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Luma Carla Pardelinha David Moreira
Nota: ___________________________________________________
Banca Examinadora:
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3
DEDICATÓRIA
4
AGRADECIMENTOS
5
RESUMO
Este trabalho visa à fundamentação de uma grande reportagem para revista, que
irá apresentar os pontos de vista científico e religioso sobre a cura espontânea de
pacientes com graves problemas de saúde. Essa reportagem entrevistará
personalidades ligadas à ciência e à religião, no sentido de explorar ambas as
visões. Foram elencados conceitos de saúde e doença para auxiliar a
compreensão geral do assunto. A hipótese que será apresentada é que um
paciente pode apresentar cura espontânea e se recuperar de uma doença com
prognóstico desfavorável, sem efetivo tratamento. Para a ciência essa cura
estaria condicionada a fatores fisiológicos e mentais. Já para a religião, isso seria
caracterizado como milagre.
6
ABSTRACT
This work aims at the foundation of a great story for the magazine, which will present
the views of scientific and religious on the spontaneous healing of patients with serious
health problems. This article interviewing personalities linked to science and religion, in
order to explore both views. Were mentioned concepts of health and illness to assist
the general understanding of the subject.
The hypothesis to be presented is that a patient may have spontaneous cure and
recover from a disease with poor prognosis, with no effective treatment. For science
this cure would be subject to physiological and mental factors. As for religion, it would
be characterized as a miracle.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
8
5.6 Pauta ................................................................................................................ 42
5.7 Cronograma ..................................................................................................... 42
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 51
APÊNDICE A.................................................................................................................
ANEXOS .......................................................................................................................
9
INTRODUÇÃO
10
para o aparecimento de enfermidades, logo, este autor chega à conclusão que se
o estado da alma for corrigido, a cura física será uma consequência.
E Russel não é o único que defende esta teoria, Bernie S. Siegel, autor de
Amor Medicina e Milagres, defende que o poder da mente se encontra sempre a
disposição e seu espaço de manobra se mostra maior antes da ameaça, ou seja,
em casos de doenças com um prognóstico desfavorável, a mente do ser humano
tem uma capacidade maior de sobressair e ocasionar a cura espontânea. E
Bernie deixa esta discussão ainda mais interessante ao afirmar que este
processo curativo dispensa qualquer tipo de submissão a qualquer fé religiosa,
colocando como ponto crucial e necessário para a cura, o fato de amar a vida e
lutar por ela.
11
Em contra partida a religião defende que este processo capaz de curar um
indivíduo que havia sido desenganado, ou que havia recebido um prognóstico
com pouquíssimas chances de cura, tem um fundamento muito além do poder
psíquico, que seria a intervenção Divina, no qual uma divindade ajudaria na
recuperação, ou seja, neste caso a cura viria por meio da fé e de uma força que
está em um nível superior a nós. Diferente da ciência, a cura seria de fora para
dentro.
Para que esta distinção seja feita, a igreja estabeleceu que para uma cura
ser considerada milagrosa, é preciso estar de acordo com o caráter de Deus, ou
a personalidade de Deus, que é o que veremos no capítulo que irá tratar do ponto
de vista religioso.
Um dos autores que irão defender esta teoria é o Dr. Miguel Chalub, que irá
explicar que Deus não é um mágico, não faz maravilhas apenas para
impressionar os homens, o milagre precisa ensinar a verdade. Chalub aponta que
Jesus não realizava milagres para mostrar o que era capaz de fazer, ou para que
outras pessoas o idolatrassem, mas para transmitir a verdade.
12
CAPÍTULO 1
Cura espontânea
1.1– Definição
Antes de iniciarmos a discussão dos dois pontos de vista, é importante que
fique claro o conceito de cura espontânea, ou remissão espontânea, que
compreende a capacidade de recuperação espontânea do organismo humano, ou
seja, o desaparecimento das manifestações clínicas de qualquer enfermidade
sem que o enfermo tenha sido tratado, ou nos casos em que o tratamento não
surtiu efeito.
1.2– Discussão
O que pode ilustrar bem este conceito de cura espontânea são os casos
de câncer, quando o paciente é desenganado pelo médico, ou quando recebe um
diagnóstico e antes mesmo de iniciar o tratamento é curado. Estes são casos
raros, mas ainda assim existentes em todas as partes do mundo.1 Inclusive o
câncer de mama invasivo, em algumas ocasiões, poderia desaparecer sem
tratamento e em uma quantidade significativa de pacientes. 2
O estudo comandado pelos médicos H. Gilbert Welch, Per-Henrik Zahl e
Jan Maehlen, comparou dois grupos de mulheres com idade entre 50 e 64 anos,
em períodos consecutivos de seis anos cada um.
O primeiro grupo era composto por 109.784 mulheres, estudadas de 1992
a 1997, com a realização de apenas uma mamografia e o segundo com 119.472,
que foram analisadas entre 1996 e 2001 com a realização de uma mamografia a
cada dois anos. O que os pesquisadores esperavam com esta análise era que em
ambos os grupos fossem detectadas quantidades similares de cânceres de
mama, mas a pesquisa comprovou que o grupo que fez mamografia regularmente
teve 1909 mulheres diagnosticadas com câncer de mama invasivo durante todo o
11
Matéria escrita por Eugenio Frater para a revista Exame Info, que se encontra disponível no site da editora
abril com o título de “Como acontecem as curas espontâneas”.
2
Matéria escrita por Eugenio Frater para a revista Exame Info, que se encontra disponível no site da editora
abril com o título de “Como acontecem as curas espontâneas”, em um estudo realizado na Noruega e
publicado em “The Archives of Internal Medicine“.
13
período de análise, já no grupo submetido a apenas uma mamografia foram
identificados 1564 mulheres com o mesmo diagnóstico no mesmo espaço de
tempo.
Embora existam várias possibilidades para explicar este fenômeno à
teoria defendida pelo médico Welch, da Escola de Medicina Geisel em Dartmouth
(EUA) é a seguinte “Algumas mulheres têm um tumor em um momento da sua
vida e depois não o têm, ou seja, seus tumores desaparecem” (GEISEL, apud,
FRATER, 2013, internet).
Porém embora estes casos de cura espontânea sejam admitidos, esta
mesma matéria publicada na revista Exame Info, da editora Abril, revela que os
índices deste tipo de cura são baixos, isso de acordo com o hepatologista Bruno
Sangro, da Clínica Universitária de Navarra (Espanha), que foi o coordenador
desta pesquisa. “Calcula-se que a regressão parcial ocorre entre dois e quatro
casos a cada mil, e que de 1% a 2% dos pacientes podem experimentar algum
tipo de regressão, na qual o tumor encolhe ou diminui.” (SANGRO, apud,
FRATER, 2013, internet).
Mas se por um lado às estatísticas de cura espontânea do câncer são
baixas, na Leishmaniose Tegumentar Americana são bem elevadas, isso segundo
a artigo3 intitulado “Cura espontânea da Leishmaniose causada por Leishmania
Viannia Braziliensis em lesões cutâneas” e baseado em pesquisas que
envolveram 14 anos de trabalho clínico em campo, realizado na comunidade de
Três Braços e Corte da Pedra, Bahia, com 1416 pacientes portadores da referida
enfermidade.
16 pacientes do sexo masculino recusaram-se a utilizar a
medicação e 6 do sexo feminino encontravam -se em período
gestacional, porta n to não utilizaram o medicamento. Estes
pacientes foram acompanhados por um período entre 4 a 12
anos, a partir do diagnóstico. Observou-se que em 9 pacientes
(40,9% ) desta casuística, o tempo de cicatrização após o
aparecimento da lesão, p o d e ser calculado em 6 meses de
evolução. Quando se eleva a observação para 12 meses, tem
os que 19 pacientes (86,3%) cicatrizaram suas lesões neste
período. Em 3 casos (13,6%) as lesões permaneceram ativas
por mais de 12 meses.Conclui-se que os determinantes da
cicatrização natural das lesões produzidas por Leishmania
Viannia braziliensis permanecem desconhecidos (REVISTA DA
3
1990, Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
14
SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL, 1990,
internet)
Os números são bem distintos nos dois casos apresentados, mas em ambas
as amostras houve casos de cura espontânea o que atesta este fenômeno.
Mas mesmo com a falta de uma análise que ela considere totalmente segura
a ideia de que quanto mais um paciente se sente no controle da situação que
vive, com percepção adequada dos sinais e sintomas de sua doença, melhor é a
resposta ao tratamento é admitida. “Além disso, o sistema imunológico é
4
Entrevista realizada com a psiquiatra Michele Barbosa, através de e-mail no dia 13 de setembro de 2013.
5
Entrevista realizada com a psiquiatra Michele Barbosa, através de e-mail no dia 13 de setembro de 2013.
15
claramente influenciado pelo psiquismo, donde a crença de que um psiquismo
saudável leva a um organismo também saudável” 6
Também podemos encontrar menção a cura espontânea em uma reportagem
da revista GEO em que foi discutido o tema Milagre. Na referida matéria foram
apresentados alguns dados, dentre eles o de que cerca de 20 a 30 estudos de
casos de curas repentinas são publicados em revistas médicas especializadas. O
que é denominado pelos médicos como remissão espontânea, ou seja, regresso
da doença sem qualquer tratamento médico, ou por meio de terapias sem valor
reconhecido pela ciência.7
Mas os médicos que participaram desta reportagem levantaram algumas
questões a fim de considerar que esta cura é fisiológica e não milagrosa. O
processo de cura de um câncer, por exemplo, tem uma explicação denominada
teoria das infecções. De acordo com esta tese o processo de cura poderia ter
inicio a partir de uma infecção febril causada por vírus ou bactérias, onde os
mecanismos de defesa do corpo poderiam atacar os agentes patogênicos e, de
alguma forma, também o tumor. Esse processo poderia incluir defesas do próprio
organismo, como as chamadas citosinas, moléculas capazes de inibir o
crescimento de células cancerosas. 8
Além disso, diversas outras teorias são apresentadas para este tipo de cura,
como, transfusão de sangue ou influências hormonais são cogitadas como
“gatilho” para que este processo ocorra. Dietas e mecanismos psicológicos
também devem ser levados em consideração. Porém é mencionado na
reportagem que até o momento nenhuma dessas possibilidades levou a
explicações garantidas do por que e como as remissões ocorrem.9
Portanto o fato é que as curas espontâneas ocorrem, mas o fator que
desencadeia este fenômeno ainda é motivo de discussão e de especulação
cientifica e religiosa, com diversas teorias e tentativas de explicar algo que ainda
intriga a comunidade médica.
6
Entrevista realizada com a psiquiatra Michele Barbosa, através de e-mail no dia 13 de setembro de 2013.
7
Revista Geo, edição 48, página 34.
8
Revista Geo, edição 48, página 34
9
Revista Geo, edição 48, página 34
16
1.3– Saúde x Doença
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traumáticos, logo são os mais propensos à somatizar. Marco explica isto usando a
teoria do MARTY, autor de psichosomatique de 1980, que comenta que certas
doenças são verdadeiras expressões do inconsciente manifestadas de forma
primitiva, isto é, decorrentes da insuficiência fantasmática do sujeito. “Assim, ao
invés do sujeito produzir um sintoma psíquico e simbólico, como ocorre no caso
da neurose, ele tende a responder ao excesso de excitação que não pode
elaborar utilizando o corpo real.” (SEGRE, 1997, p.4).
Então podemos compreender que o estilo e o ritmo de vida do sujeito,
impostos pela cultura, a modalidade da organização do trabalho, a vida nas
metrópoles, entre tantos outros fatores, podem causar um impacto na vida da
pessoa, inclusive na saúde física.
Logo podemos compreender que a doença somática seria apenas uma via a
mais para externar a turbulência afetiva, tendo sido essa via inconscientemente
buscada pelo sujeito, incapaz de harmonizar os seus conflitos interiores. O autor
exemplifica que uma pessoa muito nervosa, e que repreende esta agressividade,
sem encontrar outra via de escape, pode explodir no plano somático, ou seja, no
corpo real. Por isso, ele reforça que é importante tratar o doente e não a doença.
Além disso, o médico também precisa ser apto a transmitir confiança para o
paciente, o que facilita o vinculo afetivo e, portanto resulta em um prognóstico
mais favorável na luta contra a doença.
18
afetiva com o cliente, Marco ainda afirma que esta relação é algo tão irreal quanto
à expectativa de “perfeito” bem-estar da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com este princípio a autonomia do sujeito não pode ser negada,
ou seja, deve ser levado em consideração que o bom para um pode não ser
satisfatório para outro, um individuo pode preferir conviver com determinada
enfermidade a ter que ser submetido a um tratamento que em alguns casos pode
ser doloroso e com poucas chances de êxito. Uma pessoa que optaria pelo
tratamento poderia imaginar que o outro que não fez a mesma escolha estivesse
desistindo de viver ou que ele não tinha motivos para lutar, quando, no entanto
este conceito não pode ser considerado verdadeiro, tendo em vista que os
parâmetros de saúde e de doença variam de acordo com a realidade de cada um,
e de acordo com o que cada um compreende como um estado de vida saudável.
E isso nos leva novamente a questão da qualidade de vida, e a dificuldade
de encontrar uma definição para este conceito que seja capaz que abranger a
todos.
19
Poderá alguém afirmar que um portador de colostomia, consequente
a uma cirurgia de câncer intestinal, tem qualidade de vida pior do que
um seguidor obsessivo de regras religiosas, intimidado perenemente
por um Deus que lhe foi inculcado, independentemente de sua
vontade? (SEGRE, 1997, p.5).
Marco ainda questiona se alguém, pelo simples fato de não ter recursos para
se alimentar de acordo com nossos padrões, pode ser considerado com uma
qualidade de vida inferior a de uma pessoa bem alimentada?
20
CAPÍTULO 2
O poder curativo da mente
21
Outro livro que fala sobre o poder curativo da mente é o A Cura Quântica: O
poder da mente e da consciência na busca da saúde integral, do Dr. Deepak
Chopra, para este autor a cura é viva, complexa e holística.
Lidamos com ela presos a nossos meios limitados e ela parece
obedecer a nossos limites. Mas quando acontece alguma coisa
estranha, como um câncer avançado que desaparece súbita e
misteriosamente, frustra-se a teoria médica. Nossos limites parecem,
então, muito artificiais. (CHOPRA, 1989, p.10).
22
Portanto, o efeito placebo também é um exemplo de cura psicológica, que
engana a mente para que ela acredite que o alívio chegou, e assim envie
mensagem para o corpo que reage de acordo com o estímulo positivo.
Este processo é baseado na teoria de que casos de cura podem acontecer
se a pessoa acreditar na eficácia do método, ou confiar em um terapeuta, ou em
alguém que esteja desenvolvendo um tratamento. Na medicina e na psiquiatria
estes casos são conhecidos como transferência positiva podendo também
acontecer o contrário, no caso da piora do quadro clínico ou do desenvolvimento
de uma doença, denomina-se então transferência negativa.
Bernie (2005), autor de Amor, Medicina e Milagres, explica que a “medicina
primitiva” era especialista em efeito placebo, uma vez que ainda não dispunham
de muitos recursos terapêuticos para cura, então a solução eram os rituais que
tinham a capacidade de estimular a confiança do paciente e terminavam por surtir
efeito. Esta dinâmica também pode ser considerada placebo.
23
Neuróticos e histéricos frequentemente se aliviarão de seus sintomas
pelas sugestões e pelo ministério de curandeiros carismáticos. É
tratando desses tipos que os curandeiros afirmam suas vitórias mais
dramáticas (GEISLER, 2002, p.228).
Muitas pessoas podem ser capazes de realizar uma cura psicológica sem
que isso tenha qualquer tipo de ligação com milagre, uma vez que o milagre se
trata de algo que contraria as leis naturais. Porém esta capacidade da mente em
desenvolver um mecanismo de cura, não deixa de ser algo extraordinário.
Já que Deus nos criou como unidades de mente e corpo, ele deve
receber a glória quando essa relação maravilhosa da mente afetando
o corpo é usada para trazer cura. Mas é um exagero sério considerar
essas curas sobrenaturais (GEISLER, 2002, p.229).
24
CAPÍTULO 3
O Milagre
25
como sinal, isto é, como “palavra plástica” de Deus que interpela o homem e o
ajuda a proferir um ato de fé na mensagem transmitida por Cristo. Ou seja, os
milagres são sinais divinos que não podem acontecer separados ou isolados da
Revelação de Deus à qual pertencem e que expressam.13
Definido o conceito de milagre podemos partir para o próximo capítulo, que
visa aprofundar a compreensão deste fenômeno extraordinário.
13
Material publicado em Teocomunicação 142 (2003) 881 - 894.
14
Material publicado em Teocomunicação 142 (2003) 881 - 894.
26
Intervenção divina é toda ação de Deus no mundo e na vida do justo, como
providência e graça. Os milagres são uma intervenção extraordinária. Somente
Deus realiza os milagres. Os santos intercedem a Ele, mas é Ele que age. Uma
pessoa (já falecida ou em vida ainda) que está em comunhão com Deus pode ser
instrumento Dele para uma intervenção extraordinária do mesmo (milagre). Tal
pessoa foi um intercessor.15
Chalub explica que no Cristianismo, o milagre é sempre visto como um sinal
de Deus e da ligação que ele tem com o mundo, porém o Judaísmo divide este
fenômeno. “Curiosamente, em uma das origens do nosso pensamento – que é o
Judaísmo, o pensamento rabínico-, dividiram-se os milagres em ocultos e
revelados (ou reveladores).” (CHALUB, 1999, p. 6).
O judaísmo não é o foco principal a ser estudado, mas é importante que o
ponto de vista desta doutrina seja conceituado para que possamos compreender
as diferenças e o momento em que elas divergem.
Para os judeus, o milagre verdadeiro é milagre oculto, que está ligado ao
fenômeno da vida, do Universo, do cotidiano. Segundo o autor no pensamento
judaico e rabínico o simples fato do ser humano sobreviver diante de tanta
adversidade, e se multiplicar já pode ser considerado um milagre. O milagre do
cotidiano, milagre da simples existência que o Judaísmo chama de milagre
oculto, e que para eles compreende o verdadeiro milagre.
Porém o imaginário popular não corresponde a esta descrição, e está mais
acostumado a associar este fenômeno a algo maravilhoso e inusitado, capaz de
causar reações espantosas nas pessoas.
Se perguntarmos a uma pessoa que não está muito preocupada com
o assunto o que é um milagre, dificilmente vai dizer que milagre é
estar vivo. Ou que milagre é o sol a nos proporcionar luz e calor,
permitindo que possamos existir. Ela vai mencionar fenômenos
portentosos, extraordinários, que é a ideia comum. (CHALUB, 1999,
p.7).
15
Entrevista realizada no dia 12 de outubro com o Pe. Lucas Rosa da Silva.
27
seja, segundo eles o milagre é um acontecimento que nada tem a ver com a fé. O
autor explica que esta ideia passou para o Cristianismo, mas teve uma bifurcação.
28
pelos cristãos. “O milagre só tem sentido se ensinar uma verdade. Os milagres do
Novo Testamento, do Evangelho, são assim.” (CHALUB, 1999, p.7).
Chalub destaca que Jesus não realizava milagres para mostrar o que era
capaz de fazer, ou para que outras pessoas o idolatrassem, mas para transmitir
uma verdade. Ele foi o transmissor de uma verdade, algumas já conhecidas do
Antigo Testamento, e outras estabelecidas pela nova fé, através da instauração
do Cristianismo, mas sempre em harmonia com o já estabelecido.
Portanto para Chalub, o milagre não pode ser algo sem fundamento, que
não leve a lugar nenhum. Precisa ter benefícios para que o processo de salvação
segundo a religião aconteça. Se estes benefícios não forem encontrados, não
estaremos diante de um milagre, mas talvez de um prodígio.
Outro aspecto importante é que o milagre não é propriamente uma anulação
das leis naturais, porque elas não podem ser anuladas. Para Chalub o milagre
seria uma suspensão episódica dessas leis, o que levaria a ultrapassagem de
qualquer força criada, ou seja, todos os fenômenos que podem ser explicados por
algum tipo de força criada, uma força natural, não podem ser considerados
milagre.
Em sua essência, teria que ultrapassar forças criadas. Se as quatro
forças fundamentais da física – o eletromagnetismo, a gravitação, a
atração forte e atração fraca – pudessem explicar o fenômeno, ele
não teria ultrapassado forças criadas e, por isso, não seria um
milagre. Poderia ser um fenômeno não explicado, um fenômeno cuja
causalidade ainda está oculta, mas não seria milagre. (CHALUB,
1999, p.8).
29
sérios, que podem chegar a conclusão que ou se tratam de fenômenos
psicológicos, portanto não precisariam de uma nova ciência, ou seria um
embuste, de “feitiçaria”. Desta forma ele não consideraria ciência.
30
precisaria acompanhar Deus para que o milagre acontecesse. “A causa segunda,
que somos nós, participa também. É claro que estou falando dos chamados
milagres em que o ser humano está envolvido diretamente, aqueles que nos
interessam, como a cura de doenças, por exemplo.” (CHALUB, 1999, p.10).
Esta explicação se encaixa nos casos de milagres em que o ser humano
está intimamente ligado, como mencionado a cima nos casos de cura. Já nos
casos de milagres relacionados somente à natureza a explicação ainda é
discutível, inclusive pela psicologia. “De qualquer maneira, isso seria um sucesso
de acontecimento, fora da ordem comum da natureza, mas é preciso frisar:
sempre com a participação do ser humano como causa segunda.” (CHALUB, 1999,
p.10).
O que também merece destaque nesta questão de milagres e da igreja
católica são os santos, que teriam o poder para realização de maravilhas. Chalun
levanta um questionamento quanto a estes que intercedem junto a Deus em
nosso favor, segundo ele os santos antigos são esquecidos e por isso não fazem
mais milagres, deixando todo o mérito para os santos atuais que são os que
realizam o maior número de milagres, mas além dos atuais e dos antigos, existem
os santos duradouros, como o Santo Antônio, que realiza supostos milagres com
frequência. Esta será a discussão do tópico a seguir.
31
Com a inauguração da ciência moderna, este pensamento se tornou ainda
mais agudo, com o surgimento de alguns pensadores, como por exemplo,
Spinoza, que aproximava os desígnios de Deus da lei da natureza. Para este
pensador não haveria nada de extraordinário no milagre, uma vez que Deus e a
natureza seriam a mesma coisa. Neste pensamento podemos inclusive afirmar
que os milagres não existem, já que pertenceriam ao próprio mundo natural.
Hume é outro pensador, que acabou contribuindo de alguma forma para a
psicologia. Ele explica que quando pensamos em milagre, há uma tensão entre o
testemunho de outra pessoa e a experiência que nós mesmos vivenciamos. Ainda
segundo este pensador o milagre só teria sentido quando a experiência fosse
pessoal, não bastando o testemunho do próximo. Por isso tantas pessoas tem fé
e outras tantas desdenham de acontecimentos supostamente milagrosos. Esta
questão fica ainda mais latente nos casos de curas miraculosas.
Esta teoria demonstra que o milagre está intimamente ligado ao ser humano
e para que haja uma cura, por exemplo, seria necessário que a pessoa estivesse
de acordo com este fator, só assim ele poderia acontecer, caso contrário não.
Então, chegamos ao ponto que vamos denominar milagre, especialmente
como fenômeno humano, que segundo Miguel, seria um fato que não revogou a
lei da natureza, mas sim que poderia ocorrer, não ocorre habitualmente, mas
existe uma chance que ocorra.
Mas Alberto Gobbo Júnior tem outra explicação para a questão dos santos,
segundo ele, que trabalha para que o Padre Rodolfo receba o título de santo, o
intercessor precisa ser conhecido para que as pessoas façam pedidos à ele, se
não for, não farão, e consequentemente não terão as causas alcançadas por
intermédio do santo desconhecido. 16
16
Entrevista realizada pela autora deste projeto no dia 12 de outubro de 2013.
32
3.6 – Os milagres para o Vaticano
17
Dados colhidos durante entrevista realizada pela autora deste trabalho.
33
submeter depois o curado a exames médicos que comprovem ter sido impossível
pela medicina alcançar aquela cura, e por vezes se espera determinado tempo
para verificar se a cura persiste. Depois a Igreja emite um decreto afirmando o
milagre.
Mas com o avanço científico tecnológico, muitos fenômenos acabaram
sendo explicados, o que fez com que a Igreja mudasse um pouco os critérios
para a santificação.
O papa João Paulo II, também contribuiu para facilitar a coprovação destes
milagres, reduzindo o número de milagres oficiais necessários, de três para dois.
O que mesmo assim ainda é considerado um processo criterioso. O senhor
Alberto Gobbo Júnior, é irmão salesiano e ser secretário do Postulador Geral da
causa do P. Rodolfo Komorek, em Roma, Don Pierluigi Cameroni SDB, ele relata
que mais de sete mil supostos milagres já foram registrados para o processo de
santificação do padre Rodolfo, porém nenhum destes passou pelo crivo do
Vaticano. 18
18
Entrevista realizada pela autora deste projeto, no dia 12 de outubro de 2013.
34
CAPÍTULO 4
Modalidade
35
O desdobramento das clássicas perguntas a que a notícia pretende
responder (que, o que, como, quando, onde, por quê) constituirá de
pleno direito uma narrativa, não mais regida pelo imaginário, como
na literatura de ficção, mas pela realidade factual do dia-a-dia, pelos
pontos rítmicos do cotidiano que, discursivamente trabalhados,
tornam-se reportagem. Esta é uma extensão da notícia e, por
excelência, a forma-narrativa do veículo impresso (embora a
entrevista, sobretudo o perfil, possa também, às vezes, assumir uma
forma narrativa). A reportagem constitui, assim, basicamente, um dos
gêneros jornalísticos. (GEISLER, 2002, p.231)
Como o tempo para analisar os fatos antes de escrever um texto para revista é
maior, é possível e interessante para o leitor que seja feito pelo jornalista um
levantamento histórico, explicando todo o contexto para quem estiver lendo a
matéria, o que torna o texto mais interessante e agrega valor documental.
36
compreenda o fato. A narrativa de um texto de revista é também um
documento histórico. (Vila Boas, 1996, p.15).
O texto para revista também permite outro artifício muito eficaz, que é o
confronto de ideias, onde duas pessoas com opiniões distintas sobre
determinado assunto podem opinar e isso pode ser colocado em destaque para
que o leitor decida qual o melhor argumento.
37
entrecortadas por palavras de fundo irônico, explícito ou não. (Vila
Boas, 1996, p.19)
É importante também que o texto tenha uma escrita clara e que caminhe
com fluidez para o desfecho, o leitor não pode ficar perdido ou confuso em meio
à reportagem. A objetividade é outro fator importante, palavras que não agregam
nenhum tipo de valor a compreensão do que está sendo redigido podem ser
cortadas.
38
CAPÍTULO 5
Metodologia
Antes de iniciar este trabalho foi necessário definir o tipo de pesquisa que
melhor atenderia as necessidades para que o objetivo proposto fosse atingido.
Para Antonio Carlos Gil, “o elemento mais importante para a identificação de um
delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados” (GIL, 1985, p.
50).
Serão realizadas entrevistas com representantes da ciência e da religião, a
fim de coletar opiniões em relação a fenômenos de cura espontânea, além
desses procedimentos, foi realizado o levantamento bibliográfico, a pesquisa
exploratória e a pesquisa documental, a fim de dar cunho cientifico ao trabalho.
Para Gil, “o objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para
problemas mediante o emprego de procedimentos científicos” (GIL, 1985, p. 26).
O autor complementa que, com o desenvolvimento da pesquisa, o que antes
era um questionamento teórico cede lugar a questões práticas.
O delineamento ocupa-se precisamente do contraste entre a teoria e
os fatos e sua forma é a de uma estratégia ou plano geral que
determine as operações necessárias para fazê-lo. Constitui, pois, o
delineamento a etapa em que o pesquisador passa a considerar a
aplicação dos métodos discretos, ou seja, daqueles que
proporcionam os meios técnicos para a investigação. (GIL, 1985, p.
49)
Como ciência e religião são dois pontos de vista que divergem e que em
alguns momentos parecem se fundir, foi necessário realizar um aprofundamento
das teorias defendidas para explicação da cura espontânea. A conversa posterior
com os representantes será fundamental para iniciar a grande reportagem
impressa, que é a segunda parte deste trabalho.
Considerando os dois principais tipos de pesquisa, a qualitativa e
quantitativa, neste trabalho aplicou-se a pesquisa qualitativa, pois a intenção foi
levantar histórias e fatos que aconteceram e desenvolver a reportagem partindo
desses acontecimentos.
Na pesquisa qualitativa questões e problemas para a pesquisa
advêm de observações no mundo real, dilemas e questões. Elas são
39
formuladas como hipótese se – então (se variável dependente)
derivadas da teoria. (MARSCHALL; ROSSMAN, 1989).
40
Habitualmente envolvem levantamento bibliográfico e documental,
entrevistas não padronizadas e estudos de caso. Procedimentos de
amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são
costumeiramente aplicados nestas pesquisas. Pesquisas
exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão
geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Este tipo de
pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é
pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses
precisas e operacionalizáveis. (GIL, 1985, p. 27)
5.5- Personagens
41
5.6 – Pauta
5.7 – Cronograma
JAN
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
2013
Pesquisa
X X X X
Bibliográfica
Coleta de
X X X X
dados
Elaboração
do projeto X X X X
escrito
Entrevistas X X X
Desenvolver a
grande X X X X
reportagem
Diagramação X X X
Apresentação X
42
CAPÍTULO 6
Histórico da Superinteressante
6.1– Superinteressante
A grande reportagem impressa que será escrita pela autora deste projeto
será para a revista Superinteressante e seguirá o padrão da referida revista. Esta
escolha foi baseada no público alvo que a referida revista abrange que é de
jovens entre 18 e 25 anos de idade.
Além disso, o tema escolhido pela autora se assemelha à temática abordada
pela Superinteressante, que costuma tratar de assuntos polêmicos, de maneira
lúdica e até divertida.
A Superinteressante teve sua primeira edição no ano de 1987, quando a
editora Abril comprou os direitos da revista espanhola Muy Interesante, lançada
no mercado em 1981. A ideia inicial era traduzir as páginas da revista espanhola.
A revista seria impressa com o fotolito19 enviado da Espanha.
O primeiro diretor de redação da Super foi o jornalista Almyr Gajardoni,
responsável por uma revista de 20 páginas, que estreou em grande estilo,
distribuindo 2 milhões de exemplares gratuitamente. A amostra grátis incluía uma
discussão densa sobre a inteligência dos robôs, um debate sobre a existência de
planetas fora do sistema solar e de seres vivos morando neles, e uma matéria
singela sobre a vida amorosa dos animais, além de seções variadas, inclusive
aquela que se revelaria a preferida dos leitores - "Perguntas Superintrigantes" 20
Na edição de número 1 da revista, a chegada às bancas foi marcada por um
número expressivo de cinco mil assinantes.
Sempre inovadora, em 1988 a revista apresentou aos leitores uma edição
marcante, com uma imagem holográfica na capa. Era a primeira vez que algo
deste tipo era veiculado no Brasil. Isto mostra a versatilidade e interesse por
assuntos e tecnologias inovadoras da revista. Nas páginas desta edição foi
abordado um assunto sobre o que era o Projeto Genoma, na época ainda uma
ideia no papel, em busca de dinheiro. Este assunto voltou diversas vezes as
19
Fotolito: Chapa metálica que carimba a tinta no papel.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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páginas da revista, até a conclusão desse que foi o maior projeto da história da
ciência, em fevereiro de 2011. 21
Em 1994, algo considerado inovador para época foi publicado na revista, um
contato de e-mail, do repórter Wagner Barreira, que recebeu 14 e-mails
comentando a matéria que ele havia escrito sobre o futuro online. Hoje cada
jornalista que trabalha na redação da Super, como é popularmente conhecida,
recebe em torno de dez vezes esse número de e-mails, todos os dias.22
Ainda em 1994 aconteceu a 1ª reforma gráfica, realizada pelo segundo
diretor da Super, Eugênio Bucci. A partir destas mudanças a revista ficou mais
informal, mais “pop”, e incorporou de vez o apelido de Super, ao invés de
Superinteressante. Outro ponto foi o aparecimento da palavra infográfico, que
entrou definitivamente no vocabulário, para designar as primorosas ilustrações
acompanhadas de bloquinhos de textos que viraram a marca registrada da
revista. 23
Em junho de 1996, a Super entrou para o mundo digital e ganhou um
domínio de site. Em abril de 1997 a revista passou por mais uma reformulação
gráfica, realizada pelo diretor de arte Augusto Lins Soares. E maior do mesmo
ano, mais uma novidade, a capa com cheiro, que continha cápsulas
aromatizadas, com cheiro de banana. 24
Em dezembro de 1997, foi lançado o CD-ROM para assinantes, e no mês
seguinte, passou a ser vendido para os demais nichos.
No final do ano de 1998, o redator-chefe André Singer assumiu a revista. O
que gerou uma nova reestruturação de direção, incorporando assuntos de
economia, que começaram a aparecer na revista, ao lado dos tradicionais temas
científicos, mas sempre tratados de uma forma menos formal, e mais atrativa, o
que mantinha o público alvo da revista estimulado e interessado pelos assuntos
abordados. Em 1999, a matéria “O Brasil na caçapa” infografava a crise que
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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havia abalado o real, fazendo uma representação em forma de uma mesa de
sinuca, e mantendo o diferencial da Super. 25
Em janeiro de 1999, a Super recebe o prêmio Esso pelo info “Montando na
Fúria”, de Alceu Nunes e Luiz Iria. Em abril o site da revista foi liberado para
todas as pessoas. 26
Em 2000, a revista passou por mais uma reestruturação, com o Adriano
Silva, que chegou com uma proposta de informalizar ainda mais a revista,
diminuindo a distância entre o leitor. A ideia era preservar o rigor e a seriedade,
mas acrescentar temas polêmicos, como drogas, eutanásia, aborto. A inquietude
espiritual do começo do milênio e os conflitos religiosos que se tornavam cada
vez mais comuns impuseram a revista um maior peso para as grandes
discussões. Esta nova fórmula agradou o público e a revista vendeu em 2001,
11100 exemplares, em bancas e supermercados. 27
Em fevereiro de 2005, a Editora Abril passou por uma reestruturação e a
Super passou a fazer parte de um núcleo. Adriano Silva assumiu a diretoria deste
Núcleo Jovem, que incluía as revistas Super, Bizz, Capricho, Super Surf, Mundo
Estranho e Flashblack. Denis Russo, redator chefe, passou a ser o novo diretor
da revista.28
Em agosto de 2007, Denis Russo recebe uma bolsa de estudos para
jornalistas e vai para Universidade de Stanford – Califórnia – EUA. O editor
Sérgio Gwercman passa a ser o novo redator-chefe da Super. 29
Agosto de 2009, nova reformulação gráfica na revista. Novas fontes, novos
desenhos de pagina, novos ícones. No editorial as alterações foram menos
radicais: algumas sessões deixaram de existir, outras foram criadas e a revista
fica ainda mais visual, com imagens que informam polêmicas, tendências e
conhecimento. 30
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Em agosto de 2010, uma mulher assume pela primeira vez o cargo de
diretora de arte da revista, Alessandra Kalko, que já havia trabalhado
anteriormente na revista e retornou depois de ter assumido a Women’s Health e a
Mundo Estranho.31
6.2 – Prêmios
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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Fonte: Atendimento ao leitor da revista Superinteressante, enviado por e-mail para a autora deste projeto.
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13. Agosto/2004 - contos Bizzaros ganha o troféu HQ Mix 2003 (prÊmio
dos quadrinhos);
14. Abril/2005 - Prêmio Malofiej de Infográfica. A Super ganha medalha
de ouro por um info que mostrava como funciona o tráfico em uma
favela e como a polícia deveria agir para reprimi-la;
15. Julho/2005 - no Prêmio Abril, ganhamos com a melhor reportagem
de tecnologia (Google) e de comportamento (Casamento Gay);
16. Março/2008 - Prêmio Malofiej: medalha de prata para os infos
"Mundo árvore" e "Contas Abertas". "Por dentro dos Planetas" e "Do
boi ao bife”, com a de bronze;
17. Junho/2008 - No Prêmio Abril a Super fez bonito com matérias
publicadas em 2007: melhor capa, melhor reportagem, infografia e
ilustração;
18. Janeiro/2009 - Prêmio Esso de Criação Gráfica com uma matéria
sobre a história da impotência;
19. Novembro/2009 - o diretor de arte Adriano Sambugaro ganha um
prêmio (uma viagem para Nova York) dado pela empresa aos
profissionais que mais se destacaram no ano.
47
6.3- Layout da Revista
48
Figura 2: projeção da página 2 e 3 da grande reportagem.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
50
Referências Bibliográficas
QUEVEDO, Oscar González, Milagres a ciência confirma a fé, São Paulo, Editora
Loyola, 1996.
51
SEGRE, Marco, O conceito de saúde. Ver. Saúde Pública, 31 (5): 538-42, 1997.
TAMANINI, http://www.megacurioso.com.br/religiao/37248-como-e-que-o-
vaticano-reconhece-os-santos-e-seus-milagres-.htm, às 15h10 do dia 02 de
setembro de 2013.
VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista. São Paulo, Summus,
1996
http://www.lepanto.com.br/catolicismo/ciencia-e-fe/curas-milagrosas-de-lourdes-
depoimento-de-um-especialista/, às 9h no dia 13 de março de 2013.
52
APÊNDICE A
Entrevistas
L: O que é fé?
A: A bíblia dá uma definição de fé na carta aos hebreus, que diz que a fé a
certeza da realidade que eu não vejo, ou seja, os cientistas querem provas por A+
B, mas nós apesar de não entendermos aceitamos isso é uma maravilha que eu
não abro mão e que é fundamental para que curas possam ocorrer. Jesus dava
grande importância a fé para que as curas acontecessem.
53
L: Padre Rodolfo já teve algum caso de cura coprovado?
A: Ainda não. Já chegaram até nós aproximadamente sete mil casos, mas
nenhum deles passou. Não é fácil não porque se um dos médicos do Vaticano
descartar o caso existe uma avaliação ainda mais criteriosa, mas se nós
insistirmos pode acontecer uma segunda avaliação. Tivemos um caso de cura de
câncer, mas os médicos de lá descartaram, pedimos esta reavaliação, mas a
equipe médica foi toda trocada o que em minha opinião não foi bom. Existem
casos com menos provas que foram aceitos, então o lado humano também conta
um pouco, infelizmente.
54
Entrevista realizada no dia 01 de outubro por e-mail com o Pr. Max Souza,
que é líder da Primeira Igreja Batista da cidade de São Paulo.
55
Entrevista realizada por e-mail no dia 14 de outubro com o Pe. Lucas Rosa
da Silva, que é Reitor do Seminário de Filosofia - Diocese de São José dos Campos
e Vigário da Paróquia Matriz de São José dos Campos.
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realiza os milagres. Os santos intercedem a Ele, mas é Ele que age. Uma pessoa (já
falecida ou em vida ainda) que está em comunhão com Deus pode ser instrumento
Dele para uma intervenção extraordinária do mesmo (milagre). Tal pessoa foi um
intercessor.
57
L: É recomendável que uma pessoa abandone o tratamento médico em nome
da fé?
Pe. L: Jamais uma pessoa pode abandonar o tratamento médico em nome da fé.
Qualquer ministro religioso que recomendar isso está, diante da lei brasileira
cometendo crime de curandeirismo e, diante da Igreja, sendo irresponsável diante da
missão que a Igreja lhe conferiu junto ao povo de Deus. Pe Pio dava a bênção de
cura que a pessoa pedia e dizia: “continue seguindo o que seu médico mandou”.
58
que não a compreendíamos. Essa é uma questão que está sendo colocada a nós
pela Teologia das Religiões e a Teologia Pública (David Tracy e outros). Por
exemplo, como Deus salva o mulçumano, o hindu, o budista, que nunca conheceram
a Cristo? Através daquilo que são os frutos do Evangelho (amor, misericórdia,
compaixão, etc.) que viverão na sua fé. Mas para os Cristãos Católicos a salvação
está no seguimento de Jesus Cristo através também de sua Igreja.
59
Entrevista realizada por e-mail com a Michelle Barbosa que é graduada em
Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.
Breve currículo:
Médica de Família e Comunidade titulada pela Sociedade Brasileira de Medicina de
Família e Comunidade.
Médica Psiquiatra titulada pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
Trabalho atual: médica concursada da Prefeitura Municipal de Jacareí. Atuação no
Ambulatório de Saúde Mental, como psiquiatra, e no Núcleo de Apoio à Saúde da
Família, como matriciadora em saúde mental.
L: O que é autossugestão?
M: É a influência de um indivíduo sobre o próprio psiquismo. O indivíduo cria e aceita
uma ideia, com mudanças de conduta ou comportamento a partir de tal.
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L: O que é efeito placebo? Como funciona este processo?
M: É uma situação de piora, melhora, surgimento ou cessação de sintomas a partir
de uma intervenção, medicamentosa ou não, sem que a mesma apresente ação
específica sobre os mesmos.Via de regra funciona a partir de reflexos
incondicionados: há uma crença por parte do paciente sobre a intervenção a que
será submetido, e tal crença influencia o sistema nervoso. Dessa influência, vários
podem ser os desdobramentos, resultando inclusive no citado efeito placebo.
L: O que você pensa dos casos de cura que são considerados milagre?
M: Acredito que ainda conhecemos pouco sobre o funcionamento cerebral humano,
especialmente a ligação entre psiquismo e adoecimento. Muito há que se estudar
sobre o eixo hipotálamo - hipófise, partindo-se do princípio que o hipotálamo é que
quem integra as informações do mundo externo com o mundo interno, sendo o
ponto de partida para várias alterações nos sistemas neurológico, endócrino e
imunológico. Considerando que milagre é um evento extraordinário e sem
explicações científicas, a mente é capaz de produzi-lo sim, só ainda não sabemos
como.
61
Entrevista realizada por skype no dia 05 de novembro com o médico Odir
Romero.
Breve currículo: Pós-graduado em Pediatria, Saúde Pública, Medicina do
Trabalho e Formação de Professores para o Ensino Superior. Pós-Graduando em
Auditoria Médica e de Serviços Hospitalares. Título de Especialista em Medicina
Legal e Perícia Médica (ABMLPM / AMB).
62
L: O senhor conhece algum caso deste tipo?
O: Não. Mas acredito em uma citação que diz: "O que a ciência não consegue
explicar, aparecem manifestações religiosas e/ou sobrenaturais".
63
ANEXOS
Pré-Projeto
2.- Objetivo
3. Problema
Como explicar que pacientes com doenças graves, com prognósticos
desfavoráveis, evoluam para a cura espontânea?
4. Tema
4.1 Título
4.2. Hipótese
64
processo está condicionado à ação da mente. Já para a religião esta reversão no
quadro pode ser caracterizada como milagre.
5- Objeto
Antes de iniciar este trabalho foi necessário definir o tipo de pesquisa que
melhor atenderia as necessidades para que o objetivo proposto fosse atingido.
Como são dois pontos de vista que divergem e que em alguns momentos parecem
se fundir, foi necessário realizar um aprofundamento de ambas as teorias, para
posteriormente conversar com representantes do lado cientifico e do lado religioso, para
então iniciar o projeto prático.
65
6.1 Tipos de Pesquisa
66
A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de
permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos
muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.
[...] A pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos
históricos. Em muitas situações, não há outra maneira de conhecer
os fatos passados senão com base em dados secundários. (GIL,
1985, p. 50)
7. Justificativa
67
acordo com esta linha de raciocínio, o poder do pensamento positivo pode ter
influência neste processo de cura.
A fé no tratamento também é um fator importante, segundo Bernie S. Siegel,
M.D. Ele explica em seu livro “Amor, Medicina e Milagres” que durante muitos
anos o efeito placebo foi considerado sem grande importância para a ciência,
porém com o passar dos anos e o desenvolvimento de pesquisas, este método
foi plenamente reconhecido. O fato de o paciente acreditar no tratamento gera
esperança e faz com que a pessoa tenha força e fé de que pode ser curada.
O autor ainda explica que os motivos que levam o paciente a ter uma
melhora com o tratamento placebo, são que o significado da doença se altera de
maneira positiva, porque a sensação de amparo ajuda a potencializar o sentido do
domínio e do controle sobre a doença, o que faz com que os pensamentos, antes
de desesperança, passem a ser esperançosos.
Ainda nesta linha de raciocínio, Bernie explica que o placebo pode ser um
objeto que o paciente acredite ter poder curativo, como por exemplo, uma garrafa
com a etiqueta de água benta de Lourdes, que para um católico tem propriedades
curativas, ainda que ela só contenha água da torneira.
68
É importante destacar que as curas psicológicas surtem mais efeitos sobre
as doenças funcionais que sobre as doenças físicas e orgânicas.
Portanto neste caso, estas curas consideradas psicológicas, tem o fator fé,
como um agente importante neste processo.
A falta de fé na possibilidade de cura é um grave fator limitante para
o doente. (SIEGEL, 1989, página 24).
69
curativo da nossa mente, entre outras coisas que a ciência apresenta como
contra argumento na aprovação de um possível milagre.
Portanto para que este projeto tenha andamento será necessário encontrar
histórias de pessoas que passaram por um processo de cura espontânea. Após a
identificação destes personagens, o caso será apresentado para um
representante da ciência e outro da religião, com a intenção de que sejam
discutidas ambas as possibilidades, levando então o leitor às suas próprias
conclusões em relação a este processo de cura espontânea e o que ocasionou o
mesmo.
8.1 A Reportagem
70
dramática e descrições de ambiente - separada, entretanto da
literatura por seu compromisso com a objetividade informativa.
(MUNIZ SODRÉ E MARIA HELENA FERRARI, 1986, p. 9).
71
9. Cronograma de Trabalho
JAN
FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
2013
Pesquisa
X X X X
Bibliográfica
Coleta de
X X X X
dados
Elaboração
do projeto X X X X
escrito
Entrevistas X X X
Desenvolver a
grande X X X X
reportagem
Diagramação X X X
Apresentação X
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Projeção de Capítulos
Segundo o Dicionário Didático (2008) milagre é um fato que não pode ser
explicado pelas leis da ciência ou da natureza e que se considera realizado por
intervenção divina ou sobrenatural.
73
capítulos da bíblia milagres realizados pelos apóstolos, que eram pessoas que
caminhavam com Jesus e o tinham como mestre.
No livro de 1 Coríntios, no capítulo 12, versículo 9 o apóstolo Paulo relata o
dom de cura como um dom ofertado aos humanos pelo Espírito Santo.
Podemos observar também que a cura pode ser tanto um dom oferecido a
cristãos específicos para a realização dos milagres, como um exercício de
autoridade espiritual sobre as enfermidades que segundo a bíblia é concedido a
todos os que seguem os mandamentos contidos no referido livro.
74
pessoa que estava enferma, o que é uma questão importante de se observar já
que a ciência comumente atribui o fato da cura ao psicológico do enfermo.
A cura do paralitico de Carfanaum, relatada no livro de Mateus, capítulo 9,
do versículo dois ao versículo oito e dos dez leprosos em Samaria, no livro de
Lucas, capítulo 17, versículo 11 ao19 são trechos em que a fé do enfermo é
ressaltada.
Em outros oito casos, a fé não é o destaque, mas ela pode ser cogitada,
como fator determinante para o suposto milagre. A cura de um leproso, em
Mateus 8.2-4, a cura da mulher do fluxo de sangue que aparece em Mateus 9.20-
22, Marcos 5.24-34 e Lucas 8.43-48, Pedro andar sobre as águas, a cura do
cego Bartimeu, em Mateus 14.24-33, a primeira pesca milagrosa em Lucas 5.1-
11, a cura do paralítico do poço de Betesda, no livro de João 5.1-9, a segunda
pesca milagrosa, em João 21.1-11, a cura do cego de nascença, em João 9.1-7.
Já nos 24 demais casos de milagres realizados por Jesus, a fé de quem
recebeu a cura milagrosa não é referida. Em 3 casos de ressurreição não havia a
menor possibilidade de a pessoa que foi ressurreta ter exercido algum tipo de fé,
75
uma vez que estava desfalecida, são eles, o filho da viúva de Naim, descrito em
Lucas 7.11-17, a filha de Jairo, relatado em Mateus 9.23-26 e a ressurreição de
Lázaro, presente em João 11.1-44.
Portanto nem sempre a cura pode ser atribuída à fé da pessoa que está
enferma, sendo considerado algo sem explicação científica.
2 . A Visão da Ciência
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Outro exemplo é o processo de convencimento mental, que pode ser
denominado como sugestão e funciona quando a pessoa passa por um processo
de convencimento mental de estar curada, na maioria das vezes isso acontece
de forma inconsciente, é um processo de autoconvencimento de que a doença
não existe.
Neuróticos e histéricos frequentemente se aliviarão de seus sintomas
pelas sugestões e pelo ministério de curandeiros carismáticos. É
tratando desses tipos que os curandeiros afirmam suas vitórias mais
dramáticas (Geisler, 2002, p.228).
Muitas pessoas podem ser capazes de realizar uma cura psicológica e isso
não tem qualquer tipo de ligação com milagre, uma vez que o milagre se trata de
algo que contraria as leis naturais. Porém esta capacidade da mente em
desenvolver um mecanismo de cura, não deixa de ser algo extraordinário.
Já que Deus nos criou como unidades de mente e corpo, ele deve
receber a glória quando essa relação maravilhosa da mente afetando
o corpo é usada para trazer cura. Mas é um exagero sério considerar
essas curas sobrenaturais (Geisler, 2002, p.229).
3. Jornalismo de Revista
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jornal passa por uma suposta objetividade e isenção. (Vila
Boas,1996, p.14).
Como o tempo para analisar os fatos antes de escrever um texto para revista é
maior, é possível e interessante para o leitor que seja feito pelo jornalista um
levantamento histórico, explicando todo o contexto para quem estiver lendo a
matéria, o que torna o texto mais interessante e agrega valor documental.
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O texto para revista também permite outro artifício muito eficaz, que é o
confronto de ideias, onde duas pessoas com opiniões distintas sobre
determinado assunto podem opinar e isso pode ser colocado em destaque para
que o leitor decida qual o melhor argumento.
É importante também que o texto tenha uma escrita clara e que caminhe
com fluidez para o desfecho, o leitor não pode ficar perdido ou confuso em meio
à reportagem. A objetividade é outro fator importante, palavras que não agregam
nenhum tipo de valor a compreensão do que está sendo redigido podem ser
cortadas.
4. Projeto Gráfico
A grande reportagem impressa que será escrita pela autora deste projeto
será para a revista Superinteressante e seguirá a diagramação da referida
revista.
A Superinteressante teve sua primeira edição no ano de 1987, quando a
editora Abril comprou os direitos da revista espanhola Muy Interesante, lançada
no mercado em 1981.
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