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COLÉGIO BELUARTE
CURSO TÉCNICO DE AGRONEGÓCIO
Joao Pinheiro
2023
ANDRESSA CRISTINA DE SOUZA MORAIS
PAULA KAROLYNE SILVA MARQUES
STEFFANE LOURRANE ANDRADE DO CARMO
João Pinheiro
2023
ANDRESSA CRISTINA DE SOUZA MORAIS
PAULA KAROLYNE SILVA MARQUES
STEFFANE LOURRANE ANDRADE DO CARMO
BANCA EXAMINADORA
Prof.________________________________________
Colégio Beluarte
Prof. ________________________________________
. Colégio Beluarte
Prof ________________________________________
Colégio Beluarte
RESUMO
ABSTRACT
The primary objective of this study is to highlight the role of sugarcane in the Brazilian
context, not only as a source of fundamental products, such as sugar and ethanol, but also
through its by-products, such as vinasse and bagasse, between others. Specifically, it aims to
highlight the potential of bagasse as a fertilizing agent and organic compound for soil
fertilization. This approach aims to reduce dependence on agrochemicals that are harmful to
the soil and the environment. In addition, the main processes for producing fertilizers from
sugarcane bagasse will be discussed, as well as the ideal conditions for their application in
agriculture, aiming to ensure successful soil nutrition and reach its maximum potential.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................................... 4
2.1 Referencial teórico .................................................................................................................. 4
2.1.1 A importância da cana-de-acucar para o agronegócio. .................................................... 4
2.1.2 Cultura da cana-de-açúcar no Brasil................................................................................ 4
2.1.3 Cultura da cana-de-açúcar ............................................................................................... 6
2.2 Produtos e subprodutos da cana-de-açúcar ........................................................................... 7
2.2.1 Produção de açúcar e etanol ............................................................................................. 7
2.2.2 Principais subprodutos ..................................................................................................... 8
2.3 Bagaco de cana-de-açúcar ...................................................................................................... 8
2.2.1 Bagaço de cana ................................................................................................................. 8
2.3.2 Métodos de utilização do bagaço pelas agroindústrias ...................................................... 9
2.3.3 Adubos orgânicos derivados do bagaço ...........................................................................10
2.3.4 Importância e uso dos adubos feitos da bagaço e suas aplicações ...................................11
3. METODOLOGIA .......................................................................................................................12
4. CONCLUSÃO .............................................................................................................................13
REFERÊNCIAS ..............................................................................................................................14
3
1 INTRODUÇÃO
Com a produção em larga escala deste cultivar, abre-se portas para oportunidades
significativas relacionadas aos produtos e subprodutos derivados desse cultivo. No entanto,
após a extração do caldo da cana, costuma-se permanecer um considerável resíduo,
representando cerca de 30% da massa total da planta, conhecido como bagaço. Com esse
contexto em mente, o presente trabalho tem como objetivo geral explorar a aplicação do
bagaço de cana como um valioso adubo orgânico. Para alcançar essa meta, o estudo desdobra-
se em objetivos específicos essenciais: a) investigar os métodos de utilização do bagaço de
cana pelas grandes usinas; b) analisar o processo de produção e desenvolvimento do adubo
orgânico a partir do bagaço; c) discutir a importância e as múltiplas aplicações do adubo
orgânico proveniente da cana-de-açúcar nos contextos atuais.
Portanto, este estudo adota uma abordagem qualitativa de natureza exploratória, com
foco na análise do cultivo da cana-de-açúcar e na avaliação das possibilidades de reciclagem
do bagaço como adubo orgânico. Para alcançar esse objetivo, utilizaremos a metodologia de
revisão bibliográfica, permitindo-nos abordar de maneira abrangente e responsável as diversas
maneiras pelas quais a cana-de-açúcar pode ser aproveitada de forma sustentável e consciente,
visando a sua utilização integral.
4
2. DESENVOLVIMENTO
A produção em grande escala da cana está atrelada ao fato dela ser matéria-prima de
produtos essenciais, como o açúcar, em que a produção global de 2022/23 atingiu 179
milhões de toneladas (VIDAL, 2023), e o etanol, na qual a Organização Internacional do
Açúcar apontou uma produção aproximada de 111,8 bilhões de litros em 2023/24 (UDOP,
2023). Além disso, da cana-de-açúcar pode-se aproveitar praticamente tudo, pois também se
utiliza os subprodutos e resíduos na alimentação humana e animal, na fertilização de solos e
na cogeração de energia. Dentre os subprodutos e resíduos, destacam-se o bagaço, a vinhaça
(também chamado de vinhoto ou restilo), a torta de filtro e a levedura (RICARDO, 2022).
Foi a crise energética, que ocorreu no início da década de 1970 que ampliou a
produção de cana-de-açúcar para outras áreas do Brasil. Em 1975 o estabelecimento do
PROÁLCOOL – programa do governo de estímulo à produção de etanol como alternativa à
gasolina – impulsionou o crescimento das novas regiões produtivas (FIGUEIREDO, 2016)
Com a expansão da produção agrícola da cana para o Paraná, Mato Grosso, Goiás e
Mato Grosso do Sul, o Brasil deixou de fabricar 300 milhões de litros de etanol para superar a
quantidade de 11 bilhões de litros do biocombustível (AONO, 2021)
A cana-de-açúcar, teve sua origem na Nova Guiné e através dos séculos foi se
espalhando pela Ásia. Chegou à Índia uns dois mil anos antes de Cristo e foram os gregos que
levaram a planta para a Europa (BOLOGNINI, 2010).
O principal fato da sua disseminação foi a existência de um vegetal que “dava mel”
sem precisar de abelhas. Nessa movimentação os árabes levaram a planta da Pérsia para as
costas africanas do Mediterrâneo, passando também pelo sul da Espanha, de onde os
portugueses levaram para a Ilha da Madeira, assim como é exposto por S. D’AGOSTINI,
M.M. REBOUÇAS, A. BATISTA FILHO, N.VITIELLO no artigo de Desenvoltura e
História da Cana de Açúcar em 2010
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criação de mais de 800 mil empregos. O diretor revela que o setor açúcar-alcooleiro possui
salários superiores à média nacional e o grau de formalização dos empregos supera a média
do agronegócio (JORNALCANA, 2019).
Este coproduto fibroso é obtido por meio da moagem da cana-de-açúcar e devido à sua
consolidação na indústria brasileira possui um alto valor. Em termos de produção, esta é de
aproximadamente 280 kg de bagaço para cada tonelada de cana-de-açúcar processada,
tornando-o uma fonte abundante (ANDRADE, 2015).
sustentável de obter a energia elétrica, o que se configura como uma das principais funções do
bagaço de cana (CORREA NETO, 2001)
Na parte que serve de alimento de gado, ele è uma alimentação rica em fibras para
animais em situação de confinamento, apesar de não ser nutritivo, esse produto gera bastante
volume para os alimentos e é uma excelente fonte fibrosa nas dietas. Quanto ao uso bovino, é
ótimo para a produção de saliva e isso contribui para o pH ruminal. Pode compor de 10 a 20%
da alimentação, junto a insumos energéticos e altamente nutritivos para completar a
alimentação adequada (MARQUES, 2022).
Outra maneira è utilizar como cimento, em que o resíduo da biomassa è destinada para
substituir o uso dele. Esse material é capaz de compor tijolos resistentes e com um excelente
custo-benefício. Esse reaproveitamento impulsiona a economia de diversas regiões do Brasil,
em especial, por conta de seu preço mais acessível do que outros tipos de cimento e
resistência eficiente para a construção de residências. É uma excelente opção para construir
imóveis em áreas menos desenvolvidas economicamente (LOPES, 2014)
Composto de Bagaço de Cana: O bagaço de cana pode ser utilizado como material
carbonáceo na compostagem. Misturado com outros resíduos orgânicos, como restos de
alimentos, cascas de frutas e vegetais, ele pode ser transformado em um composto rico em
nutrientes. Esse composto pode ser usado como adubo orgânico para enriquecer o solo,
melhorando a sua estrutura e sua capacidade de retenção de água, promovendo, assim, um
ambiente propício ao crescimento das plantas. Além disso, a compostagem reduz
significativamente o volume de resíduos, o que por sua vez, contribui para a redução dos
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Adubo Verde: O bagaço de cana pode ser usado como cobertura morta no solo, ajudando a
melhorar a retenção de umidade e prevenir a erosão. Com o tempo, o bagaço de cana se
decompõe e libera nutrientes no solo (FORMENTINI, 2019).
Bagaço de Cana como Fonte de Nutrientes: Além disso, o próprio bagaço de cana contém
nutrientes como potássio e fósforo. Ele pode ser moído e usado diretamente como um
fertilizante de liberação lenta. No entanto, devido à sua natureza fibrosa é melhor triturá-lo ou
processá-lo de alguma forma para facilitar a liberação de nutrientes (CRUZ, 2017)
Porém ressalta-se que a utilização do bagaço de cana como adubo é importante seguir
práticas de compostagem adequadas para garantir a segurança e a eficiência do bagaço de
cana. E também, optar pela melhor forma de adubo ou fertilizante orgânico que são
convenientes a cada situação.
É crucial ressaltar que o adubo de bagaço de cana é uma rica fonte de matéria orgânica
e nutrientes, como nitrogênio e carbono, podendo contribuir significativamente para a
melhoria da fertilidade do solo. No entanto, é de suma importância usá-lo com discernimento
e em conjunto com outras técnicas de manejo do solo, afim de evitar possíveis excessos de
nutrientes e desequilíbrios no solo (MARQUES, 2022)
3 METODOLOGIA
Para a realização deste estudo, foram adotadas pesquisas em diversas fontes, como
Google Acadêmico, livros, monografias e sites especializados, com uma ênfase particular em
portais relacionados ao cultivo e manejo da cana-de-açúcar, como AGROMOVE, UNICA,
CONAB, EMBRAPA e UDOP. Os materiais escolhidos para análise abrangem um período
que vai de 1986 a 2023 e estão disponíveis tanto em inglês quanto em português.
Essa estratégia de busca permitiu uma ampla gama de referências que atendesse aos
critérios pré-estabelecidos. É importante mencionar que as seleções das fontes foram
minuciosas, voltadas para fontes confiáveis e atualizadas para embasar a revisão bibliográfica
deste trabalho.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se que, dada a relevância da cana-de-açúcar como uma das culturas mais
amplamente cultivadas em todo o mundo, é imperativo adotar uma abordagem de
sustentabilidade para lidar com os produtos e subprodutos que frequentemente acarretam
impactos ambientais significativos. É fundamental explorar alternativas além dos métodos
convencionais empregados pelas agroindústrias na gestão de subprodutos como o bagaço.
Nesse contexto, a utilização do bagaço como adubo se destaca como uma solução mais
econômica, prática e ambientalmente amigável. Não apenas reduz os custos, mas também
promove a reciclagem e considera o futuro das plantações de cana-de-açúcar.
REFERÊNCIAS
AONO, ALEXANDRE HILD ; Pimenta, Ricardo José Gonzaga ; Garcia, Ana Letycia Basso ;
Correr, Fernando Henrique ; Hosaka, Guilherme Kenichi ; Carrasco, Marishani Marin ;
Cardoso-Silva, Cláudio Benício ; Mancini, Melina Cristina ; Sforça, Danilo Augusto ; Dos
Santos, Lucas Borges ; Nagai, James Shiniti ; Pinto, Luciana Rossini ; Landell, Marcos
Guimarães De Andrade ; Carneiro, Monalisa Sampaio ; Balsalobre, Thiago Willian ; Quiles,
Marcos Gonçalves ; Pereira, Welison Andrade ; Margarido, Gabriel Rodrigues Alves ; De
Souza, Anete Pereira. The Wild Sugarcane and Sorghum Kinomes: Insights Into Expansion,
Diversification, and Expression Patterns. Frontiers in Plant Science. v. 12, p. 668623-668623,
issn: 1664-462X, 202
BOLOGNINI, D.S. O ponto do doce. São Paulo: Biblioteca Online Kindle, AMAZON, 2010.
128p
CRUZ, André Camargo; Pereira, Felipe dos Santos; Figueiredo, Vinicius Samu de.
Fertilizantes organominerais de resíduos do agronegócio: avaliação do potencial econômico
brasileiro. 2017
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PAIVA, Rafael Piatti Oititica de; MORABITO, Reinaldo. Um modelo de otimização para o
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PRIMO, D. A., Silva, k. C., Ramari, T. O. I. & Ribeiro, R. M., & Gasparotto, F. (2015).
Caracterização do setor sucroalcooleiro no Brasil: produção, produtividade e subprodutos.
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eletrônico Maringá: UniCesumar. p. 4-8
SCHLESINGER, S.; Laschefski, K.; Assis, W. F. T.; Rodrigues, D.; Ortiz, L. - Agronegócio
+ Agroenergia – Impactos cumulativos e tendências territoriais da expansão das
monoculturas para a produção de bioenergia.- Disponível em:
www.fboms.org/files/agronegocioagroenergia.pdf. Acesso em:19/09/2023
SILVA, DLG.; Batisti, Dls; Giacomelli Ferreira, Mj; Merlini, F. B.; Camargo, R.B.; Barros,
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