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100 horas Atualização em Unidades

de Tratamento Intensivo
Móvel – UTIM
Com certificado
online
Nice Dias Gonçalves
Este material é parte integrante do curso online "Unidades de Tratamento
Intensivo Móvel – UTIM" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br)
100 horas
Atualização Unidades de
Tratamento Intensivo
Móvel – UTIM
Nice Dias Gonçalves
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(Artigo 29).
SUMÁRIO

HISTÓRICO DAS UTI’S MÓVEIS...................................................................................7


REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA MÓVEL......................................................................................................... 9
2.1 A NORMA QUE SE REFERE AO AMBIENTES DO SERVIÇO DE
TRATAMENTO INTENSIVO MÓVEL PRECONIZA................................................... 9
2.2 ALGUNS REQUISITOS SÃO OBRIGATÓRIOS COMO OS DE SEGURANÇA.11
2.3 EM TODA UTI- MÓVEL É INDISPENSÁVEL ALGUNS MATERIAIS E
EQUIPAMENTOS, TORNANDO-SE OBRIGATÓRIOS, TAIS COMO......................12
ASPECTOS GERAIS PARA OS SERVIÇOS DE UTI MÓVEL..................................17
3.1 CONDUTA PESSOAL..............................................................................................17
3.1.1 Na Base De Apoio Operacional.......................................................................... 17
3.1.2 Recebimento Do Chamado/Ocorrência...............................................................18
3.1.3 Durante O Deslocamento Até O Local Do Atendimento....................................18
3.1.4 Na Cena Do Atendimento................................................................................... 18
3.1.5 Durante O Transporte Da Vítima Até O Hospital...............................................19
3.1.6 No hospital.......................................................................................................... 19
3.1.7 Durante O Regresso Para A Base........................................................................19
3.2 AO CONDUTOR DO VEÍCULO COMPETE..........................................................20
3.2.1 Verificar Antes Do Deslocamento Da Viatura....................................................20
3.2.2 Verificar Durante O Deslocamento Da Viatura.................................................. 21
3.2.3 Regras fundamentais de condução de veículos de emergência...........................21
3.2.4 Números de passageiros na viatura..................................................................... 21
3.2.5 Uso de dispositivos sonoros e de iluminação......................................................22
3.2.6 Velocidade permitida.......................................................................................... 22
3.2.7 Privilégios do veículo de emergência no trânsito............................................... 22
3.2.8 Exceções permitidas em situação de emergência................................................22
3.2.9 Comportamento de segurança no trânsito........................................................... 23
3.2.10 Informar a Central de Operações assim que possível sobre..............................23
3.2.11 Se o acidente ocorrer durante o deslocamento para o chamado ou no retorno à
base...............................................................................................................................24
3.2.12 O acidente ocorrer durante o deslocamento para o hospital (com vítima na
viatura)......................................................................................................................... 24
3.3 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA CENA.............................................................. 24
3.3.1 Passo 1: Qual é a situação?................................................................................. 25
3.3.2 Passo 2: Para onde a situação pode ir?................................................................25
3.3.3 Passo 3: Como controlar a situação?...................................................................25
3.4 DURANTE O ATENDIMENTO...............................................................................25
3.4.1 Práticas seguras................................................................................................... 26
3.4.2 Após o atendimento.............................................................................................26
TRANSPORTE DE PACIENTES NA UTI-MÓVEL.....................................................28
TRANSPORTE DE PACIENTES EM CONDIÇÕES ESPECIAIS............................. 31
5.1 TRANSPORTE NEONATAL................................................................................... 31
5.2 AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR
SÃO 32
5.3 ALGUNS PASSOS SÃO IMPORTANTES PARA O ÊXITO DO TRANSPORTE
NEONATAL.................................................................................................................... 32
5.4 EQUIPAMENTO NECESSÁRIO............................................................................. 34
5.5 MEDICAÇÃO NECESSÁRIA..................................................................................34
5.6 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA.................................................................. 35
5.7 ESTABILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA.......................................................................35
5.8 INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO.............................................................................36
5.9 OXIGENOTERAPIA E MODOS DE VENTILAÇÃO DURANTE O
TRANSPORTE................................................................................................................ 36
5.9.1 Via de Intubação para o Transporte.................................................................... 37
5.9.2 Manter o Acesso Venoso.................................................................................... 38
5.9.3 Suporte Metabólico e Ácido-Básico................................................................... 38
5.9.4 Monitorização Hemodinâmica............................................................................ 38
5.9.5 Controle da Infecção........................................................................................... 38
5.10 CUIDADOS DURANTE O TRANSPORTE.......................................................... 39
5.10.1 Intercorrências Durante o Transporte................................................................39
5.11 TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO EM SITUAÇÕES ESPECIAIS.............40
5.11.1 Atresia de Esôfago............................................................................................ 41
5.11.2 Hérnia Diafragmática........................................................................................ 41
5.11.3 Apneia da Prematuridade.................................................................................. 41
5.11.4 Síndrome de Escape de Ar................................................................................ 41
5.11.5 Cardiopatias Congênitas....................................................................................42
5.11.6 Material Necessário para o Transporte Neonatal.............................................. 42
5.11.7 Medicamentos e Materiais Diversos Necessários ao Transporte Neonatal.......43
TRANSPORTE DE VÍTIMAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS 45
6.1 REGRAS GERAIS DA ABORDAGEM DE VÍTIMAS PORTADORAS DE
NECESSIDADES ESPECIAIS....................................................................................... 45
6.2 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA.............................................................45
6.3 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA VISUAL................................................................. 46
6.4 VÍTIMA COM DÉFICIT DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL................46
6.5 VÍTIMA IDOSA........................................................................................................ 46
6.6 VÍTIMA PEDIÁTRICA.............................................................................................46
6.7 VÍTIMA SEM RESIDÊNCIA FIXA (Sem teto)....................................................... 46
NORMAS GERAIS DE ABORDAGEM EM OCORRÊNCIAS COM INDÍCIOS DE
CRIME................................................................................................................................ 48
7.1 A SEGURANÇA DA EQUIPE DEVE SER PRIORITÁRIA................................... 48
7.1.1 A cena não deve ser alterada, a menos que seja absolutamente necessário, para
as ações de socorro à vítima, como por exemplo.........................................................49
7.2 REGRAS GERAIS PARA ABORDAGEM DE CENAS COM INDÍCIOS DE
CRIME............................................................................................................................. 49
7.2.1 Em relação à vítima.............................................................................................49
7.2.2 Em relação à cena................................................................................................49
7.2.3 Em relação ao tipo de lesão.................................................................................50
7.2.4 Diante da presença de armas de fogo ou armas brancas na cena........................ 50
7.2.5 Na presença de sinais de morte óbvia................................................................. 51
7.2.6 Ter preocupação redobrada com as anotações na ficha de atendimento.............51
7.3 CUIDADOS COM PERTENCES DE PACIENTES.................................................51
7.3.1 Vítimas desacompanhadas.................................................................................. 51
7.3.2 Vítimas acompanhadas........................................................................................52
7.4 SEGURANÇA DO PACIENTE................................................................................ 53
7.4.1 Identificação de Paciente: Práticas cotidianas na minimização de erros............ 53
7.4.2 Cuidado Limpo e Seguro: Práticas cotidianas na minimização de erros............ 54
7.4.3 Procedimentos seguros: Práticas cotidianas na minimização de erros................54
7.4.4 Paciente envolvido com a segurança: Práticas cotidianas na minimização de
erros..............................................................................................................................55
7.4.5 Comunicação efetiva: Práticas cotidianas na minimização de erros...................55
7.4.6 Prevenção de Queda: Práticas cotidianas na minimização de erros....................56
7.5 SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS: PRÁTICAS
COTIDIANAS NA MINIMIZAÇÃO DE ERROS..........................................................57
7.6 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE............................................................ 58
7.6.1 Administrar oxigênio nos casos de..................................................................... 58
7.6.2 Em crianças e bebês............................................................................................ 59
7.7 OXIGENOTERAPIA.................................................................................................59
7.8 SUSPEITAR DE LESÃO RAQUIMEDULAR QUANDO OCORRER...................61
7.9 INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA:........................................ 62
7.10 CONDUTA NA SUSPEITA DE LESÃO (COLUNA INSTÁVEL).......................62
7.11 OBSERVAÇÕES GERAIS..................................................................................... 63
7.12 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA DENTRO DE VEÍCULO....................................63
7.13 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA EM PÉ NA CENA.............................................. 64
ATENDIMENTO A PACIENTES VÍTIMAS DE LESÃO NO APARELHO
LOCOMOTOR.................................................................................................................. 65
8.1 RECONHECER AS LESÕES POR...........................................................................65
8.2. MEDIDAS GERAIS EM CASOS DE LESÃO DE MEMBROS:............................66
8.3 CUIDADOS GERAIS COM AS LESÕES................................................................66
8.3.1 Cobrir com curativos estéreis secos feridas abertas e as extremidades ósseas
expostas........................................................................................................................ 66
8.4 LESÕES ARTICULARES E LUXAÇÕES...............................................................67
8.5 CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS:...................................................67
8.6 LESÕES DE MEMBROS SUPERIORES.................................................................67
8.7 LESÕES DE MEMBROS INFERIORES..................................................................68
8.8 FRATURAS EXPOSTAS..........................................................................................69
8.9 SÍNDROME COMPARTIMENTAL.........................................................................69
8.10 CRITÉRIOS PARA SUSPEITA DE LESÃO OSTEOARTICULAR DE PELVE. 70
8.11 CONDUTA.............................................................................................................. 70
8.12 OBSERVAÇÕES GERAIS..................................................................................... 70
FASES DO TRANSPORTE DO DOENTE CRÍTICO...................................................71
9.1 DECISÃO.................................................................................................................. 71
9.2 PLANEJAMENTO.................................................................................................... 71
9.3 EFETIVAÇÃO...........................................................................................................72
ENQUADRAMENTO LEGAL DO TRANSPORTE DO DOENTE CRÍTICO..........74
O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO TRANSPORTE DO DOENTE
CRÍTICO............................................................................................................................ 76
AVALIAÇÃO..................................................................................................................... 77
REFERÊNCIAS................................................................................................................. 82
Unidade 1 – Histórico das UTI’S Móveis

01
HISTÓRICO DAS UTI’S MÓVEIS

O atendimento às emergências/urgências no local da ocorrência caminha desde o período


das grandes guerras, mais precisamente no século XVIII, no período napoleônico. Neste
período, os soldados feridos em campo de batalha eram transportados em carroças com
tração animal, para serem atendidos por médicos, longe dos conflitos. Em 1792, o
cirurgião e chefe militar Dominique Larrey, começa a “dar os cuidados iniciais”, a
soldados feridos, no próprio campo de batalha, a fim de prevenir possíveis complicações.
A iniciativa de atendimento aos soldados no campo de batalha continuou no século XIX e
levou à formação da Cruz Vermelha Internacional, em 1863, organização que, ao longo do
tempo, demonstrou a necessidade de atendimento rápido aos feridos, tendo sua atuação
destacada nas Guerras Mundiais do século XX. Experiências em guerras, neste tipo de
atendimento, no local da ocorrência, conjugadas a um transporte rápido, diminuíram a
morbimortalidade por causas externas; mas isto só ficaria evidenciado décadas depois.

No Brasil consta do ano de 1899 a primeira ambulância (de tração animal) para
realizar o referido atendimento pelo Corpo de Bombeiros, fato que caracteriza sua tradição
histórica na prestação deste serviço. No Estado de São Paulo, com a promulgação do
Decreto n.395 de 7 outubro de 1893, ficou sob a responsabilidade dos médicos do Serviço
Legal da Polícia Civil do Estado o atendimento às emergências médicas. Contudo, em
1950 através do Decreto Estadual N° 16629, instalou-se o SAMDU – Serviço de
Assistência Médica Domiciliar de Urgência – órgão da então Secretaria Municipal de
Higiene, ficando como responsabilidade do município, o atendimento de urgência na
cidade de São Paulo.

A atividade de atendimento pré-hospitalar no Brasil sempre foi muito diversificada;


vários Estados, ao longo dos anos, desenvolveram um sistema de atendimento às urgências
e emergências de caráter público e/ou privado. Desde a década de 80 o Estado de São
Paulo já contava com um serviço destinado ao atendimento às urgências/emergências; o
“192” da Secretaria Municipal de São Paulo, número telefônico pelo qual se chamava o
serviço. Outro marco importante se deu em 1981, quando se constituiu informalmente um
grupo de médicos, representantes do Pronto Socorro do Hospital das Clínicas, da Secretaria
de Higiene e Saúde do Município de São Paulo, do Hospital Heliópolis e da Santa Casa da
Misericórdia de São Paulo, com a finalidade de debater a assistência às urgências no

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

município que, além do atendimento na via pública, propôs um sistema de referência para
encaminhamento dos acidentados aos locais próximos das ocorrências, estabelecendo, pela
primeira vez, uma proposta de territorialização e integração dos serviços de atendimento
imediato e internação, com a elaboração de normas e ficha padrão para o encaminhamento
de vítimas. Em 1983 houve a oficialização deste grupo denominado Comissão de
Coordenação de Recursos Assistenciais de São Paulo (CRAPS), que tinha como missão a
definição e implantação de programas efetivos no Município de São Paulo.

No Estado do Rio de Janeiro foi criado, por um Decreto governamental, em


dezembro de 1985, efetivado 1986, o Grupo de Emergências do Corpo de Bombeiros do
Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado da Defesa Civil. Sua equipe era
composta de um médico e dois enfermeiros, além do motorista. Já no início dos anos 90,
foi implantado, em São Paulo, o Sistema de APH na Corporação dos Bombeiros do Estado
de São Paulo, com pessoal treinado em suporte básico e suporte avançado à vida. Um
acordo assinado entre o Brasil e a França, através de uma solicitação do Ministério da
Saúde, deu origem ao Serviço de Atendimento Móvel às Urgências (SAMU).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) é um serviço de


atendimento médico brasileiro, utilizado em casos de emergência. Foi idealizado na França,
em 1986 como Service d'Aide Médicale d'Urgence — que faz uso da mesma sigla
"SAMU" — e é considerado por especialistas como o melhor do mundo.

Na perspectiva de consolidação de um serviço de emergência, foi lançado pelo


Ministério da Saúde, em 2003, a Política Nacional de Urgência e Emergência com o intuito
de estruturar e organizar a rede de urgência e emergência no país. Desde a publicação da
portaria que instituiu essa política, o objetivo foi o de integrar a atenção às urgências. Hoje
a atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde e Equipes de Saúde da
Família, enquanto o nível intermediário de atenção fica a encargo do SAMU 192 (Serviço
de Atendimento Móvel as Urgência), das Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24H), e
o atendimento de média e alta complexidade é feito nos hospitais.

Exemplo de ambulância móvel concebida Região da atual Macedônia, Guerra


por Dominique Larrey Turco-Russa (1877-1878). Evacuação de
feridos em ambulâncias com o emblema
da Cruz Vermelha.

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Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel

02
REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
MÓVEL

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local de atendimento especializado e efetivo


composto por um conjunto de elementos funcionais que são agrupados de forma a prestar
atendimento a pacientes que apresentam quadros graves ou de risco que exigem assistência
imediata e interrupta, além de ser composto por aparelhamento e recursos humanos
especializados (BRASIL, 2006).

Nas unidades móveis essa realidade não é diferente, sendo de vital importância para
a sociedade, pois fornecem recursos especializados na assistência aos agravos de saúde
com risco de óbito iminente. O atendimento é efetivado por médicos, enfermeiros e
técnicos de enfermagem intervencionistas, além do condutor socorrista que exerce papel
complementar na assistência. A atuação desses profissionais se dá sempre em equipe,
porém, cada um de acordo com sua área de formação (NITSHKE et al, 2008)
(NASCIMENTO, 2010).

No entanto para a organização e condução desse serviço é indispensável seguir


algumas orientações que são preconizadas para a legalização dessa atividade.

2.1 A NORMA QUE SE REFERE AO AMBIENTES DO SERVIÇO DE


TRATAMENTO INTENSIVO MÓVEL PRECONIZA

Todo Serviço de Tratamento Intensivo Móvel deve possuir, no mínimo, os seguintes


ambientes para o desenvolvimento de suas atividades:

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

a. Sala de Utilidades.

b. Sala Administrativa.

c. Copa.

d. Rouparia.

e. Sala de Preparo de Equipamentos/Material.

f. Depósito de Equipamentos/Material.

g. Sanitário com Vestiário para Funcionários.

h. Depósito de Material de Limpeza.

i. Sala de Reuniões/Entrevista.

j. Quarto de Plantão, com Banheiro.

k. Área de Estar para a equipe de saúde.

l. Garagem, com área para lavagem e desinfecção de veículos.

Quando nos referimos aos Serviços de Tratamento Intensivo Móvel do próprio


hospital, os ambientes podem ser compartilhados com outros setores do hospital, desde que
sejam dimensionados de forma a atender, também a esta demanda.

Nestes casos, o prestador de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel deve dispor de


todos os ambientes citados no item anterior, além de:

 Local adequado para arquivo dos prontuários dos pacientes transportados e dos
contratos com os hospitais.

 Ambiente, instalações e equipamentos adequados para o armazenamento e


reprocessamento de artigos e equipamentos de uso nas UTI-Móveis.

Quando necessário, a terceirização do processamento de artigos de uso múltiplo é


permitida para o prestador autônomo de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel, caso não
seja possível o uso exclusivo de artigos de uso único e/ou o reprocessamento, em
condições de segurança, no próprio serviço.

Para se manter uma UTI-Móvel em pleno funcionamento, deve-se seguir requisitos


mínimos que estão relacionadas as condições adequadas de higiene e segurança.

O compartimento de paciente(s) deve possuir dimensões físicas suficientes para


permitir a assistência dos profissionais aos pacientes durante o transporte, compreendendo,
no mínimo, por paciente adulto ou pediátrico:

a. Veículo Terrestre - Altura mínima de 1,50 m, medida do assoalho ao teto, largura


mínima de 1,60 m, medida 30 cm acima do assoalho do veículo, e comprimento
mínimo de 2,10 m medido da porta traseira à divisória da cabine do condutor.

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b. Veículo Aéreo - O local destinado à maca e/ou prancha rígida deve possuir um
comprimento mínimo de 1,70 m e largura mínima de 45 cm. Devem ser previstos
ainda, dois lugares para acomodação da equipe de saúde.

c. Veículo Hidroviário - Altura mínima de 1,85 m, largura mínima de 1,70 m e 3,00m


de comprimento.

No compartimento de pacientes de UTI-Móvel Neonatal deve possuir dimensões


físicas suficientes para permitir a assistência médica aos pacientes durante o transporte,
com altura mínima de 1,50 m, medida do assoalho ao teto, assim como, uma área mínima
de 1,20 m2 por incubadora, e dois lugares para a acomodação da equipe de saúde.

Todo compartimento de pacientes de UTI's Móveis deve possuir as seguintes


características:

a. Iluminação interna compatível com os procedimentos, constando de luzes frias de


alta luminosidade em quantidade suficiente para uma boa visibilidade, igual ou
superior a 150 Watts.

b. Dotado de rádio-comunicação que, alternativamente, pode ser instalado na cabine


do condutor.

c. Acomodação para a equipe.

d. Espaços específicos para acomodação de materiais e medicamentos, tais como


armários, gavetas e/ou maletas.

e. Superfícies internas forradas de materiais laváveis, que permitam fácil limpeza e


desinfecção, dotadas de cantos arredondados.

f. Sistema de ventilação forçada capaz de manter uma temperatura confortável, entre


20 e 25º C, no compartimento destinado aos pacientes.

g. Piso revestido de material antiderrapante.

h. Janelas de vidro jateado, permitindo-se a inclusão de linhas não jateadas, exceto nas
aeronaves.

i. Portas que proporcionem abertura suficiente para o embarque e desembarque dos


pacientes em posição horizontal.

2.2 ALGUNS REQUISITOS SÃO OBRIGATÓRIOS COMO OS DE


SEGURANÇA
a. Sinalizador ótico-acústico externo.

b. Sistema de travas de fixação das macas e incubadoras ao assoalho.

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c. Cintos de segurança para pacientes e demais ocupantes do veículo.

d. Divisórias fixas entre a cabine do condutor e o compartimento dos pacientes, com


comunicação obrigatória entre estes dois ambientes, nos veículos terrestres e barcos.

e. Balaustre pega-mão fixado no teto e farol de embarque no acesso do paciente.

f. Nas aeronaves, o posto de comando do piloto deve permitir uma operação segura,
sem que haja interferência da equipe ou do paciente sobre os controles de voo.

2.3 EM TODA UTI- MÓVEL É INDISPENSÁVEL ALGUNS


MATERIAIS E EQUIPAMENTOS, TORNANDO-SE OBRIGATÓRIOS,
TAIS COMO
1. Maca com rodízios

2. Prancha longa para imobilização da coluna

3. Suportes para soluções parenterais

4. Cadeira de rodas dobrável

5. Cilindro de oxigênio com capacidade mínima de 115 pés cúbicos (3,0 3,2 m3) com
válvulas de segurança e manômetro, devidamente acondicionados

6. Instalação de oxigênio com régua tripla: 1 para respirador, 1 fluxômetro com


umidificador e um para aspiração (venturi)

7. Cilindro portátil de oxigênio como descrito no item anterior

8. Respirador ciclado a pressão ou volume.

9. Monitor e desfibrilador portáteis, com sincronismo e bateria interna recarregável

10. Aparelho portátil de Eletrocardiograma de 12 derivações, com bateria recarregável.

11. Marcapasso transcutâneo

12. Gerador de marcapasso e eletrodo para uso transvenoso

13. Bomba de infusão, com bateria interna recarregável

14. Oxímetro de pulso, com sensor adulto e pediátrico

15. Estetoscópio

16. Esfignomanômetro aneróide adulto e pediátrico

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17. Kit de vias aéreas, composto por:

 Laringoscópio adulto, com lâminas curvas 1, 2, 3 e 4, e baterias de reserva

 Laringoscópio pediátrico, com lâminas retas 0 e 1, e baterias de reserva

 Jogo de cânulas endotraqueais para uso adulto (com cuff) e pediátrico (sem cuff),
pelo menos uma de cada número, com adaptadores.

 Jogo de cânulas de traqueostomia, pelo menos uma de cada número.

 Fio guia para intubação

 Pinça de Maguil

 Bisturi descartável

 Kit de drenagem torácica (dreno, conexões e recipientes) adultos e pediátrico

 Ressuscitadores manuais adulto e pediátrico com reservatório de oxigênio (ambú)

 Máscaras para ressuscitadores adulto e pediátrica, pequenas, médias e grandes

 Jogo de mascaras venturi, de diversas concentrações

 Cateteres nasal de O2

 Cânulas orofaríngeas,de diversos números

 Jogo de cânulas nasofaríngeas, adulto e pediátricas

 Sondas para aspiração traqueal de vários números

 Cateteres de aspiração

 Luvas cirúrgicas e de procedimento

 Xylocaína geleia

 Cadarços para fixação de cânula traqueais.

Em toda UTI-Móvel os insumos medicamentosos também estão regulamentados


devendo dispor, no mínimo, dos seguintes artigos obrigatórios:

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

TIPO DE ARTIGO/MEDICAMENTO Quantificação

(Unidade)

1. Kit de acesso venoso, composto por: 1

Recipiente contendo algodão com anti-séptico, esparadrapo, compressas de


gaze estéreis

Extensor de 03 vias, 2 unidades

Bolsas de pressurização para soluções 2 unidades

Agulhas de vários tamanhos e calibres e Seringas de insulina, e seringas de


03, 05, 10 e 20 ml com agulha 5 de cada

Butterflys de vários números, pelo menos 6 de cada

Catéteres para punção venosa profunda, pelo menos 2 adultos


e 2 pediátricos.

Equipos de macrogotas e de microgotas, pelo menos 6 de cada

Equipos para a bomba de infusão, pelo menos 2

Garrote, tesoura e tala para fixação de braços

Bandeja para dissecção venosa

Caixas de pequena cirurgia 2

Jogo de cânulas para punção venosa tipo "jelco" 2

Torneiras de três vias 4

Jogo de sondas vesicais de Foley e de Nelaton 1

Coletores de urina com sistema fechado 2

Jogo de sondas nasogástricas 1

Jogo de eletrodos descartáveis para monitorização cardíaca 6

Jogo de eletrodos para marca-passo transcutâneo 2

Jogo estéril, completo, de circuito para respirador 2

Almotolias de anti-sépticos 2

Jogo de colares cervicais, adultos e pediátrico 1

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Unidade 2 – Regulamentação dos Serviços de Unidade de Terapia Intensiva Móvel

Cobertor ou filme metálico para conservação de calor no corpo

Campos cirúrgicos fenestrados de tamanho médio, embalados 6


individualmente

Pacotes de compressas estéreis

Jogo de ataduras de crepom de 15 cm e 30 cm de largura 6

Lençóis

Pacote de absorventes higiênicos 1

Garrotes fortes de borracha 1

Pares de luvas cirúrgicas de números variados 10

Caixa de luvas de procedimento 1

Jogo de fios de sutura, de algodão, nylon, monofilamento, categut simples 6


e cromado, com agulhas, números 2-0 e 3-0

Fio de algodão sem agulha número 2-0 6

Pacote de fita cardíaca 1

Óculos de proteção biológico 3

Caixa de máscaras descartáveis para os tripulantes 1

Frasco de trombolítico 2

Kit de medicamentos necessários para o atendimento de emergência 1

Todo serviço deve possuir pelo menos uma unidade dos seguintes equipamentos de
reserva:

a. Respirador.

b. Desfibrilador.

c. Monitor cardíaco.

É preciso lembrar que todos esses materiais, artigos e equipamentos para uso na
UTI-Móvel devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza, conservação e
funcionamento, controle de prazo de validade, segurança e organização.

Para a UTI- Móvel Neonatal além da normatização já exibida aqui, há alguns


requisitos adicionais.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

a. Incubadora de transporte para recém-nascido com bateria, suporte em seu próprio


pedestal para cilindro de oxigênio e ar comprimido, controle de temperatura com
alarme. A incubadora deve apoiar-se sobre carro próprio, com rodas devidamente
fixadas quando dentro da UTI-Móvel.

b. Respirador com blender para mistura gasosa e controle de pressão expiratória final,
possibilidade de ventilação controlada e assistida, de preferência não eletrônico.

c. Todos os demais equipamentos e materiais citados nas tabelas, devem ser atender
às especificações para uso neonatal.

d. Surfactante

e. CPAP nasal.

No caso da UTI- Móvel aérea os requisitos são:

A instalação dos equipamentos em UTI-Móvel Aérea deve seguir as normas


aeronáuticas em vigor. Todos os materiais e equipamentos utilizados devem ser
obrigatoriamente homologados para uso aeromédico, devendo em casos omissos, possuir
certificação do fabricante do equipamento habilitando seu uso em aeronaves.

As instalações elétricas devem atender às necessidades de alimentação dos


equipamentos médicos, constando de conversor 28/115v (volts) - 60Hz (hertz) - 250w
(watts), bem como dispor das tomadas necessárias e iluminação adequada, ou seja
lâmpadas de 115 - 25watts.

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Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel

03
ASPECTOS GERAIS PARA OS SERVIÇOS
DE UTI MÓVEL

3.1 CONDUTA PESSOAL


Os profissionais que atuam na Unidade de Terapia Intensiva Móvel devem seguir algumas
orientações inerente desse serviço:

 Ser pontual e assíduo no cumprimento da escala de trabalho;

 Permanecer de prontidão durante todo o plantão, atendendo aos chamados com


presteza e agilidade;

 Apresentar-se uniformizado e asseado (barba feita, uniforme limpo e


adequadamente fechado, cabelos presos, unhas curtas, maquiagem, brincos e
colares discretos);

 Adequar hábitos pessoais, linguagem e atitude ao ambiente de trabalho;

 Não fumar, nem permitir que fumem dentro da ambulância;

 Zelar pelo cumprimento dos protocolos;

 Primar pelos princípios éticos e de legislação profissional dos diferentes


profissionais envolvidos no cuidado;

 Tratar com urbanidade os pacientes, familiares e cidadãos em geral;

 Zelar pela imagem do serviço;

3.1.1 Na Base De Apoio Operacional

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

 Realizar o chek-list da viatura, materiais, medicamentos e equipamentos no início e


término de cada plantão, incluindo a checagem do equipamento de oxigenioterapia
fixo e portátil, equipamentos de comunicação e abastecimento de combustível;

 Providenciar os reparos necessários na viatura logo ao início de cada plantão;

 Providenciar a reposição de materiais de consumo ao início do plantão e/ou a cada


atendimento;

 Realizar a limpeza da ambulância e dos equipamentos conforme protocolos;

 Zelar pela ordem e limpeza da base de apoio operacional

 Zelar e contribuir para a harmonia das relações interpessoais e interinstitucionais


durante o horário de plantão.

3.1.2 Recebimento Do Chamado/Ocorrência

 Receber e anotar o chamado: qualquer membro da equipe poderá fazê-lo;

 Atentar para a ordem de transmissão do chamado pela Central de Operações, que é


a seguinte: endereço, código determinante, nomes do solicitante e da vítima, outras
informações quando cabíveis;

 Enquanto um membro da equipe anota o chamado, o condutor deverá iniciar a


busca do endereço no guia de ruas, a fim de agilizar o atendimento;

3.1.3 Durante O Deslocamento Até O Local Do


Atendimento

 Zelar pelo respeito às regras de condução de veículos de emergência, conforme


protocolo e Código de Trânsito Brasileiro;

 Estabelecer a melhor e mais segura rota para o local da ocorrência;

3.1.4 Na Cena Do Atendimento

 Garantir sua segurança e a da equipe, além dos circundantes e da vítima;

 Apresentar-se como profissional;

 Avaliar a vítima e realizar as intervenções necessárias e previstas em Protocolo,


dentro dos limites ético-profissionais;

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Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel

 Utilizar EPI durante todo o atendimento;

 Manter o controle da situação, estabelecendo prioridades;

 Apoiar, orientar e acalmar familiares e acompanhantes da vítima;

 Entrar em contato com a Regulação Médica na Central de Operações, reportar o


caso e seguir as orientações determinadas pelo Médico Regulador.

3.1.5 Durante O Transporte Da Vítima Até O Hospital

 Transportar a vítima para o hospital determinado pela Regulação Médica;

 Trafegar sempre com o cinto de segurança afivelado bem como de todos os


tripulantes;

 Realizar o transporte rápido e seguro;

 Transportar o acompanhante no banco da frente, ao lado do motorista, com o cinto


de segurança devidamente afivelado;

 Manter observação e cuidados constantes da vítima;

 Preencher de forma completa a ficha de Atendimento em duas vias com letra


legível.

3.1.6 No hospital

 Informar à equipe da Unidade de Emergência do Hospital sobre: tipo de ocorrência,


condições da vítima e os procedimentos realizados;

 Arrolar os pertences da vítima e entregar ao responsável da unidade;

 Agilizar o preparo da equipe, materiais e ambulância para novas ocorrências;

 Comunicar à Central de Operações sua disponibilidade tão logo esteja liberado.

3.1.7 Durante O Regresso Para A Base

 Comunicar à Central de Operações sobre a saída do hospital e a disponibilidade

 Transmitir ao rádio-operador os dados referentes ao atendimento, utilizando o


recurso de comunicação portátil disponível.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

3.2 AO CONDUTOR DO VEÍCULO COMPETE

 A responsabilidade de condução do veículo dentro das regras do trânsito previstas


no Código de Trânsito Brasileiro para veículos de emergência;

 Portar durante todo o plantão os documentos referentes à sua habilitação e os


documentos da viatura;

 Conhecer o sistema viário e as principais referências da região;

 Saber utilizar adequadamente o sistema de comunicação e de sinalização sonora e


de iluminação da viatura. No deslocamento até o local do atendimento.

3.2.1 Verificar Antes Do Deslocamento Da Viatura

 Nível do óleo do motor e Km da troca;

 Nível e estado da água do radiador;

 Fluido de freio;

 Tensão da correia do motor;

 Estado geral da bateria;

 Possíveis vazamentos;

 Presença de fumaça anormal no sistema de escapamento;

 Fixação e estado do escapamento;

 Ruídos anormais;

 Eventuais peças soltas dentro e fora da viatura;

 Fixação e estado dos para-choques;

 Funcionamento dos limpadores de para-brisas;

 Sistemas elétricos, luminosos e sonoros;

 Calibragem e estado de conservação dos pneus e estepe;

 Existência de triângulo de sinalização, macaco e chave de rodas;

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Unidade 3 – Aspectos Gerais para os Serviços de UTI Móvel

 Arranhões e amassados na cabine e carroceria;

 Limpeza geral externa da viatura;

 Nível do combustível;

 Marcador de temperatura do motor;

 Ajuste do banco do motorista e cinto de segurança;

 Ajuste dos espelhos retrovisores;

 Ficha de abastecimento de combustível e Registro Individual de Viatura;

 Estado, carga e fixação do extintor de incêndio;

 Guia da cidade;

 Relatórios de trabalho;

 Lanterna portátil;

 Sistema de rádio e comunicação;

 Estado e conservação de todos os cintos de segurança da viatura.

3.2.2 Verificar Durante O Deslocamento Da Viatura

 Ruídos anormais

 Eventuais peças soltas em geral

 Estado dos freios

 Funcionamento do rádio fixo e/ou hand-talk

3.2.3 Regras fundamentais de condução de veículos de


emergência

A segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária sempre. O condutor deve seguir as


regras previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

3.2.4 Números de passageiros na viatura

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O número de passageiros permitido deve ser igual ao número de cintos de segurança


disponíveis e em condições de uso, além do paciente na maca, também com cinto. (CTB
artigo 65)

3.2.5 Uso de dispositivos sonoros e de iluminação

Devem ser utilizados somente em efetiva prestação de serviço de urgência (CTB artigo 29).
Recomenda-se que, além dos sinais luminosos e das sirenes, se utilize o farol baixo, tanto
durante o dia quanto à noite.

3.2.6 Velocidade permitida

O veículo de emergência não tem direito a ultrapassar a velocidade permitida pela via e
pode sofrer sanções punitivas, mesmo se comprovada a efetiva prestação de serviços de
urgência.

3.2.7 Privilégios do veículo de emergência no


trânsito

O veículo de emergência tem o privilégio de solicitar passagem e ultrapassar sempre pela


esquerda. Para isso, o condutor deve utilizar os recursos sonoros e de iluminação, incluindo
os faróis, para alertar os outros condutores de sua aproximação e já posicionar a
ambulância na faixa de rolamento à esquerda. O veículo de emergência não deve ser
conduzido no espaço entre faixas de rolamento.

3.2.8 Exceções permitidas em situação de emergência

Ultrapassar o semáforo vermelho*;

Andar na contramão*;

Estacionar em local proibido*.

*Importante: O veículo de emergência apenas poderá se utilizar desses recursos


quando estritamente necessário e desde que estejam garantidas todas as condições de
segurança para si mesmo e para os outros. Na ausência de garantias de segurança, o
condutor deve considerar que a segurança da equipe e dos cidadãos é prioritária. Para
elevar a segurança nas situações acima, o condutor deve:

 Solicitar apoio de policiais ou de agentes do trânsito presentes no local.

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 Alternar o tipo de sirene;

 Projetar o veículo à frente em velocidade baixa e somente após garantir a segurança


para o movimento.

3.2.9 Comportamento de segurança no trânsito

 Evitar freadas e acelerações bruscas;

 Evitar mudanças desnecessárias de faixa de rolamento (evitar “costurar”);

 Não usar pisca-alerta quando em movimento;

 Utilizar velocidade compatível com o procedimento necessário ao paciente;

 Posicionar corretamente a viatura na cena de atendimento);

 Sinalizar adequadamente a viatura e a via quando parado.

 Se o veículo for o primeiro a chegar na cena, deve estacionar antes do evento e


sinalizar o local:

 Se a cena já estiver sinalizada, estacionar após o evento

 A ambulância deve ser parada no sentido da via, com os sinais luminosos ligados e
a uma distância segura do evento;

 Para decidir pela distância segura observe a existência de vazamento de óleo,


combustível, gases, fumaça, fogo, etc;

 A sinalização pode ser realizada com cones ou similares;

3.2.10 Informar a Central de Operações assim que


possível sobre

 Local;

 Existência de vítimas do acidente (na equipe ou outros veículos, etc);

 Existência de vítimas já em atendimento;

 Situação no local para avaliação das necessidades de apoio.

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3.2.11 Se o acidente ocorrer durante o deslocamento


para o chamado ou no retorno à base

No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe providenciar se possível:

 Sinalização do local para garantia de segurança ou solicitar apoio para tal;

 Atendimento às vítimas conforme protocolo.

 No caso de acidente sem vítimas a equipe deve aguardar a decisão da Regulação


médica sobre o prosseguimento.

3.2.12 O acidente ocorrer durante o deslocamento


para o hospital (com vítima na viatura)

No caso de acidente com vítimas, cabe a equipe se possível providenciar:

 Sinalização do local para garantia de segurança;

 Nova avaliação da vítima (já embarcada) na viatura;

 Tranquilização de familiares e da vítima já embarcada;

 Atendimento às vítimas do acidente conforme protocolo.

No caso de acidente sem vítimas aguarde a decisão da Regulação Médica sobre o


prosseguimento ou não para o hospital de destino. A avaliação da cena deve ser a primeira
prioridade para todos;

Ela é uma identificação rápida dos diferentes fatores que estão relacionados com a
ocorrência e a tomada de rápidas ações de controle de fatores que possam ameaçar a
segurança da equipe, da vítima e dos circundantes;

O profissional jamais deve tentar uma ação de salvamento a menos que seja
treinado para tal;

Em caso de risco o atendimento deve ser adiado até que a cena esteja segura.

3.3 PASSOS PARA AVALIAÇÃO DA CENA


1. Qual é a situação? (Estado atual)

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2. Para onde pode ir? (Potencial)

3. Como controlá-la? (Operação e recursos)

3.3.1 Passo 1: Qual é a situação?

Considerar informações passadas pela Central de Regulação, por outras equipes no local
e/ou por testemunhas;

À chegada na cena observar: situação geral, presença de outros serviços e presença


de agente de risco (fogo, fumaça, animais, produto perigoso, inundação, instabilidade de
estruturas, fios elétricos, acesso difícil, tráfego intenso, armamento, aglomeração de
pessoas e risco de pânico em massa, fluidos corporais, N° de vítimas, etc);

3.3.2 Passo 2: Para onde a situação pode ir?

Considerar a evolução possível da situação nos próximos minutos e horas, por exemplo:
explosão, intoxicação por fumaça, rompimento da estrutura, choque elétrico, violência
interpessoal, vazamento de produtos, contaminação, vias intransitáveis, aumento do
número de vítimas, etc.

3.3.3 Passo 3: Como controlar a situação?

Considerar o acionamento de recursos de apoio e/ou especializados como: equipes


adicionais, Bombeiros, Polícia, aeromédico, companhia elétrica, etc;

Todos os acionamentos devem ser solicitados por meio da Central de Regulação


Médica;

Seguir regras gerais de estacionamento da viatura;

Seguir as regras gerais de biossegurança;

3.4 DURANTE O ATENDIMENTO


Avaliar a segurança da cena conforme Protocolo. Se necessário, solicitar apoio à Central
de Operações;

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Utilizar as precauções-padrão básicas como dispositivos de barreira (equipamentos


de proteção individual -EPI) e práticas seguras;

EPI obrigatórios:

 Uniforme completo com calçado apropriado;

 Luvas de procedimento;

 Óculos de proteção;

 Máscara;

3.4.1 Práticas seguras

 Manter unhas curtas e limpas e caso se aplique, manter os cabelos presos;

 Não utilizar adornos em excesso de número e de tamanho (correntes, pulseiras,


anéis e brincos).

Obs: Brincos do tipo argola não são permitidos. Prefira o uso apenas de relógio;

Desprezar materiais perfuro-cortantes no coletor apropriado da ambulância;

3.4.2 Após o atendimento

 Recolher todo o lixo produzido no atendimento (luvas, gazes, etc) para ser
descartado na lixeira da ambulância;

 Desprezar as luvas e todo o material (lixo) de consumo não cortante utilizado no


atendimento (invólucros, lençóis descartáveis, gazes, luvas etc) no coletor de lixo
hospitalar adequado (saco branco leitoso);

 Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços, com água e sabão e secar;

 Na impossibilidade de lavar as mãos, utilizar álcool gel;

 Trocar o uniforme, caso o mesmo esteja úmido/sujo por fluídos corporais da vítima;

 Proceder a limpeza e desinfecção concorrente da ambulância (principalmente das


superfícies tocadas) e de materiais e equipamentos utilizados;

 Quando cheios, descartar o saco de lixo branco leitoso da ambulância (de material
médico-hospitalar) e o coletor de perfuro-cortantes no hospitais de destino e em
local apropriado, de onde serão devidamente descartados.

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Obs: Jamais descarte esses itens em lixo comum.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

04
TRANSPORTE DE PACIENTES NA UTI-
MÓVEL

Na área de saúde, o doente crítico é definido como aquele cuja sobrevivência depende de
meios avançados de monitorização e terapêutica, aja vista a disfunção ou falência profunda
de um ou mais dos seus órgãos ou sistemas.

Entende-se ainda que esse doente possui um quadro clínico complexo,


acompanhado nos casos mais graves, de falência respiratória, cardíaca e cerebral e cuja
sobrevivência depende dos meios avançados de monitorização e terapêutica. Estes
indivíduos são de grande risco, sua capacidade de adaptação ou reserva fisiológica para
alterações súbitas é quase nula, o que faz com que qualquer alteração gere instabilidade,
podendo agravar a situação clínica do doente.

Dessa forma, o estado em que se encontra o doente crítico exige uma assistência
eficaz e permanente por parte da equipe, devendo esta ser especializada, treinada e que
disponha de condições apropriadas para atende esse doente.

Transportar um paciente que exige cuidados específicos abrange vários riscos,


como a falha nas funções cardiovasculares e respiratórias, o que pode resultar em
instabilidade fisiológica e redução da oxigenação tecidual podendo trazer, hipotensão
grave, arritmias cardíacas, entre outras complicações.

Neste contexto, as intervenções nesse momento determinam muitas vezes a


recuperação e/ou agravamento clínico dos pacientes. É importante prevenir agravos à
saúde através das ações direcionadas, o papel dos profissionais nessas ações de transporte
do doente crítico é integralizado e continuo procurando sanar as necessidades de saúde do
paciente.

É importante destacar que a enfermagem vem acompanhando o aumento de


tecnologias novas nessa área e com isso vem aprimorando seus conhecimentos para efetuar
os cuidados junto a esse público. Todavia, em qualquer tipo de transporte para pacientes
críticos há instabilidades, pela própria condição das vias e do trânsito, fazendo-se ainda

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Unidade 4 – Transporte de Pacientes na UTI Móvel

necessário aprimorar cada vez mais os cuidados, tendo em vista o controle do risco durante
o transporte, reduzindo os agravos à saúde.

De acordo com Nunes (2009), a depender do local de origem e chegada, o


transporte de doentes críticos possui algumas designações: primária, na qual o doente é
transportado dentro do local onde foi acidentado para uma unidade de saúde; e secundário
ou inter-hospitalar, que ocorre quando o transporte é realizado entre duas unidades de
saúde.

O transporte destes indivíduos constitui-se, segundo Machado (2010), numa área


essencial para a melhoria do estado clínico e determinante para a sobrevivência e qualidade
de vidas dos doentes críticos.

Em razão do seu estado, o transporte de doentes críticos entre hospitais envolve


riscos e, portanto, deve ser considerada os seus benefícios.

Convém lembrar que o período de transporte é caracterizado pela instabilidade, o


que pode agravar o estado clínico do doente e originar complicações que devem ser
previstas, mas ainda assim ele é justificável quando o doente crítico necessita de uma
assistência superior, para realizar exames complementares não possíveis de serem
realizados na instituição onde o doente está internado.

Sendo assim o transporte de doentes pode ser realizado pelas seguintes razões: pela
inexistência de recursos, tratar ou dar continuidade ao tratamento iniciado, mas,
principalmente, para a acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados ou não, a
realização de exames complementares de diagnóstico ou a realização de tratamentos
frequentes.

Alguns riscos inerentes ao transporte independe do tempo ou da distância a ser


percorrida e as causas das alterações normalmente não são fáceis de ser explicadas, uma
vez que algumas delas muitas vezes não são detectadas na ausência de monitorização
adequada. Para a decisão do transporte de doente critico deve ser considerada: a
necessidade de transferir um doente por falta da valência médico-cirúrgica ou necessidade
de recursos técnicos indispensáveis à continuidade dos cuidados e definição diagnóstica e
terapêutica e/ou gravidade clínica do doente. Essas necessidades devem ser observadas,
pois entre os doentes críticos, os riscos de morbidade e mortalidade são aumentados
durante o transporte.

Dessa forma, os riscos no transporte destes indivíduos podem ser minimizados


quando for feito um planejamento cuidadoso, o que envolve: uma equipe preparada, meios
de transportes adequados, pois quanto mais qualificado e preparado for esse transporte,
menor o risco; e disponibilidade de equipamentos de monitorização e eventuais
procedimentos de emergência necessários.

Dependendo das condições desse paciente crítico, o transporte do doente pode ser
realizado por via aérea ou terrestre, sua escolha deve levar em conta diversos fatores, entre
eles, a mobilidade do doente; a sua situação clínica; tempo; condições meteorológicas,
terreno, equipamento, pessoal, entre outros.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

Neste processo, a equipe de enfermagem tem papel importante, podendo a sua


vivência influenciar positiva ou negativamente na qualidade do transporte, bem como na
segurança e cuidados com o doente durante o seu transporte.

Pelo exposto, questões como a qualificação da equipe técnica e a qualidade do


serviço prestado devem ser levados em consideração no processo de deslocamento, bem
como o acompanhamento médico adequado, a experiência do enfermeiro e a segurança
emocional constituem-se em fatores positivos que influenciam o aspecto do transporte.

A qualificação da equipe multidisciplinar é essencial no processo de transporte,


uma vez que ela tem efeito direto na segurança do paciente durante a saída e regresso no
serviço ou instituição de destino. Todos os profissionais que tratam direto e indiretamente
de doentes críticos devem ser treinados para tal, bem como devem ter formação específica
em transporte, devendo, no mínimo, estarem preparadas para o suporte avançado de vida e,
desejavelmente, o suporte avançado de trauma.

Nos casos de transporte aéreo, apenas os profissionais habilitados em suporte


avançado de vida e que se encontram, especificamente treinados para este tipo de
transporte, com formação em fisiologia de voo, nas regras de segurança durante o
helitransporte e nos heliportos devem fazer o acompanhamento do paciente.

No que se refere ao controle da qualidade do transporte, é recomendada a


existência de um sistema de acompanhamento e de auditoria local (nas instituições) e
regional (por área regional ou de hospital central e polivalente), uma vez que é necessária a
existência de dados objetivos, com a utilização de escalas de pontuação para a definição
das necessidades logísticas do acompanhamento durante o transporte, assim como a
consignação de metodologias tipificadas para os registros clínicos, o que permitirá a
avaliação do nível de desempenho e do rigor assistencial.

Para a avaliação desse transporte, devem ser utilizados instrumentos apropriados


(baseados nas tabelas e nos formulários de registro preconizados), para a análise do
respeito pelas boas práticas das presentes recomendações e implementação de medidas
corretiva.

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Unidade 5 – Transporte de Pacientes em Condições Especiais

05
TRANSPORTE DE PACIENTES EM
CONDIÇÕES ESPECIAIS

5.1 TRANSPORTE NEONATAL


Não há dúvida de que a maneira mais segura de se transportar uma criança de risco é no
útero materno. A mortalidade neonatal é mais baixa quando o nascimento de um recém-
nascido de alto-risco ocorre em centros terciários bem equipados em termos de recursos
materiais e humanos.

No entanto, em algumas situações, o nascimento de um concepto pré- termo e/ou


doente pode ocorrer em centros secundários ou mesmo primários. Nesse caso, tais
pacientes devem ser transferidos para uma unidade mais especializada, respeitando-se a
lógica dos sistemas regionalizados e hierarquizados de atendimento neonatal.

Assim, a classificação do transporte neonatal é praticado muitas vezes na categoria


inter-hospitalar. Isto é, aquele realizado entre hospitais, sendo indicado principalmente
quando há necessidade de recursos de cuidados intensivos não disponíveis nos hospitais de
origem, como:

 Abordagens diagnosticas e cirúrgicas mais sofisticadas e/ou de doenças menos


frequentes;

 Medidas de suporte ventilatório;

 Nutrição parenteral;

 Monitorização vital complexa.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

5.2 AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA O TRANSPORTE


INTER-HOSPITALAR SÃO

 Prematuridade, com idade gestacional menor que 32 a 34 semanas e/ou peso de


nascimento inferior a 1.500 gramas.

 Problemas respiratórios com uso de fração inspirada de oxigênio superior a 40 –


60% ou de pressão positiva continua em vias aéreas ou de ventilação mecânica.

 Anomalias congênitas.

 Convulsões neonatais.

 Doenças que necessitam de intervenção cirúrgica.

 Hemorragias e coagulopatias.

 Hiperbilirubinemia com indicação de exsanguineo-transfusão.

 Asfixia com comprometimento multissistêmico.

 Recém-nascido com cianose ou hipoxemia persistente.

 Sepse ou choque séptico.

 Hipoglicemia persistente.

OBS.: O transporte inter-hospitalar também e utilizado para levar de volta a origem


aquele recém-nascido que não mais necessita de cuidados intensivos.

5.3 ALGUNS PASSOS SÃO IMPORTANTES PARA O ÊXITO DO


TRANSPORTE NEONATAL

 Solicitação de Vaga em outro Hospital

 Antes da transferência do paciente, é necessária a comunicação e a coordenação de


medico para medico, devendo ser fornecida a equipe de transporte e ao hospital de
destino a avaliação e a evolução clinica detalhadas do paciente, bem como o
resultado de exames e prescrições.

 A transferência, em termos legais e de responsabilidade do médico chefe da


unidade em que o paciente se encontra.

Outra condição especifica para esse público é o consentimento do responsável,


dessa forma, após a estabilização do paciente, a equipe de transporte deve explicar aos pais

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as condições clinicas do recém-nascido, o risco da patologia e o local a ser transferido esse


RN. Deve-se pedir autorização escrita para o procedimento.

A mãe é a legítima responsável pelo recém-nascido, exceto em situações de doença


psíquica. Em caso de risco iminente de vida, o médico está autorizado a transferir o
neonato sem a autorização do responsável.

A equipe deve está apta para realizar toda a assistência pertinente a essa população
em destaque, devendo ter experiência com esse público, buscando um transporte seguro e
exitoso.

Para esse tipo de transporte, o veículo deve ser dimensionado e equipado para
direcionar esse atendimento. Então, a seleção do veículo vai depender de inúmeros fatores,
como o estado clínico do paciente, a distância a ser percorrida, as condições do tempo, o
número e o tipo de funcionários necessários, o equipamento exigido para a estabilização do
neonato e a disponibilidade no momento do transporte.

De maneira geral, os veículos usados são as ambulâncias para o transporte terrestre


e os helicópteros e aeronaves para o transporte aéreo.

Ambulâncias: são eficazes para transportar pacientes graves ou instáveis num raio
de até cerca de 50 quilômetros e pacientes estáveis num raio de até 160 quilômetros. São
relativamente baratas e seguras. Apresentam pouca vibração e o nível de ruído chega a 90–
100 decibéis. Os pré-requisitos para a utilização da ambulância no transporte neonatal são:

 Altura do compartimento de pacientes suficiente para a acomodação da incubadora


de transporte, com local seguro para sua fixação.

 Presença de fonte de energia, luz e controle de temperatura.

 Fonte de oxigênio e ar comprimido, com estoque de ambos os gases.

 Espaço interno mínimo para a manipulação do recém-nascido em situação de


emergência.

 Cintos de segurança para a equipe de transporte.

Helicópteros: eficientes para transportar pacientes graves num raio de 160 a


240km, mas apresentam algumas desvantagens, como espaço interno limitado e o alto
nível sonoro. A cabine não é pressurizada e podem ocorrer modificações fisiológicas e
alterações dos equipamentos durante o transporte, assim:

 A pressão barométrica e a temperatura diminuem com o aumento da altitude.

 O ruído e a vibração podem afetar as respostas fisiológicas, o funcionamento dos


equipamentos e o tratamento do paciente.

Aeronave: ideal para longas distancias pela rapidez, pouca vibração e ruído,
iluminação e espaço adequados para a monitorização e a manipulação do recém-nascido.
As desvantagens incluem o custo operacional elevado, não servir para o transporte urbano

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e necessitar da ajuda de ambulância ou de helicópteros para o transporte do paciente ao


aeroporto e vice-versa.

5.4 EQUIPAMENTO NECESSÁRIO


O equipamento mínimo necessário para o transporte neonatal constitui-se de:

 Incubadora de transporte: transparente, de dupla parede, bateria e fonte de luz.

 Cilindros de oxigênio recarregáveis (pelo menos dois).

 Balão autoinflável com reservatório e máscaras ou respirador neonatal.

 Monitor cardíaco e/ou oxímetro de pulso com bateria.

 Material para intubação, venóclise e drenagem torácica.

 Termômetro, estetoscópio, fitas para o controle da glicemia capilar.

 Bomba perfusora.

O material necessário para o transporte deve ser portátil, durável, leve, de fácil
manutenção e estar sempre pronto e disponível. Esses equipamentos devem possuir bateria
própria e recarregável, com autonomia de funcionamento de, no mínimo, o dobro do tempo
do transporte. Além disso, o material não pode sofrer interferência eletromagnética e deve
possuir um modulo de fixação adequada.

Deve suportar a descompressão aguda, mudanças de temperatura, vibração e ser


compatível com outros equipamentos de transporte. Os equipamentos devem poder passar
pelas portas de tamanho padrão dos hospitais.

5.5 MEDICAÇÃO NECESSÁRIA


A medicação mínima, que deve estar disponível para a estabilização clínica pré-transporte
e para o transporte propriamente dito do recém-nascido criticamente doente é a seguinte:

 Para o aporte hidroeletrolítico: soro fisiológico e glicosado a 5 e 10%, glicose a


50%, cloreto de potássio a 10%, cloreto de sódio a 20%, gluconato de cálcio a 10%
e água destilada.

 Para a reanimação: adrenalina (1/10.000).

 Drogas de efeito cardiovascular: dobutamina, dopamina, furosemida.

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 Drogas de efeito neurológico: morfina ou fentanil, midazolan, fenobarbital e


difenil-hidantoina.

 Antibióticos: penicilina e aminoglicosídeo.

 Diversos: aminofilina, dexametasona, vitamina K, heparina e lidocaína 0,5%.

Para que um transporte neonatal seja definido como “seguro” é imprescindível uma
estabilização clínica pré transporte, onde é realizada uma adequada estabilização clínica do
paciente antes que ele seja transportado, juntamente com a presença de uma equipe de
transporte bem treinada. Em relação a estabilização do paciente, os seguintes cuidados
devem ser considerados:

5.6 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA


A temperatura deve ser controlada, sendo um ponto crucial no transporte do recém-nascido,
pois a hipotermia está associada ao aumento da morbimortalidade. A temperatura é medida
na região axilar e o transporte só deve ser iniciado se o recém-nascido estiver
normotérmico. A manutenção da temperatura poderá ser atingida por meio da utilização de:

 Secagem adequada do recém-nascido, quando o transporte ocorrer logo após o


nascimento;

 Utilização de incubadora de transporte de dupla parede com a temperatura regulada


de acordo com o peso do paciente;

 Envolver o corpo do recém-nascido, mas não a cabeça, em filme transparente de


PVC para diminuir a perda de calor por evaporação e convecção;

 Uso de toucas principalmente em prematuros e pacientes com hidrocefalia.

5.7 ESTABILIZAÇÃO RESPIRATÓRIA


A monitorização respiratória é um dos pontos primordiais para avaliação de um recém-
nascido, incluindo cuidados apropriados de reanimação e manutenção de vias aéreas
pérvias com:

 Aspiração de vias aérea superiores incluindo boca e nariz;

 Verificar posicionamento correto do recém-nascido.

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Por vezes, pode ser indicada a intubação traqueal antes da remoção de pacientes
instáveis com risco de desenvolver insuficiência respiratória, garantindo-se antes do
transporte a localização e a fixação adequada da cânula.

5.8 INDICAÇÕES DE INTUBAÇÃO

 Recém-nascidos com ritmo respiratório irregular ou superficial;

 Necessidade de FiO2 superior a 60% para manter oximetria de pulso normal;

 PCO2 acima de 50mmhg na vigência de doença respiratória. Em geral esse valor


indica algum grau de má ventilação e risco de parada respiratória;

 Recém-nascidos com peso <1.000 gramas com risco de fadiga muscular.

5.9 OXIGENOTERAPIA E MODOS DE VENTILAÇÃO DURANTE O


TRANSPORTE
Oxigênio inalatório: vai depender se o paciente estiver apresentando respiração regular,
com valores gasométricos adequados em uma concentração de oxigênio inferior a 40%.
Este pode ser administrado por meio da nebulização em incubadora, do cateter nasal ou
através do halo. Independentemente da forma que iremos administrar o oxigênio, este
deverá estar aquecido e umidificado, para se evitar hipotermia e lesão da mucosa
respiratória.

O oxigênio administrado ao paciente por intermédio da incubadora apresenta a


desvantagem de somente permitir concentrações máximas de oxigênio de 30 a 35%,
podendo variar devido a abertura das portinholas da incubadora para a manipulação do
paciente.

O cateter nasal pode deslocar-se com facilidade, geralmente causa irritação da


mucosa nasal e a concentração de oxigênio vai depender do fluxo dos gases e do padrão
respiratório do paciente.

O halo oferece uma concentração fixa de oxigênio. Deve-se ter o cuidado de


administrar um fluxo mínimo de cerca de 5l/min com a concentração de oxigênio adequada
para corrigir a hipoxemia. Se o recém-nascido estiver necessitando de concentrações
maiores de 60% para manter saturação estável, provavelmente ele necessitara de outra
forma de administração de oxigênio.

CPAP: eficiente e pouco invasivo podendo ser necessário em pacientes com


Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), síndrome do pulmão úmido, que necessitam

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de uma pressão de distensão continua. O inconveniente e o deslocamento das prongas das


narinas do paciente durante o transporte, com o veículo em movimento.

O balão autoinflável e uma opção quando não dispomos de ventilador mecânico


portátil, devendo ser usado com o manômetro, para assegurar a pressão inspiratória dada.

Este método pode aumentar o risco de hipoventilação e barotrauma. Além disso, o


balão não mantem a pressão expiratória final positiva, importante para determinadas
patologias, como SDR. O balão com reservatório, ligado a uma fonte de oxigênio a 5l/min,
permite a concentração de oxigênio entre 90–100%. Podemos oferecer concentrações de
oxigênio de 40% no balão autoinflável se retirarmos o reservatório.

O ventilador manual nos dá a vantagem de controlar a pressão inspiratória e


expiratória, aumentando a segurança ventilatória durante o transporte. Sua limitação e que
a frequência ventilatória deve ser controlada manualmente pelo profissional.

O ventilador mecânico é o ideal para se transportar o paciente, pois mantem estável


os parâmetros ventilatórios, infelizmente o custo e elevado. Quando se utilizar de
ventilador eletrônico, ficar atento a duração da bateria do aparelho. Alguns desses
aparelhos podem ser ligados a bateria da ambulância por meio do acendedor de cigarros,
lembrando-se sempre que dessa forma não vai ocorrer carregamento da bateria do
respirador.

Outro tipo de ventilador é o pneumático, que não necessita da fonte elétrica para
ciclar, apenas do gás comprimido. É ótimo para o transporte, mas tem custo bastante alto.

5.9.1 Via de Intubação para o Transporte

A intubação nasotraqueal tem como vantagem uma fixação mais estável, o que sem dúvida
é de grande importância para o transporte. O número a ser fixado a cânula é: 7 + peso (kg)
do paciente.

Quando o paciente a ser transportado estiver intubado, alguns cuidados devem ser
tomados:

 Providenciar fisioterapia respiratória duas horas antes da saída e materiais para a


aspiração e umidificação do oxigênio durante o transporte.

 Se for utilizada a ventilação manual com o balão autoinflável, este deve possuir
reservatório para que a fração de oxigênio administrada ao paciente seja próxima a
100%. As ventilações devem ser mantidas a intervalos regulares, com pressão
constante e fluxo continuo, sendo importante utilizar o manômetro.

 Se houver disponibilidade de um aparelho de ventilação portátil, deve-se observar,


antes da saída, o seu funcionamento, principalmente em relação a autonomia da sua
bateria, levando sempre o balão autoinflável junto ao paciente para eventuais
intercorrências.

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 Para o uso do oxigênio e ar comprimido torna-se necessário o emprego de dois


cilindros do tipo G, com capacidade para 1.000 litros. Eles permitem o emprego do
gás por aproximadamente três horas, quando o fluxo usado e de 5l/minuto.

5.9.2 Manter o Acesso Venoso

Se possível, transportar o recém-nascido com duas vias de acesso vascular. A veia


umbilical pode ser usada, desde que se tenha confirmação radiológica da posição do cateter
(T8 – T10). Quando o acesso for feito por meio de veias periféricas, utilizar as veias mais
calibrosas e fixa-las adequadamente.

5.9.3 Suporte Metabólico e Ácido-Básico

A monitorização da glicemia capilar e importante. A função do soro de manutenção


durante o transporte e manter as necessidades hídricas do recém-nascido e oferecer uma
velocidade de infusão de glicose capaz de manter o paciente normoglicêmico. Costuma-se
evitar a infusão do cálcio durante o transporte devido ao risco de necrose de partes moles
no caso de extravasamento, exceto quando o recém-nascido esteja na vigência de correção
de hipocalcemia. Recomenda-se, também, que o transporte só seja iniciado quando o pH
sanguíneo estiver acima de 7,25.

5.9.4 Monitorização Hemodinâmica

É realizada por meio de avaliação da perfusão cutânea, frequência cardíaca, pressão arterial,
débito urinário e balanço hídrico. O controle dos batimentos cardíacos deve ser realizado
preferencialmente por meio do monitor de frequência cardíaca. Caso não seja possível o
uso de monitores, verificar a frequência cardíaca por palpação do pulso braquial e/ou
femoral. A ausculta cardíaca durante o transporte e dificultada pelo excesso de ruídos e
pela movimentação do paciente e do veículo. Se precisar sondar o paciente para obter o
debito urinário. Ao monitorar a pressão sanguínea pode ser necessário, para a estabilização
do recém-nascido, o emprego de drogas vasoativas e/ou de prostaglandina E1,
principalmente em pacientes com suspeita ou diagnostico de cardiopatias canal dependente.
Tais medicações sempre devem ser administradas em bomba de infusão continua do tipo
perfusor, com bateria de duração mínima de uma hora.

5.9.5 Controle da Infecção

Na suspeita de sepse, indica-se a coleta de hemocultura e a administração imediata de


antibioticoterapia de amplo espectro, antes do início do transporte. Não esquecer de anotar
os horários que os antibióticos foram administrados.

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5.10 CUIDADOS DURANTE O TRANSPORTE

 Evitar alterações da temperatura, controlando temperatura a cada 10 minutos.

 Verificar a permeabilidade de vias aéreas: observar a posição do pescoço do


paciente, a presença de secreções em vias aéreas e, se intubado, a posição e a
fixação da cânula traqueal durante o transporte.

 Monitorizar a oxigenação: deve ser feita por meio da oximetria de pulso.

 A saturação de oxigênio entre 80% a 85% no cardiopata e 90 a 95% no paciente da


hérnia diafragmática (HD) durante o transporte.

 Monitorizar a frequência cardíaca, pressão arterial, perfusão periférica, debito


urinário.

 Verificar a glicemia capilar do recém-nascido imediatamente antes do início do


transporte e, depois, a cada 60 minutos.

 Observar o funcionamento da bomba de infusão.

 Manter o paciente com hérnia diafragmática em decúbito lateral da hérnia. Orientar


o condutor socorrista para um transporte calmo e seguro (verificar a qualidade do
veículo, solicitar ao motorista uma condução regular, usar cinto de segurança).

5.10.1 Intercorrências Durante o Transporte

As intercorrências passiveis de ocorrer durante o transporte podem ser classificadas em:


alterações fisiológicas ou clinicas e intercorrências relacionadas ao equipamento e/ou a
equipe de transporte.

Em relação a deterioração fisiológica ou clínica, destacam-se: as alterações


significativas dos sinais vitais como frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial,
saturação de oxigênio, pressão parcial de oxigênio, do gás carbônico e temperatura. Tais
alterações podem ser definidas de várias maneiras. A primeira delas é diante da
modificação de 20% ou mais das medidas basais, sendo o emprego dessa definição
aplicado em maior escala no transporte de pacientes adultos. Para crianças menores, a
alteração dos sinais vitais em duas vezes o desvio padrão é considerada como significativa,
podendo ser classificada em “minor”, quando não requer terapia imediata, ou em “major”,
quando há necessidade de terapia imediata. Dentre os episódios adversos relacionados ao
equipamento e a equipe, incluem-se as intercorrências que poderiam ser evitadas por meio
de um planejamento adequado para o transporte, por exemplo, o deslocamento, a perda ou
a obstrução da cânula traqueal, a perda ou o deslocamento de drenos torácicos, de sondas e
cateteres, o pneumotórax por variação de fluxo ou volume das ventilações manuais ou do

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aparelho de ventilação, o não funcionamento adequado dos equipamentos e o termino do


oxigênio antes do tempo previsto, entre outros.

Entretanto, mesmo com a adequada estabilização clínica do neonato, certas


condições inerentes ao transporte, tais como barulho excessivo, vibrações e alterações de
temperatura constituem-se em riscos adicionais, que podem comprometer a estabilidade do
recém-nascido durante o transporte. Os efeitos dessas vibrações mecânicas no recém-
nascido, principalmente no prematuro, são desconhecidos.

Sabe-se que, no adulto, tais vibrações estão relacionadas a alteração de pressão


sanguínea e a complicações respiratórias, como o edema pulmonar.

5.11 TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO EM SITUAÇÕES


ESPECIAIS
Recém-Nascidos com Defeito de Parede Abdominal

 Manter sonda gástrica aberta, para evitar a distensão das alças intestinais.

 Manipular o defeito somente com luvas estéreis e evitar manipulações múltiplas.

 Verificar se a abertura do defeito e ampla o suficiente e não está causando isquemia


intestinal. Utilizar anteparos para as vísceras.

 Proteger com uma compressa estéril, sempre umedecida com solução salina
aquecida e proteger o curativo com um filme de PVC.

 Manter o paciente em decúbito lateral para não dificultar o retorno venoso.

 Cuidado com o posicionamento das alças intestinais e do fígado.

 Manter temperatura e oferecer assistência ventilatória adequada.

 Cuidado para não fornece suporte ventilatório excessivo e, com isso, ocasionar uma
diminuição do debito cardíaco e da circulação mesentérica.

 Observar a necessidade de fluidos para o recém-nascido.

 Observar atentamente a perfusão, a frequência cardíaca, o débito urinário e o


balanço hídrico.

 Manter glicemia dentro do limite de normalidade (40–150mg/dL).

 Ficar atento a presença de outras malformações associadas.

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5.11.1 Atresia de Esôfago

 Transportar o recém-nascido em posição semi - sentada ou em decúbito elevado


para prevenir a pneumonia aspirativa.

 É obrigatória a colocação de sonda no coto esofágico proximal sob aspiração


continua.

5.11.2 Hérnia Diafragmática

 Devido ao quadro de hipoplasia pulmonar associado a hipertensão pulmonar grave,


em geral o neonato deve estar o mais estável possível ao início do transporte.

 A intubação traqueal é obrigatória. Sempre passar uma sonda gástrica o mais


calibrosa possível, a fim de aliviar a distensão das alças intestinais e facilitar a
expansão torácica.

 O paciente deve ser transportado em decúbito lateral, do mesmo lado da hérnia,


para melhorar a ventilação do pulmão contralateral.

5.11.3 Apneia da Prematuridade

 Durante o transporte destes pacientes, um dos cuidados básicos se refere a


permeabilidade das vias aéreas. Para isso, o pescoço deve estar em leve extensão. A
colocação de um coxim sob os ombros durante o transporte facilita o
posicionamento correto da cabeça do recém-nascido.

 As drogas usadas para estimular o centro respiratório devem ser administradas


antes do início do transporte.

5.11.4 Síndrome de Escape de Ar

 Drenar adequadamente antes do transporte e usar, para o deslocamento, a válvula


de Heimlich conectada ao dreno tórax.

 É absolutamente contraindicado transportar o recém-nascido com pneumotórax


com um escalpe no segundo espaço intercostal, pois o escalpe não drena o
pneumotórax de forma adequada e pode perfurar o pulmão em várias regiões
durante o deslocamento do paciente.

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5.11.5 Cardiopatias Congênitas

 Corrigir outras alterações metabólicas identificadas (hipocalcemia,


hipomagnesemia).

 Cuidados gerais: monitorização continua da FC, FR, temperatura e saturação


periférica de oxigênio, controle da diurese e balanço hídrico.

 Glicemias seriadas.

 Sedação, se necessário, de forma a diminuir o consumo de oxigênio.

 Assegurar dois acessos vasculares, um dos quais, idealmente, central. Não


puncionar veias femorais.

 De acordo com a clínica, suspender ou manter alimentação entérica, mas assegurar


sempre aporte calórico adequado.

 Tratar anemia, mantendo hematócrito superior a 40%. Na suspeita de cardiopatia


congênita, canal dependente, iniciar perfusão de prostaglandinas E1 (PGE1) em via
segura. A dose inicial deve ser 0,05μg/kg/min e o seu efeito ocorre em 30 minutos.

 Posteriormente reduzir dosagem até 01–0,03 μg/kg/min em ritmo adequado a


manutenção do canal arterial patente. Simultaneamente podem surgir os efeitos
colaterais das PG que são apneia, diarreia, rash e hipertermia. Sempre administra-la
por meio de bomba de infusão perfusora.

 Manipular a contratilidade cardíaca pela utilização de inotrópicos.

 Corrigir acidose metabólica com bicarbonato 1–2 mmol/kg/dose, evitando a


alcalinização excessiva. A sua administração reserva-se aos casos em que se
excluiu acidose de causa respiratória em que a via aérea está convenientemente
assegurada.

5.11.6 Material Necessário para o Transporte


Neonatal

 Incubadora de transporte com aquecimento por convecção

 Dois cilindros de oxigênio acoplados a incubadora

 Capacete para oxigênio inalatório

 Ventilador eletrônico e umidificador aquecido ou sistema de ventilação manual


com fluxo continuo e regulagem de pressão ou balão autoinflável

 Máscaras para ventilação de recém-nascidos prematuros e de termo

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 Laringoscópio com lamina reta no 0 e 1

 Cânulas traqueais N° 2,5 – 3,0 – 3,5 e 4,0

 Bomba de infusão e seringa

 Estetoscópio

 Material para acesso venoso e cateterização de umbigo

 Cateter vascular

 Oximetro de pulso

 Monitor cardíaco

 Termômetro

 Material para drenagem de tórax

 Drenos de tórax N° 8, 10 e 12

 Fitas para controle glicêmico

 Material para coleta de exames e hemoculturas

 Filme transparente de PVC

 Touca de malha ortopédica

5.11.7 Medicamentos e Materiais Diversos Necessários


ao Transporte Neonatal

 Curativo poroso
 Soro fisiológico
 Cloreto de sódio a 10% ou 20%
 Lidocaína 2% Benzina

 Soro glicosado 5 e 10%  Bicarbonato de sódio a 8,4% ou


10%
 Álcool etílico 70%
 Cateter intravenoso flexível 14 e 24
 Glicose a 50%
 Água destilada para diluições
 Clorhexidina
 Scalp N° 25 e 27
 Cloreto de potássio a 10%
 Gluconato de cálcio a 10%

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 Microlancetas  Torneira de 3 vias

 Adrenalina 1/10.000  Midazolan

 Seringas de 1, 3, 5, 10ml  Coletor de urina

 Dobutamina  Fenobarbital sódico

 Agulhas 25/7 e 20/5  Luvas estéreis

 Dopamina  Difenilhidantoina

 Sonda gástrica N° 6, 8, 10  Eletrodos cardíacos

 Furosemida  Vitamina K

 Sonda de aspiração traqueal N° 8 e  Equipo de soro


10
 Heparina
 Morfina
 Gazes e algodão
 Fentanil
 Dexametasona

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06
TRANSPORTE DE VÍTIMAS PORTADORAS
DE NECESSIDADES ESPECIAIS

6.1 REGRAS GERAIS DA ABORDAGEM DE VÍTIMAS PORTADORAS


DE NECESSIDADES ESPECIAIS

 Identificar-se;

 Ser paciente;

 Transmitir segurança;

 Solicitar a presença de um familiar ou responsável durante o atendimento;

 Explicar a vítima e aos familiares todos os procedimentos que serão realizados;

 Usar palavras simples e de fácil compreensão;

 Repetir as informações quantas vezes forem necessárias.

6.2 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

 Falar pausadamente e olhando diretamente para os olhos da vítima para que ela
possa usar a leitura labial;

 Utilizar a escrita, se necessário.

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6.3 VÍTIMA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

 Descrever os procedimentos realizados;

 Manter contato físico constante (com os braços da vítima).

6.4 VÍTIMA COM DÉFICIT DE DESENVOLVIMENTO


INTELECTUAL

 Manter comunicação constante;

 Dar tempo para que a vítima responda suas perguntas.

6.5 VÍTIMA IDOSA

 Tratar com respeito

 Respeitar suas limitações, angústias, medos e pudor

6.6 VÍTIMA PEDIÁTRICA

 Permitir que os pais acompanhem a criança;

 Permitir que a criança leve um objeto de estimação para sentir-se mais segura.

6.7 VÍTIMA SEM RESIDÊNCIA FIXA (Sem teto)


Permitir que leve seus pertences mínimos de acordo com a disponibilidade de espaço na
ambulância, desde que não comprometa o atendimento à mesma e não coloque a equipe
em situação de risco ou exposição à contaminação.

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Unidade 6 – Transporte de Vítimas Portadores de Necessidades Especiais

OBS: Atendimento a vítima menor de 18 anos (desacompanhada) ou vítima sem


condições de decidir

Considera-se uma vítima sem condições de decidir aquela que é encontrada sozinha,
inconsciente, alcoolizada intoxicada por drogas ou é portadora de deficiência mental dentre
outras.

 Seguir as regras gerais da abordagem de vítimas portadoras de necessidades


especiais;

 Assim que possível, comunicar-se com a Regulação Médica sobre o atendimento;

 Solicitar que vizinhos ou conhecidos acompanhem a vítima até o hospital,


registrando nome, endereço e telefone;

 Na ausência de acompanhante, informar os vizinhos ou circundantes sobre o


hospital de destino e solicitar que, se possível, comuniquem os familiares da vítima;

 Todos os dados obtidos e orientações dadas devem ser anotados na ficha de


atendimento;

Em caso de ausência de acompanhante, o médico do hospital de destino deve ser


informado para avaliação da necessidade de acionamento do serviço social do hospital para:

 Acionamento do Conselho Tutelar para menores de 18 anos;

 Localização de familiares no caso de vítimas sem condições de decidir.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

07
NORMAS GERAIS DE ABORDAGEM EM
OCORRÊNCIAS COM INDÍCIOS DE CRIME

Observar indícios de ocorrência criminal nas seguintes situações:

 Acidentes (trânsito, queda, incêndios, etc);

 Agressões interpessoais ou autoagressão (FAB, FPAF, intoxicação, múltiplas


lesões por objetos contundentes, queimaduras extensas, abortamentos sem causa
justificável aparente, etc.);

 Parada cardiorrespiratória em vítimas sem acompanhante e/ou sem informações


adicionais;

 História incompatível com as lesões encontradas e/ou com a situação da cena;

 Acionamento em apoio a ações policiais.

Nos casos acima, certifique-se de que foi solicitado apoio da Policia Militar por
intermédio da Central de Operações e colha o máximo possível de informações ainda
durante o deslocamento até a cena;

7.1 A SEGURANÇA DA EQUIPE DEVE SER PRIORITÁRIA

 Se a cena estiver segura, iniciar a abordagem da vítima;

 Se a cena for insegura, afastar-se e comunicar-se com a Central de Operações para


as medidas necessárias de acionamento dos recursos especializados (policiamento,
bombeiros, etc), observando e anotando pessoas que adentrem o local bem como

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Unidade 7 – Normas Gerias de Abordagem em Ocorrências com Indícios de Crime

eventos que ocorrerem na cena enquanto aguarda o apoio (sempre em lugar seguro
e afastado com margem de segurança.

7.1.1 A cena não deve ser alterada, a menos que seja


absolutamente necessário, para as ações de socorro à
vítima, como por exemplo

 Necessidade de RCP;

 Risco para a(s) vítima(s);

 Risco para a equipe;

 Risco para outras pessoas ou risco de novos acidentes;

 Impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s);

 Impossibilidade de outra forma de atendimento.

7.2 REGRAS GERAIS PARA ABORDAGEM DE CENAS COM


INDÍCIOS DE CRIME

7.2.1 Em relação à vítima

 Somente movimentar a vítima se for necessário para avaliação e procedimentos;

 Após ter movimentado a vítima e constatado óbito, jamais tentar retorná-la à


posição inicial, mas apenas descrever na ficha a posição em que ela foi encontrada;

 Se necessário, retirar as vestes da vítima;

 Agrupar e colocar em saco plástico todos os objetos e roupas retirados da vítima e


entregar ao policial;

 Estar atento a todas as informações fornecidas pela vítima durante o atendimento e


transporte, anotando-as e transmitindo-as ao policial.

7.2.2 Em relação à cena

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

Informar ao policiamento se foi necessário:

 Movimentar mesas, cadeiras ou outros móveis para acessar a vítima ou executar


procedimentos, descrevendo sua posição inicial;

 Acender luzes na cena;

 Tocar em algum objeto sem luvas;

 Recolher da cena todo o material médico-hospitalar utilizado no atendimento, como


luvas, invólucros, gazes e outros resíduos, dando a eles o destino protocolar;

 Não limpar nem retirar ou recolher objetos ou sujidades que já se encontravam no


local;

 Não circular muito na cena, procurando evitar apagar marcas de sapatos, pneus e
outras;

 Evitar pisar em poças de sangue;

 Não tocar em objetos da cena com as luvas sujas com sangue;

Não mexer em objetos na cena, exceto se colocarem a segurança da equipe em risco


(exemplo: arma muito próxima ou vidros quebrados).

7.2.3 Em relação ao tipo de lesão

 Em caso de ferimento penetrante, durante a retirada de vestes e exposição da vítima,


preservar a área perfurada da veste, não fazendo cortes no local da perfuração;

 Em caso de enforcamento, se não houver sinais de morte óbvia, movimentar a


vítima para permitir o seu atendimento, preservando o instrumento utilizado na
ação, incluindo o nó, quando presente.

7.2.4 Diante da presença de armas de fogo ou armas


brancas na cena

 Não tocar, a menos que haja risco para a equipe como, por exemplo, a possibilidade
de acionamento inadvertido ou utilização por outra pessoa na cena;

 Se houver risco, afastar a arma, manuseando-a apenas pelo cabo e com as mãos
enluvadas, colocando-a em um lugar que seja seguro para a equipe e para terceiros;

 JAMAIS tentar manipular uma arma de fogo, visando desarmá-la, destravá-la ou


desmuniciá-la;

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Unidade 7 – Normas Gerias de Abordagem em Ocorrências com Indícios de Crime

 Evitar tocar, manusear ou limpar as mãos da vítima;

 Informar ao policial se foi necessário remover a arma de lugar, descrevendo a


dinâmica desse deslocamento.

7.2.5 Na presença de sinais de morte óbvia

 Não tocar ou movimentar a vítima;

 Sair da cena exatamente pelo mesmo local em que entrou, procurando não alterar
os vestígios da cena;

 Não permitir a entrada de outras pessoas na cena até a chegada do policiamento.

7.2.6 Ter preocupação redobrada com as anotações na


ficha de atendimento

 Anotar todos os horários com exatidão;

 Anotar nomes e instituições presentes na cena, incluindo prefixos de viaturas;

 Descrever com exatidão a posição em que a vítima foi encontrada e se foi


necessário movimentá-la, informando a razão da movimentação;

 Descrever com exatidão as lesões provocadas pela equipe no corpo da vítima em


função da necessidade de atendimento. Exemplos: punção para acesso venoso
(detalhar locais e número de punções); punção por agulhas para bloqueios
anestésicos; suspeita de fratura do esterno e/ou costelas devido à realização de RCP;
cricotireoidostomia (por punção ou cirúrgica);

 Anotar o nome do policial para o qual foram passadas as informações sobre o


atendimento e/ou foram entregues as vestes e/ou objetos, ou passadas informações
dadas pela vítima, dentre outros detalhes de interesse no caso.

7.3 CUIDADOS COM PERTENCES DE PACIENTES

7.3.1 Vítimas desacompanhadas

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 Todos os pertences pessoais de pequeno porte (bolsa, mochila, carteira, celular, etc)
devem ser transportados junto com a vítima;

 Na presença de pertences de aparente valor, faça o arrolamento e o registro na ficha


de atendimento de todos os itens;

 Se a vítima puder compreender, explique todos os procedimentos que serão


realizados;

 Os pertences devem ser entregues ao profissional que recebe a vítima no hospital


de destino, registrando-se nome do responsável pelo recebimento na ficha de
atendimento. Se possível colha a assinatura do receptor;

 Se necessário, pode-se fazer o arrolamento e o registro em uma folha à parte, que


deve ser anexada à ficha de atendimento;

 Esteja atento para devolver ao paciente o documento utilizado na identificação e/ou


para o registro no hospital de destino.

 Para minimizar atrasos na cena, o arrolamento e o registro podem ser realizados no


hospital de destino após a passagem do caso.

7.3.2 Vítimas acompanhadas

 Incentive a presença de um acompanhante durante todo o atendimento (até o


hospital);

 Entregue os pertences pessoais de pequeno porte ao acompanhante e registre o


nome do receptor na ficha de atendimento;

 Se a vítima puder compreender, explique o procedimento que está sendo realizado;

 Na presença de pertences de aparente valor, faça o arrolamento e o registro na ficha


de atendimento de todos os itens e registre a entrega ao receptor, colhendo a
assinatura do mesmo;

 Se necessário, pode-se fazer o arrolamento e o registro em uma folha à parte, que


deve ser anexada à ficha de atendimento;

 Esteja atento para devolver ao paciente e/ou acompanhante o documento utilizado


na identificação e/ou para o registro no hospital de destino;

 Para minimizar atrasos na cena, o arrolamento e o registro podem ser realizados no


hospital de destino após a passagem do caso.

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7.4 SEGURANÇA DO PACIENTE


A inclusão dos protocolos de segurança do paciente atendem ao movimento global em
busca da qualidade nos serviços de saúde e tem por finalidade, enfatizar a importância de
práticas cotidianas na minimização de erros e consequentemente na segurança do cuidado
prestado.

Os passos iniciais para a segurança do paciente propostas pela REBRAENSP (Rede


Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente) e aplicáveis ao APH são:

 Identificação de Paciente

 Cuidado Limpo e seguro

 Procedimentos seguros

 Paciente envolvido com a segurança

 Comunicação efetiva

 Prevenção de Queda

 Segurança na utilização de tecnologias

7.4.1 Identificação de Paciente: Práticas cotidianas


na minimização de erros

 Na ficha de atendimento, identifique o nome do paciente por completo e em letra


legível;

 Confirme identificação por meio de documentos e anote o tipo de documento e seu


número;

 Encoraje a presença de familiares durante o atendimento e o transporte;

 Encoraje o paciente ou familiar a transportar pelo menos 1 documento pessoal


durante o atendimento e o encaminhamento para o hospital;

 Em caso de atendimento pediátrico, além do nome da criança, anote também o


nome da mãe e siga o protocolo específico;

 Para vítimas desacompanhadas e com identidade desconhecida, inconscientes ou


confusas, assim que possível:

 Faça busca ativa por documentos nos bolsos ou mochilas;

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 Na ausência de documentos faça descrição detalhada de características e das


vestes na ficha de atendimento;

 Preocupe-se em anotar com exatidão o local/endereço onde a vítima se


encontrava à chegada da equipe;

7.4.2 Cuidado Limpo e Seguro: Práticas cotidianas na


minimização de erros

 Siga rigorosamente o protocolo de biossegurança e o de limpeza de ambulâncias;

 Execute a higienização das mãos por meio da lavagem ou de álcool gel antes e
depois do contato com o paciente, após contato com material biológico e sempre
que visivelmente sujas.

7.4.3 Procedimentos seguros: Práticas cotidianas na


minimização de erros

 Faça a checagem dos materiais e equipamentos diariamente conforme protocolo e


registre;

 Atente para armazenamento correto, prazos de validade e integridade de invólucros;

 Confirme a necessidade e a gravação da autorização para a realização de


procedimentos;

 Na punção venosa:

 Siga rigorosamente a técnica;

 Realize a antissepsia com gaze embebida em álcool e com movimentos circulares


do centro para fora no local da punção;

 Anote na ficha: local, profissional responsável, material utilizado na punção,


número de tentativas efetivadas e intercorrências no procedimento;

 Na administração de medicamentos ou soluções EV:

 Antes da administração, avalie a permeabilidade do cateter intravenoso e a


ausência de complicações como infiltrações;

 Após a administração, mantenha atenção para a ocorrência de eventos adversos;

 Anote na ficha: medicação ou solução administrada, dose ou volume, horário da


administração, profissional responsável e intercorrências no procedimento;

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 Realize a desinfecção de conexões e injetores laterais com álcool e gaze antes de


utilizá-los fazendo movimentos circulares por 3 vezes;

 Anote na ficha local e hora da realização de procedimentos invasivos;

 Registre toda e qualquer intercorrência ou efeito adverso no uso de dispositivos e


medicações.

7.4.4 Paciente envolvido com a segurança: Práticas


cotidianas na minimização de erros

 Estimule o paciente ou responsável a participar das decisões do cuidados e à fazer


perguntas;

 Estimule o fortalecimento do vínculo do paciente e família com a equipe. Para isso:

 Siga sempre as regras de conduta pessoal;

 Informe sobre todos os procedimentos que serão realizados, potenciais benefícios


e riscos;

 Utilize linguagem apropriada e confirme se a informação passada foi


compreendida, repetindo-a se necessário;

 Abra espaço para a apresentação de dúvidas e respeite pausas silenciosas;

 Avalie dificuldades de comunicação (barreiras de linguagem, fatores sociais e de


personalidade) e se necessário solicite a presença de outra pessoa;

Mantenha atenção a pacientes que se enquadrem dentro dos protocolos de situações


especiais como pacientes pediátricos, psiquiátricos, inconscientes ou outros sem condições
de decidir. Siga os protocolos previstos para esses casos.

7.4.5 Comunicação efetiva: Práticas cotidianas na


minimização de erros

 Mantenha comunicação ativa com seus colegas de equipe informando em voz alta
todos os achados do exame primário e secundário, além de confirmar
procedimentos ordenados e efetuados;

 Na passagem do caso no hospital de destino, execute a passagem de dados na


seguinte sequência:

 Identificação do paciente e presença de familiar;

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 Achados e procedimentos na avaliação primária;

 Achados da avaliação secundária incluindo entrevista AMPLA e exame


físico;

 Outros procedimentos efetivados;

 Anote na ficha o nome do profissional para o qual foi realizada a passagem do caso
e o horário;

 Na ficha de atendimento:

 Utilize letra legível, sem rasuras e respeite o espaço dos diferentes campos,
tanto na via original quanto na carbonada;

 Não deixe campos em branco

 Preencha os dados relativos a equipe de atendimento (identificação da


equipe);

 Utilize abreviaturas e siglas padronizadas;

 Utilize registro completo e objetivo e JAMAIS repita dados;

 Deixe a via carbonada no hospital de destino;

OBS:

Lembre-se que casos mais graves e complexos favorecem a ocorrência de erros de


omissão ou de distorção de comunicação entre os profissionais e comprometem a
segurança do paciente;

SEMPRE confirme a necessidade e a gravação da autorização para a realização de


procedimentos.

7.4.6 Prevenção de Queda: Práticas cotidianas na


minimização de erros

 Atente para os fatores de risco para queda:

 Idade <5 ou >65 anos;

 Presença de agitação e/ou confusão mental e déficits sensórios;

 Uso de sedativos;

 Visão reduzida;

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 Dificuldades de marcha;

 Mobiliário e acessos: berço, camas, escadas, tapetes, macas,etc

 Riscos ambientais: iluminação adequada, pisos escorregadios, superfícies


irregulares;

 Calçados, vestuário, bengalas ou andadores não apropriados;

 Transporte em prancha longa e/ou maca sem utilização de cintos de segurança ou


sem as grades de proteção elevadas;

 Anote na ficha se há risco para queda (fatores de risco);

 Auxilie nos deslocamentos sempre que necessário;

 Considere a necessidade de contenção física em caso de agitação ou confusão


mental e siga os protocolos pertinentes;

 Registre os casos de queda que acontecerem na fase de atendimento.

7.5 SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS: PRÁTICAS


COTIDIANAS NA MINIMIZAÇÃO DE ERROS
Faça a checagem diária dos equipamentos da ambulância e avalie se o equipamento tem
condições de uso:

 Funcionamento (incluindo alarmes), limpeza, bateria e fixação na viatura e


condições gerais;

 Simule o uso do equipamento durante a checagem diária;

 Efetue a limpeza programada conforme orientações do fabricante;

 Consulte o Manual do fabricante ou o manual simplificado que é mantido na base;

 Informe a chefia qualquer anormalidade assim que for detectada e anote no livro-
relatório próprio;

 Certifique-se de que possui habilidade e conhecimento técnico para o manuseio dos


equipamentos disponíveis na viatura, com segurança.

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7.6 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE


Para transportar o paciente é primordial realizar uma avaliação, sendo assim deve-se:
avaliar a responsividade (estímulo verbal e tátil), com observação da respiração:

 Se responsivo: perguntar nome, o que aconteceu e onde está (localização no tempo,


espaço e pessoa). Seguir para o item 3;

 Se não responsivo e a vítima respirar satisfatoriamente: instalar cânula orofaríngea


(COF), administrar O2 (conforme protocolo) e seguir para o item 3;

 Se não responsivo e a vítima não respirar, ou apresentar respiração em gasping,


seguir para o item 2:

2. Verificar pulso: carotídeo (adulto), carotídeo ou femoral (criança) e braquial no bebê,


em até 10 segundos:

 Se pulso presente: Seguir para o Protocolo de Parada Respiratória;

 Se pulso ausente: seguir para o Protocolo de Parada Cardiorrespiratória;

3.Verificar a presença de hemorragias externas:

 Hemorragia presente: executar o Protocolo correspondente;

 Na ausência de hemorragia: seguir para o Protocolo de Avaliação Secundária.

7.6.1 Administrar oxigênio nos casos de

 Emergências Traumáticas;

 Emergências Clínicas;

 Emergências Obstétricas;

 Dificuldade respiratória, parada respiratória e parada cardiorrespiratórias;

 Em ambientes com baixa concentração de oxigênio;

 Em vítimas de intoxicação por CO (monóxido de carbono).

 Administrar oxigênio, sem umidificação;

 Quando a máscara não for tolerada, utilizar cateter nasal;

 Administrar oxigênio conforme recomendações no quadro;

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 Permitir que a vítima assuma posição confortável, sempre que possível


(sentada ou semi-sentada);

7.6.2 Em crianças e bebês

 Ministrar oxigênio por máscara infantil, deixando-a afastada cerca de 5 cm da face


da vítima. Atenção para que o fluxo de O2 não se direcione para os olhos da vítima;

 Permitir que os pais segurem a máscara, sempre que possível;

 Permitir que a vítima assuma posição confortável, sempre que possível (sentada ou
semi-sentada);

 Não ministrar oxigênio usando cateter nasal.

Ao utilizar métodos de ventilação indireta (reanimador manual, máscara),


enriqueça com oxigênio;

Verificar, antes e após cada atendimento, a pressão dos cilindros de oxigênio


(fixo e portátil), providenciando a troca sempre que necessário.

7.7 OXIGENOTERAPIA

TABELA COMPARATIVA DE CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO COM OXIGÊNIO


SUPLEMENTAR

SUBSÍDIOS PARA OXIGENIOTERAPIA DOSAGEM CONCENTRAÇÃO

Cateter nasal 1 - 6 l/ min 24 - 45%

Máscara facial simples 8 -10 l/ min 40 - 60%

Máscara não reinalante com reservatório 10 - 15l/ min 90 - 100%

Ressuscitador manual sem reservatório 8 – 10l/min 40 - 60%

Ressuscitador manual com reservatório 10 - 15l/ min - 100%

1. ENTREVISTA AMPLA:

 Nome e idade

 Queixa principal

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A: Tem alergia?

M: Faz uso de medicação?

P: Passado médico - algum problema de saúde ou doença atual?

L: Ingeriu líquido e alimentos - última refeição?

A: Ambiente do evento?

Observação: Em vítimas inconscientes buscar as informações com circundantes


e/ou familiares.

2. VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS:

 Respiração (frequência, ritmo e amplitude);

 Pulso (frequência, ritmo e volume);

 Pressão arterial;

 Pele (temperatura relativa, cor e umidade);

3. AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR:

 Perfusão capilar;

 Oximetria de pulso;

 Glicemia capilar se necessário;

 Escala de Coma de Glasgow;

 Escala Revisada de Trauma.

4. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS:

 Cabeça e face: inspecionar e/ou palpar o couro cabeludo, as orelhas, os ossos da


face, os olhos e as pupilas (verificar o diâmetro e a simetria pupilar), o nariz, a boca,
buscando ferimentos, sangramentos, afundamentos, hematomas;

 Pescoço: avaliar a região anterior e posterior buscando ferimentos, sangramentos,


crepitação óssea, distensão das veias do pescoço, desvio e assimetria de traquéia;

 Tórax: inspecionar e palpar buscando escoriações, abrasões ferimentos abertos ou


hematomas no local, movimentos respiratórios assimétricos, afundamentos, tiragem
intercostal;

 Abdome: inspecionar e palpar, buscando sinais de contusão, ferimentos abertos e


rigidez;

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 Pelve: palpar cristas ilíacas buscando instabilidade no local. Realizar 02 testes:

 Pressão bilateral latero-lateral;

 Pressão bilateral ântero-posterior;

 Membros inferiores e superiores: inspecionar e palpar, verificando pulso distal e


enchimento capilar, motricidade e sensibilidade, sinais de possíveis lesões;

 Região dorsal: inspecionar e palpar a região dorsal, a coluna vertebral buscando


ferimentos, sangramentos, abaulamentos ou deformidades, quando houver
possibilidade de rolamento.

Transporte de paciente com suspeita de Trauma raquimedular

7.8 SUSPEITAR DE LESÃO RAQUIMEDULAR QUANDO OCORRER

 Impacto violento na cabeça, pescoço, tronco ou na pelve por qualquer mecanismo


(p. ex. agressões, encarceramento em escombros de desabamento);

 Mecanismo em que ocorreu aceleração ou desaceleração repentina ou inclinação


lateral do pescoço ou tronco (p. ex., colisões de veículos motorizados em
velocidade moderada a alta, atropelamento de pedestre, explosão);

 Qualquer tipo de queda, especialmente em idosos;

 Ejeção ou queda de veículo motorizado ou outro dispositivo de transporte (patinete,


skate, bicicleta, moto, etc);

 Acidente em águas rasas (mergulho ou surfe sem prancha);

 Lesão na cabeça, com qualquer alteração do nível de consciência;

 Dano significativo no capacete;

 Lesão contusa importante no tronco;

 Fratura por impacto ou outro tipo de desaceleração nas pernas ou quadril;

 Lesão na área da coluna.

PRINCIPAIS CAUSAS EM ADULTOS: colisões de veículos, mergulho em


lugares rasos, colisões de motocicletas, quedas, lesões esportivas.

PRINCIPAIS CAUSAS EM CRIANÇAS: quedas de lugares altos (de 2 a 3 vezes a


altura da criança), queda de triciclo ou bicicleta, atropelamento.

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SINAIS DE CHOQUE NEUROGÊNICO: pele quente e seca, FC normal ou


bradicardia leve, hipotensão arterial, boa oxigenação periférica.

7.9 INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA:

 Mecanismo de trauma sugestivo;

 Alteração do nível de consciência: Glasgow < 15;

 Presença de dor ou sensibilidade na região da coluna;

 Déficit ou sintoma neurológico: paralisias, parestesia, paresia (fraqueza), déficit


neurológico abaixo do nível da lesão, priapismo;

 Presença de deformação anatômica da coluna;

 A ausência desses sinais não exclui a possibilidade de lesão na coluna;

 Vítimas cuja informação não é confiável: embriaguez, presença de lesões mais


dolorosas que desviem a atenção (fratura de fêmur ou queimaduras profundas e
extensas), barreiras de comunicação (idioma, surdez, pouca idade, etc.), paciente
psiquiátrico e portadores de “Doença de Alzheimer”.

7.10 CONDUTA NA SUSPEITA DE LESÃO (COLUNA INSTÁVEL)


A coluna deve ser imobilizada na posição supina, sobre prancha rígida, em posição
alinhada neutra, na seguinte sequência:

 Alinhar manualmente a cabeça (se não houver contraindicação) e manter o apoio


manual e a estabilização todo o tempo.

 O alinhamento da cabeça está contraindicado e deve ser interrompido quando


ocorrer: piora da dor referida; piora do padrão respiratório; resistência da vítima ao
movimento; início ou aumento de déficit neurológico; espasmos dos músculos do
pescoço. Nestes casos, imobilizar a cabeça na posição encontrada;

 Lembrar: o alinhamento não será possível em casos de torcicolo congênito ou outra


malformação ou em deformidades degenerativas pré-existentes;

 Realizar o ABCDE da avaliação primária e proceder às intervenções necessárias;

 Tratar inicialmente as alterações que ameacem a vida;

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Unidade 7 – Normas Gerias de Abordagem em Ocorrências com Indícios de Crime

 Avaliar a capacidade motora e a resposta sensitiva e circulatória nas quatro


extremidades;

 Examinar o pescoço e colocar colar cervical adequado;

 Imobilizar o tronco;

 Imobilizar a cabeça na prancha longa com equipamentos adequados;

 Com a vítima na prancha, imobilizar os membros inferiores;

 Administrar oxigênio;

 Instalar acesso venoso;

 Verificar sinais vitais;

 Analgesia se necessário;

 Atentar constantemente para alterações do padrão respiratório;

 Transportar para hospital adequado.

7.11 OBSERVAÇÕES GERAIS


Atentar para espaço morto que possa bloquear a permeabilidade das vias aéreas: se
necessário, acolchoar: no adulto – atrás da cabeça; na criança – embaixo do tórax.

7.12 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA DENTRO DE VEÍCULO

 Realizar a retirada rápida se vítima grave ou cena insegura e para que se tenha
acesso a outra vítima com lesões mais graves;

 Utilizar equipamento de retirada (“KED”) quando for indicado;

 Manter coluna imóvel, cabeça e pescoço alinhados durante a retirada;

 Após a retirada, imobilizar em prancha longa.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

7.13 VÍTIMA QUE SE ENCONTRA EM PÉ NA CENA


Imobilizar em prancha longa, usando a técnica de imobilização em pé.

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Unidade 8 – Atendimento a Pacientes Vítimas de Lesão no Aparelho Locomotor

08
ATENDIMENTO A PACIENTES VÍTIMAS
DE LESÃO NO APARELHO LOCOMOTOR

AS LESÕES INCLUEM: fraturas, luxações, fratura-luxações, contusões, entorses, perda


de tecidos (avulsões), amputações, esmagamentos.

8.1 RECONHECER AS LESÕES POR


a. Mecanismo de trauma sugestivo;

b. Dor local aguda;

c. Deformidades/edemas/hematomas/equimoses;

d. Impotência funcional e/ou movimentos anormais de extremidades;

e. Encurtamento de membro;

f. Distúrbio de perfusão periférica;

g. Exposição óssea ou sangramento suspeito;

h. Crepitação à palpação do membro lesado.

PESQUISAR SEMPRE função neurovascular:

 Motricidade;

 Sensibilidade;

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

 Perfusão periférica.

8.2. MEDIDAS GERAIS EM CASOS DE LESÃO DE MEMBROS:

 Administrar oxigênio em altas concentrações (85 a 100%) por máscara; manter Sat
de O2 ≥ 95%;

 Avaliar o ABCDE;

 Controlar hemorragias, expondo as lesões e locais onde haja indício de


sangramento, além de retirar objetos ou adornos;

 Controlar sinais vitais e oximetria;

 Avaliar a função neurovascular distal;

 Imobilizar o membro lesado, quando indicado, incluindo as articulações acima e


abaixo do local da lesão;

 Reavaliar a função neurovascular distal do membro após a imobilização;

 Transportar para o hospital mais adequado.

8.3 CUIDADOS GERAIS COM AS LESÕES

8.3.1 Cobrir com curativos estéreis secos feridas


abertas e as extremidades ósseas expostas

 Alinhar as fraturas em membros sem pulso conforme técnica, controlando pulso


periférico;

 Tentar até duas vezes mediante;

 Se o pulso periférico ficar ausente, após alinhamento, retornar à posição


original, parar o procedimento e imobilizar na posição em que o membro se
encontrar;

 As tentativas de alinhamento devem ser abandonadas quando a vítima se


queixar de dor significativa ou houver resistência ao movimento;

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Unidade 8 – Atendimento a Pacientes Vítimas de Lesão no Aparelho Locomotor

 Imobilizar e transportar imediatamente.

8.4 LESÕES ARTICULARES E LUXAÇÕES

 Imobilizar na posição encontrada;

 Manipular cuidadosamente lesões sem pulso.

8.5 CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS:

 Expor o local da lesão;

 Exercer pressão direta sobre o local da lesão com a mão sobre compressas ou gazes;

 Se a hemorragia persistir após a compressão local, usar torniquete para controlá-la;

 Aplicar o torniquete em posição imediatamente proximal ao local do sangramento e


apertar o suficiente para que o sangramento cesse;

 Anotar no próprio torniquete (ou em esparadrapo fixado ao torniquete) o horário da


aplicação do mesmo;

 O torniquete deve ficar descoberto para que o local possa ser monitorado quanto a
uma recidiva do sangramento;

 Avaliar a quantidade de sangue na cena.

ATENÇÃO: elevação do membro e compressão de pontos arteriais não são mais


recomendados para o controle de hemorragias externas.

8.6 LESÕES DE MEMBROS SUPERIORES


ATENÇÃO:

 Mobilizar vítima seguindo preceitos de integridade da coluna vertebral,


principalmente se houver necessidade de transporte rápido;

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

 As fixações devem ser feitas com bandagens triangulares preferencialmente e no


sentido distal/proximal;

 Preservar a integridade da coluna vertebral;

 Acolchoar as talas rígidas para evitar o movimento, aumentar o conforto e evitar


úlceras de pressão;

 Preencher sempre os vãos;

 Remover jóias, relógios para não prejudicar a circulação quando aumentar o edema;

 Avaliar a função neurovascular distalmente ao local da lesão antes e depois de


aplicar qualquer imobilização e periodicamente.

1. Clavícula

Tipóia ou imobilização tubular;

Colar cervical de acordo com a biomecânica do trauma.

2. Ombro (Inclui escápula, luxação e lesão de úmero proximal).

Tipóia e bandagens.

Atenção para complicações vásculo-nervosas e tóraco-pulmonares.

3. Braço, Cotovelo, Antebraço e Mão

Talas moldáveis ou rígidas;

Bandagem triangular.

8.7 LESÕES DE MEMBROS INFERIORES


1. Quadril (colo do fêmur)

Talas longas/moldáveis/rígidas.

Atenção: mobilizar a cavaleiro.

Cuidado com lesões vásculo-nervosas e choque hipovolêmico.

2. Fêmur

Talas longas/moldáveis;

Usar o membro contralateral como apoio.

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Unidade 8 – Atendimento a Pacientes Vítimas de Lesão no Aparelho Locomotor

3. Joelho

Talas moldáveis.

Atenção para complicações vásculo-nervosas.

4. Tíbia

Talas moldáveis.

5. Tornozelo e pé

Talas moldáveis.

8.8 FRATURAS EXPOSTAS

 Controlar hemorragia e tratar o choque, se for o caso;

 Não recolocar o osso exposto para o interior do ferimento;

 Se as extremidades ósseas se retraírem para dentro da ferida durante a imobilização,


anotar essa informação na Ficha de Atendimento e passá-la para a equipe do
hospital;

 Aplicar curativo estabilizador e estéril.

8.9 SÍNDROME COMPARTIMENTAL

 Identificar correta e prontamente uma síndrome compartimental (dor intensa e


desproporcional à lesão e parestesia – são os sinais precoces; ausência de pulso,
palidez e paralisia – sinais tardios);

 Remover imobilizações ou curativos muito apertados, reavaliar perfusão distal


constantemente;

 Transportar imediatamente para o hospital.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

8.10 CRITÉRIOS PARA SUSPEITA DE LESÃO OSTEOARTICULAR


DE PELVE

 Atentar para o mecanismo de trauma;

 Observar queixa de dor aguda na região dos quadris;

 Procurar deformidades/crepitação/instabilidade do quadril;

 Atentar para sinais e sintomas de choque hipovolêmico.

8.11 CONDUTA

 Avaliar ABCDE com preservação de coluna cervical e iniciar o tratamento;

 Fazer retirada rápida se houver lesões com risco imediato à vida;

 Posicionar a vítima em posição anatomicamente mais adequada;

 Imobilizar na posição encontrada caso apresente dor à movimentação;

 Imobilizar utilizando talas rígidas longas e bandagens triangulares;

 Colocar a vítima sobre prancha longa utilizando a técnica a cavaleiro;

 Administrar oxigênio;

 Verificar sinais vitais e pulsos distais;

 Encaminhar para o hospital mais adequado.

8.12 OBSERVAÇÕES GERAIS

 Atentar para os espaços entre a lesão e os materiais de imobilização;

 Atentar para lesões associadas (coluna/bexiga/órgãos genitais);

 Mobilizar cuidadosamente, de preferência pela técnica “a cavaleiro“.

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Unidade 9 – Fases do Transporte do Doente Crítico

09
FASES DO TRANSPORTE DO DOENTE
CRÍTICO

Para transportar o doente crítico há três fases que serão discutidas: decisão, planejamento e
efetivação.

9.1 DECISÃO
Esta fase constitui-se em um ato médico e sua responsabilidade é da equipe que assiste o
doente, do chefe da equipe e do diretor de serviço. É nesta fase que os riscos inerentes ao
doente e ao transporte devem ser equacionados, sobretudo nas situações em que o
deslocamento possa contribuir direta e indiretamente para o agravamento da situação
clínica. Essa decisão deve ser ancorada em um parecer técnico baseado em dados clínicos
objetivos através dos quais é possível sistematizar a generalidade das decisões.

9.2 PLANEJAMENTO
É a fase mais importante no processo de transporte do doente crítico. Constitui-se numa
ação feita pela equipe médica e de enfermagem da unidade na qual o doente está internado.
É nesta fase que os problemas como coordenação, comunicação, estabilização, equipe,
equipamento, transporte e documentação devem ser consideradas.

Nessa fase, os seguintes itens deverão ser observados: escolha e contato com o
serviço de destino, avaliando a distância a percorrer e o respectivo tempo de trajeto
estimado; escolha da equipe de transporte (de acordo com as disponibilidades da unidade

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

referente e as características do doente a transportar, com proteção individual e assegurada


– seguro/cobertura em caso de acidente, escolha do meio de transporte; seleção dos meios
adequados de monitorização; recomendações de objetivos fisiológicos a manter durante o
transporte; seleção adequada de equipamentos e terapêutica; e previsão das complicações
possíveis.

Ainda nessa etapa de planejamento, é que os possíveis acidentes durante o


transporte do doente críticos devem ser equacionados, sobretudo nas fases de maior risco:
os 05 (cinco) primeiros minutos, a passagem do doente e transporte prolongado (aqueles
superiores a 30 minutos). Ressaltando ainda a necessidade de estar atento para itens como:
perdas de acessos venosos, reservas inadequadas de oxigênio, avaria de ventilador de
transporte, falta de bateria/carga elétrica de equipamentos, entre outros.

9.3 EFETIVAÇÃO
É de responsabilidade da equipe de transporte. Seu término ocorre quando o doente é
entregue a equipe da unidade para qual é transferido (quando o transporte é inter
hospitalar). O enfermeiro, durante esta fase, tem o papel de assistir o paciente, de forma
que durante o transporte não haja intercorrências.

O transporte inter-hospitalar é aquele sempre que o paciente necessite sair da


unidade de saúde na qual está para outra em razão, principalmente, da inexistência de
recursos humanos e técnicos no hospital de origem para tratar ou dar continuidade ao
tratamento iniciado.

Tal situação deve ocorrer quando o indivíduo necessita de cuidados que não
existam na unidade onde está (recursos humanos, diagnósticos e terapêuticos), ou seja
quando os benefícios para o paciente crítico sejam superiores ao riscos inerentes ao
transporte, sendo estes cuidados de responsabilidade do médico que o está atendendo.

Pelo exposto, ao decidir pela transferência do doente, deve ter havido uma
avaliação prévia dos benefícios e riscos do transporte, sendo que neste último, dois
componentes devem ser levados em consideração: o risco clínico, que depende dos fatores
que a afetam a fisiologia cárdio-respiratória e a viabilidade da monitorização – efeitos das
vibrações e das possíveis mudanças de temperatura – e o risco de deslocação (aceleração,
risco de colisão, todos eles elevando-se, significativamente, com a velocidade).

Algumas medidas devem ser tomadas para mitigar os riscos do transporte inter-
hospitalar do doente crítico, entre eles, o paciente deve ser estabilizado no hospital de
origem, as intervenções diagnósticas e terapêuticas necessárias durante o transporte, a
exemplo de drenagens torácicas, intubações, entre outras, devem ser antecipadas e
efetuadas.

Recomenda-se ainda que a equipe que acompanhará o doente crítico durante o


transporte inter-hospitalar seja constituída pela equipe habitual da ambulância e mais dois

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Unidade 9 – Fases do Transporte do Doente Crítico

elementos: um médico e um enfermeiro, ambos com experiência em reanimação,


manuseamento e manutenção do equipamentos.

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Unidades de Tratamento Intensivo Móvel – UTIM

10
ENQUADRAMENTO LEGAL DO TRANSPORTE
DO DOENTE CRÍTICO

A legislação que reporta ao doente crítico só veio ter legislação própria a partir do ano de
2001, constituindo um Regulamento do Transporte de Doentes: Portaria nº 1301-A/2002
de 28 de Setembro de 2002 - DR 225 - SÉRIE I-B 1º SUPLEMENTO Emitido Por
Ministérios da Administração Interna e da Saúde.

Antes de 2001, havia apenas normas para o enquadramento da atividade de


transporte de doentes. Em 1992, a Sociedade Americana de Cuidados Intensivos, publicou
o Decreto-Lei nº 38/92 de 28 de março, definindo normas de boa prática para o doente
secundário e constituindo-se nas primeiras normas de boa prática para o transporte
secundário de doentes.

Em 1997, a Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos (S.P.C.I), publicou o


Guia de Transportes de Doentes Críticos. Este documento, após avaliação em consonância
com a Ordem dos Médicos, foi revisto e, em 2008, um novo documento foi publicado.

Em 2001, a ARS Norte divulga, através da Portaria nº 1147/2001 de 28 de setembro,


as Normas de Transporte Secundário de Doentes secundarizado pelo Grupo de Trabalho de
Urgências. Esse documento foi alterado pela Portaria nº 1301-A/2002 de 28 de setembro e
mais recentemente pela Portaria nº 402/2007 de 10 de abril.

Entre os principais aspectos citados na Portaria nº 1147/2001, destaca-se: O


capítulo II, seção I que define os tipos de ambulância e na seção IV, os equipamentos.
Segundo este documento: “[...] a ambulância é todo o veículo que pelas suas características,
equipamento e tripulação, permite a estabilização e ou transporte de doentes”. Ainda
segundo o regulamento citado, as ambulâncias podem ser:

Tipo A (A1 e A2) – ambulâncias de transporte, que são veículos devidamente


identificados, equipados para o transporte de doentes que dele necessitem por causas
justificadas e cuja situação clínica não faça prever a necessidade de assistência durante o
transporte. É subdividida em tipo A1 – que são transporte individual, destinadas ao

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Unidade 10 – Enquadramento Legal do Transporte do Doente Crítico

transporte de um ou dois doentes em maca e cadeira de transporte; e do tipo A2 – que são


àquelas de transporte múltiplo, destinada ao transporte de até sete doentes em cadeiras de
transporte ou em cadeiras de rodas;

Tipo B – são ambulâncias identificadas como de socorro e cuja tripulação e


equipamento permitem a aplicação de medidas de suporte básico de vida destinadas à
estabilização e transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte.
Em caso de eventualidade, as ambulâncias deste tipo podem atuar como ambulâncias de
cuidados intensivos, desde que estejam munidas dos meios humanos e recursos técnicos
estabelecidos para as ambulâncias do tipo C

Tipo C – são ambulâncias de cuidados intensivos e cuja tripulação e equipamentos


permitam a aplicação de medidas de suporte avançado de vida destinadas à estabilização e
transporte de doentes que necessitem de assistência durante o transporte.

O capítulo III, por sua vez, define a tripulação e formação das ambulâncias. Neste
capítulo, na seção III, ressalta que nas ambulâncias do tipo C, “[...] o terceiro elemento da
tripulação pode ser um enfermeiro ou um indivíduo habilitado com o curso de tripulante de
ambulância de socorro”.

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11
O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM
NO TRANSPORTE DO DOENTE CRÍTICO

No enquadramento legal da normatização não especifica a obrigatoriedade do enfermeiro


no transporte do paciente, contudo sabe-se da necessidade e importância desse profissional
durante todo o processo. A atuação da equipe de enfermagem nos serviços de saúde
determinam muitas vezes a recuperação e/ou agravamento clínico dos pacientes.

Dessa forma, o cuidado de enfermagem se configura instrumento das ações que


norteados por regras, rotinas ou normas propõem uma observação relevante e disciplinada
na recuperação do doente. O papel do enfermeiro nas ações hospitalares é interdisciplinar e
integralizado quando se orienta na necessidade da saúde do paciente.

No transporte do doente crítico, não é diferente, o enfermeiro pode atuar na fase de


decisão, aconselhando ou não o transporte do doente. Na fase de planejamento, prestando
os cuidados inerentes a sua profissão, tendo em vista a estabilização do doente. E, na fase
de efetivação, vigiando o transporte para que não ocorra intercorrências.

É importante destacar que a enfermagem vem acompanhando o aumento das novas


tecnologias nas diversas áreas e com isso vem aprimorando seus conhecimentos para
efetuar a assistência direcionando seus cuidados, para dessa forma minimizar os agravos à
saúde da população durante o processo de transporte de pacientes críticos.

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Avaliação

AVALIAÇÃO

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ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. No Brasil, a ideia do atendimento das vítimas no local da emergência é pautada sobre a


influência da política de primeiros socorros de outros países. Sobre essa assistência
podemos afirmar:

a. Consta do ano de 1899 a primeira ambulância (de tração animal) para realizar o
referido atendimento pelo Corpo de Bombeiros.

b. A atividade de atendimento pré-hospitalar no Brasil sempre foi muito diversificada,


e os primeiros atendimentos foram realizados pela Cruz Vermelha no ano de 1896.

c. Os bombeiros foram os principais responsáveis por essa atuação no Brasil,


iniciando em São Paulo e depois descentralizando para os outros Estados.

d. No Brasil, as ambulâncias de tração animal foram pouco utilizadas, devido ao


pouco resultado no alcance do tempo resposta dos chamados.

2. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local de atendimento especializado e


efetivo composto por um conjunto de elementos funcionais que são agrupados de
forma a prestar atendimento a pacientes que apresentam quadros graves ou de risco que
exigem assistência imediata e interrupta, além de ser composto por aparelhamento e
recursos humanos especializados. A Unidade de Terapia Móvel é uma extensão desse
serviço, contudo, com normas específicas para seu funcionamento:

a. A norma é clara, para seu funcionamento é necessário um veículo, com três


profissionais socorristas, sendo um deles médico com experiência maior que dois
anos.

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b. Quando nos referimos aos Serviços de Tratamento Intensivo Móvel do próprio


hospital, os ambientes não podem ser compartilhados com outros setores do
hospital, mesmo que sejam dimensionados de forma a atender, também a esta
demanda.

c. Para se manter uma UTI-Móvel em pleno funcionamento, deve-se seguir requisitos


mínimos que estão relacionadas as condições adequadas de higiene e segurança.

d. A norma específica sobre a necessidade de sala de utilidades, administrativa, e copa


só é exigida quando a empresa possui mais que três veículos de emergência.

3. Todo serviço de UTI móvel deve possuir pelo menos uma unidade dos seguintes
equipamentos de reserva:

a. Respirador, desfibrilador e monitor

b. Desfibrilador, monitor e incubadora

c. Monitor cardíaco, respirador e incubadora

d. Glicosimetro, bomba de infusão e monitor multiparâmetro

4. Para a UTI- Móvel Neonatal além da normatização já exibida, há alguns requisitos


adicionais, EXCETO:

a. Incubadora de transporte para recém-nascido com bateria, suporte em seu próprio


pedestal para cilindro de oxigênio e ar comprimido, controle de temperatura com
alarme.

b. Respirador com blender para mistura gasosa e controle de pressão expiratória final,
possibilidade de ventilação controlada e assistida, de preferência não eletrônico.

c. Todos os demais equipamentos e materiais citados nas tabelas, devem ser atender
às especificações adultas/infantis.

d. Surfactante

5. A direção defensiva é muito importante na segurança no trânsito, contudo ao


transportar uma vítima crítica o veículo de UTI deve ter alguns posicionamento,
EXCETO:

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Avaliação

a. Evitar freadas e acelerações bruscas;

b. Evitar mudanças desnecessárias de faixa de rolamento (evitar “costurar”);

c. Não usar pisca-alerta quando em movimento;

d. Utilizar velocidade compatível com a via, visando a segurança da equipe;


Posicionar corretamente a viatura na cena de atendimento).

6. O transporte de doentes pode ser realizado pelas seguintes razões:

a. Quando o paciente está instável e o hospital de origem não possui recursos para
estabiliza-lo;

b. Quando o paciente está em parada cardiorrespiratória e o hospital é referência em


dialise peritoneal;

c. Quando o paciente está de alta hospitalar e mora distante da unidade de saúde

d. Para tratar ou dar continuidade ao tratamento iniciado, mas, principalmente, para a


acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados.

7. Recolher da cena todo o material médico-hospitalar utilizado no atendimento, como


luvas, invólucros, gazes e outros resíduos, dando a eles o destino protocolar. Estamos
nos reportando:

a. A vítima

b. A cena

c. Ao tipo de lesão

d. Ao veículo

8. A inclusão dos protocolos de segurança do paciente atendem ao movimento global em


busca da qualidade nos serviços de saúde e tem por finalidade, enfatizar a importância
de práticas cotidianas na minimização de erros e consequentemente na segurança do
cuidado prestado. Nos serviços de UTI móvel essas ações são visualizadas quando:

a. Usamos sinalização com cones;

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b. Usamos uniforme padronizado;

c. Buscamos o menor tempo resposta as ocorrências;

d. Identificamos o paciente

9. A intubação nasotraqueal em recém-nascidos tem como vantagem uma fixação mais


estável, o que sem dúvida é de grande importância para o transporte. Avalie os
cuidados abaixo relacionados no transporte desse tipo de paciente:

I. Deve-se providenciar fisioterapia respiratória duas horas antes da saída e materiais


para a aspiração e umidificação do oxigênio durante o transporte.

II. Se for utilizada a ventilação manual com o balão autoinflável, este deve possuir
reservatório para que a fração de oxigênio administrada ao paciente seja próxima a
100%. As ventilações devem ser mantidas a intervalos regulares, com pressão
constante e fluxo continuo, não sendo importante utilizar o manômetro.

III. Se houver disponibilidade de um aparelho de ventilação portátil, deve-se observar,


antes da saída, o seu funcionamento, principalmente em relação a autonomia da sua
bateria, levando sempre o balão autoinflável junto ao paciente para eventuais
intercorrências.

IV. Para o uso do oxigênio e ar comprimido torna-se necessário o emprego de dois


cilindros do tipo G, com capacidade para 1.000 litros. Eles permitem o emprego do
gás por aproximadamente três horas, quando o fluxo usado e de 5l/minuto.

a. Somente I está correta

b. I, II e III estão corretas

c. Somente II está incorreta

d. Somente IV está incorreta

10. O transporte de pacientes vítimas de lesão no aparelho locomotor deve ser realizado
obedecendo os princípios básicos de imobilização para minimizar os danos,
preservando a vida. Essas lesões podem ser reconhecidas, EXCETO:

a. Mecanismo de trauma sugestivo;

b. Dor local aguda;

c. Deformidades/edemas/hematomas/equimoses;

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d. Dispneia

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REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

ABRAMOVICI, S; WAKSMAN, R. Abordagem à Criança Vítima de Trauma. Documento


Científico do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente, Hospital Israelita
Albert Einstein- SP, 2015.

BRASIL s. Manual de orientações obre o transporte neonatal. Ministério da Saúde,


Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas.
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