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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4
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6.2.5 Finalidades da radioterapia .............................................................. 29
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1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
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2 A HISTÓRIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS E OS SEUS FUNDAMENTOS
Nos cuidados paliativos (CP), é necessário que se trabalhe com uma equipe
multidisciplinar, devido à complexidade do cuidado no final da vida. Cada profissional da
saúde tem um papel essencial para a melhoria da qualidade de vida do paciente e dos
seus familiares, portanto, deve-se explicar quais as atribuições desenvolvidas por essa
equipe nos CP.
O primeiro marco da história dos CP, de forma estruturada, aliando cuidados
clínicos, pesquisa e formação, foi por meio da enfermeira, médica, escritora e assistente
social Cicely Saunders (1918-2005) com um paciente acometido por um câncer terminal,
no final dos anos de 1950, em Londres. Ela teve o desafio de tentar conduzir
adequadamente o controle da dor e dos demais sintomas que o afetavam e, desse
encontro, criou-se o primeiro hospice na cidade, em 1967, o Christopher’s Hospice. No
entanto, podemos encontrar traços e práticas dos cuidados com pessoas em processo
de terminalidade antes dessa constituição estruturada e investigativa da história
moderna.
Por muito tempo, nos séculos a.C., considerava-se perigoso tratar ou cuidar de
um paciente em leito de morte, pois havia a crença de que poderia se receber um castigo
por desafiar as leis da natureza. A morte não poderia ser desafiada e, por isso, não era
ético que os médicos atendessem esse tipo de doente.
Após a difusão do cristianismo, passou-se a acolher e ajudar pessoas doentes e
desfavorecidas como um compromisso cristão. Portanto, foram criados lugares que
abrigavam peregrinos e, ao longo do tempo, aceitavam moribundos nos hospititium,
termo em latim do qual derivou a palavra hospice dando o sentido de hospitalidade e
atendimento aos pacientes em terminalidade, como se entende na atualidade.
Já no século XI, os cruzados pensavam ter criado as primeiras casas para
pacientes incuráveis por meio da Ordem dos Cavaleiros Hospitaleiros. No período da
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Idade Média, surgiram diversas instituições para abrigar doentes terminais, sendo sua
maioria de carisma religioso. Essa expansão teve seu ápice por quase quatro séculos
até a diminuição da influência das ordens religiosas devido à Reforma Protestante.
Apenas no século XIX surgiram locais próprios para o cuidado de pacientes em
terminalidade, os quais seguiram associados às ordens religiosas, tendo duas grandes
referências: Mary Aikenhead (1787-1858) e Jeanne Garnier (1811-1853). Garnier fundou
a ordem Association des Dames du Calvaire, que, em 1843, instituiu o primeiro local
especializado para doentes moribundos localizado em Lyon. Já Aikenhead, da ordem
Irish Sisters of Charity, fundou a Our Ladys´s Hospice for the Dying em Dublin, em 1879.
Posteriormente, em 1893 e 1905, fundou-se o St. Kuke’s Home e o St. Joseph’s Hospice
em Londres. Em todas essas instituições, o foco era o alívio sintomático das doenças do
ponto de vista clínico.
Foi no século XX que Cicely Saunders, focando o cuidado e tratamento direto para
o doente, observou e concluiu que a terminalidade da vida estava sendo ocultada do
prognóstico, bem como a forma de lidar com a morte, negada pela sociedade. Assim,
Saunders engajou-se no movimento moderno dos hospices e, em 1969, criou o programa
de CP domiciliários, que teve como diferencial o foco em novas competências além do
controle da dor, compreendendo outros problemas associados à terminalidade, incluiu a
família nos cuidados do paciente e forneceu meios de formação e investigação do CP.
Na década de 1980, a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu um
programa de CP para pacientes oncológicos, iniciando o Cancer Pain and Palliative Care
e o Palliative Cancer Care, sendo estes as primeiras recomendações sobre cuidados
terminais para pessoas com câncer. Ainda nesse período, surgiram iniciativas em
diversos países, como Austrália, Nova Zelândia, Bélgica, China, Polônia, Reino Unido e
Romênia. No Zimbábue e África do Sul também foram criadas as primeiras unidades de
CP.
No ano de 1999, foram criadas a International Association for Hospice and
Palliative Care, a Hospice Association of South Africa e a European Association for
Palliative Care. Já neste século, foram fundadas a Foundation for Hospices in Sub-
Saharan Africa, a Latin American Association for Palliative Care e o United Kingdom
Forum for Palliative Care Worldwide, pela organização Help the Hospices.
A OMS, em 2002, lançou a mais recente definição de CP, consensual até hoje;
afirmando que a prática de cuidados paliativos visa à qualidade de vida dos pacientes e
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seus familiares, visando pessoas com doenças sem possibilidade de cura e que
ameacem a vida, respeitando e priorizando os aspectos físicos, sociais, emocionais,
mentais e espirituais da pessoa humana. Em razão desse conceito, foram elaborados os
documentos Better Palliative Care for Older People e Palliative Care: The Solid Facts,
incluindo doenças crônicas progressivas nas políticas de saúde para o envelhecimento.
Já em 2014, após a 67ª assembleia da OMS, foi elaborado o documento sobre
CP com um componente que compreende o cuidado ao longo da vida, o qual se tornou
muito relevante para os princípios dos CP, pois amplia sua compreensão e passa a dar
igual atenção às necessidades do paciente desde o diagnóstico até o pós-morte. Há um
movimento amplo em direção à integralidade do cuidado voltado para a pessoa e não
apenas para a patologia e as consequências esperadas. Nesse ano, surge ainda a
Declaração Europeia de Cuidados Paliativos.
Ao longo da história, o cuidado com o doente em terminalidade se desenvolveu
de forma local até ser disseminado por todos os continentes, contando, atualmente, com
centenas de países que têm serviços de CP. Em todas as antigas e atuais iniciativas de
cuidado voltadas ao paliativismo, nota-se que o paciente sempre necessitou de mais de
um profissional e seus cuidados para que pudesse ter um tratamento mais qualificado.
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• Promoção do alívio da dor e de outros sintomas que causam desconforto: A
presença de uma equipe multidisciplinar significa que o conhecimento
específico de cada área, além de medidas não farmacológicas e abordagem
psicossocial, resulta em uma prescrição farmacológica mais eficaz que
contribui para o alívio da dor;
• Afirmação da vida, considerando a morte como processo natural: o fim da vida
é uma constante nos CP. Compreender a morte ajuda o paciente a entender
sua doença, o que permite discutir o processo de adoecimento e a tomada de
decisões;
• Não adiantar nem postergar a morte: intervenções ativas e de reabilitação que
melhorem a qualidade de vida do paciente podem retardar a progressão da
doença sem causar mais desconforto e sofrimento do que o já causado pela
própria doença;
• Integração do psicossocial e espiritual no cuidado: é importante a presença de
vários profissionais, identificando problemas e tomando decisões em conjunto
com o paciente, pois a doença ameaça a vida e envolve perdas como
autonomia, segurança, autoestima, capacidade física e outros aspectos que
garantem o controle de relacionamentos que tanto o paciente quanto sua
família se sentem incapazes de lidar. Portanto, ao desenvolver o cuidado, é de
suma importância incluir os aspectos humanos em conjunto com as próprias
crenças do paciente;
• Ofertar sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativo quanto
possível, até sua morte: os CP se concentram na qualidade de vida,
independentemente da doença ou estágio em que o paciente se encontra,
ajudando-o a progredir do diagnóstico até o fim da vida;
• Ofertar sistema de suporte que auxilie os familiares a enfrentar a doença e a
experiência do Iuto: a família e os amigos do paciente servem como uma rede
de apoio e são importantes na tomada de decisões. A informação adequada
sobre a condição e evolução da doença permite que os familiares
compreendam todo o processo e proporciona uma sensação de segurança e
apoio, o que pode prevenir complicações futuras durante o período de luto;
• Iniciar o mais precocemente possível, junto a outras medidas de
prolongamento da vida, como a quimioterapia e a radioterapia, incluindo
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investigações necessárias para melhor compreender e manejar os sintomas:
conforme recomendado pela OMS, os cuidados paliativos devem ser incluídos
no cuidado do paciente a partir do momento em que uma doença com risco de
vida é diagnosticada, mesmo que ainda haja chance de recuperação.
Um dos paradigmas dos PCs no contexto atual é afirmar que a morte faz parte da
vida e que é um fenômeno fisiológico que, uma vez iniciado, não tem como ser desfeito.
O desafio dos profissionais de saúde é enfrentar o processo de terminalidade e morte
como realmente são e abordá-los de forma humanizada e clara.
Uma boa comunicação com o paciente e sua família ajuda a entender e gerenciar
melhor o tratamento durante esse período de dúvida, medo e adaptação. Devem ter
conhecimentos técnicos relacionados à percepção do ser humano como portador de sua
história de vida e determinante de sua trajetória de adoecer e morrer.
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Cada pessoa deve ser acolhida e respeitada por suas escolhas, crenças, curso
da doença e história de vida, e pelas respostas fisiológicas associadas à doença e ao
tratamento, como emocional, cultural e espiritualmente mediante o adoecer e morrer. Por
sua vez, os familiares precisam ser orientados e treinados para compreender o
desenvolvimento da doença, como esse processo se instala e afeta o paciente e seus
entes queridos. A abordagem direta e clara do tratamento da morte permeia
naturalmente o tratamento do CP desde o diagnóstico até o óbito.
A equipe multidisciplinar é desafiada a fazer uma avaliação abrangente do doente
e da sua família, centrar-se nas suas queixas principais e subjacentes, tentar aliviar o
seu sofrimento e garantir a sua qualidade de vida. Diante do desafio de abordar os
diferentes aspectos do sofrimento humano e focar em objetivos claros capazes de
exonerar e preparar o paciente e sua família durante o processo de morte, foi criada uma
ferramenta para sistematizar o raciocínio desta equipe: o Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desenvolveu uma ferramenta
chamada diagrama de abordagem multidimensional (DAM).
O ser humano deve ser entendido como um ser indivisível, influenciado pelo
ambiente e suas relações, mas pode ser avaliado segundo dimensões como física,
familiar/social, psicológica e espiritual para sistematizar a assistência à saúde. O gráfico
é dividido em quatro quadrantes, sendo que o centro contém as características do
paciente em suas respectivas dimensões.
O foco da análise do DAM é o paciente, e a área que precisa ser percebida em
seguida é sua condição, analisando se esta é atual, e pode ser aliviada ou futura, que
possa ser prevenida. Deve-se também ter em mente que o sofrimento do paciente nem
sempre é o do paciente, mas uma projeção da família e da equipe do paciente. A próxima
área inclui as atitudes que devem ser adotadas diante da condição identificada. Fora do
gráfico existem metas a serem alcançadas que nem sempre são alcançadas devido a
muitos fatores externos.
O DAM não é um protocolo para se preencher, mas uma forma de raciocínio que
visa orientar a equipe de CP. Durante a discussão multidisciplinar do caso, o paciente é
solicitado a preencher a esfera do meio com seus dados, a segunda esfera com seus
respectivos transtornos e, por fim, as atitudes dessa equipe. Assim, é fácil ver como
determinados males se refletem em outras dimensões e distinguir aspectos que podem
ser confundidos, levando a equipe a atitudes improdutivas.
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Embora o CP seja voltado para a qualidade de vida do paciente terminal, existem
direitos, vontades e desejos que devem ser respeitados à vontade. Não é incomum que
alguns, após a passagem pelo CP, tenham planos e desejos em relação à organização
do futuro dos familiares sobreviventes e decidam se aceitam ou não determinados
tratamentos de saúde. Assim, um ponto importante na autonomia do paciente no
processo de doença e terminalidade é a organização das decisões, das mais simples às
mais complexas, envolvendo a equipe multidisciplinar. Problemas como dieta,
manutenção, redução ou cessação de regimes de dieta para reduzir a dor e os sintomas;
interromper terapias como quimioterapia e radioterapia para minimizar efeitos colaterais
em casos sem sucesso terapêutico ou optar por analgesia mais forte com intervalos mais
curtos; e permissão para não realizar quaisquer procedimentos invasivos são situações
em que a pessoa deve ser consultada sempre que possível.
Para que se possa priorizar uma “boa morte”, é preciso explicar claramente
conceitos como distanásia, eutanásia e ortotanásia. No primeiro, tem-se o processo de
morte em si; no segundo, há a antecipação da morte, a partir de uma ação que conduz
a ela com o intuito de causar a morte tranquila, porém, trata-se de um crime de homicídio,
de acordo com Código Penal Brasileiro, art. 121; já no terceiro, nenhuma ação é
praticada, deixa-se o paciente morrer, com uma ação omissa ao contrário da eutanásia,
que dispõe sempre de uma ação (BRASIL, 1940).
Os casos em que o médico ficou sem opções de tratamento que possam reverter
o desenvolvimento e o prognóstico da doença e opte por descontinuar os tratamentos e
procedimentos, não podem ser classificados como crime ou como eutanásia. Para a
prática da ortotanásia o paciente e familiares devem ser orientados pelo médico quanto
ao seu prognóstico, limitações e essa opção. Se ambos forem aceitos e acordados, a
ortotanásia pode ser realizada.
Sempre que tiver condições, o paciente é responsável por tomar decisões sobre
o tratamento e acompanhamento da doença. Além dessa autonomia, ele tem o direito de
realizar seu processo de cancelamento em todos os aspectos que considerar relevantes,
tais como:
• Ver ou rever entes queridos e familiares;
• Não ter contato com conhecidos e/ou familiares;
• Manter seu diagnóstico, prognóstico e suas decisões em confidencialidade
com as pessoas que escolher;
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• Buscar momentos de religiosidade, auxílio religioso por meio de lideranças
religiosas ou, ainda, recusar-se a receber intervenções religiosas;
• Ter diretivas antecipatórias, como desejos expressos em relação ao pós-morte
que pode envolver testamentos, decisões sobre cuidados com corpo, enterro
e cremação, bem como à sua morte;
• Sentir necessidade de rever questões de sua vida, reavaliar decisões e afetos;
• Escolher onde gostaria de passar seu tempo, se em casa e com quem gostaria
de estar.
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de educação, que demandam ações de proximidade física e de acolhimento
para que muitas orientações se efetivem na prática;
• Psicólogo: garante que as necessidades do paciente, do familiar e da equipe
possam ser reconhecidas e atendidas pela articulação de ações de diferentes
naturezas. Pode oferecer escuta clínica qualificada aos que desejam falar,
buscando por esse meio contribuir para a elaboração das vivências associadas
ao adoecimento. Para tanto, o ideal é que esse acompanhamento psicológico
se inicie o mais precocemente possível;
• Assistente social: deve conhecer o paciente, a família e os cuidadores
considerando os aspectos socioeconômicos, buscando informações e
orientações legais, burocráticas e de direitos, indispensáveis para a condução
do cuidado ao paciente e a garantia de morte digna. Cabe a ele também avaliar
as condições da rede de suporte social dos envolvidos, para que possam ser
acionados em situações necessárias; conhecer e estabelecer uma rede
intrainstitucional, no intuito de garantir atendimento preciso ao doente, além de
atuar como interlocutor entre este/a família e a equipe nas questões
relacionadas aos aspectos culturais e sociais que envolvem o cuidado de
forma geral;
• Nutricionista: avalia o cuidado nutricional necessário em todos os estágios da
doença em consonância com a estratégia terapêutica. Em CP, a nutrição tem
um importante papel preventivo, possibilitando meios e vias de alimentação,
reduzindo os efeitos adversos provocados pelos tratamentos, retardando a
síndrome anorexia-caquexia e rememorando o alimento. Quanto aos manejos
físicos, ela auxilia no controle de sintomas, procura manter a hidratação
satisfatória, bem como preserva o peso e a composição corporal;
• Fisioterapeuta: oferece suporte para que os pacientes vivam de maneira ativa,
com qualidade de vida, dignidade e conforto, além de auxiliar os familiares na
assistência a eles, no enfrentamento da doença e no luto. Institui o plano de
assistência para ajudá-los a se desenvolver, facilitando a adaptação ao
progressivo desgaste físico;
• Fonoaudiólogo: auxilia o paciente a atingir e manter o seu máximo potencial
físico, psicológico, social e espiritual. Medicações, quimioterapia, radioterapia
e quadros de imunodepressão podem causar alterações de deglutição
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(disfagia), náuseas e vômitos, odinofagia, anorexia, desidratação, alteração do
nível de consciência e alterações de comunicação, os quais são de domínio
da fonoaudiologia;
• Terapeuta ocupacional: acompanha o paciente, tendo na organização da
rotina e na diminuição dos estímulos uma maneira de propiciar conforto. Ajuda-
o a manter suas atividades significativas a partir de recursos como música e
leitura, trazendo maior acolhimento e conforto a ele. Em relação ao familiar,
pode ajudar em despedidas, expressão de sentimentos e emoções, bem como
abertura de novos canais de comunicação, por meio de atividades. O
acompanhamento de luto, pós-morte, é parte integrante da assistência
terapêutica ocupacional;
• Assistente espiritual: oferece o atendimento espiritual como parte do
atendimento de saúde, permitindo ao beneficiado expressar seus sentimentos
e suas emoções, bem como conversando abertamente sobre a morte. Ajuda o
paciente a participar de todas as decisões referentes ao seu tratamento e aos
desejos finais.
3 SEDAÇÃO PALIATIVA
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3.1 Considerações éticas em relação à sedação paliativa
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de Ramsay. A falha da sedação é considerada se sua pontuação for inferior a 5 após 12
horas de tratamento.
O uso constante desta escala permite monitorar parâmetros como sinais e
sintomas indesejáveis como odor e agitação, evitando sedação excessiva e
monitoramento preferencial da resposta medicamentosa. A avaliação do paciente com
base nisso tem medidas para controlar a profundidade da sedação, pois tanto a sedação
excessiva quanto a insuficiente são ruins, o ideal é escolher aquela que alivia os
sintomas refratários.
O uso consistente desta escala irá monitorar parâmetros como sinais e sintomas
adversos, odor e inquietação, prevenir sedação excessiva e auxiliar no monitoramento
da resposta à medicação. A avaliação de pacientes com base nisso tem medidas para
controlar a profundidade da sedação, porque tanto acima quanto abaixo da sedação não
é o ideal, o conveniente é escolher um que alivie os sintomas e incômodos.
No momento da utilização da escala de Ramsay, o profissional necessita:
• Verificar o paciente várias vezes ao dia, juntamente aos sinais vitais, para
evitar a sedação excessiva;
• Avaliar continuamente o nível de consciência do paciente sedado;
• Fornecer parâmetros para atuação e decisões multiprofissionais;
• Melhorar o plano de sedação e analgesia sempre que for necessário.
O tratamento com sedação e analgesia deve ser avaliado rotineiramente para
atingir metas pré-definidas de redução do risco de complicações pelo uso excessivo de
sedação. Para facilitar a redução da dose total de sedação com esses medicamentos,
intervenções, como o uso de um regime, são primordiais para orientar o controle da
sedação.
A Escala de Ramsay é a mais utilizada em estudos clínicos, pois permite que
profissionais identifiquem visualmente a sonolência e a inquietação, e para garantir o
conforto do paciente sem a necessidade de medicação segura. Apesar de não ser uma
prática comum, a falta de avaliação periódica pode trazer consequências danosas, e
essa escala proporciona a dosagem precisa dos medicamentos utilizados.
Deve-se considerar que a escala de Ramsay é utilizada para avaliar não apenas
o grau de sedação, mas também o estado de agitação. Portanto, pode ser aplicado
rotineiramente em pacientes que foram desentubados ou na maioria dos estudos de
validação também serve como ferramenta de triagem para avaliação do delírio.
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Neste sentido, podemos verificar a escala de Ramsay:
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Para efetivar os objetivos da Política Nacional para a Prevenção e Controle do
Câncer, desenvolve-se, na atenção básica, as seguintes ações:
• Promoção da saúde, alimentação saudável e atividade física;
• Redução do tabagismo e dos danos relacionados ao tabaco no seu território;
• Promoção do autocuidado das pessoas com câncer, ampliando sua
autonomia;
• Identificação de sinais e sintomas suspeitos e acompanhamento dos
resultados alterados, encaminhando os casos suspeitos para confirmação
diagnóstica;
• Coordenação e manutenção do cuidado aos usuários com câncer, quando
referenciados para outros pontos da rede de atenção à saúde;
• Registro das informações referentes às ações de controle de câncer nos
sistemas de informação vigentes, quando couber;
• Realização do atendimento domiciliar e participação no cuidado paliativo às
pessoas com câncer, integrada às equipes de atenção domiciliar, à Unidade
de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e ao Centro
de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), bem como
articulada com hospitais locais e demais pontos de atenção, conforme a
proposta definida para a região de saúde;
• Desenvolvimento de ações de saúde do trabalhador por meio da capacitação
de equipes para registro das atividades exercidas e da exposição aos agentes
cancerígenos inerentes ao processo de trabalho, otimizando as ações de
vigilância do câncer relacionadas a esse ambiente.
A UNACON se trata de um hospital que possua condições técnicas, instalações
físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência
especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e o tratamento dos
cânceres mais prevalentes no Brasil. Já o CACON é um hospital com condições técnicas,
instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de
assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e o
tratamento de todos os tipos de câncer.
As campanhas e programas desenvolvidos pelo INCA em âmbito nacional para
atender à Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer do MS são:
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• Controle do câncer do colo do útero — ações desenvolvidas para reduzir sua
incidência e mortalidade e melhorar a qualidade de vida da mulher com essa
doença;
• Controle do câncer de mama — ações desenvolvidas para reduzir a exposição
aos fatores de risco, diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida da
mulher com essa doença;
• Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) — capacitação de
profissionais das Secretarias de Saúde para orientar a população sobre os
malefícios do tabagismo em escolas, empresas, hospitais e comunidades. As
ações são desenvolvidas em parceria nas três instâncias governamentais;
• Projeto de Expansão da Assistência Oncológica (EXPANDE) — estruturação
da integração da assistência oncológica com qualidade no Brasil, ampliando o
acesso ao tratamento e reduzindo as desigualdades regionais na oferta de
assistência oncológica à população;
• Programas de qualidade em radiações ionizantes — Programa de Qualidade
em Radioterapia (PQRT) e Programa de Qualidade em Mamografia (PQM);
• Programa de Transplante de Medula Óssea — desenvolvimento e manutenção
do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), do Registro
Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME) e da Rede BrasilCord,
os quais reúnem informações de voluntários que se dispõem a doar medula
para o transplante de pacientes com doenças do sangue, como leucemia e
anemia aplástica, entre outras.
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5.1 Direitos sociais
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Em relação à reconstrução mamária, as mulheres que sofreram a mutilação total
ou parcial de mama, decorrente da utilização de técnica de tratamento de câncer têm
direito a cirurgia plástica. A lei determina que, quando existirem condições técnicas, ela
deve ser efetuada no mesmo tempo cirúrgico e, no caso de impossibilidade de
reconstrução imediata, encaminha-se a paciente para acompanhamento e garante-se a
realização da cirurgia logo após alcançar as condições clínicas requeridas.
Há, ainda, o Andamento Processual Prioritário no Judiciário, com adiantamento
prioritário de qualquer processo (civil, criminal ou trabalhista), aos pacientes com câncer
e mais de 65 anos.
Para ter direito à isenção, por exemplo, de Imposto de Renda, de Imposto Predial
e Territorial Urbano (IPTU) e impostos na compra de carro adaptado (Imposto sobre
Produtos Industrializados [IPI], Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
[ICMS], Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] e Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores [IPVA]), a pessoa com câncer precisa apresentar alteração
completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, que causa o
comprometimento da função física, comprovando sua limitação por meio de laudo
médico e alterando a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para a CNH Especial.
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6.1 Quimioterapia
6.1.2.1 Alquilantes
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eficácia. Os principais medicamentos utilizados nesta categoria são mostarda
nitrogenada, mostarda fenilalanina, ciclofosfamida, bussulfam, nitrosureias, cisplatina e
seu análogo carboplatina e ifosfamida.
6.1.2.2 Antimetabólitos
6.1.2.3 Antibióticos
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Existem medicamentos que não podem ser atribuídos a uma classe específica de
ação farmacológica. Dentre eles destacamos a dacarbazina, indicada para o tratamento
de melanoma avançado, do sarcoma de partes moles e linfomas; a procarbazina, cujo
mecanismo de ação ainda não é totalmente compreendido, utilizado para o tratamento
da doença de Hodgkin; e L-asparaginase, que hidrolisa a aL-asparagina e previne a
síntese de proteínas e é usada para tratar leucemia linfocítica aguda. A administração
do quimioterápico é por via oral, intramuscular, subcutânea, intravenosa, intra-arterial,
intratecal, intrapleural, intraperitoneal, intravesical, intracavitária e tópicas.
Prado, Ramos e Valle (2018) definem em sua obra, no capítulo sobre oncologia,
algumas considerações em relação à finalidade do tratamento, sendo que a
quimioterapia pode ser subdividida em:
• Quimioterapia adjuvante — usada em pacientes que já foram submetidos à
ressecção primária do tumor, possivelmente curados, mas com risco de
recorrência. O principal objetivo é tratar micro metástases, diminuindo a
chance de recorrência;
• Quimioterapia neoadjuvante — usada para reduzir o volume tumoral antes da
cirurgia de tumores avançados, possibilitando ressecção daqueles
previamente irressecáveis ou permitindo cirurgias menos complexas,
preservando a funcionalidade dos órgãos e diminuindo as sequelas estéticas.
Estudos demonstram menor recorrência local e aumento de sobrevida livre de
progressão em diversas neoplasias, como mama, bexiga, sarcoma, cabeça,
pescoço e esôfago;
• Quimioterapia curativa — usada como tratamento primário, possibilitando a
cura de alguns tipos de neoplasias apenas com uso de tratamento sistêmico,
como nas leucemias, nos linfomas e nas neoplasias germinativas;
• Quimioterapia paliativa — usada no contexto de doença metastática, com o
objetivo de controlá-la, bem como seus sintomas e o eventual aumento de
sobrevida;
• Quimioterapia sensibilizante — usada em concomitância com a radioterapia,
potencializa o efeito citotóxico da radiação.
Já quanto à administração, o tratamento quimioterápico pode ser dividido em:
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• monoquimioterapia — usa um agente quimioterápico isolado, geralmente tem
melhor perfil de toxicidade e é preferível em doença metastática ou em
pacientes idosos e com baixa performance;
• poliquimioterapia — usa dois ou mais fármacos com diferentes mecanismos
de ação e combinações, diminuindo as chances do desenvolvimento de
resistência e possibilitando maiores taxas de resposta, mas tem maior
toxicidade.
O processo de formação do câncer, em geral, acontece lentamente, podendo
levar vários anos para que uma célula cancerosa se prolifere e dê origem a um tumor
visível. Essa carcinogênese é determinada pela exposição de diferentes agentes
cancerígenos ou carcinógenos, em uma dada frequência e um período de tempo, bem
como pela interação entre eles. Tal processo é composto de três estágios: estágio de
iniciação, no qual os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos; de promoção, onde
os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada; e de progressão caracterizado
pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula.
Fonte: Designua/Shutterstock.com.
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6.2 Radioterapia
6.2.1 Teleterapia
6.2.3 Braquiterapia
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A palavra braqui originada do grego, significa perto ou em curta distância e
consiste na colocação de uma fonte radioativa diretamente no tumor ou em área muito
próxima a ele. A braquiterapia pode ser dividida em:
• superficial — a fonte é colocada sobre a superfície do tumor ou a pele, como
nos tumores de pele e hemangiomas, sem necessidade de invasão;
• intracavitária — a fonte radioativa é colocada em uma cavidade próxima à
localização do tumor, como na braquiterapia vaginal, traqueia, esôfago e reto,
por meio de espéculos e sondas;
• intersticial — as fontes radioativas são colocadas diretamente no tecido, como
na braquiterapia de próstata, por meio de agulhas que passam pelo tumor.
Esses procedimentos, algumas vezes, precisam ser feitos sob anestesia, às
vezes em hospitais e sendo necessária a permanência do paciente.
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• Radioterapia paliativa: ela objetiva o tratamento local do tumor primário ou de
metástase (s), sem influenciar a taxa da sobrevida global do paciente, usada
principalmente nas seguintes circunstâncias.
• Radioterapia antiálgica: modalidade de radioterapia paliativa com a finalidade
específica de reduzir a dor.
• Radioterapia anti-hemorrágica: modalidade de radioterapia paliativa com a
finalidade específica de controlar os sangramentos.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a resposta dos tecidos às
radiações depende de muitos fatores, como a sensibilidade do tumor à radiação, sua
localização e oxigenação, bem como sua qualidade e quantidade e o tempo total em que
ela é administrada. Para que o efeito biológico atinja o maior número de células
neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação
deve ser habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia
externa.
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• Fornecer soluções para enxágue ou bochecho de acordo com o protocolo
institucional;
• Inspecionar a cavidade oral diariamente para avaliar sinais e sintomas de
mucosite;
• Estimular a autoavaliação, o autocuidado e a comunicação precoce dos sinais
e sintomas;
• Estimular o uso de manteiga de cacau para lubrificação dos lábios;
• Remover dentaduras;
• Orientar a ingestão de alimentos de consistência pastosa ou líquida;
• Administrar analgesia conforme a prescrição médica;
• Instituir medidas de contenção do sangramento (pressão com gelo, irrigação
com água estéril gelada e tamponamento com gaze ou rolinho de algodão), se
for necessário.
6.3.4 Diarreia
6.3.5 Constipação
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6.3.6 Reação na pele
6.3.7 Sangramentos
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toxicidade sobre a formação do tecido hematopoiético, sendo chamados de
mielossupressores ou mielotóxicos. O tempo entre a sua aplicação e a ocorrência do
menor valor de contagem hematológica ocorre entre 7 e 14 dias para a maioria das
drogas, por isso, torna-se necessário seu fracionamento para recuperação medular, que
leva o sangue periférico a atingir valores próximos aos normais.
• Anemia é a diminuição de hemoglobina e glóbulos vermelhos, situação em que
o paciente relata fadiga aos menores esforços, nota-se também palidez,
dispneia e taquicardia;
• Leucopenia é a diminuição do número de linfócitos, granulócitos e,
principalmente, neutrófilos, levando a uma supressão da imunidade celular e
humoral, aumentando o risco de infecção;
• Trombocitopenia é a diminuição de plaquetas, podendo levar o paciente a um
quadro de sangramento ou hemorragia.
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sintomas são tosse não produtiva, dispneia, taquipneia, expansão torácica incompleta,
estertores pulmonares e fadiga.
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ressecamento da boca e evolui para eritema, dificuldade de deglutição e ulceração, pode
envolver o trato até mucosa anal e ser leve, moderada ou severa. Ela aparece entre 2 a
10 dias após a aplicação do quimioterápico e torna o paciente suscetível às infecções, à
necrose e ao sangramento.
Já a anorexia ocorre devido aos vários fatores associados, como mudanças na
musculatura e mucosa do estômago e intestino delgado, que retardam o processo
digestivo, promovendo uma sensação de plenitude gástrica que interfere no apetite. Ela
também acontece pela presença de náuseas e vômitos, mucosite oral, alterações do
paladar e psicológicas, como medo, ansiedade, depressão e estresse.
Como o trato gastrintestinal é formado por células de rápida divisão celular, ele
sofre uma descamação de células da mucosa sem reposição adequada, levando à
irritação, à inflamação e às alterações funcionais que ocasionam a diarreia. Quando for
intensa, pode trazer complicações como desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico,
diminuição da absorção calórica, perda de peso e fraqueza.
A constipação intestinal, por sua vez, frequentemente provoca anorexia,
desconforto, dor e distensão abdominal. Quando for prolongada, ela pode ainda provocar
náuseas, vômitos e desequilíbrio eletrolítico; há também diminuição da motilidade
gastrintestinal devido à ação das drogas sobre o sistema nervoso do aparelho digestivo,
levando aos quadros de íleo paralítico.
7.2.8 Hepatotoxicidade
Seu tratamento prolongado pode causar fibrose hepática, cirrose e elevação das
enzimas hepáticas, sendo um quadro de disfunção frequentemente reversível com a
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interrupção da quimioterapia, avaliado por meio do aumento transitório das enzimas
(transaminase glutâmico-oxalacética [TGO], transaminase glutâmico pirúvica [TGP],
desidrogenase láctica [DHL] e fosfatase alcalina). As alterações leves e moderadas são
revertidas com a interrupção temporária do uso da droga; as graves, porém, podem ser
irreversíveis, o que obriga à monitoração das alterações enzimáticas durante a
quimioterapia.
Elas estão associadas aos outros fatores intercorrentes, como vômito, diarreia,
disfunção renal e hepática, ou às situações clínicas. Diferentes quimioterápicos
antineoplásicos podem causar distúrbios metabólicos, por exemplo, hipocalcemia,
hipercalcemia, hipoglicemia, hiperglicemia, hiponatremia e hipomagnesemia. Deve-se
monitorar o paciente durante o tratamento quanto às dosagens séricas de eletrólitos, à
reposição destas, quando necessário, ou ainda ao adiamento de novos ciclos
quimioterápicos.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Elisa Maria Parahyba; VILAÇA, Anali Póvoas Orico. Cuidados paliativos e
psico-oncologia. 1ª ed. Santana de Parnaíba: Manole, 2022.
FERLAY, J. et al. Cancer incidence and mortality worldwide: Sources, methods and
major patterns in GLOBOCAN 2012. International Journal of Cancer, Lyon, v. 136, p.
E359-E386, 2015.
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MAIA, V. R. Protocolos de enfermagem: administração de quimioterapia
antineoplásica no tratamento de hemopatias malignas. Rio de Janeiro: HemoRio,
2010.
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