialmente com
pouco peso e com aumentos graduais, com número de repetições (5 a 10 em cada
série); número de séries (de 1 a 3 para cada exercício) e duração do intervalo entre
cada série (30 a 60 segundos), levando-se em conta que a intensidade do exercício
sempre será individualizada.
As sessões de tratamento envolvem 3 etapas: aquecimento (cerca de 5 a 10
minutos com realização de exercícios de alongamento, exercícios dinâmicos
aeróbicos e de coordenação associados a exercícios respiratórios).
Tanto no início quanto no final dessa etapa, afere-se a FC e PA do paciente. O
condicionamento realiza-se em 20 a 30 minutos, com treino de resistência muscular,
exercícios de grandes grupos musculares, esteira, corrida e bicicleta ergométrica,
atividade aeróbica realizada em esteira ou bicicleta ergométrica, com duração média
de 20 a 30 minutos.
A FC e a PA são aferidas no final de cada nível de exercício, dependendo do
protocolo. O desaquecimento tem duração de 10 minutos.
Nesta etapa, são realizados exercícios dinâmicos enfocando a musculatura não
trabalhada no aquecimento e também exercícios respiratórios associados a
alongamentos específicos.
Essa fase objetiva retornar o organismo às condições de repouso, com valores
de FC e PA próximos aos basais.
Nas situações em que é identificado quadro de hipertensão arterial logo na
chegada do paciente ao setor de atendimento, é aplicado somente relaxamento com
um período de maior duração que a etapa de desaquecimento. Quando o quadro
persiste, o paciente é encaminhado ao médico do setor, ou de origem, ou ainda a
Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
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Por outro lado, sempre que algum paciente apresentar alguma manifestação
de intolerância ao exercício físico durante as sessões de fisioterapia este é
monitorizado e, dependendo da condição, é interrompido.
Em caso de quadro hipertensivo agudo, de alterações eletrocardiográficas
significativas ou precordialgia, o mesmo é encaminhado para a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA).
Também o paciente portador de diabetes mellitus, com glicemia acima de 300
mg/dl, não realiza o treinamento, sendo orientado e liberado.
A programação de exercícios é individualizada e a progressão da intensidade
é feita normalmente de 3 em 3 meses analisando-se as respostas de FC ao
treinamento, sem o TE máximo, mas, realiza-se o teste submáximo a partir do
protocolo utilizado durante o treinamento.
Após 6 meses da realização do TE um novo teste é feito para avaliar as
respostas adaptativas ao treinamento físico e reprogramar a intensidade de esforço.
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11. A INTERVENÇÃO
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12. ASPECTOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA
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13. AS FASES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA
Ambulatorial
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A Reabilitação Cardíaca na fase ambulatorial abrange atividades com
exercícios aeróbicos associados a exercícios resistidos, proporcionando
condicionamento físico e reversão ou controle do sedentarismo.
A intensidade do exercício deve ser suficiente para aumentar a força e
resistência muscular dos principais grupos musculares. Recomenda-se um conjunto
de 8 a 10 exercícios com frequência de 2 a 3 vezes por semana.
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14. A IMPORTÂNCIA DA COLETA DE DADOS
14.1 Análise
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15. BENEFÍCIOS DA REABILITAÇÃO CARDÍACA NO PÓS-OPERATÓRIO DE
PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE CARDÍACO
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16. ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO PÓS-
TRANSPLANTE CARDÍACO
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17.1.3 Vibração manual pulmonar
37
Há comprovação cientifica que os exercícios aeróbicos promovam um aumento
do VO2 de pico, traduzindo-se em aumento da capacidade de suportar esforços
prolongados, além de redução do colesterol total, LDL e níveis séricos de glicose.
Já os exercícios resistidos são capazes de incrementar o tempo de exercício
aeróbico, além de promover o aumento de força muscular dos membros superiores e
inferiores, refletindo na melhora da capacidade física. Por isso é muito importante
continuar realizando-os na próxima fase, a qual deverá ser “eterna”.
Os exercícios resistidos devem ser realizados tanto para os membros
superiores quanto inferiores, através da resistência manual, de molas ou elásticos,
auxiliando no aumento da massa muscular e da densidade óssea. Este tipo de
treinamento é particularmente importante, porque neste grupo de pacientes ocorre
perda de massa magra e óssea em consequência da insuficiência cardíaca e dos
medicamentos utilizados no pós-transplante.
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18. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM O SEU PACIENTE PÓS-CIRURGIA
cirurgia. Neste período não se deve levantar objetos muito pesados, empurrar ou
puxar objetos grandes ou de muito peso, e nem realizar atividades que provoquem
dor no local da cirurgia.
Esportes de contato, que possam provocar choque na região torácica e
abdominal (como o futebol, handebol, jiu-jitsu, karaté, basquetebol, etc.) devem ser
evitados.
Exercícios físicos devem ser suspensos durante episódios de rejeição, dispneia
ou cansaço.
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