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1. CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................4
2. REVISÃO DE BIBLIOGRÁFICA......................................................................................5
2.3. Homogeneização..........................................................................................................5
2.4. Pasteurização................................................................................................................5
2.4.1. Arrefecimento.......................................................................................................6
2.5.1. Incubação/fermentação.........................................................................................6
2.5.2. Arrefecimento.......................................................................................................6
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.....................................................................................8
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1. CONTEXTUALIZAÇÃO
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2. REVISÃO DE BIBLIOGRÁFICA
Com certeza, o iogurte é um produto lácteo muito especial, pois resulta da fermentação do
leite por culturas simbióticas de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus termophillus. Essas
bactérias conferem ao iogurte suas características ácidas, além de contribuírem para seu
aroma característico. O fato de ser considerado um "produto vivo", contendo até 5 bilhões de
células por grama, ressalta a importância do iogurte como uma fonte potencial de probióticos
benéficos para a saúde intestinal.
A padronização dos teores de lipídios e proteínas, como destacado por Weerathilake et al.
(2014) e Corrieu & Béal (2016), é um passo crucial no processo de fabricação do iogurte. A
padronização do teor de lipídios envolve a remoção da gordura, geralmente por centrifugação
a 55°C, seguida pela adição controlada de gordura até atingir uma concentração não superior
a 15%. Por sua vez, a padronização das proteínas normalmente compreende a adição de leite
em pó até alcançar uma concentração não superior a 2,7%. Essa etapa de padronização é
fundamental para garantir a consistência e a qualidade desejadas no produto final. Ela permite
que os fabricantes controlem e ajustem os níveis de gordura e proteína para atender às
especificações do tipo de iogurte que estão produzindo, resultando em produtos finais mais
uniformes e consistentes em termos de sabor, textura e nutrição.
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2.3. Homogeneização
Conforme destacado por Sfakianakis & Tzia (2014), os glóbulos de lipídios no leite têm a
tendência de colidir entre si devido à partilha de membrana ou ao princípio de Laplace, que
estabelece que a pressão é maior dentro de glóbulos menores do que dentro dos maiores. Esse
fenômeno resulta na ascensão dos lipídios do leite à sua superfície, levando à separação do
soro. Para evitar esse processo, é essencial realizar a homogeneização do leite. A
homogeneização é um passo fundamental no processo de fabricação do iogurte, pois ajuda a
prevenir a separação dos lipídios e do soro, resultando em uma distribuição mais uniforme dos
lipídios e evitando a formação de nata na superfície do iogurte. Dessa forma, a
homogeneização contribui para a consistência e a qualidade desejadas no produto final,
garantindo uma experiência sensorial mais agradável para o consumidor.
2.4. Pasteurização
2.4.1. Arrefecimento
Após a pasteurização do leite, de acordo com Weerathilake et al. (2014), o próximo passo
é o arrefecimento do leite até atingir a temperatura de incubação, geralmente entre 42°C e
45°C. Esse arrefecimento controlado é essencial para preparar o ambiente ideal para a etapa
de incubação, na qual as culturas bacterianas responsáveis pela fermentação do iogurte serão
adicionadas. Manter o leite na faixa de temperatura adequada é crucial para garantir o
desenvolvimento ideal das culturas bacterianas e promover a fermentação adequada,
resultando no sabor e na textura desejados para o iogurte. Portanto, esse arrefecimento
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controlado é um passo crítico no processo de fabricação do iogurte, contribuindo para a
qualidade e características sensoriais do produto final.
Weerathilake et al. (2014) menciona que a cultura iniciadora comum para fabricar iogurte
consiste em uma mistura de Streptococcus thermophilus e Lactobacillus delbrueckii subsp.
bulgaricus, na proporção de 1:1. Essas bactérias desempenham papéis cruciais na fermentação
do leite, com o Streptococcus thermophilus acidificando o leite para criar um ambiente
propício ao crescimento do Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus, que contribui para o
sabor e a textura do iogurte. A combinação equilibrada dessas culturas é essencial para
assegurar a fermentação adequada e a qualidade consistente do iogurte.
2.5.1. Incubação/fermentação
De acordo com Weerathilake et al. (2014) e Mchiouer & Meziane (2017), a temperatura
durante a etapa de incubação e fermentação do iogurte é crucial, sendo recomendada entre
43°C e 45°C. Manter essa temperatura é essencial para o desenvolvimento adequado das
culturas bacterianas, como o Streptococcus thermophilus e o Lactobacillus delbrueckii subsp.
bulgaricus. Essas bactérias desempenham papéis específicos na fermentação do leite para
produzir iogurte, e a temperatura ideal permite que realizem suas funções de forma eficaz,
influenciando diretamente as características finais do produto.
2.5.2. Arrefecimento
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Receção do Leite
Pré-tratamento do leite
Homogeneização (entre
55 a 65 ℃)
(entre 15 a 20 MPa)
Pasteorização (entre 80
a 85 ℃ durante 30min
ou entre 90 a 95 ℃
durante 5min)
Arrefecimento até à
temperatura inicadora
(entre 2 a 3%)
Incubação/Fermentação Incubação/Fermentação
Enchimento em
em tanque (entre 43 a em tanque (entre 43 a
embalagens individuais
45 ℃) 45 ℃)
Arrefecimento (entre 0
Iogurte Líquido
a 4 ℃)
Iogurte batido
Figura 1: Processo de fabrico do iogurte sólido, batido e líquido, de acordo com a Fabrica de viii
Iogurte RR. (2022).
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Oliveira, T., Pante, G., Tosoni, N., Sereia, M., & Júnior, B. (2015). Caracterização e aplicação
da polpa de mirtilo (Vaccinium sp.) in natura e em pó em frozen yogurt. Brazilian
Journal of Food Research, (6), 23 – 31;
Sfakianakis, P., & Tzia, C. (2014). Conventional and Innovative Processing of Milk for
Yogurt Manufacture. Development of Texture and Flavor: A Review. Journal Foods,
(3), 176 – 193;
Walstra, P., Wouters, J., & Geurts, T. (2006). Dairy Science and Technology, In Taylor &
Francis. Boca Raton: London, New York
Weerathilake, W., Rasika, D., Ruwanmali, J., & Munasinghe, M. (2014). The evolution,
processing, varieties and health benefits of yogurt. International Journal of Scientific
and Research Publications, (4), 1 – 10;
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