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INSTITUTO POLITÉCNICO KINACHICURRO DE CUAMBA

CURSO DE TÉCNICOS DE MEDICINA GERAL-MÉDIO INICIAL – TURMA 7

Trabalho individual de carácter avaliativo


Tema: Primeiros Socorros e Enfermagem

Docente Dr. Justino Daniel


Discente: Guida Paulo Alexandre

Cuamba, Novembro de 2023


Índice
1. Introdução.................................................................................................................... 1
2. PRIMEIROS SOCORROS.........................................................................................2
2.1. Objectivo de primeiros socorros..........................................................................2
2.2. procedimentos de primeiros socorros que você precisa saber...........................2
2.3. Desvantagem dos primeiros socorros..................................................................3
3. Enfermagem................................................................................................................. 3
4.2. Planificação dos cuidados.....................................................................................6
4.3. Biossegurança........................................................................................................6
4.4. Objectivo............................................................................................................... 6
5. Técnicas de lavagem das mãos....................................................................................7
6. Sinais Vitais.................................................................................................................. 7
6.1. O objectivo da verificação dos sinais vitais.........................................................8
6.2. Situações em que torna-se indispensável a verificação de sinais.......................8
7. Informações ao utente sobre SV.................................................................................9
7.1. Prevenção de infecções e uso de EPI na verificação de SV................................9
7.2. Tipos de sinais vitais...........................................................................................10
8. AVALIAÇÃO DE TEMPERATURA E PULSO.....................................................10
8.1. Temperatura corporal........................................................................................10
8.2. Factores que aumentam a temperatura............................................................11
8.3. Factores que diminuem a temperatura.............................................................11
8.4. Outros factores promovem alterações transitórias da temperatura corporal11
8.5. Temperatura rectal.............................................................................................11
8.6. FACTORES QUE INTERFEREM NA TEMPERATURA.............................12
8.7. Factores que aumentam a temperatura............................................................12
8.8. Factores que diminuem a temperatura:............................................................12
8.9. Outros factores promovem alterações transitórias da temperatura corporal:
12
8.9.1. VALORES NORMAIS DE TEMPERATURA CORPORAL.....................12
8.9.2. VARIAÇO DA TEMPERATURA AXILAR................................................13
9. PULSO........................................................................................................................15
9.1. Locais de avaliação do pulso..............................................................................15
10. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ( COMPLICAÇÕES E
PREVENÇÃO DE ACIDENTES)...................................................................................15
10.1. As causas de complicações e acidentes podem ser........................................16
10.2. Causas evitáveis...............................................................................................16
10.3. Erros de prescrição:........................................................................................16
10.4. Reacção Adversa a Medicamentos (RAM)....................................................17
10.5. Possíveis complicações na administração por via oral, sublingual e retal.17
10.6. Possíveis complicações na administração por instilação, via tópica, retal e
vaginal. 18
10.7. Possíveis complicações na administração parenteral (ID, SC e IM)..........18
11. Transfusão de sangue.............................................................................................20
11.1. Objectivos de Administracão de Sangue...........................................................20
11.2. Precauções a serem tomadas na transfunsao sanguinea..................................20
11.3. Vantagem da transfusão.....................................................................................21
11.4. Desvantagem da transfusão...............................................................................21
12. PENSOS: DEFINIÇÃO, OBJECTIVOS E CLASSIFICAÇÃO.....................21
12.1. Objectivos do Penso........................................................................................21
12.2. Classificação dos Pensos.................................................................................21
13. INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS – VIA ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA-
27
13.1. Características essenciais às substâncias injetadas por via EV..................27
13.2. Tipos de acesso venoso....................................................................................27
14. Conclusão................................................................................................................35
15. Referência Bibliográfica........................................................................................ 36
1. Introdução

Podemos definir primeiros socorros como sendo os cuidados imediatos que devem ser
prestados rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado
físico põe em perigo a sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de
assistência qualificada. Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros,
conduzindo-se com serenidade, compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio
controle, porém, o controle de outras pessoas é igualmente importante. Ações valem mais
que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de informar ao acidentado sobre seu estado,
sua evolução ou mesmo sobre a situação em que se encontra deve ser avaliado com
ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessários. O tom de voz tranqüilo e
confortante dará à vítima sensação de confiança na pessoa que o está socorrendo. O
desenvolvimento das actividades nas instituições de saúde pública oferece riscos
específicos de acidentes de trabalho, sendo assim, os funcionários destas instituições devem
ter conhecimentos de princípios básicos em primeiros socorros.
2. PRIMEIROS SOCORROS

Definição

Primeiros Socorros são os cuidados iniciais que devem ser prestados rapidamente a uma
pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a sua vida,
com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando
medidas e procedimentos até a chegada de assistência.

2.1. Objectivo de primeiros socorros

Objectivo estabilizar a vítima até que a ajuda profissional chegue. Muitas pessoas não
sabem quais atitudes tomar nesse tipo de situação, porém, buscar informações sobre os
primeiros socorros e saber como colocá-los em prática pode ser decisivo quando há risco de
morte.

Os primeiros socorros

2.2. procedimentos de primeiros socorros que você precisa saber

 Fazer massagem cardíaca.

 Desengasgar.

 Estancar sangramentos.

 Amenizar queimaduras.

 Desafogar.

 Fazer transporte de vítimas.

 Cuidar de fraturas ósseas.


é possível garantir que o acidentado não tenha sequelas ou mesmo venha a óbito.
Independentemente do que ocorra, como quedas, ataques cardíacos, choque eléctrico ou
paradas respiratórias, há uma regra: o auxílio deve ser rápido

2.3. Desvantagem dos primeiros socorros

Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial, colocar um
curativo num ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa também pegar
na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os que estão assustados ou em pânico, dar
um pouco de si. Nos conflitos armados e em outras situações de violência, os socorristas
correm o risco de ser vítimas de tiroteios, desabamentos, incêndios em veículos, iminência
de queda de destroços e uso de gás lacrimogéneo, mas ainda assim seguem adiante para
ajudar os feridos quando o reflexo mais natural seria ir embora correndo. Quem fornece os
primeiros socorros fica tão exposto quanto aquele que está sendo socorrido, pois em tempos
de crise ninguém escapa ileso. Os socorristas têm experiências ricas, é verdade, mas às
vezes precisam lidar com o desespero, quando – apesar de seus grandes esforços e de toda a
sua competência – o sopro de vida que eles tentaram manter vai embora. Por meio de seu
comprometimento, desprendimento e disposição para se expor a possíveis danos físicos e
psicológicos, os socorristas revelam sua humanidade no sentido completo do termo e temos
uma imensa dívida de gratidão para com eles – especialmente porque frequentemente
desempenham suas tarefas sem fazer alarde, procurando não ser reconhecidos, mas apenas
ajudar os outros, dando assim mais sentido as suas vidas.

3. Enfermagem

Enfermagem é “a ciência e a arte e profissão de assistir ao ser humano (indivíduo, família e


comunidade), no atendimento de suas necessidades básicas; de torná-lo independente desta
assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e promover
sua saúde em colaboração com outros profissionais”. “Assistir, em enfermagem, é fazer
enfermagem, é fazer pelo ser humano tudo aquilo que ele não pode fazer por si mesmo;
ajudá-lo ou auxiliá-lo quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar, supervisioná-
lo ou encaminhá-lo a outro emprego.
A Enfermagem surgiu antes mesmo de Cristo – ainda que à época não tivesse esse nome
técnico. Sua origem aponta para o trabalho de homens e mulheres abnegados que cuidavam
do bem-estar dos enfermos, tentando garantir a eles uma situação digna, de saúde básica e
de sobrevivência

A enfermagem como profissão e ciência é umas das mais jovens profissão, mais como arte
é das mais antigas.

 Mais os serviços de atendimento aos utentes conhecimentos..


 Primitivo ou empírico
 Período religioso
 Período crítico e período científico

Mãe da enfermagem

Florence Nightingale foi uma reformadora social inglesa, estaticista e fundadora da


enfermagem moderna. Nightingale ganhou destaque ao servir como chefe e treinadora de
enfermeiras durante a Guerra da Crimeia, na qual organizou o atendimento aos soldados
feridos.

Nascimento: 12 de maio de 1820, Florença, Itália

Falecimento: 13 de agosto de 1910, Mayfair, Londres, Reino Unido

A relação da enfermagem com outras ciências que são :

 Medicina
 Sociologia
 Psicologia
 Ética
 Direito

Factores que influencia a saúde olhando a definição de saúde, para que haja entendimento:

 Doença é um Processo no qual a situação da pessoa esta de minuída o


prejudicada. em uma ou mais dimensões, quando comparada com a sua
condição
 Doente é o indivíduo portador de uma doença
 Paciente é todo indivíduo submetido a um tratamento e observação
 Morte compreende o cessar da consciência exatamente quando o cérebro deixa
de executar suas funcionalidades
 Nesssecidades humanas básicas
 Nesssecidades é quantidade ou carácter de necessária exigências.
 Necessário é adjetivo que significa " que não se pode desperdiçar, que se
impõem, essencial indispensável "
 Humanas são relativas ao homem natureza do homem
 Exames físicos
 Exames físicos é um método para recolha de dados de suade do utente, que
consiste na avaliação.
4. Objectivo do exame físico
1. Recolher dados de referência sobre a saúde do utente
2. Avaliar a condição física do utente
3. Detectarem os sinais de problemas actual de saúde de utente.
4.1. Tecnicas básicas de exames físicos
 Inspiração
 Palpação
 Percussão
 Auscultação

4.2. Planificação dos cuidados

É a terceira etapa do processo de enfermagem em que o enfermeiro:

 Difine as propriedades de problemas


 Estabelecimento de metas
 Documentação do plano de cuidados
 Prevenção de enfermagem
 Comunicação do plano de cuidados
4.3. Biossegurança

São medidas ou acções que contribuem para a segurança da vida, o dia a dia das pessoas.

Assim as normais de biossegurança em globam as medidas que visam evitar riscos.

No ambiente hospitalar encontram se exemplos de todos estes tipos de risco ocupacionais


para o trabalhador de saúde (por ex: radiações alguns medicamentos e outros).

A biossegurança em globa um conjunto de normais e procedimentos destinados a evitar a


contaminação agentes infecciosos.

4.4. Objectivo

Prevenir as transmissões de infecções entre os utentes internados ,infectados ou entre


utentes e os trabalhadores de saúde.

Alguns conselhos
Assépsia são acções realizadas para prevenir a entrada de microrganismos em qualquer área
do corpo na qual possa quasar infecções. ant−sepsia é a redução de microrganismo na pele
ou outros tecidos vivos pela aplicação anticeptico antimicrobianos.

Anticeptico é todo o produto químico usado em qualquer área corporal para inibir ou
destruir microrganismo (residentes ou transitórios) existentes no local

Descontaminação é o procedimento que torna os objectos inanimados ,ais seguros para o


manuseio antes da limpeza, inactivando alguns viros como: HIV.

Microrganismo são os agentes causativas das infecções:

 Bactérias (vegetativas, microbactérias e endospora)


 Viros
 Fungos

Infeção significa que os organismos colonizadores estaos agora a causar a infermidade ou


doença.

Prevenção da infecções depende, em grande parte, do uso de bareiras(físicas,mecânicas ou


quimicas) entre um hospedeiro susceptível(indivíduo sem protecção efectiva natural ou
adquerida) e os microrganismo

Anitcepsia cirúrgica é tentativa de evitar que os microrganismo chegam as feridas.

5. Técnicas de lavagem das mãos


 Quando as mãos estiverem visivelmente sujas;
 Antes e depois de examinar um utente;
 Antes de calçar luvas;
 Após o manuseio de instrumentos contaminados e outros itens;
 Após o contacto com membranas mucosas, sangue ou outros fluidos corporais;
 Após a remoção de luvas;
 Antes e depois de utilizar casa de Banho;
 Antes e depois de comer.
6. Sinais Vitais
são medidas que fornecem dados fisiológicos que indicam as condições de saúde de uma
pessoa;

Sinais vitais-são indicadores das funções vitais que podem orientar o diagnóstico inicial e o
acompanhamento da evolução do quadro clínico de um doente.

Sinais vitais-são medidas de várias estatísticas fisiológicas procuradas por vários


profissionais de saúde para avaliarem as funções corporais básicas

6.1. O objectivo da verificação dos sinais vitais

É de auxiliar os profissionais a colher dados e avaliar as condições de saúde duma pessoa,


permitir a tomada de decisão em determinadas intervenções e Auxiliar na confirmação da
morte.

6.2. Situações em que torna-se indispensável a verificação de sinais

 Durante a admissão do utente no serviço ou enfermaria,

 De acordo com as rotinas de cada serviço ou mediante a prescrição de um


clínico,

 Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico e procedimentos invasivos


de diagnóstico,

 Antes e depois da administração de medicamentos que afectam a função


cardiovascular, respiratória ou a temperatura,

 Sempre que a condição do utente sofrer alterações (intensidade da dor, perda de


consciência, etc),

 Antes de outras intervenções que possam alterar os sinais vitais (deambulação,


fisioterapia, etc);

 Segundo a prescrição clínica;

 Antes,durante e após transfusões sanguíneos;


 A cada 15 min se paciente instável;

 Suas alterações são sinais de enfermidade ou agravamento do estado de saúde da


utente.

 o utente tem direito de saber seus resultados.

7. Informações ao utente sobre SV

A(O) utente tem direito de saber seus valores de SV.

Nunca lhe negue esse direito nem diga frases como:

 Sua tensão está óptima.

 A senhora não tem febre.

As alterações devem ser comunicadas ao utente e/ou familiar de modo adequado.

Nos casos de alterações importantes nos SV a enfermeira/o ou o médico devem ser


imediatamente comunicados.

7.1. Prevenção de infecções e uso de EPI na verificação de SV

O(a) Tecnico(a) deve lavar as mãos com água e sabão ou friccioná-las em álcool
glicerinado entre um utente e outro;

O uso de máscara vai depender das precauções em que o utente se encontra; A máscara
clínica já deve ser de uso contínuo do(a) tecnica e a máscara N95 deve ser usado durante
contacto com utentes de doenças transmissíveis por via área (varicela, sarampo ,
tuberculose pulmonar e coronavirus);

O uso de luvas de procedimentos está indicado para os utentes com doenças de transmissão
por contato.

Entre utentes fazer a desinfecção do termômetro no sentido do corpo para o bulbo,


obedecendo o princípio do mais limpo para o mais sujo, mediante lavagem com água e
sabão ou desinfecção com álcool a 70% - processo que diminui a possibilidade de infecção
cruzada.

Contacto com o mercúrio pode causar problemas renais, respiratórios e até danos
irreversíveis no sistema nervoso. Assim, quando o termômetro quebra, o mercúrio deve ser
acondicionado em recipiente plástico com água (evita a evaporação), identificado e
entregue em coleta selectiva para produtos perigosos.

Entre utentes fazer a desinfecção do diafragma do estetoscópio;

 Fazer a desinfecção das olivas do estetoscópio antes e depois de verificar os SV de


todos os seus utentes;

 Reservar material de verificação de TA exclusivo para utentes com doenças de


transmissão por contato;

 Após a alta do utente realizar desinfecção do material, enviar manguito para


lavandaria.

7.2. Tipos de sinais vitais

Temperatura, pulso, respiração e tensão ou Pressão Arterial.

8. AVALIAÇÃO DE TEMPERATURA E PULSO


8.1. Temperatura corporal
Vários processos físicos e químicos, sob o controle do hipotálamo, promovem a produção
ou perda de calor, mantendo o organismo com temperatura mais ou menos constante,
independente das variações do meio externo.

A temperatura corporal está relacionada à atividade metabólica, ou seja, a um processo de


liberação de energia através das reações químicas ocorridas nas células.

Temperatura corporal: é o equilíbrio entre a produção de calor por intermédio do


metabolismo, actividade física e outros factores e as perdas de calor ocorridas por meio dos
pulmões, pele e excreções corporais.

8.2. Factores que aumentam a temperatura

 Exercícios(pelo trabalho muscular);

 Emoções (estresse e ansiedade);

 E o uso de agasalhos, pois reduzem a dissipação do calor.

8.3. Factores que diminuem a temperatura

 Sono e repouso;

 Emoções;

 Desnutrição;

8.4. Outros factores promovem alterações transitórias da temperatura


corporal

 Factor hormonal (durante o ciclo menstrual, gravidez e climatério);

 Banhos quentes ou frios;

 E ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frias..

A temperatura é medida por meio de um instrumento denominado termómetro. Os


tipos de termómetro mais usados são: digital e de mercúrio.
8.5. Temperatura rectal

 O termômetro rectal é de uso individual.

 Deve ser lubrificado (com vaselina, por exemplo) e introduzido no recto, com o
utente em posição de Sims, inserido cerca de 3,5cm, em adulto, por 3 minutos;

 A verificação da temperatura rectal é a mais fidedigna;

 É contra-indicada em utentes submetidos a cirurgias do reto e períneo e/ou que


apresentem processos inflamatórios locais;

8.6. FACTORES QUE INTERFEREM NA TEMPERATURA


8.7. Factores que aumentam a temperatura

 Exercícios(pelo trabalho muscular);

 Emoções (estresse e ansiedade);

 E o uso de agasalhos, pois reduzem a dissipação do calor.

8.8. Factores que diminuem a temperatura:

 Sono e repouso;

 Emoções;

 Desnutrição;

8.9. Outros factores promovem alterações transitórias da temperatura


corporal:

 Factor hormonal (durante o ciclo menstrual, gravidez e climatério);

 Banhos quentes ou frios;

 E ingestão de alimentos e bebidas quentes ou frias.


A alteração patológica da temperatura mais freqüente caracteriza-se por sua elevação e
está presente na maioria dos processos infecciosos e/ou inflamatórios.

8.9.1. VALORES NORMAIS DE TEMPERATURA CORPORAL

Local de medição Valores

Oral 36,3°C a 37,4 °C

Axilar 35,8°C a 37,4 °C

Rectal 37°C a 38°C

Fonte : Celmo Celeno Porto, Semiologia médica, 6 ª edição

8.9.2. VARIAÇO DA TEMPERATURA AXILAR.

 Hipotermia _ quando esta a baixo do normal

EX: De 32 ºC – 35 ºC;

 Normotermia ou apirexia-temperatura normal.

Ex: 35,8ºC - 37,4ºC

 Hipertermia-quando esta acima do normal.

Ex: 38ºc a 40ºc

Sub-variação da hipertermia

 Febricula ou subfebril- de 37,5°C a 37,9°C

 Febre (febril)– de 38,0°C a 39°C

 Pirexia – de 39,1°C a 40,0°C


 Hiperpirexia – de 40,1°C a 42,0 °C

Cuidados do enfermagem na hipertermia

 Orientar a(o) utente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados

para reduzir a temperatura;

 Controlar a temperatura com maior freqüência até sua estabilização;

 Aumentar a ingesta líquida, se não houver contra-indicação;

 Providenciar banho morno e repouso; o banho morno provoca menos tremores e


desconforto que o frio;

 Se febre muito alta, aplicar compressas de água (na temperatura ambiente) durante
os calafrios, cobrir o utente e protegê-lo de correntes de ar;

 No período de transpiração, arejar o ambiente e providenciar roupas leves;

 Fornecer medicação de acordo com a prescrição médica e registar no processo


clínico.

Cuidados do enfermagem na hipotermia

 Orientar a(o) utente sobre a importância dos procedimentos a serem realizados para
elevar a temperatura;

 Aquecer a(o) utente com agasalhos e cobertores;

 Manter o ambiente aquecido;

 Proporcionar repouso e ingestão de alimentos quentes.


9. PULSO

É a contracção e a expansão de uma artéria, correspondendo aos batimentos cardíacos.


Existem 2 métodos para a avaliação do pulso:

 Electrónico: através da monitorização contínua, usado para pacientes internados


com indicação.

 Manual: onde são avaliadas as três principais características do pulso,


nomeadamente: rítmo, frequência e volume (profundidade/amplitude).

9.1. Locais de avaliação do pulso

O pulso pode ser avaliado em vários locais, mas para fins práticos, os locais (artérias) mais
frequentes para avaliar o pulso são:

 Carótida,

 Cubital

 Radial (é a mais frequente de todas)

 Femural,

 Tibial posterior

 Pediosa
10. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ( COMPLICAÇÕES E
PREVENÇÃO DE ACIDENTES)

 A preparação e administração de medicamentos passa por um processo longo e


complexo, fragmentado, que eleva as chances de falha. Para preveni-las é
necessário:

 Controle de qualidade das indústrias farmacêuticas;

 Controle de qualidade dos produtos hospitalares;

 Compromisso e conhecimento técnico dos profissionais e gestores da saúde;

 Utente informado e activo.

10.1. As causas de complicações e acidentes podem ser

Evitáveis:

 São aquelas relacionadas a falha humana e qualidade de determinados


produtos.

 Administração de um medicamento impróprio na via endovenosa;


choque séptico devido a um lote de soro fisiológico com substâncias
pirogênicas;

Não evitáveis:

 São aquelas relacionadas às condições intrínsecas ao utente;

 Reacção alérgica severa ou choque anafilático a um determinado


medicamento.

10.2. Causas evitáveis

Administração ou uso incorrecto do medicamento;

 Falha em um dos 5 sinais de certeza;


 Erro de diluição;

 Prazo de validade expirado;

 Posição errada do utente;

10.3. Erros de prescrição:

 Ilegíveis, incompletas, abreviaturas, frases que deixam duplo


sentido;

 Indicação de dose, via, frequência e interações de farmácos


impróprias;

10.4. Reacção Adversa a Medicamentos (RAM)

 “É qualquer efeito prejudicial ou indesejável, não intencional, que aparece


após a administração de um medicamento em doses normalmente utilizadas
no homem para a profilaxia, o diagnóstico e o tratamento de uma
enfermidade“ (Organização Mundial de Saúde).

 Constitui problema importante na prática do profissional da saúde, pois são


causas significativas de hospitalização, aumento do tempo de permanência
hospitalar e óbito; influenciam na perda de confiança do utente para com os
profissionais e aumentam custos;

 Cabe ao TMG ouvir toda queixa do utente atribuída ao uso de determinado


medicamento;

 Registar no processo;

 Evitar explicações simplistas ou sem fundamentos para as queixas;

 Oferecer informações seguras sobre o que o utente está sentindo;

 Providenciar os cuidados necessários;


 Observar sinais e sintomas no utente, esperados ou não.

10.5. Possíveis complicações na administração por via oral, sublingual e


retal.

 Irritação da mucosa do trato digestório;

 Dor estomacal;

 Diarréia;

 Flatulência;

 obstipação;

 Naúseas e vômitos;

 Alteração do paladar;

 Ressecamento da mucosa oral e outros.

10.6. Possíveis complicações na administração por instilação, via tópica,


retal e vaginal.

 Nariz, olho, ouvido e pele:

 Irritação local

 Edema

 Vermelhidão

 Ardor

 Prurido

 Úlceras, necrose, fístulas

 Perdas das funções auditiva, visual e sensitiva


10.7. Possíveis complicações na administração parenteral (ID, SC e
IM)

 Abcessos;

 Úlceras;

 Necrose;

 Atrofia da pele e tecido adiposo;

 Acometimento de nervos importantes (radial e ciático), levando a diminuição de


sensibilidade e paralisia do membro.

 Choque anafilático;

Complicações do acesso central

 O uso prolongado do cateter venoso central aumenta a probabilidade de


complicações:

 Infecção de pele;

 Obstrução do cateter;

 Ruptura parcial ou total do cateter;

 Ruptura dos pontos cirúrgicos de fixação;

 Infecção do próprio cateter;

 Endotelite bacteriana ou endocardite bacteriana;

 Septicemia;

 Lesões de câmara cardíaca; arritmia cardíaca;

 Hemo, hidro ou pneumotórax;


 Lesão do ducto torácico (geralmente no acesso subclávio direito).

11. Transfusão de sangue

É a transferência de sangue ou de um hemocomponente de um doador para um receptor ou


é a introdução de sangue na circulção

É um procedimento clínico utilizado através do acesso venoso, em que e administrado


sangue total ou seus derivados/componentes,tais como o plasma, concentrado de hemacias
e plaquetas

11.1. Objectivos de Administracão de Sangue

SangueTotal;e para repor as perdas de sangue provocadas por;

 Acto Cirurgico ou politraumatismos.

Plasma, para repor a perda de liquidos em grandes queimaduras.

Concentrado de hemaceas, para casos de anemias graves.

Concentrado de plaquetas, para o controlo de hemorragias.

11.2. Precauções a serem tomadas na transfunsao sanguinea


 A Transfusão de Sangue deve ser realizada de maneira criteriosa e por um
profissional de saúde competente que tenha conhecimentos sobre os procedimentos
técnicos de transfusão, natureza do produto, possiveis reaccões adversas e cuidados
com o paciente.

 A transfusão de sangue assim como seus derivados devem serem realizados


mediante prescricão médica, na qual devem constar;nome legivel do medico ou
outro tecnico e sua assinatura.

O pedido de sangue sera encaminhado ao banco de sangue deve conter a identificação do


receptor, o produto hemoterapeutico indicado sua respectiva quantidade e indicação de
transfusão

11.3. Vantagem da transfusão

 Aumentar a capacidade de transporte de oxigénio para responder as exigências dos


tecidos

11.4. Desvantagem da transfusão

 A transfusão não é uma prática isenta de riscos, quando houver falhas humanas
como falta de controle de qualidade, má conservação que pode resultar em
hemólise, contaminação que pode levar a transmissão de doenças como hepatite
sida etc.

12. PENSOS: DEFINIÇÃO, OBJECTIVOS E CLASSIFICAÇÃO


Penso- é uma cobertura estéril que se aplica aos diversos tipos de feridas, e que tem por
finalidade tratá-las.
12.1. Objectivos do Penso

 Evitar uma possível infecção.

 Proteger a região ou ferida de traumatismos externos.


 Promover ou favorecer a cicatrização pela aplicação da técnica asséptica ou de
substâncias medicamentosas.

12.2. Classificação dos Pensos

Os pensos podem ser secos ou húmidos

Penso Seco por sua vez pode ser: asséptico, anti-séptico, compressivo, absorvente e
permeável.

 Penso asséptico: este tipo de penso é feito sobre uma ferida limpa, tem por
finalidade proteger a ferida e ajudar na sua cicatrização. Aplicam-se apenas
algumas camadas de compressa depois de desinfecção.

 Penso anti-séptico: é o penso feito numa ferida infectada sobre a qual


deixa-se um anti-séptico prescrito a actuar para destruir os microrganismos
existentes. Esse anti-séptico pode apresentar-se em forma líquida ou em
pomada.

 Penso compressivo: tem como finalidade comprimir uma ferida que sangra.
A compressão nunca deve prejudicar a circulação.

 Penso absorvente: a finalidade é de absorver produtos de drenagem e


outros, é feito com compressas com bastante celulose ou algodão
esterilizado para absorver as secreções.

 Penso permeável: é feito apenas com uma ou duas camadas de gaze para
permitir o arejamento da ferida.

Penso Húmido: têm por finalidade reduzir o processo inflamatório, limpar exsudatos,
crostas e escamas da pele, manter a drenagem das áreas infectadas e promover a
cicatrização pela facilitação do movimento das células. Podem ser simples ou de irrigação
contínua.
Penso com irrigação: introdução duma solução em jacto contínuo ou intermitente, quando
há supuração ou quando a ferida está em vias de se infectar. Tem como finalidade:

o Libertar a ferida do pús ou de bactérias.

o Estimular a granulação dos tecidos e acelerar a cicatrização.

RECOMENDAÇÕES GERAIS E PROCEDIMENTO PARA A REALIZAÇÃO DE


PENSOS, COMPLICAÇÕES

Recomendações gerais param a realização dos pensos

A limpeza de uma ferida deverá ser feita em duas fases:

 Lavagem da zona da pele intacta, perifericamente á ferida, partindo dos seus


bordos para a região mais afastada;
 Lavagem da ferida propriamente dita, do centro desta para o exterior, devendo
utilizar-se compressas ou panos limpos sem pêlos.

Nota: Não utilizar álcool ou soluções corantes sobre feridas abertas, para evitar lesar
os tecidos.

Quando vamos realizar um penso devemos ter em consideração as seguintes


recomendações:

 Utilizar técnica asséptica;


 Observar se existem:
o Sinais de inflamação e/ ou infecção local;
o Deiscência de bordos;
o Zonas de necrose;
 Existência de exsudato
 Manter a ferida e pele circundante sempre limpa e seca; evitar molhar o penso
durante a higiene;
 Utilizar adesivos esterilizados, no contacto directo com a ferida;
 Os adesivos devem ser colocados sem tensão (excepto se indicação clínica em
contrário) e do centro para as extremidades;
 Utilizar sempre gaze estéril;
 Se a ferida tiver drenos (tubo usado para remover pus ou outras secreções),
colocar gazeestéril e reforçar com compressas esterilizadas o local de
implantação dos drenos;
 Se a ferida tem exsudado abundante, colocar compressas secas antes de aplicar o
penso poroso;
 Providenciar ou recomendar uma boa nutrição para facilitar o processo de
cicatrização;
 Evitar infectar a ferida aberta ou sem protecção, colocando máscara quando
indicado;
 Evitar procedimentos que dificultem a circulação sanguínea no local da ferida;
 Limitar a circulação de pessoas no local onde se está a executar o penso;
 Executar no mesmo doente os pensos de feridas limpas, em primeiro lugar,
evitando o contacto com feridas infectadas;
 Executar os pensos de feridas infectadas na unidade do doente;
 Fixar drenos sem dobras ou ansas, permitindo a mobilidade do doente.
Método Correcto para Realizar o Penso

Procedimento geral:

 Proceder à lavagem higiénica das mãos;


 Preparar o material e transportá-lo para junto do doente;
 Cumprimentar o utente e identifique-se;
 Explicar ao doente o procedimento e com a sua colaboração o posiciona-lo de
modo que facilite a realização do procedimento e mantenha a sua privacidade;
 Colocar resguardo impermeável absorvente por baixo da área do corpo em que
se fará o penso;
 Expôr unicamente a região necessária à execução do penso;
 Lavar as mãos e calçar luvas de procedimentos;
 Retirar o penso com a ajuda de uma pinça (ou luvas limpas em caso de ferida
contaminada se não tiver pinça), procedendo com a remoção da periferia para o
centro. Se estiver aderente, antes humedeça com cloreto de sódio a 0,9%;
 Colocar o penso removido no saco para lixo infeccioso;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos após retirar o penso e usar luvas
esterilizadas;
 Avaliar a ferida (recorrendo à visão, ao olfacto e ao tacto);
 Com a ajuda de 2 pinças, dobrar uma compressa e embeber em antisséptico
(mediante indicação);
 Desinfectar a ferida. Com cada compressa, limpar de cima para baixo e do
centro para a periferia da ferida, com uma simples passagem. Substituir a
compressa após cada passagem;
 Secar a ferida e seus bordos;
 Aplicar pomada ou outros medicamentos, se prescrito;
 Colocar uma (ou mais) compressas pequenas directamente sobre a ferida. Uma
vez colocada não a reposicionar. Cobrir com uma ou mais compressas maiores
(de acordo com a extensão da ferida);
 Fixar o penso com adesivo ou ligaduras, evitando fazer tensão excessiva;
 Reposicionar o doente;
 Recolher e dar o destino adequado ao material e equipamento;
 Proceder à lavagem higiénica das mãos;
Registos de Enfermagem:
 Procedimento (data e hora);
 Reacção do doente;
 Tipo e características da ferida;
 Líquidos drenados e suas características;
 Avaliação / evolução da cicatrização;
 Actualização do plano de cuidados.
Complicações mais Frequentes ao Fazer o Penso

 Lesões, no leito, da ferida devido a remoção frequente do penso. Devem ser


evitadas sempre que possível.

 Quebra da barreira contra a contaminação externa se houver extravasamento do


penso em feridas cobertas. Neste caso, o penso deve ser mudado imediatamente
e fixado firmemente.

 Dor ou desconforto devido a compressão excessiva do adesivo ou ligadura.


Nestes casos deve-se aliviar a pressão no penso.

Material necessario:

Tabuleiro contendo:

 Soluto desinfectante (solução iodopovidona ou clorohexidina);

 Cloreto de sódio a 0,9% ;

 Resguardo absorvente e impermeável;

 Recipiente para cortantes e perfurantes;

 Kit de penso;

 Cuvete;

 Panela de compressas esterilizadas;

 Tesoura;

 Adesivo;

 Ataduras.

Material Esteril e EPI:


 Compressas esterilizadas;

 Saco de plástico branco;

 Lâmina de bisturi;

 Máscara cirúrgica;

 Luvas de procedimento;

 Luvas esterilizadas (2 pares);

 Ligaduras elásticas de contenção;

 Tiras adesivas cutâneas esterilizadas;

 Adesivo

13. INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS – VIA ENDOVENOSA OU INTRAVENOSA-

A administração por via endovenosa -consiste na introdução de soluções aquosas


directamente na circulação sanguínea através de uma punção venosa. É a maneira mais
rápida de se introduzir um medicamento no sangue, de modo a que seja distribuído pelo
organismo.

Esta via é imprópria para a introdução de medicamentos preparados com solventes oleosos
e insolúveis.

Aspectos gerais:

 O efeito farmacológico é imediato, sendo bastante usada em emergências;

 Permitem medicamentos que irritam os músculos e tecidos subcutâneos;

 Admite infundir grandes volumes;


 Indicação para os utentes com via oral comprometida;

 A sobrecarga circulatória deve ser evitada:

 Infusões rápidas devem ser bem monitoradas.

13.1. Características essenciais às substâncias injetadas por via EV

 Os medicamentos injetados na veia devem ser soluções solúveis no sangue.

 Podem ser líquidos hiper, iso ou hipotônicos, sais orgânicos, eletrólitos,


medicamentos não oleosos e não deve conter cristais visíveis em
suspensão.

 Não conter substâncias pirogênicas (as substâncias devem ser estéreis).

13.2. Tipos de acesso venoso

 Acesso Periférico:

 Utiliza veias periféricas dos membros superiores e inferiores.

Não puncionar membros:


 Submetidos a radioterapia; correspondente à mastectomia ou a
esvaziamento ganglionar;

 Edemaciados; com pele adjacente lesionada (eritema, escarificação,


ulceração, vesícula).

 Com lesões ou presença de tumor primário ou metástase;

 Com distúrbios motores e sensoriais;

 Excessivamente puncionados; com sinais de flebite ou fibrose;

Escolha do acesso periférico

 Preferir puncionar, inicialmente, membros superiores, evitando-se articulações.

 O melhor local é a face anterior do antebraço “não dominante”. Iniciar pela área
mais distal para a proximal, para que não se inutilize um vaso sangüíneo na porção
proximal;

 Não puncionar a mesma veia em um ponto abaixo

da punção anterior para evitar extravasamento;

 Evitar membros cuja rede venosa é de difícil visualização e palpação;

 Não garrotear membro que esteja recebendo medicação (extravasamento por


refluxo), tampouco aferir pressão arterial.

 As veias da região cefálica costumam ser utilizadas em recém-natos e lactentes;

 Deve ser realizado por pessoal habilitado;

 A acomodação do utente e do enfermeiro em posição confortável e ambiente bem


iluminado é muito importante;

 Não ter pressa, inspecionar e selecionar com segurança o melhor acesso para a
punção;
 O utente pode ajudar, indicando os pontos de facilidade de acesso.

 Acesso Central:

 Utiliza veias centrais

Uso do garrote

 Sua finalidade é promover a estase sanguínea, dilatando a veia; deixar o membros


pendente também ajuda a evidenciar as veias, bem como friccionar a pele na
direção do torniquete, pedir ao utente para abrir e fechar a mão e aplicar calor
local.

 Ao aplicar o garrote verifique o pulso distal, se não estiver presente alivie o garrote
e reaplique-o com menor tensão para impedir a oclusão arterial.

 O garrote deve ser aplicado com cuidado evitando-se as áreas onde já foram
realizadas punções recentes, pois poderá constituir fator de risco para o trauma
vascular e formação de hematomas.

 Garrotes são utilizados de modo indiscriminado em sucessivos utentes,


independente de seu estado infeccioso.
 Estudo em Hospital no Reino Unido, avaliou 200 garrotes durante duas semanas,
com cultura e inspeção visual e encontrou que:

 37,5% tinha sangue visível, sendo maior o índice entre os profissionais que
coletavam sangue (69,2%) e os auxiliares de enfermagem (72,7%);

 Os estafilococos coagulase negativo e o micrococos foram isolados em 199


garrotes e o S. aureus em 5,0%.

 Considerando o garrote fonte potencial de infecção cruzada, este deve ser


desinfectado com álcool a 70% antes e após cada procedimento.

 Caso o utente esteja em precauções de contacto, seu uso deve ser destinado
somente a este utente.

 Se o utente estiver com a área de por o garrote visivelmente suja providenciar


higiene com água e sabão;

Serviços têm adotado um lenço de papel descartável para proteger a pele do utente do
contacto com o garrote.

Na punção

 Usar máscara clínica e luvas de procedimento;

 Usar dispositivo de calibre adequado ao vaso, às características da droga a ser


infundida e à velocidade de fluxo desejado;

 Introduzir o cateter com segurança; evitar punções incompletas;

 Fixar o dispositivo, preferencialmente, com adesivo de boa qualidade, estreito, em


pequena quantidade;

Acesso periférico em membros superiors

 Utilizam-se as veias cefálica e basílica para manutenção de via venosa contínua.


 Também são utilizadas veias do dorso da mão (veias metacarpianas dorsais) para
injeções únicas e contínuas, embora deve-se evitar para esta última função.

 A veia intermediária do cotovelo é muito utilizada para coletas de sangue e para


injeções únicas, devendo ser evitada para infusão contínua devido os movimentos
da articulação;
 Em casos especiais usa- se uma tala embaixo do cotovelo para imobilizar a
articulação.

Via parentérica ou Injectavel (Intradérmica, Subcutânea e Intramuscular).

A administração por via parentérica compreende a utilização de soluções ou essências


especialmente preparadas para serem introduzidas, mediante injecção, nos tecidos
orgânicos ou na circulação sanguínea. Este facto marca uma evidente diferença com
outras vias de administração, uma vez que é necessário uma técnica precisa e uma
certa experiência.

As vias de administração podem ser directamente no sistema venoso (endovenosa), no


músculo (intramuscular), na derme (intradérmica) e no tecido subcutâneo
(subcutânea ou hipodérmica).

Os fármacos administrados pela via parenteral são injectados com uma agulha fina no
organismo, em vários locais, com diferentes ângulos de inclinação e a diferentes
profundidades.

O tipo e tamanho da agulha variam de acordo


com o tipo de administração. Existem
diversos tamanhos de agulhas quanto ao
cumprimento, diâmetro ou calibre e estilos de
bisel (extremidade da agulha ʺtipo fatiadaʺ
em ângulo de 30° para facilitar a penetração).
Os tamanhos e cores mais usuais de agulhas
são:

 Agulha Intravenosa: 21G x 25 mm


(verde)
 Agulha intramuscular: 21G x 32 mm (verde)
 Agulha subcutânea: 23G x 25 mm (azul)
 Agulha intradérmica: 25G x 16 mm (laranja)
Vantagens:

 O início da acção do medicamento é imediato sendo, normalmente,


absorvida na totalidade da dosagem;

 Administrar medicamentos contra-indicados por outras vias (irritantes para


os tecidos ou que sofrem a acção dos sucos gástricos) ou pelas próprias
condições do paciente (pacientes inconscientes, os que não colaboram e os
que não conseguem deglutir);

 Administrar grandes volumes de soluções em caso de desidratação, choque,


hemorragia, cirurgias;

 Efectuar nutrição parenteral;

 Método de eleição nas situações de emergência, por assegurar uma absorção


imediata e previsível do medicamento;

 Instalar terapêutica com produtos hemoterápicos.

Desvantagens:

 Risco de complicações, como infecção, embolia gasosa e lesão dos tecidos.

 Aparecimento rápido de efeitos adversos, como por exemplo: reacções


alérgicas graves que podem ser difíceis de tratar.

 Possibilidade de dor e ansiedade dos utentes.

Geralmente para a injecção endovenosa a agulha penetra na pele com um ângulo de 45°.

A aplicação de medicamentos pode ser feita com seringa e agulha ou com dispositivos
intravenosos de acordo com as condições físicas e idade do paciente, volume e tempo de
infusão do medicamento.

Locais de aplicação:
A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, mas
com preferência para veias superficiais de grande calibre como:

 Fossa antecubital (prega do cotovelo): veia basílica e cefálica;

 Longitudinais do antebraço: veia cubital, cefálica, basílica, e mediana


antebraquial;

 Dorso da mão;

 Zona Inguinal: veia safena interna e femoral

 Membros inferiores: veia tibial e peroneira,

 Dorso do pé: veias pedianas, preferentemente em crianças e adultos em


situações excepcionais.

14. Conclusão

Primeiros Socorros são técnicas de emergência, que devem ser aplicadas a vítimas de mal
súbito, acidentes, ou que estão em perigo de vida. O objetivo desses procedimentos é
manter os sinais vitais e tentar evitar a piora do quadro no qual a pessoa se encontra. Esses
procedimentos podem ser feitos por uma única pessoa ou pode ser uma ação coletiva,
dentro é claro, de suas devidas limitações de ajuda ao próximo, até que o socorro
especializado esteja no local para prestar o serviço adequado.

Manobras simples podem minimizar sequelas e manter a vida, a chamada “corrente da


sobrevivência” preconizada na parada cardíaca pode ser reproduzida em outras situações
clínicas ou traumáticas. Significa um conjunto de ações e condutas que tem como objetivo
oportunizar a sobrevivência de vítimas graves. A corrente é formada por elos que
simbolizam todos os passos necessários nessa assistência: “O primeiro elo é representado
pelo chamado de socorro. O segundo, a realização de manobras básicas para a manutenção
da vida. Os demais elos são responsáveis pelo atendimento pré-hospitalar e tratamento
definitivo. O sucesso de todo atendimento depende de uma corrente forte em todos os seus
componentes”. Existem sistemas públicos e privados de atendimento pré-hospitalares
bastante eficientes, porém, por mais rápido que seja o tempo de resposta da equipe, as
manobras básicas naqueles minutos preciosos até a chegada do socorro são fundamentais e
podem significar a diferença entre a vida e a morte, entre a recuperação plena ou a sequela
definitiva. “O leigo bem informado e com mínimo treinamento evitará condutas que
possam agravar a situação e será um aliado no socorro às vítimas naqueles primeiros
minutos, fortalecendo o primeiro elo da corrente da sobrevivência”.

15. Referência Bibliográfica

ABIQUIM. Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos. Ed.Pró-


Química, 269 p. 2002.

Batista, R.S. et al Manual de Infectologia. São Paulo, Ed. Revinter, 980p. 2003.

Cardoso, T.A.O. Manual de Primeiros Socorros do Instituto Nacional de Controle de


Qualidade em Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Ministério da Saúde. Rio de Janeiro, 188p.
1998.

Dunsmore, D.J. Medidas Seguridad Aplicables em Epidemias de Enfermedades


Transmisibles. OMS, Genebra, 1987. 378p.

Eisenberg, M.S. e Copass, M.K. Terapêutica em Emergências Clínicas. Roca. 1984.


Santos, R.R., Canetti, M.D., Junior, C.R., Alvarez, F.S. Manual de Socorro de Emergência.
Ed. Atheneu, 400p. 2001.

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