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CADERNO DE FARMACOTÉCNICA II
Material pessoal de Estudo
1
Organizado por: @fabriciofelippe
Sumário
EMULSÕES ................................................................................................................................... 10
Introdução a Dispersões Farmacêuticas ................................................................................ 10
Árvores de decisão de veículos de Dispersões ...................................................................... 10
Tipos de Dispersão.................................................................................................................. 11
O que são emulsões? .............................................................................................................. 11
Classificação das Emulsões quanto ao tipo de cada fase ...................................................... 12
Tipo de Emulsão x Utilização .................................................................................................. 13
Vantagens e Desvantagens das Emulsões ............................................................................. 14
Componentes das Emulsões................................................................................................... 14
Características e Propriedades dos Tensoativos ................................................................... 15
Mecanismo de Emulsificação - Formas de Ação do Tensoativo ........................................... 16
Redução Tensão Superficial (interfacial) ........................................................................... 16
Interação Eletrostática ....................................................................................................... 17
Repulsão Estérica ................................................................................................................ 17
Estabilização entálpica ....................................................................................................... 17
Resumo das Teorias de emulsificação ................................................................................... 17
Sistema Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL ou HLB – do inglês) ........................................ 18
Preparo das Emulsões ............................................................................................................ 19
Aplicações dos Misturadores no Preparo de Emulsões ........................................................ 20
Métodos de preparo de Emulsões ......................................................................................... 20
Estabilidade das Emulsões ..................................................................................................... 20
Processos de instabilidade de emulsões ............................................................................... 22
Floculação ........................................................................................................................... 22
Sedimentação ou cremagem .............................................................................................. 22
Coalescência........................................................................................................................ 23
Inversão de fase .................................................................................................................. 23
Fatores extrínsecos que afetam a estabilidade ..................................................................... 23
Controle de Qualidade das Emulsões .................................................................................... 25
Seleção de Emulsão ................................................................................................................ 25
Seleção do tensoativo ............................................................................................................ 26
Toxicidade e potencial de irritação ..................................................................................... 26
Via de administração ........................................................................................................... 26
Equilibro hidrofílico-lipofílico (EHL)..................................................................................... 28
Determinação do EHL ............................................................................................................. 29
Exemplo Prático de Cálculo de EHL e Escolha de Tensoativo ........................................... 30
2
Organizado por: @fabriciofelippe
POMADAS E PASTAS .................................................................................................................... 33
O que são pomadas? .............................................................................................................. 33
Classificação dos tipos pomadas ............................................................................................ 33
Como escolher a base da pomada? ....................................................................................... 33
Classificação quanto ao grau de penetração cutâneo........................................................... 33
Características desejáveis das pomadas ................................................................................ 34
Excipientes das pomadas ....................................................................................................... 34
Preparo das Pomadas ............................................................................................................. 34
Preparo em Pequena Escala ............................................................................................... 35
Preparo em Larga Escala..................................................................................................... 35
Vantagens das Pomadas......................................................................................................... 35
Desvantagem das Pomadas ................................................................................................... 35
O que são Pastas? ................................................................................................................... 35
Preparo das pastas ................................................................................................................. 35
Vantagens e desvantagens das pastas................................................................................... 36
Controle de Qualidade das Pomadas e Pastas ...................................................................... 36
Exemplos de Pastas e Pomadas ............................................................................................. 37
SUSPENSÃO ................................................................................................................................. 41
O que são suspensões?........................................................................................................... 41
Características das Suspensões .............................................................................................. 41
Fórmula de uma suspensão medicamentosa ........................................................................ 41
Vias de administração ............................................................................................................ 41
Suspensões Orais .................................................................................................................... 42
Suspensões Tópicas ................................................................................................................ 42
Suspensões Injetáveis e Oftálmicas ....................................................................................... 42
Vantagens e Desvantagens das Suspensões .......................................................................... 42
Características de uma suspensão ideal ................................................................................ 43
Aspectos físico-químicos de uma suspensão ideal ................................................................ 43
Flutuação e molhabilidade das partículas no veículo ......................................................... 43
Velocidade de sedimentação ............................................................................................. 44
Cristalização ............................................................................................................................ 45
Redispersibilidade .................................................................................................................. 46
Potencial Zeta ......................................................................................................................... 46
Desejável para uma suspensão .............................................................................................. 47
Preparo de Suspensão ............................................................................................................ 48
Conservação e armazenamento ............................................................................................. 49
3
Organizado por: @fabriciofelippe
Resumo dos tipos de Suspensão ............................................................................................ 49
Resumo do Preparo das Suspensões ..................................................................................... 50
GÉIS ............................................................................................................................................. 51
O que são géis? ....................................................................................................................... 51
Fase Dispersa .......................................................................................................................... 52
Fase dispersante ..................................................................................................................... 52
Características da Fase Dispersa ............................................................................................ 52
Fenômenos nos Géis do Tipo II .......................................................................................... 53
Interfaces dos Géis Tipo II ...................................................................................................... 53
Sistema Sol .......................................................................................................................... 53
Sistema Gel ......................................................................................................................... 53
Tipos de ligação dos Sistemas Tipo II ..................................................................................... 53
Características dos Géis Tipo II............................................................................................... 53
Vias de administração ............................................................................................................ 53
Vantagens dos Géis ................................................................................................................ 53
Desvantagens dos Géis ........................................................................................................... 54
Resumo dos Tipos de Géis ...................................................................................................... 54
Natureza dos Agentes Gelificantes ........................................................................................ 54
Preparo do Gel de Natrosol ................................................................................................ 55
Exemplo de Formulações com Agentes Gelificantes específicos .......................................... 56
Fase Dispersante ..................................................................................................................... 58
Preparo e Formulação de Géis ............................................................................................... 58
Formulação Gel base .......................................................................................................... 58
Preparo dos Geís ................................................................................................................. 58
Avaliação do Gel ................................................................................................................. 59
Reologia dos Géis.................................................................................................................... 59
Classificação simplificada do comportamento reológico ...................................................... 59
FORMAS FARMACÊUTICAS CAVITÁRIAS...................................................................................... 61
O que são formas farmacêuticas cavitarias? ......................................................................... 61
Ação Mecânica ........................................................................................................................ 61
Ação local ................................................................................................................................ 61
Supositório de Ação Mecânica ............................................................................................... 62
Supositórios de Ação Local ..................................................................................................... 62
Aplicações dos Supositórios de Ação Local ........................................................................... 62
Óvulos de Ação Local .............................................................................................................. 62
Aplicações dos Óvulos de Ação Local..................................................................................... 63
4
Organizado por: @fabriciofelippe
Velas de Ação Local ................................................................................................................ 63
Aplicações das Velas de Ação Local ....................................................................................... 63
Supositórios ou Óvulos de ação Sistêmica ............................................................................ 63
Aplicações de Supositórios e Óvulos de ação Sistêmica ....................................................... 63
Vantagens das Formas Farmacêuticas Cavitárias .................................................................. 63
Desvantagens das Formas Farmacêuticas Cavitárias ............................................................ 63
Fatores que afetam a absorção de fármacos pela via retal .................................................. 64
Fisiologia do Reto ............................................................................................................... 64
Conteúdo Colônico ............................................................................................................. 64
Via de Circulação ................................................................................................................ 64
Solubilidade óleo/água ...................................................................................................... 64
Tamanho da Partícula......................................................................................................... 64
Bases de supositórios e Método de preparação ................................................................... 65
Bases Lipofílicas ou oleaginosas .......................................................................................... 65
Bases oleosas Semi-sintéticas ............................................................................................. 65
Bases hidrossolúveis ou hidromiscíveis .............................................................................. 65
Bases diversas (mistas)........................................................................................................ 66
Fatores Físico-Químicos da Base ............................................................................................ 66
Critérios para a escolha da base ............................................................................................ 66
Preparação de supositórios .................................................................................................... 67
Moldagem por Fusão .......................................................................................................... 67
Moldagem por compressão ................................................................................................ 67
Defeitos/Instabilidades dos Supositórios .............................................................................. 67
Cálculo da Quantidade de Base que será utilizada ............................................................... 68
Cálculo da Quantidade de excipiente .................................................................................... 68
Controle de Qualidade de Supositórios ................................................................................. 68
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO AURICULAR & NASAL ................................................................. 69
Ação Local x Ação Sistêmica ................................................................................................... 69
Anatomia e Fisiologia da via de administração nasal ........................................................... 70
Vantagens e Limitações da via Nasal ..................................................................................... 71
Propriedades físico-químicas de fármacos que afetam a absorção nasal ............................ 71
Fatores fisiológicos que afetam a absorção nasal ................................................................. 72
Depuração mucociliar (DMC) .............................................................................................. 72
Presença de atividade enzimática ....................................................................................... 72
Capacidade da região nasal ................................................................................................. 72
Alternativas para aumentar a absorção nasal de fármacos ................................................. 72
5
Organizado por: @fabriciofelippe
Formulações nasais: Propriedades da Forma Farmacêutica ................................................. 73
Características Ideais para uma formulação Nasal ............................................................... 73
Fatores a serem considerado da formulação final ................................................................ 73
Excipientes da Formulação Nasal........................................................................................... 73
Características farmacotécnicas ............................................................................................. 74
Exemplo de Formulações Nasais ............................................................................................ 74
Via de Administração Inalatória Bucal-Pulmonar ................................................................. 74
Fatores que influenciam a deposição do fármaco na administração Bucal-Pulmonar ........ 74
Relação Tamanho de Partícula x Deposição Pulmonar ......................................................... 75
Tipos de Dispositivos de Formas Farmacêuticas Pulmonares .............................................. 76
Gás propelente ....................................................................................................................... 76
Nomes dos componentes de um Sistema Aerossol .............................................................. 77
pMDI - Válvula de dose calibrada .......................................................................................... 78
Formas Físicas dos produtos Pulmonares.............................................................................. 78
Teste de Deposição Pulmonar................................................................................................ 78
Via de administração auricular .............................................................................................. 79
Aplicações da via de administração auricular ....................................................................... 79
Vantagens e desvantagens das formulações otológicas ....................................................... 80
Formulações auriculares ........................................................................................................ 80
Características desejáveis....................................................................................................... 80
FORMAS FARMACÊUTICAS OFTÁLMICAS .................................................................................... 81
O que são as formas farmacêuticas oftálmicas? ................................................................... 81
Aplicações diagnósticas e terapêuticas das Formas Farmacêuticas Oftálmicas .................. 82
Aspectos Biofarmacêuticos de Formulações Oftálmicas ...................................................... 83
Lipofilicidade e ionização da substância ativa..................................................................... 83
Concentração de substância ativa, tamanho da gota, tensão superficial........................... 84
Diluição e Drenagem ........................................................................................................... 84
Viscosidade do filme lacrimal .............................................................................................. 85
Valor de pH e capacidade tampão da solução .................................................................... 85
Valor Osmótico da Preparação............................................................................................ 85
Aspectos Farmacotécnicos ..................................................................................................... 86
Líquidos (Colírios) ................................................................................................................... 87
Escolha da substância ativa ................................................................................................. 87
Veículo ................................................................................................................................. 88
pH e capacidade tampão......................................................................................................... 88
Viscosidade.......................................................................................................................... 90
6
Organizado por: @fabriciofelippe
Conservantes ....................................................................................................................... 90
Exemplos de Conservantes e Suas Incompatibilidades....................................................... 92
Esterilidade.............................................................................................................................. 93
Osmolaridade (Isotonia) ...................................................................................................... 95
Armazenamento e estabilidade .......................................................................................... 96
Pomadas e Implantes (Inserts) ............................................................................................... 96
Vantagens e Desvantagens das Formas Farmacêuticas Oftálmicas ..................................... 97
FORMAS FARMACÊUTICAS INJETÁVEIS ....................................................................................... 98
O que são formas farmacêuticas injetáveis? ......................................................................... 98
As razões comuns para a administração parenteral de medicamentos são: ....................... 98
Desvantagens da via parenteral............................................................................................. 98
Tipos e Vias de administração parenteral ........................................................................... 100
Métodos de administração .................................................................................................. 100
Vias de Administração .......................................................................................................... 101
Aspectos Biofarmacêuticos .................................................................................................. 101
Aspectos Farmacotécnicos ................................................................................................... 102
Propriedades das preparações parenterais ...................................................................... 102
Desafios de formulação ..................................................................................................... 103
Substância ativa................................................................................................................. 104
Veículo ............................................................................................................................... 105
Conservantes ..................................................................................................................... 106
Surfactantes ...................................................................................................................... 106
Isotonia .............................................................................................................................. 106
Determinação da osmolaridade ........................................................................................ 107
Correção da osmolaridade ................................................................................................ 110
Método - Diminuição do Ponto de congelamento (Abaixamento crioscópico)................ 111
Esterilidade ........................................................................................................................... 112
Métodos destrutivos. ........................................................................................................ 112
Métodos de inativação microbiana permanente.............................................................. 113
Métodos baseados na remoção / exclusão física de microrganismos (métodos de
filtração). ........................................................................................................................... 114
Pirogênios ............................................................................................................................. 114
Detecção de pirogênio ...................................................................................................... 117
Potencial Zeta ....................................................................................................................... 118
LIPOSSOMOS ............................................................................................................................. 120
O que são lipossomos? ......................................................................................................... 120
7
Organizado por: @fabriciofelippe
Fosfolipídios .......................................................................................................................... 121
Esteróis.................................................................................................................................. 122
Antioxidantes........................................................................................................................ 123
Seleção dos componentes .................................................................................................... 123
Classificação dos Lipossomos ............................................................................................... 123
Quanto ao número de bicamadas (lamelaridade) ............................................................ 123
Quanto ao tamanho .......................................................................................................... 124
Uso dos diferentes tipos de lipossomos .............................................................................. 124
Preparo dos Lipossomos....................................................................................................... 124
Instabilidade em Lipossomos ............................................................................................... 125
Química ............................................................................................................................. 125
Física .................................................................................................................................. 125
Biológica ............................................................................................................................ 125
Desvantagens dos lipossomos ............................................................................................. 125
Conservação dos lipossomos ............................................................................................... 125
Esterilização dos lipossomos ................................................................................................ 126
Classificação dos Lipossomos de Acordo com a Interação no meio biológico ................... 126
Lipossomos Convencionais (LC) ........................................................................................ 126
Lipossomas de Longa Circulação (Stealth) ou LLC ou Peguilados ..................................... 127
Lipossomos Sítio-específicos ............................................................................................. 128
Vias de Administração .......................................................................................................... 129
TRANSDÉRMICOS ...................................................................................................................... 131
O que são formulações Transdérmicas? .............................................................................. 131
Histo-Fisiologia da Pele ........................................................................................................ 131
Tópico x Transdérmico ......................................................................................................... 132
Como os fármacos penetram a pele .................................................................................... 133
Os sistemas de liberação transdérmica (SLT) ...................................................................... 134
Vantagens do Sistema Transdérmico................................................................................... 135
Desvantagens da Via Transdérmica ..................................................................................... 135
Critérios para a escolha do fármaco transdérmico ............................................................. 136
Qual o Log P ideal para fármaco ter ação sistêmica através da pele? ................................ 137
Fatores que afetam absorção percutânea ........................................................................... 137
Propriedades físico-químicas do fármaco ......................................................................... 137
Características da formulação ........................................................................................... 137
Local de Aplicação ................................................................................................................ 138
Tecnologia dos Sistemas de Liberação Transdérmicos ....................................................... 138
8
Organizado por: @fabriciofelippe
Adesivos transdérmicos .................................................................................................... 139
Tipos de Adesivo quando o sistema de armazenamento do fármaco .............................. 139
Sistema Reservatório ........................................................................................................ 140
NANOPARTÍCULAS..................................................................................................................... 142
O que são Nanopartículas? .................................................................................................. 142
Nanociência e Nanotecnologia ............................................................................................ 142
Micro e Nanopartículas ........................................................................................................ 142
Revestimento ........................................................................................................................ 143
Classificação do Tipo de Micro/Nanopartículas .................................................................. 143
Desvantagens nas Micro/Nanopartículas ............................................................................ 144
Vias de Administração e NP comerciais ............................................................................... 144
Vantagens e Aplicações de Lipossomos e Nanopartículas .................................................. 146
9
Organizado por: @fabriciofelippe
EMULSÕES
10
Organizado por: @fabriciofelippe
Tipos de Dispersão
Em uma emulsão uma das fases é chamada DISPERSA (ou fase interna)
composta de gotículas de um líquido distribuídas em um segundo líquido que
corresponde a fase DISPERSANTE (ou fase externa ou fase contínua).
11
Organizado por: @fabriciofelippe
Classificação das Emulsões quanto ao tipo de cada fase
Vai depender do Meio dispersante (ou fase contínua) e do Meio Interno (Fase Dispersa);
Emulsão Simples
• Emulsão O/A – fase interna óleo e fase externa água, facilmente removível e
agradável ao uso
• Emulsão A/O – fase interna água e fase externa óleo, apresenta efeito oclusivo.
Emulsões Múltiplas
- Emulsão A/O/A – fase interna água --- 1a emulsificação em fase oleosa, seguido
de adição da emulsão formada em fase externa aquosa – 2a Emulsificação
- Emulsão O/A/O - fase interna óleo --- 1a emulsificação em fase aquosa, seguido
de adição da emulsão formada em fase externa oleosa – 2a Emulsificação
Existem testes para descobrir que tipo de emulsão foi formada, como por
exemplo o teste de miscibilidade em água ou óleo, teste de coloração e medida de
condutividade.
12
Organizado por: @fabriciofelippe
Tipo de Emulsão x Utilização
Emulsão Simples
Emulsão Múltipla
Observações
13
Organizado por: @fabriciofelippe
Vantagens e Desvantagens das Emulsões
• TENSOATIVOS e CO-tensoativos
14
Organizado por: @fabriciofelippe
Tensoativos
Tensoativos Aniônicos
Tensoativos Catiônicos
15
Organizado por: @fabriciofelippe
ig. Brometo de Cetiltrimetilamonio
Tensoativos Anfóteros
ig. Lectina
Tensoativos Aniônicos
• Estáveis e eficazes em pH de 3 - 10
• Compatíveis quimicamente com os anteriores
• Baixa toxicidade e irritabilidade
• Emulsão O/A e A/O
• Preparações orais e parenterais
• Custo mais elevado
ig. Polissorbato
Tensoativos Naturais
Todo líquido tem a tendência de estar na forma que apresenta menor área
superficial exposta. Logo, duas gotas tendem a se unir em uma gota única maior. Uma
gota de um líquido possui forças internas que buscam promover associação entre as
moléculas de modo a resistir a distorção dessa esfera. Se duas gotas do mesmo líquido
se aproximam, elas tendem a se unir, com área superficial menor.
16
Organizado por: @fabriciofelippe
Quando esse líquido estiver em contato com outro líquido que é insolúvel como
as emulsões, a força que faz com que faz que esse líquido resista ao fracionamento em
partículas menores, é conhecida como tensão interfacial.
Interação Eletrostática
Repulsão Estérica
Repulsão provocada pela interação das moléculas absorvidos do estabilizante.
Formação de um “filme” na partícula
Estabilização entálpica
17
Organizado por: @fabriciofelippe
Resumo: Para a formação de uma emulsão, existem três teorias de emulsificação:
teoria da tensão interfacial, teoria da cunha orientada e teoria da película ou filme
interfacial.
REALIDADE...
É pouco provável que uma única teoria de emulsificação possa explicar a
maneira pelas quais os muitos e diversos tensoativos promovam a formação da emulsão
e sua estabilidade. É mais provável que mesmo em uma única emulsão mais de uma
dessas teorias seja aplicável.
Por exemplo: a redução da TENSÃO INTERFACIAL é importante na formação
inicial de uma emulsão, mas a formação de uma CUNHA DE MOLÉCULAS ou de um
FILME PROTETOR é importante para a manutenção da estabilidade.
18
Organizado por: @fabriciofelippe
O Sistema Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL ou HLB – do inglês) representa
uma relação entre grupos hidrofílicos e lipofílicos dos tensoativos. Foi criada uma escala
(Escala de Griffin em 1949) que varia de 1 a 20.
Pontos Críticos
• Composição - Tensoativo
• Temperatura
• Tempo de Agitação
• Tipo de Agitação
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Emulsão Simples A/O
20
Organizado por: @fabriciofelippe
Maiores Problemas de Estabilidade das Emulsões
• Floculação
• Sedimentação ou Cremagem
• Coalescência
• Quebra
21
Organizado por: @fabriciofelippe
Observando a imagem vemos que a porção polar dos tensoativos possuem
maior afinidade pela água, ficando dessa forma na fase externa. Já a porção apolar
apresenta maior afinidade por óleo, ficando dessa forma disperso na parte interna de
cada gota.
Lei de Stokes
Note que:
22
Organizado por: @fabriciofelippe
• Uma forma de reduzir a velocidade de formação do sedimento/creme é obter
um menor tamanho de gotícula na emulsão, e isto pode ser obtido através da
escolha adequada do tensoativo e da técnica de preparo.
Coalescência
Inversão de fase
Como o próprio nome “inversão de fases” indica: uma emulsão O/A passa a ser
A/O.
Este fenômeno pode ocorrer em emulsões cuja concentração na fase dispersa
é elevada sendo derivado da adição de adjuvantes, presença de eletrólitos e ainda
aumento da temperatura.
• Físicos externos
• Químicos
• Microbiológicos
• Condições adversas de armazenamento
23
Organizado por: @fabriciofelippe
24
Organizado por: @fabriciofelippe
Controle de Qualidade das Emulsões
• Aspectos visuais, sensoriais
• Análise do tamanho das gotículas
• Viscosidade/ Reologia
• pH
• Testes microbiológicos
• Estabilidade acelerada (força
• congelamento/descongelamento)
Seleção de Emulsão
25
Organizado por: @fabriciofelippe
Substância Ativa → O óleo ou um fármaco?
Escolha do Tensoativo
Seleção do tensoativo
A escolha do tensoativo para estabilizar a emulsão é determinada por alguns
fatores como:
Via de administração
26
Organizado por: @fabriciofelippe
27
Organizado por: @fabriciofelippe
Equilibro hidrofílico-lipofílico (EHL)
Cada Tensoativo tem um valor de EHL e está relacionado diretamente com a parte
hidrofílica da molécula. → Indica Polaridade:
Tabela de EHL
28
Organizado por: @fabriciofelippe
Determinação do EHL
O valor de EHL em que foi obtida a emulsão estável será considerado como valor
de EHL do óleo.
29
Organizado por: @fabriciofelippe
Exemplo Prático de Cálculo de EHL e Escolha de Tensoativo
30
Organizado por: @fabriciofelippe
Cálculo EHL - Etapa 2
31
Organizado por: @fabriciofelippe
Cálculo EHL - Etapa 3
32
Organizado por: @fabriciofelippe
POMADAS E PASTAS
• Uso Externo;
• Emolientes – Gordurosas e hidratantes;
• Utiliza ceras e materiais gordurosos;
• Bases de Absorção – Podem ser anidras, quando são constituídas por uma mistura de
hidrocarbonetos e agentes emulsionantes que formam uma emulsão A/O quando a água
é adicionada (ex. lanolina anidra), ou do tipo bases emulsionadas A/O propriamente
ditas que permitem somente a incorporação de pequenas quantidades de material
hidrofílico (material em solução aquosa) (ex. cold cream). Apresentam efeito emoliente.
• Removíveis com água – são emulsões O/A que podem ser retiradas da pele com
auxílio de água e apresentam capacidade de absorver descargas serosas em afeções
dermatológicas. Por terem uma melhor característica sensorial, podem ser usadas para
aplicação no couro cabeludo (ex. pomada hidrofílica USP). Não são oclusivas.
• Local de aplicação;
• Velocidade de liberação do fármaco → Fármaco precisa estar solúvel para agir,
portanto, sua solubilidade pode modular a liberação;
• Estabilidade Química do Fármaco
• Viscosidade → Alguns fármacos podem alterar;
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Organizado por: @fabriciofelippe
• Pomadas Diadérmicas – penetram na pele e atingem a circulação sistêmica (ex:
pomadas hidrossolúveis, como a de PEG).
OBS: Pode ser adicionado um agente levigante para auxiliar a incorporação dos pós na
base (glicerina ou propiletilenoglicol);
34
Organizado por: @fabriciofelippe
• Por fusão: todos os componentes não voláteis ou sensíveis à temperatura são
fundidos juntos e mantidos sob agitação constante até resfriamento
(solidificação). Os fármacos sensíveis à temperatura são adicionados no
processo de resfriamento.
• Menos gordurosas
• Absorvem líquidos
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Organizado por: @fabriciofelippe
pós de forma a pulverizar os pós. Em seguida, há a adição da base aos poucos,
para ir misturando o pó com a base. Para desfazer possíveis grumos, deve ser
feito espatulação.
OBS: Pode ser adicionado um agente levigante para auxiliar a incorporação dos pós na
base.
• Sua alta concentração de pós e opacidade permitem seu uso como filtro solar
físico de boa durabilidade, sendo usada por esportistas aquáticos.
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Exemplos de Pastas e Pomadas
cânfora 44,4 mg
levomentol 20,0 mg
B. Pasta Dágua
Óxido de zinco 25 g
Talco 25 g
Glicerina 25 mL
Água de cal 25 mL
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Organizado por: @fabriciofelippe
Glicerina → Ajuda a na levigação para incorporar os líquidos.
Carboximetilcelulose 20%
Mistura de massa para acertar a viscosidade. É uma pasta pela grande quantidade de
pós, mesmo que tenha base de pomada.
Método de Fusão
D. Pasta de Lassar
Óxido de Zinco 25 g
Amido 25 g
Vaselina Sólida 50 g
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Importante ponto da pasta de lassar → Após a manipulação, devido a
característica lipofílica do produto, limpar todo o material com álcool 96°GL antes de
lavar com água e sabão. Por causa da vaselina ser muito gordurosa.
E. Pomada de Tacrolimo
Ureia X%
Lanolina 20%
Cera de abelha 5%
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40
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SUSPENSÃO
O que são suspensões?
Sistema bifásico
Vias de administração
A) Gastrointestinal
B) Tópica
C) Injetáveis
D) Ocular
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Suspensões Orais
2. Forma de pós: é uma mistura de pós (fármaco + excipientes), que deve ser diluída
com o veículo.
Suspensões Tópicas
• Suspensões estéreis;
• Tamanho de partícula controlado (fármaco micronizado);
• Suspensão intramuscular na forma de depósito: ação lenta e prolongada;
• Suspensão oftálmica: aumento do tempo de contato do fármaco com os olhos.
Vantagens
Desvantagens:
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Características de uma suspensão ideal
• Eficácia terapêutica;
• Estabilidade química: fármacos e adjuvantes devem manter sua estabilidade
química (estrutural, manter sua potência e sem interação)
• Estabilidade física:
• Partículas pequenas e uniformes (1-10 µm);
• Sedimentação lenta (partículas pequenas e viscosidade adequada);
• Fácil redispersão com agitação (doses uniformes): Não formar sedimento
compacto.
• Tamanho de partícula pequeno;
• Viscosidade ajustada;
• Preparação atrativa; - com odor e sabor agradável (flavorizantes, edulcorantes,
corantes), e aspecto homogêneo sem grumos, flóculos e cristais
• Fácil redispersão com agitação;
• Aspecto homogêneo.
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Agentes Molhantes
✓ Polímeros;
Velocidade de sedimentação
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Ex: redução do tamanho das partículas e aumento da viscosidade reduz a velocidade
de sedimentação e melhoram a estabilidade da suspensão
Agente suspensor
Polissacarídeos
Polímero Sintético
• Em água forma soluções líquidas, ácidas e pouco viscosas e após o ajuste do pH 6-7,
aumentam a viscosidade da preparação.
Cristalização
Pode causar instabilidade na suspensão e formação de cristais do fármaco.
Causas prováveis:
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a) Polimorfismo do fármaco em suspensão
b) Variação de temperatura (armazenamento)
c) Diferentes tamanhos de cristais
Redispersibilidade
Potencial Zeta
Carga superficial das partículas
- Ionização das moléculas na superfície
- Adsorção de íons no meio líquido
- Suspensão Defloculada: Quando a força de repulsão entre as partículas for maior que
a força de atração, não há agregação entre as partículas e nem a formação de flóculos,
originando uma suspensão defloculada.
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1. Partículas se sedimentam lentamente;
2. Meio dispersante turvo;
3. Sedimento pouco volumoso e compacto “caking”.
- Suspensão Floculada: Quando a força de atração entre as partículas for maior que a
força de repulsão, e as partículas se agregam em flóculos grandes e pesados, que
sedimentam por ação da gravidade, originando uma suspensão floculada (flóculos
grandes).
Agentes Floculantes
a. Eletrólitos;
b. Polímeros;
c. Tensoativos.
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Ex: acetato de sódio, fosfato dibásico de potássio, cloreto de alumínio. Floculação
controlado com eletrólitos
b) Carbômeros (Carbopol®)
C) Tensoativos
Preparo de Suspensão
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Conservação e armazenamento
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Resumo do Preparo das Suspensões
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GÉIS
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Fase Dispersa
(I) Físicas entre suas cadeias e a fase dispersante, ligações mais fracas
e reversíveis
(II) Entre cadeia entre cadeia que são covalente irreversíveis. Podem ser
provenientes de fontes naturais (algas) ou semi sintéticos (derivados
da celulose) ou sintético (como os carbômeros)
Fase dispersante
→ Sólidos Dispersos
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Fenômenos nos Géis do Tipo II
• Fenômeno de reversão = O sistema de gel muda para o sistema mais fluido sol.
Sistema Gel
• Quando se adiciona mais moléculas ao sol, a viscosidade aumenta e transforma-
se em semissólido
• Entrelaçamento da fase dispersa que retém o meio de dispersão
Formulações livres de gordura “oil free”, alto teor de água na sua composição, materiais
viscosos ou semissólidos, fluido pseudoplástico.
Vias de administração
Gel Transdérmico, Gel ocular, gel nasal, gel vaginal e gel tópico.
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Desvantagens dos Géis
Propicia o crescimento microbiano, limite no uso de aditivos; ação mais superficial, baixa
penetrabilidade percutânea, hidroalcoólicos ressecam a pele.
Géis tipo I: são sistemas irreversíveis com rede tridimensional formada por ligações
covalentes entre as macromoléculas.
Géis tipo II: são sistemas reversíveis mantidos por ligações intermoleculares fracas.
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Preparo do Gel de Natrosol
Géis tem aspectos mais agradáveis, mais transparentes, melhor sensorial e melhor
espalhabilidade.
Carbômeros (0,5-1,5%)
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Exemplo de Formulações com Agentes Gelificantes específicos
• Dispersão = etapa prévia (24h), caso não ocorra pode gerar aglomeração
• Aglomeração = Dificuldade de dispersão = Pode gerar pouca homogeneidade
de viscosidade
• Aeração = Pouca transparência
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3. Polioxietilenos (Pluronic ® ou Poloxamer ®): Géis termo-reversíveis (20-40%):
líquidos a frio (abaixo de 5ºC) (adicionados dos farmacos a frio) e gelificar na
temperatura ambiente ou corporal, possibilitando sistemas de liberação controlada.
• Polioxietileno = Hidrofílico
• Polioxipropileno = Hidrofóbico
5.Aristoflex ® AVC
• Excelente espalhabilidade
• Sensorial hydrafresh
• Estável em pH 4 a 9
• Estabilidade (incorporação de óleos): estabiliza emulsões com até 10% óleo
• Concentração: 0,5 a 5% de Aristoflex ® AVC
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Desvantagem de alguns polímeros naturais e semi-sintéticos frente aos sintéticos =
Não suportam a incorporação de grandes quantidades de materiais lipofílicos.
Fase Dispersante
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Avaliação do Gel
1. pH
2. Conteúdo do fármaco
3. Viscosidade
4. Espalhabilidade
5. Liberação in vitro
6. Estabilidade
Não-newtonianos
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A - Em repouso: molécula do polímero estão ligadas entre si formando uma estrutura
que aprisiona a água (alta viscosidade)
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FORMAS FARMACÊUTICAS CAVITÁRIAS
O que são formas farmacêuticas cavitarias?
São FF sólidas, de forma cônica ou ogival, destinadas a aplicação retal, vaginal
ou uretal, onde exercem efeitos locais ou sistêmicos.
Ação Mecânica
• Supositório, ao ser introduzido no reto, mesmo sem fármaco, promove uma ação
local. Como é o caso de supositórios de glicerina que promovem a evacuação -
laxante
Ação local
• Supositórios destinados à ação local são usados para aliviar constipação, dor,
irritação, prurido e inflamação associada a casos de hemorroidas ou outras
condições anorretais.
Ex: Supositórios de glicerina – promovem a laxação por meio da irritação local das
membranas mucosas, provavelmente por um efeito desidratante sobre as mesmas.
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• Velas
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Aplicações dos Óvulos de Ação Local
• Contraceptivos
• Antissépticos
• Anti Infecciosos
• Antifúngicos
• Antibacterianos
Exames Uretrais
i.g. Microssupositório de Alprostadil
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Fatores que afetam a absorção de fármacos pela via retal
Fisiologia do Reto
• Possui cerca de 15 a 20 cm de comprimento
• 2 a 3 mL de fluido (vazio)
• pH de 6,8 a 7,2
• Sem vilosidades
Conteúdo Colônico
Ef. Sistêmico: Enema Evacuante → Reto Vazio → Fármaco maior contato com a
superfície de absorção do reto.
Via de Circulação
Absorção do fármaco no reto, evita parcialmente o efeito de 1ª passagem
Solubilidade óleo/água
• Bases Hidrofílicas (PEGs) = Dissolvem nos fluidos ano retais = Dissolve nos
fluidos ano retais = Libera Fármaco Hidrofílico e Lipofílico
Tamanho da Partícula
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Bases de supositórios e Método de preparação
Exemplos
1a. Manteiga de cacau é definida como uma gordura obtida a partir da semente torrada
do Thebroma cacao.:
Polimorfismo:
- Cristais alfa (PF=22°C) fundida e resfriada rapidamente (dificultam o preparo)
- Cristais beta (PF=34 a 35ºC) cristais estáveis.
Exemplos
Não utilizada como supositório retal pois tem a capacidade de exercer desidratação
local, promovendo o efeito laxante.
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2b. Bases de Polietilenoglicóis
• Não tóxicas
• Desidratação da mucosa
• Não se fundem na temperatura do corpo, mas se dissolvem nos fluidos =
liberação mais lenta
• Armazenamento sem refrigeração.
Bases que misturam materiais oleaginosos e solúveis ou miscíveis em água. Podem ser
emulsões pré-formadas, geralmente do tipo óleo-em-água, ou capazes de dispersar-se
nos fluidos aquosos. Podem conter tenstoativo como o estearato de polioxila 40.
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Preparação de supositórios
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Cálculo da Quantidade de Base que será utilizada
Fator de Deslocamento
100 (𝐸 − 𝐺)
𝐹= +1
(𝐺 ∗ 𝑋)
Exemplo de Cálculo
𝑀 = 𝐹 − (𝑓 ∗ 𝑆)
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FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO AURICULAR & NASAL
A via intranasal tem sido explorada para administração de fármacos com os
seguintes objetivos (MARTINS; LANSLEY, 2013):
Essa região contém uma ligação fisiológica direta entre o ambiente e o sistema
nervoso central (SNC). Assim, acredita-se que tal via pode ser estabelecida para o
fornecimento de quantidades terapêuticas de fármacos para o tratamento da doença de
Alzheimer, tumores cerebrais, epilepsia, dor e transtornos do sono.
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Anatomia e Fisiologia da via de
administração nasal
Dentre as características da cavidade
nasal podemos destacar:
Fossas Nasais
• Duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. São
separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa chamada septo nasal
• Em seu interior há dobras, chamadas de conchas ou cornetos nasais, que tem
a função de umidificar e regular a temperatura do ar inalado
• No teto das fossas nasais encontram-se células sensoriais que são as
responsáveis do olfato.
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Epitélio de Revestimento
Depuração Nasal
Partículas (poeira, pólen, poluentes e microrganismos) com tamanho de 5-10
mm dentro da corrente de ar inalado, têm o potencial de se depositar sobre a camada
mucosa que reveste as paredes da concha nasal. Os cílios presentes nas células
ciliadas impulsionam o muco e por consequência, as partículas depositadas para a
nasofaringe, que depois são engolidos ou expectorados. Esse mecanismo de defesa do
organismo é chamado de depuração mucociliar.
• Fármacos insolúveis
• Volume de administração (25 - 200 uL)
• Alguns fármacos podem ser irritantes para a mucosa nasal
• Outros fármacos podem sofrer degradação metabólica
• Não é favorável para administração de fármacos para doenças crônicas
• Não indicado para fármacos que necessitam de uma liberação sustentada
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Fatores fisiológicos que afetam a absorção nasal
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Formulações nasais: Propriedades da Forma Farmacêutica
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Características farmacotécnicas
• Possuir pH entre 5,5 a 7,5
• Ser isotônico para que não venha a interferir com a motilidade dos cílios
• Não alterar a viscosidade normal da mucosa nasal
• Apresentar capacidade tampão. Em preparações Nasais normalmente utiliza-
se Tampão Fosfato
• Ser compatível com a atividade dos cílios e com os constituintes iônicos da
secreção nasal
• Apresentar estabilidade
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O tamanho geométrico só considera o diâmetro. Contudo, uma partícula que vai ser
administrada dispersa em um gás, outros aspectos devem ser levados em
consideração. Tais como a forma e a densidade, além do diâmetro. Considera, o tempo,
caminho dessa partícula no ar. Propriedades aerodinâmicas diferentes, vão apresentar
tempos de deposição diferentes, localizações e formas de deposição diferente.
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Tipos de Dispositivos de Formas Farmacêuticas Pulmonares
• SMI → Inaladores de névoa Suaves; Pouco usado no Brasil, gera uma nuvem
de liberação mais lenta com duração maior;
Gás propelente
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Nomes dos componentes de um Sistema Aerossol
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pMDI - Válvula de dose calibrada
• Fina Neblina
• Dispersão grosseira úmida ou seca
• Espuma
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Via de administração auricular
• O ouvido médio está conectado à faringe nasal pela tuba auditiva (ou trompa de
Eustáquio) e ao ouvido interno pela janela redonda e janela oval.
• O ouvido interno é formado por uma região auditiva, chamada de cóclea, e por
uma região responsável pelo equilíbrio, que é o sistema vestibular (labirinto).
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A remoção de cerúmen também é uma das aplicações das formulações
otológicas. Neste caso geralmente utiliza-se uma formulação no ouvido externo, capaz
de amolecer o cerúmen e facilitar sua retirada. Dependendo da gravidade, a remoção
mecânica por um profissional se faz necessária.
• Fácil aplicação
• Menor resistência a antibióticos
• Menor risco de efeitos adversos
• Atinge concentrações locais mais altas que por via sistêmica
Formulações auriculares
As formulações auriculares podem ser:
Características desejáveis
• Viscosidade: Formulações mais viscosas são interessantes pois permitem a
manutenção do produto por mais tempo no canal auditivo.
• pH: Valores de pH mais baixos podem ajudar no tratamento da otite externa (já
para o ouvido médio, o ideal que o pH fique em torno de 6 a 8).
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FORMAS FARMACÊUTICAS OFTÁLMICAS
O que são as formas farmacêuticas oftálmicas?
A biodisponibilidade de fármacos nas formas farmacêuticas oftálmicas é baixa
devido à função de barreira eficiente da córnea, lacrimejamento, retorno das lágrimas e
drenagem. O veículo e os excipientes selecionados devem melhorar a permeação das
substâncias ativas no olho ou a residência no saco conjuntival e consequentemente os
efeitos terapêuticos, mas também minimizar a irritação.
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A sensibilidade do olho exige uma formulação com parâmetros críticos no que
se refere à composição e a esterilidade. Uma formulação inadequada pode causar
irritação ou perturbação dos mecanismos responsáveis pela proteção do olho. As
preparações oftálmicas contaminadas podem, especialmente no caso de uma lesão
ocular, causar infecções ou agravar a infecção.
• Ex2. Tiras com fluoresceína são usadas para examinar a integridade do filme
lacrimal. Em alguns países, eles são considerados dispositivos médicos.
•
• Ex3. Os colírios de hialuronato de sódio, e outros colírios que aliviam os sintomas
de secura dos olhos aumentando a viscosidade da película lacrimal ou as
preparações para os olhos no contexto das lentes de contacto são geralmente
considerados produtos para saúde.
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Aspectos Biofarmacêuticos de Formulações Oftálmicas
Após a administração, as substâncias ativas devem atingir o seu tecido alvo.
Portanto, os colírios devem cumprir certos requisitos.
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superfície celular podem restringir a penetração da substância ativa nos tecidos
oculares.
Diluição e Drenagem
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foram instiladas em coelhos, uma gota a cada 30 minutos, uma concentração 2–3 vezes
maior foi medida apenas nos tecidos da córnea.
O colírio deve ser isoosmótico principalmente com fluido lacrimal, o que significa
concentração de NaCl 9 mg / mL ou aproximadamente 0,9% (280 mosmol / L). Este
valor corresponde ao fluido lacrimal de pacientes com conjuntivite.
85
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Em pessoas saudáveis, a osmolaridade do fluido lacrimal é igual a 290–310
mosmol / L, mas varia durante o dia. Lágrimas de ceratoconjuntivite seca e pacientes
com síndrome de Sjögren mostram valores mais elevados (343 mosmol / L). Portanto,
esses pacientes recebem bem os colírios hipotônicos.
Aspectos Farmacotécnicos
• Tópica
• Subconjuntival
• Intravítrea.
Todo produto oftálmico deve ser estéril em sua embalagem final para evitar
contaminação microbiana do olho. Conservantes são adicionados à formulação para
manter a esterilidade após a abertura do recipiente. As formulações oftálmicas também
requerem que o pH, a capacidade tampão, a viscosidade e a tonicidade da formulação
sejam cuidadosamente controladas.
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Líquidos (Colírios)
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incompatibilidade entre dois componentes da formulação. A escolha apropriada de
excipientes pode resolver esses problemas.
Veículo
pH e capacidade tampão
Quando o valor do pH de um colírio desvia de 7,4, levará algum tempo para que
o pH normal seja restaurado no fluido lacrimal. Quanto maior for a capacidade tampão,
mais tempo levará. Portanto, não é aconselhável usar solução tampão fora da faixa de
pH 6,5–8,5.
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A capacidade de neutralização de ácido do fluido lacrimal de um olho é de cerca
de 8–10 microlitros de NaOH 0,01 M.
A fim de evitar irritação nos olhos, é usada a seguinte regra prática: o volume de
NaOH 0,01 M necessário ajustar o pH do filme lacrimal para 7,4 deve ser inferior a 25
microlitros de NaOH 0,01 M por dose.
Ex.
Soluções de pilocarpina HCl, fenilefrina HCl e lidocaína HCl em concentrações
superiores a 10 mg / mL possuem uma capacidade tampão tão alta que durante a
administração ocorre dor substancial, resultando em lacrimejamento e lavagem do
colírio.
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Viscosidade
A viscosidade média do fluido lacrimal está entre 1,3 e 5,9 mPas. Como
mencionado anteriormente, aumentar a viscosidade do colírio aumenta o tempo de
residência no saco conjuntival. Não apenas a viscosidade, mas também as propriedades
tensoativas, a adesão na superfície ocular e as interações com as mucinas
desempenham um papel no aumento do tempo de residência. Além de auxiliar no
controle de gotejamento, auxiliam no aumento da estabilidade física de suspensões.
Conservantes
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Durante o desenvolvimento de uma preparação oftálmica cuja formulação
contenha um conservante antimicrobiano, a necessidade e a eficácia do conservante
escolhido devem ser demonstradas. O conservante selecionado reduz a escolha de
outros excipientes necessários para ajustar o pH e os valores osmóticos.
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A clorexidina degrada durante o aquecimento, mas não a tal ponto que a
autoclavagem seja impossível. Como produto de degradação 4-cloranilina e substâncias
relacionadas são formados. A degradação é fortemente dependente do pH da solução.
Quanto mais baixo o pH, menor a decomposição, com estabilidade máxima em pH 5-6.
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O Acetato de fenilmercurio (AF) e o Nitrato de fenilmercúrio precipitam na presença de haletos,
tensoativos aniônicos, agentes suspensores e fluoresceína.
O clorobutanol é incompatível com nitrato de prata, sais de sulfonamidas, polissorbato 80, PVP,
e se hidrolise em pH > 7,0.
O álcool fenetílico, além de ser volátil, tem baixa solubilidade aquosa, e gera partição em
embalagens de poliolefina (polietileno).
Esterilidade
• Preservação
• Projeto adequado de embalagem primária
• Instruções adequadas ao paciente a respeito de técnica de aplicação e higiene
• Tempo de armazenamento limitado, uma vez que o recipiente é aberto
• Refrigeração assim que o recipiente for aberto
• Presença de um conservante
• Valor de pH da preparação
• Propriedades antimicrobianas adequadas da substância ativa ou os excipientes
• Presença de água e atividade de água
• Temperatura
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Em pomadas e géis, deve tomar cuidado com o aquecimento para que não gere
problemas na base:
Osmolaridade (Isotonia)
O valor osmótico das soluções oftálmicas deve estar na faixa equivalente a 0,5–
2% da solução de cloreto de sódio para evitar a sensação de dor.
No entanto, na prática, o limite superior deve ser definido como NaCl a 1,6%
para garantir que o colírio seja bem tolerado por todos os pacientes.
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Armazenamento e estabilidade
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aquosa é incorporada à lanolina e, em seguida, a lanolina é misturada com os demais
ingredientes da base de pomada. As bases para pomada devem ser não irritantes e
isentos de granulação, portanto a forma micronizada dos ingredientes é necessária.
Alguns implantes são projetadas para se dissolver no fluido lacrimal. São feitas
de soluções poliméricas secas que foram moldadas em um filme ou barra. Um exemplo
desse tipo de inserção é o Lacrisert® usado para tratar a síndrome do olho seco
moderado a grave.
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FORMAS FARMACÊUTICAS INJETÁVEIS
O que são formas farmacêuticas injetáveis?
Os produtos parenterais são preparações estéreis destinadas a serem injetadas
por via intravascular, administradas nos tecidos do corpo ou nas cavidades viscerais.
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A infusão não é amigável para o paciente, porque a mobilidade do paciente é reduzida
e a inserção e manutenção da linha de infusão é agravante. A inserção e manutenção
da linha de infusão exige muito trabalho.
A via parenteral só é considerada quando outras vias não podem ser utilizadas
ou quando a substância ativa só pode ser administrada por via parenteral. Este é
frequentemente o caso de pacientes hospitalizados e especialmente de pacientes em
terapia intensiva e outros pacientes em estado crítico.
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Tipos e Vias de administração parenteral
A forma e local apropriado de administração de forma farmacêutica parenteral
deve atender às necessidades médicas do paciente.
Uma substância ativa com longa duração de ação ou meia-vida longa pode ser
administrada por injeção em bolus.
Métodos de administração
Os produtos parenterais podem ser administrados por:
Diferentes tipos de veias podem ser perfurados para serem usados para
administração intravenosa:
100
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Uma infusão também pode ser administrada por via subcutânea. No entanto, o
volume a ser administrado é limitado a 20–30 mL por 24 h.
Vias de Administração
As vias de administração parenteral
comumente usadas são:
• Intravenosa
• Subcutânea
• Intracutâneo
• Intramuscular
A injeção intracutânea é feita na camada derme da pele, que é o tecido localizado sob
a epiderme. É frequentemente feito como uma medida diagnóstica, como para teste de
tuberculose (teste de triagem para tuberculose conhecido como teste de dente) e teste
de alergia (colocar quantidades muito pequenas do antígeno ou alérgeno suspeito em
uma solução sob a pele).
Aspectos Biofarmacêuticos
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• Natureza do veículo
• Características físico-químicas da substância ativa
• Interação da substância ativa com veículos, tecidos e fluidos corporais
Aspectos Farmacotécnicos
• Ser estéril
• Livre de pirogênio
• Ser transparente ou praticamente isento de partículas visíveis e estar livre de
partículas invisíveis (conforme exigido pela EP, USP e JP)
• Não mostrar evidências de separação de fases (emulsões) ou formação de
agregados (dispersões aquosas, como preparações de anticorpo monoclonal
injetável).
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formulação estável e garantir que a dose correta possa ser retirada e injetada é
fundamental.
Desafios de formulação
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A estabilidade da substância medicamentosa é outra questão crítica que os
formuladores enfrentam durante o desenvolvimento do medicamento. Substâncias
medicamentosas instáveis levam à formação de impurezas que comprometem o uso
seguro da preparação.
Substância ativa
Ex. A duração da ação da insulina é aumentada pela formação de sais com protamina
e zinco com menor solubilidade e menor taxa de dissolução da insulina.
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Veículo
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Uma emulsão típica contém 10–20% de óleo de soja, 2% de glicerol e 1% de lecitina de
ovo. Essas emulsões não podem ser autoclavadas. A coalescência das gotículas da
fase interna é um sinal típico de instabilidade.
Conservantes
Surfactantes
Isotonia
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Geralmente, é aceito que os efeitos osmóticos têm um papel importante na
manutenção da homeostase (o estado de equilíbrio no corpo vivo, no que diz respeito a
várias funções e à composição química dos fluidos e tecidos, por exemplo, temperatura,
frequência cardíaca , pressão arterial, teor de água ou açúcar no sangue). Esses efeitos
ocorrem dentro ou entre células e tecidos, onde não podem ser medidos. Um dos
problemas mais críticos na medicina clínica é a manutenção de fluidos corporais
adequados e o equilíbrio adequado entre os volumes de fluido extracelular e intracelular
em pacientes gravemente enfermos.
Determinação da osmolaridade
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las a partir de um pó seco, que pode ser reconstituído em um volume de solvente
diferente.
A necessidade de determinação experimental da osmolalidade é estabelecida.
Em relação a isso, existem quatro propriedades de soluções que dependem apenas do
número de partículas na solução:
É raro que uma solução aquosa simples do agente terapêutico a ser injetado por
via parenteral tenha um ponto de congelamento de –0,52 ° C, e para obter este ponto
de congelamento é necessário adicionar algum outro soluto terapeuticamente inativo se
a solução for hipotônica (ponto de congelamento acima de –0,52 ° C) ou para diluir a
solução se for hipertônica (ponto de congelamento abaixo de –0,52 ° C).
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A prática usual é adicionar cloreto de sódio ou glicose para ajustar as soluções
parenterais hipotônicas à isotonicidade. Certos solutos, incluindo cloreto de amônio,
ácido bórico, ureia, glicerina e propilenoglicol, causam hemólise mesmo quando estão
presentes em uma concentração que é isosmótica, e tais soluções obviamente não são
isotônicas e não agem como um solvente.
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Correção da osmolaridade
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• Método do equivalente de cloreto de sódio
Os dois primeiros métodos seguem basicamente três etapas, com base em cloreto de
sódio.
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Os dados do ponto de congelamento muitas vezes podem ser empregados na
solução de problemas de ajuste de isotonicidade.
por ex., uma solução contendo 1 g de cloridrato de procaína em 100 mL tem uma
depressão de ponto de congelamento de 0,12 ° C, enquanto uma solução contendo 3 g
do mesmo sal em 100 mL tem uma depressão de ponto de congelamento de 0,33 ° C ,
não 0,36 ° C (3 × 0,12 ° C).
Esterilidade
A esterilidade pode ser definida como "a qualidade ou condição de ser estéril",
enquanto a a esterilização se refere a qualquer processo que elimina, remove, mata ou
desativa todas as formas de vida presentes em uma região específica, como um
medicamento ou meio de cultura.
Métodos destrutivos.
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ser submetidos a um tratamento extremo sem danos. Portanto, esses métodos não são
comumente usados industrialmente, exceto para a incineração de resíduos.
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de cloro dissolvido, formaldeído, sais de amônio quaternário, ozônio, peróxido de
hidrogênio e ácido peracético, são usados principalmente para desinfecção.
Pirogênios
No final do século 19 e particularmente no início do século 20, depois que a
importância da esterilidade foi avaliada e o potencial das terapias injetáveis foi
investigado, o fenômeno da febre da injeção foi comumente relatado. A natureza do
agente causador da febre (ou pirógeno) não era conhecida, mas foi reconhecido que
resistia à esterilização.
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A contaminação por endotoxinas de medicamentos parenterais é particularmente
preocupante porque esses produtos são administrados diretamente no corpo,
contornando as barreiras protetoras da pele e da parede intestinal.
Esse teste é obrigatório devido aos efeitos nocivos causados pela endotoxina.
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dependendo do comprimento da cadeia de oligossacarídeo de repetição. No entanto, a
endotoxina raramente ocorre como subunidade individual.
A partir da discussão da estrutura, fica claro que o LPS é anfifílico. Ou seja, uma
extremidade da estrutura é hidrofóbica (o lipídeo A) e a outra (o polissacarídeo) é
hidrofílica. Consequentemente, em solução aquosa, a tendência é que o lípido A se
agregue enquanto o oligossacárido repetido é exposto ao meio aquoso. A conformação
das agregações de LPS depende dos detalhes da estrutura do lipídio e da natureza
química do meio. As estruturas incluem bicamadas e fitas micelares, hexagonais,
lamelares e arranjos cúbicos.
É bom que aqueles que estão realizando TEBs tenham isso em mente. Além
disso, diferentes endotoxinas podem não se comportar da mesma maneira quando as
condições mudam. Aqueles que realizam testes de endotoxina podem encontrar
diferenças entre o comportamento da endotoxina nativa em uma amostra e o da
endotoxina purificada (LPS) da preparação padrão.
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Detecção de pirogênio
Quando o objetivo é verificar o conteúdo de endotoxinas que existem em uma
amostra, o LAL (Limulus Amebocyte Lysate) método substituiu amplamente o teste de
pirogênio que costumava ser conduzido através do uso de coelhos, não apenas no
experimentos que são conduzidos em pesquisa, mas também na indústria farmacêutica
e alimentar, bem como outras indústrias.
Existem várias razões pelas quais o método LAL é usado para o detecção de
endotoxinas bacterianas como método preferível ao de coelhos.
Além disso, vários animais que apresentam temperatura estável devem ser
escolhidos para o grupo controle, por isso é necessário ter uma grande quantidade de
coelhos para realizar o teste, principalmente em indústrias com grande volume de
produção. Portanto, pode ser considerado um teste trabalhoso. Se se pensa que muitas
outras substâncias endógenas e exógenas podem estar causando o aumento da
temperatura dos coelhos, isso pode se revelar um fator altamente limitante para usar
este teste para a determinação de endotoxinas em uma amostra.
Embora seja difícil que este teste dê um falso positivo como resultado devido às
substâncias endógenas devido ao grande número de assuntos usados para o teste, é
muito comum ver que ele fornece resultados errados quando as amostras estão
contaminadas com um vírus, fungo ou qualquer outro tipo de substância que possa
causar febre em todos os animais utilizados no teste. É um método inadequado para
determinar os pirogênios em medicamentos, como os esteroides, os que são usados na
quimioterapia e outros que pertencem a um grande grupo de substâncias, que, quando
administradas, podem fazer com que os organismos respondam com mecanismos que
levam a aumento da temperatura, sendo este mais um dos fatores altamente limitantes
deste teste quando são feitas pesquisas com medicamentos ou quando se trata de
controle de endotoxinas na indústria farmacêutica. Uma desvantagem muito importante
é o fato de que o conteúdo de endotoxinas presentes em uma amostra não pode ser
quantificado por meio desse teste, que oferece apenas um resultado qualitativo. Existem
produtos, como os que contêm plasma sanguíneo, em que as endotoxinas se encontram
na forma inativa que não provoca febre ao serem inoculadas, mas que, com o passar
do tempo, devido aos processos metabólicos pelos quais passa o plasma no organismo,
torna-se tóxico. Nessas ocasiões, o método do pirogênio em coelhos dá um resultado
falso negativo.
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O método LAL leva o nome do fato de ser realizado com a hemolinfa do
caranguejo-ferradura, cujo nome científico é Limulus Polyphemus. A hemolinfa desse
caranguejo passa por um processo de coagulação na presença de endotoxinas
bacterianas, que é o pirógeno que tem maior probabilidade de ser encontrado como
contaminante de material de laboratório e reagentes. A coagulação da hemolinfa no
caranguejo Limulus foi descoberta na década de 60 e, após vários anos, a mesma
equipe de pesquisadores desenvolveu um teste para a determinação qualitativa e
quantitativa de endotoxinas usando um lisado de amebócito do caranguejo-ferradura.
Este teste passou rapidamente a ser utilizado como método de determinação de
endotoxinas bacterianas, oferecendo as vantagens de possuir baixo limite de detecção,
melhor especificidade, menor custo, menor variabilidade dos resultados e possibilidade
de quantificação do teor de endotoxinas.
Embora esse teste também utilize animais, devido às suas consequências éticas, a
extração da hemolinfa não afeta a vida dos caranguejos.
Embora o teste LAL seja específico para endotoxinas e não detecte outras
substâncias pirogênicas, as endotoxinas são os pirogênios mais comuns e prejudiciais
em muitos medicamentos, razão pela qual um resultado negativo do teste LAL é
suficiente para determinar que a amostra é adequada para uso. Desde o início da
procura de reagentes e kits para a realização do teste LAL, diferentes empresas em
todo o mundo têm trabalhado nesta área.
Potencial Zeta
Causa instabilidade em sistemas coloidais;
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Uma partícula tem uma carga, no exemplo (-). Essa partícula atrai contra-íons
de carga oposta (+) – Camada de Stern. Quando a partícula se move, as partículas
carregadas entre a camada de Stern e a camada difusa se movem: plano de
cisalhamento. O Potencial Zetal é o potencial entre a camada difusa e a de
cisalhamento. As partículas estão em movimento Browniano, e o que acontece: por
terem um plano de carga, os vetores de aproximação ou repulsão direcionaram sua
movimentação. Ao adicionar mais eletrólitos no meio, maior aumenta a densidade de
cargas em torno da camada de cisalhamento. Quando isso ocorre, comprime a camada
de cisalhamento, diminuindo ou alterando o potencial. Isso interfere no vetor de repulsão
ou aproximação do sistema – pode promover agregação. Por esse motivo – Lisossomas
não podem ser resuspensos com salina, apenas com glicose isotônica – 5%. Pois
geraria instabilidade no sistema.
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LIPOSSOMOS
2. Esteróis: Adjuvantes;
3. Anti-oxidantes: Adjuvantes;
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Fosfolipídios
Podem ser naturais ou semi-sintéticos, como por exemplo: Fosfatidilcolina
(Gema de ovo ou óleo de soja – uma lecitina (união de glicero fosfato com colina).
Fosfatidiletanolamina. São os componentes das estruturas das membranas biológicas.
Um fosfolipídeo é uma molécula anfótera que apresenta uma porção polar e uma
porção apolar. Conforme a figura abaixo:
Dois ácidos graxos, esterificados com glicerol, ligado a um fosfato e uma colina
polar.
• Micelas
• Bicamadas
• Vesícula lipossomal (Lipossomo)
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Portanto, o lipossomo aprenta bicamada (camada dupla de fosfolipídeos)
semelhantes as membranas biológicas. Apresentam capacidade de encapsular drogas
hidrossolúveis, lipossolúveis e anfifílicas.
Esteróis
Colesterol: Presente em membranas animais. O Colesterol se encaixa nos
espaços vazios entre as moléculas de fosfolipídios, ancorando-as mais firmemente a
estrutura. Isso ocorre pois o anel de colesterol é um componente rígido e apresenta uma
cauda de hidrocarboneto que é o seu componente flexível
com rotação.
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Devido a menor interação com proteínas plasmáticas – quando injetado - e causa
menor vazamento conteúdo do lipossomo.
Antioxidantes
Essenciais para evitar a oxidação da estrutura. E portanto mantém a a estabilidade da
formulação. Como por exemplo a vitamina E (Alfa-tocoferol) que possui porções
lipofílicas e hidrofílicas a permitindo compor a estrutura
Outros anti-oxidantes como o BHA, BHT previnem oxidação das ligações saturadas dos
fosfolipideos da estrutura, conduzindo manutenção da estabilidade da estrutura.
• Não existe uma fórmula padrão, depende do uso e tipo de lipossomo que se quer
obter. Um exemplo seria: Fosfatidilcolina/fosfatidilglicerol/colesterol em razão
6:1:3, mistura lipídica a 30 nM em 4mL.
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Quanto ao tamanho
Menores que 100 nm: SUV – Vesículas pequenas unilamelares (25 nm)
Maiores que 10 nm
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Instabilidade em Lipossomos
Química
Depende da composição lipídica
Física
Fusão/agregação das vesículas, rompimento das vesículas, vazamento do material
encapsulado.
1) Prevenir fusão: Adição de lipídeos com carga (estarilamina por exemplo) para
ter repulsão entre as vesículas;
2) Prevenir extravasamento: Adição de colesterol para diminuir a permeabilidade
da membrana.
Biológica
1) Vesículas lipossomas devem circular no organismo e reter o fármaco por tempo
suficiente para interação com alvo (sangue, capilares e células)
2) Está vinculada a via de administração
3) Via IV: Lipossomos convencionais são eliminados rapidamente no sangue pelo
sistema de reconhecimento fagocitário mononuclear.
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Esterilização dos lipossomos
A) Lipossomos convencionais
B) Lipossomos de Longa Circulação
C) Lipossomos Sítio-específico
Características:
Usos:
- Anticâncer (Doxorrubicina)
- Doenças Infecciosas
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Os lipossomas via IV contendo antimoniais pentavalentes são captados pelos
macrófagos do fígado, baço e os circulantes. Dessa forma ocorre um
DIRECIONAMENTO PASSIVO para tais alvos. Macrófagos do fígado e do baço levam
o fármaco para por exemplo, tumores nesses órgãos ou os circulantes para o parasita.
Baixa opsonização e portanto baixa captação pelo RES e menor acúmulo lipossomo no
fígado, baço e medula;
• Meia-vida de de circulação longa (±40h)
• Prolongando a meia-vida, aumenta a probabilidade de saírem do plasma para
as fendas das paredes dos vasos e se depositarem nas áreas alvo (tumores tem
mais fendas)
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Resumindo: Menor captação por macrófagos, menor clerance e aumento nas áreas
tumorais;
Outros exemplos:
Lipossomos Sítio-específicos
Também chamados de lipossomos tagert. Ligantes na superfície do lipossomo
reconhecendo moléculas específicas: DIRECIONAMENTO E VETORIZAÇÃO ATIVA.
Composição: Anticorpos anexados ou sequências de reconhecimento
• Realizam ligação célula específica (Target)
• Pode liberar o conteúdo extracelular próximo ao tecido alvo
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• Ex. Lipossomo de Antimiosina para prevenção de infarte;
Vias de Administração
Principalmente intravenosa, mas pode ser intramuscular buscando efeito sustentado
minimizando alguns efeitos adversos, ou até mesmo Espinal, Epidural ou Peridural. Até
mesmo tópica com penetração cutânea dos fármacos, podendo ser transdérmica e até
mesmo pulmonar.
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TRANSDÉRMICOS
O que são formulações Transdérmicas?
Formas farmacêuticas transdérmicas são aquelas elaboradas de modo que,
quando aplicadas sobe a pele integra, são capazes de atravessar a barreira epidérmica
liberando substâncias ativas até a circulação sistêmica. A ideia de promover a
permeação de um determinado medicamento através da pele é antiga.
Histo-Fisiologia da Pele
- Proteção
- Manto ácido
- Termoregulação
- Auxiliar nas sensações;
- Secreção
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Partes da Epiderme: Mais superficial que começa com o extrato córneo; 150 mcm;
Extrato córneo – “Parede de tijolos”, composto queratina, água e lipídeos com 10-15
mcg de espessura. Corresponde barreira a penetração e fármacos, tem essa estrutura
de tijolos que são os corneócitos (queratina e água). Entre os corneócitos, se observa o
que une os corneócitos: matriz lipídica dos lipídeos da pele: colesterol, ácidos graxos
como (oleico, palmítico, sulfato de colesterila e ceramidas)
A Derme é mais expessa que a epiderme (~2 mm > 150 mcm), derme tecido conjuntivo
em que se apoia a epiderme. O suprimento de sangue fazem com que as moléculas
que chegam nessa camada da pele, alcance a circulação sistêmica, por intermédio dos
capilares.
Tópico x Transdérmico
• Tópico possui ação local, como por exemplo tratamentos dermatológicos. Ideal
para pele (Alta eficácia) e baixa atividade sistêmica. Conceito de Penetração
cutânea (Ação local)
• Transdérmico visa a pele como uma alternativa para a via sistêmica. Ideal para
alta atividade sistêmica e baixa local. É composta por um dispositivo do modelo
reservatório + filme adesivo. Se aborda o conceito de absorção transcutânea
(Ação Sistêmica)
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Como os fármacos penetram a pele
3 caminhos:
2 – A via epidérmica (EC) , é a principal via de absorção dos fármacos, haja visto que
as glândulas sudoríparas e folículos pilosos, terão uma área superficial muito pequena
em relação a pele.
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A via epidérmica é a de maior importância.
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Vantagens do Sistema Transdérmico
• Menores doses na via transdérmica, pois não há efeito de primeira passagem pelo
fígado, logo em comparação com a via oral, a dose é menor. Dose tem que ser
pequena pois a pele não suporta, também grandes quantidades de fármaco;
• Fármaco potentes – Baixa dose com efeito terapêutico, para não saturar a pele;
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Critérios para a escolha do fármaco transdérmico
A) Não-ionizada pois é mais lipofílica, logo penetra melhor na pele e tem mais
afinidade pela matriz lipofílica do estrato córneo; Porém lipofilicidade muita alta
não vai garantir administração transdérmica. Logo, o pH é muito importante para
determinar a forma em que estará, se é um ácido ou uma base:
B) Alta potência – Estará relacionado com a Dose x Efeito. Pequena dose, atinge
o efeito terapêutico.
C) Meia vida biológica curta – Importante para não acumular no organismo. Como
o sistema de liberação transdérmica é um sistema de liberação contínuo por um
longo período de tempo, é um parâmetro importante para que o fármaco não
acumule no organismo.
D) Ter baixa massa molecular (<500 Da) – Quanto menor a massa melhor
consegue penetrar na pele. Até 800 Da ainda consegue, mas é melhor ser <500
Da
E) Ser estáveis
F) Ter adequado coeficiente de partição óleo-água KO/A (P)
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Qual o Log P ideal para fármaco ter ação sistêmica através da pele?
2. Log P (lipofilia): Mais lipofílico será mais absorvido, porém há limites pois valores
acima de 5 tem pouca afinidade por ambiente aquosos e limita a absorção
sanguínea;
Características da formulação
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Ex: DMSO, azona, etanol, ácido oléico, Propilenoglicol; tensoativos (laurel sulfato sódio,
etc)
2. pH da formulação
Local de Aplicação
Aplicados com maior fluxo sanguíneo e espessura da pele constante. Mais comuns:
Abdômen, região pós-auricular, parte superior braços/costa, atrás do braço.
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Adesivos transdérmicos
A) Plataforma (suporte)
B) Reservatório para fármaco
C) Elementos controlador de velocidade de liberação
A) Sistema Reservatório
B) Sistema Matricial
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Sistema Reservatório
É composto de:
1) Membrana Externa
2) Reservatório do Fármaco: Sólido dispeso em matríz polimérica solida.
Pode ter (a) plastificante como adjuvante (reduzem a rigidez do polímero,
aumentado as características de difusão da drogra). Ex. PEG, PG,
glicerina e derivados, dibutil ftalato. (b) Sólido suspenso em líquido
viscoso(silicone fluido, óleo mineral) ou (C) Sólido dissolvido em solvente
(solução);
3) Membrana polimérica controladora da liberação do fármaco:
Microporosa ou semi-permeável. Utiliza copolímero EVA, borracha de
silicone, poliuretano, polietileno, filme de polipropileno microporoso.
4) Camada externa, adesiva e protetora
5) Película destacável
Nesse sistema, a taxa de liberação do fármaco a partir desse sistema pode ser
modificada variando: Composição do polímero, permeabilidade da membrana ou
espessura da membrana.
Seu preparo ocorre da forma descrita abaixo:
Exemplo: Transderm-scop ® - Antiemético com efeito burst utilizado atrás da orelha para
enjoos em aviões. Atua por 72h
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Sistema controlado por Matriz (Matricial ou Monolítico)
1) Membrana Externa
2) Matríz Polimérica: Polímero hidrofílico (Gel) ou Polímero lipofílico
(Contendo sólido disperso). Fármaco está em contato direto com a
camada externa. Ex. PEG, ácido acrílico (Eudragits), Etilcelulose, PVP,
HMPC.
3) Cama externa, adesiva e protetora
4) Película destacável.
Exemplos Comerciais
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NANOPARTÍCULAS
O que são Nanopartículas?
No século 21, a nanotecnologia tem se mostrado como uma das áreas mais
promissoras no que se refere a avanços tecnológicos e científicos, uma vez que trabalha
com matérias em escala nanométrica (10-9 m) o que significa um trilhão de vezes menor
que o metro. A nanotecnologia tem sido amplamente explorada pela indústria de
materiais que tem desenvolvido desde artigos esportivos, automotivos, cosméticos e de
vestuário. O aumento da aplicação de nanomateriais na medicina tem tomado forma
com o empenho de diversos grupos de pesquisa tanto da indústria como no meio
acadêmico em aplicar a nanotecnologia com fins médicos, seja para diagnóstico por
imagem, vacinas ou liberação controlada de fármacos.
Nanociência e Nanotecnologia
Micro e Nanopartículas
São sistemas de liberação de fármacos para encapsulamento de ativos,
constituídos basicamente por material polimérico (de revestimento), solventes, água ou
tampão como veículo.
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Revestimento
O fino revestimento pode ser feito de:
• Gelatina
• Polímero em torno da substância encapsulada (ex. PVA)
Sólidos, líquidos ou gases podem ser encalsulados
Esses polímeros devem ser biocompatíveis (não tóxicos ou nocivo aos tecidos
biológicos) e biodegradáveis (após metabolização os subprodutos não causam danos);
Exemplos de polímeros e suas classificações:
Sintéticos, mesmo sendo mais caros, são os mais utilizados para produção de
nanopartículas.
PLGA após a degradação gera ácido lático e glicólico – Substâncias comuns no
organismo. Logo, biocompatível e biodegradável.
In vivo ocorre degradação lenta dos polímeros, o que resulta no controle de liberação
do fármaco. A degradação do polímero vai depender das vias metabólicas de
degradação, promovendo assim um modelo de liberação controlado do fármaco.
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Desvantagens nas Micro/Nanopartículas
• Via Oral
Peptídeos e proteínas
- NP protegem contra degradação enzimática no TGI e;
- Degradação hidrolítica
- Anti-inflamatórios não-esteroidais (diclofenaco e indometacina): irritação mucosa
gástrica
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• NP para aplicação tópica
Obtidas de polímeros naturais para uso tópico
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Vantagens e Aplicações de Lipossomos e Nanopartículas
1) Biocompatíveis e Biodegradáveis
2) Versatilidade de aplicação: Encapsulamento de substâncias hidrofílicas
e lipofílicas. Várias vias de administração
3) Proteção: Contra degradação física e biológica. Proteção de ativos
higroscópicos (vitaminas, riboflavina, niacina) e Aumento da Estabildiade
de fármacos a luz, umidade e oxigênio.
4) Auxílio na formulação. Reformulação para substâncias tóxicas e
irritantes. Máscara sabor e odor desagradável e altera a solubilidade do
fármaco.
5) Redução da toxicidade do agente encapsulado (Diminui a distribuição do
fármaco para tecidos vitais). Concentra a ação do fármaco no local
desejado (máxima ação terapêutica).
6) Modificar a liberação de fármacos – Liberação controlada – Mantém
níveis terapêuticos ótimos com mínimo de flutuação (concentração
constante) – Tempo prolongado
• Diminui efeitos colaterais
• Reduz doses (menor toxicidade)
• Liberação lenta e prolongada
• Comodidade ao paciente e aceitabilidade
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• Passivo
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• Ativo
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