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TRATAMENTO DE ENVELHECIMENTO CUTÂNEO E FLACIDEZ TISSULAR

COM ASSOCIAÇÃO DE MICROAGULHAMENTO E RADIOFREQUÊNCIA

Trabalho apresentado à Faculdade de Tecnologia


Senac Blumenau como requisito parcial para
obtenção do título de Tecnólogo em Estética e
Cosmética.

Orientador (a): Daniela Bernart Lenzi

Daniela Bernart Lenzi – Orientadora

Andressa Meinert Pereira – Práticas Corporais

Diego Pasqualini – Metodologia do Trabalho Científico

Leticia Cardoso Billo – Práticas Faciais

Blumenau, 03 de dezembro de 2019.


RESUMO

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo caso clínico. Tem como
objetivo geral tratar a disfunção estética de envelhecimento cutâneo e flacidez tissular em uma
modelo do sexo feminino com a utilização de recursos estéticos combinados, como o
microagulhamento e radiofrequência. Desta forma, para o melhor desenvolvimento do trabalho
foram eleitos os seguintes objetivos específicos: elaborar um plano de tratamento estético e
cosméticos com recursos eletroterápicos e cosmecêuticos, para amenizar os sinais de
envelhecimento cutâneo e flacidez; executar o plano sugerido; verificar os resultados obtidos a
partir da aplicação do tratamento. A preocupação com a aparência e a luta constante contra o
envelhecimento cresceu de forma significativa nos últimos anos no país e no mundo, fazendo
com que as pessoas busquem cada vez mais procedimentos e recursos estéticos que visem o
rejuvenescimento, e que possam retardar este processo de forma gradativa. Participou do
presente estudo uma modelo do sexo feminino. Para aprofundar o conhecimento em relação à
cliente, seus hábitos e estilo de vida, foram utilizados como método de coleta de dados um
questionário de perguntas abertas e fechadas padronizado pela instituição de ensino. Como
suporte teórico, foram utilizados artigos científicos, livros da área, revistas técnicas, trabalhos
desenvolvidos por outros autores, contemplando assim os objetivos deste trabalho.

Palavras-chave: Microagulhamento. Radiofrequência. Envelhecimento cutâneo. Flacidez


tissular. Estética.
ABSTRACT

This work is a qualitative case-type research. Its general objective is to treat the aesthetic
dysfunction of skin aging and tissue sagging in a female model with the use of combined
aesthetic resources, such as micro pitting and radiofrequency. Thus, for the best
development of the work, the following specific objectives were elected: to elaborate an
aesthetic and cosmetic treatment plan with electrotherapeutic and cosmeceutical resources,
to soften the signs of skin aging and sagging; execute the suggested plan; verify the results
obtained from the application of the treatment. Concern about appearance and the constant
struggle against aging has grown significantly in recent years in the country and around the
world, making people increasingly look for procedures and aesthetic resources aimed at
rejuvenation, and that can slow down this process of aging. A female model had participated
in this study. To deepen the knowledge about the client, her habits and lifestyle, were used as
a method of data collection a questionnaire of open and closed questions standardized by
the educational institution. As theoretical support, were used scientific articles, books of
the area, technical journals, works developed by other authors, thus contemplating the
objectives of this work.

Keywords: Micro pitting. Radiofrequency. Skin aging. Tissue sagging. Esthetics .


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO. ................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVO................................................................................................................ 8

1.1.1 Objetivo geral ....................................................................................................... 8


1.1.2 Objetivo específico. ............................................................................................... 8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 9
2.1 ANATONIA E FISIOLOGIA DA PELE .................................................................. 9

2.2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO. ........................................................................ 10

2.2.1 Envelhecimento intrínseco. ................................................................................. 11


2.2.2 Envelhecimento extrínseco. ................................................................................. 12
2.3 RUGAS ....................................................................................................................13

2.4 FLACIDEZ. ............................................................................................................ 13

2.5 MICROAGULHAMENTO ..................................................................................... 14

2.5.1 Indicações. ........................................................................................................... 17


2.5.2 Contraindicações. ............................................................................................... 18
2.6 COSMÉTICOS........................................................................................................ 18

2.7 RADIOFREQUÊNCIA. ........................................................................................ 19


3METODOLOGIA. .....................................................................................................23
4 RESULTADOS. ........................................................................................................ 25
4.1 PLANO DE TRATAMENTO.................................................................................. 25
4.2 RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................... 25
4.2.1 Fotodocumentação. ............................................................................................. 25
4.2.2 Avaliação visual palpatória. ............................................................................... 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 28
REFERÊNCIAS. ......................................................................................................... 29
ANEXO A – FICHA DE AVLIAÇÃO FACIAL. ....................................................... 31
ANEXO B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO. ......... 35
ANEXO C – CONSENTIMENTO PARA USO DE IMAGEM. ................................ 37
1 INTRODUÇÃO

O profissional de estética capacitado pode diminuir os sinais da afecção inestética


de envelhecimento cutâneo e flacidez tissular, melhorando a saúde e bem-estar do
indivíduo.
No dia 3 de abril de 2018 foi aprovada a Lei no 13.643, que regulamenta a profissão
de esteticista, e está descrito no art. 5º que compete ao profissional esteta cosmetólogo
executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de
trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ainda a elaboração do programa de atendimento, com
base no quadro do cliente, estabelecendo as técnicas a serem empregadas e a quantidade de
aplicações necessárias; entre outras. (BRASIL, 2018).
Com o passar do tempo o corpo sofre alterações em todas as suas estruturas como
pele, gordura e músculos, essas modificações exercem um papel importe no processo do
envelhecimento,(PEREIRA, 2014), que começa a aparecer de forma gradativa para
qualquer indivíduo.
Uma das transformações mais evidentes é a perda da elasticidade causada
principalmente pela degeneração do colágeno, que origina as rugas e a flacidez. (GOMES;
DAMAZIO, 2013).
Existe um aumento considerável de idosos a nível mundial. Com o aumento da
expectativa de vida, cresce também a procura pelo retardamento dos danos promovidos
pelo envelhecimento. (BORGES; SCORZA, 2016).
Ao perceber a necessidade do cuidado com o envelhecimento precoce, foi proposto
um tratamento com o microagulhamento, que visa estimular a produção de colágeno e
amenizar os sinais do envelhecimento.
A técnica do microagulhamento ou terapia de indução percutânea de colágeno,
consiste em uma técnica aplicada através de um instrumento chamado roller que utiliza um
mecanismo com agulhas estimulando a produção de colágeno, a vasodilatação e a
angiogênese, sem provocar a desepitelização total observada nas técnicas ablativas.
(NEGRÃO, 2017).
O tratamento pode ser associado com uso da radiofrequência, pois segundo Ullmann
(2008) e Giraldo (2007), a radiofrequência é utilizada no tratamento da flacidez tissular do
rosto, do pescoço e das mãos, sendo um dos maiores problemas causados pelo
envelhecimento.

1.1 OBJETIVO

1.1.1 Objetivo geral

Tratar a disfunção estética de envelhecimento cutâneo e flacidez tissular em uma


modelo do sexo feminino com a utilização de recursos estéticos combinados, como o
microagulhamento e radiofrequência.

1.1.2 Objetivos específicos

- Elaborar um plano de tratamento estético e cosmético com recursos eletroterápicos e


cosmecêuticos, para amenizar os sinais de envelhecimento cutâneo e flacidez tissular.
- Executar o plano sugerido.
- Verificar os resultados obtidos a partir da aplicação do tratamento.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE

A pele, ou sistema tegumentar, é o maior órgão do corpo humano que tem como
função formar uma barreira de proteção contra o meio externo. (GERSON et al., 2016).

Está situada acima do tecido gorduroso, das fáscias, dos músculos e dos ossos.
Amplamente desenvolvida e com características dinâmicas, apresenta alterações
constantes em suas células com o passar dos anos e desempenha funções de
regulação no organismo, como a de barreira mecânica, a de recepção sensorial e
sexual, a de temperatura, a de imunidade cutânea e função social, além de
cumprir outras funções, como a de percepção de estímulos dolorosos, mecânicos
e pressóricos. (BORGES; SCORZA, 2016, p.21).

É constituída por duas camadas: a epiderme, que é a mais externa; e a derme, situada
abaixo da epiderme, que é a mais profunda. (GERSON et al., 2016).

Figura 1 – Camadas da pele

Fonte: Gerson et al. (2016)


A epiderme é formada por várias camadas de células epiteliais justapostas de
revestimento estratificado pavimentoso queratinizado, que recobrem a superfície externa
do corpo. (GOMES; DAMAZIO, 2017). Sua principal função é a produção de queratina,
uma proteína que é responsável pela impermeabilidade cutânea.(KEDE;
SABATOVICH,2015).
Outras células que estão presente na epiderme são os queratinócitos, cerca de (80%)
responsável pela renovação celular, as células de Languerhans de (2% a 8%), atuando no
sistema imunológico, e as células de Markel (3%), que atuam como um tipo de receptor
tátil. (BORGES; ESCORZA,2016).
A derme possui dois tipos de divisão: a porção papilar e a porção reticular. É
formada por fibras colágenas, elásticas, e substância amorfa, que são produzidas por
fibroblastos, são encontrados também vasos, nervos, músculos eretores do pelo, e anexos
cutâneos. (KEDE; SABATOVICH, 2015).
Segundo Harris (2016), a derme papilar é a camada da derme mais próxima da
epiderme. Sua função consiste na fixação da membrana basal à rede de fibras elásticas da
derme. Na derme papilar encontramos uma maior quantidade de matriz extracelular, porém
menos colágeno e elastina. (BORGES; ESCORZA, 2016). Na derme papilar as fibras são
finas e paralelas a superfície. (KEDE; SABATOVICH, 2015).
A derme reticular é um tecido conectivo bem denso, de forma irregular, responsável
pela força e elasticidade da pele. (HARRIS, 2016). Na derme reticular os feixes de colágeno
são do tipo I, e podemos identificar fibras curvas, turvas, retorcidas, e paralelas a superfície.
(KEDE; SABATOVICH, 2015).
Então a derme trata-se de uma camada intermediária que dá sustentação a nossa
pele, sendo sua principal função a de barreira protetora e mecânica, evitando a passagem
de água do meio externo para o meio interno. (BORGES; ESCORZA, 2016).
A hipoderme é constituída pelos adipócitos que são as células de gordura, e nela
contém vasos e nervos. (KEDE; SABATOVICH, 2015).
2.2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

O envelhecimento é um fator comum e inevitável para todos e segundo Kede e


Sabatovich (2015), é conceituado por ser um processo dinâmico e progressivo onde pode
haver modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, que pode
ocasionar perda da capacidade do indivíduo de se adaptar ao meio ambiente.
Com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações que modificam seu
aspecto gradativamente, caracterizando o envelhecimento cutâneo. (BORGES; SCORZA,
2016).
Uma das transformações mais evidentes é a perda da elasticidade causada
principalmente pela degeneração do colágeno, que origina as rugas e a flacidez.
O desgaste das glândulas sudoríparas e das glândulas sebáceas acarreta a perda
da umidade e da lubrificação da epiderme, provocando a transformação da
epiderme em uma pele seca. (GOMES; DAMAZIO, 2013, p.86).

O envelhecimento gera uma perda da capacidade funcional e de reservas do


organismo, pois o processo de envelhecimento causa uma desordem celular, e podediminuir
a capacidade de reparação e aumentar a pré-disposição a várias doenças. (BORGES;
SCORZA, 2016).
De acordo com Souza (2010), o envelhecimento é a transformação gradativa que há
no organismo fazendo com que haja uma perda da vitalidade e isto se dá a mecanismos que
são diferenciados em envelhecimento intrínseco e extrínseco.
Vimos que envelhecer não representa apenas uma grande mudança externa, mas
também uma mudança com reações fisiológicas, a que o corpo é submetido ao longo dos
anos, tendo assim a representação de que o indivíduo viveu. (BORGES; SCORZA, 2016).

2.2.1 Envelhecimento intrínseco

Conforme envelhecemos, o corpo vai perdendo o equilíbrio e vai ficando mais lento.
O envelhecimento intrínseco é considerado o nosso relógio biológico, que está
geneticamente programado com o tempo, pois é inevitável e progressivo. (KEDE;
SABATOVICH,2015).
O envelhecimento intrínseco também pode ser considerado como envelhecimento
cronológico, que são alterações que não podemos evitar, estando diretamente ligadas ao
tempo de vida de cada ser humano, pois contém alterações genéticas e hormonais, sendo
um processo natural do nosso organismo. (SILVA, 2014).

O envelhecimento intrínseco ocorre por fatores genéticos e hereditários que o


indivíduo não consegue controlar. Trata-se da modificação estrutural e funcional
das células, em razão da passagem do tempo, também chamado de
envelhecimento cronológico. (BORGES; ESCORZA, 2016, p.51).

2.2.2 Envelhecimento extrínseco

Para Santos (2013) e Silva (2014), o envelhecimento extrínseco está relacionado aos
fatores externos as quais somos submetidos ao logo dos anos como fatores ambientais,
exposição excessiva ao sol e as espécies reativas de oxigênio, hábitos alimentares,
tabagismo e estilo de vida.

O sol degenera fibras elásticas e colágenas, tornando a pele flácida e


desvitalizada; altera a permeabilidade da membrana celular, tornando ineficiente
a absorção de água e nutrientes, deixando a pele com aspecto ressecado, com
coloração ligeiramente amarelada e sua resposta imunológica diminuída. A
utilização diária de produtos contendo filtros solares é de fundamental
importância, pois previne ou reduz os riscos nocivos da radiação solar na pele.
(BORGES; SCORZA, 2016, p.56).

O fator extrínseco acontece por fatores ambientais e pela exposição excessiva as


espécies reativas de oxigênio, que agem reduzindo a capacidade de defesa, e antioxidante
da pele, isso se dá através do oxigênio reativo gerado por exposição aos raios ultravioleta.
(SILVA, 2014).
Também são considerados fatores extrínsecos o tabagismo, e a própria poluição que
danifica e deixa as células com um mau desenvolvimento, podendo fazer com que haja até
a morte das mesmas, e por fim acabar acelerando o processo de envelhecimento.
(FERNANDES, 2011).
2.3 RUGAS

As ruas são pregas no tecido que se formam no decorrer do envelhecimento cutâneo,


da exposição solar em excesso, da hidratação inadequada da pele, do fumo e excesso de
expressões faciais.
Podem ser divididas em: superficiais; profundas; estáticas e dinâmicas. Superficiais,
quando há uma perda das fibras elásticas na derme papilar, mas desaparecem ao estirar a
pele. Profundas, aparecem pelo excesso de sol e não desaparecem com o estiramento da
pele. Estáticas, são aquelas que podem ser vistas mesmo com o rosto em repouso, ou seja,
as rugas definitivas. Dinâmicas, são as linhas de expressão que se formam através da
contração muscular, pelo movimento repetitivo. (BORGES; SCORZA, 2016).
As rugas se formam pelo mecanismo de diminuição das fibras elásticas que faz o
colágeno ficar mais rígido tendo assim um declínio dos componentes do tecido conjuntivo,
além da diminuição da oxigenação do tecido, e por consequência, gera desidratação
excessiva. (MARINI, VASCONCELOS; PEREZ, 2014).

2.4 FLACIDEZ

O nosso sistema tegumentar tem sua função fundamental para a manutenção da


hidratação e da tonicidade dos tecidos, e fica responsável na suspensão do corpo, e na
diminuição dessa estrutura, temos a flacidez tissular. (TASSINARY, 2018).

Assim como a pele torna-se delgada e menos elástica, os tecidos


subcutâneo, muscular e osteocartilaginoso, também sofrem alterações do
tipo atrofia, a pele distrófica e inelástica por sua vez, não consegue
acompanhar a redução do conteúdo resultando em um envoltório
excessivo e consequente flacidez. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 95).

A flacidez cutânea está associada com a perda ou diminuição ao longo dos anos, de
elementos que são importantes para a constituição do tecido conjuntivo como a elastina, os
fibroblastos e por consequência, colágeno, acontecendo assim uma diminuição da firmeza
entre as células, deixando a pele mais frouxa, ou tracionando a estrutura além de sua
capacidade. (TASSINARY, 2018).
2.5 MICROAGULHAMENTO

A técnica de microagulhamento é derivada da técnica de acupuntura, que faz parte


da Medicina Oriental Chinesa. Em 1960, surge na França, os primeiros relatos da técnica
considerada Nappage, que se tratava de pequenas incisões realizadas na pele para facilitar
a entrada dos ativos cosméticos, com o objetivo de atingir o rejuvenescimento facial.
(GARCIA, 2013). “Teve sua aceitação no Congresso de Cirurgia Plástica e Reconstrutora
em Madrid, na Espanha, no ano de 1992 e no XII Congresso Internacional de Cirurgia
Plástica e Estética em Paris, na França em 1993”. (BORGES; SCORZA, 2016, p.191).

A técnica do microagulhamento ou terapia de indução percutânea de colágeno,


consiste em uma técnica aplicada através de um instrumento chamado roller que
utiliza um mecanismo com agulhas estimulando a produção de colágeno, a
vasodilatação e a angiogênese, sem provocar a desepitelização total observadas
nas técnicas ablativas. (NEGRÃO,2017, p. 30).

Segundo Borges; Scorza (2016), é possível encontrar no mercado vários tipos de


instrumentos destinados ao microagulhamento, entretanto, os mais populares são os rollers
e as canetas elétricascom microagulhas. As agulhas têm comprimentos entre 0,2 a 3mm.
Atualmente são encontrados facilmente à venda rollers de mais agulhas, porém sem
ter certificado na ANVISA, o que pode causar vários danos ao cliente. No Brasil esses
equipamentos devem ser aprovados pela ANVISA. (NEGRÃO, 2017).

Figura 2 -Roller sem certificado da ANVISA

Fonte: Negrão (2017)

Oroller ou dermaroller é um equipamento composto por um cabo feito de


policarbonato e ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) possuindo em sua ponta
um rolo encravado por agulhas de aço inoxidável ou titâneo, já vem estéreis,
alinhadas simetricamente em fileiras, variam de 190 a 1080 agulhas. (NEGRÃO,
2017. p. 32).

Figura 3 - Dermaroller

Fonte: Negrão (2017)

Figura 4 - Dermaroller stamp

Fonte: Borges; Escorza (2016)

Figura 5 - Caneta elétrica

Fonte: Elaborado pelos autores (2019)


A aplicação do roller, ou caneta se dá por quadrantes e normalmente trabalhamos
sobre pequenas regiões, em torno de duas vezes a largura do roller, para face e cabelo, e
cerca de quatro vezes para o corporal. (NEGRÃO, 2017).
O anestésicotópico pode ser utilizado, mas só é recomendado para uso de agulhas
maiores a partir de 0,5mm de tamanho. O local a ser tratado deve ser dividido por partes,
na face é possível dividir a parte frontal em dois, direita e esquerda, região de zigomático,
supra-labial, região mentoniana, pescoço e colo, podendo haver subdivisões
potencializando assim o efeito do microagulhamento.(BORGES; ESCORZA, 2016).
Abaixo a figura com a forma de aplicação do microagulhamento.

Figura 6- Forma de aplicação

Fonte: Negrão (2017)

Figura 7 - Forma de aplicação em face pescoço e colo

Fonte: Borges; Escorza (2016)


Antes de iniciar o procedimento devemos realizar a assepsiado local com loções
antissépticas, clorexidine ou álcool 70%. (NEGRÃO, 2017).O procedimento causa uma
lesão no local aplicado, podendo também haver um sangramento leve pela ruptura de alguns
vasos finos, mas isso depende do tamanho da agulha que for utilizada. (BORGES;
ESCORZA, 2016).
Ao rolar ou passar o equipamento sobre a pele, microcanais são abertos facilitando
assim uma entrada mais rápida dos ativos na pele. (NEGRÃO, 2017).
Como o próprio nome já diz teremos como resposta uma indução desse colágeno e
a produção de novas fibras. “O colágeno é uma glicoproteína formada pelos aminoácidos,
glicina, prolina e hidroxiprolina, formando três cadeias polipeptídicas. É a principal e mais
abundante proteína que compõe o tecido conjuntivo”. (BORGES; ESCORZA, 2016, p.26).
A indução do colágeno possui três fases:

Na primeira de injúria ocorre liberação de plaquetas e de neutrófilos,


responsáveis pela liberação de fatores de crescimento, com ação sobre os
queratinócitos e os fibroblastos. Na segunda fase a de regeneração, ocorre a
angiogênese, epitelização e proliferação de fibroblastos seguida da produção de
colágeno tipo III, elastina, glicosaminoglicanos e proteoglicanos. (NEGRÃO,
2017, p.73).

2.5.1 Indicações
Esta técnica é indicada tanto para facial, corporal e capilar. Pode ser utilizado para
flacidez tissular, melanose periorbicular, estrias, fibroedema geloide, peles desvitalizadas e
desnutridas, hipercromias, melhorar qualidade da pele, cicatrizes atróficas, alopécias não
cicatriciais, rejuvenescimento íntimo. (NEGRÃO, 2017).

2.5.2 Contraindicações

As contraindicações do microagulhamento apesar de serem raras, existem. O mau


uso dos equipamentos do microagulhamento pode deixar cicatrizes, sendo contraindicado
para pessoas que tenham propensão a queloides, fototipos mais altos, diabetes, gravidez,
câncer, verrugas, acne aguda, herpes, eritema solar, rosácea, alergia ao metal ou cosmético
utilizado, doença vascular, distúrbio hemorrágico, doença neuromuscular e terapia aguda
ou crônica com anticoagulante, anti-inflamatório e uso de corticoide.
É contraindicado reutilizar o roller ou cartucho das canetas. A cada sessão são
usadas novas agulhas. O cartucho ou o roller são abertos na frente da cliente, na hora da
execução do procedimento. O descarte das agulhas dever ser realizada após término do
procedimento, em lixo infectante. (NEGRÃO, 2017).

2.6 COSMÉTICOS

Nos dias atuais temos uma grande variedade de produtos cosméticos que ajudam a
amenizar ou retardar o envelhecimento cutâneo pois a cosmetologia possui recursos
tecnológicos mais avançados. (SOUZA; ANTUNES JUNIOR 2016).
Com o microagulhamento abrimos microcanais que aumentam a biodisponibilidade
e temos a efetividade da entrada dos ativos. (NEGRÃO, 2017).
Setterfield (2010) enfatiza a utilização de fatores de crescimento em tratamentos
com o microagulhamento, pois estudos apontam melhores resultados em seus
procedimentos terapêuticos.
Entre os ativos mais utilizados em procedimentos de microagulhamento, destaca-
se:
Fatores de crescimento – são liberados pelo organismo após o microagulhamento, e
participam do processo de divisão e formação celular, ajudando na formação de novos vasos
sanguíneos e na produção de colágeno e elastina; Vitamina A – estimula a produção de
fibroblastos; Vitamina B₃ – utilizada no tratamento de hipercromias; Vitamina C –
poderoso antioxidante que aumenta os níveis de RNA mensageiro; Pró-colágeno tipo I e
III; Ácido alfa lipoico tópico; Ácido ferúlico – ativo que estabiliza a associação das
vitaminas C e E por ser um potente antioxidante; Peptídeos de cobre – necessário na síntese
de colágeno realizada pelos fibroblastos; Zinco – necessário na síntese de elastina e
produção de colágeno; Ácido hialurônico – componente da matriz extracelular, capaz de
estimular a neocolagênese. (BORGES; ESCORZA, 2016).
2.7 RADIOFREQUÊNCIA

A estética conta com a terapia da radiofrequência nos tratamentos estéticos, que


utiliza correntes elétricas de média intensidade, da qual sua potência empregada tem
objetivo de aumentar a temperatura do tecido a níveis que obtém respostas fisiológicas
totalmente controláveis. (AGNES, 2011).
A radiofrequência iniciou pelo Jaque d'Arsonval, no ano de 1891. Foi então que
observaram que o corpo humano conseguiria suportar correntes de frequência superiores a
10.000Hz. (LYON, 2015).
A radiofrequência gera calor por conversão devido a ondas eletromagnéticas, que
fica entre 30KHz e 300MHz, porém mais utilizada entre 0,5 a 1,5MHz. Na dermatologia é
utilizada para geração de calor por conversão. (CARVALHO et al., 2011).
As respostas fisiológicas da radiofrequência no tecido são devido ao aumento da
temperatura, e essas respostas são vibração iônica, rotação das moléculas dipolares e
conversão térmica. Na vibração iônica os íons que estão presentes no tecido, vibram,
gerando fricção e colisão entre os tecidos adjacentes, gerando um aumento da temperatura.
Rotação das moléculas dipolares, o corpo tem sua maior parte composto por água, mesmo
sendo uma molécula eletricamente neutra, tem sua carga final que atrai cargas opostas, que
convertem em um dipolo, produzindo colisão entre os tecidos adjacentes. (BORGES,
2010).
Sendo assim, ocorre a conversão da energia elétrica em energia térmica, ficando em
torno de 40°C na derme profunda e subcutânea, porém o tecido superficial cutâneo continua
resfriado e seguro. Devido à elevação térmica, há uma melhora na flacidez tissular, na
produção de colágeno e elastina de melhor qualidade, e melhora o aporte de oxigênio para
o tecido. (LYON, 2015).
Existem eletrodos na radiofrequência que são monopolares e bipolares. O
monopolar transmite a corrente só para um eletrodo. No bipolar são usados dois eletrodos,
um passivo e outro ativo, porém, os eletrodos bipolares podem estar separados ou numa
única ponteira. (BORGES, 2010).

Figura 8 - Manopla Bipolar resistiva, eletrodo ativo e passivo no mesmo cabeçote


Fonte: Borges (2010)

Figura 9 - Manopla Bipolar

Fonte: Pereira (2014)

Figura 10 - Manopla monopolar

Fonte: Pereira (2014)


Segundo Tassinary (2018), existem diversas opções de radiofrequência no mercado,
dentre as mais usadas na área da estética está a capacitiva, que é quando a manopla possui
uma camada isolante no eletrodo, com material plástico, deixando assim um aquecimento
menos intensivo.
A forma indutiva é muito antiga e não se vê mais esteticistas usando, porém é
indutora de calor e monopolar, tem seus aplicadores de vidro de diversas formas. Pode ter
picos de calor, gerando assim um maior risco de lesões, e na estética é confundida com a
alta frequência. A capacitiva tem sua diferença devido ao seu eletrodo ativo que fica isolado
por meio de um dielétrico, constituindo um capacitor. Sendo assim o capacitor tem a função
de armazenar cargas se o equipamento tiver um acúmulo de voltagem e superar a
capacidade do material de isolamento utilizado. Esse aparelho aumenta sua temperatura
facilmente com presença abundante de água no tecido. Já a resistiva, seu eletrodo ativo é
metálico, formando assim uma resistência, e não um capacitor. Nesse método é possível ser
utilizado no aumento das temperaturas em pessoas com baixa hidratação nos tecidos.
(BORGES, 2010).
Contudo a radiofrequência é um recurso não invasivo, gerando inúmeros benefícios.
Suas indicações são para patologias faciais e corporais, tais como, flacidez tissular, rugas,
gordura localizada e fibroedema geloide.
Na execução do procedimento é utilizado um termômetro digital de infravermelho,
para avaliar a temperatura da pele que deve ficar entre 37 a 41°C, não podendo ultrapassar
42°C, para não ocorrer queimaduras, por isso o termômetro é fundamental.
Segundos Borges; Scorza (2016), temos as contraindicações absolutas e as relativas.
As absolutas são marca-passo cardíaco ou cerebelar, pois pode alterar seu funcionamento,
gravidez, câncer e metástase. Já as relativas são as varizes, flebites e tromboflebites,
osteossíntese, endopróteses, infecções locais e pessoas que utilizam vasodilatadores.

3 METODOLOGIA
Esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo caso clínico,
onde foi realizada a avaliação da modelo incluindo entrevista, preenchimento da ficha de
anamnese, avaliação visual, palpatória e foto documentação.
Foram realizadas 6 sessões, com duração de uma hora, intercalando a aplicação de
radiofrequência com o microagulhamento. O protocolo aplicado foi elaborado com auxílio
de uma docente responsável e a colaboração das acadêmicas envolvidas. A realização
prática do tratamento aconteceu nas dependências da Faculdade Senac Blumenau, durante
o período de 30/08/2019 até 15/11/2019.
Nesta pesquisa, no primeiro contato foi realizada a avaliação da modelo (ver anexo
A) incluindo entrevista, preenchimento da ficha de anamnese, limpeza de pele e hidratação.
A voluntária foi fotografada na posição ortostática, com vista frontal e lateral, em
ambiente bem iluminado, com plano de fundo não reflexivo preto, por uma câmera de
celular, da marca Samsung, modelo S10, com 12 megapixels de resolução, sem zoom
óptico. O celular estava posicionado à 1,32m de altura do chão e 83cm de distância da
voluntária.
Voluntária E. B., 46 anos, com queixa principal de flacidez tissular e rugas. Realiza
três refeições diárias e ingere 2 litros de água por dia. Não tem uma carga horária fixa,
portanto as horas de sono são diversas durante dias de semana. Já teve hábito de se expor
muito ao sol quando mais nova, porém atualmente diminuiu a exposição e utiliza protetor
todos os dias.
Na avaliação visual e palpatória apresentou poros dilatados, comedões abertos e
fechados, pele mista, superfície lisa e flácida. Apresentou melanose solar, provável
consequência da exposição ao sol quando jovem.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Regional de Blumenau - FURB (Parecer número: 3.527.576; CAAE
18118819.9.0000.5370). A voluntária tomou conhecimento do Termo de Consentimento
Livre Esclarecido (ver anexo B), declarando estar plenamente de acordo em participar desta
pesquisa e ciente dos procedimentos, riscos, benefícios, entre outros.
A voluntária também assinou um termo de consentimento para uso de imagem
conforme modelo no anexo C.
Para a coleta de dados foi aplicado um questionário, o qual é padronizado pela
instituição de ensino, e apresenta perguntas abertas e fechadas.
A utilização deste método de coleta favoreceu o conhecimento e entendimento da
modelo, de sua rotina e de suas queixas em relação a estética facial.
Os materiais utilizados na pesquisa foram o equipamento de radiofrequência para
estética da KLD, registro na ANVISA nº10245239008, sabonete glico-ativo da ADCOS
com registro nº220280090. Utilização do microagulhamento com a caneta elétrica,
devidamente registrado pela Anvisa nº 81382059001, com o tamanho da agulha de 0,5 mm
associado com monodoses de Inducol Age Fluido Facial Concentrado Samana com número
de processo junto a Anvisa 25351.048113/2016-23.
4 RESULTADOS

4.1 PLANO DE TRATAMENTO

Foi estabelecido o plano de tratamento da seguinte forma:


a) 1 limpeza de pele mais hidratação
b) 4 sessões de radiofrequência: aplicada em quatro quadrantes, dois do lado direito e dois
do lado esquerdo. Em cada quadrante foi mantida a temperatura entre 37 a 40⁰C, por 5
minutos.
c) 2 sessões de microagulhamento: foi executado com a caneta elétrica com um cartucho
estéril em cada sessão, associado às monodoses. Os movimentos foram horizontais e
verticais, passando somente uma vez em cada região da face.
Os protocolos foram realizados alternadamente ao longo das 6 sessões propostas.
Realizadas com supervisão da orientadora, no período noturno, no laboratório facial da
instituição da faculdade SENAC.
Após as sessões de radiofrequência foi observado um pequeno lifting imediato.Após
as sessões de microagulhamento eram percebidos pontos com eritemas, caracterizando um
efeito normal pós-procedimento.

4.2 RESULTADOS OBTIDOS

4.2.1 Fotodocumentação
Figura 11 - Comparativo de antes e após o término das sessões, região frontal

Fonte: Elaborado pelos autores (2019)

Figura 12 - Comparativo de antes e após o término das sessões, vista lateral esquerda

Fonte: Elaborado pelos autores (2019)


Figura 13 - Comparativo de antes e após o término das sessões, vista lateral direita

Fonte: Elaborado pelos autores (2019)

4.2.2Avaliação visual e palpatória

Constatou-se que a voluntária apresentou na avaliação visual e palpatória linhas de


expressões na região frontal, orbicular dos olhos, sulcos nasogenianos, associados a flacidez
tissular com maior concentração na região de zigomático maior e área de contornoda face.
Verificou-se também que a voluntária possui poros dilatados, miliuns, comedões
abertos e fechados. Por este motivo ao iniciar o tratamento foi realizada uma limpeza de
pele e posterior hidratação.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise da associação dos


recursos estéticos da radiofrequência e microagulhamento, que foram executados sem uma
modelo do sexo feminino.
Foram sugeridos estes dois recursos como plano de tratamento, visto que ambos têm
como objetivo a estimulação de colágeno. Assim, seria possível potencializar ainda mais
os resultados. De modo geral, os resultados foram visíveis e notados pela voluntária.
Foi possível concluir que a radiofrequência sendo utilizada na temperatura correta
de acordo com o objetivo a ser alcançado, junto com as sessões de microagulhamento,
apresentam resultados satisfatórios no rejuvenescimento cutâneo. Sugere-se também que
sejam realizadas mais sessões, de forma a agregar mais resultados nesta afecção inestética.
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ASSOCIAÇÃO DO MICROAGULHAMENTO AO LED
PARA TRATAMENTO DE CICATRIZES DE ACNE

Ana Caroline Novaes Dias1

Natasha Teixeira Logsdon2

Resumo
O crescimento da procura por intervenções estéticas comprova a busca por auto aceitação e
descontentamentos relacionados à autoimagem, culminando muitas vezes em necessidades de
correções. A pele é a área mais afetada pelas insatisfações de ordem estética sendo a acne a
afecção que mais se manifesta e que pode deixar cicatrizes. Este estudo tem por objetivo
discorrer sobre a eficácia da utilização combinada das técnicas de microagulhamento a
fototerapia com LED relacionada a tratamento de cicatrizes de acne. O estudo adotou o processo
de revisão bibliográfica, onde a coleta e interpretação dos dados apresentados foram realizados
a partir da leitura de artigos publicados em plataformas como PubMed, SciELO e encontrados
no acervo da biblioteca da UGB. Discute aspectos relativos aouso das técnicas em uso isolados
em processos cicatriciais e o uso das técnicas associadas para acometimentos faciais, assim
como no tratamento de cicatrizes pós acne. Concluindo o trabalho, nas considerações finais, é
elucidado que ambas as técnicas associadas se apresentaram como métodos seguros, podendo
promover efeitos positivos na promoção de um bom processo de cicatrização.

Palavras-chave: Microagulhamento. Cicatrizes de Acne. Fototerapia. LED. Acne vulgar.


Espinhas.

1
Graduada em Biomedicina pelo UGB/FERP.
2
Doutoranda em Ciências Morfológicas pelo Programa de Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Rev. Episteme Transversalis, Volta Redonda-RJ, v.12, n.1, p.239-264, 2021.


ASSOCIATION OF MICRO-NEEDLING TO LED
FOR TREATING ACNE SCARS

Abstract

The high demand for aesthetic interventions proves the desire for self-acceptance anddiscontent
related to self-image, often culminating in search for corrections. The skin is the most affected
area by aesthetic dissatisfaction, and pimples are the condition that most manifests in the skin
and can leave scars. This study aims to discuss the effectiveness of the combination between
using of Microneedling techniques with LEDphototherapy related with the treatment of pimple
scars. The study adopted the bibliographic review process, what a collection and interpretation
of the data were presented and carried out by reading articles published on platforms such as
PubMed,SciELO and found in the UGB library collection. It discusses aspects related to the use
of techniques in use alone in healing processes and the use of associated techniques for facial
disorders, as well as in the treatment of post-pimple scars. Concluding the work, it is clarified
that both associated techniques were presented as safe methods, being able to promote positive
effects in a good healing process.

Keywords: Microneedling. Acne scars. Phototherapy. LED. Acne Vulgaris. Pimples.

Introdução

A autoaceitação sobre o corpo nos dias atuais tem sofrido uma grande problematização
relacionada a beleza corporal, de forma que os indivíduos estão embusca de um padrão de corpo
perfeito, com estética perfeita e esse fator de perfeiçãotorna a busca por aceitação mais difícil
já que o corpo está em plena transformação, fazendo com que esses indivíduos criem hábitos
com necessidades por correções e reconstruções (KOWALSKI; FERREIRA, 2007; JAGER et
al., 2017). O que comprova essa necessidade é o crescimento da procura por intervenções
estéticas, que em 2017 revelou um aumento de 5% nas buscas de procedimentos estéticos
(ISAPS,
2018). Essa busca toda por aceitação é causada pelo descontentamento corporal, quena maioria
dos casos é a preocupação com a aparência, comportamentos excessivoscomo a verificação nos
espelhos, pesagem ou privação de situações que envolvam público (HOSSEINI, 2020). Assim,
é cada vez mais frequente a insatisfação corporal causada por distúrbios hormonais e suas
disfunções, afetando o emocional, o cognitivo, influenciando a uma baixa autoestima e o
descontentamento com a aparência física (PETROSKI, 2012).
A área de maior descontentamento é a pele considerada o maior órgão do corpo humano,
que é composta pela epiderme e derme. Suas funções são, basicamente, regulação da
temperatura corporal, recepção sensorial, excreção, absorção de raios ultravioletas, proteção
contra lesões e barreira contra a entrada de microrganismos invasores, possuindo uma
configuração que gera a possibilidade de carregar cicatrizes. (GARTNER; HIATT, 2009;
JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Uma das afecções que mais se manifesta na pele é a acne vulgar, conhecida
popularmente como espinha, é uma inflamação da unidade pilossebácea, que são pequenas
glândulas que secretam sebo (AVRAM et al., 2011). Nestas unidades pilossebáceas estão
presentes as Cutibacterium acnes, bactérias comensais da peleque são associadas à patogenia
da acne (ZHANG, 2017). Suas lesões são mais frequentes na região da face, parte superior do
dorso e tórax. Tem variáveis clínicas como: comedões, pápulas, nódulos e pústulas. Mais
comum na adolescência, acomete cerca de 85% de indivíduos entre 12 e 24 anos, podendo afetar
todas as faixas etárias. É comumente caracterizada por suas cicatrizes, hiperpigmentações e até
deformações na pele (GALDERNA, 2014).
O impacto psicossocial que as cicatrizes da acne causam são graves, podendo levar o
indivíduo a ter uma personalidade introvertida e em alguns casos, depressão (MAJID, 2009),
sendo assim, um problema estético e psicológico. Há diversas técnicas estéticas de melhorar a
aparência e diminuir as cicatrizes e muitas delas nãocirúrgicas, tais como o uso de peelings
químicos, dermoabrasão, preenchimentos e microagulhamentos (LEHETA et al., 2011).
Microagulhamento ou indução percutânea de colágeno é um preenchimento
minimamente invasivo que utiliza um instrumento composto por várias agulhas pequenas que,
em contato com a superfície da pele, causa microlesões na epiderme, assim estimulando a
regeneração celular (HOU, 2017). Essa técnica pode ser associada com outras técnicas para uma
melhor obtenção de resultados, como o usode luzes emissores de diodo (LED), chamado de
fototerapia (ALEXIADES, 2016).
O uso de terapia com base em luzes, ou LED, é uma técnica inovadora e de caráter não
ablativo. Tem como função ativar radicais livres através da absorção das luzes, promovendo
uma ação antibacteriana e diminuindo o tamanho dos pilossebáceos, sem causar lesões
aparentes na epiderme. Nessa técnica é mais comum o uso de luzes vermelhas e azuis e a luz
pulsada (PEI, 2015).
Dessa forma, a combinação da técnica de fototerapia em associação com o método de
microagulhamento possibilita uma melhora profunda, proporcionando uma suavização das
cicatrizes e levando até um rejuvenescimento facial de forma minimamente invasiva, sem
precisar optar por um procedimento cirúrgico (FORSAN, 2018).
Tendo em vista o que foi cima citado, o presente trabalho visa discorrer sobre a
utilização e eficácia da técnica de microagulhamento associado ao procedimento estético
baseado em terapia com luzes, no tratamento para cicatrizes de acne vulgar.

Justificativa

Com a busca incessante de autoaceitação e encaixes nos padrões de beleza ditados pela
sociedade, a procura por procedimentos na área da estética facial tem sido os mais populares no
cenário atual (HOSSEINI, 2020; ISAPS, 2018). Um dos fatores que tem desencadeado a
procura pelo tratamento estético da face é descontentamento relacionado a cicatrizes e manchas
causadas por acnes, que tem um grande impacto negativo no psicossocial (LEE et al., 2014).
Chamando atenção por menor risco de complicações e uma boa eficácia dos tratamentos,
uma das
técnicas mais promissoras da área é o microagulhamento, que é minimamenteinvasivo e
quando associado com outras técnicas, pode potencializar os efeitosesperados de melhora e
suavização das cicatrizes de acne vulgar (SILVEIRA, 2017).
Segundo Forsan (2018), a junção de microagulhamento com o uso de terapia com LED
apresenta efetividade e potencial no processo de cicatrização da pele, assim melhorando as
cicatrizes de acnes. Sendo assim, o trabalho se justifica por abordar e divulgar estudos da
associação dessas técnicas de cicatrizes acneicas, visando umamaior satisfação dos pacientes e
ao mesmo tempo relatar a proficiência da associaçãodas técnicas.

Metodologia

Para a realização deste trabalho foram usados artigos e livros. Como fontes depesquisa,
foram usadas as plataformas sciELO e PubMed e alguns livros foram encontrados na biblioteca
do UGB. As palavras-chave utilizadas para buscas foram: microagulhamento, cicatrizes de
acnes, fototerapia, LED e acne vulgar.
Os critérios de inclusão foram artigos publicados de 2010 a 2020, de acesso gratuito,
com exceção de alguns que apresentavam conceitos sobre técnicas, sendo eles de língua
portuguesa e inglesa. Já os critérios de exclusão foram artigos que apresentaram acesso restrito
ou pago para obtê-los, fuga da temática e data de publicação superior a 10 anos.
A partir das palavras-chave, e após aplicação dos critérios de exclusão foram
selecionados 63 artigos, que discorrem a técnica de microagulhamento, a utilização do LED,
cicatrizes de acne, distorção corporal e facial e sobre a pele.

Insatisfação corporal
A busca por rejuvenescimento não é algo recente. Desde 4000 a.C, no Egito, já se
buscava melhorias na qualidade e no aspecto da pele, procurando sempre manter uma aparência
mais jovial (TASSINARY, 2019). Segundo Borba (2010),dificilmente o ser humano atinge um
grau de satisfação, assim, impulsionando-o a buscar por mudança.
Nos dias atuais, com os avanços das tecnologias disponibilizadas pela medicina, a
promoção de modificações corporais por meio de procedimentos estéticos cirúrgicos e não-
cirúrgicos, podendo ser ou não de caráter reparador, tem apresentado um crescimento em
relação aos últimos anos (COELHO et al., 2017). Assim o Brasil ocupa a liderança no ranking
de país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, incluindo procedimentos invasivos e não
invasivos, segundo os dados disponibilizados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica
Estética, divulgada em 2019 (COLTRO, 2020). Com essa alta demanda na área estética, os
procedimentos estéticos não invasivos vêm ganhando cada vez mais visibilidade, assim
aumentando em até 390%, com aproximadamente 969 mil procedimentos feitosno ano de 2018.
A procura por esses serviços tem sido mais frequente em pessoas jovens, que buscam por
técnicas preventivas e de baixo custo. (VIDALE, 2017; COLTRO, 2020).
Tassinary (2019) declara que com o passar dos anos, tudo nas pessoas se modifica,
inclusive a face, sendo ela uma identidade, um cartão de visitas. Por isso é de extrema
responsabilidade que os profissionais da área de estética assumam em tratar o rosto de um
paciente, já que está cuidando de uma parte do corpo que tem alta relevância racional e
emocional para um indivíduo, tanto na área profissional e social.

Anatomofisiologia da pele facial

O sistema tegumentar é composto por diversos órgãos, como glândulas, unhas,pelos, que
são estruturas anexas da pele, o maior órgão do corpo humano, assim
recobrindo todo o corpo, atingindo 16% do peso corporal de um indivíduo. Além de recobrir
todo o corpo, ainda desempenha funções como proteção contra microrganismos agressores e
invasivos, regulação térmica, sensibilidade a toques devido as terminações presentes nas
células, auxílio na síntese e absorção de vitamina D (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2011;
TASSINARY, 2019). A pele apresenta duas camadas principais na sua composição: a epiderme,
que é a porção mais externa e superficial e a derme, porção intermediaria e mais profunda.
(GARTNER, 2013).

Epiderme

A epiderme é composta pelo epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, originado


no ectoderma (GARTNER, 2013). Esse epitélio tem habilidade de renovaçãoao longo da vida e
estima-se que a epiderme humana seja renovada a cada 40-56 dias (TASSINARY, 2019). A
espessura e a estrutura da epiderme variam com o localestudado, sendo mais espessa na palma
das mãos, planta dos pés e articulações. Também apresenta cinco camadas – basal, espinhosa,
granulosa, lúcida e córnea (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2011).

Derme

É na derme que se encontra o principal constituinte da pele, o colágeno, composto por


três cadeias de polipeptídios, que o torna mais resistente à tração. Ao longo do tempo, ele tem
sua produção reduzida, isso porque no processo de envelhecimento acontece uma inversão,
onde o colágeno tipo I se torna dominante, enquanto há uma diminuição do colágeno tipo III,
que é predominante na fase embrionária, e assim, inicia-se o aparecimento de rugas, sulcos e
flacidez cutânea (TASSINARY, 2019). Com a sua localização entre a epiderme e hipoderme, a
dermeé formada por tecido conjuntivo e a sua espessura pode variar de acordo com a região
observada, como por exemplo, 0,6 mm em regiões mais finas assim como aspálpebras, e 3 mm
em regiões mais espessas como a planta dos pés (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017). Essa
estrutura tem área externa irregular, já que tem a presençade papilas dérmicas, que aumentam
a superfície de contato com a epiderme, importante por favorecer a união entre essas duas
camadas e facilitar sua função de nutrir as células epidérmicas (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2017; TASSINARY, 2019).
A derme tem em sua composição o tecido conjuntivo denso não modelado, é derivada
do mesoderma e tem duas subdivisões: a camada papilar, mais superficial, de tecido conjuntivo
frouxo, e a camada reticular, mais profunda (GARTNER; HIATT, 2007).

Glândulas sebáceas

Sua origem tem início na fase embrionária por alterações nas células do folículopiloso, as
glândulas sebáceas, com seu formato parecido com um saco, são formadaspor vários lóbulos que
servem como canais para conduzir o sebo e sempre desemboca no folículo pilossebáceo, assim
acontece em quase todo o corpo, com exceção da porção palmoplantar, que não há presença de
folículos pilossebáceos. Jáem outras partes, compostas por mucosa, as glândulas desembocam
diretamente nasuperfície da pele, (DOMINGUES, 2010; TASSINARY, 2019; JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2017).
Os lóbulos apresentados têm em sua composição células que sintetizam e secretam em
seu interior lipídeos, e dessa forma o citoplasma das células acumula substância lipídica até
núcleo seja movimentado. Por conseguinte, os sebócitos, as células sebáceas, causam um
rompimento na membrana plasmática e liberam o sebopara o lúmen do folículo piloso afim de
alcançar a superfície (DOMINGUES, 2010).
Os folículos sebáceos são dispostos semelhantemente à distribuição de acne vulgar e as
áreas que têm maior tendência à oleosidade são: face, parte superior e inferior das costas e parte
superior do peito (TASSINARY, 2019).
Acne

Derivada de uma condição inflamatória da unidade de pilossebáceo, acne vulgar é uma


dermatose de prevalência mundial, sendo mais comum durante a fase da adolescência e em
alguns casos essa afecção segue até a fase adulta, que se configura como uma lesão que tem um
caminho longo e com processos de recaídas, tendo um impacto psicossocial na qualidade de
vida do indivíduo (TUCHAYI et al., 2015; TAN; BHATE, 2014).
A acne tem uma patogenia complexa e acredita-se que a formação de lesões da acne tem
quatro fatores distintos, mas que desempenham papeis cruciais para tal,são eles: aumento da
produção de sebo; modificação nos processos de queratinização, formando os comedões;
proliferação de Propionibacterium acnes no folículo pilossebáceo; e mediação dos processos
inflamatórios, envolvendo as unidades pilossebáceas (TASSINARY, 2019).
Na fase da puberdade ocorre um aumento na excreção de sebo que promove o
aparecimento de acne vulgar (KANWAR et al., 2018). Mudanças na composição dosebo podem
desencadear uma resposta inflamatória e podem ser um sinal precoce para a hiperqueratinização
folicular e o desenvolvimento de comedões (HARPER, 2019). Essa hiperprodução de sebo
acontece nas glândulas sebáceas, que são reconhecidas como principais responsáveis para o
desenvolvimento da acne (KANWAR et al., 2018).
Cutibacterium acnes ou Propionibacterium acnes são bactérias oportunistas Gram-
positivas e anaeróbicas predominantes e abundantes nos folículos de pilossebáceos, com ênfase
em áreas propensas a acne (DRENÓ et al., 2018). Tem afinidade por ambiente com ducto
pilossebáceo tamponado, rico em triglicerídeos e com pouco oxigênio favorecendo a
proliferação das mesmas (TASSINARY, 2019). A
C. acnes ativa a imunidade inata da pele, mas também afeta diretamente a diferenciação dos
queratinócitos e estimula as glândulas sebáceas (HARPER, 2019).
Dessa forma, P. acnes é fagocitado e libera enzimas que provocam o rompimento da parede
folicular, causando inflamação e os ferimentos resultantes geralmente levam a alterações
cicatriciais (TASSINARY, 2019; STIEGLER et al., 2020).

Cicatrizes de acne

As cicatrizes acneicas são decorrentes do processo de cura da acne vulgar ativa, podendo
ser apresentada nas formas de comedões, pústulas, pápulas e nódulose essas cicatrizes podem
afetar cerca de 95% de indivíduos acometidos por acne vulgar e pode estar relacionada com o
fato com a gravidade e a duração da acne vulgar, e isso afeta a qualidade de vida, prejudicando
relações sociais e interpessoais(CHUAH; GOH, 2015; CLARK et al., 2017).
Estas cicatrizes podem ser classificadas em três tipos: atrófica, hipertrófica e queloide,
sendo a atrófica a mais comum e apesar da patogênese ainda não ser totalmente compreendida,
pode estar relacionada com fatores de mediadores inflamatórios e degradação das fibras de
colágeno (FIFE, 2011).
As cicatrizes atróficas de acne causam diminuição ou perda de colágeno apósa infecção
e podem ser superficiais ou mais profundas como icepick, rolling e boxcar, que são três
subdivisões destas cicatrizes atróficas (Fig. 1) (ALLGAYER, 2014; CLARK et al., 2017).
Há vários métodos e maneiras de tratar estas cicatrizes, incluindo peelings químicos,
dermoabrasão, preenchedores, reposição de gordura, lasers, plasma rico em plaquetas,
fototerapia e microagulhamentos, ainda podem ser usados sozinhos ouem terapias combinadas
para fornecer um tratamento mais eficaz (GOZALI; ZHOU, 2015; EL-DOMYATI et al., 2015).
Figura 1. Subtipos de cicatrizes de acne vulgar.

Fonte: CLARK et al., 2018.

Microagulhamento

Antes de ser comumente conhecido como microagulhamento, entre os anos 90, os


Orentreich desenvolveram uma técnica chamada subcisão, que tinha como objetivo corrigir
cicatrizes e rugas através do procedimento de incisão de agulhas cirúrgicas na camada
subcutânea a fim de estimular colágeno (ORENTREICH; ORENTREICH, 1995). Logo após
essa descoberta, Camirand utilizou uma pistola detatuagem para a camuflagem de cicatrizes
hipercrômicas de duas pacientes, e percebeu que com as micropunturações causadas pelas
agulhas da pistola, desencadearam em uma síntese de colágeno saudável (ALBANO et al.,
2018). Com o passar dos anos, mais precisamente em 2006, foi desenvolvida uma tecnologia
de microagulhas, atualmente conhecida como Dermaroller, pelo cirurgião plástico Fernandes,
que consiste em um instrumento composto de um rolo cilíndrico, com várias fileiras de
microagulhas de aço inoxidável e esterilizadas, distribuídas entre 192 e 520 agulhas, com
variedades de tamanho, de 0.5mm a 3.0mm (SINGH; YADAV, 2016).
Mecanismo de ação do microagulhamento

A ação com o dermaroller sobre a pele causa lesão cutânea de modo controlado, que
levam a um pequeno sangramento superficial que dá início a uma cascata inflamatória e
promove a liberação de vários fatores de crescimento (SINGH;YADAV, 2016). Depois da
injúria causada, os queratinócitos deslocam-se para a região afetada para restaurar o tecido
lesionado, logo após é iniciado o processo de cicatrização, que é dividido em três fases:
inflamatória, proliferativa e remodelamento(Fig. 2.) (ALBANO et al., 2018).
Na fase inflamatória, é liberado plaquetas e neutrófilos que são responsáveis pela
permissão dos fatores de crescimento atuantes nos queratinócitos e fibroblastoscomo fatores de
crescimento de transformação α e β (TGF-α e TGF-β), o fator de crescimento derivado das
plaquetas, proteína III e fator de crescimento do tecido conjuntivo (LIMA et al., 2013). Na
segunda fase, denominada de proliferativa, ocorre uma substituição dos neutrófilos por
monócitos e assim acontece a angiogênese, coma epitelização e proliferação de fibroblastos, e
em sequência a produção de colágenoIII, elastina, proteoglicanos e glicosaminoglicanos, e ao
mesmo tempo os monócitos secretam o TGF-α e TGF-β e assim, após cinco dias da injúria
provocada, a matriz defibronectina está estabelecida (SANTANA et al., 2016).
E na última fase, segundo Lima e Takano (2013), de maneira lenta, o colágeno I é
substituído pelo colágeno tipo III, que é mais resistente e duradouro, conservado
aproximadamente de cinco a sete anos. E eles ainda relatam que para acontecer todoesse processo
inflamatório, a injúria deve ser causada por agulhas de tamanho entre 1.0mm a 3.0mm. De
acordo com Santana (2016) são necessárias três ou quatro sessões de microagulhamento, com
intervalos de até seis semanas e na realização da técnica pode ocorrer eritema durante dois dias,
a observação dos resultados se torna evidente entre quatro a seis semanas mas a substituição do
novo colágeno é mais demorada, podendo haver melhoria da textura da pele em até 12 meses
após oprocedimento.
Figura 2. Exemplo do mecanismo de ação do microagulhamento.

Fonte: (LIMA et al, 2013).

Light Emitting Diode (LED)

A fototerapia vem sendo usada como função terapêutica há anos em diversasculturas


com a finalidade de melhorar a saúde das pessoas e nessa terapia de luzesé usado a
fotobiomodulação, que estimula função celular com efeitos benéficos epodem ser usados
tanto com lasers quanto com LEDs de baixo nível (PITASSI, 2018).Criados em 1962, os
primeiros LEDs, não eram tão capacitados no quesito biológico, emitiam luzes mais amplas
e dispersas, foi então que em meados de 1990,a NASA desenvolveu LEDs que têm menos
divergência, potências de saída muito maiores e mais estáveis, com propriedades de que quase
todos os fótons fazem partedo comprimento de ondas (OPEL et al., 2015;
WANITPHAKDEEDECHA et al.,2018).O LED consiste em um componente semicondutor
eletrônico, assim quando aenergia passa pelo semicondutor, a luz é produzida,
diferentemente de outrosequipamentos que utilizam emissores de luz através de
filamentos metálicos ouradiação, já que é emitida uma luz fria e intensa, o que é algo de
grande interessepara área dermatológica, diferente de tecnologias de caráter ablativo, não
causasuperaquecimento no local tratado (ANTONIO; NICOLI, 2013).Acredita-se que os
diodos emissores de luz exercem o princípio da fotomodulação, exemplificando, eles
modulam a atividade biológica de queratinócitos e fibroblastos, afetando as mitocôndrias e
aumentando sua atividade metabólica sem efeito térmico (DEHORATIUS; DOVER, 2007).
A luz não coerente e não colimada tem a capacidade que depende do comprimento de
onda e da exposição radiante para alterar o comportamento celular na presença de aquecimento
significativo, assim, a fototerapia com LED usa luz com comprimentos de onda entre 390-
1100nm e pode ser na forma de onda contínua ou pulsada, em outras circunstâncias,
comprimentos de onda na faixa de 390-600nm são usados para tratar o tecido superficial, e
comprimentos de onda mais longos na faixade 600-1100nm, que penetram mais, são usados
para tratar tecidos mais profundos (AVCI et al., 2013). As luzes de cores azul, vermelha e
infravermelho são as mais utilizadas, sendo a azul com indicações para tratamento para acne
vulgar, por sua ação bactericida, as luzes vermelha e infravermelho com indicações para
regeneraçãocelular, cicatrização, e quando combinadas, a luz azul e vermelha apresenta uma
eficácia superior (OLIVEIRA; AUGUSTO; MOREIRA, 2018; GUIDI, 2019).

Mecanismo de ação do LED

A ação do LED ocorre por meio de estimulação intracelular direta, onde atinge
especificamente as mitocôndrias estimuladoras fazendo a reorganização das células,
principalmente na citocromo C oxidase, inibindo alguns efeitos e estimulando outros, como no
aumento da síntese de ATP, proteínas e no oxido nítrico, com estimulação da proliferação, e
dependendo do tamanho do comprimento da onda, pode atuar como antimicrobiano e anti-
inflamatório (Fig. 3.) (ESTRELA, 2014; ANDRADE, 2019).
Figura 3. Esquema do mecanismo de ação da fotobiomodulação com luz vermelha.

Fonte: ANDRADE, 2019.

Quando a luz contata com as células do tecido, ocorre uma transferência de elétrons,
onde as radiações de baixa intensidade são emitidas pelo LED e não rompem as ligações
químicas, mas alteram as células bioquimicamente, liberando substâncias químicas e
regularizando o potencial da membrana em reações fisiológicas, como a ativação de enzimas
proteicas através dos cromóforos. Consequentemente induzindo a ativação de várias vias de
sinalização intracelular e modificando a afinidade dos fatores de transcrição relacionados com
a proliferação celular, sobrevivência, reparo e regeneração de tecidos (BUENO E
CRISTOFOLINII,2014; AVCI et al., 2013).
Tratamento das cicatrizes de acne

Resultados de estudos com microagulhamento

Como apresentado anteriormente, o microagulhamento é um método indicado para


remodelar e reestruturar o colágeno da pele, resultando em uma neocolageneseatravés de uma
injúria provocada, e é bastante usado em cicatrizes pós acne e possui boa eficácia (EL-
DOMYATI et al., 2015). Segundo Liebl e Kloth (2012), as cicatrizes atróficas evidenciam uma
melhora visível pós tratamento com microagulhamento quando relacionada a cicatrizes
hipertróficas ou queloides.
Dogra, Yadav e Sarangal (2014) mostram em um estudo o quão satisfatório é o resultado
da técnica de microagulhamento em pele de asiáticos que sofrem de cicatrizes de acne, onde
foram analisados 36 pacientes, entre as idades de 18-47, queapresentam cicatrizes mistas, tendo
os tipos icepick, boxcar e rolling. Nesse estudo tiveram dois pacientes com cicatrizes atróficas
e hipertróficas, mas que não tiveram complicações. Depois de 5 meses, foi contemplado uma
melhora dessas cicatrizes, as atróficas tiveram uma melhora de 88.7% segundo a avaliação dos
pacientes. O relato de dor foi comum, mas tolerável e pós procedimento houve relatos de
eritema e inchaço, mas que durou por volta de 2 a 3 dias. Além desse, foi realizado um outro
estudo com 31 pacientes vietnamitas que sofriam com lesões acneicas e cicatrizes deacne, em
que 15 apresentavam acnes do tipo nodular-cístico. A técnica foi realizada em sessões semanais
durante três meses, obtendo resultados favoráveis e significativos para cicatrizes atróficas, em
que 25 dos 31 pacientes se disseram satisfeitos com o resultado atingido (THIMINH et al.,
2019).
Já Fabbrocini et al. (2014), realizaram um estudo com 60 pacientes de fototipos de
Fitzpatrick I ao IV para tratamento de cicatrizes de acne, e nesse estudo foi evidenciado através
de fotografias a suavização das cicatrizes após o tratamento commicroagulhamento e que além
da redução, nenhuma discromia a curto ou longo prazofoi observada.
Dessa forma, a técnica de microagulhamento tem se mostrado eficaz e segura para
tratamento de cicatrizes de acne, principalmente as atróficas, que causa um mínimo efeito
colateral como o eritema, porém com uma recuperação ágil, sendo de custo baixo e pode ser
realizada em todos os pacientes com fototipos de pele diferenciados, já que são raros os relatos
de hiperpigmentação pós inflamatória (SANTANA et al., 2016; THIMINH et al., 2019).

Resultados de estudos com LED

A respeito do tratamento com o LED, diversos estudos com os de, Barolet (2010),
Calderhead (2011), Charbet et al. (2015), Araújo et al. (2015) e Pitassi (2018)demonstram que
a técnica pode promover alguns bons resultados na dermatologia, como atenuação de rugas,
restauração do equilíbrio celular, remodelamento de cicatrizes hipertróficas, diminuição na
hiperpigmentação pós acne, diminuição de eritema, edema e melhora na cicatrização de
queimadura.
É comprovado que seu uso reduz consequências inflamatórias de tratamentosagressivos,
como no caso de laser de CO2, e ainda consegue reduzir eritema em questões de intensidade e
duração (NOÉ; AOUIZERATE; CARTIER, 2017), como napesquisa de Khoury (2008),em que
foram tratados 15 pacientes com LED 590nm emapenas uma das hemiface após o uso da Luz
Intensa Pulsada (IPL), no dia seguinte ao tratamento foi observado a redução do eritema por
completo na hemiface tratada com o LED.
Além disso, em um estudo experimental controlado e randomizado, usaram luzâmbar no
processo cicatricial de feridas em 25 ratos wistars, realizado em cinco sessões diárias, durante
6 minutos de exposição à luz. O resultado obtido com o usoterapia de luzes foi de eficácia na
promoção da cicatrização (ARAÚJO et al., 2015). Tanizaki et al (2019) mostrou em seu estudo
que 22 indivíduos japoneses com cicatrizes atróficas de acne foram submetidos a um aparelho
que emitira sete comprimentos de onda de LED, sendo feito três vezes por área e realizada
uma
comparação das áreas tratadas e das não tratadas através de imagens 3D. Dessa foram
evidenciaram que o tratamento possui eficácia e bons resultados quando relacionado a três
principais parâmetros: área, volume e profundidade da cicatriz.
Alguns estudos evidenciam a importância das cores do LED, como no estudo de Wang
et al. (2017) onde trataram as células-troncos do tecido adiposo com luzes vermelha,
infravermelha, azul e verde, que em um intervalo de 48h após os meios de cultura terem sido
expostos a essas luzes, foi notado que as luzes vermelha e infravermelha aumentou a
proliferação destas células, diferente das luzes azul e verde, que inibiram a proliferação destas.
Opländer et al (2011) também evidencia, em seu estudo com espécimes de pele de pacientes
que foram submetidas a mamoplastia e abdominoplastia, que a luz azul pode ser tóxica e
inibidora de proliferação de fibroblastos, independentemente do tamanho do comprimento da
onda, retardando a melhora do resultado.

Resultados de estudos da associação das técnicas

A junção destas duas técnicas, microagulhamento e fototerapia com LED, têm sido
usadas com outros objetivos, como no rejuvenescimento facial, vitiligo e cicatrizesde acne como
é apresentado a seguir. Korobko e Lomonosov (2016) realizaram um estudo com 22 indivíduos
portadores de vitiligo, onde associaram o microagulhamentocom drug delivery com dois tipos
de medicamentos, latanoprost e tacrolimus, e combinado a luz ultravioleta B (UVB), que
associado promove um efeito superior relacionado a outro ativo. Nesse estudo houve uma
melhora significativa na pigmentação nas lesões do vitiligo, sem causar nenhum efeito adverso.
Já no estudo de rejuvenescimento, foi associado microagulhamento com luz de LED
vermelha, que promove a regeneração das fibras de colágeno, e foram estudados 16 pacientes,
de 35-60 anos e foram divididas em 2 grupos, no qual o primeiro grupo só realizou o método
de microagulhamento, e outro grupo 2 que realizou a associação das técnicas, durante dois
meses, 1 vez a cada 28 dias. No final
do estudo, os resultados sugeriram que houve uma diferença significativa entre os grupos, sendo
o grupo 2 tendo uma melhora excelente em 28% dos participantes, e no grupo 1 apenas 14% de
melhora excelente (LEITE; SILVA, 2020). De acordo comShabahang, Kim e Yun (2018) a
fototerapia, seja com luzes azul ou fotodinâmica (PDT) são utilizadas em modalidades clínicas,
mas estas luzes tem limitações de profundidade, não atingindo profundidades terapêuticas, então
sugerem que o uso deagulha pode ter a função de um guia do comprimento de ondas para
fornecer luz aostecidos alvo, e esta abordagem pode ser muito usada em dermatologia por
promoveruma melhora no estrato córneo e regeneração das fibras de colágeno. E como Forsan
(2018) apresenta em seu artigo que a eficácia da associação do microagulhamento a fototerapia
com LED se dá por potencializar o processo de cicatrização da pele, que fornece uma
remodelação da estrutura do tecido.

Considerações finais

Portanto, de acordo com a revisão realizada e observado o objetivo deste trabalho, assim
como discorrer sobre a efetividade das técnicas de microagulhamentoe LED como tratamentos
benéficos tanto isoladamente quanto uma possível associação dos mesmos, pode-se concluir
que ambas as técnicas se apresentaram como métodos seguros e de baixo custo, com efeitos
positivos na promoção de um bom processo cicatricial. Além de proporcionarem melhorias na
condição da pele, induzindo a produção de colágeno e componentes que suavizam e amenizam
o aspecto de cicatrizes, ainda foi possível demonstrar que a associação das técnicas jáapresenta
efeitos positivos para tratar outros acometimentos estéticos. Isso confirma que o uso do
microagulhamento associado a outras técnicas minimamente invasivaspodem contribuir para
uma melhora cicatricial pós acne, principalmente se tratando da terapia de luzes. Entretanto se
faz necessário maiores estudos clínicos e produções científicas que comprovem a atestem a
melhor forma de ser utilizada visando o equilíbrio entre os efeitos benéficos, a segurança dos
pacientes.
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