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A escassez da cultura de Beterraba no distrito de Cuamba, pode estar aliada aos hábitos
alimentares ou não conhecimento dos benefícios trazidos pela cultura para a nutrição da
comunidade entre outras utilidades industriais, verificando-se nos mercados poucos que
vendem este tipo de tubérculo. Entretanto a sua oferta relativamente a demanda, influência no
elevado preço da venda, com intuito de optimizar a produção, um dos primeiros pontos
observados é o espaçamento ideal entre as plantas e entre linhas. Em muitas culturas
agrícolas, o aumento da produtividade tem tido um limite quando se lança maior numero de
plantas por unidade de área, sendo que quando isso acontecer, verifica-se aumento na
competição entre plantas e como consequência prejudicar o desenvolvimento individual da
cultura, isto podendo criar a ocorrência de queda do rendimento e qualidade do produto final.
Neste caso a questão que surge é a seguinte: Será que o conhecimento de uso de diferentes
compassos para a produção de cultura de Beterraba é factor crucial que pode afectar a
qualidade do produto final?
1.2.Definição do problema
A beterraba é de extrema importância económico e com alto valor nutricional, tanto as suas
raízes tuberosas são partes da planta com maior valor comercial. Neste caso a implementação
desta cultura requer uma boa planificação começando com o tipo de sistema de produção de
acordo com as condições edafoclimaticas também dos compassos ou espaçamento que foi
usada para há produção de uma boa beterraba.
Contudo fez com que haja interesse em estudar a sua adaptabilidade e seu crescimento de
acordo com as condições favoráveis do lugar. E a produção deste tubérculo na cidade de
Cuamba serviu de um grande aprendizado seguindo por três (3) tipos de compassos com a
finalidade de querer saber qual será o compasso melhor a si usar para uma boa produção e um
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bom crescimento deste tubérculo. Quem sabe teremos uma boa produtividade usando um
espaçamento mais adequado.
1.3.Justificativa
Cuamba é um distrito que de cidade não tem muita coisa, entretanto o desempenho
agronómico da cultura de Beterraba, depende de vários factores como cultivares adaptadas ao
sistema de cultivo, da dinâmica de crescimento, nutrição mineral, densidade de plantas entre
outros factores. Contudo faz com que haja interesse em estudar os diferentes compassos entre
linhas em cada parcela do meu campo, para testar qual é que é a mais adequada para uma
maior produção. Uma vez que o beta vulgaris não é muito consumido na localidade de quando
por falta de conhecimento e costume para a produção.
Por outro lado a produção deste tubérculo nas condições agro-ecoligicas de Cuamba, servira
de um ganho que vai impulsionar aos produtores locais a produzir um alimento de qualidade
devido ao seu valor nutricional e económico como também obterem altas produtividades,
sendo esta uma das alternativas para trazer um aumento de renda familiar e sustentabilidade
para os produtores locais.
1.4.Objectivos
1.4.1.Objectivo geral
Avaliar o rendimento da cultura de Beterraba (Bera Vulgaris) em diferentes
compassos nas condições agro-ecologicas de Cuamba.
1.4.2.Específicos
Determinar os componentes de crescimento (numero de folhas finais, e altura da
planta);
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1.5.Hipóteses
H0: o compasso não influencia significativamente no rendimento da cultura de beterraba
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Capitulo II ׃Revisão da literatura
A beterraba (Beta vulgaris L.) é uma das principais hortaliças cultivadas no Brasil, com
diversos biótipos, sendo três deles de significativa importância económica. Estes biótipos são:
a beterraba açucareira, forrageira e hortícola. Na beterraba açucareira, as raízes possuem altos
teores de sacarose, sendo utilizadas para a extracção de açúcar. Os subprodutos dessa
extracção (melaço e polpa) podem ser empregados na alimentação animal ou como
fertilizante orgânico e as folhas podem ser utilizadas como forragem. Na beterraba forrageira,
as raízes e folhas são empregadas na alimentação animal. Por sua vez, a beterraba hortícola,
também conhecida como beterraba vermelha ou beterraba de mesa, é o biótipo cultivado no
Brasil. As raízes e as folhas são utilizadas na alimentação humana. E as beterrabas são ricas
em vitaminas A do complexo b e C, no entanto, essa ultima só é aproveitada quando as
mesmas são consumidas cruas. A raiz também possui boas quantidades de sais minerais,
especialmente de Sódio, Magnésio, Potássio, Zinco, e Ferro, principalmente. A beterraba
ainda é rica em fibras agentes anti-cancerígenos e anti-oxidadentes.
2.1.2.Taxonomia da Cultura
A beterraba pertence ao reino plantae, e pertence a divisão magnoliophyta e a classe
Magnoliopsida. Segue a ordem Caryophyllales e pertence a família Amarantaceae e é do
género Beta Vulgaris.
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Importância da beterraba
O pigmento que da beterraba sua cor roxa -avermelhado é a betacianina, um poderoso agentes
de combate ao câncer, principalmente o câncer de cólon. Os glóbulos sanguíneos absorvem a
betacianina e podem aumentar a capacidade de transporte de oxigénio em até 400%, possui
também um fitonutriente chamado proantocianidinas que é anticacerigenos (Valeria Viana
2005).
As beterrabas são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, tais como B1,B2, B5, B6,
B9. A B9, é chamada também de acido fólico, é importantíssimo para a mulher grávida, uma
vez que é utilizada para o desenvolvimento normal da coluna vertebral da criança (Valeria
Viana 2005).
Em Moçambique mais de 80% das famílias pobres vivem em áreas rurais. A agricultura é a
principal fonte de alimento e renda, a produtividade agrícola é uma das mais baixas da África
Austral contribuindo para um acentuado défice na balança agrícola do pais e para escassez de
bens alimentares (Romeu da Silva, 2011)
2.1.3.Doenças
Na cultura da beterraba existem diversas doenças que podem causar prejuízo ao produtor
dependendo da intensidade que estas ocorrem. As principais doenças são a mancha das folhas
e os nematóides porque podem causar os maiores prejuízos. Evidentemente que em alguns
locais de produção, os fungos causadores de tombamento também são sinónimos de baixo
rendimento por área.
2.1.3.1.Nemató ides
Vários são os nematóides na cultura da beterraba no Brasil, dentre eles Meloidogyne arenaria,
Meloidogyne incognita, Meloidogyne javanica, Aplelenchus avenae e Helicotylenchus
dihystera, sendo os mais importantes aqueles causadores de galhas radiculares, ou seja, do
gênero Meloidogyne. Os nematóides causam maiores danos em locais onde são feitos plantios
sucessivos na mesma área, principalmente sob pivô-central e em solos arenosos.
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2.1.3.2.Mancha Bacteriana da Folha
Essa doença é causada por uma bactéria de nome Xanthomonas campestris pv. betae. Os
sintomas da doença aparecem, como pequenas lesões de aspecto encharcado nos limbos das
folhas que, ao se desenvolverem, adquirem contornos arredondados e anéis concêntricos.
Posteriormente, as lesões tornam-se translúcidas e coalescem com as vizinhas,
comprometendo extensas áreas do tecido foliar. Esporadicamente, as nervuras secundárias são
atingidas e se tornam enegrecidas. A doença tem sido verificada de forma endêmica em áreas
olerícolas. A bactéria penetra através de aberturas naturais, como estômatos e hidatódios, ou
através de ferimentos em folhas. As condições de alta humidade relativa do ar favorecem a
ocorrência da doença. Para o controle desta doença são recomendadas apenas medidas
preventivas. (Trani, P.E.; Cantarella, H.; Tivelli, S.W 2005)
2.1.4.Pragas
As principais pragas na cultura da beterraba são cosmopolitas, que podem causar danos em
diversas culturas. No início do desenvolvimento da cultura no sistema de semeadura direta, a
lagarta rosca (Agrotis ipsilon) representa um potencial risco ao cultivo, especialmente em
rotações com milho. Essa lagarta tem hábito noturno e se alimenta da haste da planta,
provocando o seccionamento. A vaquinha (Diabrotica speciosa) e a mosca minadora
(Liriomyza sp.) também podem representar algum risco de dano econômico ao produtor, mas
a ocorrência desta pragas na cultura da beterraba é restrita a alguns locais e em anos em que a
população está desequilibrada. Observação semelhante é valida para ácaros. Em Abril de
2011, o AGROFIT não indicava um único insecticida registado para a cultura da beterraba
(SW ,Tevilli et al 2011)
2.1.5.
2.1.6.Compassos da beterraba
Os compassos da beterraba servem para distingui qual é o melhor a si usar para um bom
desenvolvimento do tubérculo da beterraba.
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Segundo o (Sebastião Wilson Tivelli 2015) diz que o melhor compasso a seguir-se seria de 20
a 30cm entre as linhas, e 10 a 15cm entre plantas pois ira ajudar na hora da escarificação, e no
crescimento do tubérculo.
3.2.Material Experimental
Para este ensaio será usado apenas as sementes de beterraba (Beta vulgari) Será usado
sementes de Beterraba, variedade avermelhada. A beterraba com cor roxa avermelhada tem
como característica de um caule meio longo e fino com as folhas abertas e de cor verde, o
tubérculo da beterraba tem uma cor roxa-avermelhada
3.3.Métodos
3.3.1.Delineamento Experimental
O Delineamento experimental que será usado, será o de Blocos Completos casualizados com
4 blocos com 4 tipos de tratamentos, e com 4 repetições, integrando um total de 16 unidades
experimentais.
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3.3.2.Preparaçã o do terreno
Para a preparação do solo será efectuada uma limpeza, lavoura e gradagem do terreno. De
forma a respeitar princípios de conservação a que o programa rege, 80% dessa preparação do
solo será manual. Na primeira semana do mês de Maio
3.3.3Preparaçã o do alfobre
Para a obtenção de plântulas para o campo definitivo será usado o sistema de alfobre semi
suspenso que contara com o seguinte material: 36 estacas (paus).
3.3.4.Sementeira
A sementeira no alfobre foi efectuada no dia 18.04.2021 com 2 pacotes de beterraba de
variedade beta vulgar (10g), as sementes serão enterradas a uma profundidade de 2 a 3 cm,
numa distância entre linhas de 0,5 metros.
3.3.5.Transplante
O transplante, foi realizado após as plântulas apresentarem 3 a 4 folhas verdadeiras, altura de
15 a 18 cm e diâmetro do talo de 4 a 5 mm objectivando a obtenção de uma densidade de
plantas adequada, e colocar uma plântula por covacho de modo a proporcionar bom
desenvolvimento da mesma.
3.3.6.Etiquetagem
O objectivo da etiquetagem era para facilitar a identificação dos blocos e dos tratamentos no
processo de controlo do ensaio assim como da coleta de dados.
3.3.7.Analise de dados
Para análise de dados foram feitos Análise de variância (Teste F); Teste de comparação de
médias (teste de Tukey). Uma vez que seram 3tratamentos estes testes iram facilitar na
comparação das médias e também porque é fácil.
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REFERRENCIAS BIBLIOGRAFICAS
TIVELLI,SW,TRAIN,PE. Hortaliças: Beterraba (Beta vulgaris L.) 2008. Artigo em
Hypertexto: Disponível em http//www.infobibos.com/Artigos/2008/beterraba/índex.htm.
www.hortaeflores.com 2011.
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Apêndices
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Apêndice 1 Cronograma de Actividades
Actividades Meses
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Limpeza do
campo
Lavoura
Gradagem
Demarcação
do campo
Montagem
de alfobre
Sementeira
Arrumação
do terreno
Transplante
Regas
Retancha
Sacha e
escarificaçã
o
Amontoa
Pulverizaçã
o
Colecta de
dados
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Análise de
dados
Elaboração
do relatório
8m
T2 T3 T2
5.5 m T2 1m T3 T1 1.5 m
T3 T2 T2
2m
T1: 15x15
T2: 30x30
T3: 30x20
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