Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ribeirão Preto
2018
ASSOCIAÇÃO DE PEELING DE DIAMANTE
(MICRODREMOABRASÃO) COM PEELING QUÍMICO PARA
TRATAMENTO DE HIPERCROMIA FACIAL
Ribeirão Preto
2018
RESUMO
2. OBJETIVO
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000600008
www.casadaestetica.com.br/estetica/equipamentos-estetica/libera
De acordo com Borges (2010), o peeling de diamante é uma técnica de
esfoliação não cirúrgica, e sua ação é promover o desenvolvimento da mitose celular
fisiológica, que proporcionará uma renovação epitelial mais rápida, provocado pela
microdermoabrasão. Isto possibilita efeitos como o clareamento das camadas mais
superficiais da epiderme. O equipamento exercido na prática do peeling de diamante
é composto por um cabo curto ou manopla com diferentes ponteiras diamantadas de
granulometrias distintas, que proporciona uma pressão negativa (ajustável) e
possibilita que a pele seja suavemente sugada pela manopla.
Com isto a esfoliação irá acontecer por meio dos movimentos efetuados pelo
profissional, que continuará o contato direto da manopla com a pele (BORGES, 2010).
O equipamento que é utilizado oferece ao profissional a possibilidade de regular
os níveis de esfoliação. A abrasão produzida nos tecidos é condicionada pela pressão
utilizada, para a projeção, aspiração e também pelo número de passadas pela área a
ser tratadas. (SABATOVICH; KEDE; 2004)
Os primeiros relatos de abrasão da pele datam de 1500 a.C. quando os
egípcios usavam lixas para suavizar cicatrizes (YADOLLAHIE, 2012). No início do
século XIX a técnica foi modificada para remover as camadas profundas da derme, e
recebeu o nome de dermoabrasão (LAWRENCE, 2000). O aprimoramento da
dermoabrasão ocorreu em 1950 e se tornou popular na Itália no ano de 1980
difundindo-se pela Europa (ZHOU, 2011). A MDA (microdermoabrasão) é uma
variação mais superficial da dermoabrasão onde remove-se somente as camadas
mais externas da epiderme acelerando o processo natural de esfoliação (LEE, 2006).
O tempo necessário para aplicação completa de ambas as técnicas na face e
no pescoço é profissional-dependente. O número de passadas varia de acordo com a
tolerância do cliente e do efeito desejado pelo profissional, mas usualmente são no
mínimo duas passadas. Passadas rápidas aumentam o risco de petéquias, púrpura e
injúrias cutâneas. Não só a velocidade e a quantidade das passadas afetam os
resultados, mas também a pressão do vácuo determina a eficácia da técnica de MDA
(SHIM, 2001).
O controle da abrasão é uma maneira que permite desgastar vagarosamente a
superfície cutânea no nível do estrato córneo de forma não-traumática (FUJIMOTO,
2005). Apesar da abrasão, não há danos nas células vivas permitindo a viabilidade
das demais camadas da epiderme que se encontram abaixo do EC (Estrato Córneo)
e facilitando a recuperação cutânea de maneira rápida (GILL, 2009).
As técnicas de MDA são indicadas para casos de acne, cicatrizes de acne,
uniformização de pele (textura), hiperpigmentação, rugas finas, estrias,
fotoenvelhecimento e óstios dilatados (ZHOU, 2011; KARIMIPOUR, 2010; GRIMES,
2005; BERNARD, 2000).
As contraindicações são para casos de infecções ativas (impetigo, herpes
simples e verrugas planas), rosácea e telangiectasias (contraindicações relativas),
podendo haver complicações nos casos de hiperpigmentação pós-inflamatória,
petéquia e púrpura (GRIMES, 2005). As vantagens apresentadas pela técnica são que
a mesma provoca desconforto mínimo, não requer preparação, é um procedimento
simples e rápido, o eritema desaparece rapidamente, não é necessário interromper a
rotina de atividades do cliente e o mesmo percebe imediatamente a diferença no
toque, textura e coloração da pele, não há descamação posterior e é seguro em todos
os fototipos (GRIMES, 2005; KARIMIPOUR, 2009; HERNANDEZ-PEREZ, 2001).
Alguns cuidados devem ser tomados pelo profissional como esterilizar as
ponteiras ou canetas e conduzir uma investigação completa da história farmacológica
do paciente (ficha de amnese) para assegurar que o mesmo não tenha usado
isotretinoína nos últimos 6-12 meses (GRIMES, 2005; FABBROCINI, 2010).
Peeling de diamante
1. O peeling deve ser realizado após 2 dias do peeling de diamante, nunca realizar
o peeling químico e depois o peeling de diamante.
2. O primeiro passo para iniciar o tratamento com peeling químico é a limpeza
cuidadosa da pele com um agente que remove o excesso de oleosidade.
3. Antes da aplicação da solução química, os olhos e os cabelos deverão estar
protegidos.
4. Inicia-se então a aplicação da solução química (testa, bochechas, nariz e
queixo). A aplicação pode ser feita em uma só sessão ou em uma série delas,
o que traz melhores resultados. Durante o procedimento, o paciente sente uma
sensação de ardor, o que é normal, mas se ficar intensa neutralizar com água
bicarbonatada.
5. Depois da aplicação usar um pós peeling.
Todo procedimento deverá ser realizado com segurança, por isso é tão importante a
ficha de amnese do paciente e também as orientações antes e depois do tratamento.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANDRADE, Laís F.; SILVA, Talita O. Ação do ácido mandélico sobre o melanócito.
VI Congresso multiproficional em saúde. Londrina, jun. 2012.
Gill HS, Andrews SN, Sakthivel SK, Fedanov A, Williams IR, Garber DA et al. Selective
removal of stratum corneum by microdermabrasion to increase skin permeability. Eur
J Pharm Sci. 38: 95-103 2009.
Karimipour DJ, Rittié L, Hammerberg C, Min VK, Voorhees JJ, Orringer JS et al.
Molecular analysis of aggressive microdermabrasion in photodamage skin. Rev. Bras
Dermatol, v12, n 3, p: 123-126, 2000.
LEE WR, Tsai RY, Fang CL, Liu CJ, Hu CH, Fang JY. Microdermabrasion as a novel
tool to enhance drug delivery via the skin: An Animal Study. Dermatol Surg. 32:
1013– 1022: 2006.
MIOT, Luciane D. B.; MIOT, Hélio A.; SILVA, Márcia G.; MARQUES, Marilângela E.
A. Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol. V. 84, n. 6 Rio de Janeiro, Nov./
dez. 2009.
PIMENTEL, Arthur dos Santos. Peeling, máscara e acne. São Paulo: Livraria Médica
Editora, 2008