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Tratamento de feridas
Sumário
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MOBILIDADE DO PACIENTE ............................................... 32
CARACTERÍSTICAS DE DIFERENCIAÇÃO DAS LESÕES ........................... 33
FORMAÇÃO DA ÚLCERA ................................................... 33
ÚLCERA VENOSA ........................................................ 33
FATORES PREDISPONENTES ............................................... 35
FISIOPATOLOGIA ....................................................... 35
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ............................................. 36
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS ........................................... 36
ÚLCERA ARTERIAL ...................................................... 38
PATOGÊNESE: .......................................................... 39
Características clínicas ............................................. 40
Fatores predisponentes ............................................... 40
] .................................................................... 40
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA: ........................................... 41
O QUE INVESTIGAR? .................................................... 41
CONDUTAS ............................................................. 42
TERAPIA .............................................................. 42
ÚLCERA NEUROPÁTICA ................................................... 43
ÚLCERA NEUROPÁTICA NA HANSENÍASE...................................... 43
ÚLCERA DIABÉTICA ..................................................... 44
ESCALA DE RISCO: Sistema de Classificação de Meggitt – Wagner ......... 46
CLASSIFICAÇÕES DA PROFUNDIDADE E ISQUEMIA DA LESÃO DO PÉ .............. 48
DIABÉTICO ............................................................ 48
PÉ DE CHARCOT ........................................................ 48
Condições do paciente: ............................................... 48
Orientações ao paciente: ............................................. 49
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Fatores que potencialmente causam infecção: ........................... 61
Fatores sistêmicos que facilitam a infecção: .......................... 61
RESUMO E ORIENTAÇÃO AO PROCESSO DE AVALIAÇÃO QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DO
EXSUDATO ............................................................. 63
IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO .................................... 63
A AVALIAÇÃO .......................................................... 64
TRATAMENTO DA FERIDA INFECTADA........................................ 64
TRATAMENTO GERAL ..................................................... 65
TRATAMENTO LOCAL ..................................................... 66
AVALIAÇÃO DA FERIDA COMEÇANDO A CUIDAR ................................ 66
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ....................... 66
IMPLICAÇÃO PSICOSSOCIAL .............................................. 66
O QUE AVALIAR? ....................................................... 66
Condições físicas, idade e medicamentos ............................... 67
Mobilidade ........................................................... 67
Inspeção geral: ...................................................... 68
Inspeção especial .................................................... 68
Cicatrização: ........................................................ 68
Palpação: ............................................................ 68
Localização anatômica: ............................................... 69
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ÁLCOOL ............................................................... 83
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO ........................................ 84
TECIDO NECROSADO ..................................................... 84
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO MÉTODO CIRÚRGICO ............................. 85
MÉTODO MECÂNICO ...................................................... 85
MÉTODOS QUÍMICOS ..................................................... 86
COLAGENASE ........................................................... 86
DESBRIDAMENTO POR AUTÓLISE ........................................... 89
HIDROGEL ............................................................. 89
CURATIVO COM GAZE GAZE SIMPLES ........................................ 90
MEDICAMENTOS FAVORÁVEIS À GRANULAÇÃO .................................. 91
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGE) ....................................... 91
TRIGLICÉRIDEOS: ...................................................... 91
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CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS A - QUANTO A PROFUNDIDADE:.............. 114
REGRA DOS NOVE ...................................................... 115
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ........................................... 116
HIDROTERAPIA DIÁRIA ................................................. 116
PREPARO DO MATERIAL: ................................................ 116
MÉTODO DO CURATIVO .................................................. 117
TÉCNICA DO CURATIVO ................................................. 117
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A HISTÓRIA
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A EVOLUÇÃO
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Imprudência: cometer um erro conscientemente. Conhece as regras e nãoas executa
com perfeição.
Negligência: saber como o trabalho deve ser feito e não fazer
corretamente.
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O artigo 159 do Código Civil enuncia que "aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo
a outrem, fica obrigado a reparar o dano".
imprudência;
imperícia.
PARECERES
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Suas funções são:
Sua principal função é revestir e proteger;
Auxiliar na manutenção da temperatura
(termorregulação);
Percepção;
Metabolismo.
São três as camadas da pele:
EPIDERME;
DERME;
HIPODERME (TECIDOSUBCUTÂNEO).
EPIDERME
Tecido avascular possui células dispostas em múltiplas camadas. É nesta
camada que encontramos os melanócitos, que são células responsáveis pela
pigmentação da pele (melanina) e os queratinócitos responsáveis pela produção
de queratina, que fornece resistência a atritos e variações de temperatura.
A renovação da pele: A pele renova-se continuamente, as células nascem na
camada basal e vão empurrando as células mais externas as até que estas
desprendem-se da epiderme.
DERME
Camada vascularizada possui uma rica rede nervosa. É nesta camada
que encontramos os anexos da pele: glândulas sudoríparas, sebáceas e
folículos pilosos.
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CLASSIFICAÇÕES E DEFINIÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
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TIPOS DE FERIMENTOS
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GRAU DE CONTAMINAÇÃO
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TIPO DE TECIDO
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CLASSIFICAÇÃO DE EXSUDATO
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TIPOS DE ÚLCERAS
Lesão por pressão: É o tipo mais comum de úlcera, encontrada em larga escala
nas unidades de internação hospitalar e domiciliar. Além de ser uma
enfermidade cutânea é considerado, também, um indicador de qualidade da
assistência de enfermagem. É caracterizada por uma área localizada de perda
de pele e dos tecidos subcutâneos causadas por pressão, tração, fricção ou de
uma combinação desses fatores.
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CICATRIZAÇÃO
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A FISIOLOGIA
FASE INFLAMATÓRIA
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Macrófagos;
Linfócitos;
Neutrófilos;
Mastócitos;
Plaquetas, dentre outras.
FASE PROLIFERATIVA
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FASE DE MATURAÇÃO
Há diminuição da vascularização e
da força de contração. Nessa fase o tecido
é remodelado, a quantidade de fibroblastos
diminui e as fibras de colágeno se orientam
aumentando a força tênsil.
A força tênsil também cresce na linha
da ferida, após três semanas, 20% da força
original do tecido, cinco semanas depois 40%, ao final de oito semanas, 70%,
sendo, entretanto, que a força original jamais será alcançada ou recuperada.
O tecido de granulação muda de avermelhado para branco-pálido,
avascularizado. Isso se dá devido a dois processos que ocorrem de forma
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TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
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PSICOSSOCIAL
PERFUSÃO E OXIGENAÇÃO
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NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
A NUTRIÇÃO
A HIDRATAÇÃO
INFECÇÃO
MEDICAMENTOS
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IDADE
MOBILIDADE DO PACIENTE
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FORMAÇÃO DA ÚLCERA
Isquemia tecidual;
Espessamento das fibras musculares;
Comprometimento arterial;
Necrose do tecido gorduroso;
Formação de fibrina nos vasos capilares.
ÚLCERA VENOSA
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FATORES PREDISPONENTES
Hereditariedade;
Idade;
Sexo;
Obesidade;
Postura predominante de trabalho;
Varizes.
FISIOPATOLOGIA
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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
Edema
Atrofia branca (lipodermatoesclerose)
Hiperpigmentação.
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EDEMA:
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CONDUTAS:
1. Avaliação da lesão quanto ao seu aspecto físico: localização, profundidade,
bordas, leito, exsudato e mensuração e dor.
2. DOR: de característica peculiar às lesões isquêmicas em sua menor
intensidade, considerando todo o histórico do cliente e da lesão quanto à
umidade da lesão e da cobertura utilizada, da presença de infecção e estase
venosa. O tratamento farmacológico antes da realização do curativo auxilia a
adesão ao tratamento e reduz o fator stress do cliente, tornando o
procedimento menos traumático e humano.
3. Aplicação da compressão do membro inferior pode ser de três tipos:
bandagem de curto estiramento ou inelástico indicado apenas para as pessoas
que deambulam, pode ser obtida pela Bota de Una.
4. Bandagens de longo estiramento ou elásticas, não são as mais utilizadas no
Brasil devido ao seu custo e ao clima em que vivemos, são de compressão
contínua mesmo com o membro elevado e durante vários dias.
5. Meias-calças elásticas são poucas usadas pela não praticidade aos idosos e
necessitam de uma cobertura primária e devem ser substituídas por no máximo
seis meses.
6. Consultar uma equipe multiprofissional clínico, intervencionista e cirúrgico,
para tratar a causa, a consequência e a reabilitação da insuficiência vascular
circulatória e manter um cuidador constantemente orientado sobre o
prognóstico, tratamento e o tempo que estas úlceras levam para melhorar e
ou cicatrizar.
ÚLCERA ARTERIAL
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PATOGÊNESE:
Embolia cardíaca;
Vasculopatia periférica obstrutiva;
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de compensação;
Vasculopatia inflamatória.
Características clínicas
Claudicação intermitente aliviada
pelo repouso;
Dor noturna, aliviada por uma
posição pendente;
Dor em repouso, no ponto da
úlcera;
Pés frios e unhas dos pés espessadas;
Pulsos ausentes ou diminuídos;
Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
Perda de pelos da extremidade inferior;
Rubor quando pendente;
Palidez por elevação;
Possível gangrena.
Fatores predisponentes
Tabagismo;
Hiperlipidemia;
Diabetes Mellitus; Hipertensão.
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LOCALIZAÇÃO DA ÚLCERA
Cabeças das falanges;
Calcanhar;
Maléolo lateral;
Pré-tibial;
Extremidades dos dedos do pé ou entreos
dedos do pé.
CARACTERÍSTICAS DA ÚLCERA:
O QUE INVESTIGAR?
Pés frios;
Pulsos ausentes ou diminuídos;
Atrofia cutânea (fina e lustrosa);
Perda de pelos da extremidade inferior;
Rubor quando pendente;
Palidez por elevação;
Unha dos pés espessa; Possível gangrena.
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CONDUTAS
Tratar causa subjacente (cirurgia ou farmacoterapia); melhorarperfusão
tecidual;
TERAPIA
Terapia farmacológica;
Terapia angioradiológica;
Terapia cirúrgica;
Terapia contra a dor.
Sinais físicos
Sinais visíveis
Modificação na posição corporal;
Expressão do rosto e da voz;
Mudança no estado emocional;
Anorexia, insônia etc.
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ÚLCERA NEUROPÁTICA
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ÚLCERA DIABÉTICA
nervos periféricos das pernas e, principalmente dos pés, o que leva a perda da
sensibilidade tanto tátil, quanto térmica e dolorosa, deixando o pé suscetível a
traumas químicos, térmicos e mecânicos.
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No caso dos pacientes diabéticos, podem aparecer lesões nos nervos por
comprometimento arterial, o que acarreta diminuição do aporte sanguíneo
àquele nervo levando-o à isquemia e consequentemente à diminuição da
sensibilidade, já citada anteriormente.
Características da úlcera:
Profundas, podendo apresentas túneis;
Pálidas, com bordas uniformes;
Pode estar presente tecido de granulação;
Pode existir calosidade ao redor;
Localizada geralmente nos pés (área plantar), sendo as áreas maiscomuns as
cabeças dos metatarsos e os pontos de pressão.
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GRAU/DEFINIÇÃO INTERVENÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE
0 – Neuropatia Ausente Orientação do paciente, exames
Pé “sob risco”: úlcera pregressa ou periódicos, calçados e solas internas
neuropatia com deformidade, que podem apropriados.
causar uma nova úlcera.
Avaliação anual.
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5- Gangrena total do pé
Avaliação vascular, amputação ampla
da extremidade com possível reconstrução
vascular proximal.
ESCALA DE RISCO:
Grau 0: pé em risco;
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DIABÉTICO
PÉ DE CHARCOT
Condições do paciente:
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Orientações ao paciente:
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CALÇADOS ADEQUADOS:
O sapato não deve ser muito apertado nem muito folgado; a sua parte
interna deve ser de 1 a 2 cm maior do que o próprio pé; a largura interna do
sapato deve ser igual à do pé tomando como referência a face lateral das
articulações dos metatarsos, e a altura com espaço suficiente para os dedos.
Os calçados devem ser experimentados com o paciente em pé, de
preferência no final do dia. Se ficarem muito apertados devido às deformidades
ou se há sinais de pressão anormal do pé, como hiperemia, calos, ulceração, a
prescrição e confecção de palminhas ou órteses, sapatos especiais devem ser
efetuados.
GUIA DE DIFERENCIAÇÃO
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DEFINIÇÃO
FATORES DESENCADEANTES:
INTERNOS:
Doença e estado do paciente;
Desnutrição;
Idade;
Mobilidade;
Incontinência urinária e fecal.
EXTERNOS
Pressão;
Fricção;
Cisalhamento.
Sendo assim, os indivíduos mais propensos à formação desse tipo de
lesão de pele são aqueles com alterações na mobilidade, alterações sensoriais
e da circulação periférica, alteração do nível de consciência, disfunção de
esfíncteres, desnutridos e imunodeprimidos.
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PATOGÊNESE
Causas da hipoxia
Compressão;
Obstrução
Redução fluxo arterial; sanguíneo
Estase venosa e linfática;
Déficit da Isquemia;
Microcirculação;
Congestão venosa;
Trombose venosa;
Necrose
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TRATAMENTO
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DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO
Manter proeminências
ósseas afastadas do
contato mútuo;
Elevar calcanhares.
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FERIDA INFECTADA
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DEFINIÇÕES
Contaminação: Presença de
bactéria sem multiplicação.
Colonização: Multiplicação
bacteriana sem que haja,
entretanto, qualquer reação
do organismo a esses patógenos. Presente em todas as feridas.
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A BACTÉRIA E A LESÃO
Não existe uma úlcera crônica estéril. Em uma única ferida podemos encontrar
diversas bactérias, entretanto, isto não significa que a úlcera esteja infectada. A infecção
causa várias reações de estruturas anatômicas e funcionais do indivíduo, alterações
estas localizadas e sistêmicas que clinicamente identificam o início do processo
infeccioso.
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Sistêmico
Mudança de temperatura: Hipertermia (sinal precoce) e Hipotermia (sinaltardio
de infecção severa).
Taquicardia.
Hiperventilação.
Dor (dependente sensibilidade do local afetado).
Desorientação e obnubilação.
Intolerância à glicose.
Maior consumo metabólico e um aumento da necessidade hídrica.
Anemia mais frequente.
Piora da ferida.
Aumento de exsudação.
Secreção purulenta.
Celulite (rubor, calor, tumor, dor).
Odor intenso e não usual.
Aumento da dor.
Mudança no tecido de granulação.
Celulite (rubor, calor, tumor, dor).
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Tipo de ferida.
Profundidade.
Localização.
Nível de perfusão tecidual.
Tecido desvitalizado e/ou material necrótico.
Estadia pré-operatória prolongada e tempo de cirurgia (p/ pacientescirúrgicos).
Presença de corpo estranho.
Eficácia antimicrobiana.
Infecção remota.
Fatores sistêmicos que facilitam a infecção:
Doença vascular.
Edema.
Cirurgia / Radiação.
Incompetência imunitária.
Alcoolismo.
Deficiência nutricional.
Doença crônica.
Uso de corticóides, quimioterápicos.
Isquemia ou hipóxia.
Hipotermia.
Tabagismo.
Corpos estranhos na ferida (suturas, sujidades p. ex.).
Exsudatos:
São fluidos extravasados dos vasos sanguíneos, material proveniente de
células mortas de dentro ou redor da ferida, fatores de crescimento e da divisão
da matriz extracelular. E ainda quando o microrganismo presente na lesão é
degradado e seu derivado compõe esta exsudação, são esses que definem a
coloração desta secreção. Seus aspectos podem ser:
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Seroso.
Sanguinolento.
Purulento.
Fibrinoso.
Reação mista.
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Coloração do exsudato:
Depende do tipo de exsudato e pode ser característica do pigmento
específico de algumas bactérias.
Sendo as mais frequentes:
Esbranquiçadas;
Amareladas;
Esverdeadas
Odor do exsudato:
É proveniente de produtos aromáticos produzidos por bactérias e tecidos
em decomposição. Devemos observar se, o exsudato é inodoro ou fétido.
O QUE OBSERVAR?
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Coleta de material:
A AVALIAÇÃO
Como avaliamos a lesão com infecção?
Eritema perilesional.
Sinais clássicos de inflamação.
Pele brilhante.
Tumefação local.
Dor importante.
Características da drenagem.
Exsudação elevada e odor da drenagem.
Tecido de granulação pobre e desvitalizado.
Maceração do tecido perilesional e borda.
Alterações laboratoriais de glicose em pacientes diabéticos.
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CUIDADO!!!!!!!!
Tratar uma lesão infectada não significa usar indiscriminadamente terapia antibiótica
tópica! O uso indiscriminado de antibiótico tópico é a principal causa do aparecimento
de importantes resistências bacterianas.
TRATAMENTO GERAL
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TRATAMENTO LOCAL
Identificação do paciente de risco.
Higiene e limpeza.
Proteção da pele.
Controle da incontinência.
Mobilização ativa e passiva.
IMPLICAÇÃO PSICOSSOCIAL
BACH: a pele é o confim entre o sujeito e o mundo externo.
Alteração do esquema corpóreo e das relações com o mundo externo levaà
perda de autoestima e depressão.
Palavras como: Proteção, confiança e colaboração podem abrir portas ou
restabelecer a confiança no cuidador.
O QUE AVALIAR?
O Paciente
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Mobilidade
Toda e qualquer lesão precisa de energia para se fechar, e os nutrientes
com o oxigênio necessários, são conduzidos até o local da lesão pela corrente
sanguínea, sendo que o aporte sanguíneo diminuído às áreas de compressão,
as quais são causadas pela imobilidade, dificulta e retarda o processo de
cicatrização. Além de retardar a cura, a imobilização e compressão constantes
aumentam o risco para a formação de novas lesões.
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Inspeção geral:
Aspecto da lesão;
Cor;
Temperatura local;
Umidade;
Ressecamento;
Localização anatômica;
Exsudato.
Inspeção especial
Identificar tipo de lesão e os sinais locais que podem interferir na
Cicatrização:
Palpação:
Avaliar a profundidade da lesão;
Sua consistência, seus limites;
Condições da pele adjacente;
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Localização anatômica:
Feridas em cabeça e pescoço possuem maior
irrigação sanguínea;
Eritema e dor;
Anamnese:
Doença de base;
Tipo de ferida;
Tempo de antibiótico.
Inspeção clínica:
FC;
Temperatura;
Pressão arterial;
Bordas aderidas;
Não aderida;
Hiperqueratosa;
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Avaliar a pele migrando sobre o leito da ferida, retração das bordas: lesãocom
intenção de cicatrizar.
ALGUMAS DEFINIÇÕES
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DOCUMENTAR
Os dados levantados sobre o paciente (doença de base, patologiaassociada,
medicação.)
Dados levantados sobre a ferida após uma primeira avaliação e após as
avaliações subsequentes.
Controle da evolução da lesão.
Documentar é preciso.
TÉCNICA DE CURATIVO
Definição
É um meio terapêutico que consiste na limpeza, com aplicação de
procedimentos assépticos, que vai desde a irrigação como solução fisiológica
até as coberturas específicas que poderão auxiliar no processo de cicatrização.
A escolha dos curativos e os cuidados devem ser estabelecidos conforme:
A etiologia e localização da lesão;
Tamanho de ferida;
Condições clínicas;
Fases do processo de cicatrização.
A enfermagem deve ser bastante criteriosa, utilizar de curativos e
medicamentos nas lesões, considerando os seguintes fatores no processo de
cicatrização, uma vez que, já é sabido, que podemos interferir tanto de uma
forma positiva quanto negativa no tratamento:
As propriedades físicas de proteção e manutenção de medicamentos; ڹ
Intervalo de trocas entre o curativo.
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TIPOS DE CURATIVOS
NORMAS DE ASSEPSIA:
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Técnica limpa:
Lavar as mãos com água e sabão;
Utilizar material limpo para a manipulação da lesão;
Limpar a lesão com água limpa e tratada;
A cobertura da lesão deve ser preferencialmente estéril;
1. Pacote de curativo
O pacote de curativo deve obedecer a princípios de assepsia e
esterilização, podendo ser descartável ou não. É importante lembrar que o
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pacote nunca deve ser utilizado caso haja suspeita que ele não tenha sido
esterilizado.
Pontos subtotais.
Fita adesiva
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A fita adesiva sempre deve ser retirada molhando-a com SF 0,9%, para
evitar a lesão da pele do paciente por trauma local. Se possível priorizar a
utilização das fitas indicadas pelo fabricante, como hipoalergênicas e nunca deve
ser utilizada fita crepe adesiva direto à pele do paciente.
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Deve-se iniciar a limpeza de fora para dentro da lesão, ou seja, das bordas
para o centro, para não espalhar infecção nos tecidos ao redor da ferida.
Meias-calças elásticas;
Ataduras elásticas de alta compressão; Bota de unna.
Antes de iniciar o tratamento compressivo deve ser bem investigado se o
paciente não é portador de úlceras arteriais:
Verificar pulso pedioso, caso fraco ou ausente, há necessidade deavaliação
especializada;
Sinais de necrose nos dedos ou dorso do pé;
Cianose de extremidades;
Aumento na dor com elevação do membro.
PRECAUÇÕES PADRÃO
ANTISSÉPTICOS
Mecanismo de ação:
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Estudos “in vivo” indicam que ele reduz a carga bacteriana da pele de 68% a 84%
em uma única aplicação, e de 92% a 96% em seis aplicações sucessivas.
Vantagens e indicações:
Desvantagens e contraindicação
Seu emprego deve ser LIMITADO à resolução dos fenômenos
infecciosos;
É citotóxico para os fibroblastos;
Retarda o processo de cura (epitelização);
Seu uso deve ser restrito no caso de insuficiência renal (nefrotóxico);
É contraindicado em mulheres que amamentam;
NÃO previne infecção;
Podem ocorrer fenômenos alérgicos. Quando o paciente apresenta
hipersensibilidade ao iodo, os sintomas podem ocorrer sob a forma de febre e
erupções cutâneas generalizadas.
Apresentação
Cuidados na aplicação
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O que é?
É um antisséptico brando;
É particularmente adequado para lavagem de feridas e mucosas onde haja
tecido morto, pois, a produção de gás, em virtude da ação de uma enzima
(catalase) facilita a limpeza da área ou da cavidade fechada.
Vantagens e indicação:
Como antissépticos em úlceras com sinais de infecção;
Sua efervescência tem uma potente ação nos materiais liberados pelaúlcera;
Favorece a hemostasia após procedimento cirúrgico
Antissépticos de primeira escolha em escoriações e outras lesões
perfurocortantes, que podem facilitar a contaminação por bactérias anaeróbias
(Clostridium tetani).
Desvantagens e contraindicação:
Quando aplicado em lesões onde há presença de tecido de granulação, os
tecidos são destruídos por destruição das células.
Cuidados na aplicação:
Uma vez empregado deve ser removido por uma lavagem com soro fisiológico
0,9%.
Abrigar a solução longe do calor e da luz, acondicionada em recipiente opaco
ou revestido com papel laminado.
SULFADIAZINA PRATA 1%
Vantagens e indicações:
Baixa toxicidade;
É de fácil remoção da lesão, não causa dor;
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Desvantagens e contraindicações:
Hipersensibilidade ao produto;
Não pode ser utilizado concomitante a outros antissépticos derivados de iodo,
sódio e potássio.
Cuidados na aplicação:
Deve ser aplicado com luvas estéreis ou com o auxílio de uma espátula;
Aplicar o creme e manter 03 mm de espessura;
Lavar a lesão com água corrente e/ou água destilada;
Deve ser trocada a cada 12 horas ou quando a cobertura secundáriaestiver
saturada.
Retirar o excesso de pomada a cada troca de curativo.
ANTISSÉPTICOS INDUSTRIALIZADOS
Descrição:
É composto por uma almofada a base de nylon com relativa não aderência, em
seu interior tem um tecido de carvão ativado com pasta de nitrato de prata a
1%.
É selado nos quatro lados, esterilizado e embalado individualmente.
O tecido de carvão ativado é um material que possui poros em sua superfície,
que são capazes de capturar moléculas que ficam presas por atração elétrica do
carvão.
Ação/Características:
Adsorção dos microrganismos e secreção purulenta no tecido de carvão, por
meio de ação magnética. Com isso as bactérias ficam presas no carvão, longe
do tecido danificado.
O exsudato da lesão é absorvido pelo curativo secundário.
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Tratamento de feridas
Vantagens e indicações:
Antisséptico e absorvente;
Indicado em feridas exsudantes e/ou malcheirosas;
Ação anti-inflamatória;
É bactericida;
Estimula o tecido de granulação;
Preserva tecido epitelial;
Reduz significativamente o tempo de troca de curativo;
Reduz o traumatismo no ato da remoção;
Método moderno que diminui o desconforto do paciente; Diminui odor.
Desvantagens e contraindicação:
Pode causar sangramento controlável por ser aderente quando utilizadosem
lesão com pouca exsudação.
Cuidados na aplicação:
Não utilizar em áreas de granulação, doadoras de enxerto ou em
queimaduras;
Fazer a limpeza da ferida e aplicar o produto diretamente sobre a feridacom
técnica asséptica;
Não pode ser cortado;
Pode ser dobrado, amassado, para ter contato direto com a ferida;
Deve ser coberto com curativo secundário e este deve ser substituído sempre
que estiver úmido;
Utilizar óleo de girassol para retirar o carvão ativado da ferida, evitando
sangramento e para impedir que a secreção contida no carvão retorne para o
leito da ferida.
Na fase inicial do tratamento, deve ser trocado em intervalos de 48 a 72 horas.
À medida que a secreção do curativo, pela exsudação, for diminuindo, a troca
poderá ser prolongada por até 07 dias, no máximo.
ALGINATO DE CÁLCIO
Mecanismo de ação:
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Tratamento de feridas
Vantagens e indicações:
Úlceras limpas e com exsudato, dá origem a um gel e impede a adesão àferida e
mantém um microambiente úmido.
É indolor nas trocas.
Pode ser usado em feridas com cavidade de difícil acesso.
Acelera o processo de cicatrização.
Alcança a hemostasia entre 03 e 05 minutos.
Super absorvente, com redução das trocas e dos vazamentos.
Desvantagens e contraindicação:
No caso de pouca secreção, pode secar dando origem a uma crosta muito
aderente e de difícil remoção;
Contraindicado em queimaduras.
Cuidados na aplicação:
Troca do curativo:
ÁLCOOL
Ação: antisséptico.
Vantagens e indicações: NENHUMA.
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Tratamento de feridas
Desvantagens e contraindicações:
Aumenta por 06 vezes a incidência de escaras;
Seu uso frequente causa ressecamento e liquidificação da pele porremoção dos
lipídios cutâneos.
Modalidade de emprego: NUNCA!
Seu uso tem apenas valor histórico.
DESBRIDAMENTO OU DEBRIDAMENTO
Desbridamento = debridamento
Definição: É a remoção do tecido necrosado de uma lesão.
A AHCPR (Agency for Health Care Policy and Research) recomenda que
qualquer tecido necrótico observado durante a avaliação inicial ou subsequente
deverá ser desbridada, desde que a intervenção seja consistente com os
objetivos globais do tratamento e condições clínicas do paciente.
Entretanto existem algumas situações em que não é recomendado o
desbridamento de tecido desvitalizado, como em feridas isquêmicas com
necrose seca. Essas necessitam que sua condição vascular seja melhorada
antes de ser desbridada. Neste caso, a escara promove uma barreira contra
infecção outra exceção se faz em pacientes fora de possibilidades terapêuticas
que possuem úlceras com presença de escaras, que ao desbridar pode
promover desconforto, dor, e devido às condições clínicas, não disporá de tempo
e condições para a cicatrização.
TECIDO NECROSADO
Dificulta o fornecimento de sangue (oxigenação e nutrição dos tecidos);
Atua como meio de cultura de bactérias;
Inibe a ação dos leucócitos em controlar microrganismos invasores;
Aumenta a possibilidade de infecção sistêmica;
Inibe a migração de células epiteliais, interrompendo a segunda fase do
processo de cicatrização;
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Tratamento de feridas
MÉTODOS DE DESBRIDAMENTO
MÉTODO CIRÚRGICO
Cuidados de enfermagem:
MÉTODO MECÂNICO
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Tratamento de feridas
MÉTODOS QUÍMICOS
Consiste na utilização de agentes químicos/enzimáticos.
COLAGENASE
Mecanismo de ação:
Desbridante, fibrinolítica.
Vantagens e indicações:
Cuidados na aplicação:
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Tratamento de feridas
PAPAÍNA
Descrição:
Ação:
Apresentação:
Vantagens e indicações:
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Tratamento de feridas
% INDICAÇÃO
Desvantagens e contraindicação:
Nesta enzima existe um radical sulfidrila (SH) que é facilmente oxidado quando
em contato com substâncias compostas por iodo, oxigênio e ferro, e quando é
armazenada em temperaturas elevadas.
Cuidados na aplicação:
A limpeza da lesão deve ser feita com água destilada, para evitar a
inativação do radical sulfidrila;
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Tratamento de feridas
HIDROGEL
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicações:
Desvantagens e contraindicações:
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Tratamento de feridas
Cuidados na aplicação:
Periodicidade de troca:
GAZE SIMPLES
Vantagens:
Baixo custo;
Desvantagens:
Não se deve utilizar gaze seca diretamente na lesão, exceto quando sedeseja
o desbridamento;
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Tratamento de feridas
Permeáveis a bactérias, podem soltar fios e fibras, que atuam como corpo
estranho, podendo provocar inflamação e infecção.
Descrição:
TRIGLICÉRIDEOS:
São compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo ésteres de
ácidos graxos com glicerol (álcool).
Composição:
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Tratamento de feridas
Lecitina 01g
Vitamina A 2500 UI
Vitamina E 100 UI
Ação:
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicação:
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Tratamento de feridas
Contraindicação:
Cuidados na aplicação:
HIDROCOLOIDE
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Tratamento de feridas
Vantagens e indicações:
INDICAÇÕES:
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Tratamento de feridas
Desvantagens e contraindicações:
Cuidados na aplicação:
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Tratamento de feridas
HIDROCOLOIDE EM PASTA:
Custo-benefício:
HIDROCOLOIDE EM GRÂNULOS
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PRÓPOLIS
Descrição: É uma resina extraída pelas abelhas dos botões de certas flores,
folhas e casca de árvores. Após a coleta desta resina as abelhas mastigam
enriquecendo com os componentes enzimáticos existentes em sua saliva.
Coloração esverdeada a marrom, amarga, fluída e pegajosa e insolubilidade em
água.
• 50 A 55% de resina e bálsamo
• 5 a 10% de pólen, minerais, vitaminas e enzimas
• 30% de cera 10% de óleos voláteis
Mecanismo de ação:
• Atua na formação de anticorpos, eleva a fagocitose e acelera os processos de
regeneração celular.
• A riqueza enzimática da própolis aliada ao seu conteúdo de vitamina A, auxilia
no combate a bactérias patogênicas de difícil tratamento.
Vantagens e indicações:
• Baixo custo e facilidade de manuseio;
• Embora a própolis apresente ação no organismo, semelhante à dos antibióticos
o seu uso não apresenta efeitos colaterais comuns causados pelos antibióticos;
• Tem atividade antibacteriana em gram-positivas e gram-negativas, antifúngica.
• Possui ação antisséptica acentuada;
• Indicada em feridas vitalizadas sem necrose, exsudativas ou não.
Contraindicações:
• Avaliar o limiar de dor após aplicação, alguns pacientes relatam intolerância
após uso tópico.
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Tratamento de feridas
Cuidados na aplicação:
• Deve-se evitar que a própolis fique em contato com a borda e tecidos
perilesionados, pois causa ressecamento; trocar no máximo a cada 12horas.
HIDROPOLÍMERO
Composição:
Mecanismo de ação:
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Tratamento de feridas
Vantagens e indicações:
Contraindicações:
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Tratamento de feridas
FILMES TRANSPARENTES
Composição:
Mecanismo de ação:
Vantagens e indicação:
Desvantagens e contraindicações:
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Tratamento de feridas
• Não devem ser usados nas primeiras 24 horas de pós-operatório, devidoà
liberação de exsudato.
Cuidados na aplicação:
COLÁGENO BIOLÓGICO
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Tratamento de feridas
Mecanismo de ação:
O alginato absorvente e formador de gel mantém o meio úmido e
controla o exsudato enquanto colágeno favorece o crescimento interno dos
tecidos e dos vasos sanguíneos, quimiotáxico para macrófagos e fornece uma
trama favorável ao desenvolvimento dos fibroblastos promovendo a granulação
e a epitelização.
Atenção especial aos nomes e suas ações químicas na lesão, não
confundam colágeno com a colagenase, ambos têm um papel no mecanismo de
cicatrização da lesão, porém se empregadas em tempo errôneo no processo
interfere no tempo de fechamento desta, porém Colagenase é uma enzima e
desbrida enquanto o colágeno estimula a granulação.
Vantagens e indicações:
• Indicado em lesões fluidas, superficiais e limpas;
• Remove o excesso de exsudato;
Desvantagens e contraindicação:
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Tratamento de feridas
Cuidados na aplicação:
Impregnadas:
• Acetato de celulose impregnada com petrolato;
• Com PVPI a 10%;
• Gaze de fibras de poliéster hidrófobo impregnada com AGE;
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Tratamento de feridas
Vantagens e indicação:
Queimaduras superficiais;
• Feridas com formação de tecido de granulação e áreas doadoras ou
receptoras de enxerto;
• Indicada como curativo primário de lesões planas com função de mantera
ferida úmida e proteger de traumas por aderência;
• Permite o livre fluxo de exsudatos;
• Não interfere no tecido de regeneração e evita a dor durante a troca;
Composição:
• Tela de acetato de celulose impregnada com emulsão de petrolato
solúvel em água, não aderente e transparente, estéril.
Desvantagens e contraindicação:
• Alguns tipos de gaze não aderente são impregnados com
antimicrobianos, que podem ser tóxicos ao fibroblasto;
• Se existe pouco exsudato, não criam um microambiente apropriado a
reeptelização. Por vezes, requerem medicações frequentes;
• Feridas com cicatrização por primeira intenção;
• Produtos de hidrocarbonetos saturados derivados do petróleo podem
causar irritação e reação granulomatosas;
Cuidados na aplicação:
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Tratamento de feridas
Vantagens:
• Produtos naturais sem efeitos colaterais;
• Facilidade no cultivo e manipulação;
• Baixo custo.
Formas de uso:
• Chás, pós, pomadas;
• Há melhor extração do princípio ativo quando a planta é batida
manualmente;
• As folhas e flores devem passar por um processo de infusão.
Descrição:
• É uma herbácea cujas sementes, frutos aquênios,
• Produzido no miolo das flores, são a parte mais utilizada.
Vantagens e indicações:
• Fácil acessibilidade e baixo custo;
• Auxilia na manutenção da função e integridade das membranascelulares;
• Lubrificam e agem como emoliente;
Ácidos graxos essenciais: Linoleico e linolênico
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Tratamento de feridas
Desvantagens e contraindicação:
• Não é um produto estéril;
ARNICA
BABOSA
• Nome científico: Aloe vera.
• Aspecto: de 60 cm a 01 metro de altura, folhas grandes e carnudas
marginadas por espinhos.
• Parte usada: Parênquima (folhas frescas).
• Indicações: lesões de pele não infectadas, queimaduras, erisipela e
celulite.
• Ação: auxilia no processo de cicatrização, anti-inflamatória e
bactericida.
• Contraindicações: uso interno.
• Apresentação: creme ou gel 25%.
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Tratamento de feridas
CALÊNDULA
MAMÃO PAPAIA
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Tratamento de feridas
Modo de usar:
Pó
• Diluir o pó em água bidestilada, pois qualquer componente químico alteraa
instabilidade da solução;
• Preparar a solução da papaína somente no horário da aplicação: não
armazenar. Concentrações das diluições:
1g 100ml 1%
1g 50ml 2%
2g 50ml 4%
3g 50ml 6%
4g 50ml 8%
5g 50ml 10%
Material:
• Mamão verde;
• Recipiente plástico para ralar o mamão;
• Água bidestilada ou água fervida para limpeza da ferida.
Procedimentos:
• Lavar o mamão com água e sabão;
• Ralar a polpa do mamão no ralo plástico;
• Limpar a ferida com água bidestilada ou água limpa (fervida);
• Cobrir a ferida com a polpa ralada e cobrir a lesão com gaze ou comum
pano limpo;
AÇÚCAR – SACAROSE
Procedimentos:
• Limpeza da ferida com água limpa;
• Cobrir a superfície com o açúcar e cobrir a ferida com gaze;
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Tratamento de feridas
• Anti-inflamatório e desbridante.
Tempo de permanência:
Sacarose: eliminação renal X lesão tubular, nos pacientes com lesão renal
deverá de se ter um controle rigoroso da perda pela urina da sacarose,
glicosúria. Hiperosmolaridade ocorre em 15 minutos e decresce em 2 horas,
portanto o curativo deve ser trocado a cada duas horas no máximo. E sofrer a
reposição a cada quinze minutos.
Dificuldades:
• A dor;
• Trocas mais de uma vez ao dia.
OSTOMAS
Por vários motivos, como lesão por ferimento por arma de fogo e ou arma
branca, em situações clínicas agudas e ou em situações clínicas crônicas como
no caso de neoplasia do sistema digestório, são situações em que um indivíduo
necessita ser operado para construir um caminho para saída das fezes ou da
urina. Essa intervenção cria um ostoma ou estoma (abertura), na região
abdominal, por onde irão sair fezes em quantidade e consistência diferente assim
como será eliminada a urina em forma de gotas.
O ostoma, por suas características anatômicas, que abre parte do órgão
expondo a mucosa, livre de controle do sistema nervoso central e muscular,
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Tratamento de feridas
TIPOS DE OSTOMA
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Tratamento de feridas
Material:
• Uma placa, uma bolsa, e um clipe;
• Um par de luvas de procedimento;
• Gazes;
• Um frasco 125 ml de soro fisiológico ou água corrente;
• Tesoura;
• Sabão neutro;
• Saco plástico de lixo.
Procedimento:
• Reunir o material;
• Lavar as mãos;
• Orientar o paciente sobre o que será realizado;
• Expor o local a ser manipulado;
• Calçar luvas de procedimento;
• Retirar a bolsa e placa usadas e desprezar em saco plástico;
• Utilizando, gaze, soro fisiológico e sabão realizar a limpeza da pele
periestoma e desprezá-la em saco plástico;
• Realizar a limpeza do ostoma;
• Recortar o orifício central da placa no tamanho certo do ostoma sem deixar
pele exposta, para evitar que caia efluente na região causando irritação;
• Retirar o papel protetor da placa e aplicar sobre o ostoma, fazendo uma leve
pressão, para bem aderir;
• Fechar a bolsa com clipe e colocar a bolsa à placa encaixando os flanges;
• Deixar o paciente confortável;
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Tratamento de feridas
Modo de aplicação:
• Secar ao redor dos drenos e ostomia;
• Aplicar a pasta na área de imperfeições e o pó nas áreas escoriadas;
• Aplica-se a placa da mesma forma que a bolsa coletora, faz se um recorte ao
centro para encaixar o estoma;
• Mantém os cuidados de enfermagem com aplicação da bolsa de colostomia, e
periodicidade de trocas e manutenção de higiene e conforto ao paciente.
QUEIMADOS
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Tratamento de feridas
O que torna ainda mais grave este tipo de patologia, exigindo da equipe de saúde
um conhecimento elevado acerca do tratamento das queimaduras, bem como
da prevenção de infecções.
Muito se tem estudado sobre o atendimento aos queimados, mas a
queimadura ainda apresenta condições que favorecem o desenvolvimento das
infecções, como imunodepressão e o seu foco principal, as condições da ferida,
como fator predisponente ao crescimento bacteriano.
A ferida do paciente queimado deve, portanto, ser tratada como um
abscesso plano, em decorrência da grande quantidade de material necrótico e
avascular e o exsudato que o constitui é um excelente meio para a proliferação
bacteriana. Por este motivo, saber da importância do tratamento tópico aplicado
ao queimado contribui com a sua recuperação determinando o período de
internação e o prognóstico desse.
• Desnutrição prévia;
• Patologias preexistentes;
• Utilização de polimicrobianos;
• Grande quantidade de material necrótico;
• Múltiplos processos cirúrgicos;
• Streptococus SP;
• Staphilococus epidermidis;
• Staphilococus aureus;
• Pseudomonas aeruginosa;
• E. coli;
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Tratamento de feridas
• Cândida albicans;
A - QUANTO A PROFUNDIDADE:
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Tratamento de feridas
B - QUANTO A EXTENSÃO
• Grande queimado - 3º grau maior que 10%; - 2º grau maior que 25%.
• Moderado - 3º grau maior 3% menor 10%; - 2º grau maior 15% menor25%.
• Leve - 3º grau menor 3%; - 2º grau menor 15%.
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Tratamento de feridas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
HIDROTERAPIA DIÁRIA
PREPARO DO MATERIAL:
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Tratamento de feridas
MÉTODO DO CURATIVO
TÉCNICA DO CURATIVO
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Tratamento de feridas
TIPOS DE CÂMARAS
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Tratamento de feridas
CAMARA MONOPLACE
Vantagens:
CAMARAS MULTIPLACE
Vantagens:
O TRATAMENTO
O tratamento é realizado por meio de sessões que, de acordo com as
condições clínicas apresentadas, e com os protocolos utilizados, variam os
níveis de pressão, duração, intervalos e o número total de sessões.
INDICAÇÃO TERAPÊUTICA
Síndrome de Fournier;
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Tratamento de feridas
Osteomielite;
CONTRAINDICAÇÕES
Relativas:
Infecções de vias aéreas;
DPOC; • Hipertermia;
Cirurgia prévia do ouvido;
Hipertensão arterial não controlada.
Absolutas:
Gravidez;
Pneumotórax não tratado;
Uso de drogas (Doxirrubicin, Dissulfiram, SIS-Platinium, Mafenideacetato).
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Tratamento de feridas
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
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REFERÊNCIAS
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Tratamento de feridas
Costa AM, Matozinhos ACS, Trigueiro PS, Cunha RCG, Moreira LR. Custos do
tratamento de úlceras por pressão em unidade de cuidados prolongados em uma
instituição hospitalar de Minas Gerais. Enfermagem Revista. 2015;18(1):58-74.
SANTOS, E.et al. A eficácia das soluções de limpeza para o tratamento de feridas: uma
revisão sistemática. Revista de Enfermagem Referência, n. 9, p. 133-144, 2016.
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