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Vacas Leiteiras
1. LISTA DE TABELAS...................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
2. MANEJO DE VACAS EM LACTAÇÃO ........................................................................................... 5
2.1. REALIZAÇÃO CORRETA DE DUAS ORDENHAS, NO MÍNIMO................................. 5
2.2. ESPAÇAMENTO DE COCHO .................................................................................. 6
2.3. PRESENÇA DE SOMBRA ........................................................................................ 6
2.4. TAMANHO E POSICIONAMENTO DA FONTE DE ÁGUA ........................................ 6
2.5. DIVISÃO DE LOTES DE ACORDO COM A PRODUÇÃO ........................................... 7
2.6. FRACIONAMENTO DA ALIMENTAÇÃO NO DECORRER DO DIA ............................ 7
2.5. REALIZAÇÃO DE DIETA TOTAL .............................................................................. 7
3. REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS DE VACAS EM LACTAÇÃO .................................................... 8
3.1.REQUERIMENTO EM ÁGUA ................................................................................... 8
3.2. REQUERIMENTOS EM ENERGIA ........................................................................... 8
3.3. REQUERIMENTOS EM PROTEÍNA ......................................................................... 9
3.4. REQUERIMENTOS EM MINERAIS.......................................................................... 9
4. BALANCEAMENTO DE DIETAS PARA VACAS LEITEIRAS ............................................................. 9
4.1. PRIMEIRA ETAPA - CÁLCULO DAS EXIGÊNCIAS PARA MANUTENÇÃO E
PRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
4.2. SEGUNDA ETAPA – ESTIMATIVA DE CONSUMO E COMPOSIÇÃO DO
VOLUMOSO ............................................................................................................... 10
4.3. TERCEIRA ETAPA – CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CONCENTRADO REQUERIDA
PARA SUPRIR AS EXIGÊNCIAS .................................................................................... 11
5. EXEMPLOS PRÁTICOS DE FORMULAÇÃO DE DIETAS ............................................................... 12
5.1. EXEMPLO PRÁTICO 1 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO CAPIM TROPICAL DE
MÉDIA QUALIDADE ................................................................................................... 12
5.2. EXEMPLO PRÁTICO 2 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO CAPIM TROPICAL DE
ALTA QUALIDADE ...................................................................................................... 13
5.3. EXEMPLO PRÁTICO 3 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO CAPIM TROPICAL DE
BAIXA QUALIDADE..................................................................................................... 13
5.4. EXEMPLO PRÁTICO 4 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO CANA DE AÇÚCAR
MOÍDA ....................................................................................................................... 14
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5.5. EXEMPLO PRÁTICO 5 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO SILAGEM DE MILHO ... 15
5.6. EXEMPLO PRÁTICO 6 – BALANCEAMENTO SILAGEM DE SORGO........................ 15
5.7. EXEMPLO PRÁTICO 7 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO SILAGEM DE CAPIM
TROPICAL ................................................................................................................... 16
5.8. EXEMPLO PRÁTICO 8 – BALANCEAMENTO UTILIZANDO SILAGEM DE CANA DE
AÇÚCAR MOÍDA ........................................................................................................ 16
6. MANEJO E ALIMENTAÇÃO DE VACAS SECAS ........................................................................... 17
6.1. PRIMEIRA FASE DO PERÍODO SECO ................................................................... 18
6.2. SEGUNDA FASE DO PERÍODO SECO: PRÉ - PARTO ............................................ 18
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 18
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LISTA DE TABELAS
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Introdução
O simples manejo de alterar de uma única ordenha diária para duas ordenhas
pode resultar em um aumento de até 40% na produção de leite por cada vaca/dia.
Esse incremento de produção é maior que qualquer outra prática de manejo adotada
individualmente e deve ser o primeiro fator de manejo a ser identificado e
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recomendado para o sucesso da dieta. O ideal é que o intervalo entre a ordenha da
manhã e da tarde seja de 10 a 12 horas.
A ordenha deve ser realizada de forma calma, sendo inaceitável que na
condução dos animais haja a necessidade de gritos, utilização de cães ou instrumentos
que possam causar estresse às vacas, tais como cordas ou ferrões. O estresse provoca
retenção de leite por parte das vacas e uma redução da docilidade dos animais, o que
prejudica o manejo.
Outro detalhe importante a ser observado em relação à ordenha de vacas
leiteiras é a correta operação e manutenção da ordenhadeira mecânica, sendo muito
comum observar propriedades que não realizam a manutenção e higienização
adequadas desse equipamento. Isso muitas vezes ocasiona redução na produção
leiteiras pelos animais e elevação dos riscos de mastite, além de redução na qualidade
do leite produzido.
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em água por dia. Os bebedouros devem sempre ser posicionados nas áreas de
descansos dos piquetes de pastejo durante a época chuvosa do ano e com um
tamanho linear mínimo de 10 cm por animal. Durante a época seca do ano, quando os
animais recebem alimentação em cochos, os bebedouros não devem se situar em uma
distância superior a 15 metros do cocho de trato.
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procedimento permite que as vacas consumam porções de mistura com composição
muito semelhante ao longo do dia, maximizando o aproveitamento da dieta.
Água é o alimento mais limitante para a produção de leite e seu consumo por
cada animal não é corretamente calculado na maioria das propriedades do Sudoeste
Goiano. Comumente são observadas condições nas propriedades que não possibilitam
o consumo adequado de água pelas vacas leiteiras e, portanto, há uma limitação muito
grande na produção. O fornecimento de água via represas ou córregos ainda é
realizado em muitas propriedades, mas é desaconselhado, pois a água fria limita o
consumo assim como a distância requerida para o deslocamento dos animais. O ideal é
que água limpa seja oferecida através de bebedouros artificiais com tamanho linear
mínimo de 10 cm por animal, situados próximos à área de alimentação ou em áreas de
descanso em piquetes. É necessário compreender que o consumo de água varia muito
em função da temperatura ambiente, umidade do ar e presença adequada de sombra.
Devemos esperar um consumo de aproximadamente 3,5 litros de água para
cada litro de leite produzido. Em condições de temperatura mais amena o consumo
pode ser menor, mas oferecer uma disponibilidade menor de água pode limitar a
produção leiteira em dias mais quentes.
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Digestíveis Totais (NDT) presentes nos alimentos disponíveis na propriedade, obtidos
através de análises bromatológicas e o requerimento para a manutenção e produção
de leite já conhecidos nas vacas leiteiras.
Para a manutenção, a vaca de leite necessita de 800 gramas de NDT para cada
100 quilos de peso vivo.
Para produção de um leite com 4% de gordura, a vaca leiteira necessita de 333
gramas de NDT para cada litro de leite.
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4- Balanceamento da dieta para vacas leiteiras
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Tabela 1 – Composição bromatológica média dos principais volumosos encontrados
nas propriedades leiteiras e estimativa média de consumo diário em matéria natural
(MN) e matéria seca (MS) por vacas de 450 kg de PV em condições adequadas de
manejo.
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Tabela 2 – Composição bromatológica média dos principais alimentos concentrados
encontrados nas propriedades leiteiras. Os dados de PB, NDT, Ca e P estão calculados
em relação à Matéria Seca (MS) do alimento e não à matéria natural (MN).
Alimento % MS % PB % NDT % Ca %P
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Nutrientes em falta: 0,93 kg de PB e 3,8 kg de NDT
Quantidade de concentrado requerida: aproximadamente 5,5 kg de
matéria natural de uma ração com 20% de PB, o que é equivalente a
4,95 kg de matéria seca de ração. Se for utilizada uma ração comercial
com mais proteína, é arriscado ocorrer excedente de PB, o que é
prejudicial ao animal. O concentrado pode ser fornecido durante as
ordenhas ou em cochos próprios após as ordenhas da manhã e da
tarde.
Essa dieta é muito comum durante o período chuvoso do ano e, para que se
obtenha a produção leiteira desejada, deve-se assegurar que haja água e sombra à
disposição, bem como que o consumo e composição do volumoso sejam os descritos
acima. Esses detalhes devem ser analisados em visita à propriedade.
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5.3. Exemplo prático 3 – Balanceamento utilizando capim tropical de baixa qualidade
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a proteína do volumoso, que é muito baixa. Para corrigir os Macro e
Microminerais da cana de açúcar, recomenda-se misturar
adicionalmente 100 g de um suplemento mineral pronto para uso no
volumoso moído.
Essa é uma situação muito comum durante o período seco do ano na maioria
das propriedades leiteiras. A cana de açúcar é um volumoso com composição em PB
muito baixa, mas com bom teor de NDT. Recomenda-se, para que se atinja o consumo
de volumoso esperado, que o trato seja dividido no mínimo três vezes ao dia, sendo
que a cana de açúcar moída, a ração, o farelo de soja e o sal mineral devem ser
misturados todos juntos no cocho em estilo Dieta Total. Para correção da PB da cana
de açúcar moída é muito comum observar-se o uso de uréia, mas os resultados obtidos
com formulação para vacas em lactação são inferiores aos observados quando se usa o
farelo de soja sendo que o custo da dieta utilizando-se a uréia é apenas 2 a 3% inferior
àquela na qual se utiliza o farelo de soja.
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5.6. Exemplo prático 6 – Balanceamento utilizando silagem de sorgo
A silagem de capim tropical apresenta-se como uma das alternativas mais caras
de volumoso para seca disponíveis em propriedades. Isso ocorre devido à grande área
requerida para a produção de uma quantidade satisfatória desse volumoso e sua
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composição nutricional, que é inferior a outros alimentos. Em média, as dietas
balanceadas em que a principal fonte de volumoso é a silagem de capim tropical, ficam
mais caras que quando se utiliza cana de açúcar moída ou silagem de sorgo.
A silagem de cana de açúcar moída tem se apresentado cada vez mais como
uma opção de volumoso para o período seco do ano em virtude da redução da mão de
obra necessária para a colheita da cana quando esta é moída diariamente. Em grandes
rebanhos, a utilização de silagem de cana pode minimizar problemas de colheita, pois
reduz a necessidade de mão de obra. Os custos desse volumoso são mais elevados que
a colheita diária da cana, quando esta é realizada com equipamento mecanizado, mas
seu balanceamento correto permite resultados satisfatórios em vacas de produção
leiteira de até 25 litros/dia.
Recomenda-se, para que se atinja o consumo de volumoso esperado, que o
trato seja dividido no mínimo três vezes ao dia, sendo que a silagem de cana de açúcar
moída, a ração, o farelo de soja e o sal mineral devem ser misturados todos juntos no
cocho em estilo Dieta Total.
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6- Manejo e alimentação de vacas secas
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Nesse período deve-se impedir o consumo de suplementos minerais para
minimizar o risco de edema de úbere, de eclampsia e outros problemas metabólicos.
Recomenda-se balancear uma dieta suficiente para manutenção da condição
corporal e fornecer aos animais 2-4 kg de concentrado contendo no mínimo 18% de PB
e 73% de NDT e núcleo pré parto, visando adaptar os animais à dieta que serão
submetidos durante a lactação e evitando os problemas metabólicos típicos dessa
fase. Vacas mais produtivas (>25 kg de leite por dia) necessitam de uma formulação
similar, mas com núcleo Aniônico.
7- Considerações finais
Neste material não estão enumerados todos os detalhes necessários para que
vacas leiteiras possam ser alimentadas corretamente e gerar renda ao produtor.
Entretanto, estas informações podem ser utilizadas pelo nutricionista como ponto de
partida para discussões acerca das condições de manejo e fornecimento da
alimentação em grande parte das propriedades leiteiras no Sudoeste Goiano e, desde
que corretamente utilizadas, podem resultar em benefícios satisfatórios em curto
período de tempo com baixo custo de implantação.
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