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net/publication/367176160
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3 authors:
Allan Novaes
Centro Universitário Adventista de São Paulo
14 PUBLICATIONS 13 CITATIONS
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Perception of health professionals about religiosity/spirituality and lifestyle in hypertensive people View project
All content following this page was uploaded by Gina Andrade Abdala on 16 January 2023.
EAD
Presidente Mantenedora (IAE): Maurício Lima
Reitor: Martin Kuhn
Vice-reitor para a Educação Superior e Diretor Campus São Paulo: Afonso Ligório Cardoso
Vice-reitor de Desenvolvimento Estudantil e Diretor Campus Engenheiro Coelho: Carlos Alberto Ferri
Vice-reitor para a Educação Básica e Diretor Campus Hortolândia: Henrique Karru Romaneli
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-reitor de Graduação: Edilei Rodrigues Lames
Pró-reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-reitor de Desenvolvimento Espiritual: Wendel Lima
Pró-reitor de Gestão Integrada: Claudio Knoener
www.unaspress.com.br
Cuidados espirituais ao paciente: quando cuidado e fé andam juntos / Gina Andrade Abdala,
Maria Dyrce Dias Meira, Allan Macedo de Novaes. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2022.
128 p.
Inclui questionário NCLEX, questionário sobre a saúde espiritual, segundo o estilo de vida super
saudável de Larimore & Mullins, avaliação do estilo de vida de adultos e escala de disposição
para perdoar (EDP).
CDD 610.73
OP 00256
Editora associada:
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
CAPÍTULO 2
História e filosofia do Ocidente como
fundamento para a assistência espiritual ao cliente . . . . . . . . . . . . . . . . 17
CAPÍTULO 3
Florence Nightingale . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
CAPÍTULO 4
Necessidades espirituais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
CAPÍTULO 5
Enfermagem na comunidade de fé (ECF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
CAPÍTULO 6
Necessidades espirituais segundo a North
American Nursing Diagnosis Association (NANDA) . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
CAPÍTULO 7
Questionários sobre religiosidade, história
espiritual do paciente e dimensão espiritual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
CAPÍTULO 8
Cuidados paliativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
PARTE 2: RELIGIOSIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE
CAPÍTULO 9
Promoção da saúde em um cenário religioso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
CAPÍTULO 10
Perdão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
CAPÍTULO 11
Resiliência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
CAPÍTULO 12
Luto: sobre a morte e o morrer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71
CAPÍTULO 13
O poder da oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
CAPÍTULO 14
Preceterapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
ANEXOS
Anexo A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Anexo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Anexo C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Anexo D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
Esta obra visa fornecer uma visão geral de como atender pacientes em
sua filosofia de vida e em suas crenças religiosas. Na primeira seção, tratare-
mos dos seguintes temas: história e filosofia do cuidado espiritual ao paciente,
solidariedade, o exemplo de Florence Nightingale, a identificação das necessi-
dades espirituais, a elaboração de um plano de assistência espiritual baseado
nos diagnósticos de enfermagem e os cuidados paliativos.
Uma breve explanação do programa do curso de extensão de Enfer-
magem na Comunidade de Fé, com seus quatro módulos — espiritualidade,
comunidade, saúde holística e profissionalismo — faz parte do conteúdo. Es-
pera-se, com isso, que o leitor reconheça a importância do envolvimento reli-
gioso na tomada de decisões e os consequentes benefícios para a saúde física e
mental de seus pacientes.
Na segunda seção, abordaremos os seguintes temas: a promoção da saú-
de no cenário religioso; o perdão e como Jesus tratava as pessoas; a resiliência;
o luto, a morte e o morrer; o poder da oração; e a preceterapia. Espera-se que
os leitores conheçam a influência benéfica de uma comunidade de fé, além de
ajudá-los a ter uma atitude mais positiva e forte, diante das dificuldades da
vida e a fortalecer outros sob seus cuidados.
Os organizadores
PARTE 1
HISTÓRIA E
FILOSOFIA
DO CUIDADO
CAPÍTULO 1
SOLIDARIEDADE
VIVIAN INÁCIO ZORZIM
GINA ANDRADE ABDAL A
VOCÊ SABIA?
16
CAPÍTULO 2
HISTÓRIA E FILOSOFIA DO
OCIDENTE COMO FUNDAMENTO
PARA A ASSISTÊNCIA
ESPIRITUAL AO CLIENTE
SAMUEL ANDRADE ABDAL A
18
História e filosofia do Ocidente como fundamento para a assistência espiritual ao cliente
dissecação pública no ano de 1315 realizada por Mondino de Luzzi perante alu-
nos e docentes da Universidade de Bologna (STARK, 2003). Aliás, as universi-
dades, assim como os hospitais, também são fruto da cosmovisão judaico-cristã.
Outra diferença dessa cosmovisão para com as demais, consiste na visão
holística do ser humano. Essa visão contrasta com a do dualismo de Platão, que
foi bastante influente por mais de dois mil anos, sendo até assimilado por boa
parte das denominações cristãs que temos hoje. O dualismo é evidente nos diá-
logos Críton, Fédon, e especialmente na Apologia de Sócrates, onde vemos o
filósofo como alguém que anseia pela libertação da alma através da morte. A
alma, por se tratar do centro da razão e da personalidade, era vista como mais
essencial que o corpo, que era considerado como um mero recipiente, ou até
mesmo como um empecilho para que a alma desenvolvesse seu potencial.
A visão holística, por outro lado, defende que a essência do ser vivo não
se encontra em um elemento imaterial como a alma, mas depende do corpo
para existir (BROWN; STRAWN, 2012). Isso é evidente no relato da criação,
cuja fórmula para o ser vivente equivale à soma do corpo material ao sopro
divino, e que o ser vivente não existe se estes forem separados (Gn 2:7).
A palavra hebraica para ser vivente é nephesh, que tem sido traduzida como
“alma,” o que não é adequado. Nephesh é literalmente a região da garganta, onde
experimentamos as funções vitais que, combinadas, constituem o ser vivo. Em
Gênesis também vemos que a dimensão material é declarada na criação como
sendo boa, pois Deus viu que tudo o que havia criado era bom.
No final do livro de Apocalipse, lemos que o ambiente físico, o pró-
prio planeta terra, será restaurado, e que a ressurreição dos mortos também
demonstra a necessidade de um corpo físico para dar continuidade à vida.
A compreensão holística de que as dimensões física, mental e espiritual são
inseparáveis é extremamente importante para o conceito do cuidar.
Outra característica, ainda da cosmovisão judaico-cristã, é que, embora
haja a responsabilidade coletiva, há também a importância e o valor de um
único indivíduo. Isto se observa logo em Gênesis. Nos capítulos 1 a 11 obser-
vamos temas globais como a criação da humanidade e a origem do mal, mas,
de maneira súbita, este livro, de dimensões cósmicas, muda de foco para a
história de um indivíduo — Abraão — e sua família, numa transição abrupta
que os teólogos chamam de “o escândalo da particularidade” (RENO, 2010).”
O livro de Levítico, por sua vez, traz regulamentos sacerdotais de saú-
de pública inovadores para a época. Ele revela o valor da vida, a seriedade da
impureza e a necessidade de proteger os mais vulneráveis (tema bastante co-
mum no Pentateuco e nos Profetas). Em Levítico 13 e 14 vemos que a doença,
19
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
20
CAPÍTULO 3
FLORENCE NIGHTINGALE
MARIA CL ARA DE SALES RONDON
22
Florence Nightingale
23
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
Ela acreditava que cada pessoa tinha talentos e habilidades que precisavam
ser desabrochadas. O treinamento era uma forma de fazer com que a aluna usas-
se seus recursos intelectuais inatos. Florence enfatizava que fazer enfermagem
era ajudar a pessoa a viver; para ela, a escola deveria ensinar à enfermeira sua
função de ajudar o paciente a viver. Desse modo, a enfermagem era uma arte que
requeria treinamento organizado, prático e científico (OGUISSO, 2007).
A escola de enfermagem começou a funcionar no dia 9 de julho de
1860, com um grupo de 15 alunas. Florence fez questão que fosse um grupo
pequeno com alunas selecionadas. Essa data é considerada por muitos o nas-
cimento da enfermagem moderna (OGUISSO, 2007).
Florence escreveu ainda dois livros: Administração hospitalar do exér-
cito e Comentários sobre questões relativas à saúde. Inspirado no exemplo de
vida e generosidade de Florence, o suíço Jean Henry Dunant criou a Cruz
Vermelha Internacional, em 1864, focada no trabalho voluntário de apoio a
feridos de guerra, que depois se generalizou a outros necessitados. Mesmo
tendo vivido na época vitoriana, Florence foi uma mulher à frente do seu
tempo (CÂMARA FILHO, 2020).
ENFERMAGEM E CUIDADO
Enfermagem é cuidar do viver, cuidar para promover saúde, buscando
um mundo melhor, um viver melhor. É cuidar daqueles que perderam a saú-
de, que podem ter perdido a alegria e que estão sofrendo também na alma
(SOUZA et al., 2005). Enfermagem é cuidar não só do corpo, mas atender as
questões sociais, psicológicas e espirituais. O Dia Internacional da Enferma-
gem é celebrado no dia do aniversário de Florence: 12 de maio.
Segundo a própria Florence Nightingale, enfermeiro(a) é
(NIGHTINGALE, 1989):
24
Florence Nightingale
A TEORIA AMBIENTALISTA
DE FLORENCE NIGHTINGALE
Florence desenvolveu, na metade do sécu-
lo 19, uma teoria que tinha como foco principal
o meio ambiente, relacionando este com a capa-
cidade de prevenir, suprimir ou contribuir para
o aumento da doença e da morte. Para ela, for-
necer um ambiente adequado era o diferencial
na recuperação dos doentes e é este princípio
que fundamenta a Teoria Ambientalista (ME-
DEIROS; ENDERS; LIRA, 2015). Desse modo, o
tratamento dos doentes teve resultados inovado-
res, e Florence ficou conhecida por tal transfor-
mação (HADDAD; SANTOS, 2011).
Em cartas e documentos, Nightingale Enfermagem é
abordava os fatores que levava em considera-
cuidar do viver,
ção na manutenção de um ambiente favorável,
cuidar para
no sentido de facilitar o processo de cura e de
manter a saúde, tais como: ventilação, água promover saúde,
pura, higiene, luz solar, natureza e a alimen- buscando um
tação (NIGHTINGALE, 1989). mundo melhor,
Desse modo, segundo Florence (1989), é um viver melhor.
importante ressaltar que:
25
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
26
CAPÍTULO 4
NECESSIDADES ESPIRITUAIS
LISLEY ANNE RODRIGUES
3. Necessidade do perdão.
28
Necessidades espirituais
Para Frankl, o sentido da vida pode ser alcançado por meio da autotrans-
cedência do ser humano, que o torna capaz de encontrar a resposta no mundo
em si, quando esse se entrega a uma causa ou a alguém (SANTOS, 2019). “Uma
29
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
vez que a procura de sentidos de um indivíduo tiver sucesso, ela não somente o
faz feliz, mas lhe dá a capacidade de enfrentar o sofrimento” (FRANKL, 2017).
30
Necessidades espirituais
NECESSIDADE 3 : PERDÃO
A postura do perdão em prol da paz foi uma virtude de Frankl no cam-
po de concentração. Ele afirmou que a decisão de assumir uma postura de
paz ou de guerra está em nossas mãos. Segundo ele, isso é verdade mesmo se
passamos por situações muito desafiadoras; isso contribui para diminuir as
contendas e ódios entre as pessoas (AQUINO; CRUZ; GOMES, 2019).
Naquele que possui uma experiência espiritual verdadeira, é possível
encontrar o perdão — o que acontece não necessariamente no âmbito reli-
gioso, ainda que a espiritualidade auxilie para que o perdão surja em inten-
sidade mais profunda. O perdão sincero é a chance de um novo recomeço.
Mesmo reconhecendo que o que aconteceu não pode ser mudado, quem per-
doa entende que há uma nova chance para mudar a si ou a algo, satisfazendo
assim a necessidade de paz de espírito e leveza da alma (CARRARA, 2016).
O perdão é um ato que pode vir de alguém ou de si mesmo. Ele é liber-
tador, te livra das mágoas e frustrações que aconteceram no passado. Assim,
você pode viver em paz e com a consciência mais livre em relação a algo
desagradável que já enfrentou emocionalmente. O perdão melhora a saúde
psíquica, mas, para esse resultado, é preciso tempo. Tempo e liberdade, para
que a decisão seja tomada a partir de sua própria espiritualidade, para dar
um redirecionamento na sua vida (CARRARA, 2016).
31
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
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CAPÍTULO 5
ENFERMAGEM NA
COMUNIDADE DE FÉ (ECF)
GINA ANDRADE ABDAL A
MARIA DYRCE DIAS MEIRA
MARLISE PIMENTEL LIMA
saúde encontradas nas comunidades. Não é restrito apenas às pessoas que não
possuem convênio de saúde, mas a todos que têm necessidade de satisfazer essa
dimensão tão esquecida na vida do ser humano: a espiritual.
O curso de extensão ECF possui quatro módulos que se caracterizam
da seguinte forma:
SAIBA MAIS
34
CAPÍTULO 6
NECESSIDADES ESPIRITUAIS
SEGUNDO A NORTH AMERICAN
NURSING DIAGNOSIS
ASSOCIATION (NANDA)
NÉLIA DE OLIVEIRA DAMASCENO DA SILVA
CLASSE 1: VALORES
Até o momento, essa classe não apresenta diagnósticos referenciados.
CLASSE 2: CRENÇAS
00068: DISPOSIÇÃO PARA
BEM-ESTAR ESPIRITUAL MELHORADO
Definição
Padrão de experimentar e integrar significado e objetivo à vida por
meio de uma conexão consigo mesmo, com os outros, com a arte, a música,
a literatura, a natureza e/ou com um poder maior que si mesmo, que pode
ser melhorado.
Características definidoras
36
Necessidades espirituais segundo a North American Nursing Diagnosis Association (Nanda)
Definição
Capacidade prejudicada de confiar em crenças e/ou participar de ri-
tuais de alguma fé religiosa.
Características definidoras
37
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
Definição
Suscetibilidade à capacidade prejudicada de confiar em crenças e/ou de
participar de rituais de alguma fé religiosa, o que pode comprometer a saúde.
Fatores de risco
1. Ansiedade.
5. Cuidado ineficaz.
6. Depressão.
7. Dor.
9. Insegurança.
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Necessidades espirituais segundo a North American Nursing Diagnosis Association (Nanda)
Definição
Padrão de confiança em crenças e/ou participação em rituais de algu-
ma fé religiosa que pode ser melhorada.
Características definidoras
Definição
Estado de sofrimento relacionado à capacidade prejudicada de expe-
rimentar significado na vida por meio de conexões consigo mesmo, com os
outros, com o mundo ou com um poder maior.
Características definidoras
1. Ansiedade.
2. Choro.
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ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
3. Fadiga.
4. Insônia.
5. Medo.
6. Questionamento da identidade.
Definição
Suscetibilidade à capacidade prejudicada de experimentar e integrar
significado e objetivo à vida por meio de conexões consigo mesmo, com a
literatura, a natureza e/ou com um poder maior que si mesmo, que pode
comprometer a saúde.
Fatores de risco
1. Abuso de substâncias.
2. Alienação social.
3. Ansiedade.
5. Autoalienação.
6. Baixa autoestima.
8. Conflito cultural.
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Necessidades espirituais segundo a North American Nursing Diagnosis Association (Nanda)
9. Depressão.
10. Dor.
11. Estressores.
20. Solidão.
NA PRÁTICA
“Paciente G. S., 20 anos, internou para realizar cirurgia de Colecistec-
tomia, e, ao entrar no quarto para conduzi-la ao Centro Cirúrgico, percebi
que ela estava muito nervosa e ansiosa. Perguntei se podia orar com ela que
prontamente aceitou…logo após a oração, a paciente tranquilizou e verba-
lizou que tudo daria certo. No final da tarde, a mesma já estava no quarto e
ao visitá-la, cantamos e oramos novamente. Ela relatou que tinha vontade de
não sair mais do hospital”
41
CAPÍTULO 7
QUESTIONÁRIOS SOBRE
RELIGIOSIDADE, HISTÓRIA
ESPIRITUAL DO PACIENTE E
DIMENSÃO ESPIRITUAL
GINA ANDRADE ABDAL A
1. Com que frequência você vai a uma igreja, templo ou outro en-
contro religioso?
44
Questionários sobre religiosidade, história espiritual do paciente e dimensão espiritual
QUESTIONÁRIO FICA
F – Fé/crença
I – Importância ou influência
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ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
C – Comunidade
A – Ação no tratamento
QUESTIONÁRIO HOPE
O – Religião organizada
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Questionários sobre religiosidade, história espiritual do paciente e dimensão espiritual
EXERCÍCIOS
A seguir, você terá algumas atividades que o ajudarão a enxergar várias
tradições de fé e suas implicações. A primeira delas é responder ao questio-
nário sobre a prática da espiritualidade no cotidiano do trabalho (Anexo A)
e depois verificar o gabarito (Anexo A-1).
Existe uma outra maneira de analisar sua saúde espiritual, que é por
meio do Círculo espiritual do estilo de vida super saudável, de Larimore e
Mullins (2003). É um estilo de vida que analisa a dimensão física, mental, so-
cial e espiritual. Neste e-book, analisaremos somente a dimensão espiritual.
Responda as questões conforme as instruções. Veja o Anexo B.
SAIBA MAIS
47
CAPÍTULO 8
CUIDADOS PALIATIVOS
SIMONE CONCEIÇÃO DO AMOR DIVINO
50
Cuidados paliativos
51
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
52
RESUMO
RELIGIOSIDADE E
PROMOÇÃO DA SAÚDE
CAPÍTULO 9
PROMOÇÃO DA SAÚDE
EM UM CENÁRIO RELIGIOSO
MAURO ANTÔNIO MONTEIRO BRANDÃO
58
Promoção da saúde em um cenário religioso
59
CAPÍTULO 10
PERDÃO
MÔNICA DE FÁTIMA FREIRES DA SILVA
GRASIELE DE SOUZ A HINSCHINK DA SILVA
devido ao mau ato cometido e/ou sofrido pode ser superado pelo perdão. Ao
se destituir a dívida moral e compreender o perdão como um “dom divino”,
ocorre a transposição das consequências advindas do ato mau, superando
com grandeza o sofrimento provocado (SOUZA; SILVA; SOUZA, 2016).
A transposição da maldade pode produzir, nos envolvidos, a respon-
sabilidade pela origem da ofensa, quebrando, assim, o ciclo vicioso de hos-
tilidades, como vingança e ódio. Nesse sentido, a tese se volta para a lógica
do perdão, evidenciado na base religiosa cristã que age mutuamente com a
esfera da justiça e em conformidade com a lógica teológica da criação. Essa
teologia envolve o amor, despertando no ser humano a capacidade para fazer
o bem. A ação para a bondade está baseada no primeiro capítulo do livro de
Gênesis de que tudo o que Deus fez foi muito bom (SALLES, 2019).
Sob a ótica bíblica, no verso de Mateus 6:14 (BÍBLIA MISSIONÁRIA,
2018), após a oração dominical, Jesus acrescenta: “Se perdoardes aos homens
as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não per-
doardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as
vossas ofensas”. White (2020a, p. 114) recomenda: “cumpre-nos, porém, ter
espírito de compaixão para com os que pecaram contra nós, quer confessem
quer não suas faltas. [...] Não devemos acariciar nossos ressentimentos, sim-
patizando com nós mesmos pelos males que nos são causados”.
Evidências apontadas em um estudo científico mostram fatores que
facilitam ou dificultam o processo do perdão. Foram analisadas experiên-
cias interpessoais de mágoas acerca das vítimas, ofensores, relacionamento
e ofensa. Destaca-se a empatia e a resiliência como atributos facilitadores do
perdão pela vítima.
Em muitos casos, o perdão ocorre, primordialmente, pela iniciativa
da pessoa ofendida, que é motivada pela ressignificação a partir da autor-
reflexão e aceitação da imperfeição humana. Por outro lado, duas dificul-
dades, relacionadas às vítimas, sobressaíram no estudo: não compreender
as razões do ofensor e não perceber/obter acesso ao diálogo. Ainda assim,
esforços cognitivos podem levá-las a desenvolver um discernimento em rela-
ção à ação do ofensor e, assim, deixar se levar por sentimentos de compaixão,
perdoando o agressor cognitiva e afetivamente (PINHO; FALCONE, 2018).
ORAÇÃO DO PERDÃO
O perdão foi definido por Enright, Freedman e Rique (1998, p. 46-
47) como “uma ação voluntária, na qual o sujeito considera abrir mão do
62
Perdão
EXEMPLO
Ore assim: Meu pai, pela graça de Deus, eu te perdoo por querer uma
criança do outro sexo; minha mãe, pela graça de Deus, eu te perdoo por dar
preferência e mais atenção a meus irmãos.
Siga fazendo assim, perdoando por todos os outros motivos, sejam
eles quais forem. No caso de outras pessoas, seja específico, mencionando o
nome e a ofensa em questão. Essa sugestão de oração foi extraída e adaptada
do livro A cura pelo amor (SANAGIOTTO, 2002).
Sob a perspectiva do ofensor, um estudo, cujo objetivo foi detectar a
motivação para receber o perdão, encontrou três fatores com níveis diferen-
tes para buscá-los. São eles: dureza no coração e/ou inabilidade para procu-
rar o perdão, que confere um nível menor de motivação; busca pela verda-
de e sensibilidade às circunstâncias, no qual o ofensor inicia uma avaliação
das condições para decidir se busca o perdão ou não; e, por último, a busca
pelo perdão de forma incondicional sem importar as condições. Neste caso,
a motivação é extremamente forte. O genuíno ato do ofensor reconhecer o
erro e buscar o perdão foi reconhecido, no estudo, como uma atitude moral
(ALENCAR e ABREU, 2019).
ESTUDO DE CASO
Em um determinado momento da vida de um casal, eles acolheram
um jovem usuário de drogas, providenciando uma vaga em um pensio-
nato para que ele pudesse iniciar uma jornada diferenciada em sua vida,
ter uma família, estudo de boa qualidade, convivência com o círculo de
63
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
amizade do casal e tudo o que precisava para uma vida assertiva. Tudo
parecia bem até que um dia, esse jovem, decidiu roubar coisas dos colegas
de internato e fugiu no mundo.
A família desolada perguntava-se: por quê? A esposa, sem perceber a
associação dos males físicos com o rancor, mágoa, raiva, iniciou um pro-
cesso de doença e, por aproximadamente três meses, elevou-se ainda mais a
ansiedade, tornando-se generalizada. Após três meses, o jovem decidiu re-
tornar à casa dessa família.
A esposa percebeu os males que sentia no estômago e em seu corpo
e tomou uma decisão: colocou os joelhos no chão e orou a Deus, ini-
ciando um processo de confissão, arrependimento e perdão. Deus lhe
concedeu perdão e visão do que fazer. No próximo retorno deste jovem,
a esposa conversou com ele e o perdoou. Ao mesmo tempo, perdoou a si
mesma do mal que estava fazendo, independente do mal que ele a tinha
feito. É assim que Deus age.
Um estudo sobre o perdão, aponta que quanto maior a disposição para
perdoar a si mesmo, perdoar os outros e sentir o perdão de Deus, maior é o
benefício na busca do significado pela vida de adolescentes crentes pratican-
tes (GLAZ, 2019). Além disso, adolescentes que aplicam em sua vida a dispo-
nibilidade para perdoar, tem maior propensão à saúde, bem-estar e melhor
qualidade de vida, afastando-se de drogas ilícitas, álcool, tabagismo e riscos
que afetam sua saúde física e mental (CONCEIÇÃO et al., 2020).
Quanto ao estudo sobre o autoperdão (perdoar-se a si mesmo), dei-
xa-se claro sua diferenciação com os mecanismos de defesa, como negação,
minimização ou justificativa da ofensa, nos quais o ofensor não reconhece a
injustiça que cometeu, a responsabilidade sobre os danos e nem experimen-
tou as emoções negativas provenientes da mesma.
Ele não considera que este reconhecimento é necessário para a etapa
de elaboração do significado da ofensa e resgate da autoaceitação, respeito,
compaixão e bondade, independente do erro que cometeu. Alguns estudos
relacionaram o processo de autoperdão ao comportamento de ideação e sui-
cida, quando ele não é efetivo.
Outros estudos associaram a atitude de se autoperdoar à redução
das emoções negativas, como culpa, vergonha e autocondenação. Outros,
associaram o autoperdão com a saúde física. Nesta, o processo é utilizado
para os tratamentos de câncer de mama, alcoolismo e distúrbio alimen-
tar (ALENCAR, ABREU, 2019).
64
Perdão
NA PRÁTICA
No Anexo D, você encontrará a Escala de Disposição para Perdoar
(BARBOSA, 2015). As perguntas demonstram o seu jeito de pensar, sentir e
agir no dia a dia. Descubra se você está disposto a perdoar. Após completar
o questionário, faça o seguinte exercício mental (TELLES, s/d):
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CAPÍTULO 11
RESILIÊNCIA
REGINA CELIA GARCIA AMOEDO SABBAG
GLEYDIANE SOUSA SOARES
68
Resiliência
69
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
Figura 1 — CD-RISC-10
Sempre é verdade
afirmação correspondente.
Nunca é verdade
Identificação (facultativo):
_______________________________
_______________________________
1 2 3 4 5
1 Adaptar a mudanças
6 Atingir objetivos
Concentração e pensamento
7
claro
70
CAPÍTULO 12
LUTO: SOBRE A
MORTE E O MORRER
ALL AN MACEDO DE NOVAES
72
Luto: sobre a morte e o morrer
A partir da segunda metade do século 20, por conta de melhores cuidados com
a saúde, alimentação mais balanceada, programas de imunização e outras
descobertas, fazendo com que a expectativa de vida aumentasse, tudo isso
gerou uma esperança de cura — ou simplesmente um adiamento da morte.
Isso porque mesmo com tantos aprimoramentos da medicina moderna, a
morte continua sendo um inimigo imbatível. Em vez de acompanharmos
nossos queridos no leito de morte em ambientes domésticos, eles são levados
a clínica e hospitais, onde morrem com aparelhos e, muitas vezes, sozinhos.
73
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
morrer em um quarto familiar que evoca boas lembranças, cercado por pes-
soas que amamos, nos despedimos da vida em ambulâncias, salas de emer-
gências e unidades de terapia intensiva, separados de nossos entes queridos
pelos equipamentos de preservação da vida (MANNIX, 2019, p. 1).
O pouco espaço para conviver com a morte e o luto que existe na socie-
dade contemporânea têm gerado consequências. Especialistas têm usado
o termo death anxiety (ansiedade de morte) para descrever um conjunto
complexo de sensações e percepções que o “pensar sobre a morte” pode
causar. Ansiedade de morte é um fenômeno multidimensional e pode
envolver diversos sentimentos, entre eles, o medo de morrer prematu-
ramente, o medo de sofrer no processo de morrer e o medo da morte de
pessoas queridas (NEIMEYER, 1994).
74
Luto: sobre a morte e o morrer
deu ele ordens a Salomão, seu filho, dizendo: Eu vou pelo caminho de todos
os mortais. Coragem, pois, e sê homem!”
No entanto, apesar de ser um elemento presente na vida humana, a
Bíblia também considera a morte uma intrusa, uma inimiga dos desígnios
divinos para a humanidade. Exemplo disso é o relato de Apocalipse, que
descreve a luta final entre o bem e mal. Além de Satanás, a besta e o falso
profeta, entidades representantes do mal, a morte também aparece como um
personagem condenado pela justiça divina, como está registrado em Apoca-
lipse 20:14: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago
de fogo”. Faz todo sentido no pensamento bíblico que a morte, juntamente
com Satanás, seja um adversário a ser derrotado, afinal de contas, Deus “pôs
a eternidade no coração do homem”, como relata Eclesiastes 3:11.
A definição bíblica de “estar morto” é muitas vezes relacionada à in-
capacidade de louvar e honrar a Deus. Isso acontece porque, na Bíblia, vi-
ver significa ter um relacionamento, especialmente um relacionamento
com Deus. Dessa forma, morte significa ausência de relacionamento. Como
exemplo dessa lógica, em Salmos 115:17, os mortos são descritos como aque-
les que “não louvam ao Senhor”. Por essa razão é tão difícil aceitar a morte,
mesmo sendo ela algo inevitável. Não queremos que nosso relacionamento
com as pessoas que amamos acabe. Não queremos que nossas histórias e
experiências não se entrelacem mais.
Diante desse dualismo (curso natural da vida versus incapacidade de
aceitar a finitude), o texto bíblico deixa claro que não há espaço para a morte
na nova ordem das coisas e, por conta disso, não deveríamos nos resignar em
absoluto com o drama da inexistência — quer seja a nossa, quer seja a dos
nossos amados. Paulo, em 1 Tessalonicenses 4:13,14, orienta sua audiência a
agir com esperança diante do falecimento de pessoas queridas:
Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem,
para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.
Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que
em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
75
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
Seja qual for a razão pela qual nós tenhamos medo de que nossos que-
ridos nos deixem, a promessa bíblica é clara: um dia a morte será vencida. O
reencontro com todos os que se foram é garantido a todo aquele que crê na
graça e na salvação que Jesus Cristo nos ofereceu na cruz do calvário. Atra-
vés de Cristo, viveremos uma nova ordem mundial, na qual a infinitude fará
parte de nosso cotidiano e a morte será uma realidade muito distante, como
descreve Apocalipse 21:3-5:
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus
com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo
Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos
toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem
dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado
sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas.
76
CAPÍTULO 13
O PODER DA ORAÇÃO
ERENITA MARIA SILVA DA COSTA
ANA CL AUDIA BORGES CAVALCANTE MACHADO
Ela menciona ainda que, “se não recebemos exatamente as coisas que pe-
dimos e ao tempo desejado, devemos não obstante crer que o Senhor nos ouve,
e que atenderá às nossas orações”, pois “nosso Pai celestial amorosamente nos
atende às orações dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem”.
78
O poder da oração
Thomas Merton, citado por Yancey (2007, p 13), diz que “a oração é
uma expressão de quem somos, […] uma incompletude vivente. Somos um
vão, um vazio pedindo preenchimento”. Nos últimos tempos, muito se tem
estudado sobre o tema, buscando entender a oração como recurso paliativo
no enfrentamento das doenças, de forma geral.
A oração é uma das estratégias de coping (enfrentamento) utilizadas
em diferentes contextos, incluindo enfermidades, promoção da qualidade
de vida para população idosa e outros campos em ambientes de cuidados em
saúde. Tem especial recomendação para casos em que procedimentos foca-
dos na solução dos problemas não são acessíveis. Uma análise de entrevistas
de 104 participantes, de diferentes denominações, indicou que a oração con-
tribuiu para atenuar a ansiedade, melhora no funcionamento geral do corpo,
procura de um comportamento mais assertivo e suporte espiritual associado
a uma vida com mais sentido e propósito (ESPERANDIO, LADD, 2013).
Corroborando o estudo citado por Esperandio e Ladd (2013), a prece
mostrou ser uma técnica eficaz na diminuição da ansiedade de pacientes
em tratamento de quimioterapia (CARVALHO et al., 2014). Tal eficácia se
estende também a casos de pacientes que tem ciência de que terceiros estão
orando em favor deles, como no estudo duplo-cego, controlado e randomi-
zado realizado por Leibovici (2001), com 3.393 sujeitos adultos, separados
em grupo controle (1.701) e grupo de intervenção (1.691), para determinar
se a oração intercessora remota (alguém orando por pessoas desconhecidas),
dirigida a um grupo de pacientes com infecção na corrente sanguínea, tinha
efeito nos resultados clínicos.
O estudo demonstrou que a mortalidade foi de 28,1% (475/1691) no
grupo de intervenção e 30,2% (514/1702) no grupo controle (p = 0,4). O
tempo de permanência no hospital e a duração da febre foram significa-
tivamente menores no grupo de intervenção do que no grupo controle (p
= 0,01 e p = 0,04, respectivamente). Os resultados do estudo mostraram
que a oração intercessora pode melhorar os resultados em pacientes com
infecção da corrente sanguínea.
Um estudo realizado por Oliveira et al. (2020), visando analisar a rela-
ção da espiritualidade com o enfrentamento da dor e as estratégias utilizadas
por pacientes adultos oncológicos demonstrou que há relação positiva entre
práticas espirituais que incluíam a oração, rezas e meditação com o alívio da
dor física provocada pelo câncer.
Diante da constatação da oração como ferramenta para melhorar a saú-
de, como será a adesão dessa estratégia pelos pacientes? Buscando investigar
79
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
80
CAPÍTULO 14
PRECETERAPIA
ERENITA MARIA SILVA DA COSTA
ANA CL AUDIA BORGES CAVALCANTE MACHADO
GINA ANDRADE ABDAL A
3. Pedidos de oração eram ditos três vezes durante o dia, por três
semanas, e os participantes deveriam ir ao templo religioso ou
capela no hospital para se conectarem com Deus para redução da
ansiedade (SIMÃO; CALDEIRA; CARVALHO, 2016).
82
RESUMO
QUESTIONÁRIO NCLEX
1. Qual das seguintes afirmações melhor distingue um agnóstico
de um ateu?
88
ANEXO A
89
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
90
ANEXO A
REFERÊNCIA
TAYLOR, C. Espiritualidade. Cap. 36. Fundamentos de Enfermagem, 5. Ed. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
91
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
92
ANEXO A
93
ANEXO B
CÍRCULO 4: ESPIRITUALIDADE
ORAÇÃO
5. Nenhum: não sou uma pessoa que ora ou oraria somente em crise
MEDITAÇÃO
96
ANEXO B
AMIZADE NA IGREJA
TESTEMUNHANDO A FÉ
97
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
98
ANEXO C
a. Quase nunca
b. Raramente
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
3. Quantos dos itens a seguir você consome uma ou mais vezes por
semana? (salgadinhos, bolachas, frituras, refrigerantes e doces
de maneira geral)
a. Nunca
b. Raramente
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Nunca
b. Menos de uma vez por semana
c. 1 a 2 vezes por semana
d. 3 a 4 vezes por semana
e. 5 vezes ou mais por semana
100
ANEXO c
a. Nenhum
b. 1 a 3 copos
c. 4 a 6 copos
d. 7 copos
e. 8 ou mais
a. Nunca
b. Raramente
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
101
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Sim
b. Não
a. Sim
b. Não
13. Você fez uso de alguma droga, tipo maconha, crack, cocaína, etc.
nos últimos três meses?
a. Sim
b. Não
14. Você ingere bebidas que contém cafeína (café, chá preto, chá ver-
de, chá mate, chá branco ou refrigerantes)?
a. Sim
b. Não
102
ANEXO c
a. Muito ruim
b. Ruim
c. Regular
d. Boa
e. Muito boa
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
17. Você costuma dormir cedo (por volta das 22h ou antes desse ho-
rário)?
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
103
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Nunca
b. Quase nunca
c. Algumas vezes
d. Muitas vezes
e. Sempre
a. Raramente ou nunca
b. Algumas vezes por mês
c. Duas a três vezes por mês
d. Uma vez por semana
e. Mais de uma vez por semana
a. Raramente ou nunca
b. Algumas vezes por mês
c. Duas a três vezes por mês
d. Uma vez por semana
e. Mais de uma vez por semana
104
ANEXO c
PONTUAÇÃO TOTAL
00 - 25 insuficiente ( )
26 - 44 regular ( )
45 - 58 bom ( )
59 - 73 muito bom ( )
74 - 88 excelente ( )
FONTE
105
ANEXO D
ESCALA DE DISPOSIÇÃO
PARA PERDOAR (EDP)
Instruções: Por favor, leia os cenários descritos a seguir (BARBOSA,
2015). Em cada um deles, indique o quanto você estaria disposto a perdoar a
pessoa que está em destaque. Faça isso circulando um dos números da escala
de resposta apresentada logo abaixo dos cenários.
Cenário 1: Você conta a um colega de trabalho sobre uma ideia que teve
e que iria melhorar sua eficiência e economizar dinheiro da empresa.
Durante um encontro da equipe de trabalho, o chefe de vocês anuncia
essa mesma melhoria e diz que o autor da ideia foi justamente seu colega
de trabalho, a quem dará uma bonificação de R$ 1.000,00.
108
ANEXO D
Cenário 9: Um(a) amigo(a) para de lhe chamar para fazer coisas jun-
tos(as). Você comenta isso com ele(a), que prontamente se desculpa.
Algumas semanas se passam e você continua sem receber qualquer
telefonema ou mensagem da pessoa. Quando você finalmente entra
em contato com o(a) amigo(a), ele(a) fica bravo(a), grita contigo e
pede para você parar de ser tão controlador(a).
Cenário 11: Você pede a um(a) amigo(a) para ficar em sua casa
por uma semana enquanto você viaja. Quando retorna, a porta de
frente está destrancada e não há ninguém em casa. Ao conversar
com o(a) amigo(a), ele(a) se esquiva dizendo que nada aconteceu e
que não há motivos para se preocupar com uma porta foi aciden-
talmente deixada destrancada.
109
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
110
REFERÊNCIAS
BARUTH, M.; BOPP, M.; WEBB, B. L.; PETERSON, J. A. The role and influence of
faith leaders on healthrelated issues and programs in their congregation. J Relig
Health, Pensylvania, v. 54, n. 5, p. 1747-1759, 2015.
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113
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
114
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ERMELT, R. C.; ZUTIN, T. L. M.; CARDIN, M. A.; GRECCA, S. G.; ZUTIN, P. R.;
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ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
HYBELS, B. Ocupado demais para deixar de orar: diminuindo o ritmo para estar
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LARIMORE, W.; MULLINS, T. God’s design for the highly healthy person. Grand
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117
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
118
Referências
119
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
SHELLY, J. A.; FISH, S. Spiritual care: the nurse’s hole. Madison: Intervarsity, 1988.
120
Referências
STARK, R. For the glory of God: how monotheism led to reformations, science,
witch-hunts, and the end of slavery. Princeton: Princeton University Press, 2003.
121
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
YANCEY, P. Oração: ela faz alguma diferença? São Paulo: Vida, 2007.
122
ÍNDICE REMISSIVO
A H
Amor e relacionamento 30 História espiritual do paciente 43
Autoperdão 59, 62,
L
C
Luto 69
CD-Risc (Escala de Resiliên-
cia) 67-68
M
Cosmovisão judaico-cristã 18-19
Morte e o morrer 69, 115
Cuidados paliativos 47, 110, 112,
115, 117
N
E
Necessidades espirituais 27, 35
Enfermagem na comunidade de
fé 33, 109
O
Espiritualidade 89, 94, 110, 112–
116, 119 Oração 60, 75, 80, 94, 113, 115,
120
Oração intercessora 77-80
F
Filosofia do cuidado 9, 11, 51
P
Florence Nightingale 21, 25,
112–113, 116–117 Perdão 31, 59–60, 109, 117–119
ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL AO CLIENTE
124
SOBRE OS AUTORES
126
Sobre os autores
127
VÍVIAN INÁCIO ZORZIM
Doutoranda em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Mes-
tre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Graduada
em Enfermagem pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).
Atua como coordenadora do Curso de Enfermagem e docente no Centro
Universitário Adventista de São Paulo (Unasp).