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APRESENTAÇÃO

No e-book comentado FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA você encontrará farmacocinética,


farmacodinâmica, via de administração, interações medicamentosas, cuidados de
enfermagem, nomes similares e genéricos dos medicamentos mais utilizados em pronto-
socorro, centro cirúrgico, internação e UTI.

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fonte segura para dúvidas e estudos sobre os principais medicamentos utilizados na área
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3
SUMÁRIO

ACETILCISTEÍNA .............................................................................................................................. 08

ADENOSINA ...................................................................................................................................... 09

AMINOFILINA ................................................................................................................................... 10

AMIODARONA .................................................................................................................................. 11

ASPIRINA .......................................................................................................................................... 12

ATENOLOL ......................................................................................................................................... 13

ATROPINA ......................................................................................................................................... 14

BICARBONATO DE SÓDIO .............................................................................................................. 15

BUSCOPAN (COMPOSTO) .............................................................................................................. 16

BUSCOPAN (SIMPLES)
............................................................................................... 17

CAPTOPRIL ....................................................................................................................................... 18

CEDILANIDE ...................................................................................................................................... 19

CLOPIDOGREL .................................................................................................................................. 20

CLORETO DE POTÁSSIO ................................................................................................................. 21

CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA ......................................................................................................... 22

DEXAMETASONA ............................................................................................................................. 23

DEXMEDETOMIDINA (PRECEDEX) ............................................................................................... 24

DEXTROCETAMINA (KETAMINA) .................................................................................................. 26

DIAZEPAM ......................................................................................................................................... 28

DICLOFENACO POTÁSSICO ........................................................................................................... 30

DICLOFENACO SÓDICO .................................................................................................................. 32

4
DIPIRONA .......................................................................................................................................... 34

DOBUTAMINA ................................................................................................................................... 35

DOPAMINA ........................................................................................................................................ 36

EFEDRINA .......................................................................................................................................... 37

ENOXAPARINA ................................................................................................................................. 38

EPINEFRINA ...................................................................................................................................... 40

ETOMIDATO ...................................................................................................................................... 41

FENITOÍNA SÓDICA ......................................................................................................................... 42

FENOBARBITAL ................................................................................................................................ 43

FENTANIL .......................................................................................................................................... 44

FLUMAZENIL .................................................................................................................................... 45

FUROSEMIDA ................................................................................................................................... 46

GLICONATO DE CÁLCIO .................................................................................................................. 47

GLICOSE HIPERTÔNICA ................................................................................................................. 48

HALOPERIDOL ................................................................................................................................. 50

HEPARINA ......................................................................................................................................... 52

HIDRALAZINA ................................................................................................................................... 54

HIDROCORTISONA .......................................................................................................................... 55

ISORDIL ............................................................................................................................................. 56

METILPREDNISOLONA ................................................................................................................... 58

METOPROLOL .................................................................................................................................. 60

5
MIDAZOLAM ..................................................................................................................................... 61

MONONITRATOS E DINITRATO DE ISOSSORBIDA .................................................................... 62

MORFINA .......................................................................................................................................... 63

NALOXONA ....................................................................................................................................... 64

NIFEDIPINA ...................................................................................................................................... 65

NITROGLICERINA ............................................................................................................................ 66

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO ........................................................................................................ 68

NOREPINEFRINA ............................................................................................................................. 70

PANCURÔNIO ................................................................................................................................... 71

PROMETAZINA ................................................................................................................................. 72

PROPOFOL ........................................................................................................................................ 73

PROTAMINA ...................................................................................................................................... 74

REMIFENTANIL ............................................................................................................................... 75

SALBUTAMOL .................................................................................................................................. 76

SUCCINILCOLINA ............................................................................................................................ 77

SULFATO DE MAGNÉSIO ................................................................................................................ 78

TENOXICAM ...................................................................................................................................... 79

TERBUTALINA .................................................................................................................................. 80

TICAGRELOR ..................................................................................................................................... 82

TRAMADOL ....................................................................................................................................... 83

VASOPRESSINA ............................................................................................................................... 84

VERAPAMIL ...................................................................................................................................... 85

VITAMINA K ...................................................................................................................................... 86

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INSULINAS - CLASSIFICAÇÃO

ULTRARRÁPIDA ................................................................................................................................ 88

REGULAR ........................................................................................................................................... 90

INTERMEDIÁRIA OU NPH .............................................................................................................. 92

LENTA ................................................................................................................................................ 94

PRÉ-MISTURAS ............................................................................................................................... 96

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 98

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MUCOLÍTICOS

ACETILCISTEÍNA
Nome genérico: Acetilcisteína Granulado
Nome similar: Aires, Bromuc, Cetilplex, Cetikline,
Cisteil, Flucistein, Fluicis, Fluiteína, Mucocetil, Nac
Apresentação: 100mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa é distribuída na forma não metabolizada e
metabolizada por meio do fígado, rins, pulmões e secreções brônquicas e é excretada por via renal.
Farmacodinâmica: N-acetilcisteína é um aminoácido também conhecido como N-acetil-L-
-cisteína (NAC), com atividade mucolítica por quebrar as ligações dissulfetos nas proteínas do
muco e diminuir sua viscosidade, além da ação antioxidante e quelante.
Via de administração: oral (VO), intravenosa (IV) ou inalatória
Diluição: pode ser diluída em soro fisiológico 0,9%
Interação medicamentosa: Acetilcisteína não deve ser administrada juntamente com fárma-
cos antitussígenos, pois a redução do reflexo da tosse pode levar ao acúmulo de secreções
brônquicas. A administração de nitroglicerina e acetilcisteína em conjunto tem mostrado
hipotensão significante e aumento da dilatação da artéria temporal. Se houver necessidade de
tratamento simultâneo, os pacientes devem ser monitorados, pois pode ocorrer hipotensão,
inclusive grave, devendo-se ter atenção para a possibilidade de cefaleias. Relatos de inativa-
ção de antibióticos com acetilcisteína foram encontrados apenas em estudos in vitro nas quais
as substâncias foram misturadas diretamente. Portanto, dissolução (mistura) de formulações
de acetilcisteína com outros medicamentos não é recomendada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Orientar o paciente quanto ao uso do medicamento por via oral ou por inalação.
◽ Fazer por via venosa em casos de intoxicação por paracetamol.

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ANTIARRÍTMICOS

ADENOSINA
Nome genérico: Adenosina
Nome similar: Adenocard
Apresentação: 6mg/2ml
Farmacocinética: após ser administrada por via intravenosa, é absorvida pelos eritrócitos e
células do endotélio vascular. A adenosina é rapidamente metabolizada pela adenosinoquinase
para Adenosina Monofosfato (AMP), via fosforilação, ou pela adenosinodesaminase à inosina,
via desaminação. Como a adenosina não é ativada ou inativada por via hepática ou renal, não se
espera alteração de sua eficácia ou tolerabilidade em caso de insuficiência hepática ou renal.
Farmacodinâmica: Sua ação ocorre no miocárdio e no sistema de condução, tratando os bati-
mentos cardíacos irregulares (arritmias), promove vasodilatação coronariana e atividade adre-
nérgica. Seu tempo de condução é reduzido através do nódulo AV, interrompendo a atividade
reentrante através do nó AV e restaurando o ritmo sinusal em pacientes com TSV, incluindo a
taquicardia associada à síndrome de Wolff-Parkinson-White.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: embora não tenha sido estabelecida nenhuma relação causal ou de
interação medicamentosa, a adenosina deve ser utilizada com cautela em pacientes sob uso
de digoxina e verapamil simultaneamente. O uso de adenosina e digitálicos pode ser raramente
associado à fibrilação ventricular.
Cuidados de enfermagem:
◽ Informar o paciente sobre a sensação de mal estar.
◽ Informar a equipe sobre possíveis complicações (pausa sinusal ou assistolia).

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BRONCODILATADORES

AMINOFILINA
Nome genérico: Aminofilina
Nome similar: Asmapen
Apresentação: 24mg/ml, ampola: 10ml - 240mg
Farmacocinética: após ser administrada por via venosa, as concentrações séricas do pico da
teofilina ocorrem de 1 a 2 horas. A teofilina é metabolizada no fígado e seus metabolitos são
excretados na urina.

Farmacodinâmica: inibe a fosfodiesterase, aumentando as concentrações de AMP cíclico no


músculo liso; bloqueia também receptores de adenosina e altera o movimento de cálcio no
músculo liso (relaxamento do músculo liso); inibe os efeitos da prostaglandina no músculo
liso, além da liberação de histamina e leucotrienos, causa dilatação dos brônquios e dos vasos
pulmonares, através do relaxamento da musculatura lisa. Dilata também as artérias coroná-
rias, aumenta o débito cardíaco e a diurese. A aminofilina exerce efeito estimulante sobre o
sistema nervoso central e a musculatura esquelética.

Via de administração: intravenosa (IV) ou intramuscular (IM)

Diluição: dilui com soro glicosado 5% ou soro fisiológico 0,9%

Interação medicamentosa: adrenocorticóides, glicocorticóides e mineralocorticóides: o uso


simultâneo com a aminofilina e injeção de cloreto de sódio pode resultar em hipernatremia.
Fenitoína, primidona ou rifampina: o uso simultâneo pode estimular o metabolismo hepático,
aumentando a depuração da teofilina.

Cuidados de enfermagem:
◽ O paciente deverá receber hidratação adequada durante a terapia.
◽ Recomende ao paciente que evite o tabagismo, a ingestão de cafeinados, ou uso de
quaisquer outras drogas ou medicações sem o conhecimento médico durante a terapia.
◽ Durante a terapia monitore a frequência respiratória e cardíaca, o possível desenvolvi-
mento de reação adversa, a resposta clínica, a tolerância e a função pulmonar.

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ANTIARRÍTMICOS

AMIODARONA
Nome genérico: Cloridrato de Amiodarona (Atlansil)
Nomes similares: Cor Mio, Angyton, Miodaron, Miodarid
Apresentação: 50mg, ampola: 3ml - 150mg
Farmacocinética: após administrada por via venosa, é metabolizada principalmente pelo
CYP3A4 e pelo CYP2C8, sua eliminação ocorre por via renal.
Farmacodinâmica: sua ação ocorre pelo bloqueio de canais de potássio em células do marca-
-passo cardíaco; prolonga o intervalo QRS no ECG, assim, prolonga o potencial de ação e dimi-
nui a FC; considerado um antiarrítmico de classe III pela classificação de Vaughan Williams.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: da dose de ataque: 5 mg/Kg de amiodarona em 250 ml de soro glicosado 5%. A dilui-
ção não deve ultrapassar a concentração de 0,6 mg/ml pelo risco de flebite.
Interação medicamentosa: a amiodarona aumenta as concentrações de substratos da CYP
2C9 tais como varfarina ou fenitoína através da inibição do citocromo P450 2C9 - Varfarina.
A combinação de varfarina com amiodarona pode exacerbar o efeito do anticoagulante oral,
elevando o risco de sangramento.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a prescrição.
◽ Nos casos de administração por via endovenosa, diluir em solução fisiológica 0,9% ou
em solução glicosada 5%.
◽ Utilizada sem diluir em RCP com rítmo chocável, quando refratária, há uma terceira
desfibrilação.
◽ Utilizar o medicamento sempre diluído em taquicardia ventricular.

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ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS

ASPIRINA
Nome genérico: Doril
Nome similar: Aspirina, Apirina Buffered,
Aspirina Prevent, Bufferin Cardio, Melhoral Imagem meramente ilustrativa
Infantil, Somalgin
Apresentação: 100, 300 e 500 mg
Farmacocinética: Após ser administrada por via oral é absorvida pelo trato gastrointestinal.
Depois da absorção, é convertida em ácido salicílico, seu principal metabólito ativo. Os níveis
plasmáticos máximos de ácido acetilsalicílico são atingidos após 10 a 20 minutos e os de
ácido salicílico após 18 minutos a 2 horas.
Tanto o ácido acetilsalicílico como o ácido salicílico se ligam amplamente às proteínas plas-
máticas e são rapidamente distribuídas a todas as partes do organismo. São eliminadas prin-
cipalmente por metabolismo hepático. A eliminação do ácido salicílico depende da dose, uma
vez que o metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. Assim, a meia-vida
de eliminação varia de 2 a 3 horas após doses baixas, até cerca de 15 horas com doses altas.
O ácido salicílico e seus metabólitos são excretados principalmente por via renal.
Farmacodinâmica: O ácido acetilsalicílico pertence ao grupo dos fármacos antiinflamatórios não
esteróides, com propriedades analgésica, antipirética e antiinflamatória. Seu mecanismo de ação
é baseado na inibição irreversível da enzima ciclooxigenase na síntese das prostaglandinas.
Via de administração: oral (VO)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: os salicilatos deslocam sua ligação proteica a sulfolinureia,
penicilina, tirosina, tri-iodotironina, fenitoína e naproxeno, potencializando os seus efeitos. Os
salicilatos potencializam os efeitos dos anticoagulantes orais e de probenecida.
Cuidados de enfermagem:
◽ Informar a equipe de que o paciente está em uso de AAS.
◽ Informar o paciente para que não deixe o leito sem auxílio de um enfermeiro.
◽ Atentar-se ao uso do medicamento em caso de paciente que tenha distúrbios gastroin-
testinais, principalmente úlceras.

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ANTI-HIPERTENSIVOS

ATENOLOL
Nome genérico: Atenolol
Nome similar: Atensiol, Atenobal Imagem meramente ilustrativa

Apresentação: 25, 50 e 100mg


Farmacocinética: após a administração por via oral, não possui metabolismo hepático sig-
nificativo. Cerca de 90% do atenolol é absorvido e alcança a circulação sistêmica na forma
inalterada. É eliminado por via renal. Possui efeito por pelo menos 24 horas após dose oral
única diária.
Farmacodinâmica: é um bloqueador beta 1 seletivo, no entanto, a seletividade diminui com o
aumento da dose. Não possui atividade simpatomimética intrínseca, nem atividade estabiliza-
dora de membrana.
Vias de administração: oral (VO)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: deve ser utilizado com cuidado em pacientes que estão tomando
os seguintes medicamentos: verapamil, diltiazem, nifedipino, glicosídeos digitálicos, clonidina,
disopiramida, amiodarona, adrenalina (agentes simpatomiméticos), indometacina ou ibuprofe-
no (para alívio da dor) e anestésicos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Instruir o paciente a tomar o medicamento conforme a prescrição.
◽ Procurar unidade de saúde se hipertensão ou hipotensão.
◽ Não interromper o tratamento de forma abrupta.

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AGENTES ANTICOLINÉRGICOS

ATROPINA
Nome genérico: Atropen
Nome similar: não existe
Apresentação: 0,25mg/ml
Farmacocinética: após administrar por via venosa, tem absorção em torno de 30 minutos e é
distribuído para o corpo todo por proteínas plasmáticas. Seu metabolismo ocorre no fígado e
sua eliminação ocorre após 2 a 4 horas por meio da urina.
Farmacodinâmica: age como antagonista da acetilcolina dos receptores muscarínicos. Inibe a
resposta dos nervos pós-ganglionares colinérgicos.
Via de administração: intravenosa (IV), intramuscular (IM) ou subcutânea (SC)
Diluição: deve ser realizada sempre pura.
Interação Medicamentosa: a administração subsequente pode intensificar os efeitos dos medi-
camentos de ação antimuscarínica, como os antidepressivos tricíclicos, os IMAO, a amantadi-
na e os anti-histamínicos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Deixar paciente monitorizado se bradicárdico ou com bloqueio AV.
◽ Nunca diluir atropina em vias parenterais e sempre fazer bolus com soro fisiológico
0,9% após administração.
◽ Atentar às dosagens máximas para cada indicação.
◽ Atenção: a atropina não substitui lavado gástrico.

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ELETRÓLITOS

BICARBONATO
DE SÓDIO
Nome genérico: Bicarbonato de Sódio
Nome similar: Drenol
Apresentação: 8,4% e 10% - ampola 10ml e frasco 250ml
Farmacocinética: após ser administrado por via venosa é regulado pelos rins por meio da
acidificação da urina; é excretado pelos pulmões e por meio da urina.
Farmacodinâmica: a solução de bicarbonato de sódio a 8,4% aumenta a concentração de
bicarbonato no plasma, tampona o excesso de hidrogênio, eleva o pH sanguíneo e reverte as
manifestações clínicas da acidose. Quando em água, o bicarbonato de sódio se dissocia em
sódio e bicarbonato.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: pode ser diluído em água estéril para injeção; soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: uso simultâneo de bicarbonato de sódio com diuréticos pode
aumentar a alcalose hipoclorêmica.
Cuidados de enfermagem:
◽ Monitorar o equilíbrio ácido-básico, através de gasometria arterial.
◽ Verificar o hemograma para analisar os eletrólitos e níveis de glicemia.
◽ Monitorar o paciente durante infusão de bicarbonato.
◽ Ter cuidado ao administrar soluções parenterais, especialmente as compostas por íons
de sódio, em pacientes que administram corticosteroides ou corticotropina.
◽ Não fazer uso concomitante com diuréticos pois pode aumentar a alcalose hipoclorêmica.

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AGENTES ANTICOLINÉRGICOS

BUSCOPAN (COMPOSTO)
Nome genérico: Bultilbrometo de Escopolamina
+ Dipirona Sódica
Nome similar: Belscopan
Apresentação: 4mg/ml + 500mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é absorvido para os tecidos. É distri-
buído principalmente nas células musculares das regiões abdominal e pélvica, assim como
nos gânglios intramurais dos órgãos abdominais. É eliminado após cerca de 5 horas. Os
metabólitos excretados pela urina e pelas fezes se ligam fracamente aos receptores musca-
rínicos e, por essa razão, acredita-se que não contribuem para o efeito do butilbrometo de
escopolamina.
Farmacodinâmica: a hioscina tem atividade antagonista de acetilcolina de receptores M3, que
exerce atividade espasmolítica sobre a musculatura lisa. A dipirona é um derivado pirazolônico
não narcótico, com efeitos ainda desconhecidos, porém, alguns estudos relatam que tem ação
sobre a ciclooxigenase com efeitos analgésico, antipirético e antiespasmódico.
Via de administração: intramuscular (IM) e intravenosa (IV)
Diluição: diluído em soro glicosado 5%, soro fisiológico 0,9% ou ringer lactato.
Interação medicamentosa: ter cuidado quanto à administração concomitante com metotrexa-
to, clorpromazina, AAS, anticlinérgicos, bupropiona, ciclosporina, dopamina, álcool e em testes
laboratoriais em casos de diabéticos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Informar o paciente sobre as reações adversas mais apresentadas.
◽ Investigar sobre as possíveis contraindicações do medicamento.
◽ Optar por via intravenosa em vez de intramuscular em pacientes em uso de
anticoagulantes como a varfarina sódica.
◽ Monitorar a frequência cardíaca em caso de administração parenteral.
◽ Avaliar sinais de retenção urinária durante a terapia com buscopan.

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AGENTES ANTICOLINÉRGICOS

BUSCOPAN (SIMPLES)
Nome genérico: Hioscina
Nome similar: Belscopan
Apresentação: 20mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa é absorvido e distribuído para os tecidos.
É distribuído principalmente nas células musculares das regiões abdominal e pélvica, assim
como nos gânglios intramurais dos órgãos abdominais. É eliminado após cerca de 5 horas. Os
metabólitos excretados pela via renal ligam-se fracamente aos receptores muscarínicos e, por
essa razão, acredita-se que não contribuem para o efeito do butilbrometo de escopolamina e é
excretada por meio da urina e fezes.
Farmacodinâmica: um antagonista de acetilcolina de receptores M3, que exerce atividade
espasmolítica sobre a musculatura lisa do trato gastrointestinal, geniturinário e vias biliares; não
atravessa a barreira hematoencefálica; não produz efeitos colaterais anticolinérgicos sobre o
sistema nervoso central; a ação anticolinérgica periférica resulta de uma ação bloqueadora sobre
os gânglios intramurais das vísceras ocas, assim como de uma atividade antimuscarínica.
Via de administração: intravenosa (IV), intramuscular (IM) ou subcutânea (SC)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9%, soro glicosado 5% ou ringer lactato.
Interação medicamentosa: pode aumentar a ação anticolinérgica de medicamentos antide-
pressivos, antialérgicos, antipsicóticos, quinidina, amantadina, disopiramida e outros antico-
linérgicos. O uso ao mesmo tempo de medicamentos que agem de forma contrária à dopami-
na, como a metoclopramida, pode reduzir a atividade de ambos no aparelho digestivo. Pode
aumentar a ação das substâncias beta-adrenérgicas sobre os batimentos do coração.
Cuidados de enfermagem:
◽ Informar a paciente sobre as reações adversas mais apresentadas.
◽ Investigar sobre as possíveis contraindicações do medicamento.
◽ Optar pela via intravenosa em vez de intramuscular em pacientes em uso de
anticoagulantes como a varfarina sódica.
◽ Monitorar a frequência cardíaca em caso de administração parenteral.
◽ Avaliar sinais de retenção urinária durante a terapia com buscopan.

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ANTI-HIPERTENSIVOS

CAPTOPRIL
Nome genérico: Capoten
Nome similar: Capobal, Capoten, Capotrat,
Imagem meramente ilustrativa
Capton, Catoprol, Hipoten
Apresentação: 12,5, 25 e 50mg
Farmacocinética: após a administração, é absorvido por via oral, distribuído para a maioria dos
tecidos com exceção para o sistema nervoso central e é eliminado pela urina.
Farmacodinâmica: é um anti-hipertensivo antagonista do sistema renina-angiotensina; inibi-
dor competitivo da enzima conversora da angiotensina (ECA).
Via de administração: oral (VO)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: você não deve utilizar diuréticos poupadores de potássio, suple-
mentos de potássio ou substitutos de sal contendo potássio, sem consultar o seu médico. A
indometacina e outros agentes antiinflamatórios não esteróides, como o ácido acetilsalicílico,
podem diminuir o efeito do captopril.
Cuidados de enfermagem:
◽ Orientar o paciente a tomar o remédio conforme prescrição.
◽ Orientar o paciente a não interromper o tratamento de forma abrupta.
◽ Orientar a procurar uma unidade de saúde em caso de hipertensão e hipotensão.

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ANTIARRÍTMICOS

CEDILANIDE
Nome genérico: Deslanósido
Nome similar: Deslanol
Apresentação: 0,2mg/ml
Farmacocinética: após a administração por via intravenosa, é absorvida pelo trato gastrointestinal,
é distribuída para todo o corpo e excretada pelos rins.
Farmacodinâmica: é um dos glicosídeos naturais da Digitalis lanata; aumenta a contratilidade car-
díaca, diminui a frequência cardíaca (pela prolongação do período refratário do nódulo AV) e alivia
a sintomatologia clínica da insuficiência cardíaca (congestão venosa, edema periférico, etc).
Via de administração: intravenosa (IV) ou intramuscular (IM)
Diluição: em casos urgentes, utilizar infusão intravenosa de 40 a 80 mEq (diluída para uma con-
centração de 40 mEq por 500ml) a uma velocidade máxima de 20 Eq/hora (utilizar monitorização
ECG) ou uma velocidade mais lenta no caso de irritação local dolorosa.
Interação medicamentosa: em pacientes digitalizados, cálcio em doses elevadas, medicamentos
psicotrópicos, incluindo o lítio, e simpatomiméticos podem aumentar o risco de arritmias cardía-
cas; portanto, estes devem ser administrados com cautela.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar a dose do medicamento conforme a prescrição;
◽ Manter o paciente sob controle, a fim de evitar efeitos secundários devidos a uma
dosagem excessiva.
◽ Sempre verificar frequência cardíaca, se <60bpm, não deve ser administrado.
◽ Não fazer aplicação de cálcio preferencialmente em pacientes com uso de digitálicos.

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ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS

CLOPIDOGREL
Nome genérico: Gran, Lopigrel, Plagrel, Plavix
Nome similar: Iscover, Lopigrel, Plagrel
Imagem meramente ilustrativa
Apresentação: 75mg
Farmacocinética: após a administração, é absorvido por via oral, distribuído para todo o corpo,
metabolizado pelo fígado e excretado por meio da urina e fezes.
Farmacodinâmica: inibe a ligação da adenosina difosfato ao seu receptor plaquetário P2Y12,
inibindo a agregação plaquetária.
Vias de administração: oral (VO)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: é improvável que clopidogrel possa interferir no metabolismo de
fármacos como a fenitoína, tolbutamida e AINEs que são metabolizados pelo citocromo P-450
2C9. Dados do estudo CAPRIE indicam que a fenitoína e a tolbutamida podem ser coadminis-
tradas com clopidogrel de forma segura.
Cuidados de enfermagem:
◽ Deve ser utilizado com cautela em pacientes que estão sob risco aumentado de san-
gramento decorrente de trauma, cirurgia (inclusive dentária) ou doenças (como úlcera
péptica ou qualquer outra doença capaz de causar sangramento).
◽ Em casos de cirurgias, deve ser interrompido o seu uso com antecedência.

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ELETRÓLITOS

CLORETO
DE POTÁSSIO
Nome genérico: Kloren
Nome similar: Hidraplus
Apresentação: 100 mg/ml, 10% - 10ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, é absorvido pelo TGI; sua absorção é tal que
a excreção renal do KCL ocorre de 30 a 60 minutos e é excretado pelos rins dentro de 8 horas.
Farmacodinâmica: é um repositor de eletrólito, sendo formado por potássio e cloreto, dois íons
normais e abundantes no organismo. É quantitativamente o principal constituinte eletrolítico
do espaço intracelular. Embora não haja nenhuma correlação uniforme entre as concentrações
plasmáticas de potássio e armazenagem total do corpo, os sinais clínicos de deficiência de K+
são geralmente observadas quando a concentração de potássio no plasma cai.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: deve ser diluído e bem misturado em grandes volumes antes de ser administrado. A
diluição usual é de 40mEq/L de líquido intravenoso. A concentração máxima desejável é de
80mEq/L de líquido intravenoso, podendo, em algumas situações, exigir concentrações maiores.
Interação Medicamentosa: cloreto de potássio pode ter sua ação aumentada por inibidores da
ECA, diuréticos poupadores de potássio, heparina, antiinflamatórios não esteroidais e betablo-
queadores, principalmente em paciente com bloqueio cardíaco grave.
Cuidados de enfermagem:
◽ Confirmar com o enfermeiro ou médico a velocidade com que as drogas instituídas
para o tratamento devem ser infundidas.
◽ Não coletar amostra de sangue no mesmo membro em que estejam sendo administra-
dos eletrólitos para reposição.
◽ Realizar dupla checagem para as drogas de alta vigilância.
◽ Avaliar evolução dos sinais ou sintomas.
◽ Manter monitorização cardíaca contínua.

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ANESTÉSICOS LOCAIS

CLORIDRATO
DE LIDOCAÍNA
Nome genérico: Xylocaína
Nome similar: Lidogel gel, Lidopass pomada, Hemofiss pomada, Xylocaína pomada, Dermomax
creme, Xylocaína pomada, Lidosporin solução otológica, Dermomax etc.
Apresentação: frasco-ampolas 10mg/ml e 20mg/ml, e solução em gel 20mg/g
Farmacocinética: após a administração por via venosa, é distribuído para a corrente sanguínea,
metabolizado pelo fígado e o restante inalterado da droga e metabólitos são excretados pelos rins.
Farmacodinâmica: bloqueia os canais de sódio, assim, estabiliza a membrana neuronal por
inibição dos fluxos iônicos necessários para o início da condução dos impulsos, efetuando deste
modo a ação do anestésico local, e efeito antiarrítmico da classe I de Vaughan William.
Via de administração: intravenosa (IV) ou uretral (cateterismo vesical)
Diluição: anestesia por infiltração ou bloqueio nervoso: 20 a 100 mg (1 a 5 ml da solução a 2
% de cloridrato de lidocaína, com epinefrina a 1:100.000 ou 1:50.000, ou com norepinefrina a
1:50.000). Limite de dose para adultos: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300 mg de clori-
drato de lidocaína por sessão dentária.
Interação medicamentosa: fármacos que reduzem a depuração plasmática de lidocaína (ex.:
cimetidina ou betabloqueadores) podem causar concentrações plasmáticas potencialmente
tóxicas quando a lidocaína é administrada em altas doses e repetidamente por um longo período.
Cuidados de enfermagem:
◽ Se gel, utilizar em procedimentos de cateterismo vesical ou sondagem gástrica/entérica.
◽ Como anestésico local, utilizar com vasoconstritor.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
◽ Durante a administração da droga, avaliar presença de arritmias ou alterações no
ECG como alargamento do complexo do QRS ou prolongamento do intervalo PR, caso
ocorra, interromper o tratamento imediatamente.

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ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS - CORTICOIDES

DEXAMETASONA
Nome genérico: Dexametasona
Nome similar: Acetazona, Bexeton, Dexaden
Apresentação: 4mg/ml
Farmacocinética: após ser administrada por via venosa, é absorvida pelo corpo, metabolizada
pelo fígado, possui uma meia-vida de 36 a 56 horas e é excretada por meio da via renal.
Farmacodinâmica: é um glicocorticoide, mas que difere na sua potência anti-inflamatória e na
atividade mineralocorticoide.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluído em 50ml soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
Interação Medicamentosa: difenil-hidantoína (fenitoína), o fenobarbital, a efedrina e a rifam-
picina podem acentuar a depuração metabólica dos corticosteróides, suscitando redução dos
níveis sanguíneos e diminuição de sua atividade fisiológica, o que exigirá ajuste na posologia
do corticosteróide. Essas interações podem interferir nos testes de inibição da dexametasona,
que deverão ser interpretados com cautela durante a administração destas drogas.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas
pelo médico.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
◽ Informar o paciente sobre os possíveis sintomas do medicamento.
◽ Atentar-se quanto aos distúrbios hidroeletrolíticos, distúrbios musculares, alterações
gastrointestinais, dermatológicas, neurológicas, alterações oftálmicas, distúrbios
metabólicos e náusea.

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AGENTES INDUTORES

DEXMEDETOMIDINA
Nome genérico: Dexmedetomidina
Nome similar: Precedex
Apresentação: 100mcg/ml
Farmacocinética: após administração por via intravenosa a dexmedetomidina é distribuída
com meia-vida de 6 minutos e é excretada por meio da urina.
Farmacodinâmica: agonista alfa 2 adrenérgico, sua ação pré-juncional ocorre principalmente por
inibição dos canais de cálcio, ativação dos canais de potássio pré-sináptico e modulação de vesi-
culas de norepinefrina, assim, apresenta efeito anagésico e se liga aos receptores imidazolínicos
com atividade sedativa.
Vias de administração: intravenosa (IV)
Diluição: dilui
Interação medicamentosa: estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos não demons-
traram evidências de interações medicamentosas mediadas através do citocromo P450 que
pareceram ser clinicamente relevantes.

Cuidados de enfermagem:
◽ Infusão contínua sempre em bomba de infusão.
◽ Não possui indicação para uso em pacientes menores de 18 anos.
◽ Deixar sempre o paciente monitorizado, sempre de olho na FC e pressão arterial.

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AGENTES INDUTORES

DEXTROCETAMINA
Nome genérico: Ketamin
Nome similar: Cetamin
Apresentação: 50mg/ml
Farmacocinética: após administração intravenosa, a concentração de cetamin tem uma fase ini-
cial que dura 45 minutos com meia vida de 10 a 15 minutos; a sua redistribuição ocorre a partir
do sistema nervoso central para os tecidos periféricos e sofre biotransformação hepática.
Farmacodinâmica: antagonista não competitivo do receptor glutamatérico, assim produz efeito
sedativo e se liga a receptores colinérgicos, opioides e canais de sódio, produzindo analgesia.
Via de administração: intravenosa (IV), intramuscular (IM)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
Interação medicamentosa: potencializa os efeitos de bloqueadores neuromusculares da
tubocurarina; pode prolongar o período de recuperação da anestesia dos hidrocarbonetos
halogenados; pode aumentar o risco de hipotensão e/ou de depressão respiratória dos anti-hi-
pertensivos ou depressores do sistema nervoso central; pode aumentar o risco de hipertensão
e taquicardia quando administrado simultaneamente a hormônios tireoides. Existe incompati-
bilidade química entre os barbitúricos e a dextrocetamina ocorrendo formação de precipitado,
portanto, não devem ser injetados juntos na mesma seringa. A ação de dextrocetamina é
potencializada pelo diazepam. Os dois fármacos devem ser administrados separadamente.
Não se deve misturar dextrocetamina e diazepam na seringa ou frasco de infusão.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Puncionar acesso venoso seguro e testar fluxo e refluxo de acesso pré-existente.
◽ Administrar lentamente quando for em bolus.
◽ Durante a administração, colocar os materiais e o medicamento na bandeja.
◽ Sempre com paciente monitorizado.
◽ Após administração, observar sinais de desconforto respiratório, confusão mental e
instabilidade hemodinâmica.
◽ Se possível, informar ao paciente sobre a ação do medicamento e os efeitos colaterais
mais comuns.
◽ Investigar o uso de outros medicamentos e possíveis interações medicamentosas.
◽ Não utilizar a medicação durante a gestação e em pacientes com doenças cardiovas-
culares.
◽ Em pacientes idosos, alcoólicos crônicos, debilitados e crianças deve-se ter atenção
quanto à dose e aos efeitos adversos.
◽ Informar ao paciente que a medicação pode causar tonturas e comprometer atividades
que requerem estado de alerta, como dirigir ou operar máquinas, principalmente nas
primeiras 24 horas após anestesia. Portanto, tais atividades estão contraindicadas
neste período.

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TRANQUILIZANTES MENORES

DIAZEPAM
Nome genérico: Valium
Nome similar: Clonazepam, Hidrocodona, Bromazepam,
Flurazepam
Apresentação: 5mg/ml
Farmacocinética: é absorvido por via oral, atingindo a concentração plasmática máxima após
30 a 90 minutos; é metabolizado em substâncias farmacologicamente ativas, como o nordia-
zepam, hidroxidiazepam e o oxazepam e é excretado pela urina.
Farmacodinâmica: o modo de ação dos benzodiazepínicos não está totalmente elucidado. É
um hipno-sedativo da classe dos benzodiazepínicos que aumenta a ligação de ácido gama-a-
minobutírico (GABA), potente depressor do sistema nervoso central, a receptores específicos,
situados principalmente em sistema límbico e formações reticulares neocortical e mesencefá-
licas, produzindo efeitos ansiolíticos, sedativos, hipnóticos, miorrelaxantes, anticonvulsivantes
e amnésicos. Os benzodiazepínicos podem produzir todos os níveis de depressão do sistema
nervoso central, de sedação moderada a hipnose e com.
Via de administração: oral (VO), intravenosa (IV) ou intramuscular (IM)
Diluição: a opção pela diluição ficará a critério médico

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Interação Medicamentosa: o uso conjunto de diazepam e álcool e/ou depressores do sistema


nervoso central deve ser evitado. Essa utilização tem potencial para aumentar os efeitos clínicos
de diazepam, incluindo possivelmente sedação grave, que pode resultar em coma ou morte,
depressão cardiovascular e/ou respiratória clinicamente relevantes.
Cuidados de enfermagem:

◽ Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas.


◽ A administração endovenosa deve ser lenta (risco de parada cardiorrespiratória em
infusão rápida).
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
◽ Seu uso é contraindicado em pacientes com insuficiência hepática, insuficiência renal
grave e gastrite.

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINE

DICLOFENACO
POTÁSSICO
Nome genérico: Diclofenaco potássico
Nome similar: Poltax, Flamatrat, Neotaflan, LFM Diclo-
fenaco de Potássio
Apresentação: 75mg/3ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, as concentrações plasmáticas máxi-
mas são atingidas dentro de 2 a 3 horas; é metabolizado no fígado a 4-hidroxidiclofenaco
(metabólito principal) por uma isoenzima do citocromo P450 da subfamília CYP2C e a outros
compostos hidroxilados; depois da glicuronização e sulfatação, seus metabólitos são liberados
por meio da urina.
Farmacodinâmica: age inibindo a biossíntese das prostaglandinas. As prostaglandinas são os
fatores principais na causa dos sinais flogísticos. Além disso, é anti-reumático, anti-inflamató-
rio, analgésico e antipirético.
Via de administração: intramuscular (IM) ou oral (VO)
Diluição: geralmente dilui, mas se necessário, diluir em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
Interação medicamentosa: associação do diclofenaco deve ser evitada com os seguintes
medicamentos: varfarina, diuréticos, digoxina, metotrexato, ciclosporina, lítio, citalopram,

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

escitalopram, fluoxetina, paroxetina ou sertralina. Devido ao maior risco de lesão renal, a


associação de qualquer anti-inflamatório com anti-hipertensores da classe dos inibidores da
Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) ou Antagonistas dos Receptores da Angiotensina
II (ARA2) deve ser evitada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Aplicar o medicamento conforme a prescrição.
◽ Realizar higiene rigorosa, com álcool, no local de aplicação da injeção.
◽ Caso seja escolhida via intramuscular: administrar a injeção somente por injeção IM
profunda, no quadrante externo superior da nádega.
◽ Jamais administrar por via IM no deltoide do paciente.
◽ Fazer a aplicação de forma lenta.
◽ Atentar-se aos efeitos adversos do medicamento;
◽ Atentar-se à ocorrência de dor indevida no local da injeção.

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINE

DICLOFENACO
SÓDICO
Nome genérico: Diclofenaco sódico
Nome similar: Diclofarma, Desinflex, Desinflex Retard,
Difenan, Dicloflogil, Diclac, Dnaren, Diclonatrium, Diclo-
sodico, Infladex, Luparen, Neotren, Optamax, Resodic,
Soden, Sodix, Voltaflan, Volflani
Apresentação: 75mg/3ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, as concentrações plasmáticass máximas
são atingidas dentro de 2 a 3 horas; é metabolizado no fígado a 4-hidroxidiclofenaco (metabó-
lito principal) por uma isoenzima do citocromo P450 da subfamília CYP2C e a outros compos-
tos hidroxilados; depois da glicuronização e sulfatação, seus metabólitos são lliberados por
meio da urina.
Farmacodinâmica: a ação do diclofenaco é a inibição da biossíntese das prostaglandinas. As
prostaglandinas são o fator principal na causa dos sinais flogísticos. Além disso, é anti-reumá-
tico, antiinflamatório, analgésico e antipirético.
Via de administração: via intravenosa (IV), intramuscular (IM) ou oral (VO)
Diluição: diluída em água para injeção

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Interação medicamentosa: associação do diclofenaco deve ser evitada como os seguintes


medicamentos: varfarina, diuréticos, digoxina, metotrexato, ciclosporina, lítio, citalopram,
escitalopram, fluoxetina, paroxetina ou sertralina. Devido ao maior risco de lesão renal, a
associação de qualquer anti-inflamatório com anti-hipertensores da classe dos inibidores da
Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) ou Antagonistas dos Receptores da Angiotensina
II (ARA2) deve ser evitada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Aplicar o medicamento conforme a prescrição.
◽ Realizar higiene rigorosa, com álcool, no local de aplicação da injeção.
◽ Caso seja escolhida via intramuscular: administrar a injeção somente por injeção IM
profunda, no quadrante externo superior da nádega.
◽ Jamais administrar por via IM no deltóide do paciente.
◽ Fazer a aplicação de forma lenta.
◽ Atentar-se aos efeitos adversos do medicamento.
◽ Atentar-se à ocorrência de dor indevida no local da injeção.

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINE

DIPIRONA
Nome genérico: Novalgina
Nome similar: Maxalgina
Apresentação: 500mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é hidrolisada em sua porção ativa, meta-
bolizada e excretada por meio da urina e fezes.
Farmacodinâmica: é um derivado pirazolônico não narcótico, com efeitos ainda desconhe-
cidos, porém, alguns estudos relatam que possui ação sobre a ciclooxigenase com efeitos
analgésico, antipirético e antiespasmótico.
Via de administração: via intravenosa (IV), via intramuscular (IM) ou oral (VO)
Diluição: diluída em soro fisiológico 0,9%, soro glicosado 5% ou ringer lactato.
Interação medicamentosa: a dipirona pode causar redução dos níveis de ciclosporina no san-
gue. As concentrações da ciclosporina devem, portanto, ser monitoradas quando a dipirona é
administrada simultaneamente. A administração de dipirona com metotrexato pode aumentar
a toxicidade sanguínea do metotrexato particularmente em pacientes iidosos, portanto, essa
combinação deve ser evitada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar-se à via de administração, à dosagem e à forma de apresentação do
medicamento.
◽ Avaliar o paciente entre 30 minutos e 1 hora após a administração do medicamento
para verificar a diminuição de temperatura e/ou da dor.
◽ Atentar-se aos efeitos adversos do medicamento.
◽ Em casos de pacientes com hipotensão, o medicamento deve ser usado com cautela.

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VASOPRESSORES

DOBUTAMINA
Nome genérico: Dobutrex, Dobtan
Nome similar: Dobtan, Dobuton (Ariston)
Apresentação: 12,5mg/ml
Farmacocinética: o início de ação da dobutamina está entre 1 a 2 minutos; é altamente
lipossolúvel mas tem pouca capacidade de ligação proteica. Essa característica permite uma
rápida passagem pela barreira hematoencefálica, levando a concentrações maiores do que no
plasma; é metabolizada no fígado e é excretada pela urina e bile.
Farmacodinâmica: é um agente inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da
estimulação dos receptores beta 1 do coração; tem poucos efeitos em receptores alfa 1 (vaso-
constritor) e beta 2 (vasodilatador).
Via de administração: intravenosa preferencialmente central
Diluição: dobutamina 1 ampola (20 ml) + soro glicosado 5% 230 ml = solução 1 mg/ml.
1 ampola = 10 ml = 50mg. Inotrópico + vasopressor. Início de ação em 5 minutos.
Interações medicamentosas: pode aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (ex: epine-
frina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a vasocontrição (contração dos vasos
sanguíneos) com: ergotamina, ergonovina, metilergonovia, metisergida, oxitocina.
Cuidados de enfermagem:
◽ Realizar um acesso venoso de grosso calibre ou central.
◽ Administrar o medicamento sempre em bomba de infusão.
◽ Monitorizar e verificar os SSVV do paciente.
◽ Realizar monitorização eletrocardiográfica.

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VASOPRESSORES

DOPAMINA
Nome genérico: Revivan
Nome similar: Dopabane
Apresentação: 50mg/2ml, 50mg/10ml, 200mg/5ml
Farmacocinética: após administração por via intravenosa, é distribuída para todo o corpo;
metabolizada no fígado, rins e plasma e é excretada pela urina.
Farmacodinâmica: atua diretamente nos receptores beta 1 do coração, aumentando a força de
contração de músculo cardíaco (efeito inotrópico positivo). Estimula também receptores alfa 1, e
aumentando a vasoconstrição no músculo liso (pelo efeito indireto de liberação de norepinefrina).
Via de administração: deve ser administrado exclusivamente através de infusão intravenosa
com a solução diluída antes da administração em veia de grande calibre, preferencialmente
veias centrais.
Diluição: 5 ampolas de dopamina em 200 ml de soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
(solução de 1mg/ml).
Interação medicamentosa: apresenta incompatibilidade com furosemida, tiopental sódico,
insulina, ampicilina e anfotericina B; misturas com sulfato de gentamicina, cefalotina sódica ou
oxacilina sódica devem ser evitadas.
Cuidados de enfermagem:
◽ Evitar extravasamento do medicamento para evitar necrose tecidual. Caso haja extra-
vasamento de conteúdo, parar imediatamente a infusão e aplicar compressa fria no
local (puncionar acesso venoso, longe do local de infiltração).
◽ Administrar a medicação em bomba de infusão.
◽ Monitorizar o paciente.
◽ Promover o aquecimento das extremidades e averiguar a necessidade do uso de outros
vasopressores ou digitálicos.
◽ Utilizar equipo fotossensível.

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VASOPRESSORES

EFEDRINA
Nome genérico: Sulfato de Efedrina
Nome similar: Unifedrine
Apresentação: 50mg/ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, é distribuída para a corrente sanguínea
até chegar no fígado para sofrer metabolismo; possui meia-vida de 3 a 12 horas e é excretada
pela via renal.
Farmacodinâmica: é um agonista indireto dos receptores adrenérgicos alfa e beta, estimula a
liberação de norepinefrina, principalmente a nível pulmonar.
Via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) ou intravenosa (IV)
Diluição: não dilui
Interação Medicamentosa: não deve ser administrado junto com outros agentes simpaticomiméti-
cos devido à possibilidade de ocorrerem efeitos aditivos e aumento da toxicidade.
Cuidados de enfermagem:
◽ Não é indicado usar em substituição à epinefrina.
◽ Após administração, fique de olho no paciente.

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ANTICOAGULANTES

ENOXAPARINA
Nome genérico: Enoxaparina sódica
Nome similar: Clexane
Apresentação: 20mg/0,2ml, 40mg/0,4ml, 60mg/0,6ml, 80mg/0,8ml
Farmacocinética: após administrações subcutâneas, é distribuída para o tecido subcutâneo,
metabolizada pelo fígado e excretada por meio dos rins.
Farmacodinâmica: a heparina é um anticoagulante que, ao inibir a antitromboplastina, através
da antitrombina, atua indiretamente sobre vários fatores ativados da coagulação, como a
trombina (fator IIa). A inibição do fator Xa ativado interfere na produção de trombina, e assim
inibe várias de suas ações na coagulação.
Existem 2 tipos de heparina:
◽ Heparina Não Fracionada (HNF) é um anticoagulante que possui um peso molecular
em média de 15000 dáltons, também conhecida como heparina.
◽ Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) é um anticoagulante de baixo peso mole-
cular, em média 5000 dáltons, por isso, tende a ser absorvida de forma mais rápida.
Também é conhecida como enoxaparina.
Via de administração: via intravenosa (IV) ou subcutânea (SC)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: recomenda-se a interrupção do uso de medicamentos que afe-
tam a hemostasia antes do início do tratamento com enoxaparina sódica, a menos que seu
uso seja estritamente indicado. Tais medicamentos incluem: salicilatos sistêmicos, ácido
acetilsalicílico e outros Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs), incluindo o cetorolaco

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

de trometamina; dextran 40, ticlopidina e clopidogrel; glicocorticóides sistêmicos; agentes


trombolíticos e anticoagulantes; outros agentes antiplaquetários, incluindo os antagonistas
de glicoproteína IIb/IIIa. Em caso de indicação do uso de qualquer uma destas associa-
ções, deve-se utilizar versa (enoxaparina sódica) sob monitorização clínica e laboratorial
apropriadas.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a via de administração, a dosagem e a forma de apresentação do
medicamento.
◽ Não administrar por via intramuscular.
◽ Não massagear o local de aplicação, devido ao risco de hematoma.
◽ Não administrar com outras drogas.
◽ Orientar os pacientes quanto ao risco de sangramento, por exemplo, ao escovar os dentes.
◽ Observar sinais e sintomas de hemorragia externa e interna.
◽ Observar sinais de hipersensibilidade à droga.
◽ Observar os sinais e sintomas de hemorragia que o paciente pode apresentar: hematomas
em membros, petéquias, epistaxe, melena, hematúria, dor torácica e nos flancos. Nesses
casos, pode-se utilizar a protamina como antídoto.
◽ Observar os sinais de hipersensibilidade à droga: urticária, calafrios, febre e reação
asmática.

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VASOPRESSORES

EPINEFRINA
Nome genérico: Adrenalina
Nome similar: Drenalin, Efrinalin
Apresentação: 1mg/ml
Farmacocinética: é bem absorvida tanto pela via intramuscular como pela via subcutânea. É
metabolizada no fígado, nervos terminais simpáticos e outros tecidos. O início da ação é variá-
vel pela via intramuscular e pela via subcutânea, inicia após 6 a 15 minutos da administração e
é excretada pela via renal.
Farmacodinâmica: pelo estímulo beta 1: aumenta contratilidade (efeito inotrópico), aumen-
ta condução AV e automatismo. Pelo estímulo beta 2: broncodilatação, vasodilatação da
musculatura esquelética. Pelo efeito alfa: vasoconstrição, resposta de fuga. Em baixas doses
predomina efeito beta (vasodilatação). Em altas doses, efeito alfa (vasoconstrição, aumento da
resistência vascular sistêmica e da pressão arterial).
Via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) ou intravenosa (IV)
Diluição: pura ou diluída, depende da indicação clínica.
Interação medicamentosa: podem existir interações com outros medicamentos que também
agem sobre esses receptores. Ressalva importante deve ser dada em pacientes que estão sob
uso de beta-bloqueadores.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar o medicamento com atenção.
◽ Na RCP adulto administrar pura 1:1000 1mg, na RCP pediatra administrar diluída
1:10000 0,1ml/kg.
◽ Na bradicardia refratária, BAV e BAVT 2 a 10mg/kg.
◽ Monitorizar o paciente.
◽ Atentar-se aos SSVV do paciente.

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AGENTES INDUTORES

ETOMIDATO
Nome genérico: Etomidato (HYPNOMIDATE)
Nome similar: Etomidato
Apresentação: 2mg/ml
Farmacocinética: após a administração intravenosa, é distribuído para o cérebro e outros
tecidos; é metabolizado pelo fígado e eliminado na urina como metabólitos.
Farmacodinâmica: é um modulador do receptor GABA com efeito hipnótico de curta duração,
apresenta propriedades anticonvulsivantes e protege o tecido cerebral das alterações celulares
decorrentes de hipóxia, entretanto, não produz efeitos analgésicos, o que impede seu uso sem
associação com analgésicos.
Via de administração: via intravenosa (IV)
Diluição: diluir em 20ml de soro fisiológico 0,9%
Interação Medicamentosa: os sedativos podem potencializar o efeito hipnótico do etomidato.
Pode ser necessário adaptar a dose de etomidato se o paciente ingerir bebidas alcoólicas ou
utilizar medicamentos regularmente, ou se estiver tomando algum medicamento que torna as
reações mais lentas, por exemplo, medicamentos para dormir, tranquilizantes, medicamentos
para tratar transtornos mentais.
Cuidados de enfermagem:
◽ Deve ser administrado por via intravenosa em acesso central.
◽ Deve ser administrado conforme prescrição.
◽ Sempre com paciente monitorizado.

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ANTICONVULSIVANTE

FENITOÍNA SÓDICA
Nome genérico: Epelin (fenitoína)
Nome similar: Dantalin, Epelin, Fenital, Unifenotoin
Apresentação: 50mg/ml
Farmacocinética: após ser administrada por via venosa, é distribuída pela corrente sanguínea,
excretada na bile como metabólitos inativos que são reabsorvidos pelo trato gastrointestinal e
excretados na urina.
Farmacodinâmica: é um medicamento antiepiléptico, que age no córtex motor, onde a extensão
da atividade das crises é inibida. Possivelmente pela estimulação da saída de sódio dos neurô-
nios, a fenitoína tende a estabilizar o limiar contra hiperexcitabilidade causada pela estimulação
excessiva ou alterações ambientais capazes de reduzir o gradiente da membrana sódica.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9%
Interação medicamentosa: existem evidências de que o etanol induz a produção de enzimas
microssômicas hepáticas resultando em metabolismo realçado da fenitoína. Além disso, quan-
to aos barbituratos e corticosteroides também deve ser dada devida orientação ao paciente.
Cuidados de enfermagem:
◽ Ficar do lado do paciente por alguns minutos após a aplicação.
◽ Orientar sobre o risco de dirigir e operar máquinas, devido às alterações visuais (nistagmo,
diplopia, distúrbio visual).
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

ANTICONVULSIVANTE

FENOBARBITAL
Nome genérico: Fenobarbital
Nome similar: Barbitron, Carbital, Edhanol, Garbital,
Unifenobarb
Apresentação: 100mg/ml
Farmacocinética: após a absorção por trato gastrointestinal, a distribuição no organismo é
influenciada pela lipossolubilidade e ligação com proteínas do plasma, a sua metabolização
ocorre no fígado, é excretado de forma inalterada pela via renal.
Farmacodinâmica: é um anticonvulsivante derivado do ácido barbitúrico, tem capacidade de
atuar nos receptores GABA. Os barbituratos deprimem reversivelmente a atividade de todos os
tecidos excitáveis, sendo o sistema nervoso central especialmente sensível.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: não deve ser diluído em soro fisiológico ou outros líquidos.
Interação Medicamentosa: álcool: o efeito sedativo do fenobarbital é potencializado pelo álco-
ol. Dirigir ou operar máquinas pode ser perigoso considerando-se as alterações no estado de
alerta. A ingestão de bebida alcoólica e medicamentos que contenham álcool como excipiente
deve ser evitada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Sempre que realizar o medicamento, manter o paciente em observação por alguns minutos.
◽ Orientar familiares sobre a possibilidade de confusão mental e irritabilidade.

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OPIOIDES

FENTANIL
Nome genérico: Citrato de Fentanila
Nome similar: Fentanest, Unifental
Apresentação: 78,5mcg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é distribuído para todo o corpo. Sofre
metabolização hepática e é excretado por meio da urina.
Farmacodinâmica: agonista dos receptores μ-opioide, com maior lipossolubilidade em relação
à morfina, um analgésico potente.
Via de administração: pode ser administrado por via epidural, intramuscular ou intravenosa,
dependendo da indicação. A solução injetável não deve ser misturada com outros produtos.
Diluição: deve ser diluída em soro fisiológico 0,9%.
Interação Medicamentosa: uso de fentanil junto com depressores do sistema nervoso central,
especialmente benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados em pacientes com respira-
ção espontânea, pode aumentar o risco de sedação profunda, depressão respiratória, coma e
morte.
Cuidado de enfermagem:
◽ Realizar com monitorização cardíaca em pacientes sedados.
◽ Administrar em bomba de infusão contínua.
◽ Atentar à escala de sedação e analgesia.
◽ Não misturar fentanil com outros produtos.

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ANTAGONISTA DOS TRANQUILIZANTES

FLUMAZENIL
Nome genérico: Flumazenil (Lanexat).
Nome similar: Flumazen, Flumazil
Apresentação: 0,1mg/ml
Farmacocinética: após ser administrado por via venosa, é distribuído no espaço extravascular;
é metabolizado no fígado e seu principal metabólito é o ácido carboxílico no plasma e na urina;
a eliminação é rápida e é excretado por meio das fezes e urina.
Farmacodinâmica: é um antagonista benzodiazepínico que bloqueia especificamente, por
inibição competitiva, os efeitos colaterais das substâncias que agem via receptores benzodia-
zepínicos.
Via de administração: via intravenosa (IV)
Diluição: pode ser administrado por infusão IV diluído em soro glicosado 5%, ringer lactato ou
soro fisiológico 0,9%, concomitantemente com outros procedimentos de reanimação.
Interação Medicamentosa: os efeitos de agonistas não benzodiazepínicos, tais como o
zopiclone, triazolopiridazinas e outros, são igualmente bloqueados por flumazenil. Não foram
observadas interações com outros depressores do sistema nervoso central.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar-se à dose do medicamento e realizar conforme prescrição.
◽ Evitar injeções rápidas de flumazenil em pacientes expostos a altas doses e/ou longos
períodos de benzodiazepínicos.
◽ Atentar-se aos sinais vitais do paciente durante e após a administração do medicamento.

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DIURÉTICOS

FUROSEMIDA
Nome genérico: Furosemida (Lasix)
Nome similar: Furosem, Furosetron Neosemid
Apresentação: 10mg/ml
Farmacocinética: após administrado por via venosa, é absorvida pelo trato gastrointestinal;
eliminada principalmente pela secreção no túbulo proximal e excretada por meio das fezes e
urina, após secreção biliar.
Farmacodinâmica: diurético de alça com efeito rápido e curta ação, inibe a reabsorção de sódio
e água na alça de Henle.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluída em soro fisiológico 0,9%, ringer lactato ou soro glicosado 5%. Pode ser admi-
nistrada pura e flush de 20ml de soro fisiológico 0,9%.
Interação Medicamentosa: furosemida pode potencializar a ototoxicidade de antibióticos
aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos, visto que os efeitos resultantes sobre a
audição podem ser irreversíveis.
Cuidados de enfermagem:
◽ Antes de administrar o medicamento, analisar a indicação e o quadro clínico do
paciente.
◽ Fazer o controle da diurese por meio da anotação.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

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ELETRÓLITOS

GLICONATO
DE CÁLCIO
Nome genérico: Gliconato de cálcio
Nome similar: não existe
Apresentação: 100mg/ml
Farmacocinética: a fração principal de cálcio está na estrutura esquelética principalmente
como hidroxiapatia, pequenas quantidades de carbonato de cálcio e fosfatos cálcicos amorfos.
O cálcio dos ossos está em constante troca com o cálcio do plasma. Cerca de 80% do medica-
mento são eliminados por via fecal. Sua união às proteínas é moderada.
Farmacodinâmica: o gliconato de cálcio é fornecedor de eletrólito, cardiotônico, anti-hiperpo-
tassêmico, anti-hipermagnesêmico.
Via de administração: intravenoso (IV)
Diluição: pode ser diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: não combinar com outros fármacos, pois o gliconato de cálcio
é incompatível com vários desses fármacos. Solução de gliconato de cálcio 10% apresenta
incompatibilidade com anfotericina B, cefalotina sódica, novobiocina sódica, cefamandol,
cloridrato de dobutamina e tetraciclina.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar à monitorização hemodinâmica.
◽ Nunca fazer em paciente sem monitorização.
◽ Durante a RCP, manter medicamento em infusão contínua.
◽ Sempre olhar os exames laboratóriais antes e após infusão.

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ELETRÓLITOS

GLICOSE
HIPERTÔNICA
Nome genérico: Glicose
Nome similar: não existe
Apresentação: 5g/10ml, 10g/20ml. Isotônica (5%). Hipertônica (10%, 25% e 50%)
Farmacocinética: após ser administrada por via venosa, é distribuída por todo o corpo atingin-
do concentrações máximas no plasma; é metabolizada por meio do ácido pirúvico ou láctico e
é liberada por meio da urina.
Farmacodinâmica: elemento de alto valor energético que supre as necessidades calóricas
do organismo. As soluções de glicose hipertônica são essenciais para assegurar a utilização
correta da glicose, evitar a hiperglicemia e a lipogênese.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: diluir em soro fisiológico 0,9%.
Interação Medicamentosa: não são conhecidas interações medicamentosas até o momento. Para
minimizar o risco de possíveis incompatibilidades da mistura das soluções de glicose com outras
medicações que possam ser prescritas, deve ser verificada a presença de turbidez ou precipita-
ção imediatamente após a mistura, antes e durante a administração.
Cuidados de enfermagem:
◽ Ter cuidado quanto às doses e prescrição do medicamento.
◽ Atentar-se ao caso clínico do paciente, antes de aplicar o medicamento.
◽ Atentar-se aos sinais e sintomas do paciente durante e após a infusão.
◽ Atentar-se às contraindicações do medicamento.

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TRANQUILIZANTES MAIORES

HALOPERIDOL
Nome genérico: Haldol.
Nome similar: Decan Haloper (União Química), Halo
Decanoato (Cristália), Uni Haloper (União Química)
Apresentação: 5mg/ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, é rapidamente distribuído a vários
tecidos e órgãos, metabolizado pelo fígado e excretado de forma inalterada na urina.
Farmacodinâmica: suprime delírios e alucinações como consequência direta do bloqueio da
sinalização dopaminérgica na via mesolímbica e provoca sedação psicomotora eficaz.
Via de administração: intramuscular (IM)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: haloperidol pode aumentar a depressão do sistema nervoso central
causada por outros depressores, como bebidas alcoólicas, hipnóticos, sedativos e analgésicos
potentes. Um aumento das atividades do sistema nervoso central foi relatado quando associa-
do à metildopa.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a forma de apresentação dosagem e via de administração prescritas pelo
médico.
◽ Atentar para interação medicamentosa com álcool, anestésicos, barbitúricos e
metildopa, pois tais medicamentos potencializam o efeito do haloperidol.
◽ Atentar para interação medicamentosa com anticonvulsivantes, pois o medicamento
haloperidol reduz o limiar convulsígeno.
◽ Atentar para a interação medicamentosa com guanetidina, pois o haloperidol
apresenta efeito antagonista ao anti-hipertensivo.
◽ Atentar para a interação medicamentosa com antiácidos e antidiarreicos, por inibir a
absorção oral.
◽ Atentar para interação medicamentosa com epinefrina, pois há risco de hipotensão.
◽ Orientar o paciente sobre risco de queda devido à hipotensão ortostática, convulsões e
visão turva.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

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ANTICOAGULANTES

HEPARINA
Nome genérico: Liquemine (heparina)
Nome similar: Dalteparina, Tinzaparina
Apresentação: IV: 5000UI/ml, SC: 5000/0,25ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, o efeito ocorre imediatamente. Além
disso, sua distribuição pelos tecidos não possui grande importância clínica devido ao fato
de a heparina atuar diretamente na corrente sanguínea, com uma ampla ligação às proteínas
plasmáticas; metabolizada no fígado pela enzima heparinase e excretada por meio da urina.
Farmacodinâmica: heparina é um anticoagulante que ao inibir a antitromboplastina, através da
antitrombina, atua indiretamente sobre vários fatores ativados da coagulação, como a trom-
bina (fator IIa). A inibição do fator Xa ativado interfere na produção de trombina, e assim inibe
várias de suas ações na coagulação.
Existem 2 tipos de heparina:
◽ Heparina Não Fracionada (HNF) é um anticoagulante que possui um peso molecular
em média de 15000 dáltons, também conhecida como heparina.
◽ Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) é um anticoagulante de baixo peso mole-
cular, em média 5000 dáltons, por isso, tende a ser absorvida de forma mais rápida.
Também é conhecida como enoxaparina.
Via de administração: intravenosa (IV) ou subcutânea (SC)
Diluição: pode ser diluída ou não

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Interação medicamentosa: a diminuição do efeito da heparina pode ocorrer em casos de admi-


nistração concomitante de anti-histamínicos, digitálicos, tetraciclinas e em relação aos abusos
de administração de nitroglicerina como também de nicotina.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a via de administração, a dosagem e a forma de apresentação do
medicamento.
◽ Não administrar por via intramuscular.
◽ Não massagear o local de aplicação, devido ao risco de hematoma.
◽ Não administrar com outras drogas.
◽ Orientar os pacientes quanto ao risco de sangramento, por exemplo, ao escovar os dentes.
◽ Observar sinais e sintomas de hemorragia externa e interna.
◽ Observar sinais de hipersensibilidade à droga.
◽ Observar os sinais e sintomas de hemorragia que o paciente pode apresentar: hematomas
em membros, petéquias, epistaxe, melena, hematúria, dor torácica e nos flancos. Nesses
casos, pode-se utilizar a protamina como antídoto.
◽ Observar os sinais de hipersensibilidade à droga: urticária, calafrios, febre e reação
asmática.

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AGENTES HIPOTENSORES

HIDRALAZINA
Nome genérico: não existe
Nome similar: Nepresol
Apresentação: 20mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, o medicamento é distribuído para circu-
lação sistêmica; é absorvida pelos tecidos, agindo na musculatura lisa endotelial das artérias;
após realizar o seu efeito é excretado por via renal.
Farmacodinâmica: a hidralazina exerce seu efeito vasodilatador periférico através de uma ação
relaxante direta sobre a musculatura lisa dos vasos de resistência, predominantemente nas ar-
teríolas. O mecanismo de ação celular responsável por este efeito não é totalmente conhecido.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: diluir 1 ampola (20 mg 1 ml) em 19 ml de água destilada, infundir 5 ml IV (5 mg) a cada
30 minutos até controle da pressão. Repetir dose a cada 4 a 6 horas.
Interação Medicamentosa: o tratamento concomitante com outros vasodilatadores, antagonistas
de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos, anti-hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e tran-
quilizantes maiores, assim como o consumo de álcool, podem potencializar o efeito redutor da
pressão arterial da hidralazina.
Cuidados de enfermagem:
◽ Monitorizar o paciente.
◽ Colocar um acesso venoso periférico calibroso.
◽ Fazer a aplicação da medicação conforme a dose e a via prescrita.
◽ Atentar-se aos sinais vitais do paciente durante e após a administração do medica-
mento.

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ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS - CORTICOIDES

HIDROCORTISONA
Nome genérico: Hidrocortisona (succinato sódico)
Nome similar: Berlison, Stiefcortil, Therasona, Stiefcortil
Apresentação: 100 e 500mg/ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, a resposta inicial ocorre em 7 dias. Os fato-
res que aumentam a absorção percutânea incluem: grau de inflamação da pele, uso oclusivo, tipo
de veículo e concentração do produto. É metabolizada nos tecidos e eliminada por via urinária.
Farmacodinâmica: é um adrenocorticoide que pertence ao grupo dos AIEs e interfere numa
vasta série de processos vitais que envolvem a estabilização de membranas celulares. Além
disso, age na inibição das reações inflamatórias, alérgicas, imunes e no estímulo da neogluco-
gênese e na mobilização do cálcio.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
Interação Medicamentosa: os antibióticos macrolídeos, como a azitromicina e a eritromicina,
anticoncepcional oral, cetoconazol e estrogênio podem aumentar a ação do acetato de hidro-
cortisona. Já a aminoglutetimida, barbiturato, colestiramina, efedrina, hidantoína e rifampicina
diminuem a ação do acetato de hidrocortisona.
Cuidados de enfermagem:
◽ Após reconstituição, realizar diluição conforme a capacidade do músculo.
◽ Fazer via venosa em equipo gravitacional.

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AGENTES HIPOTENSORES

ISORDIL
Nome genérico: Dinitrato de Isossorbida
Nome similar: Angil Imagem meramente ilustrativa

Apresentação: 2,5mg e 5mg


Farmacocinética: a absorção gastrointestinal de isordil comprimidos é rápida e completa. A
droga sofre um intenso efeito metabólico de primeiro passo, com pequenas variações entre
os pacientes. Isordil é metabolizado e sofre biotransformação no intra-hepático e é eliminado
pelos rins.
Farmacodinâmica: é um vasodilatador de ação direta sobre a musculatura vascular lisa, sendo
utilizado em casos de angina do peito e insuficiência cardíaca. Relaxa a musculatura lisa brôn-
quica, biliar, gastrointestinal, uretral e uterina.
Via de administração: oral (VO) ou sublingual (SL)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosas: o dinitrato de isossorbida, utilizado juntamente com os medica-
mentos dessa mesma classe (por exemplo: sildenafila, tadalafila e vardenafila), aumenta o
risco de queda brusca da pressão sanguínea, devendo-se evitar o uso concomitante desses
medicamentos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Orientar o paciente a colocar o comprimido e manter sob a língua.
◽ Orientar o paciente para que não mastigue o comprimido.

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ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS - CORTICOIDES

METILPREDNISOLONA
Nome genérico: Solu-Medrol (succinato sódico de
metilprednisolona)
Nome similar: Predmetil (Eurofarma)
Apresentação: 125mg, 500mg ou 1g
Farmacocinética: após administração por via injetável, é distribuída amplamente nos tecidos,
metabolizada no fígado e é eliminada por meio dos rins.
Farmacodinâmica: é um potente esteroide anti-inflamatório. Possui maior potência e menor
tendência em comparação à prednisolona de induzir a retenção de sódio e água. O succinato
sódico de metilprednisolona possui ação metabólica e anti-inflamatória semelhante à metilpred-
nisolona.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9 ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: o uso de succinato sódico de metilprednisolona com medicamentos
que induzem (aumentam a capacidade de trabalhar) as enzimas do fígado (por exemplo, anticon-
vulsivantes – fenobarbital, fenitoína e antibiótico antituberculoso – rifampicina) podem reduzir a
quantidade de succinato sódico de metilprednisolona no sangue.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Não misturar outros medicamentos com solução da pulsoterapia e metilprednisolona.
◽ Infundir a solução em temperatura ambiente.
◽ Infundir somente a solução homogênea, sem grânulos.
◽ Identificar efeitos adversos da medicação, exemplo: pico hipertensivo, hiperglicemia,
arritmia, taquicardia, cefaleia, náusea e/ou vômito. Nesses casos, diminuir a
velocidade e comunicar imediatamente ao médico responsável.
◽ O acesso venoso deve ser exclusivo para infusão da medicação.
◽ Atentar-se à estabilidade da droga
◽ Aprazar o início de infusão entre 8 e 11h (a produção de adrenocorticoides no período
da manhã é maior).
◽ Em caso de reação anafilática, interrompa imediatamente e definitivamente a infusão e
acione o médico.
◽ Verificar o peso do paciente pelo menos uma vez na semana.
◽ Atentar para pacientes em precaução de contato (utilizar o kit de isolamento).

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ANTIARRÍTMICOS

METOPROLOL
Nome genérico: Succinato de Metoprolol
Nome similar: Miclox (Multilab)
Apresentação: 1mg/ml, ampola: 5ml
Farmacocinética: após ser administrada por via venosa, é distribuída para todo o corpo durante 5
a 10 minutos; o metoprolol sofre metabolismo oxidativo no fígado primariamente pela isoenzima
CYP2D6; é eliminado por via urinária. Lembrando que a farmacocinética do metoprolol é pouco
afetada pela diminuição da função hepática.
Farmacodinâmico: o metoprolol é um bloqueador beta 1 seletivo, isto é, bloqueia os receptores
beta 1 em doses muito menores dos que as necessárias para bloquear os receptores beta 2;
reduz ou inibe o efeito agonista das catecolaminas no coração.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: não é diluído
Interação medicamentosa: a concentração plasmática de metoprolol é diminuída pela rifampi-
cina e pode ser elevada pelo álcool e hidralazina. Recomenda-se cuidado especial a pacientes
recebendo tratamento concomitante com agentes bloqueadores ganglionares simpáticos, outros
betabloqueadores (oir exemplo, colírio) ou inibidores da Monoaminoxidase (MAO).
Cuidados de enfermagem:
◽ Aplicar o medicamento conforme a prescrição.
◽ Monitorizar o paciente.
◽ Atentar-se à dose do medicamento.
◽ Pode ser administrada toda a ampola durante 5 minutos, mas sem diluir.

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TRANQUILIZANTES MENORES

MIDAZOLAM
Nome genérico: Dormonid
Nome similar: Dormire, Dormium, Hipazolam, Maleato de
Midazolam
Apresentação: 5mg/ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, é ligado às proteínas plasmáticas,
principalmente albumina; é metabolizado e sofre biotransformação hepática; é o principal
metabólito na urina e no plasma e é excretada por meio da urina.
Farmacodinâmica: ação nos receptores gabaérgicos, aumentando a permeabilidade neuro-
nal aos íons cloretos, assim a célula entra em estado de hiperpolarização. Apresenta efeito
sedativo e indutor do sono rapidamente, de pronunciada intensidade. Também exerce efeito
ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular.
Via de administração: intravenosa (IV) ou intramuscular (IM)

Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%.


Interação medicamentosa: aumento do efeito depressivo pode ocorrer quando o midazolam é
usado concomitantemente com antipsicóticos, hipnóticos, ansiolíticos/sedativos, antidepressi-
vos, analgésicos, narcóticos, drogas antiepilépticas, anestésicos e sedativos anti-histamínicos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Infusão em bomba de infusão contínua.
◽ Paciente sempre monitorizado.
◽ Não indicado se paciente com IAM em VD.
◽ Atentar-se aos efeitos colaterais do medicamento.

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AGENTES HIPOTENSORES

MONONITRATOS
E DINITRATO DE
ISOSSORBIDA Imagem meramente ilustrativa

Nome genérico: Mononitrato Isossorbida


Nome similar: Cincordil, Coronar, Vexel
Apresentação: 10mg/ml, 5 a 10mg, 5 a 30mg
Farmacocinética: a absorção gastrointestinal dos comprimidos é rapida e completa; é metabo-
lizado em dois mononitratos que sofrem glicuronização e eliminado pelos rins.
Farmacodinâmica: mononitrato e dinitrato de isossorbida são vasodilatadores com as pro-
priedades gerais dos nitratos. A forma de mononitrato (comprimido para administração oral e
solução injetável) é metabólito ativo da forma dinitrato (comprimido sublingual). Além disso,
por possuir uma ação relaxante direta sobre a circulação coronária e circulação venosa, faz
com que haja um aumento do fluxo coronário e redução da pré-carga.
Via de administração: sublingual (SL) ou oral (VO)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: o uso concomitante com acetilcolina, anti-histamínicos ou anti-hiper-
tensivos aumenta o efeito hipotensor ortostático dos nitratos; com simpatomiméticos, pode ter
reduzido o seu efeito antianginoso.
Cuidados de enfermagem:
◽ Recomende que o paciente mude suavemente de posição para minimizar a hipotensão
postural.
◽ Recomende que o paciente evite o tabagismo e o consumo de álcool, como também o
uso de qualquer outra droga ou medicação.
◽ Atenção durante o uso concomitante de outras drogas.

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OPIOIDES

MORFINA
Nome genérico: Sulfato de Morfina
Nome similar: Sulfato de Morfina Germed
Apresentação: 02 mg/ml, 10mg/ml
Farmacocinética: após administração da medicação por via venosa, atinge o compartimento
central intacto; é metabolizado pelo fígado; a eliminação primária é essencialmente renal e a
eliminação secundária por via biliar.
Farmacodinâmica: a morfina é uma substância capaz de se ligar ao subtipo mu do receptor
opioide. O receptor mu é tido clinicamente como o mais importante receptor opioide, por conta
da sua ação analgésica principal, por meio da inibição das vias nociceptivas.
Via de administração: intramuscular (IM), subcutânea (SC) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluída em 4 ou 5 ml de água estéril para injeção; aplicada lentamente (4 a 5 minutos).
Interação medicamentosa: os efeitos depressores da morfina são potencializados pela adminis-
tração concomitante ou pela presença de outros depressores do sistema nervoso central como
álcool, sedativos, anti-histamínicos ou drogas psicotrópicas (IMAO, fenotiazinas, butirofenonas e
antidepressivos tricíclicos).
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para depressão respiratória.
◽ Sempre com paciente monitorizado.
◽ Diluir a morfina, nos casos de infusão endovenosa, que deverá ser lenta, com controle
rigoroso de gotejamento.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.

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ANTAGONISTA
AGENTES
AGENTES DE OPIOIDES
HIPOTENSORES
HIPOTENSORES

NALOXONA
Nome genérico: Naloxona
Nome similar: Narcan (cloridrato de naloxona)
Apresentação: 0,4mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é distribuída rapidamente pelo corpo; é
metabolizada no fígado e excretada pela urina.
Farmacodinâmica: o cloridrato de naloxona é um antagonista puro de opioide, isto é, não pos-
sui as propriedades agonísticas ou características morfinomiméticas de outros antagonistas
de opioide. O cloridrato de naloxona não produz depressão respiratória, efeitos psicotomiméti-
cos ou contração pupilar.
Via de administração: intravenosa (IV), intramuscular (IM) ou subcutânea (SC)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9% ou dextrose 5%.
Interação medicamentosa: medicamentos narcóticos para dor e nalbufina podem interagir com
o cloridrato de naloxona. O produto deve ser usado com precaução em pacientes que tenham
usado fármacos potencialmente cardiotóxicos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar o medicamento conforme a prescrição.
◽ Manter o paciente sob contínua observação, repetidas doses de cloridrato de naloxona
devem ser administradas, se necessário.
◽ Não deve ser misturado com preparados contendo bissulfito, ânions de cadeia longa
ou alto peso molecular, ou qualquer solução contendo pH alcalino.

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BLOQUEADOR DE CÁLCIO

NIFEDIPINA
Nome genérico: não existe
Nome similar: Nifedipress, Neo Fedipina Imagem meramente ilustrativa
Apresentação: 20, 30 e 60mg
Farmacocinética: é quase completamente absorvido após administração oral; metabolizado na
parede intestinal e no fígado, sobretudo por meio de processos oxidativos; é excretado por via
biliar, nas fezes e por meio da urina.
Farmacodinâmica: é um antagonista do cálcio do tipo 1,4-diidropiridina. Os antagonistas do
cálcio reduzem o influxo transmembrana de íons de cálcio para o interior da célula através
do canal lento de cálcio. A droga age na musculatura lisa dos vasos de resistência periférica,
diminuindo a pressão arterial.
Via de administração: oral (VO) ou sublingual (SL)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: pode causar um falso aumento dos valores de ácido vanililmandé-
lico urinário determinados espectrofotometricamente. Contudo, as determinações feitas por
HPLC não são afetadas.
Cuidados de enfermagem:
◽ Orientar os pacientes que fazem uso contínuo.
◽ No caso de pressão arterial muito baixa, orientar a buscar atendimento e não
suspender o medicamento.

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AGENTES HIPOTENSORES

NITROGLICERINA
Nome genérico: Tridil
Nome similar: Nitroglicerina
Apresentação: 25mg/5ml, 50mg/10ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é distribuída para a corrente sanguínea,
metabolizada no fígado e excretada pelos rins.
Farmacodinâmica: faz parte da classe dos medicamentos vasodilatadores, possuindo ação
antianginosa. Atua reduzindo o consumo cardíaco de oxigênio, secundário à redução da pré e
pós carga cardíaca, redistribuindo o fluxo coronariano em direção a áreas isquêmicas através
de artérias colaterais e alívio dos espasmos coronarianos.
Via de administração: oral (VO), spray (SY), sublingual (SL), intrabucal, tópica ou intravenosa (IV)
Diluição: pode ser diluído em dextrose 5%, soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%
Interação Medicamentosa: os efeitos de vasodilatação da nitroglicerina podem ser aditivos aos
de outros vasodilatadores. A administração de infusões de nitroglicerina através do mesmo
conjunto de infusão que o de sangue pode resultar em pseudoaglutinação e hemólise.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar sempre diluído, de preferência em soro glicosado 5%.
◽ Sempre em bomba de infusão contínua.
◽ Usar equipo livre de PVC.
◽ Paciente sempre monitorado e com monitorização da pressão arterial.

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AGENTES HIPOTENSORES

NITROPRUSSIATO
DE SÓDIO
Nome genérico: Nitroprusseto de sódio,
Nitroprussiato sódico
Nome similar: Nipride, Nitropress
Apresentação: 25mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, acumula-se nas células dos músculos
vasculares, onde diminui o tonus muscular por si mesmo; é metabolizado pelo fígado e
excretado pela via renal.
Farmacodinâmica: é um potente vasodilatador que tem efeito inicialmente sobre os vasos
sanguíneos contraídos por espasmo, enquanto a dilatação generalizada dos vasos periféricos
ocorre com doses muito mais elevadas. Esses vasos incluem tanto as arteríolas quanto o leito
de capacitância (venoso) pós-capilar.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: deve ser diluída em soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: para aumentar o efeito hipotensor de nitroprussiato de sódio, pode-se
administrar outros fármacos anti-hipertensivos. Para administração a curto prazo, o agente
concomitante empregado deve demonstrar duração comparavelmente curta de ação.

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Cuidados de Enfermagem:
◽ Nunca realizar infusão do nipride em injeção endovenosa diretamente (bolus), devido ao
risco de hipotensão irreversível e choque.
◽ Utilizar apenas soro glicosado 5% para sua diluição. O frasco do soro bem como a
extensão do equipo e do conector deverão ser revestidos com material radiopaco, pois o
medicamento é sensível à luz e sua exposição inativa seu efeito.
◽ A troca da solução contendo nipride deverá ser realizada a cada 6 horas. Sempre utilizar
bomba de infusão para sua administração.
◽ Nunca administrar nipride em infusão gota/gota.
◽ Manter o paciente com monitoramento da pressão arterial. No início da infusão, programar
a verificação da PA de 10 em 10 minutos, até que tenhamos o ajuste de infusão. Em
seguida, poderemos programar a verificação da pressão arterial de 30 em 30 minutos.
◽ Para infusões longas de nipride, devemos estar atentos e saber reconhecer os sinais de
intoxicação por cianeto. A intoxicação por cianeto (nitroprussiato de sódio ou outros
cianetos) pode-se manifestar através da acidose metabólica, hiperoxemia venosa (sangue
venoso brilhante), falta de ar, confusão mental, parada cardiorrespiratória e morte;

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VASOPRESSORES

NOREPINEFRINA
Nome genérico: Noradrenalina, Bitartarato de Norepinefrina
Nome similar: Novanor Novafarma
Apresentação: 8mg/4ml, 4mg/4ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é metabolizada pela enzima monoami-
noxidase na terminação nervosa simpática. Sua eliminação ocorre por meio do fígado, rins,
paredes capilares e principalmente pulmões.
Farmacodinâmica: a noradrenalina é uma catecolamina endógena com potente efeito alfa-
agonista e algum efeito b1 - adrenérgico do coração, mas não estimula receptores beta 2 -
adrenérgicos dos brônquios ou dos vasos sanguíneos periféricos.
Via de administração: infusão intravenosa
Diluição: dilui em soro glicosado 5% antes do uso. Descartar as porções não utilizadas.
Interação medicamentosa: hyponor deve ser usado com extrema cautela em pacientes sob
tratamento com Inibidores da Monoamino-Oxidase (IMAO), ou antidepressivos dos tipos triptilina
ou imipramina, porque pode causar grave e prolongada hipertensão.
Cuidados de enfermagem:
◽ Proteger da luminosidade.
◽ Há necessidade de prudência em pacientes com hipertensão pulmonar, devido sua
ação vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar.
◽ A administração da droga é preferencialmente em veia central em bomba de infusão
contínua.
◽ Necessidade de monitorização da pressão arterial a cada 15 minutos, principalmente
durante o ajuste da dose.
◽ Dedicar atenção a monitorização da função renal através dos níveis de ureia, creatinina
e volume de diurese.
◽ Deve deve ser evitada em gestantes.

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RELAXANTES MUSCULARES

PANCURÔNIO
Nome genérico: Pancuron
Nome similar: não existe
Apresentação: 2mg/ml
Farmacocinética: após administração por via intravenosa, é distribuído para a corrente sanguí-
nea, o seu metabolismo ocorre principalmente por desacetilação, porém esses metabólitos não
contribuem significativamente com bloqueio neuromuscular que ocorre após a administração
de brometo de pancurônio; é excretado por via renal e urinária.
Farmacodinâmica: bloqueador do processo de transmissão entre a terminação nervosa e a
musculatura estriada ligando-se, com a acetilcolina, aos receptores localizados na região
terminal da placa motora do músculo estriado.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: dilui em cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%
Interação medicamentosa: anestésicos halogenados voláteis e éter, altas doses de tiopental,
metohexital, cetamina, fentanil, gamahidroxibutirato, etomidato e propofol; outros agentes blo-
queadores neuromusculares não despolarizantes; administração prévia de brometo de suxame-
tônio (succinilcolina); antibióticos aminoglicosídeos, lincosamida e antibióticos polipeptídeos,
tetraciclina, acilaminopenicilínicos, altas doses de metronidazol; diuréticos, tiamina, agentes
inibidores da Monoaminoxidase (MAO), quinidina, protamina, agentes bloqueadores alfa- adre-
nérgicos, sais de magnésio, agentes bloqueadores dos canais de cálcio e sais de lítio.
Cuidados de enfermagem:
◽ Usar na Sequência Rápida de Intubação (SRI) ou para manter bloqueio neuromuscular
durante sedação contínua.
◽ Sempre em bomba de infusão contínua para manter bloqueio durante a sedação.
◽ Nunca realizar se paciente não estiver intubado ou não for em SRI.

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ANTI-HISTAMÍNICOS

PROMETAZINA
Nome genérico: Fenergan
Nome similar: Profergan, Prometazol
Apresentação: 25mg/ml
Farmacocinética: a biodisponibilidade do cloridrato de prometazina está compreendida entre
13% e 49%. O tempo para atingir a concentração plasmática máxima é de 1h30 minutos a 3
horas. O volume de distribuição é elevado em razão da lipossolubilidade da molécula, de cerca
de 15 L/Kg. Liga-se fortemente à proteínas plasmáticas (entre 75% e 80%); sua meia-vida
plasmática está compreendida entre 10 e 15 horas após administração oral. Concentra-se nos
órgãos de eliminação: fígado, rins e intestinos.
Farmacodinâmica: é um derivado fenotiazínio de cadeia lateral alifática, que possui atividade
anti-histamínica, sedativa, antiemética e efeito anticolinérgico. A ação geralmente dura de 4 a
6 horas. Como um anti-histamínico, ele age por antagonismo competitivo, mas não bloqueia a
liberação de histamina.
Via de administração: intramuscular (IM)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: a ação sedativa do cloridrato de prometazina é aditiva aos efeitos
de outros depressores do NC, como derivados morfínicos (analgésicos narcóticos e antitussí-
genos), metadona, clonidina e compostos semelhantes, sedativos, hipnóticos, antidepressivos
tricíclicos e tranquilizantes.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar preferencialmente na via intramuscular, pois na via venosa a depender do
calibre pode causar gangrena.
◽ Orientar o paciente sobre sonolência após administrar, não é recomendado que o
paciente dirija após aplicação.
◽ No caso de administração por via venosa, observar se o paciente apresentará redução
da consciência e depressão respiratória.

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AGENTES INDUTORES

PROPOFOL
Nome genérico: Propofol
Nome similar: Diprivan
Apresentação: 10mg/ml
Farmacocinética: após administração venosa em dose única, as concentrações esteroides do
propofol declinam rapidamente devido à sua rápida distribuição; é metabolizado no fígado e
excretada através da urina.
Farmacodinâmica: agonista de receptores GABA, sua ligação promove a abertura dos canais
de cloro, o que leva à hiperpolarização neuronal. Assim, promove efeito hipnótico e sedativo.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: nunca deve ser diluído, pois sua substância é insolúvel em água com propriedade
lipídica.
Interação medicamentosa: tem sido usado em associação com anestesia espinhal e epidural,
com pré-medicação normalmente usada, bloqueadores neuromusculares, agentes inalatórios
e agentes analgésicos. Nenhuma incompatibilidade farmacológica foi encontrada. Entretanto,
recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não sejam adminis-
trados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de propofol.
Cuidados de enfermagem:
◽ Sempre administrar em bomba de infusão contínua.
◽ Não diluir substância insolúvel em água, se diluída, haverá diminuição do efeito.
◽ Sempre com monitorização cardíaca e ventilação artificial.

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ANTAGONISTA DE HEPARINA

PROTAMINA
Nome genérico: Protamina
Nome similar: não existe
Apresentação: 10mg/ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, a protamina é metabolizada pelo fígado e
rins e é eliminada por via renal, hepática e biliar.
Farmacodinâmica: a heparina é uma droga ácida, enquanto a protamina é uma droga básica.
Devido a essas características ambas formam um complexo estável que não terá ação antico-
agulante.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: não dilui
Interação medicamentosa: é um derivado fenotiazínio de cadeia lateral alifática, que possui
atividade anti-histamínica, sedativa, antiemética e efeito anticolinérgico. A ação geralmente
dura de 4 a 6 horas. Como um anti-histamínico, ele age por antagonismo competitivo, mas não
bloqueia a liberação de histamina.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar de forma lenta, pois quando infundida rapidamente, pode levar a reação
anafilática e instabilidade hemodinâmica.
◽ Ficar atento aos sinais e sintomas do paciente.

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OPIOIDES

REMIFENTANIL
Nome genérico: Remifentanila
Nome similar: Remifas
Apresentação: 2mg
Farmacocinética: após administração por via venosa, rapidamente distribuída para a corrente
sanguínea, metabolizada por meio do fígado e excretada por meio da urina.
Farmacodinâmica: agonista dos receptores μ-opioide, com maior lipossolubilidade em relação
à morfina, um analgésico potente.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: deve ser diluída em solução fisiológica ou glicose
Interação medicamentosa: como ocorre com outros medicamentos da mesma classe, o uso de
ultiva diminui as quantidades ou doses de anestésicos voláteis ou intravenosos necessários à
anestesia. Os efeitos adversos de ultiva que afetam o coração e a pressão arterial podem agra-
var-se caso o paciente esteja tomando drogas depressoras cardíacas, como betabloqueadores
ou bloqueadores do canal de cálcio.
Cuidados de enfermagem:
◽ Realizar com monitorização cardíaca em pacientes sedados.
◽ Administrar em bomba de infusão contínua.
◽ Atentar à escala de sedação e à analgesia.

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BRONCODILATADORES

SALBUTAMOL
Nome genérico: Sulfato de Salbutamol
Nome similar: Aerodini, Asmaliv, Pulmoflux
Apresentação: 0,5mg/1ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é absorvida pelos tecidos pulmonares e
pela circulação; é parcialmente depurado pelos rins e parcialmente metabolizado pelo fígado e
é excretado através da urina.
Farmacodinâmica: salbutamol é um agonista seletivo dos beta2-adrenérgicos. Tem mais
afinidade nos receptores beta2-adrenérgicos da musculatura brônquica, com efeito broncodi-
latador, e pouca ou nenhuma ação nos receptores beta1-adrenérgicos do músculo cardíaco.
Via de administração: via intramuscular (IM), subcutânea (SC) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluído somente com água para injeção, soro fisiológico 0,9%, soro glicofisiológico,
ou soro glicosado 5% - nenhum outro diluente é recomendado.
Interação medicamentosas: não deve ser administrado junto com ß2-bloqueadores não
seletivos. Se administrado concomitantemente aos derivados xantínicos, diuréticos ou este-
roides, pode levar à hipocalemia severa. Os níveis de potássio sérico devem ser monitorados
cuidadosamente nestes casos. O salbutamol deve ser utilizado com cautela em pacientes sob
tratamento com IMAO, devido à possibilidade de uma potencialização do salbutamol sobre o
sistema vascular.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar nas emergências respiratórias em vias pareterais ou aerossóis.
◽ Monitorar o paciente durante e após administração do medicamento.

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RELAXANTES MUSCULARES

SUCCINILCOLINA
Nome genérico: Suxametônio
Nome similar: não existe
Apresentação: 100mg, 500mg
Farmacocinética: após a administração por via venosa, o medicamento é distribuído para todo
o corpo e rapidamente hidrolisado, excretado por meio da urina de forma inalterada.
Farmacodinâmica: ligação de duas moléculas de acetilcolina nos receptores nicotínicos,
gerando uma abertura dos canais de sódio e, consequentemente, potencial de ação, assim terá
uma fasciculação muscular, gerando um bloqueio neuromuscular de ação curta.
Via de administração: intravenosa
Diluição: cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%
Interação medicamentosa: promazina, oxitocina, alguns antibióticos não penicilínicos,
quinidina, bloqueadores beta-adrenérgicos, procainamida, lidocaína, trimetofano, carbonato
de lítio, sais de magnésio, quinidina, cloroquina, dietiléter, isofurano, desflurano, metoclopra-
mida e terbutalina. O efeito bloqueador neuromuscular do suxametônio pode ser exacerbado
(intensificado) por drogas que reduzem a atividade da colinesterase plasmática (por exemplo,
a administração oral crônica de contraceptivos, glicocorticoides e alguns inibidores da MAO)
ou por drogas que inibem a colinesterase plasmática irreversivelmente. Caso outros agentes
bloqueadores neuromusculares sejam usados durante o mesmo procedimento, a possibilidade
de um efeito sinérgico (potencializado) ou antagonista (contrário) deve ser considerada.
Cuidados de enfermagem:
◽ Para não causar desconforto, deve ser administrado em pacientes inconscientes, salve
os casos de emergência.
◽ Monitorar sinais e sintomas pós administração do medicamento.
◽ Após a reconstituição, administrar a dosagem conforme o peso do paciente.
◽ Sempre fazer se o paciente for submetido a intubação endotraqueal.

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ELETRÓLITOS

SULFATO DE
MAGNÉSIO
Nome genérico: Magnoston
Nome similar: não existe
Apresentação: 10% e 50% - 10ml
Farmacocinética: após a administração por via venosa, o medicamento é distribuído para todo
o corpo, absorvido pelo TGI e excretado pela urina.
Farmacodinâmica: o sulfato de magnésio é cofator essencial em diversos processos bioquími-
cos e fisiológicos e ativa muitos sistemas enzimáticos. É indicado para prevenir ou controlar
convulsões em pacientes com pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Pode também inibir de forma eficaz
as contrações uterinas, desde que doses maiores sejam utilizadas.
Via de administração: intravenosa (IV) ou intramuscular (IM)
Diluição: glicose 5% ou cloreto de sódio 0,9%.
Interação medicamentosa: o sulfato de magnésio não deve ser associado a bloqueadores
neuromusculares (tubocurarina, suxametânio), devido ao risco de potencialização da atividade
terapêutica desses medicamentos, levando ao aumento da paralisia muscular.
Cuidados de enfermagem:
◽ Verificar sinais vitais antes, durante e após a infusão medicamentosa.
◽ Auscultar batimentos cardíacos fetais e observar movimentação fetal; solicitar e
explicar os benefícios do decúbito lateral esquerdo; atentar para a presença de
sangramento e/ou perdas vaginais de líquido aminiótico.
◽ Realizar controle do balanço hídrico; identificar e anotar a presença e localização de
edema.
◽ Alertar para sinais convulsivos; atentar para sinais depressivos do sistema nervoso
central; controlar diurese que deve estar maior que 30 ml/h; verificar presença
de reflexo patelar e se a frequência respiratória está no mínimo 16 irpm e deixar
preparado o antagonista do sulfato de magnésio que é gluconato de cálcio.

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS - AINE

TENOXICAM
Nome genérico: Tenoxicam
Nome similar: Tilatil, Teflan, Tenoxen, Tiloxican
Apresentação: 20mg e 40mg
Farmacocinética: após administração por via venosa, as concentrações plasmáticas caem ra-
pidamente nas primeiras horas devido ao seu processo de distribuição; antes de ser eliminado
do organismo, o tenoxicam sofre biodegradação e é excretado pela urina e pela bile.
Farmacodinâmica: bloqueia a via ciclooxigenase de forma não seletiva, assim, gera um efeito
antiinflamatório, analgésico, antipirético e inibidor da agregação plaquetária.
Via de administração: intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: dilui em 2ml de água estéril para injeção.
Interação medicamentosa: nas doses recomendadas não se observou interação na adminis-
tração concomitante de tilatil com antiácidos, probenicida, cimetiina, glibornurida e warfarina.
Assim como demais antiinflamatórios não esteróides, não deve ser administrado com diuréti-
cos poupadores de potássio.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar o medicamento conforme recomendação.
◽ Não usar a medicação em gestantes.
◽ Orientar o paciente sobre as ações do medicamento.
◽ Sempre reconstituir, e depois diluir para ser aplicado.
◽ Tomar cuidado ao aplicar medicamento em pacientes que estejam tomando
anticoagulante e/ou hipoglicemiantes orais, devido à interação medicamentosa.

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BRONCODILATADORES

TERBUTALINA
Nome genérico: Bricanyl
Nome similar: Terbutil
Apresentação: 0,5g/ml
Farmacocinética: apresenta um considerável metabolismo de primeira passagem na parede
intestinal e no fígado. A biodisponibilidade é de aproximadamente 10 e aumenta para aproxi-
madamente 15 se a terbutalina é ingerida com o estômago vazio. A concentração plasmática
máxima é alcançada dentro de 3 horas e sua metabolização se dá, principalmente, por conju-
gação com ácido sulfúrico, sendo excretada como conjugado sulfato pela urina.
Farmacodinâmica: a terbutalina é um agonista adrenérgico que estimula predominantemente
os receptores beta 2, produzindo relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, inibição da
liberação de espasmógenos endógenos, inibição do edema causado por mediadores endóge-
nos, aumento do movimento mucociliar e relaxamento do músculo uterino.
Via de administração: oral (VO), endovenosa (EV) ou subcutânea (SC)
Diluição: diluído em soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: os beta-bloqueadores (incluindo colírios), especialmente os não
seletivos, podem inibir parcial ou totalmente os efeitos dos agonistas beta. Hipocalemia pode
resultar de terapia agonista beta 2 e pode ser potencializada por tratamento concomitante com
derivados xantínicos, esteroides e diuréticos.

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas
pelo médico.
◽ Recomenda-se, como local de aplicação por via subcutânea, a área lateral do músculo
deltoide (membros superiores).
◽ Orientar familiares sobre a possibilidade de confusão mental.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
◽ O medicamento ipratrópico é indicado nos casos de asma, bronquite crônica e
enfisema. Sua administração é por via inalatória.
◽ Os pacientes em uso do medicamento ipratrópico podem apresentar efeitos colaterais:
cefaleia, náusea, boca seca, taquicardia, palpitação e retenção urinária.

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ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS

TICAGRELOR
Nome genérico: Brilinta Ticagrelor
Nome similar: não existe.
Apresentação: 90mg Imagem meramente ilustrativa

Farmacocinética: após ser administrado por via oral, é absorvido pelo TGI e metabolizado pelo
fígado, sendo excretado por meio da urina e secreção biliar.
Farmacodinâmica: ticagrelor é um membro da classe química ciclopentiltriazolopirimidinas
(CPTP), que é um antagonista de ação direta, seletivo e de ligação reversível ao receptor
P2Y12, que impede a ativação e agregação plaquetária dependente do P2Y12 mediada por
adenosina difosfato (ADP).
Via de administração: oral (VO)
Diluição: diluído em água estéril para injeção, soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: a coadministração de ticagrelor com potentes inibidores da CY-
P3A4 (por exemplo, cetoconazol, claritromicina, nefazodona, ritonavir e atazanavir) deve ser
evitada visto, que a coadministração pode levar a um aumento substancial de exposição ao
ticagrelor.
Cuidados de enfermagem:
◽ Certificar se o paciente realmente ingeriu o medicamento.
◽ Manter paciente monitorizado com suspeita de IAM.

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OPIOIDES

TRAMADOL
Nome genérico: Tramal
Nome similar: Tramadon
Apresentação: 100mg/2ml
Farmacocinética: após a administração por via intramuscular, é absorvido rapidamente, meta-
bolizado e excretado por meio da via renal.
Farmacodinâmica: analgésico opioide de ação central; agonista puro não seletivo dos re-
ceptores opioides mu, delta e kappa, com uma afinidade maior pelo receptor mu; inibição da
receptação neuronal de noradrenalina e aumento da liberação de serotonina.
Via de administração: intravenosa (IV), intramuscular (IM) ou subcutânea (SC)
Diluição: dilui
Interação medicamentosa: o cloridrato de tramadol não deve ser usado junto com inibidores
da MAO (medicamentos para o tratamento de depressão).
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar-se à forma de apresentação, à dosagem e à via de administração prescritas
pelo médico.
◽ Diluir o tramadol em solução fisiológica 0,9%, nos casos de infusão endovenosa, a qual
deverá ser lenta.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
◽ Nos casos de superdosagem, utilizar o antídoto que é o medicamento naloxona.
◽ Orientar o paciente sobre os riscos de dirigir e operar máquinas, devido à sonolência
provocada pelo medicamento.

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HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO

VASOPRESSINA
Nome genérico: Vasopressina
Nome similar: Encrise

Apresentação: 20UI/ml
Farmacocinética: após administração subcutânea ou intramuscular de injeção de vasopressi-
na, a sua duração é variável, mas seus efeitos são mantidos por 2 a 8 horas. Na administração
por via intravenosa seus efeitos são mantidos por 30 a 60 minutos; é metabolizada e rapida-
mente destruída no fígado e nos rins.
Farmacodinâmica: a sua ação é mediada por meio da interação com dois receptores V1 e V2.
V1 que estão localizados na musculatura lisa dos vasos, hepatócitos, plaquetas e rins e V2 que
estão localizados no ducto coletor renal
Via de administração: via subcutânea (SC), intramuscular (IM) ou intravenosa (IV)
Diluição: diluído em soro fisiológico 0,9%.
Interação medicamentosa: as seguintes drogas podem potencializar o efeito antidiurético da
vasopressina quando usadas concomitantemente: carbamazepina, clorpropamida, clofibrato,
ureia, flidrocortisona e antidepressivos tricíclicos.
Cuidados de enfermagem:
◽ Administrar preferencialmente em acesso venoso central, pois o extravasamento pode
provocar necrose local.
◽ Paciente sempre monitorado durante a infusão.
◽ Atentar para a função renal e débito urinário.

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BLOQUEADORES DE CÁLCIO

VERAPAMIL
Nome genérico: Cloridrato de Verapamil
Nome similar: Cordilat
Apresentação: 5mg/2ml
Farmacocinética: após administração por via venosa, é distribuída na circulação sistêmica
para todos os tecidos, metabolizada pelo fígado e eliminada por meio das fezes.
Farmacodinâmica: bloqueia o influxo de íons de cálcio (e possivelmente de sódio) através do
canal lento no interior das células cardíacas de contração e condução das e células muscula-
res vasculares. O efeito antiarrítmico de cloridrato de verapamil deve-se ao seu efeito no canal
lento das células do sistema cardíaco de condução. A ação anti-hipertensiva do cloridrato de
verapamil está baseada na redução da resistência periférica, sem efeito rebote na frequência
cardíaca. A pressão arterial normalmente não é afetada de modo considerável.
Via de administração: intravenosa (IV)
Diluição: geralmente, não há necessidade de diluição, se houver, diluir em cloreto de sódio
0,9% ou glicose 5%.
Interação medicamentosa: anti-hipertensivos, diuréticos, vasodilatadores: potencialização
do efeito hipotensor. Agentes antivirais anti-HIV: devido ao potencial inibitório metabólico de
alguns dos agentes antivirais anti-HIV, tais como ritonavir, as concentrações plasmáticas do
verapamil podem aumentar. Deve-se ter cuidado ou a dose do verapamil deve ser diminuída.
Cuidados de enfermagem:
◽ Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas
pelo médico.
◽ Orientar o paciente a não deixar o leito sem auxílio da enfermagem, devido ao risco de
vertigem.
◽ A administração endovenosa da dosagem de manutenção deve ser feita com o uso de
bomba de infusão contínua.
◽ Nos casos de administração por via endovenosa, manter o paciente sob monitorização
eletrocardiográfica.
◽ Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais provocados pelo medicamento.
Em casos graves, pode-se utilizar cálcio in bolus para a sua reversão.

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VITAMINA

VITAMINA K
Nome genérico: Fitomenadiona
Nome similar: Vikatron (Ariston), Vita K
Apresentação: 2mg/0,2ml, 10mg/ml
Farmacocinética: após administração por via intramuscular, é absorvida e se acumula nos
tecidos; é metabolizada inicialmente por meio do fígado, sua disponibilidade sistêmica é de
50% e é excretada pela urina e pela bile.
Farmacodinâmica: estimula o fígado a produzir substrato para estimular fatores de coagulação.
Via de administração: intramuscular (IM) ou subcutâneo (SC)
Diluição: pode ser diluída com cloreto de sódio 0,9% ou soro glicosado 5%.
Interação medicamentosa: o uso de vitamina K pode resultar em resistência temporária a anti-
coagulantes depressores de protrombina, especialmente quando altas doses de fitomenadiona
são administradas. Caso doses relativamente altas sejam empregadas, pode ser necessário
reinstituir a terapia anticoagulante utilizando algumas doses altas de anticoagulante depressor
de protrombina ou utilizar uma terapia que tenha a mesma ação com diferente princípio de
funcionamento, como a heparina sódica.
Cuidados de enfermagem:
◽ Fazer administração de forma cautelosa, conforme a prescrição.
◽ Utilizar de forma cautelosa em crianças recém-nascidas.
◽ Não fazer sua aplicação em pacientes que estejam em uso de anticoagulantes.
◽ Em casos de recém-nascidos, aplicar por via intramuscular (1mg = 0,1ml) nas
primeiras horas de vida da criança.

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

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EBOOK COMENTADO FARMACOLOGIA SIMPLIFICADA | Prática Enfermagem

INSULINAS
CLASSIFICAÇÃO

ULTRARRÁPIDA
Nomes: Lispro (Humalog), Asparte (Novorapid), Glulisina (Apidra)
Apresentação: frasco 10ml refil e caneta 3ml
Farmacocinética: após administração, a insulina ultrarrápida é absorvida mais rapidamente
do que a insulina regular; é distribuída para corpo idêntico à insulina humana; o seu metabo-
lismo é realizado pelos rins e o fígado, sendo o fígado responsável pela depuração da insulina
circulante, visto que é o sítio terminal da veia porta. Já os rins removem cerca de 35 a 40% do
hormônio endógeno do sangue. Por fim, é excretada pela urina.
Farmacodinâmica: após a administração da insulina, ocorre a captação da glicose nos tecidos
do corpo. Enquanto isso, GLP-1 modula, lá no pâncreas, a produção do restinho de insulina e a
secreção de glucagon, substância que inibe a ação da insulina. Início de ação de <15min, pico
varia de 30min a 2h com duração de 3 a 6h.
Via de administração: subcutânea (SC)
Interação medicamentosa: as necessidades de insulina podem aumentar se o paciente estiver
tomando outras drogas hiperglicemiantes, tais como contraceptivos orais, corticosteroides
ou se estiver sob terapia de reposição de hormônio tireoidiano. As necessidades de insulina
podem ser diminuídas na presença de medicamentos, tais como agentes antidiabéticos orais,
salicilatos, antibióticos sulfas e alguns antidepressivos, inibidores da enzima conversora de
angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II, bloqueadores beta-adrenérgicos,
inibidores da função pancreática e álcool.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Não agitar o frasco.
◽ Alternar os locais de aplicação para evitar a hipertrofia.
◽ A dose de manutenção deve ser administrada por via subcutânea.
◽ Deve ser armazenada em local fresco e ao abrigo da luz.
◽ Jamais deve ser armazenada no congelador. O armazenamento correto é no
refrigerador, de preferência nas prateleiras do meio, na parte inferior ou na gaveta de
verduras, longe das paredes.
◽ Sempre colocar na sua embalagem original e acondicionar em recipiente de plástico
ou de metal com tampa.
◽ Jamais congelar o medicamento. Em caso de congelamento, descartar.
◽ Quando sob refrigeração, deve ser retirada da geladeira entre 15 e 30 minutos antes da
aplicação, para evitar dor e irritação no local em que será injetada.
◽ Deve-se anotar a data inicial de uso com objetivo de acompanhar a validade e verificar
o aspecto da insulina antes da utilização.

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REGULAR
Nomes: Regular
Apresentação: frasco 10ml refil e caneta 3ml.
Farmacocinética: após administração de 4 a 48 unidades de insulina humana por via sub-
cutânea, é absorvida de 10 a 20 minutos até concentração máxima de insulina; é distribuída
na corrente sanguínea de 120 a 206 minutos. O metabolismo ocorre no fígado e a eliminação
realizada por meio das fezes e urina de forma inalterada.
Farmacodinâmica: após a administração da insulina ocorre, a captação da glicose nos tecidos
do corpo. Enquanto isso, GLP-1 modula, lá no pâncreas, a produção do restinho de insulina e
a secreção de glucagon, substância que inibe a ação da insulina. Início de ação de 30min a 1h,
pico de 2 a 3h com duração de 5 a 8h.
Via de administração: subcutâneo (SC) ou intravenosa (IV)
Interação medicamentosa: as necessidades de insulina podem aumentar se o paciente estiver
tomando outras drogas hiperglicemiantes, tais como contraceptivos orais, corticosteroides
ou se estiver sob terapia de reposição de hormônio tireoidiano. As necessidades de insulina
podem ser diminuídas na presença de medicamentos, tais como agentes antidiabéticos orais,
salicilatos, antibióticos sulfas e alguns antidepressivos, inibidores da enzima conversora de
angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II, bloqueadores beta-adrenérgicos,
inibidores da função pancreática e álcool.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Não agitar o frasco.
◽ Alternar os locais de aplicação para evitar a hipertrofia.
◽ A dose de manutenção deve ser administrada por via subcutânea, em casos
excepcionais, pode ser realizada por via venosa em unidade de saúde.
◽ Deve ser armazenada em local fresco e ao abrigo da luz.
◽ Jamais deve ser armazenada no congelador. O armazenamento correto é no
refrigerador, de preferência nas prateleiras do meio, na parte inferior ou na gaveta de
verduras, longe das paredes.
◽ Sempre colocar na sua embalagem original e acondicionar em recipiente de plástico
ou de metal com tampa.
◽ Jamais congelar o medicamento. Em caso de congelamento, descartar.
◽ Quando sob refrigeração, deve ser retirada da geladeira entre 15 e 30 minutos antes da
aplicação, para evitar dor e irritação no local em que será injetada.
◽ Deve-se anotar a data inicial de uso com objetivo de acompanhar a validade e verificar
o aspecto da insulina antes da utilização.

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INTERMEDIÁRIA
OU NPH
Nomes: Humulin N, Novolin N
Apresentação: frasco 10ml e refil 3ml
Farmacocinética: após a administração por via SC, a sua absorção de concentração plasmá-
tica máxima é alcançada dentro de 2 a 18 horas; quanto à sua distribuição, não foi observada
nenhuma ligação intensa às proteínas plasmáticas, exceto anticorpos de insulina circulantes
(quando presentes). É degradada pela protease de insulina ou enzimas de degradação de
insulina e é eliminada por meio da urina.
Farmacodinâmica: o efeito de redução da glicemia ocorre devido à absorção facilitada de
glicose após a ligação da insulina aos seus receptores das células musculares e adiposas e
à inibição simultânea da produção de glicose pelo fígado. Novolin N é uma insulina de ação
prolongada. O início da ação ocorre dentro de 2 a 4h, com pico entre 4 a 10h, e duração de 10
a 18h.
Via de administração: subcutânea (SC)
Interação medicamentosa: as seguintes substâncias podem aumentar as necessidades de
insulina do paciente: antidiabéticos orais, Inibidores de Monoaminoxidase (IMAO), agentes
beta-bloqueador não seletivos, inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA), salici-
latos, esteroides anabolizantes e sulfonamidas. Substâncias que aumentam as necessidades
de insulina do paciente: contraceptovos orais, tiazidas, glicocorticoides, hormônios da tireóide,
simpatomiméticos, hormônio do crescimento e danazol. O álcool pode intensificar ou reduzir o
efeito hipoglicemiante da insulina.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Não agitar o frasco.
◽ Alternar os locais de aplicação para evitar a hipertrofia.
◽ A dose de manutenção deve ser administrada por via SC.
◽ Deve ser armazenada em local fresco e ao abrigo da luz.
◽ Nunca pode ser feita via venosa.
◽ Jamais deve ser armazenada no congelador. O armazenamento correto é no
refrigerador, de preferência nas prateleiras do meio, na parte inferior ou na gaveta de
verduras, longe das paredes.
◽ Sempre colocar na sua embalagem original e acondicionar em recipiente de plástico
ou de metal com tampa.
◽ Jamais congelar o medicamento. Em caso de congelamento, descartar.
◽ Quando sob refrigeração, deve ser retirada da geladeira entre 15 e 30 minutos antes da
aplicação, para evitar dor e irritação no local em que será injetada.
◽ Deve-se anotar a data inicial de uso com objetivo de acompanhar a validade e verificar
o aspecto da insulina antes da utilização.

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LENTA
Nomes: Determir (levemir), Glargina (lantus)
Apresentação: 1 frasco-ampola com 10ml – 100UI/ml
Farmacocinética: após administração por via SC é absorvida e atinge a concentração sérica
máxima de 6 a 8 horas; é distribuída para a corrente sanguínea e eliminada após sua meia-vi-
da, que é de 5 a 7 horas dependendo da dose, por fim, é excretada pela urina.
Farmacodinâmica: início de ação de 1 a 4h, a glargina e a degludeca não têm pico, mas a
determir tem de 6 a 8h, com duração que varia entre 18h, 24h e 40h (Tresiba).
Via de administração: subcutânea (SC)
Interação
sidades de insulina medicamentosa:
podem aumentar se o paciente estiver
tomando outras drogas hiperglicemiantes, tais como contraceptivos orais, corticosteroides
ou se estiver sob terapia de reposição de hormônio tireoidiano. As necessidades de insulina
podem ser diminuídas na presença de medicamentos, tais como agentes antidiabéticos orais,
salicilatos, antibióticos sulfas e alguns antidepressivos, inibidores da enzima conversora de
angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II, bloqueadores beta-adrenérgicos,
inibidores da função pancreática e álcool.

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Cuidados de enfermagem:
◽ Não agitar o frasco.
◽ Alternar os locais de aplicação para evitar a hipertrofia.
◽ A dose de manutenção deve ser administrada por via SC.
◽ Deve ser armazenada em local fresco e ao abrigo da luz.
◽ Jamais deve ser armazenada no congelador. O armazenamento correto é no
refrigerador, de preferência nas prateleiras do meio, na parte inferior ou na gaveta de
verduras, longe das paredes.
◽ Sempre colocar na sua embalagem original e acondicionar em recipiente de plástico
ou de metal com tampa.
◽ Jamais congelar o medicamento. Em caso de congelamento, descartar.
◽ Quando sob refrigeração, deve ser retirada da geladeira entre 15 e 30 minutos antes da
aplicação, para evitar dor e irritação no local em que será injetada.
◽ Deve-se anotar a data inicial de uso com objetivo de acompanhar a validade e verificar
o aspecto da insulina antes da utilização.

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PRÉ-MISTURAS
Nomes: Humalog Mix 25, Humalog Mix 50
Novomix 30, Novolin 70/30
Apresentação: 1 frasco-ampola com 10ml – 100UI/ml
Farmacocinética: após administração por via subcutânea, é absorvida mais rápida do que a in-
sulina regular humana; distribuída para a circulação sistêmica, metabolizado da mesma forma
que a insulina humana e excretada por meio da urina.
Farmacodinâmica: suspensão pré-misturada de insulina lispro (ação rápida) e suspensão
de insulina lispro protamina (ação intermediária) usadas para controlar a taxa de glicose no
sangue.
Via de administração: subcutânea (SC)
Interação medicamentosa: as necessidades de insulina podem se modificar em decorrência
do uso de outros medicamentos juntamente com a insulina, como: anticoncepcionais orais
(medicamentos que evitam a gravidez), corticosteróides (tipo de hormônio com ação antiinfla-
matória ou de imunossupressão [substâncias que reduzem ou impedem a resposta do sistema
de defesa do organismo]), terapia de reposição tiroideana (medicamentos para tiróide),
agentes antidiabéticos orais (medicamentos que reduzem o açúcar no sangue), salicilatos (um
tipo de antiinflamatório e analgésico), antibióticos do tipo sulfa e antidepressivos inibidores da
monoamino oxidase (medicamentos que tratam a depressão), inibidores da enzima conversora
de angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II (medicamentos que controlam a
pressão sanguínea).

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Cuidados de enfermagem:
◽ Jamais deve ser armazenada no congelador. O armazenamento correto é no
refrigerador, de preferência nas prateleiras do meio, na parte inferior ou na gaveta de
verduras, longe das paredes.
◽ Sempre colocar na sua embalagem original e acondicionar em recipiente de plástico
ou de metal com tampa.
◽ Jamais congelar o medicamento. Em caso de congelamento, descartar.
◽ Quando sob refrigeração, a insulina deve ser retirada da geladeira entre 15 e 30
minutos antes da aplicação, para evitar dor e irritação no local em que será injetada.
◽ Deve-se anotar a data inicial de uso com objetivo de acompanhar a validade e verificar
o aspecto da insulina antes da utilização.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

POTTER, Patricia A; PERRY, Anne G. Fundamentos de enfermagem. Ed. 8ª. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2013.​

RANG, Humphrey P; et al. Farmacologia. Ed. 9ª.Rio de Janeiro GEN: Guanabara


Koogan​, 2020.
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