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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 3
4.3 Final.................................................................................................... 23
1
5.4 PCR RCP em adultos (Guidelines AHA) ............................................ 28
2
1. INTRODUÇÃO
Bons estudos!
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2. CONHECIMENTOS PRÉVIOS AOS ATENDIMENTOS DE SOCORRO
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No SBV, existem pontos que merecem esclarecimento quanto à etiologia, já
que a visão se altera com o conhecimento, em que se constatam as diferenças exis-
tentes. (SOUSA, 2014).
Os primeiros socorros podem ser definidos como cuidados imedi-
atos que devem ser prestados prontamente a uma pessoa, vítima
de acidente ou doença súbita, cuja condição física ponha em risco
a sua vida, de forma a manter as funções vitais e evitar o agrava-
Primeiros mento do seu estado, através da adoção de medidas e procedi-
socorros: mentos até que a assistência qualificada esteja disponível.
Qualquer pessoa treinada pode prestar os primeiros socorros com-
portando-se com serenidade, compreensão e confiança. O conhe-
cimento básico de primeiros socorros é necessário porque pode
salvar uma vida.
Também se faz com atendimento imediato, mas há a necessidade
do encaminhamento ao hospital para observação e intervenção do
profissional médico e demais profissionais da área a que se refere
Atendimento
a situação atendida. Nesse caso, há risco de morte, portanto é
pré-hospitalar:
“emergência”, será preciso remover a vítima ao hospital para reali-
zar exames complementares, receber cuidados específicos de ou-
tros profissionais.
Situações que correspondem a não gravidade. Não há riscos e
Urgência:
comprometimento da saúde ou integridade da vítima.
Constatação médica de condições de agravo a saúde que impli-
Emergência: quem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo, por-
tanto, tratamento médico imediato.
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O Suporte Básico de Vida (SBV) é um protocolo de atendimento no qual se
estabelecem o reconhecimento e a realização das manobras de ressuscitação cardi-
opulmonar (RCP), tem como objetivo manter a vítima de parada cardiorrespiratória
(PCR) viva até a chegada de uma unidade de transporte especializada.
O Socorrista necessita de uma propedêutica para cada situação apresentada e
ter consciência profissional de que será necessária de paramentação para a execução
dos procedimentos técnicos desenvolvidos para qualquer vítima que apresentar qua-
dro clínico de socorro. (SOUSA, 2014)
Nos itens a seguir vamos compreender o que é preciso para ser socorrista.
2.2 Perfil
“É necessário que o socorrista tenha um perfil muito solidário e saiba agir com
prudência e cautela diante cenários de grande pressão. A pessoa escolhida deve
apresentar controle emocional e transmitindo calma e segurança à vítima.
2.3 Objetivo
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• Ser determinado e objetivo: é preciso saber o que deverá ser feito e
focar no objetivo;
• Reconhecer seus limites: há situações em que o Socorrista não terá
habilidade o bastante para prestar o atendimento; nesse caso, deverá
passá-los para outra pessoa;
• Evitar pânico: o autocontrole do Socorrista é imprescindível, pois trans-
mitirá à vítima e às pessoas que o rodeiam a segurança de que tudo
ocorrerá da melhor maneira possível;
• Evitar comentários desagradáveis: o Socorrista deve ter em mente
que as palavras possuem um poder muito grande e podem desencadear
situações mais graves ou até o óbito. Portanto, não faça comentários de
agravos à vítima, aos familiares ou a outras pessoas próximas;
• Delegar ações com clareza: solicitar auxílio sendo o mais explícito pos-
sível, evitando, assim, dúvidas ou ajuda de forma incorreta, pois o tempo
é muito curto para erros;
• Ser rápido em improvisação: existem lugares e situações em que o
Socorrista não terá os materiais necessários para executar um procedi-
mento; para tanto, desenvolverá algumas artimanhas (por exemplo: o
interior do envelope de gaze é totalmente estéril, pois houve um pro-
cesso de descontaminação; você pode abri-lo, utilizar-se das compres-
sas de gaze e, ainda, aproveitar a parte de dentro e estancar uma he-
morragia, pois essa parte não teve contato com o meio externo;
• Ser responsável por seus atos: o Socorrista deve executar os proce-
dimentos independentemente de estar sendo supervisionado ou não e
ter em mente a importância de conhecer sobre os riscos de contamina-
ção e prejuízos à vida da vítima, caso não se atenha aos cuidados de
assepsia, por exemplo;
• Ser seguro em suas atitudes: o Socorrista não poderá ficar em dúvida
no atendimento; caso não saiba a conduta, é preciso perguntar ou re-
passá-la para outro profissional;
• Preservar a sua própria integridade: executar os procedimentos com
equipamentos de proteção individuais (EPIs), como luvas, máscara e
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óculos, evitando contaminações desnecessárias que podem perdurar
por toda a vida do Socorrista;
• Observar o local do acidente: o Socorrista deve atentar-se de forma
ampla para o local do fato, antes dos procedimentos, para tomar condu-
tas prévias, como: isolá-lo; demarcar alguns pontos; evitar que outros
acidentes se desencadeiem etc.
• Estabelecer comunicação com a vítima: o Socorrista deve favorecer
a comunicação com a vítima, fazendo perguntas do tipo: QUAL O SEU
NOME? O QUE ACONTECEU? ONDE DÓI?
Nunca se deve fazer perguntas para as quais as respostas sejam números
(por exemplo: que dia é hoje ou quanto é dois mais dois?), pois, se perguntarmos a
alguém lúcido que dia é hoje, ele poderá errar, e isso não será tão relevante. Caso a
vítima apresente sinais vitais, pulso e respiração, é preciso fazer um exame neuroló-
gico rápido, mexendo na ponta do pé e perguntando onde está sendo tocada (apertar
a ponta de um dedo e perguntar-lhe se está sentindo). Isso norteará o Socorrista para
saber se a vítima apresenta alguma suposta lesão de coluna (mas isso não remete a
levantar a vítima e fazê-la deambular, pois somente por meio de exames precisos
teremos um diagnóstico autêntico).
Liberar as vias aéreas somente para casos sem trauma cervical; caso o Socor-
rista perceba que a vítima não esteja respirando, respira com dificuldades ou, ainda,
apresente cianose labial, deve liberar as Vias Aéreas Superiores (VAS) da vítima, fa-
zendo a manobra da distensão da cabeça para trás, para que a passagem de ar re-
torne à normalidade. Porém, lembre-se: esse procedimento somente é realizado com
100% de certeza de que a vítima não tenha a coluna cervical lesionada;
• Priorizar a queixa principal: se a vítima estiver se comunicando (fa-
lando), externará sua dor ou desconforto. Deve-se escutá-la e dar aten-
ção para seus sintomas.
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Nosso SNC tenta em sua máxima força equilibrar o organismo que dele de-
pende para todas as situações apresentadas, o que se dá pelo fato de as células de
defesa atuarem ao seu comando. Essa função é o equilíbrio dinâmico, o meio interno
homeostático, indo “de encontro” a qualquer alteração abrupta; quando não se conse-
gue a reposição do equilíbrio, podem ser desencadeadas respostas mais severas - a
interrupção do sistema-, como a síncope(desmaio). O nome que se dá a esse fenô-
meno é homeostase, o equilíbrio do organismo sistêmico, em que se tentará entrar
em equilíbrio a qualquer custo para que o sistema possa ficar dentro dos padrões
permitidos para aquele corpo. Um exemplo é a febre, que não é ruim, mas uma men-
sagem enviada de imediato para comunicar que algo está errado com o sistema.
Outro exemplo são os casos graves e potencialmente fatais, nos quais o SNC
envia proteção apenas para três órgãos: o cérebro, o coração e os pulmões, - todos
os outros órgãos param para economizar energia em prol desses que comandam a
vida. Se a homeostase não puder funcionar na capacidade máxima, esses órgãos
vitais começam a morrer, iniciando-se pelos pulmões, ocorrendo a parada respiratória,
dando sequência à parada cardíaca, denominada parada cardiorrespiratória.
(SOUSA, 2014)
Entendendo de forma comum, o SNC é como uma sirene dentro do corpo, que
apita toda vez em que há algo de errado: dor; febre; linfonodos (sinal de inflamação);
inchaço leve com uma dor suportável na região submandibular, axilar ou ainda ingui-
nal, localizada na virilha, conhecida por algumas pessoas como “íngua” ou “gânglio”.
Para mantermos nosso cérebro saudável, é necessária a manutenção do orga-
nismo central, com alimentação e inspiração de ar, componentes que exercem a fun-
ção de enviar essa composição orgânica para o sistema, remetendo a devolutiva de
sensações de bem-estar, prazer e funcionamento adequado de todos os órgãos.
O SNC requer grande quantidade de glicose e de oxigênio para o desempenho
das suas funções, uma vez que seu metabolismo é quase que exclusivamente aeró-
bico, exigindo um intenso e constante fluxo sanguíneo. Por isso, o SNC, incluindo a
medula espinhal e o encéfalo, conta com uma irrigação sanguínea abundante e ana-
tomicamente diversificada, o que permite o suprimento sanguíneo adequado. Em ter-
mos de suprimento arterial do encéfalo, o fluxo de sangue no tecido neural encefálico
é intenso, perdendo apenas para os rins e o coração (BONSI; BONI, 2015).
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A audição é a única que morre pouco tempo antes do cérebro, sem avisar, na
maioria das vezes. Portanto, quando uma vítima está inconsciente, por qualquer mo-
tivo (por exemplo: em “coma” ou após uma “parada cardíaca”), ela ouve, sua cavidade
auditiva está liberada para a entrada de sons. Assim, pode lembrar-se tão logo volte
à normalidade ou não, mas as informações são armazenadas e, no futuro, podem vir
à tona. (SOUSA, 2014).
SOUSA 2014, exemplifica alguns pontos: quando você está com fome, o seu
corpo reage para que algum alimento seja ingerido a fim de repor energia; quando
está com sono, seus olhos começam a ficar pesados e com visão dupla, em algumas
situações, há um blecaute total, um apagão; quando você ingere uma bactéria em um
alimento, acontecem vômito e diarreia e a homeostase tenta liberar essa bactéria de
qualquer forma, pois entende que é um corpo estranho e precisa equilibrar o sistema
de qualquer forma para satisfazer a necessidade do organismo.
A partir de agora, lembre-se sempre da homeostase, pois o Socorrista presen-
ciará a sua existência em todos os momentos de sua vida e das vítimas que atender.
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Se a pessoa responde aos estímulos, está responsiva.
1) Consciência: Caso em que a vítima atende aos comandos, responde com
clareza, sabe o que aconteceu com ela, onde se encontra.
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A pessoa apresenta postura propiciada pelo núcleo rubro.
6) Coma com decorti- Afeta o tronco cerebral. Há uma forma de rigidez da muscu-
cação: latura, os antebraços se elevam até o tronco e as mãos ficam
retraídas e fechadas.
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2.6 Acuidade visual
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O olho possui capacidade de distinguir dois pontos próximos, dependendo de
alguns fatores, sendo que um deles se dá pelo espessamento dos fotorreceptores da
retina.
Pupila é o centro da íris, a circunferência dentro da parte colorida do olho em
que ocorrem alterações de tamanho em razão da constrição ou da dilatação do es-
fíncter pupilar advindo do músculo ciliar. Contraindo e dilatando, dependendo de inú-
meros fatores, a pupila é fotorreagente motora, alteração que nos remete a detectar
alguns conceitos de como o sistema está reagindo. Essa região se dilata em um am-
biente com pouca ou nenhuma claridade e contrai quando a iluminação é mais intensa,
porém a homeostase faz com que, após alguns pequenos segundos, a pupila se acos-
tume ao ambiente oferecido (por exemplo: se houver lesão de coluna, em casos de
óbitos, substâncias químicas no organismo, choque elétrico, entre outros). (SOUSA,
2014).
Para melhor entendimento, a imagem a seguir mostra todos os tipos de pupilas.
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2.7 Escala de Glasgow
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Existem algumas vertentes das quais nos apropriamos para apontar qual o grau
de gravidade da vítima.
O quadro a seguir detalha a atribuição da nota que o Socorrista deve indicar
conforme analisa a vítima.
A escala compreende três testes clínicos para verificar as respostas apre-
sentadas pela vítima:
• Abertura ocular;
• Verbal (fala);
• Capacidade motora.
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São três valores avaliados separadamente, porém, para obtermos um di-
agnóstico, há necessidade de somá-los, lembrando que se pontua de 3 a 15,
como demonstrado no quadro a seguir:
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na Atenção Básica. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2012
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2.8 Óbitos em evidência
Quando o Socorrista pode deixar de atender uma vítima ou se pode dizer que
uma vítima morreu? Quando há óbitos em evidência, não há mais razão para correr a
fim de socorrer uma vítima em virtude da urgência de tempo. Infelizmente, às vezes
somente com o olhar você consegue identificar uma morte concreta, porém devemos
imaginar “quais são elas”. Há casos em que não há evidências, como a liberação de
massa cefálica, que não condiz em fechar um diagnóstico de óbito.
Para não tecer um comentário improcedente, por exemplo, de que a vítima está
em óbito, e depois detectar-se que está viva, vamos entender bem esse passo de
reconhecimento. Para tanto, pergunte-se: “Quando e como você gostaria de ser aten-
dido?”. (SOUSA, 2014).
De acordo com Sousa 2014, os óbitos em evidência são aqueles em que não
há mais o que fazer para salvar a vida que fora encontrada, pois apresenta indícios
de morte concretizada, como apresentado a seguir.
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autocontrole para sua evidenciação; porém, não há como
socorrer a vítima após essa conclusão.
Após determinado tempo, nosso corpo, bem como tudo o
que morre, tem seu momento de decomposição orgânica.
Portanto, quando apresentado esse quadro, o óbito se evi-
Putrefação:
dencia, já que o corpo apresenta odor fétido, forte e carac-
terístico de apodrecimento, e surgem vermes nos tecidos
necrosados.
Vítima encontrada após algumas horas de óbito, apresen-
tando rigidez dos membros e articulações. A morte clínica
de forma natural ou provocada ocasionou o enrijecimento da
Rigor mortis: musculatura. Em média, após três horas de morte, inicia-se
o processo de endurecimento do corpo, perdurando por
aproximadamente mais 24 horas; por volta de 36 horas,
ocorre o relaxamento da musculatura.
Na segmentação de tronco, também conhecida como morte
transversal, há uma divisão do tronco entre membros supe-
Segmentação de
riores e inferiores, impedindo a continuidade da vida. Nesse
tronco:
instante, há a separação de órgãos e artérias concomitante-
mente, impossibilitando suas reconstituições.
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quaisquer elementos, pois, assim, dificultaríamos o trabalho eficaz dos profissionais
pertinentes. É preciso apenas certificar os sinais vitais da(s) vítima(s) e realizar as
manobras de reanimação, caso haja condição e não seja óbito em evidência, como
descrevemos anteriormente.
Caso esteja passando por uma via pública em que haja um cordão isolando a
área do acidente, com os policiais em volta, o Socorrista pode, e deve chegar ao local,
identificar-se e tentar socorrer as vítimas ou simplesmente oferecer ajuda. (SOUSA,
2014).
3. BIOSSEGURANÇA DO SOCORRISTA
Todo líquido dentro do nosso corpo é denominado fluido corpóreo, porém exis-
tem o fluido intracelular (citosol) e o fluido extracelular (fluido intersticial, linfa e plasma
sanguíneo).
Os fluidos corpóreos são classificados em dois tipos: excreção, todo líquido
liberado naturalmente pelo nosso sistema, como lágrima, suor, muco nasal, urina, fe-
zes; e secreção, todo líquido que não é liberado naturalmente, como sangue, diarreia,
vômito, secreção nasal, esperma. (SOUSA, 2014).
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4. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA SALA DE EMERGÊNCIA
4.1 Inicial
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4.2 Intermediário
4.3 Final
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4.4 Efeitos de alguns medicamentos utilizados na sala de emergência em pa-
radas cardiorrespiratórias
• Adrenalina: exerce ação direta sobre o sistema nervoso central e provoca vaso-
constrição, aumentando o retorno venoso, a força de contração e a frequência car-
díaca.
• Atropina: exerce ação direta sobre o sistema parassimpático, aumentando o auto-
matismo no nódulo sinusal. Tem como objetivo principal aumentar a frequência car-
díaca.
• Gluconato de cálcio: altera a consistência do miocárdio.
• Lidocaína sem vasoconstritor: antiarrítmico ventricular.
• Bicarbonato de sódio: utilizado, quando não há resposta à fibrilação, para corre-
ção de acidose metabólica.
• Soro glicosado: não deve ser utilizado, pois aumenta o edema. (SANTOS, 2018).
Conduta:
1. Avaliar a responsividade (chamar o paciente) e expansão torácica:
- Se não responsivo e sem movimentos respiratórios, checar pulso central: Se
pulso ausente, iniciar Protocolo de PCR; se pulso presente, abrir VA com manobras
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manuais (hiperextensão da cabeça e elevação do queixo) e iniciar suporte ventilatório
(ALVES, 2018, p. 1).
- Se não responsivo com movimentos respiratórios: garantir a permeabilidade
de via aérea e considerar suporte ventilatório; se responsivo: prosseguir avaliação
(ALVES, 2018, p. 1).
3. Avaliar ventilação:
• Padrão ventilatório;
• Simetria torácica;
• Frequência respiratória;
• Considerar a administração de O².
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5.2 Avaliação secundária do paciente
Conduta:
1. Realizar a entrevista SAMPLA (com o paciente, familiares ou terceiros)
como descrito abaixo por Alves (2018):
• Nome e idade;
• Queixa principal;
• S: Verificação dos sinais vitais:
Respiração (frequência, ritmo e amplitude);
Pulso (frequência, ritmo e amplitude);
Pressão arterial; e
Pele (temperatura, cor, turgor e umidade).
• A: história de alergias;
• M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso;
• P: passado médico – problemas de saúde ou doença prévia;
• L: horário da última ingestão de líquidos ou alimentos;
• A: ambiente do evento.
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• Pescoço: Avaliar região anterior e posterior; avaliar, em especial, se há
distensão das veias jugulares (ALVES ,2018).
• Tórax: Observar, em especial, se há uso de musculatura acessória, ti-
ragem intercostal e de fúrcula, movimentos assimétricos (ALVES, 2018).
• Abdome: Observar abdome distendido (ALVES, 2018).
• Membros superiores: Observar, em especial, a palpação de pulsos dis-
tais e perfusão dos membros (ALVES, 2018);
Avaliar a força motora, solicitando que o paciente movimente os pés e/ou eleve
uma perna de cada vez, se descartada qualquer potencial lesão (ALVES, 2018).
Se pulso presente:
• Abrir via aérea e aplicar uma insuflação com bolsa valva-máscara.
• A insuflação de boa qualidade deve ser de um segundo e obter visível
elevação do tórax. Considerar a escolha da manobra manual segundo a
presença de trauma;
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• Precocemente instalar suprimento de O2, alto fluxo (10 a 15l/min) na
bolsa valva-máscara;
• Considerar a instalação da cânula orofaríngea (COF);
• Na persistência da PR, realizar uma insuflação de boa qualidade a cada
5 a 6 segundos (10 a 12/min);
• Verificar a presença de pulso a cada 2 minutos. Na ausência de pulso,
iniciar RCP com compressões torácicas eficientes e seguir Protocolo de
PCR e
• Manter atenção para a ocorrência de PCR
Se pulso ausente:
• Iniciar RCP com compressões torácicas eficientes e seguir Protocolo de
PCR (ALVES, 2018, p. 1).
• Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma
sistematizada (ALVES, 2018, p. 1).
• Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou
transporte para a unidade de saúde (ALVES, 2018, p. 1).
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• Pulso presente: Abrir via aérea e aplicar uma insuflação a cada 5 a 6
segundos (10 a 12/min) e verificar a presença de pulso a cada 2 minutos.
Siga o Protocolo de PCR (ALVES, 2018, p. 1).
• Pulso ausente: Informar imediatamente à Central de Regulação Mé-
dica, solicitando apoio (caso ainda não o tenha feito) e iniciar ressusci-
tação cardiopulmonar (RCP) (ALVES, 2018, p. 1).
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9. Checar novamente o ritmo após 2 minutos (considerar possibilidades do
item).
10. Manter os ciclos de RCP e avaliação do ritmo até:
• A chegada do SAV.
• A chegada ao hospital
• A vítima apresentar sinais de circulação (respiração, tosse e/ou movi-
mento).
11. Se retorno à circulação espontânea, seguir Protocolo de cuidados pós-RCP.
12. Na ausência de retorno a circulação espontânea ou outras condições de
risco, considerar Protocolo de Interrupção da RCP.
13. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminha-
mento e/ou unidade de saúde de destino.
14. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de ocorrência.
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• Remover o paciente para local mais seguro, na maior brevidade possível
e continuar com as manobras de RCP; e se não for possível remover o
paciente: realizar contato com a Central de Regulação Médica, o mais
breve possível, para informar os motivos que levaram a interrupção da
RCP e receber orientações/definição do encaminhamento e/ou unidade
de destino (ALVES, 2018, p. 1).
3.Sempre que possível, orientar os familiares quanto aos procedimentos que
serão adotados.
Fonte: www.sanarmed.com
A PCR determinada por assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP) re-
cebe tratamento muito semelhante, durante a PCR, após a colocação das pás no tórax
da vítima, a identificação de qualquer atividade elétrica regular e sustentada diferente
de FV/TV sem pulso ou assistolia define uma PCR em atividade elétrica sem pulso
(AESP), a AESP é caracterizada por um ritmo elétrico (atividade elétrica miocárdica)
que deveria estar associado a um pulso central (contração miocárdica efetiva). São
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várias as atividades elétricas englobadas nessa definição (dissociação eletromecâ-
nica, pseudodissociação eletromecânica, ritmo idioventricular e outros), mas o trata-
mento é o mesmo para esses ritmos (LADEIRA, 2013, p. 1).
A PCR é determinada pelo impedimento do acoplamento entre a atividade
elétrica organizada do miocárdio e a contração muscular eficaz que deveria resultar
dessa atividade elétrica, existem várias causas de AESP e são as mesmas causas de
assistolia.
A PCR em assistolia é a forma de PCR de pior prognóstico, consistindo na
ausência de atividade elétrica no coração, cujas principais causas são as mesmas
descritas para a PCR em AESP, tão importante quanto o tratamento da assistolia é a
sua confirmação diagnóstica, pois há situações nas quais o médico enganosamente
diagnostica, por vários motivos, a assistolia como o ritmo da PCR quando o ritmo real
é de FV/TV sem pulso ou AESP, para o correto diagnóstico de assistolia, deve-se
proceder ao protocolo da linha reta, que consiste em checar a conexão dos eletrodos,
aumentar o ganho do monitor cardíaco e, por fim, checar o ritmo em duas derivações
contíguas. Todo cuidado na identificação desse ritmo é pouco, pois o ritmo de base
verdadeiro é a FV em até 10% dos ritmos identificados como assistolia pelas pás.
Isso pode ocorrer porque o eixo elétrico resultante da FV pode ser perpendicu-
lar à derivação da monitoração pelas pás, gerando um ritmo isoelétrico no monitor
(assistolia), bem como por cabos ou eletrodos desconexos. O aumento do ganho do
sinal no monitor também deve ser realizado para permitir a identificação de FV fina
(LADEIRA, 2013, p. 1).
Na identificação de PCR em AESP ou assistolia, o tratamento imediato é a
compressão torácica, pois a desfibrilação é contraindicada nesta situação, uma vez
que poderá desorganizar o ritmo elétrico na AESP e não gerará ritmo se aplicada na
assistolia.
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(Assistência ao paciente vítima de parada cardiopulmonar: adultos e crianças. SANTOS, 2018,
p. 235)
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idade da vítima, causa associada e outros. Apesar disso, na assistolia, não havendo
reversão da PCR após as medidas terapêuticas cabíveis, o término dos esforços deve
ser considerado, pois o ritmo de assistolia em PCR carrega consigo um péssimo prog-
nóstico (LADEIRA, 2013, p. 1).
Uma atitude clínica importante no tratamento da AESP e da assistolia é a de-
terminação da causa do evento e a aplicação do seu tratamento específico. São 10
as causas reversíveis e é possível nominá-las de forma simples para memorização
como 5H e 5T.
De acordo com LADEIRA (2013) o tratamento das causas da AESP é o princi-
pal fator determinante da reversão do quadro. Caso não se encontre uma dessas cau-
sas durante o atendimento, a chance de reversão da PCR fica muito diminuída. O
tratamento de cada uma das causas é descrito abaixo, a maioria das causas de pa-
rada pode ser resumida na memorização mnemônica “5 Hs e 5 Ts”, Hipóxia, Hipovo-
lemia, Hidrogênio (acidose), Hiper/Hipocalemia, Hipotermia; Tóxicos, Tamponamento
cardíaco, Tensão no tórax (pneumotórax hipertensivo), Trombose coronária (infarto
agudo do miocárdio), Tromboembolismo.
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administração de oxigênio pela intubação, a acidose metabólica que determina uma
PCR deve ser controlada com bicarbonato de sódio na dose de 1 mEq/kg, assim como
a hipercalemia, a hipocalemia deve ser corrigida na PCR com a infusão de 40 mEq/L
de KCl 19,1% em 1 hora de infusão, a hipotermia deve ser revertida com medida de
reaquecimento, como infusão de soro aquecido, nebulização com ar aquecido e outras
disponíveis (LADEIRA, 2013).
O tamponamento cardíaco é revertido pela punção pericárdica, a trombólise
não é indicada durante a RCP no diagnóstico ou em caso de forte suspeita clínica de
infarto agudo do miocárdio ou tromboembolismo pulmonar, pois não agrega benefício
ao doente, o pneumotórax hipertensivo é controlado com drenagem ou punção de
tórax, dentre os agentes presentes nas intoxicações exógenas e que diretamente
deprimem o miocárdio, os bloqueadores de canais de cálcio, betabloqueadores e
antidepressivos tricíclicos são os mais frequentes, seus antagonistas são,
respectivamente, o cálcio iônico, o glucagon e o bicarbonato de sódio LADEIRA,
2013).
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A importância do método criado por Jim Styner, foi rapidamente reconhecida
por autoridades médicas mundiais, devido ao fato de que, somente aplicando o pro-
tocolo ABCDE, seria possível estabilizar a vítima do trauma, promovendo a segurança
devida para o transporte e para outras intervenções necessárias (RODRIGUES; SAN-
TANA; GALVÃO, 2017).
(X) – Exsanguinação
36
De acordo com PHTLS, 2018 apud SANAR, 2020, a hemorragia externa
grave deve ser contida mesmo antes do manejo das vias aéreas, pois, apesar de
epidemiologicamente, a obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em
um curto período de tempo, são as hemorragias graves, as maiores causas de
mortes, em casos de traumas.
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A circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de aná-
lise nesta fase do protocolo e, como já mencionado, a hemorragia é a principal causa
de morte em casos de trauma. O procedimento de imediato a ser adotado é o estan-
camento da mesma, por meio de compressão direta no foco (SANAR, 2020).
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X faz referência a hemorragias externas,
ou seja, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, sendo pre-
ciso e fundamental averiguar a perda de volume sanguíneo não visível, avaliando os
principais pontos de hemorragia interna no trauma, sendo eles pelve, abdome e mem-
bros inferiores, e avaliar os sinais clínicos dessa hemorragia como, tempo de enchi-
mento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e nível e qualidade de consciência com-
prometidos (GIANOTTO-OLIVEIRA, 2015).
38
8. AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA E PRESENÇA DE RESPIRAÇÃO ADEQUADA
39
até, no máximo, dez segundos. Se o pulso e os sinais de circulação estiverem ausen-
tes ou se houver dúvidas, as CTE devem ser iniciadas imediatamente. (WHITAKER,
2015).
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3. Deve-se afastar as roupas que cobrem o tórax do paciente;
4. Colocar as mãos sobre o esterno da vítima, na linha intermamilar com
os braços estendidos, sem flexionar os cotovelos e formando um ângulo
de 90° com o plano horizontal;
5. O peso do tronco do socorrista ajuda a comprimir o esterno da vítima,
promovendo uma depressão de 5 cm e permitindo, a seguir, o retorno
do tórax à posição normal;
6. O tempo de compressão deverá ser igual ao tempo de relaxamento, pois
o retorno da parede torácica permite o enchimento das câmaras cardía-
cas;
7. As CTE devem ser repetidas seriadamente, procurando atingir uma fre-
quência mínima de 100-120 compressões por minuto;
8. As ventilações são aplicadas intercalando-as com as compressões torá-
cicas em uma relação de 30 CTE:2 ventilações;
9. Alternar a pessoa que está realizando as CTE a cada 2 minutos, a fim
de garantir a efetividade constante das compressões torácicas e otimizar
o fluxo sanguíneo;
41
10. VIAS AÉREAS E RESPIRAÇÃO
Após a realização das trinta CTE, faz-se a abertura das vias aéreas. Se não
houver suspeita de trauma, deve-se utilizar a manobra de inclinação da cabeça e ele-
vação do queixo, realizando a hiperextensão do pescoço. Quando há suspeita de
trauma na coluna cervical, a abertura das vias aéreas é realizada mantendo-se a co-
luna em posição neutra e elevando-se a mandíbula (ver capítulo Cuidados com o pa-
ciente com feridas traumáticas). Essas manobras liberam as vias aéreas da obstrução
causada pela queda da língua e da epiglote. A língua é a principal causa de obstrução
das vias aéreas em uma vítima inconsciente em virtude do relaxamento da muscula-
tura.
Durante a abertura das vias aéreas, deve-se remover quaisquer objetos, secre-
ções, vômitos ou próteses dentárias que estejam presentes na cavidade oral, utili-
zando recursos de proteção individual e realizando a aspiração das vias aéreas com
equipamento apropriado. Duas ventilações pulmonares devem ser realizadas.
A duração de cada ventilação deve ser de um segundo e observa-se a elevação
torácica. As ventilações artificiais podem ser aplicadas boca a boca, boca-dispositivo
de barreira ou por um dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambu®). (WHITAKER,
2015).
42
(WHITAKER, 2015 p.260).
Existem dois tipos de dispositivo de barreira que impedem o contato direto entre
a boca da vítima e a boca do socorrista: lenço facial ou máscara facial com válvula
unidirecional.
Para a realização da respiração boca-máscara, deve-se manter a abertura das
vias aéreas, posicionar a máscara sobre o nariz e a boca, apoiando-se os terceiro,
quarto e quinto dedos na mandíbula, conservando a inclinação da cabeça e a tração
da mandíbula; com o polegar e o indicador, pressiona-se a máscara contra a face para
formar um selo. O ar é soprado através da válvula unidirecional. (WHITAKER, 2015).
43
• Técnica com um socorrista: coloca-se a máscara sobre o nariz e a
boca e apoiam-se os terceiro, quarto e quinto dedos na mandíbula, con-
servando a inclinação da cabeça e a tração da mandíbula para manter
as vias aéreas abertas; com o polegar e o indicador, pressiona-se a más-
cara contra a face para formar um selo e evitar o escape de ar. A outra
mão comprime a bolsa, e observa-se a elevação do tórax.
• Técnica com dois socorristas: um socorrista mantém a máscara aco-
plada à face assegurando a abertura das vias aéreas e evitando o es-
cape de ar, enquanto o outro comprime a bolsa e observa a elevação do
tórax.
44
(WHITAKER, 2015, p. 262)
45
Parâmetros de RCP com um ou dois socorristas.
1 socorrista 2 socorristas
Compressões torácicas 30 30
Ventilações 2 2
Reavaliar após 2 min ou 5 ciclos de
sim sim
compressões/ventilações
Revezamento dos
socorristas após 2
min.
(WHITAKER, 2015, p. 263)
13. DESFIBRILAÇÃO
46
e as ventilações, alternando os socorristas a cada 2 minutos ou menos, e iniciar o
acesso venoso para medicação e procedimentos para via aérea avançada.
O ritmo mais frequente nos minutos iniciais de uma PCR em indivíduos adultos
é a fibrilação ventricular (FV). Quanto mais precoce for realizada a terapia de desfibri-
lação, melhores serão os resultados de sobrevida e o prognóstico neurológico. É evi-
denciado que em hospitais ou instituições com DEA, a RCP deve ser iniciada imedia-
tamente e realizada a desfibrilação assim que o aparelho estiver disponível; em situ-
ações extra-hospitalares, deve ser iniciada a RCP enquanto se providencia um DEA
e se prepara a desfibrilação, considerando o tempo de 11/2 a 3 minutos. Para que
esse objetivo seja alcançado, é necessário o envolvimento da comunidade no ambi-
ente extra-hospitalar, e no âmbito hospitalar as equipes de saúde devem receber trei-
namento e as unidades devem ser equipadas com desfibriladores manuais ou auto-
máticos, de acordo com as características de cada serviço.
As diretrizes para RCP evidenciam a importância do fato de que, nos primeiros
4 a 5 minutos de uma PCR, o coração encontra--se na fase elétrica, durante a qual a
amplitude da FV é alta (FV grosseira), estando o coração em condição altamente pro-
pícia ao choque. Após esses cinco minutos, o coração entra na fase circulatória, na
qual a amplitude da FV diminui em virtude da depleção de substrato energético ao
miocárdio (FV fina). Nessa situação, a recomendação tem sido realizar dois minutos
de RCP antes de utilizar o desfibrilador, com o objetivo de fornecer substrato energé-
tico ao coração, contribuindo para aumentar o limiar da FV e, consequentemente, pro-
porcionar maiores chances de reversão do ritmo pela terapia de desfibrilação. Desse
modo, em relação ao uso do desfibrilador, recomenda-se realizar a desfibrilação, as-
sim que possível. (WHITAKER, 2015).
47
ritmo cardíaco é feita pelo operador, assim como a seleção da energia e a aplicação
do choque. A utilização do desfibrilador manual ainda permanece restrita aos profissi-
onais médicos. A atuação do enfermeiro, no entanto, é de fundamental importância
para que esse procedimento seja realizado com rapidez, segurança e eficácia. (WHI-
TAKER, 2015).
48
2. Aplicar, abundantemente, o condutor apropriado (gel) às pás ou utilizar as pás
adesivas do aparelho.
49
Se FV/TV persistir, o choque deverá ser re-
petido seguindo os passos descritos anteri-
ormente.
(WHITAKER, 2015, p. 265).
1. LIGAR o aparelho.
Ligar o aparelho (alguns dispositivos ligam auto-
maticamente quando são abertos).
Esse passo acionará as mensagens sonoras que
irão guiá-lo nos passos subsequentes.
50
(eletrodos para desfibrilação) Se o tórax estiver molhado por água ou suor, secá-
seguindo instruções contidas lo rapidamente.
na embalagem. Fixar as pás adesivas no tórax desnudo da vítima,
colocando um eletrodo no lado superior direito do
tórax, logo abaixo da clavícula e à direita do es-
terno, e o outro eletrodo à esquerda do mamilo, na
linha média axilar.
Certificar-se de que o cabo dos eletrodos está co-
nectado ao aparelho.
O uso do DEA por leigos treinados em SBV contribui ainda mais para o fortale-
cimento da política de acesso público à desfibrilação. No intuito de melhorar os índices
de sobrevida pós-ressuscitação, o uso intra-hospitalar do DEA também tem sido re-
comendado, principalmente em unidades hospitalares não críticas, ambulatórios, se-
tores diagnósticos e nas áreas de recepção. (WHITAKER, 2015).
51
14. REAVALIAÇÃO
Após dois minutos de RCP, o ritmo do paciente deverá ser reavaliado. Nas
situações em que o DEA está sendo utilizado, o próprio aparelho realiza a análise
automática do ritmo a cada dois minutos e define a necessidade da aplicação de um
novo choque. Durante a utilização de um desfibrilador manual, a equipe deverá reali-
zar a análise do ritmo a cada dois minutos, determinando a necessidade de aplicar ou
não um novo choque.
Se o choque não estiver indicado pelo DEA, as manobras de RCP deverão ser
reiniciadas imediatamente, exceto se o paciente apresentar algum movimento. Nesse
caso, deve-se checar o pulso e a respiração. Se o pulso estiver presente, deve-se
avaliar a respiração.
Quando a respiração estiver presente, a vítima poderá ser colocada em posição
de recuperação (decúbito lateral esquerdo) para evitar obstrução da via aérea pela
queda da língua e broncoaspiração de secreções ou vômito. Se a respiração não es-
tiver presente ou for inadequada, a vítima deverá receber somente um suporte venti-
latório, com uma ventilação a cada cinco ou seis segundos (10 a 12 respirações por
minuto), enquanto a equipe prepara o material para obtenção de via aérea definitiva.
(WHITAKER, 2015).
A sequência de ações dos profissionais de saúde para realizar o SBV em adul-
tos é apresentada de forma sucinta na tabela a seguir:
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Profundidade da com-
No mínimo 5 cm.
pressão
Permitir o retorno total entre as compressões torácicas.
Retorno da parede torá-
Revezar o profissional que faz as compressões a cada
cica
2 min.
Interrupções das com- Minimizar as interrupções.
pressões Limitar a interrupção a menos de 10 segundos.
Manobra da inclinação da cabeça/elevação do queixo.
Vias aéreas Manobra da anteriorização da mandíbula ao suspeitar
de trauma.
Relação compressão-
ventilação (até coloca-
30:2 (1 ou 2 socorristas).
ção de via aérea avan-
çada)
Socorrista leigo Não fará ventilações, apenas as compressões.
1 ventilação/6 a 8 segundos (8 a 10 ventilações/min).
Assíncronas com as compressões torácicas.
Profissionais de saúde
Cerca de 1 segundo/ventilação.
Elevação visível do tórax.
Colocar e usar o DEA assim que estiver disponível.l
Minimizar as interrupções das compressões torácicas
Desfibrilação
antes e após o choque; reiniciar a RCP, começando com
compressões imediatamente após cada choque.
(WHITAKER, 2015, p. 268)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BENTO AM, et al. Preliminary in-hospital experience with a fully automatic exter-
nal cardioverterdefibrillator. Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscita-
tion and Emergency Cardiovascular Care. Circulation,2010.
54
HALL, J. E. Guyton & Hall: tratado de fisiologia médica. 12. ed. Elsevier, 2011.
RECH, Milena Rodrigues Agostinho. Suporte Básico de Vida para crianças em ca-
sos de Parada Cardiorrespiratória, 2021.
55
SANTOS, Nívea Cristina Moreira. Urgência e emergência para enfermagem: do
atendimento pré-hospitalar (APH) à sala de emergência .7. ed. Érica, 2018.
SOUSA, Lucila Medeiros Minichello de. Suporte básico à vida .1. ed. Érica, 2014.
WIDMAIER, E. P.; RAFF, H.; STRANG, K. T. Vander: fisiologia humana. 14. ed.
Guanabara Koogan, 2017.
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