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Apostila PPCI
Equipamentos de Combate a Incêndio,
Detecção, Alarme e Comunicação
Sumário
Introdução ........................................................................................................................................ 5
Sobre a apostila ......................................................................................................................... 5
Licenças desta obra .................................................................................................................. 5
1 Equipamentos de Proteção Individual .............................................................................. 6
1.1 Tipos de EPI ......................................................................................................................... 6
1.2 Equipamento de Proteção Respiratória .................................................................. 8
2 EXTINTORES DE INCÊNDIO ............................................................................................ 10
2.1 Como funciona um extintor de incêndio .............................................................. 11
2.2 Os diferentes tipos de extintor de incêndio ........................................................ 12
EXTINTOR DE ÁGUA ...................................................................................................... 12
EXTINTOR DE ESPUMA ................................................................................................ 13
EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (C02) ................................................................ 14
EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS) ........................................................... 15
2.3 Como utilizar um extintor de incêndio .................................................................. 16
2.4 Manutenção e inspeção de extintor de incêndio .............................................. 17
3 HIDRANTES .............................................................................................................................. 18
3.1 Tipos de Hidrantes ......................................................................................................... 18
Hidrante de Coluna Urbano ......................................................................................... 19
Hidrante de Coluna Industrial ..................................................................................... 20
Hidrante Subterrâneo ..................................................................................................... 21
Hidrante Subterrâneo de Recalque........................................................................... 21
Hidrante de Parede Industrial ..................................................................................... 22
Mangotinhos ....................................................................................................................... 23
3.2 Como combater o fogo usando Hidrante Industrial de Parede ou
Mangotinho.................................................................................................................................... 24
Jato Neblinado Jato Compacto ............................................................................ 24
4 MANGUEIRAS ......................................................................................................................... 26
4.1 Especificação e Aplicação Adequadas ................................................................... 27
4.2 Precauções de uso: ........................................................................................................ 28
4.3 Manutenção...................................................................................................................... 29
Limpeza: ................................................................................................................................ 29
Secagem: ............................................................................................................................... 29
Armazenagem: ................................................................................................................... 29
4.4 Verificação ........................................................................................................................ 30
Inspeção ................................................................................................................................ 31
Reempatação e Substituição ........................................................................................ 31
Acondicionamento ........................................................................................................... 32
5 PORTAS CORTA-FOGO...................................................................................................... 34
5.1 Tipos de Portas corta-fogo ......................................................................................... 34
5.2 Manuseio ........................................................................................................................... 35
6 SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO ...................................................................................... 37
6.1 Tipos de Sistemas ........................................................................................................... 37
6.2 Sistema de Pressurização de Escadas de Emergência .................................... 38
6.3 Manutenção...................................................................................................................... 39
7 SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS ........................................................... 40
7.1 Composição ...................................................................................................................... 41
7.1.1 Posições ..................................................................................................................... 42
7.1.2 Temperaturas .......................................................................................................... 42
7.2 Identificação ..................................................................................................................... 43
7.3 Manutenção...................................................................................................................... 43
8 SISTEMAS DE ALARME ....................................................................................................... 44
8.1 Tipos de Sistemas ........................................................................................................... 44
Sistema Convencional ..................................................................................................... 44
Sistema Endereçável........................................................................................................ 44
Sistema Endereçável e Analógico .............................................................................. 44
8.2 Tecnologias de Detecção ............................................................................................ 45
9 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ..................................................... 47
9.1 Tipos de Sistemas de Iluminação de Emergência .............................................. 47
9.2 Tipos de Iluminação de Emergência ....................................................................... 48
5

Introdução
Sobre a apostila
Esta apostila faz parte do material didático oferecido como complemento do
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Licenças desta obra


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1 Equipamentos de Proteção Individual


O Equipamento de Proteção Individual (EPI), é todo dispositivo ou produto, de
uso individual utilizado pelo trabalhador, com o objetivo de proteger sua
integridade física, frente a riscos à segurança e a saúde no trabalho.

Cabe ao empregador fornecer gratuitamente o EPI, devidamente certificado,


adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, bem
como exigir seu uso pelo trabalhador. Todo EPI precisa passar por certificação,
seja de fabricação nacional ou importada. A certificação é expedida pelo órgão
nacional competente do Ministério do Trabalho e Emprego.

1.1 Tipos de EPI

São vários os tipos de EPIs utilizados para resguardar a saúde do trabalhador em


suas atividades. Os equipamentos utilizados precisam proteger as várias partes
do corpo:

Os EPIs da região da cabeça devem proteger: crânio, olhos, face e nuca de lesões que
podem ser ocasionadas por impactos diversos, partículas, respingos ou vapores
de origem química e de calor radiante;

Notas:
7

Os EPIs de proteção para região do tronco e membros devem proteger: contra


objetos abrasivos, cortantes ou perfurantes, além do calor excessivo, irradiado
pelas chamas;

Os EPIs de proteção de mãos e pés devem proteger: contra a ação de objetos


cortantes, perfurantes, abrasivos, corrosivos, alergênicos, agentes químicos e
térmicos.

Notas:
8

1.2 Equipamento de Proteção Respiratória

Equipamentos específicos de proteção do sistema respiratório permitem ao


brigadista acessar locais saturados por fumaça, com pouco oxigênio e em altas
temperaturas. A não utilização destes equipamentos durante operações expõem
o brigadista a sérias consequências e até mesmo a morte. Estes equipamentos
atenuam a ação de ambientes nocivos sobre o sistema respiratório, funcionando
como aparelhos filtrantes ou autônomos, e possuem ação de proteção limitada ao
brigadista.

Notas:
9

São exemplos de aparelhos de proteção respiratória:

 Máscara contra gases – Fabricada em borracha adaptável ao rosto,


acoplado com filtro eliminador de agentes nocivos. Para que a saúde do
brigadista esteja assegurada, as máscaras possuem especificações que
precisam ser atendidas. Verifique as especificações do fabricante.
 Aparelho de respiração com linha de ar – É uma máscara de borracha
adaptável ao rosto, mas que recebe oxigênio de fora do ambiente nocivo,
via uma mangueira (linha). É capaz de aumentar o tempo de permanência
no ambiente, porém, limita a mobilidade do profissional em virtude da
mangueira, que pode ser atingida por escombros.
 Equipamento de proteção respiratória autônoma - As máscaras autônomas
são respiradores que fornecem ar respirável para o profissional via
cilindros de ar carregado nas costas.

A recomendação da adoção de EPIs compete ao Serviço Especializado em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, a Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA de sua empresa, trabalhadores
usuários, e empregador. Para mais detalhes a respeito, sugerimos a leitura
integral da NR 06 do Ministério do Trabalho de 2010.

Notas:
10

2 EXTINTORES DE INCÊNDIO
Agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, quando
lançados sobre um fogo o extinguem. São inúmeros os agentes extintores
existentes, sendo os mais comuns:

 ÁGUA
 ESPUMA (Mecânica ou Química)
 GÁS CARBÔNICO (C02)
 PÓ QUÍMICO SECO (PQS)

Os extintores de incêndio são aparelhos de primeiros socorros, que


carregam em seu interior um dos tipos de agente extintor acima citados, que
deverá ser usado em princípios de incêndio. O extintor receberá sempre o nome
do agente extintor que transporta e deverá ser construído conforme as normas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Poderá ser:

- Portátil: Quando seu peso total for igual ou inferior a 25kg e operado por uma
única pessoa;
- Carreta: Sobre rodas e quando seu peso total passar de 25kg, ou sua operação
exigir mais de uma pessoa.

Após instalado, um extintor só poderá ser removido para uso em combate ao fogo,
recarga, teste ou instrução. Deverá estar sempre sinalizado e seu acesso
desobstruído.

Notas:
11

2.1 Como funciona um extintor de incêndio

Todo extintor possui um lacre na alavanca, que é puxado para ser solto antes do
uso. Em seguida, a mangueira deve ser apontada para a base do fogo. Ao
pressionar a alavanca, o usuário movimenta para baixo uma barra chamada haste
de ativação. A haste possui uma ponta afiada na outra ponta.

Ela desce e abre um tubo cheio de gás comprimido (geralmente, gás carbônico)
dentro do extintor. Se a alavanca deixa de ser pressionada, a abertura é fechada.
Uma vez libertado pela alavanca, o gás escapa pela parte de cima do tubo e se
expande rapidamente dentro do cilindro. A expansão do gás pressiona o agente
extintor para baixo. Com isso, o material é forçado a escapar pela mangueira.

Com exceção do extintor de gás carbônico, os cilindros são equipados com um


reloginho (manômetro). Se o ponteiro está na área verde, significa que a pressão
interna está correta, e o extintor está pronto para ser usado. É também
importante ficar atento à data de validade: a cada 12 meses, o cilindro precisa ser
verificado, pois o agente extintor pode ter estragado.

Notas:
12

2.2 Os diferentes tipos de extintor de incêndio

No mercado existem quatro tipos diferentes de extintor de incêndio, cada um


deles tem a sua característica e a sua aplicação em relação as classes de incêndio.

EXTINTOR DE ÁGUA

Aparelho que carrega em seu interior o agente extintor água. Para que a água
(agente extintor) seja expulsa do recipiente (extintor de incêndio) é necessário a
presença de uma pressão interna, que será conseguida com a ajuda de um gás
propelente não combustível (CO2, Nitrogênio, etc.). Este tipo de extintor de
incêndio é indicado para os incêndios de Classe A, onde os materiais combustíveis
são sólidos, como madeira, papel, tecido e plásticos.

Nunca use este tipo de extintor para extinguir incêndios Classe B, Classe C, Classe
D e Classe K.

Notas:
13

EXTINTOR DE ESPUMA

O extintor de incêndio a base de espuma age por dois princípios, inicialmente por
abafamento, dissipando as moléculas de oxigênio e por conter água em sua
composição ele também resfria o material em combustão. Este tipo de extintor é
indicado para incêndios Classes A e B e não se recomenda a utilização em
incêndios Classe C, pois a espuma por conter água pode conduzir corrente
elétrica.

Existem outros extintores específicos que podem ser encontrados no mercado,


por isso deve-se realizar uma análise de risco do ambiente e verificar qual o
extintor de incêndio mais adequado para o local.

Notas:
14

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (C02)

O extintor de incêndio a base de gás carbônico age através do método de


abafamento, por isso este tipo de extintor é indicado para incêndios Classes B, C e
K, porém não é recomendado para as Classes A e D. O extintor de incêndio a base
de gás carbônico pode ser encontrado muitas vezes em restaurantes e cozinhas
industriais, pelo fato de que o gás carbônico puro não contamina os equipamentos
de cozinha e os alimentos.

Para a sua segurança, em ambientes de confinamento, esse tipo de extintor deve


ser usado acompanhado de proteção respiratória adequada, como um respirador
com suprimento de ar ou aparelho de respiração autônoma.

Notas:
15

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)

Este extintor também age pelo método de abafamento, dispersando o oxigênio.


Por isso ele é recomendado para os incêndios Classes B, C e K. Existem também
extintores a base de pó químico especiais, no qual podem ser utilizados para
combater incêndios das Classes A e D.

Confira o rótulo do extintor de incêndio a base de pó químico e verifique


exatamente quais classes de incêndio são recomendadas para lidar.

Notas:
16

2.3 Como utilizar um extintor de incêndio

Caso seja apropriada a utilização do extintor de incêndio, simplesmente lembre-


se da sigla PAPA: Puxar, Apontar, Pressionar e Apagar.

1. Puxar o pino. Alguns extintores de incêndio exigem a liberação de uma trava ou


de um pino para que possa ser utilizado.
2. Apontar o bocal ou mangueira do extintor na base do incêndio.
3. Pressione o gatilho liberando o agente extintor.
4. Apagar o fogo, balançando de lado a lado a mangueira ou bocal do extintor na
base do fogo.

Notas:
17

2.4 Manutenção e inspeção de extintor de incêndio

Os extintores de incêndio devem ser inspecionados periodicamente e


substituídos caso estejam danificados ou esgotados. O rótulo e as identificações
devem estar legíveis e voltadas para o lado de fora. Observe no Manômetro do
extintor e certifique-se que ele esteja carregado, observando se o ponteiro está
na área verde.

O extintor deve estar em bom estado, sem corrosão ou vazamento e devem estar
localizados em locais visíveis e de fácil acesso. Nunca bloqueie o acesso com
materiais ou equipamentos. A inspeção e manutenção dos extintores de incêndio
vai garantir que eles estejam em boas condições, caso seja necessário a sua
utilização, evitando grandes prejuízos.

Notas:
18

3 HIDRANTES
Hidrante é um equipamento de segurança usado como fonte de água para
ajudar no combate a incêndios. Os hidrantes são instalados em pontos
estratégicos das redes de distribuição, onde devem ser capazes de fornecer água
em quantidade e com pressão satisfatórias.

3.1 Tipos de Hidrantes

Existem basicamente dois tipos de hidrantes: o hidrante de coluna (convencional


de solo urbano e industrial) e o hidrante subterrâneo (subsolo urbano e
industrial). Ambos são utilizados no abastecimento de água para combate a
incêndio. Nas edificações existem ainda os hidrantes de parede.

Os hidrantes em edificações diferem dos sistemas de hidrantes urbanos em


relação a forma de abastecimento de água. Os sistemas urbanos apresentam
pontos providos de registros e uniões de engate rápido ligado à rede pública de
abastecimento, enquanto que, os sistemas prediais, apresentam pontos de
tomada com registros e uniões de engate rápido, mangueiras, esguichos e chave
de engate rápido (storz) ligado ao reservatório de água da edificação.

Notas:
19

Hidrante de Coluna Urbano

Os hidrantes de coluna convencionais completos são fabricados em ferro fundido,


padrão ABNT EB 669. Esse tipo de hidrante é encontrado comumente nas ruas e
avenidas e é de uso exclusivo do Corpo de Bombeiros. O hidrante de coluna é de
fácil uso e localização, o que é importante em casos de emergência como são os
incêndios.

Notas:
20

Hidrante de Coluna Industrial

É um dispositivo existente em redes hidráulicas no interior de indústrias. Esse tipo


de hidrante é utilizado com água da Reserva Técnica de Incêndio (RTI).

Notas:
21

Hidrante Subterrâneo

Os hidrantes subterrâneos são utilizados pelas viaturas do Corpo de Bombeiros


em casos de extrema necessidade onde não existam hidrantes de coluna.
Localizam-se abaixo dos passeios (subsolo). Tem a vantagem de não oferecer
problema para o pedestre nem de ser danificado por veículos.

Hidrante Subterrâneo de Recalque

Hidrante de recalque é o dispositivo localizado externamente às edificações. As


instalações mais recentes contêm uma válvula de fluxo. Esse hidrante é utilizado
pelos bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidráulico preventivo,
possibilitando assim que todos os hidrantes de parede tenham água com pressão
suficiente para o combate ao fogo.

Notas:
22

Hidrante de Parede Industrial

Localizado no interior das caixas de incêndio ou abrigos, poderá ser utilizado nas
operações de combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio e
ocupantes da edificação que possuam treinamento específico.
Obrigatoriamente, as caixas de incêndio deverão possuir: 01 esguicho, 01 chave
de mangueira e mangueiras de incêndio conforme o projeto da edificação.

Notas:
23

Mangotinhos

O sistema de mangotinhos (tubos flexíveis feitos de borracha) é muito semelhante


ao sistema de proteção por hidrantes de parede. A diferença é que os
mangotinhos são constituídos por mangueiras semirrígidas (iguais às das bombas
de gasolina), de diâmetro menor ao do hidrante de parede possuindo vazão de 80
litros/minuto com esguicho regulável na ponta que produz um jato neblinado mais
eficaz no combate ao incêndio.

O mangotinho é mais fácil e rápido de operar, de forma semelhante ao uso de uma


mangueira de jardim. Possui ainda como vantagem a operação por uma só pessoa
sem maiores dificuldades, desde que tenha recebido um mínimo de treinamento.
É considerado um sistema fixo de combate a incêndio funcionando sob comando,
liberando um jato de água sobre o foco de incêndio. Possui uma vazão de água
calculada e compatível ao risco do local visando proteger, controlar ou extinguir o
foco de incêndio no seu estágio inicial. Dessa forma, esse sistema possibilita o
início do combate ao incêndio pelos usuários da edificação antes da chegada do
grupamento do Corpo de Bombeiros.

Obs: As conexões do mangotinho são incompatíveis com as mangueiras usadas


pelo Corpo de Bombeiros. Consequentemente, deverá EXISTIR uma tomada
suplementar, acoplada por válvula de hidrante.

Notas:
24

3.2 Como combater o fogo usando Hidrante Industrial de Parede


ou Mangotinho

Em caso de incêndio, siga o passo a passo:


1. Verifique a classe de incêndio (intensidade das chamas, segurança
pessoal);
2. Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
3. Desligue a rede de energia elétrica;
4. Abra a caixa de hidrante;
5. Desenrole toda mangueira. Ela deve ficar esticada e sem dobras;
6. Conecte a mangueira (no mangotinho já está conectado);
7. Conecte o bico da mangueira;
8. Posicione-se em posição contrária ao vento. Isso lhe protegerá da fumaça e
da própria água que será lançada;
9. Segure o bico da mangueira de maneira firme. Abra um pouco as pernas
para aumentar o apoio. Abra o registro e combata o fogo.

Se o esguicho da mangueira tiver regulagem poderá optar por jato neblinado (jato
com ângulo de abertura grande, de menor alcance, produz partículas bem
separadas atingindo uma área maior. Produz menor impacto no combustível e
empurra mais ar, resfria a fumaça que sai de um incêndio, evita a propagação do
calor) ou jato compacto (jato com ângulo de abertura pequeno, de alcance maior,
produz impacto na área atingida capaz de quebrar vidros. A desvantagem é a sua
pequena área de abrangência em relação ao volume de água.).

Jato Neblinado Jato Compacto

Notas:
25

Estude a situação e faça sua escolha. O ideal é que o trabalho seja executado em
dupla, para que nessa hora uma pessoa cuide do registro (mangotinho pode ser
operado por uma pessoa apenas).

Obs: não abandone o local do incêndio até ter certeza de que não se reiniciará.
Muitas vezes basta alguns minutos para o fogo recomeçar. Se possível remova as
cinzas para ver se realmente FiNALIZARAM as chamas. Mantenha os números de
emergência em lugar de fácil visualização.

Notas:
26

4 MANGUEIRAS
A mangueira é um equipamento de combate a incêndio constituído
essencialmente por um duto flexível dotado de uniões.

Obrigatoriamente, todas as mangueiras fabricadas no Brasil devem trazer


identificadas nas duas extremidades:

 NOME OU MARCA DO FABRICANTE


 NÚMERO DA NORMA (NBR 11861)
 TIPO DE MANGUEIRA
 MÊS E ANO DE FABRICAÇÃO

Notas:
27

Além das especificações estabelecidas na norma, os fabricantes de mangueiras


que possuem a MARCA DE CONFORMIDADE ABNT, são obrigados a identificar
seus produtos com o selo representativo da marca.

4.1 Especificação e Aplicação Adequadas

A escolha correta do tipo de mangueira garante o desempenho adequado e uma


maior durabilidade da mangueira. Essa escolha deve obedecer aos seguintes
critérios:

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 5


Destina-se Destina-se a Destina-se a Destina-se a Destina-se a
a edifícios de edifícios área naval e área industrial, área industrial,
ocupação comerciais e industrial ou onde é desejável onde é desejável
residencial, industriais ou Corpo de uma maior uma maior
com pressão Corpo de Bombeiros, onde resistência a resistência a
máxima de Bombeiros, é desejável uma abrasão e abrasão e a
trabalho de com pressão maior pressão máxima superfícies
980 kPa máxima de resistência a de trabalho de 1 quentes pressão
(10kgf/cm²) trabalho de 1 abrasão e 370 kPa máxima de
370 kPa pressão máxima (14kgf/cm²) trabalho de 1 370
(14kgf/cm²) de trabalho de 1 kPa (14kgf/cm²)
470 kPa
(15kgf/cm²)

ATENÇÃO: Em áreas comerciais, tem sido percebido o uso do tipo de mangueira


inadequado ao local, ou seja, mangueira Tipo 1 onde deveria estar instalada
mangueira Tipo 2. A Norma NBR 11861 obriga a aplicação de 19 ensaios
diferentes às mangueiras fabricadas no Brasil. O que confere às mangueiras
nacionais o título de umas das melhores do mundo.

Notas:
28

4.2 Precauções de uso:

 A mangueira de incêndio deve ser utilizada somente por pessoal treinado;


 Não arraste a mangueira sem pressão, isso causa furos no vinco;
 Não deixe a mangueira exposta a ação direta dos raios solares ou vapores
de produtos químicos agressivos;
 Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim, que não seja o combate a
incêndio;
 Não utilize as mangueiras de treinamentos de brigadistas para combate ao
fogo. As mangueiras de treinamento devem ser exclusivas para este fim;
 Evitar a queda das uniões;
 Nunca guardar a mangueira molhada.

É de extrema importância ter em mente que as mangueiras de incêndio devem


estar 100% integras para entrarem em ação em um combate a incêndio, por isso o
uso para qualquer outra atividade é vetada.

Uso em combate:

 Evite tocar cantos vivos com a mangueira, estes objetos podem cortar ou
perfurar, danificando o equipamento;
 Evite dobrar a extremidade conectada no hidrante. Isso pode causar o
desempatamento da mangueira;
 Cuidado com sobrecargas causadas por entrada e saída de pressão
abruptas (a pressão pode ser multiplicada 7 vezes, ou mais, em relação a
pressão estática de trabalho). O que pode levar ao rompimento ou
desempatar a mangueira;
 Não permita a passagem de veículos sobre a mangueira. Quando não for
possível evitar utilize dispositivos de passagem de nível.

Notas:
29

4.3 Manutenção
Limpeza:

 Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e escova


macia;
 Todo resíduo, mofo ou mancha deve ser removido, quando possível, da
superfície externa da mangueira;
 Quando necessária apenas uma limpeza a seco, deve-se utilizar uma
escova com cerdas não metálicas longas e macias, e o escovamento deve
ser executado cruzado, ou seja, no sentido da trama e do urdume.

Secagem:

 Secar a mangueira à sombra, utilizando um plano inclinado ou


posicionando-a na vertical; nunca diretamente ao sol;
 A mangueira deve estar seca quando na condição de uso, salvo
recomendação específica do fabricante;
 A secagem deve ser efetuada à sombra, estando a mangueira na vertical ou
apoiada em plano inclinado;
 Quando utilizado equipamento para secagem forçada, recomenda-se que a
temperatura não ultrapasse 50°C.

Armazenagem:

 Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5.2.5,
com profissional ou empresa especializada;
 O usuário deve identificar individualmente as mangueiras sob sua
responsabilidade e manter registros históricos de sua vida útil.
Recomendamos o uso da Ficha de controle individual para Mangueira de
Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR 12779, para manutenção do
presente Certificado de Garantia;
 Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente,
para o mesmo hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio.

Notas:
30

4.4 Verificação

Quando submetida a inspeção visual, a mangueira não deve apresentar nenhuma


ocorrência das descritas abaixo ou situações que coloquem em risco o
funcionamento adequado da mangueira no momento do combate ao incêndio:

 Toda mangueira de incêndio deve ser inspecionada e ensaiada


hidrostaticamente antes de ser colocada em uso. Para mangueiras são
aceitos os certificados de ensaio hidrostático emitidos pelos fabricantes;
 A mangueira, após uso em combate, deve ser enviada para a inspeção, a fim
de se manterem as condições mínimas exigidas para uso;
 Desgaste por abrasão no revestimento externo;
 Presença de manchas ou resíduos na superfície externa, proveniente de
contato com produtos químicos ou derivados de petróleo;
 Desprendimento do revestimento externo;
 Evidência de deslizamento das uniões em relação à mangueira;
 Dificuldades para acoplar as uniões da mangueira com o hidrante ou com o
esguicho. Permitido utilizar chave de mangueira para o acoplamento;
 Deformações nas uniões ocasionadas por quedas, golpes ou arranhões;
 Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação que
apresente ressecamento, fendilhamento ou corte;
 Ausência das inscrições obrigatórias, que não permitam a identificação do
fabricante. Neste caso, encaminhar para manutenção;
 Caso constatado na inspeção quaisquer condições óbvias para as quais não
haja possibilidade de reparo, a mangueira deve ser condenada.

Notas:
31

Inspeção

Conforme a norma NBR 12779. Toda mangueira de incêndio, quando em uso


(prontidão para combate a incêndio), independentemente de seu tipo, deve ser
inspecionada a cada 6 meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 meses.

O ensaio hidrostático em mangueira de incêndio é um procedimento que deve ser


executado por profissional habilitado ou empresa especializada, utilizando
equipamento apropriado. É desaconselhado o ensaio realizado por pessoal não
habilitado, por meio de uso da bomba da viatura, hidrante ou ar comprimido.

Reempatação e Substituição

Uma mangueira não poderá retornar ao uso, após a inspeção, caso sofra redução
em seu comprimento, superior a 2% de seu comprimento nominal. Mangueiras
consideradas condenadas devem ser substituídas por mangueiras novas do
mesmo tipo e diâmetro.

Notas:
32

Acondicionamento

De acordo com o tipo de utilização, as mangueiras podem ser acondicionadas


conforme as descrições a seguir:

 Ziguezague deitada: a mangueira em forma ziguezague deve ser apoiada


por um de seus vincos sobre superfície não abrasiva. Podem ser acoplados
vários lances para formação de linha pronta;

 Ziguezague em pé: a mangueira em forma ziguezague deve ser posicionada


na vertical sobre ela própria;

Notas:
33

 Espiral: consiste em enrolar a mangueira a partir de uma de suas


extremidades, sobre ela mesma, formando uma espiral. Esta forma só deve
ser utilizada para armazenamento em estoque;

 Aduchada: consiste em enrolar a mangueira previamente dobrada contra


ela mesma, formando uma espiral a partir da dobra em direção às
extremidades. Recomenda-se esta forma de acondicionamento nas caixas
de hidrantes.

Obs: Recomenda-se que a mangueira seja enrolada para acondicionamento com a


formação de novo vinco, ou seja, a posição anterior de dobra não deve ser
tensionada, salvo recomendação específica do fabricante.

Notas:
34

5 PORTAS CORTA-FOGO
Porta corta-fogo é o equipamento dispositivo móvel aplicado nas saídas de
emergência e nas escadas de incêndio de edificações, tendo como funções:
impedir ou retardar a propagação do fogo e calor; Oferecer um caminho seguro
tanto para a fuga dos civis quanto para o acesso dos bombeiros.

5.1 Tipos de Portas corta-fogo

Existem 4 tipos de portas corta-fogo:

 Porta corta-fogo simples (instalada em uma face da parede corta-fogo);


 Porta corta-fogo dupla (conjunto de duas portas corta-fogo instaladas em
cada face da parede corta-fogo, separadas no mínimo pelo espaço
correspondente à espessura da parede);
 Porta corta-fogo de uma folha (porta integrada por uma única peça móvel
para fechamento da abertura);
 Porta corta-fogo de duas folhas (porta integrada por duas peças móveis
instaladas na mesma face da parede corta-fogo para fechamento da
abertura).

Notas:
35

5.2 Manuseio

As portas corta-fogo deverão ser utilizadas somente em casos de emergências,


ficando restrito o seu uso para atalhos (cortar caminho). A conservação e
desobstrução das portas de saída de emergência, bem como mantê-las fechadas
(não trancadas) é dever de todos. É comum que sejam utilizadas como depósitos
temporários de diversos objetos. Como emergências não têm hora marcada, caso
de um incêndio, qualquer objeto pode dificultar a passagem das pessoas, além de
tornarem-se combustível em potencial.

Cuidados

Deve-se observar o uso de agentes corrosivos na limpeza das escadas de


emergência, uma vez que água sanitária e cloro reagem com o material externo da
porta (aço galvanizado) provocando sua oxidação (ferrugem). Sintoma comum do
uso de tais agentes corrosivos é a presença de ferrugem ou “casca de laranja” na
parte inferior da porta corta-fogo.

Notas:
36

Manutenção

A porta corta-fogo é costumeiramente utilizada em nosso dia-a-dia como


passagem quando subimos ou descemos um andar (contrariando suas regras de
uso). Por ser manuseada diversas vezes, seus dispositivos que garantem a
abertura e o fechamento devem ser preocupação de manutenções mensais.
Semestralmente, deve ser avaliada a condição da folha da porta, a lubrificação das
dobradiças e fechadura com graxa.

Obs: As portas corta-fogo sempre deverão estar fechadas, PORÉM NÃO


TRANCADAS. caso contrário seu uso no caso de incêndio será nulo - que é de
bloquear a passagem de chamas e o calor proveniente do fogo. Não se deve
esquecer que por ela os bombeiros terão acesso ao local do incêndio e os
funcionários deixarão o local com segurança

Notas:
37

6 SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO
Sistema de pressurização é um conjunto de equipamentos e instalações que
fornecem um suprimento contínuo de ar mantendo um diferencial de pressão
entre um espaço e seus adjacentes (salas, corredores, escadas). Atua
preservando um fluxo de ar através de uma ou várias trajetórias de escape que
conduzem o ar para o exterior da edificação. O diferencial de pressão mantido
em nível adequado deve ainda impedir a entrada de fumaça no interior do espaço
pressurizado.

Os sistemas de pressurização são instalados normalmente em edificações onde


não existem antecâmaras nos acessos as escadas. Este sistema visa manter
passagens de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a fuga dos
ocupantes de uma edificação no caso de incêndio. Esse sistema também pode ser
acionado em outras necessidades de evacuação da edificação (Exemplo:
contaminação).

6.1 Tipos de Sistemas

O sistema de pressurização pode ser projetado de duas formas:

- Sistema de 1 estágio: para operar somente em situação de emergência;


- Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de pressurização, para
funcionamento contínuo, com previsão para um nível maior de pressurização que
entra em funcionamento em uma situação de emergência.

São elementos básicos de um sistema de pressurização:

a) Sistema de acionamento e alarme;


b) Ar externo suprido mecanicamente;
c) Trajetória de escape do ar;
d) Fonte de energia garantida.

Notas:
38

O Sistema de pressurização pode ser acionado através dos sistemas e dispositivos


descritos a seguir:

- Automaticamente: através de sistema de detecção de incêndio;


- Manualmente: através de botoeira instalado na portaria do edifício;
- Manualmente: diretamente no quadro elétrico do ventilador.

6.2 Sistema de Pressurização de Escadas de Emergência

No caso de incêndio no prédio o acionamento manual da portaria ativa o


ventilador que começa o trabalho de insuflar ar nas escadas, alcançando uma
pressão positiva necessária. Com esse diferencial de pressão a fumaça não
penetra nas escadas, o que assegura a desocupação do prédio com total
segurança.

Notas:
39

6.3 Manutenção

Todo equipamento de pressurização deve ser submetido a um processo regular


de manutenção, que inclui:

 O sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de Sistema de


alarme de incêndio utilizado;
 O mecanismo de comutação;
 O grupo moto ventilador;
 Suas correias de interligação;
 Dutos (sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra
incêndio;
 Os sistemas para o fornecimento de energia em emergência;
 As portas corta-fogo e o equipamento do sistema de escape do ar acionado
automaticamente.
Obs: Os cuidados com esses equipamentos devem ser incluídos no programa de
manutenção anual do edifício e devem ser apresentados quando da solicitação de
vistoria. Esses cuidados são de inteira responsabilidade do proprietário da
edificação e/ou seu representante legal (como exemplo o síndico).

Notas:
40

7 SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS


Sistemas de Chuveiros Automáticos são dispositivos com elemento termo
sensível projetados para serem acionados em temperaturas pré-determinadas,
lançando automaticamente água sob a forma de aspersão (borrifar) sobre
determinada área, com vazão e pressão especificados, para controlar ou
extinguir um foco de incêndio.

Chuveiros Automáticos – Sprinklers

Desde sua invenção e correta aplicação, os sprinklers tem demonstrado ser o


melhor equipamento disponível e que obteve maior êxito no combate aos
incêndios em edificações. Contudo, é sempre bom lembrar que um sistema de
sprinklers tem como função central realizar o primeiro combate ao incêndio, na
sua fase inicial, para extingui-lo ou então controlá-lo até a chegada do Corpo de
Bombeiros.

Notas:
41

7.1 Composição

Os sprinklers são compostos basicamente pelos seguintes itens:

- Corpo: parte do chuveiro automático que contém rosca para fixação na


tubulação, braços e orifícios de descarga servindo como suporte dos demais
componentes;
- Defletor: componente destinado a quebrar o jato sólido de modo a distribuir a
água, segundo padrões estabelecidos nas normas brasileiras;
- Obturador: componente destinado à vedação do orifício de descarga nos
chuveiros automáticos e que também atua como base para o elemento termo
sensível tipo bulbo de vidro;
- Elemento Termo Sensível: componente destinado a liberar o obturador por
efeito da elevação da temperatura de operação e com isso fazer a água fluir
contra o foco de incêndio. Os elementos termo sensíveis podem ser do tipo
ampola de vidro ou fusíveis de liga metálica.

Notas:
42

7.1.1 Posições

Os sprinklers podem ser instalados em várias posições, e para cada uma delas tem
um formato de defletor adequado. As posições mais encontradas nas instalações
podem ser classificadas em:

- Pendente (Pendent): quando o chuveiro é projetado para uma posição na qual o


jato é dirigido para baixo para atingir o defletor e espalhar o jato;
- Para Cima (UpRight): normalmente utilizada em instalações onde as
canalizações são expostas (ex: garagem), esse modelo faz com que o jato suba
verticalmente até encontrar o defletor, que de uma certa forma “reflete” o jato na
direção oposta, ou seja, para baixo;
- Lateral (Sidewall): modelo projetado com defletor especial para descarregar a
maior parte da água para frente e para os lados, em forma de um quarto de esfera,
e uma parte mínima para trás contra a parede.

7.1.2 Temperaturas

Os sprinklers são aprovados em graus nominais de temperatura para seus


acionamentos, variando de 57˚C a 260˚C, determinados pelas temperaturas
máximas permitidas nos ambientes considerando uma margem mínima de
acionamento de 20˚C acima. As temperaturas de acionamento determinadas na
NBR 6135, e que seguem o padrão internacional, são identificadas da seguinte
forma:

Temperatura Nominal Coloração do Líquido


(˚C )
57 Laranja
68 Vermelha
79 Amarela
93 Verde
141 Azul
182 Roxa
183 a 260 Preta

Notas:
43

7.2 Identificação

As normas ABNT NBR 6135 e 6125 definem que os sprinklers devem apresentar
no mínimo, no corpo e/ou no defletor, as seguintes marcações:

 Marca do fabricante e modelo do sprinkler;


 Temperatura nominal de operação;
 Ano de fabricação;
 Diâmetro nominal do orifício;
 Letra código da posição;
 Cores corretas dos elementos termo sensíveis

Adicionalmente a estas identificações deve ser estampada a Marca de


Conformidade ABNT que implica na qualificação e certificação do processo
produtivo do sprinkler.

7.3 Manutenção

Entre os problemas causados nos sprinklers estão: a corrosão, obstrução,


formação de gelo em locais de clima frio e congelamento do equipamento nesses
mesmos locais, além de sprinklers danificados ou faltando tubulações arqueadas.
Para que o sistema de sprinklers funcione corretamente é preciso inspecionar os
equipamentos periodicamente e respeitar suas formas de uso:

 Somente manusear / instalar os sprinklers com ferramentas específicas


para a função, evitando desta forma danos ao equipamento;
 Não pintar e nem pendurar objetos nos sprinklers;
 Verificar e testar periodicamente os componentes do sistema (bombas,
válvulas, tubulações) e a pressurização do sistema como um todo; sinais de
dano, corrosão ou depósito; ocorrência de vazamentos;
 A cada cinco anos, a partir da instalação dos sprinklers, é necessário
realizar inspeção interna completa nesses equipamentos contra incêndio.

Notas:
44

8 SISTEMAS DE ALARME
Sistema de detecção e alarme de incêndio é um conjunto de elementos
planejadamente dispostos e adequadamente interligados para detectar
precocemente princípios de incêndio, fornecer sinalizações audiovisuais,
comandar dispositivos de segurança e/ou extinção do incêndio.

8.1 Tipos de Sistemas

Existem basicamente dois tipos de sistemas de detecção e alarme de incêndio:

 Convencional;
 Endereçável (Analógico e Analógico Algorítmico).

Sistema Convencional

Sistema no qual a central de alarme (painel eletrônico ou eletromecânico), sinaliza


sonora e visualmente a ocorrência de um princípio de incêndio e identifica o
circuito de detecção e a área por este protegida. A identificação do dispositivo do
circuito é visual e no campo.

Sistema Endereçável

Sistema no qual a central de alarme sinaliza sonora e visualmente a ocorrência de


um princípio de incêndio e identifica o circuito, dispositivos em alarme e a área
protegida por esses dispositivos.

Sistema Endereçável e Analógico

Sistema endereçável que disponibiliza recursos e funções que auxiliam o pessoal,


treinado, na operação e manutenção do sistema. Funções auxiliares:

Notas:
45

Habilitação/Desabilitação ponto a ponto; Aviso de câmara de detecção suja;


Ajuste de sensibilidade.
Sistema Endereçável Analógico Algoritmo

Sistema que se diferencia na forma como é feita a detecção, sendo esse sistema
menos vulnerável aos alarmes indesejados (falsos). Para que uma detecção seja
interpretada como fogo, a leitura do sensor deve permanecer dentro da faixa
durante um tempo determinado. Quando a leitura de um sensor procede de um
ruído elétrico, de um inseto introduzido na câmara sensora ou de um golpe de
fumaça (Ex: fumaça de cigarro), o sistema não interpreta estes como sendo fogo.

8.2 Tecnologias de Detecção

Existem três tipos de tecnologias responsáveis pela detecção de incêndios, cada


qual com suas variações:

- Pontual: de fumaça (Detector iônico, Detector fotoelétrico ou ótico); de


temperatura (temperatura fixa, termovelocimétrico, dual (fixa + variável); de
chamas (Ultra violeta – UV, Infra vermelho – IR, Dupla tecnologia UV + IR);
multicritério (Ótico térmico (OT), Ótico térmico iônico (OTI), Ótico térmico (O²T),
Ótico térmico CO); de aplicação especial (Câmaras de detecção para dutos,
Detector de faíscas);
- Linear: de fumaça (Transmissor e Receptor, Transmissor/receptor com prisma),
de temperatura (Par de fios isolados com revestimento externo para várias
aplicações, Fibra ótica);
- Aspiração: de fumaça por aspiração (Com um ou dois detectores pontuais
multicritério, Laser);

Notas:
46

Os sistemas de alarme devem ser capazes de dar sinais perceptíveis em todos os


locais previstos pelo órgão competente (Corpo de Bombeiros, município). Cada
ambiente-pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número
suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado.

Obs: Os botões de acionamento MANUAL DO ALARME DEVEM SER


LOCALIZADOS em ÁREAS COMUNS DOS ACESSOS, lugar visível e no interior
de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta
caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".

Notas:
47

9 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Sistema de Iluminação de Emergência é um conjunto de componentes e


equipamentos que, em casos de interrupção da iluminação normal (rede elétrica),
propicia a iluminação suficiente e adequada para: evacuação fácil e segura das
pessoas de uma estrutura-ambiente; execução de manobras de segurança ou
intervenção de socorro (Exemplos: Desastres, incêndios, catástrofes).

9.1 Tipos de Sistemas de Iluminação de Emergência

Os sistemas de iluminação de emergência dividem-se em:

 Conjunto de blocos autônomos;


 Sistema centralizado com baterias recarregáveis;
 Sistema centralizado com grupo motogerador;
 Equipamento de iluminação portátil (não devem ser utilizados para
indicar saídas de emergência, aclaramento ou balizamento de rotas de
fuga).
 Sistema de iluminação fixa por elementos químicos sem geração de calor,
atuado a distância;
 Sistemas fluorescentes a base de acumulação de energia de luz ou ativado
por energia elétrica externa.

Funções do Sistema de Iluminação de Emergência:

 Iluminar ambientes e sinalizações para deslocamento de pessoas;


 Iluminar ambientes para continuidade de atividade (salas de cirurgias,
primeiros socorros, laboratórios químicos, controle de tráfego);
 Permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas
impedidas de locomover-se;
 Manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de estranhos
nas áreas de segurança pelo pessoal da intervenção;

Notas:
48

9.2 Tipos de Iluminação de Emergência

Mais especificamente, a iluminação de emergência para fins de segurança contra


incêndio pode ser dividida em dois tipos: balizamento e aclaramento.

A iluminação de balizamento é aquela associada à sinalização de indicação de rotas


de fuga, com a função de orientar a direção e o sentido que as pessoas devem
seguir em caso de emergência. A NBR 10898/2013 prevê que iluminação de
balizamento é a iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras indicando a
rota de saída a ser utilizada bem como sinalizar todos obstáculos e escadas. A
iluminação pode ser externa, por reflexão na superfície da inscrição ou na forma
translúcida.

No caso de símbolos e textos apostos (colocados sobre) à luminária, o fundo


deve ser na cor branca com cristais, refletindo a luz da fonte ou transparente e os
símbolos gráficos ou textos devem ser na cor verde ou vermelha, com letras
reflexivas. Como opção, pode ser utilizado o fundo vermelho ou verde e as letras
brancas.

Notas:
49

No caso de símbolos e textos não apostos à luminária, o fundo pode ser na cor
branca ou verde, os símbolos e textos na cor verde, branca ou vermelha.

Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos,
passagens antecâmara e os patamares de escadas. Seu posicionamento,
distanciamento entre pontos e sua potência são determinados nas Normas
Técnicas Oficiais.

A iluminação de aclaramento é um sistema composto por dispositivos de


iluminação de ambientes para permitir a saída fácil e segura das pessoas para o
exterior da edificação, bem como proporcionar a execução de intervenção ou
garantir a continuação do trabalho em certas áreas, em caso de interrupção da
alimentação normal.

OBS: O tempo de funcionamento do sistema de iluminação de emergência


deve garantir a segurança pessoal e patrimonial de todas as pessoas na área, até o
restabelecimento da iluminação normal, ou até que outras medidas de segurança
sejam tomadas.

Notas:
50

Notas:

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