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Índice
Generalidades sobre Primeiros Socorros .............................................................................. 4
Os Dez Mandamentos do Socorrista ............................................................................. 4
Prevenção, Alerta, Sistema Integrado de Emergência Médica ..................................... 5
Equipas e Meios de Emergência.................................................................................... 7
Avaliação da Vítima ....................................................................................................... 9
Suporte Básico de Vida........................................................................................................ 15
2.1. Generalidades ............................................................................................................. 15
2.2. Avaliação da Vítima ..................................................................................................... 18
2.3. Posição Lateral de Segurança ...................................................................................... 19
2.4. Compressões Cardíacas e Torácicas ............................................................................ 21
2.5. Desobstrução das Vias Aéreas .................................................................................... 22
Primeiros Socorros em Situações Específicas ..................................................................... 23
3.1. Intoxicações................................................................................................................. 23
3.2. Queimaduras ............................................................................................................... 26
3.3. Dor Torácica ................................................................................................................ 29
3.4. Acidente Vascular Cerebral (AVC’s) ............................................................................ 30
Segurança e Saúde no Transporte ...................................................................................... 31
4.1. Regras de segurança na condução de veículos ........................................................... 31
4.2. Ergonomia ................................................................................................................... 32
4.2.1. Posição de condução ........................................................................................... 34
4.2.2. Exercícios recomendados .................................................................................... 36
4.3. Riscos para a saúde do Motorista ............................................................................... 44
4.3.1. Riscos de uma postura sentada prolongada ....................................................... 44
4.3.2. Riscos ligados a esforços de manipulação de cargas .......................................... 45
4.3.3. Riscos psicossociais ............................................................................................. 46
4.3.4. Riscos físicos ambientais ..................................................................................... 48
4.3.5. Riscos Biológicos.................................................................................................. 56
Elementos passivos e ativos de segurança dos veículos ..................................................... 58
5.1. Segurança Ativa ........................................................................................................... 58
5.1.1. Conceção do veículo............................................................................................ 58
5.1.2. Sistema ABS ......................................................................................................... 59
5.1.3. Controlo de tração (TC ou ARS) ........................................................................... 60
5.1.4. Sistema ESC (ESP) ................................................................................................ 60
5.2. Segurança passiva ....................................................................................................... 61
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
5.2.1. Cinto de segurança .............................................................................................. 61
5.2.2. Airbag .................................................................................................................. 62
5.2.3. Encosto de cabeça ............................................................................................... 63
Comportamento do Condutor ............................................................................................ 63
6.1. Fatores que influenciam o comportamento do condutor .......................................... 64
6.1.1. Álcool ................................................................................................................... 64
6.1.2. Cafeína................................................................................................................. 66
6.1.3. Tabaco ................................................................................................................. 66
6.1.4. Outras substâncias .............................................................................................. 66
6.2. Fatores Humanos na condução ................................................................................... 66
6.2.1. Fadiga .................................................................................................................. 67
6.2.2. O erro Humano.................................................................................................... 68
6.2.3. A atenção do Condutor ....................................................................................... 69
6.2.4. Sonolência ........................................................................................................... 70
Apresentação do Motorista ................................................................................................ 71
Apresentação do Veículo .................................................................................................... 72
Comportamentos do Motorista .......................................................................................... 74
9.1. Prevenção de assaltos dentro do veículo.................................................................... 75
Defesa pessoal................................................................................................................. 76
10.1. Princípios Gerais ...................................................................................................... 76
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
1. Mantenha a calma.
Isto parece ser contraditório à primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas
vítimas.
4. Verifique sempre se há riscos no local, para si e sua equipa, antes de agir no acidente.
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida
como, por exemplo, vítimas em paragem cárdio-respiratória ou que estejam a sangrar
muito.
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A. Prevenir
• Prevenção primária – Conjunto de acções a realizar antes que ocorra um acidente
(prevenção rodoviária, doméstica, no trabalho...)
• Prevenção secundária – Conjunto de acções a realizar após a ocorrência de um acidente
para que este não se agrave ou não ocorra outra na sequência do primeiro.
B. Alertar
Fazer um bom alerta para as entidades de socorro é meio caminho andado para que a vítima
possa ser socorrida a tempo e horas com todos os meios adequados à situação.
C. Socorrer
Prestar os primeiros socorros adequados à situação e se necessário providenciar o transporte
adequado.
O socorrista deve avaliar sempre as condições de segurança para si, a sua equipe e vítima nunca
devendo colocar a vida em risco.
Primeiro Socorro: Primeira ajuda que se dá a uma vítima com a finalidade de melhorar e/ou
manter o seu estado até à chegada de profissionais qualificados (se necessário).
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Como se processa?
1. Deteção
2. Alerta
3. Pré-socorro
4. Socorro
5. Transporte
6. Tratamento hospitalar
Intervenientes:
• Público em geral;
• Operadores das centrais de emergência;
• Bombeiros, elementos da Cruz Vermelha e firmas privadas de ambulância;
• Agentes da G.N.R. e P.S.P.;
• Médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde;
• Proteção civil, operadores de telecomunicações.
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D. CODU - MAR
Presta aconselhamento médico em situações de emergência a bordo de embarcações;
Se necessário, aciona a evacuação do doente, organizando o acolhimento em terra e a sua
evacuação até à unidade hospitalar.
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A. Ambulâncias
• São ambulâncias de socorro, destinadas á estabilização e transporte de doentes.
• A tripulação e o equipamento permitem a aplicação de suporte básico de vida.
• Estão sediadas no próprio instituto e em corporações de bombeiros, encontrando-se
inseridas no S.I.E.M., postos de reserva e sediadas em corpos de bombeiros e C.V.P.
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D. Helicópteros
• São utilizados no transporte de doentes graves entre unidades de saúde, ou entre o local
de ocorrência e a unidade de saúde.
• Estão equipados com material de suporte avançado de vida.
• A tripulação é composta por um médico, um enfermeiro e dois pilotos.
• Atualmente, o INEM dispõe de 2 helicópteros próprios.
• Um sediado em Lisboa (aeródromo de Tires) e outro no Hospital Pedro Hispano no
Porto;
• Sempre que necessário o INEM recorre a helicópteros da Força aérea portuguesa e do
serviço nacional de Bombeiros;
• Existe um helicóptero a funcionar em período noturno em Santa Comba Dão do serviço
nacional de bombeiros em que o INEM assegura a equipe médica.
Avaliação da Vítima
Existem situações em que a vida da vítima corre risco iminente, sendo prioritário não só o seu
atendimento, mas também a sua evacuação:
• Alterações cardiorrespiratórias
• Choque
• Hemorragias
• Envenenamentos
• Traumatismos graves
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Parâmetros vitais ou funções vitais
A. Estado de Consciência
B. Pulso
Corresponde ao número de batimentos cardíacos por minuto.
Mínimo Máximo
Adulto 60 80
Adolescente 80 100
Bebé + 120
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• Pulso Carotídeo ou central junto à carótida.
C. Ventilação
Adulto 12 15
Adolescente 15 20
Criança 20 25
Bebé +25
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Pressão arterial: Pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias.
E. Outros Parâmetros
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E.2. Cor da Pele
• Pálida
• Cianozada
• Ruborizada
E.4. Pupilas
• Dilatadas (midríase)
• Contraídas (miose)
• Simétricas
• Assimétricas
• Reativas ou não reativas à luz
S: Sinais e Sintomas
De que se queixa…
O que aconteceu…
A: Alergias
Alérgico a alguma coisa…
Procurar pulseira se estiver inconsciente…
M: Medicamento
Que medicação está a fazer…
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L: Líquidos e Sólidos Ingeridos
Quando foi a última vez que comeu ou bebeu alguma coisa…
Há quanto tempo…
• Pescoço
• Tórax
o Ver, ouvir e sentir os movimentos torácicos;
o Percorrer a grelha costal com muito cuidado e verificar se existe dor;
o Poderá avaliar o número de ciclos ventilatórios por minuto.
• Abdómen
o Palpar a zona abdominal com muito cuidado a fim de verificar se existe dor ou
inchaço, rigidez, deformidade ou reação à palpação.
• Zona pélvica
o Fazer palpação e verificar se existe suspeita de fratura.
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o Verifique os membros e veja se existe alguma diferença entre eles (tamanho, cor,
inchaço...).
• Coluna Vertebral
o Palpação muito ligeira:
Movimento dos dedos (mãos e pés).
Pedir para apertar a mão do socorrista com força.
o Empurrar com os pés.
o Existe formigueiro nos membros?
o Existe sensibilidade ao toque?
2.1. Generalidades
O Suporte Básico de Vida significa manter a permeabilidade das vias aéreas, ventilação e a
circulação sem recurso a outro equipamento para além de proteção.
Qualquer atraso no início de SBV reduz drasticamente as hipóteses de recuperação.
O socorrista não se deve expor a si nem a terceiros a riscos maiores do que os da vítima; Avaliar
potenciais riscos: físicos, tóxicos e infeciosos.
Utilizar medidas universais de proteção: luvas, bata, máscara e óculos. Utilizar máscara
unidirecional.
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Composição do Ar Atmosférico
Oxigénio (O2) 21%
Dióxido de Carbono (CO2) 0,04%
Azoto (N) 78%
Gases Raros e Vapor de Água Quantidade ínfima
O que acontece cada vez que inspiramos?
O ar entra nos pulmões, passando o O2 para o sangue, que por sua vez o vai distribuir a todas
as células corpo, e retirando o CO2 aí produzido.
O CO2 é transportado para os pulmões a fim de ser eliminado pela expiração.
A. Pulmões
Constituídos pelos brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
Revestidos externamente por uma membrana dupla – Pleura.
A pleura tem 2 folhetos: visceral (junto ao pulmão), parietal (junto à caixa torácica).
Dependem dos músculos respiratórios sendo o mais importante o diafragma.
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A.1. Fatores que podem indicar que algo não está bem com a ventilação
• Palidez ou cianose
• Adejo nasal
• Retrações musculares (intercostais e acima da clavícula)
• Pele seca ou húmida
• Para além dos fatores mais importantes explicados nas funções vitais.
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Levante o queixo da vítima incline-lhe a cabeça para trás (extensão da cabeça e elevação do
queixo), Caso não exista suspeita de lesão de coluna).
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VER se o tórax e abdómen se expandem com os movimentos ventilatórios
OUVIR se existem ruídos de entrada e saída de ar pela boca e nariz
SENTIR o ar expirado pela boca e nariz da vítima
PULSO – Pulso Central/Carotídeo – Sinais de Circulação
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Colocar a outra mão na coxa mais afastada, no joelho, levantar o pé do chão e dobrar a perna
da vítima;
Com uma mão apoiar a cabeça e outra na perna rodar o corpo da vítima suavemente na sua
direção;
Ajustar perna de modo a que faça um ângulo reto a nível da coxa e do joelho;
Se necessário ajustar mão sob a face da vítima para que a cabeça fique em extensão com a via
aérea permeável
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
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Sincronizar as compressões com as ventilações
Obstrução Parcial
Vítima consciente, que ventila com alguma dificuldade e tem tosse forte.
1º Socorro:
• Não interferir com a tentativa natural e espontânea da vítima tentar expelir o corpo
estranho, mas incentivar a tossir.
• Aconselhar a vítima a inclinar-se para baixo, pois esta posição ajuda o corpo estranho a
sair para o exterior, pela própria ação da gravidade.
Obstrução Total
• A vítima não consegue tossir, falar ou chorar.
• Leva as mãos ao pescoço (sinal universal de aflição).
• Em alguns casos as extremidades e mucosas podem ficar cianozadas.
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3.1. Intoxicações
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Há ainda a considerar as Vias Rectal e Vaginal, embora sejam raras as intoxicações ocorridas por
estas vias.
O tóxico, quando ingerido, inalado, injetado ou em contacto ocular ou cutâneo, atua de várias
formas no organismo:
• Contacto Direto: lesando a pele, a conjuntiva dos olhos ou as mucosas da boca, do
estômago e do intestino traduzindo-se em queimaduras, necroses e perfurações.
• Absorvido: entra em circulação e vai atuar num ou mais órgãos, podendo provocar
inconsciência, paralisia, lesão do fígado, do rim, convulsões.
• Fase de Eliminação: pode provocar lesões (lesões renais).
Perante uma suspeita de intoxicação é importante a recolha de informação a qual se deve basear
na nomenclatura CHAMU e deve esclarecer o seguinte:
O quê?
Quanto?
Quando?
Onde?
Quem?
Como?
Por outras palavras deve permitir a caracterização do tóxico, do intoxicado e das condições de
intoxicação.
a) Caracterização do Tóxico
• Nome dos produtos
• Utilidade, cor, cheiro, forma
• Local de intoxicação (casa/campo, fábrica, etc.)
b) Características do Intoxicado
• Idade
• Sexo
• Gravidez
• Doenças prévias (renais, cardíacas, diabetes, hipertensão, epilepsia, etc.)
• Hábitos (toxicodependência, alcoólico)
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c) Condições de Intoxicação
• Quantidade
• Hora da intoxicação
• Com/sem ingestão de álcool
• Com/sem ingestão de alimentos
• Com/sem ingestão de medicação
• Tratamentos já efetuados por iniciativa própria, familiar ou médica
a) Exame do Intoxicado
Estado de
consciência
Pulso
Avaliação de sinais
Ventilação
vitais
Pressão Arterial
Temperatura
Lesões na pele e
mucosas
Lesões oculares
Hálito
Lesões/Sintomas
Vómito
Convulsões
Outros
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Uma vez na posse de todos os elementos anteriormente referidos, será convenientemente
estabelecer contacto com o CIAV, diretamente através do CODU (Centro de Orientação de
Doentes Urgentes) antes de providenciar o transporte ou executar eventuais medidas de
urgência que poderão ser intempestivas.
Em caso de ter sido promovido para o hospital, não deve abandonar o mesmo antes do médico
ou enfermeiro dizerem não serem necessárias mais informações, pois o diálogo e a cooperação
de todos os sectores são imprescindíveis.
Uma boa observação do doente e a aplicação precoce das medidas que evitem a absorção do
tóxico, podem impedir que o quadro clínico da intoxicação assuma proporções de maior
gravidade.
Não se deve esquecer que um intoxicado é um doente como qualquer outro, que merece
atenção e respeito, e mesmo quando se trata de um toxicodependente ou suicida, nunca se
deve comportar como um juiz, nem manifestar reprovação ou desprezo.
Assim e pelo que foi dito, podemos verificar que o CIAV, tem um papel fundamental neste tipo
de situações, pelo que é importante, sempre que possível, estabelecer contacto com este
subsistema.
3.2. Queimaduras
Profundidade:
1º grau
Sintomatologia
• A pele apresenta-se vermelha, quente e muito sensível (eritema).
• A vítima sente dor, calor e ardor.
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1º Socorro
• Arrefecer com água corrente até que a dor passe e aplicar um creme hidratante.
2º grau
Sintomatologia
• Igual ao primeiro grau associado ao aparecimento de flitenas (bolhas contendo soro)
1º Socorro
• Arrefecimento prolongado e hidratação à volta da flitena.
• A flitena nuca deverá ser rebentada.
• Dependendo da localização e extensão poderá necessitar de tratamento hospitalar.
• Não esquecer que se a flitena rebentar é uma ferida e deverá ser tratada como tal.
3º grau
Sintomatologia
• São queimaduras muito profundas que requerem tratamento hospitalar
(independentemente da localização e extensão);
• Na queimadura de 3º grau a vítima não sente dor
• À queimadura de 3º grau encontram-se normalmente associadas queimaduras de 1º e
2º grau
1º Socorro
• Cobrir com pano limpo e seco e transportar ao hospital
Extensão e localização
Quanto mais extensa for, mais grave é a queimadura.
Regra dos 9:
• Cabeça 9%
• Tronco frente 18%
• Tronco costas 18%
• Membros superiores 9% (cada)
• Membros inferiores 18% (cada)
• Região genital 1%
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Queimadura Química
1º Socorro
• Remover a substância com água corrente;
• Se for uma substância seca remover o excesso com uma escova antes de lavar;
• Remover as roupas em contacto com a substância;
• Fazer cobertura e transportar ao hospital.
• Nas queimaduras devemos ter especial atenção às zonas de prega porque estas podem
colar.
• Para isso devemos colocar compressas a proteger as mesmas (v.g. compressas entre os
dedos).
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Resulta da diminuição ou interrupção súbita de sangue oxigenado ao miocárdio, este vai entrar
em isquémia.
Sinais e Sintomas
• Sensação de desconforto torácico
• Dor precordial de carácter opressivo com irradiação para pescoço e membro superior
esquerdo
• Angústia, ansiedade, agitação
• Náuseas, vómitos
• Sudorese
• Meteorismo abdominal
• Ventilação difícil e irregular
• Hipotensão
• Possível inconsciência
Actuação
• promover ambiente tranquilo
• evitar movimentos da vítima
• promover reforço de confiança
• se consciente colocar o tronco um pouco levantado
• se inconsciente colocar tubo de guedell
• manter temperatura corporal
• vigiar funções vitais
• transportar ao hospital sem recursos a sirene
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Sinais e sintomas
• perda brusca de conhecimento
• compromisso motor em descoordenação, no descontrolo na realização de movimentos
• cefaleias fortes
• agitação e ansiedade
• disartria (dificuldade na articulação das palavras)
• anisocoria (pupilas com diâmetros diferentes)
• repuxamento da comissura labial para a hemiface não atingida
• incontinência de esfíncteres vesical e anal
• hemiparesia (fraqueza ou diminuição muscular de uma metade do corpo)
• palidez
• sudorese
Actuação
• promover ambiente tranquilo
• incutir confiança
• falando e avaliando a capacidade de comunicação
• manter via aérea permeável
• desapertar roupas a nível de pescoço, tórax e abdómen
• colocar vítima numa posição confortável
• manter temperatura corporal
• vigiar funções vitais e T.A.
• transportar ao hospital
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• Não conduza debilitado. Se não se encontrar nas melhores condições para conduzir,
não o faça.
• Conduza com precisão. Ao conduzir com precisão vai fazê-lo como recomendam os
manuais escolares e as suas falhas serão nulas.
• Mantenha uma visão ampla sobre a estrada. Ao ter um campo de visão alargado ficará
em alerta constante para os perigos que possam surgir.
• Conduza de uma forma previsível. Ao ser previsível vai contribuir para a eficiência da
condução.
• Sinalize sempre as suas intenções. Sempre que mude de direção ou execute alguma
manobra, sinalize-a. Evite as distrações esteja concentrado na condução.
• Mantenha a pressão dos pneus do seu veículo. O bom estado do seu veículo garante
uma melhor condução.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Tenha um bom período de descanso. O descanso é um dos maiores segredos para a
boa condução.
• Faça mudanças de direção seguras. Quando mudar de direção olhe uma, duas ou três
vezes para se certificar que pode avançar.
• Não circule com objetos soltos ou desprendidos. Num acidente tudo o que não está
preso, pode virar-se como uma arma contra os seus ocupantes.
4.2. Ergonomia
Trabalhar ao volante pode ser muito desgastante e cansativo, sendo necessário adotar a postura
correta no veículo. É possível fazer alguns exercícios simples e muitos uteis de aplicar no dia-a-
dia, que servirão para prevenir a parte motora do motorista, nos músculos e nas articulações.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
No seu posto de trabalho, o motorista interage com várias máquinas. Quanto mais adequado às
características e ao modo de funcionamento for o envolvimento, mais seguro será, resultando
em decisões mais fáceis, apropriadas e tomadas em tempo útil.
A interface de qualquer sistema de informação deve ser concebida de forma a assegurar que
a informação seja:
• Inteligível (os pictogramas devem ser claros e simples, não estando sujeitos a
interpretações dúbias);
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Isto implica que a conceção das inovações tecnológicas seja centrada no ser humano (human-
centred design), ou seja, no utilizador. Nesta perspetiva, o processo de conceção deve ser
orientado por critérios ergonómicos, permitindo a necessária adequação da máquina ao
homem. Alguns destes equipamentos não vêm instalados de origem, sendo a sua instalação
realizada ao nível do concessionário ou do operador de transportes. Nestes casos, devem ser
seguidos critérios ergonómicos de proximidade, alcance, visibilidade, entre outros, de forma a
minimizar a interferência da interação do condutor com esses equipamentos na tarefa de
condução.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
É fácil o nosso corpo habituar-se a posturas erradas que se tornam confortáveis, e assim pode
acontecer com qualquer condutor dentro da viatura. Ao corrigir a sua postura, provavelmente
sentirá desconforto, o que é normal no início.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
O segredo passa por mudar pouco a pouco, isto é:
Para que consiga melhorar a sua postura e habituar o seu copo à postura correta, alterne entre
o modo “posição correta” e a “posição de descanso”, dando sempre prioridade à primeira.
• Coloque a ponta dos pés para cima e para baixo até o máximo que conseguir, 10 vezes
cada.
• Faça círculos com os pés no sentido dos ponteiros do relógio e igualmente no sentido
contrário, 10 vezes cada.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Com a perna dobrada à frente e a outra esticada atrás, empurre o quadril à frente sem
tirar o calcanhar de trás do chão, alinhando assim o tronco com a perna de trás. Procure
manter as pontas dos pés viradas para frente.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Apoie a ponta do pé numa superfície acima do nível do solo (ex. degrau) e leve o
calcanhar para baixo deixando o joelho esticado. Deverá sentir que a parte de trás da
perna esticou.
• Apoie a perna sobre uma superfície acima do nível do solo e mantenha o joelho esticado.
Em seguida, incline o tronco em direção ao joelho da perna elevada (manter a coluna
ereta).
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Em pé, segure as mãos em algo firme, mantenha os joelhos dobrados e faça uma ligeira
curvatura das costas largando o peso do corpo para trás e mantendo a cabeça entre os
braços. Quanto mais as costas ficarem curvadas e o abdômen contraído, mais irá sentir
o exercício.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Esticar os braços um pouco abaixo da linha dos ombros e mover as mãos para baixo e
para cima.
Repita 10 vezes.
• Esticar os braços um pouco abaixo da linha dos ombros e girar as mãos para dentro e
para fora.
Repita 10 vezes.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Repita 10 vezes.
• Colocar uma das mãos atrás do ombro e puxar o cotovelo para trás com a outra mão.
Mantenha o olhar para frente deixando o queixo longe do peito e a cabeça alinhada.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Com um dos braços esticado, segure atrás do cotovelo e puxe o braço esticado em
direção ao tronco e para cima, não deixando os ombros subirem em direção às orelhas.
• Entrelace os dedos atrás da nuca, olhe para cima e abra os cotovelos o máximo possível.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
• Entrelace os dedos atrás da nuca, puxar a cabeça para baixo relaxando os cotovelos e
permaneça com a coluna ereta.
4.2.2.8. Pescoço
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
O motorista está exposto a riscos ambientais e organizacionais que agravam a carga de trabalho
e podem ter efeitos nocivos sobre a sua saúde. É importante conhecer esses riscos e identificá-
los para geri-los da melhor maneira e quando necessário, alertar as organizações para eventuais
necessidades corretivas.
Uma postura fixa durante a totalidade ou a maior parte do tempo de trabalho expõe o motorista
a um risco de perturbações músculo-esqueléticas que podem afetar a coluna vertebral e toda a
cintura escapular, podendo ainda causar doenças cardiovasculares e perturbações digestivas.
Estas últimas, são ainda acentuadas pela prática comum de horários de refeição muito
irregulares.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Recomendações preventivas:
• Adotar uma postura adequada na manipulação de cargas;
o Manter o tronco na vertical e aproximar a carga do corpo;
Estes esforços são mais frequentes no transporte de mercadorias. Para além dos riscos inerentes
a este tipo de esforços, que envolvem movimentos repetidos de flexão e extensão do tronco e
podem, por isso, gerar problemas ao nível da coluna vertebral, a passagem brusca de uma
posição sentada e prolongada aos esforços de manipulação de cargas acentua os riscos, quer de
lesão súbita, quer os efeitos cumulativos dos esforços repetidos.
• As operações de movimentação manual de cargas são uma das principais causas de acidentes.
Nestas operações os trabalhadores que as executam encontram-se sujeitos a riscos de
lombalgias e outras patologias na coluna vertebral, risco de queda e de esmagamento.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
4.3.3.1. Stress
O stress causado por dores, são o ponto de partida para diversos problemas e podem tirar a
atenção e alterar a performance do motorista.
Esse ambiente de tensão e irritação causado pelas dores pode levar uma pessoa a sofrer falhas
de memoria, problemas na perceção do tempo e espaço e dores de cabeça entre outras.
A Segurança do motorista começa na sua própria forma de proceder no seu local de trabalho,
nomeadamente criando hábitos que lhe beneficiem a mesma, tais como:
• Atenção redobrada:
O motorista deve prestar muita atenção a quem entra no seu carro, visto que é a ocasião em
que fica mais vulnerável, uma forma de aumentar a segurança é obter o máximo de informações
sobre o passageiro, e sempre que possível, perguntar o seu destino (rua, bairro e pontos de
referência)
Em caso de dúvida no comportamento do passageiro, não faça o transporte.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
2) A avaliação cognitiva que o indivíduo faz da sua situação de trabalho dá-lhe a perceção
de que os seus recursos (físicos, cognitivos e psicológicos) são insuficientes para
enfrentar o desafio; o organismo está desequilibrado, diminuindo a sua reatividade e a
eficácia das suas defesas imunitárias. São, assim, criadas condições favoráveis ao
aparecimento de doenças orgânicas de carácter psicossomático (hipertensão arterial,
perturbações gastrointestinais, perturbações do sono, infeções, etc.), à ocorrência de
acidentes e até de perturbações neuro psíquicas (depressão, neurose, anorexia, etc.).
As respostas ao stress tendem a ser bruscas, deixando de se fazer sentir na ausência do agente
stressante. Contudo, caso esta resposta seja ativada durante muito tempo, ou se o tempo
decorrido entre situações potencialmente stressantes for muito reduzido, o organismo não
recupera o seu equilíbrio, podendo induzir fadiga ou mesmo outras consequências fisiológicas.
Assim, não podemos considerar o stress como uma doença, mas como uma condição
psicofisiológica que pode conduzir a uma degradação do estado de saúde. A exposição
sistemática a situações geradoras de stress tem efeitos negativos sobre a saúde e sobre o
desempenho individual. Ao nível da saúde, os mecanismos fisiológicos do stress podem originar
sintomas de natureza física, emocional, intelectual ou comportamental.
A exposição prolongada a fatores de stress pode causar danos irreversíveis para a saúde.
Em relação ao desempenho, as pressões temporais, alguns estilos de gestão geradores de
instabilidade, assim como outros fatores de natureza organizacional, são suscetíveis de
determinar diminuições do desempenho, que, em sistemas de risco, podem ser geradores de
acidentes. As pressões de tempo são geradoras de stress. No que toca ao transporte de
passageiros, particularmente em meio urbano ou suburbano, o volume de tráfego e o
movimento de passageiros dificultam o cumprimento de horários e aumentam a complexidade
da tarefa, sendo, por isso, fatores de stress. As condições organizacionais de trabalho devem
respeitar o modo de funcionamento do organismo humano e, portanto, devem ter em conta as
limitações das capacidades funcionais e assegurar as necessidades de repouso necessárias a
uma plena recuperação funcional.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Os riscos de natureza física estão associados a perigos que envolvem a transmissão de diferentes
formas de energia ao Homem e incluem:
• Ruído
• Vibrações
• Ambiente Térmico
• Radiações diversas
• Luz visível
4.3.4.1. Ruído
Em termos gerais, o ruído é um fenómeno acústico (som) que produz uma sensação auditiva
desagradável e/ou incómoda. É desconfortável e, normalmente, prejudicial para o organismo
humano, desencadeando processos de perda auditiva e até mesmo alterações fisiológicas extra-
auditivas.
São várias as fontes de ruído aquando da condução de veículos de transporte de passageiros,
entre elas:
• Motor
• Escape
• Sistema de travagem
• Caixa de velocidades
• Portas
• Sistema de ar condicionado
• Passageiros
• Sistema de comunicação
• Vento
• Tráfego rodoviário
No interior dos veículos, o ruído pode “mascarar” sons importantes de alarme e de emergência.
A audição pode ser comprometida pelo ruído e influenciar algumas tarefas de condução como
a deteção de sons:
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
enquanto que a ultrapassagem dos valores de ação implica a tomada de medidas preventivas
adequadas à redução do risco para a segurança e saúde dos trabalhadores.
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• Evitar conduzir com a janela aberta;
• Manutenção do volume do rádio baixo;
• Evitar a condução prolongada;
• Fazer pausas regulares;
• Respeitar os dias de folga;
• Evitar estar exposto a níveis de ruído elevados nas atividades de lazer e em casa;
• Caso se detetem problemas de saúde, consultar profissionais competentes (médico do
trabalho).
4.3.4.2. Vibrações
Uma vibração define-se como um movimento oscilatório de um corpo em torno do seu ponto
de equilíbrio. Em particular, as vibrações humanas transmitem-se ao corpo humano por
contacto e podem provocar desconforto.
As vibrações transmitidas ao corpo inteiro ocorrem quando a superfície de suporte corporal está
em vibração, enquanto que as vibrações transmitidas pelos sistema mão-braço se fazem sentir
quando se manuseiam materiais em vibração, ou quando se manuseiam ferramentas e
máquinas.
Existem três grandes fontes de vibração num veículo: o tipo/estado da estrada, as propriedades
do veículo e os comportamentos adotados pelo próprio condutor, incluindo a velocidade a que
conduz.
As vibrações de corpo inteiro não causam danos ao nível dos órgãos perceptores, mas provocam
desconforto e mau estar nos indivíduos durante a sua rotina.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Por seu turno, as vibrações transmitidas ao sistema mão-braço podem produzir afeções de
natureza circulatória, osteoarticular, neurológica, muscular e outras (sistema nervoso central),
consoante a gama de frequências que as caracteriza.
À semelhança do que sucede com o ruído, os valores limite de exposição diária a vibrações não
devem ser ultrapassados. Por seu turno, se os valores diários de acção forem ultrapassados,
dever-se-á tomar medidas preventivas adequadas à redução do risco para a segurança e saúde
dos trabalhadores.
• Devem ser tomadas medidas imediatas que reduzam a exposição, de modo a não
exceder o valor limite de exposição;
• Deve identificar-se as causas da ultrapassagem do valor limite;
• Deve corrigir-se as medidas de proteção e prevenção, de modo a evitar a ocorrência de
situações idênticas.
• Não regular o encosto na vertical, mas manter uma ligeira inclinação posterior (90º a
110º para trás);
• Regular o apoio lombar, de modo a manter as costas apoiadas;
• Ajustar a suspensão do banco ao seu peso e estatura;
• Não conduzir demasiado perto do volante;
• Se possível, regular o assento com uma ligeira inclinação, baixando o bordo anterior do
banco (parte da frente do assento);
• Alternar posturas;
• Nas pausas, levantar-se e caminhar um pouco.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
4.3.4.3. Ambiente Térmico
Todo o clima que coloque em causa a manutenção da temperatura interna do corpo humano é
fonte de incómodo térmico. Mas, para além das condições climatéricas próprias de cada região,
existem outras fontes de incomodidade térmica, tais como as características do veículo que se
conduz, as máquinas e o equipamento usado no mesmo e as próprias características dos
produtos transportados.
Para fazer face a eventuais desvios das condições térmicas consideradas ótimas para o
funcionamento do organismo, o Homem dispõe de quatro mecanismos distintos para trocar
calor com o ambiente:
• Condução;
• Convecção;
• Radiação;
• Evaporação.
A condução consiste na transmissão de calor entre dois (ou mais) corpos sólidos, em contacto
físico, que se encontram a temperaturas diferentes. O fluxo correspondente será tanto maior,
quanto maior for a diferença de temperaturas entre os corpos e quanto maior for a superfície
de contacto entre eles.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Na convecção, a transferência de calor faz-se entre a pele e o fluído que a envolve (neste caso,
o ar) e vice-versa. Quando em contacto com um corpo quente, a temperatura do ar aumenta e,
consequentemente, a sua densidade diminui. O ar quente, mais leve, tende a subir em altura,
transportando assim o calor transferido do corpo quente, enquanto que o espaço que ocupava
é preenchido por ar fresco.
A evaporação do suor, constituído quase na totalidade por água, possibilita a perda de calor
pelo organismo, uma vez que a passagem do estado líquido ao estado gasoso envolve consumo
de energia. A evaporação e a convecção são dois processos de transmissão de calor que também
ocorrem ao nível dos pulmões, aquando da respiração
Estas trocas de calor são controladas por quatro fatores, vulgarmente, designados por climáticos
- a temperatura, a humidade e a velocidade do ar, a par com a temperatura média radiante (que
é tanto maior quanto mais intensas forem as fontes de calor radiante presentes) - e dois fatores,
ditos não climáticos – o vestuário e o metabolismo (diretamente proporcional à intensidade da
atividade realizada).
O conceito de transferência de calor, entre o corpo humano e o ambiente, pode ser entendido
como um “acerto de contas”, cujo saldo final deve ser, aproximadamente, nulo.
Diz-se então que o balanço térmico entre o indivíduo e o meio que o envolve está em equilíbrio.
Enquanto o organismo humano conseguir este equilíbrio de forma natural e não gravosa, não
se registam efeitos adversos.
No entanto, quando aqueles seis fatores se intensificam podem manifestar-se efeitos mais
preocupantes.
Como principais efeitos do calor podem referir-se:
• O incómodo;
• A redução do rendimento em algumas tarefas;
• A diminuição da capacidade de trabalho;
• O aumento da frequência cardíaca;
• A sobrecarga para o aparelho circulatório;
• As perdas de água;
• As perdas de sais.
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Se estes se intensificarem, podem evoluir para situações mais graves como a hiperpirexia, o
golpe de calor ou o esgotamento, sendo que os primeiros dois resultam de falha do sistema
termorregulador, enquanto que o último se deve a uma termorregulação excessiva.
O controlo do ambiente térmico do posto de condução deste tipo de veículos pode incluir:
4.3.4.4. Radiações
As principais radiações a que os condutores estão expostos derivam do Sol e, para além da
radiação visível, englobam a gama dos infravermelhos (IV) e dos ultravioletas (UV), cuja presença
não é tão facilmente detetada pelo Homem, fundamentalmente, por não serem visíveis.
A exposição à radiação solar é condicionada por fatores como a latitude, a altitude, a época do
ano, o período do dia, as condições meteorológicas e o nível de poluição. Tanto as radiações UV
com as IV podem ser subdivididas em 3 grupos cada, de acordo com os efeitos biológicos que
desencadeiam e com a proximidade do respetivo conteúdo energético, relativamente ao da
radiação visível. A ação destas duas categorias de radiações faz-se por via térmica, sobretudo ao
nível da pele e dos olhos, embora os raios UV também atuem por via fotoquímica.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Os raios UV-C são os mais energéticos, sendo também conhecidos como radiação germicida,
pelo seu poder esterilizador. A atmosfera terrestre absorve a radiação UV-C aquando da entrada
na Terra. Por seu turno, parte dos raios UV-B, responsáveis pela queimadura solar, são retidos
pela camada de ozono, que é permeável aos raios UV-A. Nos raios IV também se podem
encontrar os IV-A, IV-B e IV-C.
Apesar dos benefícios terapêuticos que advêm da exposição solar, quando devidamente
controlada, este tipo de radiação apresenta um conjunto de riscos associados. A extensão e
gravidade dos efeitos térmicos dependem do aumento de temperatura induzido e da zona
atingida.
4.3.4.5. Iluminação
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
A luz tanto pode ser utilizada para fornecer informação diretamente ao condutor (exemplo:
semáforos e luz dos travões e marcha atrás), como para auxiliar a tarefa de extração de
informação visual do ambiente.
A filosofia de “ver e ser visto” está na base da prevenção rodoviária. Mas para se ver e se ser
visto é imprescindível a existência de luz, uma vez que o olho humano só vê os objetos que
refletem, pelo menos, uma parte da luz que neles incide.
O encandeamento tanto pode ocorrer de forma direta, por existirem fontes de luz intensas
expostas no campo de visão do condutor, como indiretamente, através da reflexão da luz por
superfícies presentes no campo de visão.
Paralelamente, ainda há que considerar as necessidades de iluminação no interior do próprio
veículo, dado que o condutor terá necessidade de visualizar a informação proveniente do painel
de comandos, assim como todo o habitáculo.
A iluminação do veículo está diretamente relacionada com a visibilidade proporcionada pela luz,
a qual depende da intensidade luminosa, da área e da cor da luz.
O equilíbrio entre a necessidade de iluminar o espaço à frente do veículo e prevenir o
encandeamento do condutor que se aproxima exige um compromisso, que pode ser alcançado
através da limitação da distância à qual se conseguem visualizar objetos. Têm sido adotadas
várias técnicas com este objetivo, nomeadamente a polarização da luz, a utilização de luz
ultravioleta e/ou luz infravermelha, a instalação de sensores de infravermelhos e até sistemas
automáticos que se autorregulam.
Os fatores de risco biológico raramente são visíveis, razão pela qual, muitas vezes, não lhes é
dada a devida importância. No transporte de passageiros poderá haver risco por contacto com
indivíduos, eventualmente, portadores de algum agente biológico.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Estes agentes são seres vivos de dimensões microscópicas e incluem todas as substâncias
derivadas dos mesmos. A grande diferença entre os agentes biológicos e as demais substâncias
perigosas é a respetiva capacidade de reprodução. Em condições favoráveis, uma pequena
quantidade de um microrganismo pode desenvolver-se consideravelmente num curto período
de tempo.
Embora os agentes biológicos estejam omnipresentes em todo o meio que nos rodeia e
coabitem com todos os seres vivos, apenas uma pequena porção destes microrganismos
provoca doença nas pessoas. São os microrganismos patogénicos que, englobando as bactérias,
vírus, parasitas e fungos, conseguem vencer as defesas do organismo humano e infecta os
tecidos da pessoa saudável.
Os agentes biológicos classificam-se em quatro grupos, de acordo com o seu nível de risco
infecioso:
Grupo 1 Agentes com baixa probabilidade de causar doenças no Homem.
Agentes que podem causar doenças no Homem e constituir um perigo
para os trabalhadores, sendo escassa a probabilidade da sua
Grupo 2
propagação na coletividade e existem, regra geral, meios de profilaxia
ou tratamentos eficazes.
Agentes que podem causar doenças graves no Homem e constituir um
grave risco para os trabalhadores, sendo suscetível a sua propagação
Grupo 3
na coletividade e existem, em geral, meios de profilaxia ou
tratamentos eficazes.
Agente que causam doenças graves no Homem e constituem risco
grave para os trabalhadores, podendo apresentar risco elevado de
Grupo 4
propagação na coletividade e, regra geral, não existem meios de
profilaxia ou tratamentos eficazes.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
A segurança do veículo começa na sua conceção. Deste modo o motorista deverá ter à sua
disposição um veículo capaz de satisfazer as necessidades de circulação em segurança e não
potenciar riscos acrescidos, de modo a tornar possível uma condução eficaz, segura e
confortável.
A antiguidade do veículo pode ter uma relação grave com a frequência de acidentes e as lesões
produzidas no condutor. O envelhecimento da viatura afeta a segurança rodoviária o risco de
acidente pode ser até o dobro num carro com mais de 15 anos comparativamente a um mais
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
recente. Um veículo recente pode reduzir a distância de travagem até 6 metros a 70/h
comparativamente a um antigo.
Estima-se que cerca de 60% dos acidentes com vítimas em carros antigos são normalmente
consequência de uma distração ao volante em viagens de lazer. As colisões em andamento e as
saídas da via são os mais habituais, como resultado de erro humano, mas também mostram ser
mais frequentes à medida que a idade do veículo aumenta. Os veículos mais recentes têm um
maior número de tecnologias que auxiliam à condução, mas que também preservam a
segurança do condutor. A proteção das zonas mais suscetíveis de lesão como o pescoço e a
cabeça são privilegiadas.
O sistema ABS baseia-se num conjunto de sensores de movimento junto às rodas, que
transmitem a uma central eletrónica a informação da velocidade de cada roda.
O princípio físico de base a partir do qual o ABS foi desenvolvido é o de que o atrito estático
(aquele que existe quando há aderência da roda ao piso) é sempre maior do que o atrito cinético
(aquele que existe quando há derrapagem). Foi introduzido nos anos 50 inicialmente na aviação,
para aumentar a eficácia da travagem e evitar o bloqueio das rodas. O sistema atual para
automóveis foi introduzido pela primeira vez em finais dos anos 70.
Quando as rodas bloqueiam, numa travagem, o condutor deixa de conseguir alterar a trajetória
do veículo, mesmo que rode o volante, e a distância de travagem aumenta consideravelmente.
Numa situação destas, as rodas imobilizam-se, mas o veículo continua em movimento, por
inércia, no sentido da deslocação no momento imediatamente anterior ao bloqueio.
Se o bloqueio se der a meio duma curva, o veículo subvira e mantém a direção do seu
movimento inicial imediatamente antes do bloqueio – neste caso para o exterior da curva –
despistando-se ou embatendo noutro(s) veículo(s).
Se, quando o ABS entra em funcionamento com o veículo em movimento, uma roda se imobiliza,
o sistema alivia a força de travagem que está a ser exercida sobre o travão dessa roda, abrindo
uma válvula que permite o refluxo do fluido que aciona as bombas de travão mais as pastilhas
(no caso dos travões de disco) ou os calços de travão (no caso dos travões de tambor).
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
O ABS pode libertar a força de travagem em cada roda até várias vezes por segundo. Nos
sistemas de última geração, isso acontece até mais de 10 vezes por segundo, mantendo as rodas
a girar durante toda a travagem enquanto vai reduzindo a velocidade do veículo.
O sistema de controlo de tração, ou “Traction Control” (TC ou ARS), tem como base a gestão da
quantidade de torque (binário) transmitido às rodas. O princípio de funcionamento é idêntico
ao do sistema de travagem anti bloqueio ABS, mas operando de forma inversa, ou seja, aplicado
à aceleração/tração.
O sistema deteta a(s) roda(s) que derrapam em virtude do binário/torque, transmitido pelo
motor, limitando estrategicamente a sua aplicação consoante a intensidade da derrapagem.
Em 2000, um estudo alemão demonstrava que entre 20 a 25% dos acidentes rodoviários graves
eram devidos a falhas no controlo da estabilidade. No ano seguinte, um engenheiro alemão da
Ford efetuou um estudo que indicava que este sistema poderia reduzir até 35% das fatalidades
rodoviárias. Assim, o EuroNCAP introduziu, em Janeiro de 2009, a obrigatoriedade deste sistema
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
nos veículos ligeiros para obtenção das 5 estrelas nos testes de colisão, mas sob a denominação
do ESC (Controlo Eletrónico de Estabilidade).
O cinto de segurança é um sistema de retenção para o corpo dos ocupantes dum veículo.
Ele retém o corpo em situação de aceleração, impedindo que o corpo saia da sua posição sobre
o assento. O cinto de segurança faz com que o corpo acelere e/ou desacelere juntamente com
a massa do veículo, em qualquer situação: travagem, colisão ou durante uma curva atuando
como força centrípeta no corpo dos ocupantes.
O cinto de segurança é o principal sistema de segurança passiva dum veículo, e aquele que mais
garante a integridade física do organismo humano em caso de colisão. A sua utilização é
obrigatória, tanto à frente como atrás e para todos os passageiros.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
5.2.2. Airbag
Este dispositivo atua apenas e só após a colisão, sendo que o princípio de funcionamento é o de
uma almofada de ar cujo enchimento, realizado por ação pirotécnica, é efetuado a grande
velocidade (aproximadamente 90m/s). Vale realçar que o airbag não substitui o uso do cinto de
segurança, mas complementa-o, protegendo a parte superior do tronco do condutor e
passageiros.
Os Airbags inicialmente eram apenas colocados no volante do condutor, sendo que atualmente
são aplicados nas mais diversas partes do habitáculo. Hoje existem veículos de série equipados,
para além dos normais airbags frontais, com airbags laterais, de cortina e até de joelho.
Atualmente já existem carros com airbags acoplados aos bancos da frente para que, juntamente
com os cintos de segurança traseiros, possam proteger da forma mais eficaz possível os
ocupantes dos bancos traseiros. Geralmente os airbags estão programados para dispararem a
velocidades superiores (médias) a 23km/s, sendo que abaixo desse valor não se justifica a sua
entrada em ação.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Comportamento do Condutor
A multiplicidade de utilizadores das vias rodoviárias, condutores e peões, com características,
competências e comportamentos diferenciados, determinam que o condutor profissional seja
obrigado a tomar decisões que têm efeitos ao nível das suas condições de trabalho, do veículo,
dos passageiros transportado e da dos restantes utilizadores da via.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
6.1.1. Álcool
Além de constituir uma transgressão da lei, o álcool é um depressor com um efeito profundo
nas capacidades psicofisiológicas do condutor.
A condução com uma taxa de álcool no sangue superior a 1,2 gramas por litro (TAS > 1,2 g/l) é
considerada crime, estando o condutor controlado sujeito, para além da coima e da sanção
acessória de inibição de condução a uma pena de prisão efetiva.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
TAS Risco de acidente
0,0 g/l 1
0,5 g/l 2 vezes
0,8 g/l 4 vezes
1,2 g/l 16 vezes
Um condutor atinge a TAS máxima cerca de 1 hora, após a ingestão do último copo.
O processo de eliminação do álcool no organismo é realizado pelo fígado, pelo ar expirado, pela
urina e pela transpiração, sendo lento, reduzindo em média 0,14 g/l por hora. Assim, um
indivíduo que tenha atingido uma TAS de 2,00 g/l à meia-noite, só por volta das 14 horas do dia
seguinte é que terá eliminado completamente o álcool no seu sangue, apresentando, ainda, às
9 horas da manhã, uma taxa superior a 0,80 g/l, em circunstâncias médias e normais, ou seja um
valor que constitui uma contraordenação muito grave, perante o código da estrada. Este
processo de eliminação não pode ser tornado mais rápido por nenhum meio, assim como não é
possível eliminar os efeitos que o álcool produz no indivíduo. Existem, contudo, substâncias e
fatores que perturbam essa eliminação, nomeadamente atrasando as funções normais do
fígado, ou potenciando o seu efeito nocivo como, por exemplo, o café, o chá, o tabaco, certos
medicamentos e a fadiga.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
6.1.2. Cafeína
A cafeína pode encontrar-se em várias concentrações em bebidas como o café, o chá ou a Coca-
Cola, e ainda em vários produtos como chocolates e nalguns medicamentos. Geralmente, é
utilizada pelo trabalhador pelo seu efeito estimulante, embora de curta duração. Contudo, o seu
uso excessivo está associado a alguns riscos, como a dificuldade de adormecer, problemas do
foro digestivo, perda de água corporal devido às propriedades diuréticas da cafeína, ansiedade,
nervosismo e aceleração do batimento cardíaco. A tolerância à cafeína diminui com a idade,
pelo que mesmo que aos 20 anos se bebam 4 cafés por dia e se adormeça facilmente, o mesmo
poderá não acontecer aos 40.
6.1.3. Tabaco
Trata-se de uma substância altamente viciante, muitas vezes usada para manter um estado de
alerta a curto termo, mas que na realidade retira oxigénio ao organismo e acentua a
sensibilidade aos fatores de fadiga. Adicionalmente, implica uma redução do sono de 30 minutos
por noite.
O consumo de drogas tem efeitos muito nocivos sobre a saúde e o desempenho, com reflexos
evidentes na segurança. O efeito do consumo de drogas sobre a capacidade do condutor é
variável com o indivíduo, com o tipo de droga, a dose consumida e há quanto tempo está no
organismo, e se houve consumo simultâneo de outras drogas ou álcool.
As anfetaminas podem dar a sensação errada de aumento da confiança e do estado de alerta,
mas podem ser muito perigosas porque distorcem a perceção e podem causar ansiedade,
ataques de pânico e perda de coordenação. Efeitos similares e ainda mais graves podem advir
do consumo de outras drogas como por exemplo o haxixe, a cocaína, o ecstasy ou o LSD. Alguns
medicamentos tomados sob prescrição médica podem também ter repercussões negativas
sobre a condução. Anti-histamínicos e calmantes podem afetar significativamente o tempo de
reação e causar sonolência. Se as instruções do medicamento tiverem avisos sobre a condução
e utilização de máquinas, deve-se evitar conduzir e em caso de dúvida consultar um médico.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
A condução automóvel constitui uma atividade que releva de características de monotonia e
simultaneamente exige um alto grau de concentração. A sua execução em contexto profissional
é acompanhada de outras exigências, designadamente tempos de viagem, tarefas
administrativas, recolha e guarda de valores, auxílio aos clientes, etc. A pressão da gestão do
tempo pode provocar stresse relacionado com o trabalho, maus hábitos alimentares,
perturbações do sono, pausas inadequadas, descanso insuficiente entre turnos e fadiga.
6.2.1. Fadiga
A fadiga é uma consequência, a curto termo, de um trabalho e exprime-se por alguns sintomas
subjetivos, diminuições ou flutuações do desempenho e sinais fisiológicos que testemunham
uma diminuição das capacidades.
O tipo de fadiga mais frequente (origem de incidentes e acidentes) é a fadiga passiva que ocorre
em ambientes monótonos (p. ex. a condução em autoestrada), em períodos que induzem
facilmente o sono e reduz o estado de vigilância e de alerta. A perda de controlo associada à
fadiga é um dos principais fatores encontrados na origem de acidentes em muitos tipos de
transporte.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
Um erro é definido como a falha de uma sequência planeada para atingir os objetivos definidos
quando esta falha não pode ser atribuída ao acaso. Nesta perspetiva, os indivíduos procuram
atingir um objetivo definido, mas podem dar-se duas situações:
• As ações não são realizadas conforme foram planeadas;
• As ações pretendidas não são as corretas.
Um ato inseguro, seja intencional ou não, está diretamente relacionado com a maior parte dos
acidentes. Este, no entanto, é a consequência de vários fatores interativos, uma vez que o ato
inseguro que causou o acidente representa o fim de uma cadeia de fatores que determinaram
a situação de perigo. Para melhor se compreender o erro humano, reportemo-nos à classificação
de Reason (1990). Num primeiro nível, é feita uma distinção entre atos inseguros intencionais e
não intencionais, estabelecendo à partida uma separação com base na intenção da ação.
Os atos inseguros intencionais incluem as transgressões e alguns erros intencionais. Estes são
cometidos conscientemente e resultam da disparidade entre a intenção prévia e as
consequências pretendidas. Uma transgressão é definida como um desrespeito intencional por
regras contextuais e regulações estabelecidas, podendo conduzir a situações de conflito.
A diferença entre um erro intencional e uma transgressão é que não foi transgredida nenhuma
regra, mas apenas houve uma decisão errada baseada numa prática de rotina arriscada. As
transgressões reportam-se a comportamentos que se desviam de regras e procedimentos
estabelecidos, podendo classificadas em duas categorias:
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
fáceis e eficazes. Estas rotinas devem ser identificadas no sentido de serem melhorados
os procedimentos e anular o interesse da transgressão.
Sabe-se que o ser humano é falível e que os erros são a inevitável consequência de condições
inadequadas que residem no sistema em que o indivíduo opera. Nesta perspetiva, os erros não
devem ser vistos como aspetos negativos do comportamento, na medida em que podemos
aprender com eles se forem adequadamente investigados e compreendida a sua origem. Como
ações não intencionais, os erros são geralmente induzidos por fatores do envolvimento, como a
omissão de informação ou sinalização.
Tornar o ambiente rodoviário tolerante ao erro deverá constituir um objetivo prioritário numa
política de segurança rodoviária. Ao mesmo tempo, os atos inseguros intencionais devem ser
prevenidos, devendo as autoridades supervisoras ser rigorosas na exigência do cumprimento da
lei. Uma fraca supervisão ou falta de consistência na aplicação das medidas punitivas convidam
à infração. Uma melhor compreensão da diversidade dos comportamentos e algum
conhecimento sobre os fatores internos e externos que condicionam o desempenho poderá ser
o caminho para uma alteração significativa dos comportamentos nas nossas cidades e estradas.
Uma condução segura requer a deteção e a seleção da informação útil disponível no ambiente
rodoviário, assim como a sua perceção e a capacidade de projetar a evolução da situação e,
assim, antecipar o comportamento dos outros (condutores e peões). Isto significa que o
condutor necessita de captar e processar uma quantidade importante de informação
relacionada com o seu objetivo de conduzir com eficiência e em segurança, ou seja, tem de saber
o que se passa à sua volta de forma a tomar as decisões apropriadas em tempo útil. Para tal, o
condutor mobiliza os seus recursos atencionais, que estão tanto mais disponíveis, quanto mais
focado na tarefa estiver.
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
podendo os recursos atencionais limitados, dificultar a realização de uma tarefa adicional, como
é o caso de uma chamada telefónica, mesmo utilizando um sistema de mãos livres.
6.2.4. Sonolência
A fadiga e a sonolência estão ligadas a uma deterioração do desempenho e a um aumento do
risco de acidentes. A sonolência é normalmente definida como a dificuldade em estar acordado,
mesmo quando isso é requerido, enquanto a fadiga é uma sensação de desconforto
frequentemente descrita como falta de energia.
O "Wake-up Sleep Study", inquérito online sobre a sonolência ao volante, realizado em 19 países
da Europa, revelou que 23% dos 1.093 condutores portugueses inquiridos referiram ter
adormecido ao volante pelo menos uma vez nos últimos dois anos e, destes, quase 8%
reportaram ter tido um acidente de viação como consequência do adormecimento. Foi possível
também concluir que o risco de adormecer ao volante nos homens foi quase o dobro do
verificado nas mulheres. Portugal revelou ser o 4º país da Europa onde mais se adormece ao
volante.
Recomendações preventivas:
• Seguir a regulamentação relativa a tempos de trabalho e condução, assim como de
repouso;
• Procurar assegurar a duração e a qualidade de sono necessárias a um bom desempenho;
• Nunca realizar as tarefas adicionais durante a condução.
Existem várias causas subjacentes à sonolência e à fadiga ao volante. Estas incluem a privação
de sono por sono insuficiente, sono interrompido ou fragmentado, privação crónica de sono,
fatores circadianos relacionados com os padrões de condução ou horários de trabalho,
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Situações de Emergência e Primeiros Socorros
perturbações do sono não diagnosticadas ou não tratadas, o período de tempo passado numa
tarefa, a utilização de medicamentos e o consumo de álcool. Estes fatores têm efeitos
cumulativos e a sua combinação pode aumentar muito o risco de acidente rodoviário
relacionado com a fadiga (National Sleep Foundation).
Em Portugal, tem havido acidentes largamente reportados que evidenciam uma falha no
controlo da atividade, a qual, associada à hora a que ocorre e a outros fatores, mostra a sua
relação com um problema de fadiga e sonolência. A melhor forma de prevenir a sonolência ao
volante é estar atento aos sinais de fadiga e parar para uma curta sesta no veículo. Todas as
outras estratégias frequentemente adotadas (beber café, fumar, abrir a janela, etc.) não são
aconselhadas por se revelarem ineficazes. Assim, os condutores devem saber identificar os
sintomas de sonolência e as circunstâncias que requerem a interrupção da atividade para uma
curta sesta (15 a 20 minutos). Para uma condução segura, é fundamental saber-se identificar os
sinais de fadiga e agir em conformidade, pois ninguém tem o controlo total do seu estado
funcional.
Apresentação do Motorista
Como todos os prestadores de serviços, o motorista deve prezar por uma boa apresentação
pessoal. Isso faz com que o passageiro valorize mais o serviço, por receber um tratamento
adequado em todos os momentos. Nesse sentido, o motorista deve adotar algumas boas
práticas, tais como:
• Respeite ciclistas, peões e outros veículos. Ninguém gosta de estar no meio de uma
discussão ou de um acidente. O motorista é responsável por garantir a segurança e a
integridade de todos os passageiros de seu carro.
• Não use palavras de baixo calão: Falar alto ou usar palavrões deixará o passageiro
desconfiado e desconfortável. O respeito conquista-se com respeito. Seja educado e
respeite os outros.
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• Não faça piadas ou comentários machistas e/ou preconceituosos. Não conhece a
pessoa que está a transportar e não sabe qual será a reação ao fazer um comentário ou
uma piada desse tipo.
• Não fume dentro do carro. Para quem não fuma, o cheiro de cigarro é bastante
incômodo e torna a viagem desagradável.
• Informe o passageiro caso existam taxas extra. Avise o passageiro, antes de iniciar a
viagem, sobre as taxas, como forma de mantê-lo mais à vontade e informado.
Apresentação do Veículo
Um carro limpo não é apenas um veículo reluzente para mostrar na rua. O cuidado da carroçaria,
a saúde da pintura e a higiene do interior, bancos, painel de instrumentos e vidros está
intimamente relacionado com a segurança rodoviária.
O estado do seu veículo é algo que deve ter em conta no seu dia-a-dia. Sendo que o veículo é o
seu instrumento de trabalho, deve mantê-lo cuidado e tratado.
Todos os clientes gostam de se sentir tão cuidados e confortáveis quanto possível, por esse
motivo, um veículo bem tratado aliado a uma boa postura comunicativa por parte do motorista,
pode fazer toda a diferença. Para além de que esse cuidado, em relação ao veículo, pode evitar
idas inesperadas ao mecânico.
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Dica: Um saco de lixo sempre à mão ajuda na organização e limpeza do carro. Tudo que não for
útil como papeis e embalagens, vai diretamente para o lixo. Despeje-o diariamente.
Tire o pé da embraiagem
Conduzir com o pé sobre a embraiagem mantém o engate desacoplado, já que o conjunto da
peça funciona por fricção. O atrito leva ao desgaste prematuro e pode levar mesmo à quebra da
embraiagem.
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varia de acordo com o modelo e o peso que o veículo carrega. Se não tem certeza de qual é a
pressão adequada, verifique o manual, a porta do carro ou a lateral de cada pneu.
Comportamentos do Motorista
O ser humano é dotado de inteligência, vontade e afetividade. Em cada homem e ao longo da
sua existência, vai operar-se a integração dinâmica de elementos não apenas de ordem
orgânica, mas também de ordem psicológica e moral, sob a influência do meio físico - social em
que vive, constituindo-se assim a sua personalidade.
Se colocarmos uma galinha com fome numa grade aberta por trás e cuja frente possua uma rede
que possibilite a visão do cereal, verificaremos que executa vaivém ininterruptos no interior,
'introduzindo por vezes a cabeça na rede, a fim de tentar alimentar-se, não conseguindo, no
entanto, resolver a situação, a não ser que o acaso venha em seu favor. Repetindo a experiência
com um cão e substituindo o cereal por carne, veremos que o cão se apercebe rapidamente da
situação geral, contorna a grade e atinge o objetivo. Isto acontece porque os mamíferos
possuem um córtex cerebral mais volumoso. A estrutura cerebral do cão permite-lhe um
comportamento mais inteligente que o da galinha.
A primeira regra de uma pessoa em apuros é, manter a calma, seja ela qual for a situação de
perigo. Uma pessoa que mantenha a calma e faça uma breve reflecção sobre determinada
situação tem maior probabilidade de obter um resultado favorável.
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• Evitar trazer demasiado dinheiro e quando possível divida-o por vários locais da viatura.
• Evite usar objetos de valor como fios, pulseiras, joias, relógios caros, anéis.
• Não acumule grandes quantidades de dinheiro, deposite-o num lugar seguro como casa
ou banco.
• No final do serviço, leve sempre os valores e o dinheiro consigo.
• Na carteira, transporte uma pequena quantidade de dinheiro, tente apenas ter o
necessário para os trocos.
• Após cada viajem, guarde o dinheiro em excesso num local seguro do veículo ou da
roupa.
• A documentação deve estar guardada num local seguro, fora do olhar do cliente.
Esteja alerta sempre que o cliente entrar na viatura e se posicione no banco por detrás de si.
Devido ao facto do seu angulo de visão ser quase nulo, não existe perceção de eventuais
ataques. Mantenha o contacto visual com o cliente através do espelho retrovisor (de preferência
retrovisor panorâmico ou suplementar que alcance os ângulos mortos).
Tenha algum cuidado para que o cliente não se aperceba da sua desconfiança.
Nunca subestime ninguém. Faça a sua análise e tenha atenção a algum movimento ou atitude
estranha. Tenha igualmente atenção à linguagem corporal do cliente (as expressões faciais e os
gestos demonstram muito da intenção do cliente).
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Defesa pessoal
No dia a dia de um profissional podem surgir muitas situações onde a sua integridade e retidão
são testadas. Para não sucumbir a nenhuma delas, é essencial conhecer e cultivar hábitos
positivos que caminhem na direção oposta aos comportamentos imorais.
A defesa pessoal é uma técnica de reação. Um bom profissional deve primeiramente procurar
prevenir, através da atenção, da atitude correta e postura profissional evitar que o oponente
chegue a vias de fato. Esgotadas as chances de prevenção o profissional pode ter de depender
exclusivamente de técnicas de defesa pessoal. Este deve sempre agir com discrição, evitando
tumultos, pânico ou violência em excesso.
O motorista deverá também conhecer e fazer uso do número de emergência assim que
necessário e possível.
O 112 é uma central da PSP em que, mediante a emergência, encaminha a chamada, portanto,
é necessário saber o que fazer numa situação de perigo á sua integridade física.
Dependendo do tipo de emergência o operador poderá tratar o seu pedido ou transferir para
um serviço de emergência mais apropriado.
Nunca desligue mesmo que ligue 112 por engano. Diga ao operador que está tudo bem e que se
tratou de um engano. De outra forma, poderão ser enviados meios de assistência para
verificação de que realmente está tudo bem. Em caso de pedido de ajuda seja rápido, conciso,
célere, pormenorizado. Dê informações relevantes como: meio ambiente, aspeto do atacante,
se tem arma, entre outros. Todo e qualquer pormenor é de extrema importância.
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