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SOCORRO DE EMERGÊNCIA
EM SITUAÇÕES CLÍNICAS
RELACIONADAS AO EXERCÍCIO
FÍSICO
Prof. Dr. Rodrigo Ferro Magosso
Prof. Dr. Guilherme Borges Pereira
Revisora técnico-científica: Profa Ma. Luísa Cedin
1a edição
Editor
Douglas Henrique Perez Pino
Projeto Gráfico
Clarissa Bengtson e Jéssica Veloso Morito
Revisora
Rebeca Aparecida Mega
Diagramadora
Clarissa Bengtson
Capa
Jéssica Veloso Morito
ISBN – 978-65-88873-11-3
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6602819997326437
Guilherme Borges Pereira
Dedica-se ao estudo, ao ensino e à pesquisa na
área de Fisiologia do Exercício em humanos e
modelos experimentais. Fez o mestrado e o dou-
torado em Ciências Fisiológicas pela UFSCar, com
período sanduíche na Western Kentucky Univer-
sity, nos Estados Unidos. Atualmente é professor
do Departamento de Ciências Fisiológicas e
pesquisador pelo Programa Interinstitucional de
Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da UFS-
Car. Possui diversas publicações científicas que in-
vestigaram as respostas do organismo submetido
ao estresse físico em diferentes situações clínicas,
como por exemplo, em indivíduos hipertensos,
obesos, cardiopatas e pneumopatas.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/0159911069166581
Luísa Cedin
Formada em Fisioterapia, é especialista em Fisio-
logia do Exercício pela UFSCar. Fez o mestrado
em Ciências no Departamento de Bioengenha-
ria da Universidade de São Paulo (USP). Possui
publicações científicas e materiais didáticos que
abordam temas relacionados às lesões musculo-
esqueléticas, à avaliação física e à biomecânica.
Atualmente, ministra aulas a distância com foco
em Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica das
lesões musculoesqueléticas.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/6602819997326437
SUMÁRIO
Mensagem aos estudantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Ementa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Objetivos específicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Habilidades e competências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Vítima consciente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Vítima inconsciente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Crise hipertensiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Convulsão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Mensagem aos estudantes
Saudações, estudantes!
Sejam todos bem-vindos ao componente curricular Suporte básico de
vida e socorro de emergência em situações clínicas relacionadas ao
exercício físico. Este componente tem como objetivo capacitá-los para re-
alizar os primeiros socorros de vida em ocasiões em que uma vítima esteja
em perigo.
Neste material, focamos nas situações mais prováveis de ocorrerem no
âmbito do exercício físico, especialmente do exercício clínico, conforme
proposto pelo projeto pedagógico do nosso Curso.
Nas unidades deste volume vocês verão o que significa socorro básico de
vida e como proceder com o atendimento de urgência em situações relacio-
nadas a males cardiovasculares, metabólicos, respiratórios e traumáticos.
Vocês também verão que deixamos diversas provocações ao longo do
material, justamente para mostrar a importância de se familiarizar com as
técnicas apresentadas. Aquela frase, “Nunca se sabe...”, se aplica perfeita-
mente às situações de emergência! Por essa razão discutiremos amplamen-
te alguns aspectos preventivos. O melhor socorro começa pela prevenção!
Esperamos que vocês concluam esta leitura e esta componente com a
sensação de preparo para estas situações. Para potencializar os estudos, é
importante explorar, de forma contínua, livros, e-books, artigos científicos e
videoaulas. Lembre-se sempre de verificar a fonte e a base de dados destes
materiais, pois se utilizados com sabedoria fundamentam e assessoram o
que estudamos.
Bons estudos!
Ementa
• Objetivos específicos
▪▪ Apresentar a importância do suporte básico de vida;
▪▪ apresentar as etapas da análise vital;
▪▪ demonstrar os protocolos de suporte básico de vida em situações
específicas;
▪▪ detalhar a importância da familiaridade com os protocolos de
suporte básico de vida;
▪▪ compreender o quanto o conhecimento acerca da fisiopatologia
das doenças pode prevenir situações em que o suporte básico de
vida é necessário.
• Habilidades e competências
▪▪ Estimular o pensamento crítico no aspecto da prevenção de aci-
dentes e considerando situações que requeiram suporte básico
de vida;
▪▪ desenvolver a familiaridade com protocolos de suporte básico de
vida para a eventualidade de sua necessidade
• Organização do Caderno de Estudo
Provocação
Leitura complementar
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
ouviu falar nessa expressão (e até mesmo a tenha repetido). Se você, assim
como eu, professor Rodrigo, cursou Educação Física, ou se você cursou
Fisioterapia, tal como o professor Guilherme, seguramente deve ter con-
cluído uma disciplina de “atividade física para populações especiais”. Entre-
tanto, não é a população e nem as populações que merecem a alcunha de
“especiais”. Na verdade, o que muda em nossa intervenção são os cuidados
que precisamos ter para com estas pessoas. Por isso, particularmente, gosto
mais do termo “populações com cuidados especiais”. E já vou explicar por
que prefiro esta nomenclatura.
Dessa vez, confesso que tornei mais aguçada minha provocação. Talvez
| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
você tenha se lembrado da estratificação de risco cardíaco e pensado que
pessoas que possuem estas doenças apresentam, em geral, risco cardíaco
aumentado. Se você chegou a essa consideração, acertou... Neste aspecto!
Todo este conjunto de informações, aliado à sua reflexão inicial, serviu para
que chegássemos a esta conclusão. Entretanto, mesmo com todos os cui-
dados que podem ser tomados, o risco não é absolutamente nulo. Isso vale
também para atletas.
Quando observamos esta definição, já nos salta aos olhos a sua parte inicial:
o SBV possui um conjunto de procedimentos bem-definidos, que será apre-
sentado no próximo capítulo. Este conjunto de procedimentos tem o gran-
de objetivo de aumentar as chances de vida de uma pessoa com parada
cardiorrespiratória (PCR) até que o socorro – que possui os equipamentos
necessários – possa chegar.
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monstram uma triste realidade do Brasil: temos pouco conhecimento sobre
SBV e muitas vidas poderiam ser salvas caso a população e, principalmente,
os profissionais de saúde recebessem a devida instrução a respeito destes
procedimentos.
Para finalizar este primeiro capítulo, reflita com esta provocação final.
Como sou “da velha guarda”, eu sugiro registrar tudo num papel, mas vale
até o bloco de anotações do seu celular. O importante é guardar as respos-
tas.
A primeira coisa a ser dita pode parecer, para algumas pessoas, a mais
| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
Longe de mim dizer que é fácil manter a calma em um momento desses, mas
eu tenho uma dica que pode acabar facilitando o processo nas situações
em que estes procedimentos forem necessários: pratique regularmente.
Conforme vimos no capítulo anterior, muitas pessoas já fizeram algum
curso sobre primeiros socorros, mas não conseguem se sentir seguras ou
preparadas para uma situação de emergência. Isso ocorre, em parte, pela
nossa falta de familiaridade. Por isso, depois de conhecer os protocolos de
emergência, é necessário simular este conjunto de procedimentos perio-
dicamente para que eles sempre estejam em sua memória e para que o
processo seja automatizado, como uma rotina.
1 Há cidades brasileiras em que o SAMU não existe ou se encontra desativado (notadamente por
questões ligadas às políticas públicas em Saúde), ao que as pessoas reconhecem discar “192” para
“chamar uma ambulância”.
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Vítima consciente
Se a vítima está consciente, tranquilize-a e pergunte por áreas dolorosas
no corpo e por incapacidades funcionais de mobilização. Peça para apontar
onde é a dor e peça, também, para que ela verifique se consegue movi-
mentar levemente os dedos dos pés, das mãos etc. Mantenha a vítima na
posição em que você a encontrou. Só retire a vítima do local do acidente
se isso for absolutamente necessário para livrá-la de um perigo maior (por
exemplo, diante de cenários com risco de explosão, de intoxicação por gás
e de desabamento) e em casos nos quais o transporte imediato da vítima
ao hospital é o único meio de salvar-lhe a vida. Se você for obrigado(a), en-
tão, a mover a vítima, dê especial atenção às suspeitas de lesões nervosas.
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se há dor ao respirar ou quando o tórax é levemente comprimido. Solicite
que o acidentado movimente levemente os dedos das mãos e verifique se
há existência de dor ou incapacidade funcional. Verifique se há dor no ab-
dome e procure algum ferimento. Tenha cuidado e bom senso ao promover
toques e contatos com a vítima: respeite-a. Além disso, não permita que
a vítima tente se levantar prontamente, achando que nada sofreu. Inicial-
mente, ela deve ser mantida imóvel, pelo menos para um rápido exame,
como descrito anteriormente. Se possível, ela deve ficar deitada de costas
ou na posição que mais lhe ofereça conforto.
Vítima inconsciente
As situações com vítima inconsciente exigem uma preocupação maior,
pois além do fato de se ter poucas informações sobre o seu estado, podem
surgir complicações devido, justamente, à inconsciência. O exame da vítima
inconsciente deve ser igual ao da vítima consciente, só que com cuidados
redobrados, pois os parâmetros de força, capacidade funcional e dor não
poderão ser informados.
Neste caso, a avaliação dos sinais vitais pode ser dividida em três etapas,
descritas pelas letras A, B e C. Essa descrição foi adotada a partir do signifi-
cado dos termos em inglês – mesmo que você não tenha familiaridade com
a língua inglesa, os significados destas palavras não são tão difíceis de se
lembrar (VICTORELLI et al., 2013). Veja:
• A vem de airway, que significa vias aéreas;
• B vem breathing, que significa respiração; e
• C vem de circulation, que significa circulação.
Apresentamos, a seguir, como realizar cada uma das etapas dessa avaliação.
bém a língua. A execução deve ocorrer tal como ilustra a Figura a seguir.
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Figura 3 Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo
Fonte: elaboração própria traduzida de https://healthjade.net/wp-content/uploads/2019/12/
head-tilt-chin-lift.jpg (healthjade.net)
Nesta segunda etapa da avaliação primária, para que você possa verificar
se a vítima está respirando, você deve ver, ouvir e sentir a sua respiração.
Você vai posicionar o seu ouvido próximo da boca e do nariz da vítima, de
maneira que você possa ver a sua caixa torácica (Figura 4). Confira, a seguir,
as ações:
• observar movimentação do tórax (VER);
• perceber se há ruídos próprios da respiração (OUVIR);
• sentir se há saída de ar das vias aéreas superiores (SENTIR).
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deve:
• utilizar os dedos indicador e médio (nunca o polegar) (cf. Figura 6);
• apalpar delicadamente a região da artéria selecionada (cf. Figura 6);
• contar o pulso em 30 a 60 segundos;
• anotar ou gravar a frequência, o ritmo, o volume e o horário.
• Foi possível ver qual foi a primeira parte do corpo da vítima que teve
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contato com o chão?
• De que altura a vítima caiu?
• Como foi a queda?
Por fim, é importante que você saiba que cada diagnóstico exige um tipo
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Vamos lá?
Emergências clínicas Unidade 2
arterial? (ASSIS; OLIVEIRA, 2003; VEIGA et al., 2003; VEIGA et al., 2009). Aferir
incorretamente a pressão arterial pode classificar uma pessoa hipertensa
como normotensa, privando-a dos benefícios do tratamento ou estabe-
lecendo o diagnóstico de hipertensão para um indivíduo normotenso,
expondo-o a um tratamento desnecessário. Além disso, não realizar ade-
quadamente a medida da pressão arterial de uma pessoa prejudicará o seu
atendimento em casos de urgências clínicas relacionadas às variações dos
valores de pressão arterial.
Você vai realizar a verificação por meio de anamnese específica e por meio
da medida regular da PA. Adultos a partir de 18 anos de idade com quadro
clínico estável – ou seja, com controle medicamentoso capaz de manter
a maioria das medidas da PA dentro do valor de normalidade (PA sistóli-
ca – PAS até 129 mmHg e PA diastólica – PAD até 84 mmHg) (BARROSO et
al., 2021) – são menos propensos a crises, tanto de hipertensão como de
hipotensão.
3 Ao acessar este link, bastará clicar no cartaz do curso. Você será automaticamente redirecionado(a)
para a página de cadastro/login.
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Conhecer os medicamentos utilizados
Jamais atenda uma pessoa hipertensa sem saber: qual ou quais medica-
mentos ela utiliza; o(s) horário(s) em que os medicamentos são utilizados;
e, principalmente, os efeitos que estes medicamentos podem provocar,
especialmente em relação ao exercício.
http://abccardiol.org/article/diretrizes-bra-
sileiras-de-hipertensao-arterial-2020/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0066-782X2011000500019&tlng=pt
Crise hipertensiva
Crises hipertensivas são de especial atenção por representarem um grande
risco a pacientes com HAS, com níveis de morbidade e mortalidade signi-
ficativos.
| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
por isso, a PAD deve apresentar o valor maior ou igual a 120 mmHg
em caso de elevação brusca da PA. Em caso da urgência, apesar de
haver esta elevação da PA, ainda não há sintomas graves clássicos da
elevação da PA – como dor no peito, cefaleia, zumbido no ouvido,
tontura e náusea, indícios de risco de morte ou de danos a órgãos-al-
vo (BRASIL, 2016).
• Emergência hipertensiva: também se enquadra na elevação abrup-
ta da PA, com PAD maior ou igual a 120 mmHg. Entretanto, diferente-
mente da urgência hipertensiva, há indícios de danos a órgãos (que
só podem ser identificados por exames específicos, como hemogra-
ma, troponina ou marcadores de necrose), além de sintomas graves
e risco de morte (BRASIL, 2016).
https://repositorio.unesp.br/bitstream/
handle/11449/203592/000915965.
pdf?sequence=1&isAllowed=y
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No caso de uma crise hipertensiva, você
deve seguir os seguintes passos:
1. ligue para o atendimento médico
de urgência (disque 192) ou para os
Bombeiros (disque 193);
2. realize a avaliação primária e acalme
a pessoa;
3. verifique a presença de sintomas
associados: cefaleia, náusea, tontura,
palpitação, astenia;
4. faça a medida e monitore os valores
de PA.
• tontura ou tontura;
• visão embaçada;
• confusão;
• fraqueza;
• fadiga (sensação de cansaço);
• náusea;
• sensação de desmaio ou desmaio.
• insuficiência cardíaca.
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postura entre os exercícios. Evite exercícios com mudanças rápidas
de postura, como agachamentos ou burpees, nos quais a pessoa
passa, rapidamente, da posição sentada para a posição em pé ou da
posição deitada para a posição em pé.
Para que você possa prevenir estas reduções muito acentuadas, que
ocorrem especialmente com pessoas hipertensas, você deve conhecer
a resposta de cada pessoa às sessões de treino. Clinicamente, não há um
valor exato de PA que possa ser considerado “baixo” em relação às respostas
individuais. Em geral, vamos considerar a PA baixa quando ela gera algum
tipo de desconforto.
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dia.
3. Verifique a PA para confirmar a hipotensão excessiva induzida pelo
exercício físico.
4. Mantenha a pessoa em posição confortável e sem risco de queda.
5. Incentive a ingestão de água – com cuidado, para que a pessoa não
engasgue. Caso ocorra vômito, coloque a pessoa em posição lateral.
6. Se o valor da PA permanecer baixo após 15 minutos, acione socorro
especializado.
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Intensidade (W) METs FC (bpm) PA (mmHg) PSE (Borg)
75 W 4,4 102 148/76 0
100 W 5,2 107 178/76 1
125 W 6,0 112 198/76 2
150 W 6,8 116 220/74 3
Legenda: W – Watt; METs – equivalentes metabólicos da tarefa (medida de intensidade do esforço); FC
(bpm) – frequência cardíaca em batimentos por minuto; PA (mmHg) – pressão arterial em milímetros
de mercúrio; PSE – percepção subjetiva de esforço pela Escala de Borg com graduação de 1 a 10.
Veja que foram apresentados três testes que tiveram de ser interrompidos
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pois a resposta da PA não era fisiológica. De qualquer forma, as três pessoas
devem ser indicadas/encaminhadas para a realização de um eletrocardio-
grama de esforço, e a descrição da intercorrência no teste é muito válida
e útil (além de ser um grande diferencial profissional). Um deles pode ser
indicativo de IAM – ênfase em pode ser, mas o teste deve ser interrompido
e o exame feito com urgência para evitar riscos.
Dos três testes analisados, o indicativo de IAM está no segundo, em que não
houve aumento da PAS. Essa resposta indica que o coração não está con-
seguindo se ajustar à intensidade do esforço para elevar o débito cardíaco.
Isso pode ocorrer mesmo que a pessoa não relate nenhum dos sintomas
que devem ser questionados para verificar algum problema. Por isso, não
confie apenas em relatos de sintomas: sempre analise todos os fatores
possíveis em um teste!
Caso uma destas respostas (sem que haja um evento) aconteça, você deve-
rá considerar os seguintes passos:
• interromper o teste imediatamente e explicar a razão da interrupção;
• deixar a pessoa confortável e em repouso e repetir a medida da FC e
da PA;
• indicar à pessoa a realização de um exame cardiológico; caso você
desconfie de IAM, acione o socorro imediatamente.
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ela ocorra, converge ao hospital, onde são fornecidos os cuidados pós-PCR.
https://www.youtube.com/watch?v=VhvGTP_BzPU
https://www.youtube.com/
watch?v=WoB0AQ2aqgA
5. Uso do DEA: caso você trabalhe em um local que possua DEA, ele
pode fazer a diferença para manter viva uma pessoa que tenha um
evento cardíaco (RODRIGUES, 2019). O uso do DEA é indicado quan-
do se percebe sinais de PCR, pois o equipamento é capaz de detectar
arritmias e fibrilação ventricular, presentes na maioria dos casos de
PCR (SINNER, 2016).
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O Brasil conta com uma legislação específica sobre
a recomendação de desfibriladores automáticos.
Para ter acesso a mais informações, acesse:
https://cmosdrake.com.br/blog/legislacao-sobre-
-desfibriladores/
Quando você identificar que uma pessoa está em PCR (se necessário, reto-
me o Capítulo 1 da Unidade I para rever estes sinais e sintomas), já se pode
iniciar o uso do DEA. O aparelho automaticamente vai fazer o diagnóstico
da necessidade ou não necessidade de choque. Caso ele identifique a ne-
cessidade de aplicar uma carga elétrica no coração, você receberá um aviso
para que as pessoas ao redor se afastem da vítima.
Para que o DEA possa realizar a sua função com eficácia, os eletrodos de-
vem ser posicionados de maneira correta e em acordo com o que indicar o
manual de instruções do equipamento disponível. Normalmente, as instru-
ções se assemelham ao que ilustra a Figura a seguir.
Figura 11 Locais de posicionamento das pás do DEA. Uma das pás é colocada ao lado direito
do peito da vítima, na altura do osso esterno, e a outra é posicionada no lado esquerdo, com
o seu topo logo abaixo da altura do processo xifoide
Fonte: elaboração própria
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e também vai emitir sinais sonoros (beeps) para que você possa manter a
compressão cardíaca até que o socorro chegue (SINNER, 2016).
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cação.
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imediatamente o socorro. Para identificar sinais de AVE existe um método
dos primeiros socorros que consiste em pedir para que a pessoa sorria,
eleve os braços e fale algo (uma frase ou um trava-língua). Pode ocorrer do
braço do lado acometido não levantar, um lado da boca não sorrir e a fala
estar comprometida.
S de sorriso
A de abraço
U de urgência
https://www.youtube.com/watch?v=dJwmD-
36zWe0
Por fim, enquanto espera pela chegada do socorro, você pode seguir os
seguintes passos (BRASIL, 2016):
• verificar o estado de consciência da pessoa (“Ei, você está bem?”);
• realizar a desobstrução de vias aéreas;
• colocar a pessoa em posição confortável;
• deitar a pessoa de lado em caso de perda de consciência;
• monitorar constantemente os sinais vitais e a consciência, acalman-
do a vítima e reforçando que o socorro está a caminho.
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| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
-282X2004000500020&script=sci_
arttext&tlng=pt
Para pessoas que possuem esta tendência – algo que você pode verificar na
anamnese – é necessário tomar cuidado com:
• exercícios máximos, seja em treinos resistidos (musculação), com
séries até a falha concêntrica, ou mesmo em treinos não resistidos
– por exemplo em um teste de aptidão cardiovascular (consumo
máximo de oxigênio, VO2máx);
• progressão do treinamento, por conta do aumento da intensidade
ou do volume das sessões de treino, especialmente se combinação
de intensidade e volume não foi previamente realizada (a resposta
não será conhecida);
• paradas bruscas, pois nunca se pode interromper um teste subi-
tamente. Quando a pessoa chega ao seu máximo, é necessário que
retorne ao repouso gradativamente – por exemplo, caminhando por
mais alguns minutos.
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falta de circulação adequada em relação ao sistema nervoso central. Assim,
sempre pergunte/verifique se a pessoa sente/tem:
• tontura;
• fraqueza;
• vista turva;
• náusea;
• pulso fraco.
Veja que este conjunto de sintomas é similar ao que você vai observar para
verificar se está ocorrendo um problema cardiovascular. Além disso, você
também pode procurar por sinais de cianose. como resfriamento cutâneo,
palidez e mudança na coloração dos lábios.
Caso você perceba que uma pessoa está com estes sintomas e parece que
vai ter uma síncope, você deve agir da seguinte maneira:
• assegure-se de que não haverá uma queda, pois ela pode levar a
consequências mais graves. Segure firmemente a pessoa, deite-a no
chão e eleve suas pernas para facilitar o retorno venoso;
• monitore os sinais vitais e veja se a vítima está consciente (“Ei, você
está bem?”);
• caso necessário, afrouxar a roupa da vítima para facilitar o retorno
venoso;
• elevar as pernas da vítima;
• melhorar a ventilação ambiente e afastar pessoas ao redor.
https://www.rescceafi.com.br/vol9/n1/arti-
go1_pags_4a9.pdf
Convulsão
Diferente da síncope (que ocorre, no geral, por falta de circulação no sis-
tema nervoso central), a convulsão é um evento neurológico causado por
uma série de descargas anormais no cérebro.
Você pode coletar informações durante a anamnese para saber mais a res-
peito de episódios de crises convulsivas.
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A maioria das pessoas acaba não passando por outros episódios, mas quan-
| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
do eles se tornam recorrentes tem-se um distúrbio denominado epilepsia,
que requer tratamento e acompanhamento contínuos.
Depois que a crise passar, a vítima ainda estará desorientada. Por isso, é
preciso mantê-la deitada e em posição confortável. Faça o possível para
que o ambiente permaneça calmo e silencioso (você pode desligar o som,
por exemplo, caso esteja ligado, e principalmente afastar as pessoas que
estiverem ao redor). Monitore os sinais da vítima até o socorro chegar.
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| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
https://www.researchgate.net/publica-
tion/301687712_The_practice_of_physical_ac-
tivities_sports_and_physical_exercise_in_pa-
tients_with_epilepsy_what_is_the_best_option
| ESPECIALIZAÇÃO | SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SOCORRO DE EMERGÊNCIA EM SITUAÇÕES CLÍNICAS... | Ciclo 1 | Volume 6 |
geral, está acompanhada, também, de altos níveis de glicose na urina,
causando glicosúria e poliúria e, por consequência, aumento da sensação
de sede. Uma das formas de baixar a glicose no sangue é fazer exercícios
(DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017).
Para pacientes com diabetes mellitus do tipo 2, caso estejam bem insuli-
nizados ou tenham boa reserva insulínica, especialmente se no período
pós-prandial, o exercício de intensidade leve a moderada ajuda a diminuir
a glicemia. Pacientes com diabetes mellitus do tipo 2 não precisam adiar
o exercício físico por causa da hiperglicemia, desde que se sintam bem,
preparados e aptos para praticar o exercício a que se propõem. É esperado
que os níveis de glicose caiam com o exercício – o que pode ser feito em
segurança, mas atentando-se à hidratação na presença de hiperglicemia.
Estratégia Conduta
Verificar a glicemia antes, durante e depois do exercício
físico:
• efetuar a medição se o exercício durar mais que 30 a 60
minutos;
• medir de duas a três vezes antes, em intervalos de 30
Monitoração minutos (ver tendência antes de começar);
glicêmica • se possível, medir a cada 30 minutos durante o exercício
físico;
• caso haja histórico de hipoglicemia tardia, mediar a cada
duas a quatro horas após o exercício físico;
• em caso de hipoglicemia noturna, medir antes de dormir,
uma vez de madrugada e ao acordar.
Antes: depende da glicemia. Em geral, a ingestão é
necessária em caso de glicemia < 100mg/dL.
Durante:
Ingestão de • se a sessão durar mais de 60 minutos, especialmente se
carboidratos a insulina prévia não for reduzida em pelo menos 50%, a
ingestão será necessária;
• se o exercício físico for feito durante o pico de ação da
insulina, mais carboidrato pode ser necessário.
Após: programar lanche ou refeição após o treino.
Ajuste de Bomba de insulina:
insulina*
• reduzir a insulina basal em 20 a 50%, uma a duas horas
antes do exercício físico;
(importante se a • reduzir a insulina bolus em até 50% na refeição anterior;
intensidade do • suspender ou desconectar a bomba ao iniciar o exercício
exercício foi de físico.
moderada a alta
ou muito alta, em Bombas não podem ser desconectadas ou suspensas em
treinos com mais exercício físico por mais de 60 minutos sem que haja insulina
de 30 minutos) suplementar.
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fraqueza, cianose (palidez e lábios arroxeados), tremores, dificuldade de
concentração, confusão mental, perda de coordenação motora e cefaleia.
Verifique imediatamente a glicemia.
Confira:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
-27302008000200014&script=sci_
arttext&tlng=pt
4 O nome diz respeito ao ato de medir, repetidas vezes, a cada 15 minutos, a glicemia da pessoa.
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https://www.diabetes.org.br/profissionais/ima-
ges/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf
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inalação excessiva de ar frio e seco (TEIXEIRA et al., 2012).
Durante a prática de exercícios, o broncoespasmo pode ser identificado a
partir de alguns sintomas:
• tontura;
• fraqueza;
• tosse;
• chiado na respiração;
• pequena dor no peito (sensação de aperto).
Caso você atenda qualquer pessoa com histórico de problemas respira-
tórios, preste sempre muita atenção a qualquer um destes sintomas. De
acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
para o Manejo da Asma – 2020 (PIZZICHINI et al., 2020), a gravidade pode
ser dividida em três níveis: de exacerbação leve a moderada, grave e muito
grave (insuficiência respiratória). Confira os detalhes na Tabela a seguir.
Tabela 5 Classificação do episódio de broncoespasmo (níveis de gravidade)
Agitação, confusão
Estado mental Normal Normal
ou sonolência
Frequência Normal ou
Aumentada Aumentada
respiratória aumentada
Também temos de considerar que esta definição mais ampla para lesões
musculoesqueléticas pode acabar considerando algumas lesões crônicas
(por exemplo, a tendinose). Por isso, também é importante estabelecer que,
para os objetivos deste nosso material, vamos nos referir ao socorro de
urgência de lesões agudas, como entorses e distensões.
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Conforme viemos apontando ao longo do nosso livro, já não será surpresa
dizer que um bom socorro de urgência para quedas e fraturas consiste
em prevenir riscos de quedas. Entretanto, mesmo com toda a prevenção,
quedas ainda podem acontecer e, por isso, você deve se preparar para uma
eventualidade.
O primeiro instinto que se tem quando alguém tem uma fratura é tentar
“consertar” a fratura de alguma maneira. Até algum tempo atrás, era co-
mum que se tentasse colocar algum tipo de tala para imobilizar o membro
afetado pela fratura. Mas isso gera muitos riscos e, atualmente, recomenda-
-se não mover a vítima. Apenas uma pessoa com treinamento específico
pode fazer a imobilização adequada e movê-la. Por isso, o primeiro passo
é acionar socorro médico especializado. Você só deverá mover a vítima
em situação extrema (por exemplo, num cenário em que há uma pessoa
embaixo de um carro vazando combustível com risco de incêndio (queima-
duras) e até mesmo de explosão).
Em seguida, com a vítima ainda no local da queda, você poderá agir para
conter a resposta inflamatória inicial com a aplicação de gelo ou de com-
pressa fria, tal como explicamos anteriormente. Se ocorrer uma fratura
exposta, você deve tratá-la como hemorragia externa, mas com cuidado,
para não pressionar o local da fratura.
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O traumatismo raquimedular (reconhecido pela sigla TRM), também
chamado de trauma raquimedular, é caracterizado como uma lesão trau-
mática, comum em quedas, mergulhos e acidentes automobilísticos que
comprometem a função da medula espinhal (SISCÃO et al., 2007). Em seu
ambiente de trabalho, você deverá suspeitar de TRM sempre que alguém
sofrer um impacto violento na cabeça, no pescoço, no tronco ou na pelve,
devido à extensão da medula; no caso de idosos, suspeite em qualquer tipo
de queda.
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tação cardíaca ambulatorial em pacientes pós-infarto agudo do miocárdio.
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