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MEDILABOR GESTÃO EM SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

Noções básicas de primeiros socorros e combate a incêndio


A Saúde da Sua Empresa em Primeiro Lugar!

SUMÁRIO
NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS........................................................................................................3
DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS..................................................................................................................3
OMISSÃO DE SOCORRO.........................................................................................................................................3
QUEM PODERÁ PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS............................................................................................3
KIT DE PRIMEIROS SOCORROS...............................................................................................................................4
PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS..................................................................................................................5
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA...........................................................................................................................................6
MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS (PULSAÇÃO, RESPIRAÇÃO E TEMPERATURA)..................................................6
RCP - REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR PADRÃO................................................................................................7
TIPOS DE SITUAÇÃO E COMO AGIR.......................................................................................................................9
DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTA...............................................................................................................15
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO...............................................................................16
• Introdução...................................................................................................................................................16
• Teoria do Fogo.............................................................................................................................................16
INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................17
TEORIA DO FOGO................................................................................................................................................17
1 . COMBUSTÍVEL:.........................................................................................................................................18

a) Combustíveis sólidos:.........................................................................................................................18

b) Combustíveis líquidos :.......................................................................................................................18

c) Combustíveis gasosos:.............................................................................................................................18

1. OXIGÊNIO (Comburente):........................................................................................................................19

2. FONTE DE CALOR:....................................................................................................................................19

3. REAÇÃO EM CADEIA:...............................................................................................................................19

PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA.............................................................................................................19

PONTO DE FULGOR..........................................................................................................................................19

PONTO DE COMBUSTÃO.................................................................................................................................19

PONTO DE IGNIÇÃO.........................................................................................................................................19

PROPAGAÇÃO DO FOGO.................................................................................................................................20

IRRADIAÇÃO....................................................................................................................................................20

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CONDUÇÃO.....................................................................................................................................................20

CONVECÇÃO....................................................................................................................................................20

FASES DO FOGO...............................................................................................................................................21

CLASSES DE INCÊNDIO E TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA SEU COMBATE.....................................................24

TABELA DE CLASSE DE EXTINTORES.................................................................................................................25

MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DE EXTINTORES...................................................................................................26

EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO INSTALAÇÔES HlDRÁULICAS......................................................27

INSTALAÇÕES SOB COMANDO........................................................................................................................27

RESERVATÓRIOS..............................................................................................................................................27

BOMBAS DE RECALQUE...................................................................................................................................27

TUBULAÇÕES...................................................................................................................................................27

HIDRANTES......................................................................................................................................................27

ABRIGOS..........................................................................................................................................................27

MANGUEIRAS..................................................................................................................................................28

CONEXÕES.......................................................................................................................................................28

ESGUICHOS......................................................................................................................................................28

CHAVES DE MANGUEIRAS...............................................................................................................................28

DERIVANTE......................................................................................................................................................28

EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES.........................................................................28

PROCEDIMENTO PARA ABANDONO DE AREA.................................................................................................29

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NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS

Acidentes podem acontecer a qualquer momento. Uma criança pode engasgar com objetos pequenos,
ou alguém pode ser picado por uma abelha. É importante saber como agir numa emergência. Enquanto
se espera pela ajuda profissional, você pode ser capaz de salvar a vida de alguém, com algum
entendimento de primeiros socorros.

DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS


Podemos definir primeiros socorros como sendo os cuidados imediatos que devem ser prestados
rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em perigo a
sua vida, com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, aplicando
medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada.

OMISSÃO DE SOCORRO
A omissão de socorro é considerada crime em nosso país. Segundo o Decreto-Lei Nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940, deixar de prestar assistência a uma pessoa em risco pode resultar em detenção ou
multa. Veja o art. 135 que aborda o tema:

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente
perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

QUEM PODERÁ PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS


Qualquer pessoa treinada poderá prestar os Primeiros Socorros, conduzindo-se com serenidade,
compreensão e confiança. Manter a calma e o próprio controle, porém, o controle de outras pessoas é
igualmente importante. Ações valem mais que as palavras, portanto, muitas vezes o ato de informar ao
acidentado sobre seu estado, sua evolução ou mesmo sobre a situação em que se encontra deve ser
avaliado com ponderação para não causar ansiedade ou medo desnecessário. O tom de voz tranquilo e
confortante dará à vítima sensação de confiança na pessoa que o está socorrendo.

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KIT DE PRIMEIROS SOCORROS

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 7, todo estabelecimento deve, obrigatoriamente, estar
equipado com material necessário para a prestação de primeiros socorros, o que se configura no
famoso kit de primeiros socorros.

O texto ainda diz que esse material tem de estar guardado em um lugar adequado, sinalizado e aos
cuidados de uma pessoa treinada para manejá-lo.

O kit de primeiros socorros, certamente, nunca vai substituir um atendimento mais grave e complexo,
mas é essencial em um momento que necessite de cuidados emergenciais e rápidos em caso de
acidente, ferida ou doença no ambiente de trabalho.

No geral, então, um kit completo de primeiros socorros deve ter (isso NÃO ESTÁ DESCRITO na NR 7,
trata-se de uma convenção sugerida por profissionais da área de saúde):

 Água boricada
 Água oxigenada
 Álcool (70%)
 Algodão
 Antisséptico
 Ataduras
 Bolsa de água quente
 Bolsa para compressa de gelo
 Colar cervical
 Curativos adesivos (tipo band-aid)
 Esparadrapo
 Gaze esterilizada
 Luvas descartáveis
 Máscara de proteção facial
 Óculos de proteção
 Pinça
 Pomada para queimadura
 Sabonete
 Solução de iodo
 Termômetro
 Tesoura
 Tipoia

Normalmente, kits de primeiros socorros NÃO CONTÊM medicamentos. Em alguns deles, até existem,
mas como isso, eventualmente, pode causar reações no indivíduo e precisa de uma prescrição médica,
opta-se por não colocar. Os itens citados acima, mais uma vez, não são obrigatórios, mas constituem
um kit de primeiros socorros bastante completo.

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PROCEDIMENTOS NAS EMERGÊNCIAS

PRECAUÇÕES COM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Doenças Transmissíveis Pelo Sangue


As mais graves: Hepatite B, Hepatite C e AIDS.
Precauções Universais: Prevenir com uso de EPI (luva e máscara)

 Efetuar avaliação inicial da vítima

 Indicar suas condições e determinar acionamento dos órgãos de atendimento

 Acionar atendimento de emergência

 Resgate / Bombeiro - 193

 Polícia Militar – 190

 Transmitir:

 Tipo de emergência clínica ou traumática

 Idade, sexo e situação atual da vítima

 Localização: endereço completo e ponto de referência

 Telefone para contato

 Necessidade de apoio adicional

 Executar medidas iniciais de socorro (SE PREPARADO PATA TAL)

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AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Vamos conhecer as técnicas de avaliação primária, onde aprendemos a examinar rapidamente a vítima
obedecendo a uma sequência padronizada, corrigindo imediatamente todos os problemas
encontrados.

Se a vítima estiver consciente, identifique-se, explique o que está acontecendo, pergunte o nome dela,
o que ouve e lembre-se: uma vítima consciente lhe dará informações preciosas para o sucesso do
atendimento.

Caso a vítima esteja inconsciente, deverá ser iniciado os procedimentos básicos para manutenção dos
sinais vitais.

MANUTENÇÃO DOS SINAIS VITAIS (PULSAÇÃO, RESPIRAÇÃO E TEMPERATURA)

Procedimentos básicos: Identificando ausência de movimentos torácicos e da respiração;


Deve-se seguir, rigorosamente os seguintes passos:

A - Vias aéreas
B - Respiração
C - Circulação

A - Desobstrução das vias aéreas: Se a vítima estiver impossibilitada de respirar, poderá morrer ou ter danos
irreversíveis no cérebro. Se notar abstrução de passagem de ar, aja imediatamente:

Abra a boca da vítima e, com os dedos, remova dentaduras (próteses) e outros objetos que possam estar
impedindo a perfeita respiração;

Posicione corretamente a cabeça, com o queixo levemente erguido, facilita a respiração; Porém deve-se tomar
muito cuidado com a possibilidade de fratura de coluna cervical (pescoço quebrado).

B - Verificar a respiração: aproxime-se para escutar a boca e o nariz do acidentado, verificando


também os movimentos característicos de tórax e abdômen.

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C - Verificar a circulação: após determinar que ela não esteja respirando, é preciso analisar se a
circulação do sangue ainda está ocorrendo. O que se chama comumente de "pulso" está associado às
pulsações ou às batidas do coração, impulsionando o sangue pelas artérias, e que podem ser sentidas
ao posicionarmos as pontas dos dedos em locais estratégicos do corpo.

As pulsações devem ser contadas


durante 30 segundos, e o resultado multiplicado por 2, para se determinar o número de batidas por
minuto. Ou, contam-se os batimentos durante 15 segundos e multiplica-se por 4.

Como regra geral, sempre que os batimentos cardíacos forem menores que 50 ou maiores que 120 por
minuto, algo seriamente errado está acontecendo com o paciente/vítima.

Se durante a avaliação primária, a vítima apresentar ausência de movimentos respiratórios ou de


batimentos cardíacos, devemos proceder a recuperação destes sinais vitais imediatamente através da
RCP - Reanimação Cardiopulmonar.

RCP - REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR PADRÃO

A Reanimação Cardiopulmonar Padrão se dá por meio da respiração artificial com compressões do


tórax. A respiração artificial nada mais é que o famoso “boca a boca”, uma tentativa de fornecer
oxigênio aos pulmões. Já as compressões torácicas estimulam a circulação de oxigênio aos órgãos, pois
impulsionam o sangue a fluir do coração para o restante do corpo.

As compressões do tórax devem ser feitas com o corpo inclinado ao da pessoa em parada cardíaca. E,
então, colocar uma mão sobre a outra. Estas são posicionadas sobre a parte inferior do osso esterno,
comprimindo-o a uma profundidade de 5 cm. Isso também é chamado de processo xifoide.

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Já a respiração artificial, ou insuflação de resgate, é feita com a boca do reanimador sobre a boca
pessoa em parada cardíaca. Lentamente, ele expele o ar para que chegue aos pulmões. Durante esse
procedimento, as vias respiratórias precisam continuar abertas, de modo a impedir que o ar seja
perdido. E, para impedir que o ar saia pelo nariz, ele pode ser tapado e apertado à medida que o
reanimador expira ar para a boca.

Caso o peito do afetado não se mova após esses processos, é indício de que as suas vias respiratórias
estão obstruídas. No entanto, se o peito mexer, inflando-se, o socorrista deve realizar duas insuflações
profundas e lentas.

A reanimação cardiopulmonar padrão pode ser feita de duas formas, tanto por uma única pessoa, que
realiza insuflações de resgate e compressões do tórax de forma alternada, quanto por duas pessoas,
uma realizando as insuflações de resgate e a outra responsável pelas compressões do tórax.

Número de compressões

Outra questão que merece destaque é que na RCP padrão o socorrista deve realizar trinta
compressões. E, logo depois, duas insuflações em indivíduos adultos. Repetindo o processo até que a
pessoa seja reanimada ou atendida pela equipe médica. Já em crianças, o ideal são quinze compressões
seguidas de duas insuflações.

Deve-se proceder à RCP até que o indivíduo consiga ser atendido pela assistência médica ou que se
recupere totalmente ou, no caso de um socorrista, que está sozinho na operação, fique incapaz de dar
continuidade ao socorro.

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TIPOS DE SITUAÇÃO E COMO AGIR

Ferimentos leves e / ou superficiais

 Lavar o ferimento com água e sabão;


 Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo;
 Não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento;
 Não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante;

Ferimentos extensos e/ou profundos

 Cobrir o ferimento com pano limpo;


 Não lavar para não aumentar o risco de hemorragia;
 Não remover objetos fixados no ferimento;
 Usar técnicas para cessar hemorragia;
 Providenciar transporte;

Hemorragia interna

 Manter o paciente calmo, deitado com a cabeça de lado;


 Aplicar compressas frias ou gelo no local suspeito de hemorragia;
 Afrouxar a roupa;
 Providenciar transporte urgente;
 Não oferecer líquidos e alimentos;

Hemorragia externa

 Pressão direta;
 Elevação dos membros;
 Torniquete (CASOS EXTREMOS).

Hemorragia nasal

 Sentar e inclinar ligeiramente a cabeça para frente;


 Apertar a narina que está sangrando durante pelo menos 10 minutos: pode-se empurrar com o
dedo indicador a narina contra o septo ou apertar o nariz com o polegar e indicador;
 Aliviar a pressão e verificar se parou de sangrar ao final de 10 minutos;
 Limpar o nariz e, se necessário a boca, com uma compressa ou pano molhado. Durante a
limpeza do nariz não deve fazer força, podendo enrolar um lenço e limpar apenas a entrada da
narina.

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O que não fazer quando está sangrando pelo nariz

 Quando está sangrando pelo nariz, não se deve:


 Deitar a cabeça para trás nem deitar, pois a pressão das veias diminui e aumenta o
sangramento;
 Introduzir cotonetes no nariz, pois pode fazer traumatismos;
 Pôr água quente no nariz;
 Assoar o nariz durante pelo menos 4 horas após o nariz sangrar.

Torniquete Usar essencialmente no caso de amputação de membro (Braço ou Perna)

 Usar panos resistentes e largos acima do ferimento;


 Nunca usar arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos;
 Desapertar gradualmente a cada 10 a 15 minutos ou quando notar extremidades frias ou
arroxeadas;
 Não tirar do lugar caso pare a hemorragia.

Desmaio

É a diminuição da força muscular com perda de consciência repentina fazendo com que a vítima caia ao chão.

Causas do Desmaio
 Falta de alimentação (jejum);
 Psicoemocionais;
 Tumores cerebrais;

Como agir
 Deitar a vítima com a cabeça e ombros mais baixo que o resto do corpo;
 Se sentada, posicionar a cabeça entre as pernas e pressionar para baixo;
 Colocar a vítima em ambiente arejado;
 Afrouxar a roupa da vítima;

Convulsões

Distúrbio que ocorre no cérebro, podendo ocasionar contrações involuntárias da musculatura,


provocando movimentos desordenados e em geral, perda da consciência.

Possíveis Causas das convulsões

 Acidentes com traumatismo de crânio;


 Febre alta;
 Epilepsia;
 Alcoolismo;
 Drogas;
 Tumores cerebrais;
 Determinados medicamentos
 Lesões neurológicas

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 Choque elétrico
 Origem desconhecida
 Outras causas

Em casos de convulsões

 Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor;


 Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
 Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e se machucar;
 Utilize material macio para acomodar a cabeça do individuo, como por exemplo; um travesseiro,
casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio;
 Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em
alguns casos) escorram para fora da boca;
 Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
 Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência;
 Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e
ofereça auxílio para chamar um familiar. Observe a duração da crise convulsiva, caso seja
superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica.

O que não deve ser feito durante a crise convulsiva:

 Não impeça os movimentos da vítima, apenas se certifique de que nada ao seu redor irá
machucá-la;
 Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise
convulsiva são muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo;
 Não jogue água no rosto da vítima.

Choque elétrico

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É o fenômeno da passagem da corrente elétrica pelo corpo quando em contato com partes
energizadas.

Sinais e sintomas

 Parada cardiorrespiratória;
 Queimaduras;
 Lesões traumáticas.

Como agir

 Interromper imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica, utilizando luvas


isolantes de borracha de acordo com a classe de tensão, com luvas de cobertura ou bastão
isolante;
 Certificar-se de estar pisando em chão seco, se não estiver usando botas com solado isolante;
 Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação);
 Aplicar as condutas preconizadas para parada cardiorrespiratória, queimaduras e lesões
traumáticas;
 Encaminhar para atendimento hospitalar.

Queimaduras

Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiações e substâncias
biológicas (animais e plantas).

Classificação das Queimaduras

1º Grau - lesão das camadas superficiais da pele:

 Vermelhidão;
 Dor local suportável;
 Não há formação de bolhas;

2º Grau - lesão das camadas mais profundas da pele:

 Formação de bolhas;
 Desprendimento de camadas da pele;
 Dor e ardência locais de intensidade variável;
3º Grau – lesão de todas as camadas da pele:

 Comprometimento de tecidos, mais profundos até o osso.

Como agir:

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Isolar a vítima do agente agressor;

Diminuir a temperatura local, banhando com água fria (1ºGrau);

Proteger a área afetada;

Não perfurar bolhas, colocar gelo, aplicar medicamentos, nem produtos caseiros;

Retirar parte da roupa que esteja em volta da área queimada;

Retirar anéis e pulseiras, para não provocar estrangulamento ao inchar.

Encaminhar para atendimento hospitalar;

IMPORTANTE

Nas queimaduras por CAL SODADA (soda cáustica), devemos limpar as áreas atingidas com uma toalha
ou pano antes da lavagem, pois o contato desta substância com a água cria uma reação química que
produz enorme quantidade de calor.

Fratura

 Colocar a vítima em posição confortável


 Expor o local: cortar ou remover as roupas
 Controlar hemorragias e cobrir feridas antes de imobilizar
 Providenciar remoção da vítima
 Para imobilização usar madeiras, tábuas, jornais, revistas, panos...
 Não fazer massagem no local
 Não amarrar no local da fratura
 Não tentar colocar o osso “no lugar”

Luxação, entorse e contusão

Tratar como se houvesse fratura:

 Imobilizar a área traumatizada;


 Colocar compressa fria no local;
 Não fazer massagem no local;
 Providenciar transporte;

Corpo estranho nos olhos

É a introdução acidental de poeiras, grãos diversos, etc. Na cavidade dos glóbulos oculares.

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Sinais e sintomas

 Dor;
 Ardência;
 Vermelhidão;
 Lacrimejamento.

Como proceder:

 Lavar o olho com a água ou soro fisiológico, em abundância;


 Não remover corpo estranho;
 Proteger o olho;
 Transportar a vítima para atendimento médico.

Obstrução das vias aéreas por corpo estranho

 Perguntar à vítima: Você consegue falar?


 Não consegue falar ou a tosse é ineficiente:
Aproxime-se por trás posicionando as mãos entre o umbigo e o apêndice xifoide;
Efetuar sucessivas compressões, para dentro e para cima até a desobstrução.

Auto desobstrução: apoie o abdômen sobre o encosto de uma cadeira e comprima-o na tentativa de
deslocar o corpo estranho.

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DEZ MANDAMENTOS DO SOCORRISTA
1 - Manter a calma;

2 - Ter ordem de segurança;

3 - Verificar riscos no local;

4 - Manter o bom senso;

5 - Ter espírito de liderança;

6 - Distribuir tarefas;

7 - Evitar atitudes intempestivas;

8 - Dar assistência a vítima que corre o maior risco de vida;

9 - Seja socorrista e não herói;

10 - Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência.

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NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

TÓPICOS

• Introdução

• Teoria do Fogo

• Combustão

• Classes de Incêndio

• Métodos de Extinção

• Extintores de Incêndio

• Hidrantes

• Equipamentos e Sistemas de Proteção Contra Incêndio

• Planos de Ação

• Plano de Evacuação

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INTRODUÇÃO

A Proteção Contra Incêndio é um assunto um pouco mais complexo do que possa parecer. A primeira
vista, imagina-se que ela é composta pelos equipamentos de combate à incêndio fixados nas
edificações, porem esta é apenas uma parte de um sistema, é necessário o conhecimento e o
treinamento dos ocupantes da edificação.

Estes deverão identificar e operar corretamente os equipamentos de combate a incêndio, bem como
agir com calma e racionalidade sempre que houver início de fogo, extinguindo-o e/ou solicitando ajuda
ao Corpo de Bombeiros através do telefone 193.

TEORIA DO FOGO

Conceito de Fogo: fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo como o resultado
de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de materiais diversos.

Entre a descoberta do fogo e a sua utilização plena pelo homem, centenas de anos se passaram,
surgindo durante o período do conhecimento total das suas plenitudes e perigos, um slogan, válido até
hoje que diz: “O fogo controlado é um grande servidor, mas fora de controle é um
poderoso senhor”.

Baseado neste slogan surgiu uma dúvida – como proceder quando o fogo fugir de controle? – para
responder a esta pergunta, necessário se faz saber que o Fogo nada mais é do que uma REAÇÃO
QUÍMICA denominada “Combustão”, que desprende luz e calor, podendo as algumas desprender
somente calor. Costumamos representá-lo por um Triângulo Equilátero, em que cada lado representa
um elemento necessário para sua existente. Os três elementos básicos para que o fogo se inicie são,
portanto, o MATERIAL COMBUSTÍVEL, O COMBURENTE OU OXIGÊNIO E A FONTE DE CALOR OU FONTE
DE IGNIÇÃO.

A representação simbólica desse conjunto é denominada de TRIÂNGULO DO FOGO.

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1 . COMBUSTÍVEL:
É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão.
Os combustíveis dividem-se em três grupos, de acordo com o estado físico em que se
apresentam:

a) Combustíveis sólidos:
A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e, então, reagem com o
oxigênio, exemplos: madeira, papel, plástico, ferro, etc.

b) Combustíveis líquidos:
Tem algumas propriedades físicas que dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo.
Os líquidos assumem a forma do recipiente que os contém, é importante notar também que a
maioria dos líquidos inflamáveis são mais leves que a água, e portanto, flutuam sobre esta.

Outra propriedade a ser considerada é a sua volatilidade, que é a facilidade com que os
líquidos liberam vapores, também é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido,
maior a possibilidade de haver fogo ou mesmo explosão.

c) Combustíveis gasosos:
Os gases não tem volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar todo o recipientes que
estão envolvidos.

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1. OXIGÊNIO (Comburente):
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum na
natureza é o oxigênio, encontrado na atmosfera a 21%. Composição do ar: 21% oxigênio, 78%
Nitrogênio e 1% outros gases.

2. FONTE DE CALOR:
Calor é uma forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de
outra energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da
matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a
matéria.

3. REAÇÃO EM CADEIA:
A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado da chama atinge o
combustível e este e decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e
queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um círculo constante.

PONTOS CRÍTICOS DE TEMPERATURA


Sabemos que é necessário unir três elementos para que o FOGO apareça, entretanto, por
vezes esses três elementos estão presentes e o FOGO não ocorre, porque a quantidade de calor é
insuficiente para queimar o COMBUSTÍVEL.

Para exemplificar melhor, imaginemos uma frigideira com óleo combustível sobre a
chama de um fogão. O óleo começará aquecer e a desprender vapores (gases); se deixarmos por
algum tempo, observaremos que um dado momento o referido combustível se incendiará sem
que haja contato com a chama externa. Para que o óleo aquecido lentamente comece a queimar,
ele passou por três pontos de aquecimento que chamaremos de: PONTO DE FULGOR, PONTO DE
COMBUSTÃO, PONTO DE IGNIÇÃO.

PONTO DE FULGOR
É a temperatura na qual o combustível começa a desprender vapores (gases), que se tomarem
contatos diretos com uma chama queimarão, porém a chama produzida não se mantém, em
vista da quantidade de vapores desprendidos ser muito pequena.

PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura na qual um combustível desprende vapores (gases), que se tomarem contato
direto com uma chama queimarão, até que acabe o combustível.

PONTO DE IGNIÇÃO
Temperatura de autoignição, ponto de autoignição, ou ainda simplesmente ponto de ignição, é a
temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de uma fonte de ignição, como
uma chama ou faísca, quando o simples contato do combustível, em contato com o comburente já
é o suficiente para estabelecer a reação.

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PROPAGAÇÃO DO FOGO

O calor é um dos principais causadores do alastramento de um fogo, ele pode, caso não seja
impedido, ser transmitido até mesmo a grandes distâncias, das seguintes formas: IRRADIAÇÃO,
CONDUÇÃO, CONVECÇÃO.

IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor através de raios e ondas que ocorrem em espaços vazios. Um exemplo
diário deste fenômeno é o calor do sol (fonte) irradiado através do espaço até a terra (corpo); e
como o caso do sol, existem inúmeras outras formas de irradiação que poderão contribuir para a
propagação do fogo.

CONDUÇÃO

É transmissão do calor que ocorre de uma fonte para um corpo, através de um material que seja
um bom condutor de calor. Se pegarmos um pedaço de ferro e segurarmos numa das pontas com a
mão e colocarmos a outra ponta em contato com uma fonte de calor, vamos perceber após alguns
segundo que todo o ferro está quente, indo aquecer consequentemente a nossa mão, e se ao invés
de nossa mão, tivesse tendo contato com outro combustível qualquer, este iria queimar.

CONVECÇÃO

É a transmissão do calor através do ar e dos líquidos, ocorre devido ao fato de o ar como os líquidos
podem ser aquecidos quando em contato com o fogo. O ar quente sempre sobre e leva consegue o
calor que poderá entrar em contato com o combustível e propagar o fogo.

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FASES DO FOGO

Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas, há grandes chances de que o fogo seja descoberto
no início e a situação resolvida. Mas se ocorrer quando a edificação estiver deserta e fechada, o
fogo continuará crescendo até ganhar grandes proporções. Essa situação pode ser controlada com
a aplicação dos procedimentos básicos de ventilação.

O incêndio pode ser melhor entendido se estudarmos seus três estágios de desenvolvimento.

Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não está significativamente reduzido e o fogo está
produzindo vapor d’água (H20), dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e outros
gases. Grande parte do calor está sendo consumido no aquecimento dos combustíveis, e a
temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco acima do normal. O calor está sendo
gerado e evoluirá com o aumento do fogo.

Queima Livre

Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da
convecção, isto é, o ar quente "sobe" e sai do ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas
aberturas nos pontos mais baixos do ambiente.

Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a
permanecer junto ao solo; eventualmente, causam a ignição dos combustíveis nos níveis mais altos
do ambiente. Este ar aquecido é uma das razões pelas quais os bombeiros devem se manter
abaixados e usar o equipamento de proteção respiratória. Uma inspiração desse ar superaquecido
pode queimar os pulmões. Neste momento, a temperatura nas regiões superiores (nível do teto)
pode exceder 700 ºC.

"Flashover"

Na fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando
determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima
instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental,
ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como "Flashover".

Queima Lenta

Como nas fases anteriores, o fogo continua a consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o
comburente é insuficiente para sustentar a combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar de
existir se não houver ar suficiente para mantê-las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é
normalmente reduzido a brasas, o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e
os gases se expandem. Devido a pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas
as fendas em forma de lufadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. E esse
calor intenso reduz os combustíveis a seus componentes básicos, liberando, assim, vapores
combustíveis.

21
"Backdraft"

A combustão é definida como oxidação, que é uma reação química na qual o oxigênio combina-se
com outros elementos.

O carbono é um elemento naturalmente abundante, presente, entre outros materiais, na madeira.


Quando a madeira queima, o carbono combina com o oxigênio para formar dióxido de carbono
(CO2 ), ou monóxido de carbono (CO ). Quando o oxigênio é encontrado em quantidades menores,
o carbono livre ( C ) é liberado, o que pode ser notado na cor preta da fumaça.

Na fase de queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio


suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de
carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão
prontas para incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de
oxigênio, esse ambiente explodirá. A essa explosão chamamos"Backdraft".

A ventilação adequada permite que a fumaça e os gases combustíveis superaquecidos sejam


retirados do ambiente. Ventilação inadequada suprirá abundante e perigosamente o local com o
elemento que faltava (oxigênio), provocando uma explosão ambiental.

As condições a seguir podem indicar uma situação de "Backdraft":

• fumaça sob pressão, num ambiente fechado;

• fumaça escura, tornando-se densa, mudando de cor (cinza e amarelada) e saindo do ambiente em
forma de lufadas;

• calor excessivo (nota-se pela temperatura na porta);

• pequenas chamas ou inexistência destas;

• resíduos da fumaça impregnando o vidro das janelas;

• pouco ruído;

• movimento de ar para o interior do ambiente quando alguma abertura é feita (em alguns casos
ouve-se o ar assobiando ao passar pelas frestas).

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Formas de Combustão

As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta,
espontânea e explosão.

Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o


calor entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de
acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do
combustível.

Combustão Completa

É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio.

Combustão Incompleta

É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente
pobre em oxigênio.

Combustão Espontânea

É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de certos vegetais que, pela ação de
bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar. Alguns
materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de
ignição); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20 ºC), como o fósforo branco.
Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor
e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. Por exemplo, água + sódio.

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CLASSES DE INCÊNDIO E TIPOS DE EQUIPAMENTOS PARA SEU COMBATE

Conhecido o método de combate para cada componente da química do fogo, chegou-se a


conclusão que para identificar o método indicado a ser utilizado seria necessário dividir o fogo em
classes, surgindo então as seguintes classes:

AP (ÁGUA PRESSURIZADA) OU AG (ÁGUA A GÁS) (Classe A) – Eficaz para debelar princípio de


incêndio de materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e
profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, plástico, etc. De modo
algum pode ser utilizado em equipamentos elétricos energizados ou corrente elétrica. Método de
extinção: resfriamento.

PQS OU PÓ QUÍMICO SECO PRESSURIZADO (Classe B) – Eficaz para debelar princípio de incêndio
em inflamáveis, ou seja, produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleos, graxas, vernizes, tintas, solventes, cola, gasolina, álcool, etc. É utilizado também em
equipamentos elétricos energizados (Classe C), seu ponto negativo é que após o combate, fica o
resíduo de pó a base de bicarbonato de sódio. Método de extinção: abafamento.

CO2 (DIÓXIDO DE CARBONO) OU GÁS CARBÔNICO (Classe C) – eficaz para debelar princípio de
incêndio em equipamentos elétricos energizados, como televisores, computadores, fax,
microondas, motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. É utilizado também, em
inflamáveis (Classe B) e pequenos focos em seu início de material de fácil combustão (Classe A).
Atenção, jamais faça o combate em locais confinados, pois o CO 2 retira o oxigênio do ambiente.
Método de extinção: resfriamento e abafamento.

CLASSE “D”: Metais pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, antimônio, pólvora, etc. Nos
incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico será especial
para cada material.

Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção.

Todos os extintores deverão estar instalados em paredes através de suporte, a uma altura não
superior a 1,60 metros à partir do piso ou em tripés sobre o piso. Conter acima, seta indicativa de
classe de atuação, etiqueta informativa presa em seu bojo (corpo), selo do INMETRO com data de
recarga e numero de identificação. Os extintores deverão ser posicionados em lugar de fácil acesso
e visualização. Deverão ainda, ser demarcados com fita adesiva ou através de pintura, na cor
vermelha, uma larga área do piso abaixo do mesmo, com 01 metro quadrado, o qual não poderá
ser obstruído.

24
TABELA DE CLASSE DE EXTINTORES

Extintores
Classe
Combustível Características Método de Extinção Portáteis
Incêndio

Fácil combustão
Queimam na Água
Fibras Madeira Resfriamento Pressurizada
A superfície e
Papel Tecido profundidade (retirar o calor) Pó Químico
ABC
Deixam resíduos

Produtos
Gasolina/ graxas inflamáveis Pó Químico B
Abafamento
B Óleos Queimam na C Pó Químico
Vernizes Tintas superfície Não (retirar o comburente) ABC C02
deixam resíduos

Equiptos.
elétricos
Fios/motores
Transformadores
Agente extintor que CO2
Quadro Energizados, ou
não conduza Pó Químico B
C seja: Ligados à
distribuição eletricidade Desligar
eletricidade C Pó Químico
quadro geral ABC

de

Magnésio Titânio Elementos Pó Químico


D Abafamento
Zircônio pirofóricos Especial

Banha, óleos Gorduras em Resfriamento (agente Agente Úmido


K gorduras dutos úmido) Abafamento Especial – na
e acumuladas (PQS) falta

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MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO DE EXTINTORES

Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção;

Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto
externo, os lacres, os manômetros, etc;

Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação fixada no mesmo, com data em que foi
carregado, data da próxima recarga e nº de identificação;

Manutenção

A manutenção é um serviço de caráter preventivo e ou corretivo, obrigatoriamente realizado por


empresa registrada junto ao Inmetro. Essa manutenção é realizada em 3 níveis:

Manutenção de 1º Nível - de caráter corretivo, geralmente efetuada na inspeção técnica e


geralmente no local onde o extintor está instalado, não sendo necessária a sua remoção para a
empresa registrada e que necessite apenas de limpeza, reaperto e ou substituição de componentes
não submetidos à pressão, colocação do quadro de instruções, quando necessário, nos termos da
legislação pertinente;

Manutenção de 2º Nível - de caráter preventivo e corretivo, requer execução de serviços na


empresa registrada. Requer a desmontagem completa do extintor, limpeza de todos os
componentes, inspeção das roscas e partes internas, realização de ensaios nos componentes,
execução de recarga e pressurização, colocação do anel, trava e lacre, fixação do Selo de
Identificação da Conformidade, da etiqueta de garantia e do quadro de instruções. Deverá ser
executada a cada 12 meses.

Para extintores de Dióxido de Carbono – CO2 e para cilindros para o gás expelente – ampola, a
inspeção técnica deverá ser realizada de 6 em 6 meses e se tiver perdido 10% de sua carga deverá
ser recarregado.

Manutenção de 3º Nível - processo em que se aplica a revisão total do extintor de incêndio,


incluindo o ensaio hidrostático. A contar da data de fabricação ou da realização do último ensaio
hidrostático, a cada 5 anos o extintor deverá passar pela manutenção de terceiro nível, ensaio
hidrostático. Este intervalo de cinco anos deverá ser interrompido caso não seja possível identificar
quando se deu o último ensaio hidrostático, ou quando o extintor for submetido a danos térmicos
ou mecânicos, devendo passar imediatamente pelo ensaio hidrostático.

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EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO INSTALAÇÔES HlDRÁULICAS

As instalações hidráulicas são recursos que as equipes de combate ao fogo, por ocasião dos
acidentes dispõe, para possibilitar o controle da situação.

São dois os tipos principais: As automáticas, que são acionadas por sensores (detetores de fumaça),
termostatos (temperatura), sprinklers, etc., e as sob comando, que depende de acionamento
manual.

INSTALAÇÕES SOB COMANDO

São aquelas em necessitamos de equipes treinadas para, no momento da ocorrência.

Colocar-mos em operação, montando os dispositivos de combate ao fogo.

Essas instalações são compostas de:

RESERVATÓRIOS

São tanques, caixas (subterrâneas ou aéreas), fossos, etc., que utilizamos para guardar uma
quantidade de água exclusiva para uso em caso de incêndios. Os elevados mantém a rede
constantemente pressurizadas; os ao nível do chão ou subterrâneos, necessitam de bombas de
recalque para fornecer a pressão exigida.

BOMBAS DE RECALQUE

São equipamentos destinados a enviar a água a pontos distantes ou elevados, e fornecer pressão
necessária nos equipamentos. São acionadas por motores elétricos ou à explosão acoplados à elas.

TUBULAÇÕES

As tubulações são metálicas (aço carbono ou ferro fundido), subterrâneas, e que servem para
distribuir a água por todo o parque industrial.

HIDRANTES

São terminais das tubulações, que permitem a captação da água através de mangueira e
controlados por válvulas (registros). Os hidrantes podem ser de tipos diferentes, de acordo com as
necessidades dos locais.

ABRIGOS

São caixas de madeira, colocadas sobre pedestais de aço carbono e que servem para guardar
esguichos e chaves.

27
MANGUEIRAS

São dutos flexíveis dobráveis, fabricados com fibras naturais: rami, algodão, linho etc., ou fibras
sintéticas (poliéster). As mangueiras são utilizadas para conduzir água até o ponto do incêndio.

São fabricadas em diversos diâmetros.

Cuidados especiais devem ser tomados com as mangueiras, evitando-se arrastá-las no piso, bater
suas conexões, passar sobre as mesmas com bicicletas, carrinhos, veículos, etc., contato com
agentes agressivos (ácidos ou alcalis), etc.

CONEXÕES

São peças confeccionadas em latão, montadas por meio de empatação às extremidades das
mangueiras e que servem para acoplá-las aos hidrantes, outras mangueiras, viaturas, esguichos,
etc. As conexões não podem ser jogadas ao chão, sofrer impactos ou quaisquer danos pois, caso
isto ocorra, toda a mangueira ficará inutilizada.

ESGUICHOS

São equipamentos destinados a dar forma e direção ao jato d'água. São de diversos tipos, porém
são comuns os esguichos:

Jato Sólido Regulável simples Formador de espuma

CHAVES DE MANGUEIRAS

Auxiliam no acoplamento entre mangueiras ou equipamentos com conexões, quando


há dificuldade para fazê-lo com as mãos.

DERIVANTE
São peças em forma de "Y", destinadas a dividir a aplicação da água para dois ou mais pontos.

Podem ser montadas com ou sem registros.

EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES

Detecção e alarme:

Dispositivos destinados a operar reconhecendo e avisando um princípio de incêndio a população de


uma edificação.

No mercado encontramos diversos tipos de detetores e alarmes tais como:

• Alarme sonoro;

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• Alarme visual;

• Alarme sonoro e visual;

• Detetor automático pontual de fumaça;

• Detetor de temperatura pontual;

• Detetor linear;

• Detetor automático de chama;

• Detetores térmicos;

• Outros.

PROCEDIMENTO PARA ABANDONO DE AREA

Saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não acreditar que o incêndio pode se alastrar
rapidamente.

Se você ficar preso em meio a fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações e procure rastejar
para a saída pois junto ao chão o ar permanece respirável mais tempo.

Use escadas, nunca o elevador. Um incêndio pode determinar um corte de energia e você cairá
numa armadilha, Sem mais esperanças. Feche todas as portas que for deixando para trás. o Se você
ficar preso em uma sala cheia de fumaça, além de permanecer junto ao piso, se possível aproxime-
se de janelas, por onde possa pedir socorro. Se você não puder sair, mantenha calma atrás de uma
porta fechada. Qualquer porta serve como uma couraça. Procure um lugar perto de janela e abra as
mesmas encima e embaixo.

Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior.

Toque a porta com a mão. Se estiver quente não abra. Se estiver fria faça este teste: abra
vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura,
mantenha-a fechada.

Não combata o incêndio a menos que você saiba manusear o equipamento de combate ao fogo
com eficiência.

Não salte do prédio. Muitas pessoas morrem, sem imaginar que o socorro pode chegar em
minutos.

Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure oura saída, uma
vez que você tenha conseguido escapar.

“ O Incêndio acontece onde a Prevenção Falha”

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