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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 04
1. O QUE É ENSILAGEM?................................................................................................... 05
5. PONTO DE COLHEITA.................................................................................................... 18
5.1 MILHO................................................................................................................. 19
5.2 SORGO................................................................................................................ 21
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6. ASPECTOS MECÂNICOS................................................................................................. 26
7. VEDAÇÃO................................................................................................ ...................... 40
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Introdução
INTRODUÇÃO
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Introdução
1 O QUE É ENSILAGEM
A ensilagem é um método de produção de alimentação animal no qual ocorre
a fermentação láctica da matéria vegetal, o que causa a diminuição do pH até
valores inferiores a 5. A acidificação e a anaerobiose interrompem o processo
de degradação da matéria orgânica, que fica conservada e retém as qualidades
nutritivas do material original melhor que o feno.
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Introdução
A IMPORTÂNCIA DO
2 VOLUMOSO NA NUTRIÇÃO
ANIMAL
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Assim pode haver um animal em que essa solução ideal tenha 10% de
concentrados na dieta e outro em que essa solução tenha 50% de concentrado
na dieta. Ambos podem estar corretamente balanceados mas não se pode
dizer qual é o melhor animal, sob o ponto de vista de retorno econômico,
pois essa avaliação estará influenciada por outros fatores, como nível de
produção de leite.
O que deve estar claro é que para um mesmo animal, normalmente a opção
de dieta que com inclusão de volumosos que atendam à exigência nutricional
é a mais econômica.
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Introdução
A UTILIZAÇÃO DE INOCU-
3 LANTES NAPRODUÇÃO DE
ENSILAGEM
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Vale ressaltar que o uso de inoculantes específicos para cada tipo de material
é necessário, pois cada material possui um tempo mínimo de abertura do
silo, já que algumas forragens apresentam alto teor de umidade, enquanto
outras têm mais ácidos indesejáveis ou mesmo produção de etanol (álcool).
No entanto, uma silagem com fermentação adequada terá seu valor nutricional
preservado. Dessa forma, os animais terão um alimento de ótima qualidade,
com melhora dos índices zootécnicos, e no final, com maior lucro ao produtor.
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TRANSFORMAÇÕES
4 FÍSICO-QUÍMICAS DA
SILAGEM
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....... Fase 1
Aeróbica (logo após o fechamento do silo): Nessa fase, ocorrem dois tipos de
atividades:
Respiração:
Ela acontece enquanto houver oxigênio no silo, e produz água, gás carbônico
e calor, com consequente perda de energia, aumento da temperatura e
produção de chorume.
Reação de Maillard:
Açúcar + Proteína (alto pH e alta temperatura) → Caramelização
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....... Fase 2
Anaeróbica com pH maior que 4,5: Essa fase inicia com o desaparecimento do
oxigênio do silo e nela estão ativos os clostrídios, coliformes e bactérias lácticas
(heterofermentativas e homofermentativas). Como atuam estas bactérias?
Clostrídios:
Seu habitat natural é a terra, e estão presentes na planta. Eles ocasionam
perdas de energia e proteínas e produzem substâncias tóxicas, como a
histamina, com gosto e cheiro ruins, como a amônia, o ácido acético e o ácido
butírico. Os clostrídios podem ser de dois tipos:
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Coliformes Fecais:
Seu habitat é o intestino e são levados para o silo pela terra.
Bactérias Lácticas:
Esses são os microrganismos que produzem o ácido láctico. A flora láctica é
dividida em homofermentativa e heterofermentativa.
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Otimização da Fase 2: Não podemos evitar essa fase, mas podemos fazê-la
mais curta possível: Como? Com redução rápida do pH de 6,0 para menos
de 4,5; para que isso aconteça, necessitamos inocular com bactérias lácticas
homofermentativas, em alta concentração, por grama de silagem.
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....... Fase 3
Anaeróbica com pH menor que 4,5: Essa fase inicia-se quando atingimos o
pH de estabilidade, ou seja, pH < 4,5; somente temos atividade das bactérias
lácticas.
Otimização da Fase 3: Para otimizar essa fase, tudo o que podemos fazer é
utilizar um inoculante que possua alta concentração bacteriana e composto de
bactérias lácticas homofermentativas de alta eficiência.
....... Fase 4
Essa fase inicia-se com a abertura do silo para alimentação. Ela é caracterizada
pela parte frontal do silo em contato com o ar, o que torna possível a multiplicação
de fungos, leveduras e mofos. Esses organismos estão presentes no ar, mas
também estão na silagem; a única razão pela qual eles ainda não haviam se
desenvolvido é porque não havia oxigênio no meio.
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II FEEDOUT 1: a alimentação do rebanho deverá ser de 20 cm da frente do
silo por dia. Com isso, a silagem oferecida aos animais teve, no máximo, 24
horas de silo por dia.
III FEEDOUT 2: a retirada de silagem deverá ser feita de maneira mais próxima
do ideal, como se pudéssemos cortar uma fatia perfeita da frente do silo.
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5 PONTO DE COLHEITA
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5.1 MILHO
Silagens de milho colhidas com baixos teores de matéria seca, ou seja, com
alta umidade presente nos grãos, apresentam elevada produção do gênero
Clostridium, responsável pela quebra de proteína. Os clostridios tendem a
se desenvolver em materiais com aproximadamente 72% de umidade e pH
próximo a 5,5.
Para evitar esse tipo de problema, épreciso definir, entre 32% e 35%, a faixa
de teor de matéria seca ideal para a colheita. Esse teor pode ser medido
em laboratório, com material colhido em campo por meio de amostragem.
Entretanto, alguns indicadores podem ser usados, na própria plantação, para
verificar o ponto ideal de colheita quanto ao teor de matéria seca.
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....... Dê uma nota para cada espiga: 1 para grão leitoso (bom para milho
cozido); 2 para pastoso (bom para pamonha); 3 para grãos farináceo
(quando ele começa a endurecer); 4 para grão com 25% ou um quarto
da linha de leite; 5 quando a linha de leite estiver com 50% ou dois
quartos do grão; 6 quando o grão estiver com 5% ou três quartos da
linha do leite; 7 quando grão já estiver completamente duro.
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....... Avalie o seguinte: média 3 equivale ao grão no estágio farináceo (teor
de 30% de matéria seca); média 4, ou seja, linha de leite na metade do
grão (teor de 35% de matéria seca). A colheita deverá ser feita quando
a nota média estiver entre “três” e “cinco”.Essa avaliação mostra que o
ponto ideal da colheita é aquele em que os grãos de milho estão entre
o estágio farináceo ou duros pela metade. Isso pode ser percebido com
o corte do grão ao pressionar a unha.
5.2 SORGO
Para o sorgo, a colheita ideal deve ocorrer com teor de matéria seca entre
30% e 33%, o que ocorre mais ou menos aos 105 dias. No ponto de colheita,
os grãos do sorgo se encontram farináceos. Da mesma maneira que o milho,
a alta umidade natural altera o padrão fermentativo no interior do silo, o que
aumenta as perdas reduz a qualidade do produto final. Entretanto é preciso
dar atenção a possíveis variações no teor de umidade viável, conforme o tipo
de sorgo cultivado.
É o caso das cultivares graníferas, de porte mais baixo, cujos grãos têm maior
proporção na massa de silagem, (o teor de MS deve ser superior a 30%).
Já nas cultivares de sorgo forrageiros, o teor de matéria seca total tenderá a
ser um pouco mais baixo, por causa da menor presença de grãos na massa
ensilada.
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Pode-se identificar esse estágio quando for observada uma camada preta na
ponta do grão. Para isso, o agricultor seleciona algumas espigas de diferentes
pontos da lavoura, quebra-as ao meio e observa esse ponto nos grãos centrais
da espiga. O ponto de colheita, quando comparado ao milho-grão, é antecipado
praticamente em 30 dias, o que possibilita um segundo cultivo em safrinha, se
as condições climáticas locais forem favoráveis.
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5.5 CAPIM-ELEFANTE
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5.6 CANA-DE-AÇÚCAR
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Por outro lado, o atraso da colheita leva a um alto teor de matéria seca no
material colhido, com perdas no teor de carboidratos solúveis, problemas na
compactação do material, redução da densidade da silagem, aumento da
retenção de oxigênioe surgimento de fungos. Outra desvantagem da colheita
do milho, com elevados teores de matéria seca (40% ou superior), é o aumento
do desgaste do maquinário e dos equipamentos utilizados na colheita, em
função da maior dureza do material.
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6 ASPECTOS MECÂNICOS
Existem diversos tipos de silo cuja escolha dependerá dos seguintes fatores:
disponibilidade de maquinários, mão de obra, topografia e material usado.
Os silos mais comuns são: tipo trincheira, tipo de encosta, tipo cisterna, tipo
aéreo, tipo superfície, tipo bola e tipo bags.
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As paredes laterais devem ser inclinadas para o meio do silo (25%), como
também deve haver uma inclinação das laterais para o meio do silo e do fundo
para a boca do silo. Esse procedimento facilita o escoamento de um possível
efluente. Quando revestidos com alvenaria ou tijolos em espelho, as perdas
são reduzidas significamente. Deve haver atenção redobrada com relação à
profundidade do lençol freático.
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São silos com formato similar aos poços d'água, obrigatoriamente revestidos em
alvenaria. Devem apresentar uma drenagem inferior adequada, normalmente
realizada com um dreno ligado a uma caixa intermediária com fundo permeável
para drenagem do efluente no solo. São excelentes do ponto de vista da
fermentação, já que permitem que o ar quente suba rapidamente, criando
uma situação interna de anaerobiose mais rápida, mesmo em situações sem
intensa compactação.
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É a opção mais barata de silo, mas não permite boa compactação do material,
pela ausência de paredes laterais, o que aumenta as perdas. A utilização de
forragens com maior umidade (aproximadamente 25%) e bem picadas permite
uma fermentação com características aceitáveis. A ensilagem de material com
alto teor de matéria seca e mal picado pode levar a perda total da silagem.
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Nos silos bags, tubos (sacos) plásticos horizontais servem para empacotar e
estocar a silagem. Eles possuem diâmetro de 1,80 a 3,60 m e comprimento
de 30, 60 e 90 metros. Além disso comportam maior quantidade de silagem
armazenada por metro quadrado, sendo ideais para propriedades, que
conservam grande volume de silagem.
Outra vantagem é que apresentam menores perdas, pois a forragem sai direto
da máquina, compactada direto na saco, reduzindo o contato com o ambiente
e o fluxo de ar. Além disso há maior flexibilidade quanto ao lugar de instalação
e transporte.
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6.4
TRANSPORTE E ENCHIMENTO DO SILO COM O
MATERIAL COLHIDO
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6.5
PROCESSO DE COMPACTAÇÃO DA MASSA DE
FORRAGEM
O processo de enchimento e compactação de um silo deve ser realizado o
mais rápido possível. O enchimento rápido diminui as alterações no material
ensilado, decorrentes de fatores como clima, umidade, entre outros.
6.5.1
PARA SE UMA BOA COMPACTAÇÃO, DEVE-SE
TER OS SEGUINTES CUIDADOS:
....... Distribuir a silagem de maneira regular e em camadas finas.
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7 VEDAÇÃO
A adição de uma camada de sal, sobre o silo, antes de colocar a lona, evita
perda por fungos (1 saco de sal por 5 m²). Deve-se fazer o acabamento do
silo, de forma abaulada, evitando achatamento e entrada de água.
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Onde:
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Como fazer:
01 - O milho deve ser colhido com umidade entre 35% e 42%. A presença
de sabugo e outras impurezas deve ser evitada ao máximo; portanto, deve-
se escolher um híbrido que debulhe bem com alta umidade. Quando utilizar
milho seco, adiciona-se água até chegar a 35 - 42% de umidade.
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07 - O silo pode ser aberto, após alguns dias, ou permanecer fechado, por
vários meses; porém, ao abri-lo, devemos obedecer à regra da retirada de,
no mínimo, 20 cm por dia; ou seja, precisamos dimensionar o silo de acordo
com o consumo na propriedade. Um metro cúbico de silagem de grão úmido
tem aproximadamente 1.000 kg, dependendo da umidade. A silagem de
grão úmido substitui perfeitamente o grão seco, com uma economia de até
30% graças ao aumento da digestibilidade.
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8 MONITORAMENTO
APÓS A ENSILAGEM
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Até breve!
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Fontes:
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