Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UFCD 3564
Abril de 2020
Índice
Introdução ............................................................................................................... 5
A Emergência ........................................................................................................... 6
Prevenir o risco ......................................................................................................... 8
Efetuar a chamada de socorro .................................................................................. 9
Sistema de Proteção Civil....................................................................................... 11
Agentes de Proteção Civil ............................................................................................... 12
3
Hemorragias .................................................................................................................. 46
Controlo de Hemorragias .................................................................................................................. 48
Queimaduras ................................................................................................................. 52
Atuação perante uma Queimadura ................................................................................................... 54
Imobilizações ......................................................................................................... 70
Acidentes e Doenças Profissionais........................................................................... 72
Mitigação dos Riscos .............................................................................................. 77
Limpeza e desinfeção.............................................................................................. 81
GLOSSÁRIO............................................................................................................. 84
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 92
4
Introdução
Elaborei este manual com a intenção de vos fornecer mais uma ferramenta de
trabalho que podem consultar não só durante a formação, mas sempre que assim o
entenderem. Espero que o utilizem sempre que tiverem alguma dúvida e que vos possa
ajudar!
ALBERT PINE
5
A Emergência
6
Primeiros Socorros
No entanto nem sempre é fácil agir perante uma situação de emergência pois
esta tem associada a ela um cenário de muito stress o que pode levar alguma pessoas
a manifestarem reações de medo e angústia, algumas dessas reações e receios
ocorrem porque as primeiras pessoas a lidar com o cenário não estão habituadas nem
têm formação para lidar com situações tão críticas, podendo levar algumas pessoas a
ficarem paralisadas pelo pânico ou medo daquilo que estão a ver e está a acontecer.
Deste modo é importante aprender as bases daquilo que se deve e não deve
fazer perante um cenário de emergência e saber avaliar aquilo que temos diante nós.
7
Prevenir o risco
Embora as situações de emergência sejam imprevisíveis e algumas não sejam
possíveis de mitigar, há situações que todos podemos evitar que aconteçam se formos
preventivos para a redução do risco.
Numa ação de primeiros socorros, tal como de prestação de socorro tudo deve
começar por prevenir que um dado perigo se transforme no risco de desenvolver um
acidente e posterior emergência. No entanto se a emergência acontecer é importante
alertar, efetuar a chamada de socorro e dar o alerta preciso da situação em causa, ao
mesmo tempo que é preciso socorrer e dar início às manobras mais importantes e
estritamente necessárias a cada situação, referimo-nos aos primeiros socorros (tal
como podemos observar na figura abaixo.
8
Efetuar a chamada de socorro
9
• A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, por
exemplo, libertação de gases, perigo de incêndio, etc.
10
Sistema de Proteção Civil
11
civil e de proteção e socorro. Tem ainda por missão promover a aplicação, a fiscalização
e inspeção sobre o cumprimento das leis, regulamentos, normas e requisitos técnicos
aplicáveis no âmbito das suas atribuições.
(ANEPC, 2020)
12
Sistema Integrado de Emergência Médica
Pré-socorro: Conjunto de gestos simples que podem e devem ser efetuados até à
chegada do socorro.
13
Socorro: Corresponde aos cuidados de emergência iniciais efetuados às vítimas de
doença súbita ou de acidente, com o objetivo de as estabilizar, diminuindo assim a
morbilidade e a mortalidade.
14
Instituto Nacional de Emergência Médica
15
❖ O contacto com as unidades de saúde, preparando a receção hospitalar dos
doentes.
16
CODU MAR
17
Meios do INEM
Ambulâncias de Suporte Básico de Vida
18
o acompanhamento durante o transporte de vítimas de acidente ou doença súbita em
situações de emergência e transporte de doente crítico (inter-hospitalar).
19
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER)
20
Motas de Emergência Médica (MEM)
21
Abordagem à Vítima
Exame Primário
As seguintes 5 etapas constituem a avaliação inicial ou primária da vítima, pela
seguinte ordem de prioridade:
22
A – Via aérea
Avaliação do estado de consciência da vítima (consciente ou inconsciente);
B – Ventilação
23
Frequência (n.º de ciclos / minuto no adulto): • Valor normal: 12 a 20
ciclos/minuto; • Bradipneia: inferior a 12 ciclos/minuto; • Polipneia: superior a 20
ciclos/minuto; • Taquipneia: superior a 35 ciclos/minuto;
Amplitude (superficial / normal / profunda);
Ritmo (regular / irregular)
• Movimentos simétricos da parede torácica;
• Estabilidade da parede torácica;
• Deformidades e/ou crepitações;
• Uso de músculos acessórios; (adejo nasal, uso
excessivo de músculos abdominais; Tiragem das cavidades supraesternais,
espaços intercostais, supra-claviculares e área subcostal.
Pesquisar: Pulso
Frequência (n.º de pulsações / minuto no adulto):
• Valor normal: 60 a 100 pulsações/minuto;
• Bradicardia: inferior a 60 pulsações/minuto;
• Taquicardia: superior a 100 pulsações/minuto;
Amplitude (Cheio / Fino);
Ritmo (Regular / Irregular).
24
D – Disfunção neurológica
▪ Controlo da Temperatura;
▪ Privacidade da vítima;
▪ Remover roupa;
▪ prevenir hipotermia;
▪ Imobilizações e Tratamento de feridas.
(Manual TAS TAT - INEM, 2020)
Perante uma ocorrência da qual tenha resultado uma vítima, o socorrista deve ter
uma sequência de procedimentos a tomar. Estes, visam manter a integridade do
socorrista, permitindo a prestação dos Primeiros Socorros de forma rápida e eficaz, com
a ativação dos meios de ajuda diferenciada necessária.
25
1. Garantir a segurança do socorrista;
2. Garantir a segurança da vítima;
3. Solicitar ajuda dos circundantes;
4. Determinar prioridades;
5. Pedir ajuda.
26
Emergências Médicas
• Dificuldade respiratória;
• Hemorragias;
o Controlo de hemorragias;
• Queimaduras;
o Atuação perante uma queimadura;
27
Suporte Básico de Vida (SBV)
28
O SBV consiste em duas ações principais: compressões torácicas e insuflações.
O início imediato de manobras de SBV pode, pelo menos, duplicar as hipóteses de
sobrevivência da vítima.
29
• Infecioso (ex. tuberculose, hepatite).
• Coloque-se lateralmente em
Em vítima inconsciente a queda da língua pode bloquear a VA, pelo que esta
deve ser permeabilizada:
30
Se a vítima respira normalmente coloque-a em Posição Lateral de Segurança (PLS).
LIGAR 112
• Quando liga 112 deve estar preparado para responder às questões: ONDE; O
QUÊ; QUEM; COMO;
31
REALIZAR COMPRESSÕES TORÁCICAS
32
▪ A insuflação quando eficaz provoca elevação do tórax (semelhante à respiração
normal), devendo ter a duração de apenas 1 segundo;
▪ Evitar insuflações rápidas e forçadas;
▪ A posição incorreta da cabeça pode impedir a insuflação adequada por
obstrução da via aérea;
▪ Na impossibilidade de utilizar um dispositivo na via aérea (máscara de bolso ou
insuflador manual), a insuflação “boca a boca” é uma maneira rápida e eficaz de
fornecer oxigénio à vítima. O ar exalado pelo reanimador contém
aproximadamente 17% de oxigénio e 4% de dióxido de carbono o que é
suficiente para suprir as necessidades da vítima.
Insuflações boca-a-boca
33
Se não se sentir capaz ou tiver relutância em fazer insuflações, faça apenas
compressões torácicas; se apenas fizer compressões, estas devem ser contínuas,
cerca de 100 - 120 por minuto (não existindo momentos de pausa entre cada 30
compressões).
Uma máscara de bolso pode ser utilizada por leigos, com treino mínimo na
realização de insuflações, durante o SBV. Este dispositivo adapta-se à face da vítima,
sobre o nariz e boca, e possui uma válvula unidirecional que desvia do reanimador o ar
expirado da vítima.
34
❖ Chegar ajuda diferenciada;
❖ Ficar exausto;
❖ A vítima retomar sinais de vida (vítima desperta e reativa; movimento; abertura
espontânea dos olhos; respiração normal).
35
Segurança e riscos para o reanimador
Por vezes, o desejo de ajudar alguém que nos parece estar em perigo de vida
pode levar a ignorar os riscos inerentes à situação.
Acidente de viação
o Usar roupa clara para que possa mais facilmente ser identificado (colete
refletor)
36
Posição Lateral de Segurança
Responde:
• Coloque-a em PLS.
37
TÉCNICA PARA COLOCAR UMA VÍTIMA EM PLS
Rolar a vítima:
• Enquanto uma mão apoia a cabeça a outra puxa a perna do lado oposto
rolando a vítima para o seu lado;
• Estabilize a perna de forma a que a anca e o joelho formem ângulos retos;
• Incline a cabeça para trás assegurando a permeabilidade da VA;
38
• Ajuste a mão debaixo do
queixo, para manter a
extensão da cabeça;
• Reavalie regularmente a
respiração (na dúvida
desfazer a PLS,
permeabilizar a VA e
efetuar VOS até 10 segundos).
39
Obstrução da Via Aérea (OVA)
LIGEIRA:
GRAVE:
40
ALGORITMO DE DESOBSTRUÇÃO DA VIA AÉREA: O algoritmo que a seguir se
descreve aplica-se tanto a adultos como a crianças com mais de 1 ano de idade.
PANCADAS INTER-ESCAPULARES
41
• Feche o punho de uma mão e posicione-o acima da cicatriz umbilical, com o
polegar voltado contra o abdómen da vítima;
Alerta-se para o facto de, apesar do sucesso das manobras, o corpo estranho
responsável pela obstrução poder ficar alojado nas vias aéreas e causar complicações
42
mais tarde. Como tal, vítimas com tosse persistente, dificuldade em engolir ou sensação
de corpo estranho ainda presente nas vias aéreas devem ser submetidas a observação
médica.
43
Dificuldade respiratória
Sinais e Sintomas:
Potenciais causas:
Como atuar?
44
Todas as pessoas que tenham experienciado dificuldade respiratória têm de ser
assistidas num hospital, mesmo aparentando já terem recuperado. É importante
certificar que não houve dano permanente e confirmar a causa que originou a situação.
45
Hemorragias
Sempre que o sangue sai do espaço vascular estamos perante uma hemorragia
• HEMORRAGIAS ARTERIAIS
• HEMORRAGIAS VENOSA
• HEMORRAGIAS CAPILARES
46
MANIFESTAÇÕES DAS HEMORRAGIAS: As hemorragias externas podem ser
observadas e são facilmente reconhecidas. As hemorragias internas são de difícil
reconhecimento e identificação. É necessário pensar na hipótese e despistar a situação
pelos sinais e sintomas indiretos. Estas podem ocorrer, numa vítima de trauma sempre
que:
• Hipotermia;
47
• Vómitos de sangue;
• Dejeções de sangue;
Controlo de Hemorragias
Hemorragias Externas:
Método de 1ª linha:
48
• Nunca retirar as primeiras compressas, se necessário, colocar outras por cima
desta;
Método de 2ª linha:
Para o aplicar, deve retirar a roupa do membro amputado não esquecendo que,
uma vez aplicado, não deve ser aliviado.
Por segurança deverá sempre deixar o membro garrotado bem à vista e marcar
a hora da realização do garrote. O garrote preferencialmente não deve ser elástico e
deve ser sempre largo.
Método de 3ª linha:
49
Método de 3ª linha: Compressão indireta ou
digital à distância consiste em comprimir uma artéria
contra um músculo ou um osso, entre o local da
hemorragia e o coração. A pressão exercida nas
artérias contra um músculo ou um osso, na raiz dos
membros, levará ao controlo de hemorragias nos
territórios irrigados pela artéria em causa, uma vez
que impede a progressão da corrente sanguínea para
além do local da compressão. Os locais mais frequentes de compressão são a nível da
artéria umeral (face interna do braço) ou artéria femoral (ao nível da virilha).
Recordamos que este método é usado essencialmente em situações em que haja um
objeto estranho empalado ou suspeita de fratura no local. Será, portanto, um método
alternativo à compressão direta, quando esta não puder ser efetuada.
Abordagem à vítima A, B, C, D, E.
1. Pressão direta;
2. Garrote;
3. Elevação do membro;
4. Compressão indireta;
50
• Recolher o máximo de informação sobre o mecanismo do trauma e sobre a
vítima recorrendo à nomenclatura CHAMU;
• Efetuar a observação sistematizada de modo a detetar eventuais lesões
associadas;
• Não dar nada a beber;
• Manter a temperatura corporal
51
Queimaduras
As queimaduras são lesões que resultam do contato com o calor ou frio extremo,
substâncias químicas, eletricidade ou radiações. Os acidentes por queimaduras são
muito frequentes e na sua maioria consistem em pequenas lesões que não originam
grandes complicações.
52
A profundidade da queimadura.
53
Atuação perante uma Queimadura
Limpar com compressas secas antes de iniciar a lavagem como soro ou água. A
limpeza inicial com compressas é importante se o agente for em pó (ex. cal) ou insolúvel
em água (ex. fenol).
Nos acidentes com corrente de alta tensão, não se deve aproximar da vítima
sem indicação do pessoal especializado no assunto (ex. companhia da eletricidade,
caminhos de ferro) dado o risco de se provocar um arco voltaico, isto é a progressão da
corrente elétrica pela atmosfera através de um campo magnético que existe em volta
dos cabos ou terminais de alta tensão.
54
Controladas que estão as condições de segurança iniciar a abordagem segundo
o Exame da Vítima: A, B, C, D, E.
55
• Nas queimaduras elétricas deve sempre pesquisar a porta de entrada, a porta
de saída e estar desperto para as lesões ocultas no trajeto entre as duas portas
• Após a irrigação, para parar o processo de queimadura, as áreas queimadas
devem ser cobertas com compressas humedecidas em Soro Fisiológico, se a
área corporal queimada for inferior a 10%.
• Se a área corporal queimada for superior a 10% cobrir queimaduras com
compressas humedecidas ou lençol esterilizado.
• Não utilize gelo, pasta de dentes, manteiga, azeite, ou outro tipo de produtos
para arrefecer ou hidratar a queimadura pois os mesmos poderão agravar as
lesões.
56
Ferimentos (traumatismos dos tecidos moles)
57
Atuação geral nos traumas fechado. Na presença de hematomas ou equimoses
deve fazer aplicações frias sobre o local, para diminuir o edema, a hemorragia e a dor.
Os hematomas encontram-se muitas vezes associados a fraturas, pelo que ambas as
situações beneficiam da imobilização da área afetada. Esta imobilização evita o
agravamento do hematoma e estabiliza a fratura, reduzindo as lesões provocadas pelos
topos ósseos e a dor.
58
Feridas perfurantes: São lesões produzidas por
instrumentos que atuam em profundidade, dissociando um
ou mais planos de tecidos (ex. agulhas, estiletes, picador
de gelo, pregos, paus aguçados, esquírolas, balas, entre
outros), atingindo não só a pele como os órgãos
adjacentes.
59
Objeto empalado: Quando um objeto, seja de que tipo
for, fica empalado nalguma parte do corpo.
PENSO: o penso é uma proteção estéril para cobrir uma ferida cujas funções são ajudar
a controlar a hemorragia, proteger a ferida de mais traumatismos, evitar a entrada de
microrganismos na ferida. Um penso não é mais que a aplicação sobre a ferida de
compressas esterilizadas, podendo aquela que está em contacto direto com a ferida ser
60
ou não embebida em desinfetante. Os pensos serão fixos no local por meio de adesivo
ou ligaduras.
No caso de objetos empalados deve: NUNCA deve tentar retirar o objeto, mas apenas
imobilizá-lo; Suporte o objeto envolvendo-o com o copo de papel ou com os rolos de
ligaduras ou compressas. Se utilizar o copo, fixe-o com adesivos. Se utilizar os rolos de
ligaduras ou compressas, fixe-os primeiro com ligaduras e posteriormente com
adesivos; independentemente do tipo de fixação que utilizar, o objeto tem que ficar
sempre bem imobilizado de forma a não oscilar durante o transporte; controlar a
hemorragia. Este controlo NUNCA deve ser feito por compressão manual direta;
61
Perante uma evisceração ou a presença de objetos empalados. Na presença de
evisceração, deve-se procurar manter a vítima calma (se consciente) de forma a evitar
o aumento da pressão do compartimento abdominal, causando dessa forma a saída de
mais conteúdo abdominal. Devem ser aplicadas sobre o conteúdo eviscerado,
compressas esterilizadas humedecidas, preferencialmente com soro aquecido de forma
a minimizar o risco de hipotermia e simultaneamente evitar que o conteúdo abdominal
seque e se inicie o processo de morte celular. Perante objetos empalados no abdómen,
a atuação é semelhante à de outros locais ou seja, nunca devem ser retirados mas sim
imobilizados para que se proceda ao transporte da vítima sem que eles se movam. Não
tocar nas vísceras, NEM TENTAR INTRODUZI-LAS de novo na cavidade abdominal.
Posicionar a vítima (sem suspeita de TVM associado): em decúbito dorsal com o tronco
ligeiramente elevado e os joelhos fletidos (ajuda a controlar o aumento da pressão na
cavidade abdominal que provocaria maior evisceração de conteúdo abdominal).
Ou seja:
• Fazer o CHAMU
• Ligar 112 e informar local exato – Descrever a situação – Descrever o que foi
feito – Respeitar as instruções dadas - Aguardar pelo socorro, mantendo a
vigilância do doente.
62
Traumatismo dos olhos - Podem ir de simples corpo estranho, contusão das
pálpebras, hemorragia da cavidade ocular, laceração do globo ocular, até à saída do
olho.
Corpo estranho
• Não retirar para não agravar situação;
• Colocar penso ocular.
Sinais e sintomas
• Escoriação ou contusões;
• Dor;
• Perda de fluidos;
• Hemorragias;
• Vertigens;
63
• Dor;
• Hemorragia.
Atuação
• Suspeitar de TCE;
• Aplicar gelo.
ENTORSE E DISTENSÕES
Entorse
Uma entorse constitui uma lesão das estruturas ligamentares ao redor de uma
articulação, geralmente ocasionada por uma torção violenta.
Distensão
Hemorragia do músculo
Edema
Sensibilidade à palpação
Dor à contração
64
Uma distensão representa a rotura da unidade musculo tendinosa, provocada
por força ou estiramento violento.
Tratamento imediato:
LUXAÇÕES
A luxação é uma lesão na qual as superfícies articulares dos ossos que formam
a articulação perdem o seu contacto anatómico (os ossos estão fora da articulação).
Sintomatologia:
• Dor;
• Deformidade;
Tratamento imediato:
65
Fraturas das extremidades
66
Fraturas fechadas - Aquelas em que não
ocorre descontinuidade da pele.
Conceitos Gerais
67
11. Avaliar dor, pulso Distal à fratura, temperatura e sensibilidade da extremidade do
membro imobilizado.
12. Comparar os parâmetros encontrados no membro afetado com o outro membro
e avaliar simetrias, pois a fratura ou a própria imobilização pode comprometer a
circulação ou o sistema nervoso.
13. Na presença de fraturas expostas, a lavagem abundante com soro fisiológico e
proteção com compressas esterilizadas são fundamentais no combate as
infeções.
Sinais e Sintomas
• Edema;
Atuação Geral
68
• Proceder a imobilização de acordo com a sequência: tração- alinhamento-
imobilização;
69
Imobilizações
Fraturas do Úmero
Fraturas do Antebraço
• Suspender o membro.
70
Fraturas do Punho e Mão
• Elevação da mão.
• Alinhar o pé.
Fraturas do pé
71
Acidentes e Doenças Profissionais
Quanto aos acidentes de trabalho, o que se pode dizer é que a grande maioria
deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar
certos riscos.
Lesão Corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como,
por exemplo, um corte num dedo, ou grave, como a perda de um membro.
72
porque não é ocasionada pelos meios de produção. Contudo, se o trabalhador contrair
uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício da sua atividade, temos
aí um caso equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se o operador de um
banho de decapagem se queima com ácido ao encher a tina do banho de ácido isso é
um acidente do trabalho. Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar
muito tempo sem proteção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado
pelo trabalho executado junto a uma prensa de enormes dimensões, isso também
consagra um acidente de trabalho.
73
trabalho. Nestes termos pode-se acrescentar que as medidas a tomar no domínio da
higiene industrial não diferem das usadas na prevenção dos acidentes de trabalho.
74
alteração posterior já não terá a eficácia desejada para proteger a saúde dos
trabalhadores e será certamente mais onerosa
75
• Ambiente de trabalho desadequado;
• Comportamentos desajustados;
• As inspeções devem estender-se a todas as situações incluindo tarefas não
rotineiras;
• As tarefas ou postos de trabalho devem ser analisadas, tanto com ações
preventivas como ações corretivas;
• Ineficiência ou falta de proteção do equipamento;
• Comandos desajustados (arranque, paragem ou paragem de emergência);
• Ausência de blindagens sobre equipamentos com movimentos, ausência de
resguardos;
• Ineficiência de proteções elétricas (ou eletrónicas). Muitas vezes são os
operadores que “eliminam” essas proteções;
• Adulteração dos sistemas de proteção (confiança excessiva);
• Má gestão do número de peças de substituição em stock;
• Trabalhador sem a formação específica exigida para a tarefa;
• Na montagem de novos equipamentos, ou quando surgem mudanças, pode ser
desprotegidas certas situações;
• Análise do pós-acidente (fatores causais);
• Máquinas/Materiais;
• Instalações e equipamentos;
• Espaço, acesso e superfícies de trabalho;
• Ambiente de trabalho;
• Tipo e organização da tarefa;
• Formação, informação e comunicação;
• Falhas de gestão;
• Fatores individuais.
(IGAS, 2020)
76
Mitigação dos Riscos
As prioridades são:
77
Proteções Coletivas: As medidas de proteção coletiva, são feitas através respetivos
dos equipamentos, devem ter prioridade, conforme determina a legislação, pois
beneficiam todos os trabalhadores indistintamente. Os EPC’s devem ser mantidos nas
condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser reparados
sempre que apresentarem qualquer deficiência.
Exemplos:
Os EPI’s não evitam acidentes, como acontece, de forma eficaz, com a proteção
coletiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
Sinalização e Segurança
78
Exemplos de sinalética
79
Sinais de Emergência: Fornecem informações de
salvamento de acordo com o pictograma inscrito. São
utilizados em instalações, acessos e equipamentos. Têm
forma retangular, fundo verde e pictograma branco.
(IGAS, 2020)
80
Limpeza e desinfeção
• Limpeza
• Desinfeção
• Esterilização.
Limpeza
81
Desinfeção
82
➢ Outro desinfetante bem conhecido é o álcool a 70º. Este não destrói os
microrganismos, mas reduz significativamente a sua virulência. Para
além do seu custo, tem contraindicações quando o pretendemos utilizar
em equipamentos que estiveram em contacto direto com o fluido orgânico
do doente.
Esterilização
83
GLOSSÁRIO
ABCDE Sigla (mnemónica) utilizada para a avaliação de uma vítima. A - Via aérea. B –
Ventilação. C – Circulação. D – Disfunção Neurológica. E – Exposição
ABRASÃO Lesão da pele ou mucosas, provocada por fricção. Estas lesões são
extremamente dolorosas e muito frequentes em motociclistas que deslizam sobre uma
superfície, após uma queda.
84
APÊNDICE XIFÓIDE (Ver XIFÓIDE, APÊNDICE) AORTA Principal artéria do corpo
humano. Tem origem no ventrículo esquerdo, de onde recebe o sangue que distribui por
todo o corpo (grande circulação). APNEIA Ausência de ventilação.
85
DECÚBITO VENTRAL Corpo humano deitado sobre a região anterior do tronco, com a
face para baixo.
DISPNEIA Falta de ar. Sintoma com diversas causas que incluem doenças do aparelho
respiratório, doenças cardíacas e doenças musculares.
86
EPIDERME Camada mais exterior da pele.
EQUIMOSE “Nódoa negra”. Lesão de que resulta a rotura de pequenos vasos, com a
acumulação de sangue na pele, que fica com uma coloração azulada.
FEBRE Conjunto de alterações geralmente provocadas por uma infeção e que inclui
hipertermia, arrepios e prostração.
87
ainda ser classificadas em externas (visíveis) ou internas. Estas últimas podem ser
particularmente graves uma vez que são mais difíceis de identificar e o seu controle
apenas pode ser feito recorrendo a cirurgia, pelo que podem provocar perdas de sangue
muito graves.
HIPER Prefixo que designa maior ou mais elevado. São exemplos: hipertensão (tensão
arterial elevada), hiperglicemia (glicemia elevada) ou hipertermia (temperatura elevada).
HIPO Prefixo que designa menor ou mais baixo. São exemplos: hipotensão (tensão
arterial baixa), hipoglicemia (glicemia baixa) ou hipotermia (temperatura baixa).
OXIGENAÇÃO Processo que ocorre a nível dos pulmões e que consiste na captação
de oxigénio pelo sangue venoso com a sua transformação em sangue arterial.
88
PÂNCREAS Órgão localizado na cavidade abdominal (atrás do estômago e do fígado).
O pâncreas é uma glândula responsável pela produção de suco pancreático (contendo
várias enzimas digestivas) e de insulina.
PRESSÃO ARTERIAL Um dos sinais vitais. Corresponde à força exercida nas paredes
das artérias pelo sangue em circulação.
SANGUE Fluído de cor vermelha que circula nos vasos sanguíneos. O sangue é
constituído por uma fração líquida chamada plasma e por vários tipos de células
(eritrócitos, leucócitos e plaquetas). O sangue pode ser arterial (rico em oxigénio) ou
venoso (pobre em oxigénio). O sangue venoso transforma-se em sangue arterial nos
pulmões, ao captar o oxigénio dos alvéolos pulmonares. A este processo dá-se o nome
de oxigenação. A nível dos tecidos, o sangue arterial liberta o oxigénio e transforma-se
em sangue venoso.
SINAL Alteração objetiva, resultante de uma doença ou lesão, que pode ser avaliada
por um observador.
89
SINAIS VITAIS Frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial e
temperatura.
SINTOMA Sensação provocada por uma doença ou lesão, descrita pela vítima (queixa)
mas que não pode ser avaliada de forma direta por outra pessoa.
90
TRONCO Região anatómica formada pelo tórax, abdómen e bacia (pélvis).
VEIA Vaso sanguíneo que conduz o sangue dos tecidos para o coração.
VÉRTEBRAS Ossos que formam a coluna vertebral. Em número de 33, formam uma
estrutura de suporte do corpo. Têm ainda uma importante função de proteção da
medula, localizada no canal raquidiano (formado pelas vértebras).
91
BIBLIOGRAFIA
92
INEM. (Fev de 2020). O que é o INEM. Obtido de https://www.inem.pt/category/inem/o-
inem/
93