Você está na página 1de 12

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO - UNIFAMETRO

CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

ANA TIFFANY ALVES DE SOUSA


ISADORA SANTOS FERREIRA
KARINE DA SILVA MOTA

TRATAMENTO HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL COM O USO


DO PEELING DE TIOGLICÓLICO

FORTALEZA - CE
2022
ANA TIFFANY ALVES DE SOUSA
ISADORA SANTOS FERREIRA
KARINE DA SILVA MOTA

TRATAMENTO HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL COM O USO


DO PEELING DE TIOGLICÓLICO

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


Estética e Cosmética do Centro Universitário
Fametro – UNIFAMETRO – sob a orientação da
profa. Msc. Liskélvia Bezerra

FORTALEZA - CE
2022

2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 04

2 PANORAMA DE MERCADO.............................................................................. 06

PESQUISA DE MERCADO ................................................................................... 06

3 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO......................................................................... 09

3.1 PESQUISAS DE MERCADO ......................................................................... 09

4.1 TIPO DE ESTUDO

4.2 LOCAL DO ESTUDO

4.3POPULAÇÃO E AMOSTRA

4.4 COLETA DE DADOS

REFERÊNCIAS

3
1. INTRODUÇÃO

A hiperpigmentação periorbital, tema desse estudo, popularmente chamada de


“olheira”, é uma condição mal definida que se apresenta como uma pigmentação bilateral,
redonda, homogênea, de cor clara a escura preto-acastanhada ao redor das pálpebras
(AHMED; MOHAMMED; FATANI, 2019).
As causas das olheiras são numerosas e geralmente não se limitam a um único fator
em um determinado indivíduo e inclui pigmentação excessiva, pele da pálpebra fina e
translúcida, sombreamento secundário à flacidez da pele e alterações anatômicas relacionadas
à idade levando a deformidade oca e lacrimal (BUCAY; DAY, 2013; AHMED;
MOHAMMED; FATANI, 2019).
A preocupação com a aparência e com a autoestima tem crescido nos últimos
anos, assim como a busca por procedimentos estéticos mais simples, com
recuperação rápida e bons resultados. Como é o caso do tratamento para olheiras.
Até pouco tempo, a maquiagem era suficiente para disfarçar essas manchas
escuras localizadas abaixo dos olhos, que são automaticamente associadas ao
cansaço e envelhecimento precoce. Mas, hoje em dia,  já existem muitas opções de
tratamentos estéticos, minimamente invasivos, com a finalidade de clareamento dessa
região.
Entre os tratamentos estéticos o peeling é um dos procedimentos mais utilizados
para melhorar a aparência da pele. É indicado por médicos, dermatologistas e esteticistas
devido ao seu fácil acesso e resultados satisfatórios (PIMENTEL, 2008).
O peeling atua no clareamento das olheiras e de outras manchas ao estimular a
renovação celular e eliminar o pigmento concentrado. Na técnica com ácido, retira a
camada externa da pele para que uma nova cresça mais firme e clara.
Embora não seja uma condição associada à morbidade, as olheiras são muitas
vezes uma fonte de preocupação estética que pode ter um impacto negativo na qualidade
de vida de um indivíduo e em sua autoestima, pois podem transmitir uma sensação de
tristeza ou fadiga, mesmo quando não é o caso (BUCAY; DAY, 2013; AHMED;
MOHAMMED; FATANI, 2019). O conhecimento dos fatores que contribuem para o
desenvolvimento de fotodanos nessa região, olheiras e inchaço por baixo dos olhos é
necessário para fazer recomendações de cuidados com a pele para esses problemas.

4
Os cuidados adjuvantes da pele para tratar esses sinais de fotodano podem incluir
protetor solar, antioxidantes tópicos, retinoides, intensificadores de colágeno e enzimas de
reparo de DNA (BUCAY; DAY, 2013). Também existem vários tratamentos cosméticos,
cirúrgicos e a laser que são empregados para amenizar essa condição (MATSUI et al.,
2015).
A região periorbital gera algumas preocupações comuns, incluindo o surgimento
ou presença de linhas finas e rugas, hiperpigmentação periorbital, inchaço sob os olhos e
cílios e sobrancelhas finas. Todas essas condições podem ser tratadas com ingredientes
específicos, contudo, as características anatômicas únicas da pele das pálpebras
influenciam os tipos de produtos de cuidados da pele adequados para essa área (BUCAY;
DAY, 2013).
Justifica-se a escolha e a importância do tema por ser uma circunstância que afeta uma
porcentagem significativa da população, havendo uma quantidade ampla de tratamentos que
podem ser executados, porém, são limitados os estudos sobre o êxito dessas intervenções,
assim como são escassos aqueles que fazem um comparativo entre essas terapias e,
principalmente, que façam um comparativo dos resultados com as características
epidemiológicas dos pacientes.

5
2. PANORAMA DE MERCADO

Um número crescente de peelings surge continuamente, modernizando os já


existentes, fazendo associações ou criando novas fórmulas. A descamação terapêutica e
controlada provoca- da por estes procedimentos é uma poderosa arma para tratar várias
doenças e transtornos estéticos.
Suas principais indicações são o tratamento de manchas, cicatrizes e rugas finas,
podendo ser realizados na face e em áreas corporais.
O mercado empreendedor da saúde, beleza e bem-estar crescem incessantemente,
oferecendo cada vez mais recursos e técnicas eficientes, não só para procedimentos com
peeling, mas também em dermocosméticos para uso em home care.
Capaz de movimentar bilhões, o mercado de estética é um dos mais promissores do
nosso país. Um dos motivos para isso é o fato de esse ser um setor constantemente aquecido,
diferentemente de outros que apresentam oscilações de acordo com a época do ano.
A área, que é voltada para os cuidados com a beleza e o bem-estar, tem crescido
exponencialmente nos últimos anos, e a tendência é que continue assim.
Desse jeito, o mercado emprega centenas de milhares de profissionais que têm um
leque amplo de campos de atuação a seu dispor.
Para quem almeja uma pele lisa e jovial, livre de imperfeições, acne, manchas e
cicatrizes, isso sem falar nas temidas estrias e rugas, um dos tratamentos mais procurados para
é o peeling. Ao remover células mortas da pele, ele pode suavizar manchas e linhas de
expressão, dando uma aparência mais jovem.
O Brasil é o quarto maior mercado no mundo quando o assunto é peelings e cuidados
pessoais, de acordo com a pesquisa de mercado Euromonitor International.

6
3. ABORDAGEM COSMETOLÓGICA

Topicamente existe diversos farmacos dispigmentares para tratamento das olheiras,


produtos esses que possuem princípios ativos destinados a clarear a pele atenuando desta
forma as manchas pigmentares. A ação de tais princípios ativos acontece por diferente
mecanismo de ação. Porém, todos estão ligados à interferência na produção ou transferência
de melanina. Eles podem atuar inibindo a biossíntese de tirosina, inibindo a formação da
melanina, interferindo no transporte dos grânulos de melanina, alterando quimicamente a
melanina, destruindo seletivamente os melanócitos e inibindo a formação de melanossomas e
alteração de sua estrutura . (FÁBIO BORGES).
Cada princípio ativo despigmentante possui características próprias que interferem na
efetividade da sua ação. Características físicas, químicas, físicoquímicas, terapêuticas,
microbiológicas e toxicológicas. (FÁBIO BORGES).
O acido tioglicólico é uma opção mais segura de peeling em gel. Acido Tioglicólico é
uma substância química que tem como objetivo promover o clareamento das manchas escuras
que caracteristicamente surgem na pele após diversos tipos de processos inflamatórios. Esse
tipo de substância quando aplicada sobre as lesões acastanhadas promove seu
desaparecimento gradativo devido ao processo de solubilização dos íons ferro que escaparam
dos vasos sanguíneos durante a fase aguda do quadro inflamatório e “ tatuaram” a pele,
escurecendo-a. (COSTA, A et al .,).
Os peelings, com utilização do ácido tioglicólico, devem ser repetidos
quinzenalmente. O número de sessões necessárias varia geralmente entre 3 a 6 aplicações. A
pele quase não descama, podendo permanecer avermelhadas nas primeiras 12 horas. O uso de
protetor solar é imprescindível após as sessões. (COSTA, A et al.,).
Esse ácido é um possível agente na abordagem da hiperpigmentação periorbicular
constitucional. Também chamado ácido mercapto acético, o ácido tioglicólico é composto que
inclui enxofre, com peso molecular de 92,12 (intermediário entre os ácidos tricloroacético e o
glicólico, 163,4 e 76,05, respectivamente). Substância altamente solúvel em água, álcool e
éter, é facilmente oxidável. (BURNETT, 2009 e TULLIR, 2001)
Na abordagem de hipercromias hemossideróticas, utilizam-no na concentração de 5%
a 12%. Sua afinidade com ferro é semelhante à da apoferritina, tendo a capacidade de quelar o
ferro da hemosiderina, por apresentar grupo tiólico.(BURNETT, 2009 e TULLIR, 2001)

7
Deve considerar-se o fenótipo do individuo, a hereditariedade, o uso de medicamentos,
as doenças associadas e o tabagismo. Pessoas com “olhos fundos” ou com exoftálmica, ou
indivíduos que apresentam “degrau” nas pálpebras, que nada mais é que uma musculatura
marcada, podendo ser amenizadas pela cirurgia plástica oculopalpebral. Para esses pacientes,
o uso de cosmecêuticos específicos complementam o tratamento (VANZIN et al., 2011).
Apesar de todo o avanço tecnológico da medicina estética, deve-se lembrar que há
limite para sua eficácia. Ao longo dos anos e o grau de envelhecimento que a (o) paciente se
encontra, nenhuma formulação e capaz de restabelecer a jovialidade do organismo (VANZIN
et al., 2011).
O tioglicólico é um ácido orgânico. (BURNETT, 2009, p.31) Na abordagem da
hipercromia constitucional periocular, devemos emprega-lo como agente de peeling químico,
a 10%, em gel, pois ele se mostraexcelente adjuvante terapêutico para a abordagem desse
projeto. Como visto neste artigo e coincidente com dados da literatura,sua aplicação cutânea
causa leve desconforto,associado a discreto eritema,com leve ou transitória descamação e rara
sensibilização. Se, porventura, cair na conjuntiva ocular, ela deve ser lavada vigorosamente,
conforme orientação já estabelecida para os produtos cosméticos que o incluem em suas
fórmulas, pois ele é considerado composto de baixa toxicidade ocular. (BURNETT, 2009 e
TULLIR, 2001)
Conforme alegam Nunes, Simon e Kuplich (2013), boa parte dos tratamentos tópicos
utilizados para tratar as olheiras consiste essencialmente na aplicação de produtos
despigmentadores (por exemplo, vitamina C, vitamina E, vitamina K1, ácido azelaico, ácido
fítico, ácido kójico, arbutin, biosome C, fosfato de ascorbil magnésio, ácido tioglicólico,
hidroquinona, haloxyl), agentes esfoliantes (AHAs, BHAs, PHAs), antioxidantes (vitamina
B3, B5, C, E, ubiquinona) e/ou ativos que atuam na microcirculação e no fortalecimento da
derme. Também há outros tipos de terapia, que consistem em técnicas eletroestéticas como
microcorrentes, peeling de diamante e de cristal, Laser, carboxiterapia entre outros.
Devido à utilização do ácido tioglicólico como um ativo em cosméticos que são utilizados
diretamente na pele e nas regiões próximas às áreas oculares, é importante salientar os testes
descritos por Hartwig (2002) com relação à testes de irritação dos olhos, que foram realizados
em laboratório e mostram uma irritabilidade por parte das córneas. Assim, o autor
fundamenta: “Uma solução pura e uma solução aquosa a 10% de ácido tioglicólico foram
testadas em coelhos de acordo com o Procedimento de Análise 405 da OECD. Como
resultado da corrosão, a aplicação 0.1 mL da solução pura de ácido tioglicólico resultou em

8
um branqueamento ocular [...]. A solução aquosa a 10% de ácido tioglicólico provocou
irritação moderada na área ocular, o que leva a uma conclusão de que tanto o ácido
tioglicólico puro quanto a solução a 10% são irritantes para os olhos. Outros testes foram
realizados e evidenciaram que 0.1 mL de ácido tiogliólico puro causam uma severa
inflamação da área ocular, provocando vermelhidão e mantendo os efeitos mesmo após 14
dias da exposição”. (HARTWIG, 2002, p.803).

4. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

4.1 Pesquisas de mercado

PRODUTO MARCA MERCADO VALOR FINAL

Mix – 02 - Sérum Principia Nacional R$ 59,00


com 5% de Cafeína,
3% de Ácido
Tranexâmico e 0,5%
de Ácido Ferúlico
com alta eficácia
contra olheiras,
bolsas e manchas.
Sérum Roll On Payot Nacional R$ 45,81
Reduz Olheiras E
Bolsas Vitamina
C Payot 

Pigmentclar La Roche-Posay  Nacional R$ 259,00


Eyes de La Roche-
Posay 
Ativos:
PHE-Resorcinol
Ácido Ferúlico
Ginkgo
Cafeína
Fonte: Dados da pesquisa.

9
5. NOME DO PRODUTO
Cleary - Creme para Olheiras com Ácido Tioglicólico 10% - Sérum de 20ml

5.1 APRESENTAÇÃO
Para o tratamento de suavização e até mesmo de redução das olheiras, a Stetic Lab
desenvolveu um produto de fácil aplicação que apresenta maior e melhor eficácia no
tratamento da hiperpigmentação suborbital. Prático e eficaz no tratamento para olheiras.

5.2 MARCA E DESIGN

Preço – Valor final (decidir)

6. VALIDAÇÃO DO PRODUTO

Foi desenvolvido um questionário de pesquisa para avaliarmos quem se interessaria


pelo nosso produto. A enquete foi elaborada usando uma escala de 0 a 5, na qual 0 indicava
que não há interesse e 5 que teria interesse na compra.
No total, tivemos vinte pessoas, dentre elas apenas cinco não tiverem interesse e as
outras quinze votaram que estariam interessadas.

10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No término dessa pesquisa tivemos a percepção dos benefícios do ácido tioglicólico


para as olheiras e que esse tipo de tratamento utilizando esse ácido é pouco explorado.
Os peelings de ácido tioglicólico 10% apresentam-se como ferramenta terapêutica
segura, eficiente e de baixo custo no tratamento da hipercromia periorbicular constitucional.
Cabe lembrar, também, que mudanças de hábitos de vida dos pacientes, tais como boa
alimentação, evitar o tabagismo, praticar atividades físicas e dormir o suficiente, ainda têm
seu papel nas orientações do dermatologista e esteticista no momento da proposição de
qualquer plano terapêutico para esses pacientes.

11
REFERÊNCIAS

AHMED, N.A.; MOHAMMED, S.S.; FATANI, M.I. Treatment of periorbital dark circles:
Comparative study of carboxy therapy vs chemical peeling vs mesotherapy. Journal of
Cosmetic Dermatology, v.18, n.1, p.169-175, 2019.

BUCAY, V.W.; DAY, D. Adjunctive skin care of the brow and periorbital region. Clinics in
Plastic Surgery, v.40, n.1, p.225-236, 2013.

CYMBALISTA, N.C.; GARCIA, R.; BECHARA, S.J. Classificação etiopatogênica de


olheiras e preenchimento com ácido hialurônico: descrição de uma nova técnica utilizando
cânula. Surgical & Cosmetic Dermatology, v.4, n.4, p.315-321, 2012.

FATIN, A.M.; SUNDRAM, T.K.M.; TAN, S.; SEGHAYAT, M.S.; LEE, C.K.; REHMAN,
N.; TAN, C.K. Classification and characteristics of periorbital hyperpigmentation. Skin
Research and Technology, v.26, n.4, p.564-570, 2020.

GOMES, Rosaline Kelly; DAMASIO, Marlene Gabriel. Cosmetologia descomplicando os


princípios ativos. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009.

KEDE, Maria Paulina Villarejo. Peelings químicos superficiais e médios. In:


KEDE,Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH,Oleg. Dermatologia e estética.
2.ed.São Paulo: Atheneu, 2009. Cap. 15.1, p.[563]-595.

NUNES, L.F.; SIMON, A.B.; KUPLICH, M.M.D. Abordagens estéticas não invasivas
para a hiperpigmentação orbital. RIES - Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde,
v.2, n.2, p.93-106, 2013.

PIMENTEL, Arthur dos Santos. Peeling, máscara e acne. São Paulo: Livraria Médica
Paulista Editora, 2008.

12

Você também pode gostar