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TOLEDO - PR
2022
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Sumário
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3
1.1 GENERALIDADES.................................................................................... 3
1.2 Importância nutricional do leite.................................................................. 3
1.3 Processo Produtivo ................................................................................... 4
2. OPORTUNIDADE E JUSTIFICATIVA DO PROJETO .................................... 6
3. OBJETIVOS ................................................................................................... 6
4. ESTUDO DE MERCADO ............................................................................... 7
4.1 Mercado fornecedor. ................................................................................. 7
4.2 Mercado consumidor................................................................................. 9
4.3 Mercado concorrente. ............................................................................... 9
4.4 Mercado substituto. ................................................................................. 10
5. DIAGRAMA DE FLUXO ............................................................................... 11
6. BALANÇOS DE MASSA E ENERGIA .......................................................... 14
6.1 Balanço de massa global ........................................................................ 14
6.2 Balanço de massa na recepção .............................................................. 15
6.3 Balanço de massa no tanque .................................................................. 16
6.4 Balanço de massa no clarificador ........................................................... 16
6.5 Balanço de massa no pasteurizador ....................................................... 16
6.6 Balanço de massa no spray dryer ........................................................... 16
6.7 Balanço de massa nas etapas de finalização e armazenamento............ 17
6.8 Balanço de energia ................................................................................. 17
7. DIMENSIONAMENTO .................................................................................. 19
7.1 Tanque Pulmão ....................................................................................... 19
7.2 Bomba..................................................................................................... 19
7.3 Pasteurizador .......................................................................................... 20
7.4 Spray Dryer ............................................................................................. 21
7.5 Clarificador/Padronização ....................................................................... 22
8. EDIFICAÇÃO ............................................................................................... 22
8.1 Tamanho da edificação industrial............................................................ 23
8.2 Projeto da edificação em três dimensões. .............................................. 25
8.3 Projeto das instalações elétricas. ............................................................ 26
8.4 Projeto Hidráulico .................................................................................... 27
8.5 Projeto de prevenção de incêndios ......................................................... 28
9. OTIMIZAÇÃO ............................................................................................... 29
1
9.1 Otimização de Equipamentos – Bomba .................................................. 29
9.2 Otimização de Equipamentos – Tanque Pulmão .................................... 31
9.3 Otimização de Equipamentos – Spray Dryer .......................................... 32
9.4 Otimização de Equipamentos – Pasteurizador ....................................... 34
10. PLANILHAS................................................................................................ 35
11. ESTIMATIVA DE CUSTOS ........................................................................ 37
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 40
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1.INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDADES
Historicamente, o consumo de leite animal por seres humanos teve origem
no Oriente Médio, no período neolítico, fase evolutiva em que o homem pré-
histórico abandonava a vida nômade para ingressar no sedentarismo, com o
cultivo de alimentos vegetais e na criação e domesticação de animais, sendo a
vaca o primeiro animal domesticado, seguido pela cabra, na mesma época, e a
ovelha, aproximadamente 9 000 a 8 000 A.C (TEIXEIRA, 2005).
3
Em termos nutricionais, podemos avaliar o leite como um alimento completo
e complexo, uma vez que em sua composição existe água, gordura, proteínas,
carboidratos e sais minerais, os quais são assim distribuídos quantitativamente
na figura a seguir:
4
o alimento é processado termicamente, ele se torna mais seguro do que a
versão in natura. Assim sendo, o leite pasteurizado é um desses alimentos e vem
apresentando aumento no consumo, uma vez que passa apenas pelo processo
de pasteurização, com uso de temperaturas mais brandas; quando comparado
ao leite submetido a Ultra High Temperature (UHT), popularmente conhecido
como “leite de caixinha”, o processo UHT apresenta um custo de produção mais
elevado em relação à pasteurização e maior complexidade da planta de
produção, entretanto os benefícios do processamento UHT, referentes ao
aumento da estabilidade do produto e possibilidade de armazenamento em
temperatura ambiente garantiram a sua consolidação no mercado e a elevada
adesão dos consumidores (PEREDA, 2005; CANAL RURAL, 2018).
5
Fonte: TREVISAN, 2008.
3. OBJETIVOS
6
4. ESTUDO DE MERCADO
7
(IBGE).
8
4.2 Mercado consumidor.
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no último levantamento) e o Rio Grande do Sul, com 7. No Nordeste, 7 fazendas
estão presentes (3 a mais que no ano passado), sendo representado pelo Ceará
e Bahia e, nesse ano, com a contribuição inédita de Alagoas.
Por não ser de origem animal, os leites vegetais também são livres de
colesterol e o baixo índice glicêmico (o açúcar leva mais tempo para chegar ao
sangue) evita os picos de glicose e o desenvolvimento da diabetes tipo 2. Isso
além de promover uma maior saciedade, o que é benéfico para a perda de peso.
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5. DIAGRAMA DE FLUXO
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Figura 09. Fluxograma da produção de leite em pó.
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Inicialmente o leite necessita ser captado nas condições ideais de
higienização e qualidade. São realizadas inúmeras analises para começar o
processamento, sendo uma delas a análise sensorial, onde é verificado o sabor,
aroma e cor. É realizado também uma análise físico química, para a
determinação da acidez, sendo esse um fator muito importante.
Após ser estocado o leite é submetido a uma clarificação, para que sejam
retiradas impurezas menores, por meio de métodos mecânicos de força
centrífuga. Para a fabricação de leite em pó essa etapa pode ocorrer com filtros
de nylon ou com desnatadeira. A padronização do leite para que haja
uniformização é feita nessa etapa, para isso é realizado um controle do teor de
gordura presente, levando em consideração que a legislação brasileira
determina que o mínimo de gordura no leite em pó integral deve ser de 26%, de
1,5 a 25,9% no semidesnatado e um máximo de 1,5% de gordura no leite em pó
desnatado.
Na etapa da pasteurização é feita a redução da carga microbiana
patogênica, inativação de enzimas e formação de compostos antioxidantes,
aumentando assim a sua durabilidade. E após o tratamento térmico, o leite deve
ser submetido ao resfriamento rápido até 4°C, ser envasado em circuito fechado
e transportado a temperatura de 4°C para alcançar os pontos de venda com
temperatura não superior a 7°C de acordo com a legislação.
São realizados dois testes durante a pasteurização, utilizando suas
enzimas. A Peroxidase é uma enzima presente naturalmente no leite. A
Peroxidase é inativada se o leite for aquecido a 85ºC por alguns segundos. Este
teste avalia a eficiência do processo de pasteurização. Imediatamente após a
pasteurização o produto processado deve apresentar teste positivo para a
Peroxidase. A Fostafase Alcalina é uma enzima encontrada naturalmente no
leite cru. Com o processo de pasteurização, a enzima é inativada. Sua
determinação permite avaliar a eficiência do processo de pasteurização. Após a
pasteurização, o leite deve apresentar teste qualitativo negativo para Fosfatase
Alcalina.
Agora a matéria prima já está preparada para passar pelo processo de
concentração, a mesma ocorre por meio da evaporação a vácuo realizada em
câmeras de pulverização (spray dryer), o permitido pela legislação é que seja
retirado no mínimo 96% de umidade, para que seja esteja nos padrões exigidos.
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Por fim, para a finalização do processamento do leite em pó é realizado o
armazenamento do produto, passa pelo estágio de rotulagem, encaixotamento
e armazenamento e expedição do produto acabado seguindo assim para as
prateleiras de mercado e prontos para comercialização.
E - S ± G/C = Ac (01)
𝑬 + 𝑬𝒁 + 𝑨 = 𝑺 + 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐 + 𝑹𝟑 + 𝑹𝟒 + 𝑹𝟓 + 𝑨 (02)
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6.2 Balanço de massa na recepção
Leite de Vaca:
Água:
Enzimas de pasteurização:
15
𝑦𝑏𝐵2 = 𝑦𝑏𝐺2 (07)
Pasteurizador:
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Spray Dryer: o leite perde umidade e se transforma no leite em pó.
𝑄1 = 𝑚. 𝐶𝑝. ∆𝑇 (13)
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kg kJ (14)
𝑄 = 162,02 ∗ 3,93 ∗ ((80 − 20) + 273,15)°𝐾
dia kg. °K
𝑄 = 2121,29 kJ/dia
kg kJ (15)
𝑄 = 161,96 ∗ 3,93 ∗ ((202 − 80) + 273,15)°𝐾
dia kg. °K
𝑄 = 2515,26 kJ/dia
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7. DIMENSIONAMENTO
7.2 Bomba
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O dimensionamento foi padronizado para todas as 4 bombas participantes
do processo total. A dimensão característica da bomba é a potência. A bomba é
utilizada para transportar fluidos que convertem energia cinética de rotação em
energia hidrodinâmica.
Para a determinação da potência da bomba partimos do seguinte balanço
de energia:
𝑃2
𝑑𝑃 ∆𝑣 2 (20)
∫ + + ∆𝑧 = ±𝐻𝑤 ± ℎ𝑓
𝑃1 𝛾 2. 𝑔
7.3 Pasteurizador
𝑄1 = 𝑚. 𝐶𝑝. ∆𝑇 (22)
20
Considera-se que o leite integral entre no pasteurizador a 20°C, com uma
vazão mássica de 162,02 kg/dia e possui um Cp de 3,93 kJ/kg.°K. A temperatura para
que o processo aconteça é de 80°C:
kg kJ (23)
𝑄 = 162,02 ∗ 3,93 ∗ ((80 − 20))°𝐶
dia kg. °K
𝑄 = 38204,316,29 kJ/dia
kg kJ (25)
𝑄 = 161,96 ∗ 3,93 ∗ ((202 − 80))°𝐶
dia kg. °K
𝑄 = 77653,34 kJ/dia
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Para o cálculo da área de troca térmica utilizamos a equação seguinte:
𝑄 = 𝑈. 𝐴. ∆𝑇 (26)
𝑘𝐽 1 𝑑𝑖𝑎 1𝐽 𝑊
77653,34 . . = 8,92. 10−8 2 . 𝐴. (80 − 20)°𝐶
𝑑𝑖𝑎 86400 𝑠 1000𝑘𝐽 𝑚 .𝐾
𝐴 =167,93 m2
7.5 Clarificador/Padronização
8. EDIFICAÇÃO
22
Associação Brasileira de Startups (ABStartups), a cidade concentra o maior
número de startups e novos empreendimentos no Brasil.
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Na área de produção existem a área de desembarque de matéria-prima e
insumos, recepção e armazenamento, preparação, processo principal,
finalização e acabamento, armazenamento. A produção é o setor que irá ocupar
mais espaço dentro da indústria. Além disso foi considerado uma margem de
segurança de 20% de área para os equipamentos para evitar que equipamentos
fiquem em contato uns com os outros.
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Figura 13. Planta da administração da indústria.
Fonte:https://aquiprojetos.com/planta-de-predio-duas-unidades-de-habitacao-i21b-1021780.html
25
Na planta deste trabalho, deve-se levar em conta a altura dos
equipamentos empregados, principalmente as dimensões do tanque pulmão, do
clarificador, pasteurizador e spray dryer. A tubulação também deve ser avaliada
no estudo em três dimensões, uma vez que a mesma não permanece todo o
percurso de transformação da matéria-prima fixo no chão.
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O projeto de instalações elétricas não é de responsabilidade do
engenheiro químico. O profissional mais capacitado para fazer tal
dimensionamento é o engenheiro elétrico.
27
Fonte: https://www.schedule.net.br/motivos-que-fazem-o-projeto-hidraulico-ser-indispensavel/
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9. OTIMIZAÇÃO
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𝐻𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 . 𝜌. 𝑔. 𝑄 (27)
𝑃𝑜𝑡 =
𝜂
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com o material da tubulação e KF é a razão entre os custos fixos anuais e o custo
inicial da tubulação dá instalada.
𝐶𝑇 = 𝐶𝑉 + 𝐶𝐹 (32)
Substituindo:
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𝐷2 𝑡𝑢 𝐷2 𝐵 (35)
𝐶𝑇 = ( 𝜋 ∗ ∗ 𝐻) ∗ 𝐶 ∗ + 𝐶𝐼 + (𝐻 ∗ 𝜋 ∗ ) ∗ 𝑁 ∗ ∗ 𝐶
4 𝑡 4 𝑡𝑒
𝐶𝑇 = 𝐶𝑉 + 𝐶𝐹 (37)
(38)
𝐶𝑇
𝐶𝑀𝑒 =
𝑄
O custo fixo médio (CFMe) é definido como o custo fixo total dividido pela
quantidade produzida, enquanto o custo variável médio (CVMe) é o custo
variável total dividido pela quantidade produzida.
32
(39)
𝐶𝑇 𝐶𝑉
𝐶𝐹𝑀𝑒 = 𝑒 𝐶𝑉𝑀𝑒 =
𝑄 𝑄
𝐶𝑀𝑒 = 𝐶𝐹𝑀𝑒 + 𝐶𝑉𝑀𝑒 (40)
Como o spray Dryer troca calor com o ambiente e visando uma redução
de custos, é possível se otimizar o isolante térmico, analisando o número de
camadas (N). Sabendo que o Custo fixo está em função do custo do material
(CS), área do material do trocador, custo de manutenção (CM), custo do material
isolante (CI), área do isolante (Ais) e tempo de vida útil do isolante (tu). E que os
custos variáveis estão em função do custo energético (CE), calor (Q) e tempo de
operação temos que:
𝐶𝑉 = 𝐶𝐸. 𝑄. 𝑡 (42)
𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 (43)
𝑄=
1 𝑒𝑠 1 𝑒𝑖. 𝑛 + 𝑒𝑖
+ + +
𝐴𝑖. ℎ𝑖 𝐴𝑖. 𝑘𝑠 𝐴𝑒. ℎ𝑒 𝐴𝑖𝑠. 𝑘𝑖
Sabendo que:
Substituindo temos
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𝑇𝑖 − 𝑇𝑒 (45)
𝑄=
1 𝑒𝑠 1 𝑒𝑖. 𝑛 + 𝑒𝑖
+ + +
𝐴𝑖. ℎ𝑖 𝐴𝑖. 𝑘𝑠 𝐴𝑒. ℎ𝑒 𝜋 ∗ (𝐷 + 𝑛. 𝑒𝑖 + 𝑒𝑖). 𝐿. 𝑘𝑖
𝑇𝑖 − 𝑇𝑒
𝐶𝑇(𝑁) = ( ) . 𝐶𝐸. 𝑡 (46)
1 𝑒𝑠 1 𝑒𝑖. 𝑛 + 𝑒𝑖
+ + +
𝐴𝑖. ℎ𝑖 𝐴𝑖. 𝑘𝑠 𝐴𝑒. ℎ𝑒 𝜋. (𝐷 + 𝑛. 𝑒𝑖 + 𝑒𝑖). 𝐿. 𝑘𝑖
(𝐶𝑆 ∗ 𝐴) 𝐶𝐼. 𝐴𝑖𝑠. 𝑁
+ + (𝐶𝑀) +
𝑡𝑠 𝑡𝑢
𝑑𝐶𝑇 (47)
=0
𝑑𝑁
𝐶𝐹𝑇 (48)
𝑞= =0
𝑃𝑢 − 𝐶𝑉𝑢
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𝐶𝐹𝑇 (49)
𝑃𝑢 = + 𝐶𝑉𝑢
𝑞
(50)
𝐶𝐹𝑇
𝐶𝑢𝑃𝑉 = + 𝐶𝑉𝑢
𝑞
10. PLANILHAS
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Figura 19. Relatório Bomba.
Fonte: Timmerhaus, 1991 (modelo modificado).
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Figura 21. Relatório Pasteurizador.
Fonte: Timmerhaus, 1991 (modelo modificado).
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Em primeiro momento são calculados os custos totais do investimento, desde
todas as etapas produtivas, até mesmo em áreas de administração, refeitório,
para que assim possamos ter uma visão completa do capital investido, de acordo
com a figura a seguir:
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O próximo passo para a análise econômica e financeira é determinar o Preço
de Venda/Comercialização, para todos os cenários possíveis (otimista, realista
e pessimista), para que com o nosso valor do investimento líquido inicial (ILI),
previamente determinado com as tabelas acima, possamos encontrar o Preço
Unitário de Produção (Cup), que relaciona os custos fixos e variáveis. Dessa
foram encontrados os seguintes parâmetros:
Figura 25. Investimento Líquido Inicial, Custo Unitário de Produção e Preço de Venda.
Fonte. Autoria Própria.
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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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