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A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO PROFUNDA DA PELE NO

TRATAMENTO DA ACNE

Wilza Rosa Avelar

Orientadora: Profª. Dra. Cristiane Soncino Silva

Pós-Graduação Lato Sensu em Fisioterapia


Dermatofuncional

Ribeirão Preto
2017
A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO PROFUNDA DA PELE NO TRATAMENTO
DA ACNE

Wilza Rosa Avelar


avelarwilza@gmail.com

ORIENTADORA: Profª. Dra. Cristiane Soncino Silva

Trabalho realizado e defendido para


obtenção do título de Pós-Graduação Lato
Sensu em Fisioterapia Dermatofuncional

Ribeirão Preto
2017
RESUMO

A acne é uma doença inflamatória crônica, que acomete o folículo pilossebáceo e


pode ocorrer em todas as faixas etárias, sexo feminino e masculino em graus e
períodos variáveis. O principal objetivo do tratamento da acne é a extração de
comedões para diminuir o processo inflamatório e a proliferação das bactérias.
Então, o objetivo deste trabalho foi avaliar teoricamente os efeitos da higienização
profunda da pele no tratamento da acne, descrevendo sua importância e eficácia. A
metodologia usada foi a revisão bibliográfica da literatura e os estudos foram obtidos
a partir de acessos de domínio público e livros. As considerações finais feitas é de
que a acne é um tema de relevância por causa da sua complexidade, prevalência e
impacto emocional causado. A higienização profunda da pele é o procedimento
inicial e precursor da maioria dos tratamentos estéticos para acne. As etapas da
limpeza de pele devem ser feita com cosméticos e recursos eletrofototerapêuticos
específicos, sendo que estes, tem papel importante no resultado final. Os cuidados
Home Care são fundamentais para a manutenção do tratamento e saúde da pele
acneica. O profissional deve ter habilidades técnicas e conhecimento amplo sobre a
acne. É importante ter uma equipe multidisciplinar para se tratar a acne, pois nem
sempre uma técnica isolada é suficiente para o sucesso do tratamento.

Palavras-chave: Acne, Limpeza de pele, fisioterapia.


ABSTRACT

Acne is a chronic inflammatory disease that affects the pilosebaceous follicle and can
occur in all age groups, female and male in varying degrees and periods. The main
purpose of acne treatment is the extraction of comedones to decrease the
inflammatory process and the proliferation of bacteria. Therefore, the objective of this
study was to theoretically evaluate the effects of deep skin cleansing on the
treatment of acne, describing its importance and effectiveness. The methodology
used was the bibliographic review of the literature and the studies were obtained
from public domain accesses and books. The final considerations made is that acne
is a subject of relevance because of its complexity, prevalence and emotional impact
caused. Deep cleansing of the skin is the initial procedure and precursor to most
aesthetic treatments for acne. The steps of skin cleansing should be made with
cosmetics and specific electrophotoderapeutic resources, which have an important
role in the final result. Home Care care is essential for maintaining the treatment and
health of acne skin. The professional should have technical skills and ample
knowledge about acne. It is important to have a multidisciplinary team to treat acne,
as an isolated technique is not always sufficient for treatment success.

Keywords: Acne, Skin cleansing, physiotherapy.


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INTRODUÇÃO

A acne é uma doença dermatológica, conhecida popularmente como


“espinha” e trata-se de uma doença inflamatória crônica que acomete o folículo
pilossebáceo (glândula sebácea). É uma patologia que acomete todas as fases
etárias, sexo feminino e masculino em graus e períodos variáveis (DAL GOBBO,
2010).
Segundo Ribeiro (2010), a acne tem prevalência em adolescentes ocidentais
podendo atingir até 95% dessa população, com seu pico de incidência no sexo
feminino com idade entre 14 e 17 anos e no sexo masculino entre 16 e 19 anos,
sendo que nestes, acne é mais comum e mais severa. Com a idade mais avançada,
a acne tende a desaparecer, entretanto, 12% das mulheres e 3% dos homens ainda
podem manifestar alguma forma de acne após os 30 anos. Em mulheres adultas, é
comum a acne estar relacionada à irregularidade do ciclo menstrual ou a problemas
hormonais; sendo que também o estresse e o fator hereditário, podem justificar o
problema, tanto na mulher como no homem. Já é comprovado que o estresse
aumenta o nível de cortisol, hormônio este que tem vínculo estreito com a acne (DAL
GOBBO, 2010).
A acne pode ser caracterizada por lesões inflamatórias como as pápulas,
pústulas, nódulos e cistos, e também por lesões não inflamatórias como os
comedões. As lesões da acne, na maioria das vezes podem ir além da estética,
levando a quadros de depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos
(RIBEIRO, 2010). De acordo com Teixeira, Vieira e Figueiredo (2013), a acne tem
impacto importante na autoestima e na qualidade de vida dos doentes e relata
diversos estudos que demonstram alterações psicológicas que inclui: ansiedade,
inibição social, depressão e até pensamentos suicídas. Segundo os mesmos
autores, a percepção da gravidade da acne pelo doente difere da avaliação médica
e isso pode ter repercussões psicológicas e sociais, muitas vezes difíceis de prever.
Então, eles concluem que, o impacto da acne vai muito além do impacto cutâneo e
demonstram a importância do reconhecimento dos sinais psicológicos seja uma
rotina na consulta, para que se estabeleça estratégias de tratamentos adequadas e
individualizadas a cada caso.
A acne é uma patologia dermatológica e não contagiosa que nasce na
unidade pilossebácea e é de procedência da comedogênese, que decorre da
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obstrução do orifício de excreção da glândula sebácea, com presença de comedões.


Com a presença e ação de bactérias posteriormente, formam-se processos
inflamatórios, sendo caracterizadas, como já foi dito anteriormente por pápulas,
pústulas e, nas formas mais graves, por abcessos, cistos e cicatrizes em diversos
graus (DAL GOBBO, 2010).
O tratamento clínico da acne baseia-se na tipologia da afecção e no seu grau
de acometimento, então, seu tratamento pode envolver medidas higiênicas e
profiláticas, uso de medicamentos orais e tópicos, cirurgias, tratamento estético e
alternativo (LIMA, 2006; MANFRINATO, 2009).
Para Dal Gobbo (2010), o principal objetivo do tratamento da acne na estética
é a extração de comedões, pois o tratamento visa diminuir o processo inflamatório e
diminuir a proliferação das bactérias, até o desaparecimento da acne tanto
inflamatória como comedogênica e que depois, o paciente faça a manutenção
apenas com a limpeza de pele. Já Manfrinato (2009), relata que o tratamento
estético para acne visa sobretudo a redução de cicatrizes deprimidas, puntiformes
e/ou irregulares e que técnicas diferentes podem ser utilizadas para tratar a acne e
melhorar o aspecto geral da pele acnéica. Pimentel (2008) e Spethmann (2007),
citam alguns tratamentos estéticos para acne, são eles: limpeza de pele, peelings,
microdermoabrasão, despigmentantes, crioterapia, geoterapia, cataplasmas,
laserterapia e fototerapia. Além desses, existem outros como o microagulhamento,
nutracêuticos e nutricosmésticos que também auxiliam no tratamento da acne, além
dos cuidados Home Care que o paciente deve ter para otimizar o resultado do
tratamento de acne.
Por a acne ser um assunto amplo e de grande importância devido a sua
complexidade, a prevalência, o impacto emocional e como já foi dito anteriormente,
o principal objetivo do tratamento da acne é a extração de comedões, pois o
tratamento visa diminuir o processo inflamatório e diminuir a proliferação das
bactérias, o que justifica abordar este tema sobre a importância da higienização
profunda da pele no tratamento da pele acneica.
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Objetivos da Pesquisa

Objetivo Geral

Avaliar teoricamente os efeitos da higienização profunda da pele no


tratamento da acne, descrevendo sua importância e também como sua eficácia.

Objetivos Específicos

• Revisar os conceitos de acne, etiologia, fisiopatologia, prevalências,


diagnósticos, classificação da acne.

• Descrever os passos da limpeza de pele, atualmente utilizados pela


fisioterapia dermatofuncional.

Metodologia

Foi realizada uma revisão bibliográfica e os estudos foram obtidos a partir de


acessos de domínio público: portal BIREME que incluiu busca nas bases e portais
da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice
Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS), National Library of
Medicine/NLM (MEDLINE), The Cochrane Library e Scientific Eletronic Library Online
(SciELO) e National Library of Medicine/NLM (PubMed). As palavras chaves
utilizadas foram: acne, limpeza de pele e fisioterapia dermatofuncional.
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DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO

1 – ACNE

1.1 Definição

“Acne é uma palavra de origem grega que significa eflorescência (erupção da


pele) na superfície do corpo humano” (DAL GOBBO, 2010).
A acne é uma erupção polimorfa que se caracteriza pela presença de
comedões, pápulas, pústulas e lesões nodulares e císticas, variando o grau de
inflamação e cicatrizes (AZULAY; AZULAY., 2008). É comum a acne afetar as
regiões mais lipídicas da pele, conferindo a ela um aspecto mais lustroso, brilhoso,
com os óstios foliculares dilatados e obstruídos (DAL GOBBO, 2010). Segundo Vaz
(2003), a acne é uma patologia que acomete a unidade pilossebácea (composta
pelo folículo piloso e pela glândula sebácea), que em geral acomete áreas onde
estas são maiores e mais numerosas como face, tórax e dorso.

1.2 Incidência

Segundo Meneses e Bouzas (2009), a acne não possui perfil epidemiológico


universal, mas é aceito que sua prevalência varie entre 35% e 90% nos
adolescentes, com incidência de 79% a 95% entre os adolescentes do Ocidente.
Para Paschoal e Ismael (2010), aproximadamente 80% das pessoas em algum
momento de sua vida desenvolvem acne, representando mais de 30% de todas as
consultas dermatológicas a cada ano. Em alguns casos, a evolução da acne pode
ser prolongada e marcada pela superposição de lesões nódulo-císticas, supurativas,
crônicas e recidivantes, podendo persistir acima dos 20 anos. Essas formas podem
acarretar um prejuízo estético maior, com risco de cicatrizes indeléveis e severas
influências sobre a vida afetiva, social e profissional (MEZZOMO., 2007).

1.3 Fisiopatologia da Acne

A acne tem etiopatogenia multifatorial, no entanto, quatro fatores são sempre


citados na maioria dos estudos, são eles: hiperqueratinização, hiperprodução
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sebácea, multiplicação bacteriana no folículo, liberação de elementos inflamatórios


no folículo (LOURENÇO, 2011). Um fator coadjuvante na etiopatogenia da acne
vulgar é a influência hormonal.
A hiperqueratinização folicular ocorre pelo aumento da queratina produzida
pelo queratinócito, causando obstrução do canal folicular e impedindo a saída da
substância produzida pela glândula sebácea, o sebo. A hiperprodução sebácea
ocorre pelo aumento da atividade da glândula sebácea, proporcionando à pele um
aspecto oleoso, brilhante e sedoso. Devido ao aumento na produção e acúmulo do
sebo, o folículo pilossebáceo torna-se um ambiente propício à proliferação de
bactérias da microbiota normal da pele, como o Propionibacterium acnes (P. acnes),
responsável pela hidrólise dos triglicérides do sebo em ácidos graxos livres (CUCÉ;
SAMPAIO, 2001; PURDY, 2006; CAMPBEL, 1999; HASSUN, 2000; SILVA, 2003;
COSTA, 2002 apud MASSUIA, 2011). Ainda segundo estes mesmos autores, os
ácidos graxos livres em contato com a parede do folículo piloso provocam irritação e
geram uma infamação local, levando à formação de lesões polimorfas como
comedões abertos, comedões fechados, pápulas, pústulas, nódulos, cistos e
abcessos; piorando a condição da pele.

1.4 Classificação da Acne


Segundo Dal Gobbo (2010), a acne é classificada em graus ou gravidade:
• Grau I: “acne com presença de comedões abertos ou fechados iniciando
processos inflamatórios”.
• Grau II: “acne inflamatória, com presença de pápulas e pústulas com reações
inflamatórias”.
• Grau III: “acne inflamatória, com presença de grandes ou pequenos nódulos,
cistos, pústulas e pápulas; também conhecida como acne cística, apresenta
intensa reação inflamatória”.
• Grau IV: “acne inflamatória com presença de todas lesões anteriormente
citadas, além da presença de cicatrizes profundas e severa reação
inflamatória”.
• Grau V: “acne inflamatória: acne fulminante”.
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De acordo com Manfrinato (2009), a acne é classificada em 15 tipos


evidenciados:
1 - Acne Vulgar ou Juvenil: é a mais comum, prevalência na adolescência (85%)
acomete ambos os sexos e apresenta regressão espontânea após os 20 anos de
idade.
2 – Hiperandrogênica / Nódulo Quisto: é a acne que ocorre em mulheres com
síndrome do ovário policístico.
3 – Conglobata: é a mais grave e incomum de acne, porque tem a formação de
lesões císticas grandes e fenômenos inflamatórios exacerbados, além disso, é
caracterizada pela presença de múltiplos abscessos interconectados e cicatrizes.
4 - Nódulo Cística: é a acne que tem forma grave, pois é medida pelo número e
tamanho de seus elementos (10 lesões, no mínimo, de até 4 mm de diâmetro) e
também é resistente aos tratamentos habituais.
5 – Fulminante: é uma acne predominantemente no sexo masculino, a manifestação
cutânea é parecida com a da acne conglobata, mas vem acompanhada das
seguintes manifestações clinicas: Febre, poliartralgias e hiperleucocitose.
6 - Microcística ou Comedônica: é a forma mais simples e discreta de acne, possui
forma polimórfica e associa lesões inflamatórias e não-inflamatória.
7 – Papulopustuloso: é a acne de quantidade abundante e de duração prolongada,
pode ocasionar cicatrizes teciduais e também é resistente à terapêutica habitual.
Geralmente induz a consequências psicossociais.
8 - Acne Neonatal, Infantil ou Pustulose Cefálica Neonatal: é um tipo de acne que
aparece nas primeiras semanas de vida do recém nascido, manifestando-se com
múltiplas pápulas, comedões ou pústulas eritematosas inflamatórias no nariz, fronte
e bochechas.
9 - Escoriada ou Excorie Dês Jeunes-Files: esta acne apresenta lesões
relativamente discretas, que acometem mais o sexo feminino, pode causar
problemas emocionais e levar o indivíduo a traumatizar a pele acneica com as
unhas, juntando as lesões erosivas com crostas hemáticas.
10 - Pré-menstrual: é a forma de acne muito comum, que tende a se agravar na fase
pré-menstrual.
11 – Ocupacional: é a acne ocasionada por substancias químicas que o trabalhador
tem contato durante o expediente de trabalho, gerando comedões fechados e cistos
não inflamatórios, além de lesões nas áreas de contato com o agente.
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12 – Tropical: é a acne que aparece nos climas quentes e úmidos, atingindo


principalmente o tronco e as nádegas.
13 - Oclusiva ou Mecânica: é o tipo de acne que ocorre devido a uma ação irritativa
local (é comum em áreas de contato com as vestimentas) seguida de infecção
bacteriana.
14 - Solar ou Estival: acne que é causada devido ao edema óstio folicular, ocorrido
por causa de queimadura solar e agravado pela oleosidade ocasionada por
protetores e produtos cosméticos pós-sol.
15 – Rosácea: é uma doença inflamatória crônica que é caracterizada por rubor,
eritema persistente, telangiesctasia, pápulas, pústulas e edema. É mais comum na
face.

1.5 Abordagens estéticas da acne

Segundo Meneses e Bouzas (2009), o tratamento da acne está relacionado


com a intensidade do acometimento cutâneo e da presença de inflamação. É de
extrema importância a cooperação do paciente com o tratamento, que depende
muitas vezes do uso regular e prolongado de medicamentos.
Os objetivos do tratamento da acne são: prevenir ou tratar as lesões; reduzir o
desconforto físico provocado pelas lesões inflamadas; melhorar a aparência do
doente; prevenir ou minimizar as cicatrizes; evitar o desenvolvimento de efeitos
psicológicos adversos e é realizado principalmente através do emprego de
antimicrobianos, retinóides e agentes abrasivos (VAZ., 2003) (PIANA; CANTO.,
2010).
Ainda de acordo com Vaz (2003), existem muitos fármacos eficazes, de uso
tópico e sistêmico, que atuam nos diferentes estágios de evolução das lesões de
acne. Estes podem ser usados isoladamente ou combinados, depende das
características de cada doente. Alchorne e Pimentel (2011) relatam também, que
estão disponíveis outras alternativas, tais como: extração manual dos comedões;
infiltração intralesional com esteróides nas lesões císticas; drenagem dos abscessos
e exérese (manobra cirúrgica para retirada de parte ou totalidade de órgão tecido,
com finalidade terapêutica) de cistos; "peelings" superficiais de ácido glicólico e
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ácido salicílico; técnicas de correções das cicatrizes da acne, como preenchimentos,


subcisão, excisão de cicatrizes profundas e abrasão cirúrgica.

2 – HIGIENIZAÇÃO PROFUNDA DA PELE

Um dos tratamentos mais comuns e utilizados para tratamento da acne é a


higienização profunda da pele, mais conhecida como limpeza de pele. Esta técnica é
realizada a partir da extração de comedões manualmente ou por sucção
(vacuoterapia), ou seja, os comedões abertos ou fechados evacuam todo o seu
conteúdo pela pressão exercida com as pontas dos polegares ou sucção do
equipamento de vácuo (VIGLIOGLIA, 1991; MAUAD, 2003).
Os produtos utilizados para higienização profunda da pele, são usados com o
objetivo de eliminar o excesso de oleosidade da pele, tais como: sabonetes faciais,
emulsões e tônicos de limpeza. A limpeza de pele com produtos antibacterianos
pode beneficiar os quadros mais leves da acne, em especial com uso de sabonetes
com pH mais baixo. Contudo, a lavagem excessiva da pele não é indicada, pois
estimula maior produção de oleosidade, piorando o quadro da acne (WILLIAMS,
DELLAVALLE, GARNER, 2012).
Segundo Dreno (2004), a limpeza de pele pode ser indicada em todos os
graus de acne, porque tem ação importante no esvaziamento de lesões inflamatórias
(pústulas) e em especial nas lesões não inflamatórias (comedões abertos), evitando
a evolução das pústulas (LOWNEY et al., 1964 apud ALVARES et al, 2012). As
lesões pustulosas e comedogênicas são eliminadas com traumas mínimos,
preservando a pele normal ao redor. Para Taub (2007), o grau de satisfação do
paciente é notório com a remoção dos comedões, porque promove a melhoria
imediata da pele, pois a extração com princípios de antissepsia elimina as lesões
inflamatórias da acne e reduz o grau de comprometimento clínico.
Gollnick (2003), relata que a desvantagem evidente da extração da forma
mais comumente realizada, ou seja, através da expressão digital, pode causar
danos na pele, com risco de prejudicar a cicatrização ou gerar cicatrizes inestéticas.
Taub (2007), cita que os modelos distintos de extratores de comedões metálicos
utilizados amplamente durante a limpeza de pele mantem o risco de traumas, bem
como reduzem a eficiência da limpeza de pele, aumentam o tempo e o custo do
procedimento.
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Alvares et al (2012), apresentam uma opção da limpeza de pele otimizada


pelo uso de micropipetas de vidro, associada com peeling ultrassônico e a
fotobioestimulação com LEDs, com objetivo de aumentar a eficiência e melhorar os
resultados.
As funções da higienização profunda da pele, segundo Dal Gobbo (2010):
• Prevenir o envelhecimento.
• Prevenir o aparecimento de acne.
• Extrai comedões.
• Auxilia no controle da oleosidade.
• Diminui a proliferação bacteriana.
• Melhora lubrificação facial.
• Reequilibra e renova o manto hidrolipídico (suor e sebo).

2.1 Etapas da higienização profunda da pele

Dal Gobbo (2010) apresenta 12 etapas para higienização da pele, que serão
citadas a seguir.
A primeira etapa consiste em higienizar a pele, que nada mais é do que
remover crostas, exsudato, impurezas ou detritos com a utilização da água e
sabonete específico, fazendo uma limpeza superficial da pele.
A segunda etapa é realizar a anamnese, ou seja, analisar a pele e preencher
a ficha de anamnese. Nesta etapa se utiliza a lupa, luva, máscara e luz apropriada
para avaliação.
Na terceira etapa, tonifica a pele com loção antisséptica, que complementa a
limpeza, equilibra o pH e retira os últimos vestígios de impurezas da pele.
A quarta etapa, deve-se aplicar o emoliente, que é um creme ou loção que
amolece a camada superficial da epiderme (córnea), amolecendo os comedões. E
também, aplicar o vapor de ozônio, pois este facilita o esvaziamento de pústulas,
extrações de milio e comedões oxidados e brancos, além de ser antisséptico e
bactericida.
A quinta etapa, consiste na extração dos comedões e o esvaziamento das
pústulas, com o uso de algodões umedecidos em água, envolvidos nos dedos
indicadores do profissional e as vezes é necessário o uso de agulha de tipo insulina,
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para facilitar a extração manual do comedão e o esvaziamento da pústula. Deve-se


tomar os devidos cuidados nessa etapa, para não traumatizar mais ainda a pele
acneica.
Na sexta etapa, aplicar uma loção calmante ou máscara calmante, para
acalmar a pele.
A sétima etapa, torna-se necessário cauterizar as lesões de pápulas e
pústulas com o aparelho de alta frequência, que utiliza o eletrodo de vidro
(Fulgurador), produzindo uma descarga elétrica ao entrar em contato com a pele,
fechando as lesões acneicas. Além disso, o aparelho de alta frequência contribui
para diminuir a inflamação, diminuindo a dor, o edema e inibindo a formação de
novas pústulas.
A oitava etapa, consiste em utilizar o aparelho com o eletrodo específico em
toda face.
A nona etapa, é a desincrustação, que é um procedimento realizado com
aparelho que gera corrente contínua ou galvânica. É uma técnica que usa a corrente
contínua para facilitar a retirada do excesso de secreção sebácea da superfície da
pele, utilizando produtos específicos com ativos que possuem características
alcalinas.
A décima etapa, refere-se à ionização, que é um método de administração
pela pele, usando a corrente contínua e com o propósito específico de inibir a
produção do sebo por meio de ionto adstringente ou azeloglicina. A ionização facilita
a passagem do produto pela pele, através da membrana celular e pelos folículos
pilossebáceos permitindo melhor absorção e penetração dos iontos.
Na décima primeira etapa, deve-se aplicar a máscara calmante. Na pele
acneica e nas regiões que esvaziou as pústulas, faz-se o uso de máscara secativa;
já nas regiões que houve hiperemias, faz-se o uso da máscara calmante; e nas
regiões sem lesões, pode-se fazer o uso de máscara de fruta ou adstringente.
Por última etapa, aplicação do protetor solar, sendo que este deve ser
específico para a pele acneica.
Alvares et al (2012), apresentam outra opção da limpeza de pele tradicional,
eles utilizaram uma técnica combinada com micropipetas de vidro, em associação
com o peeling ultrassônico e a fotobioestimulação com LEDs, com o objetivo de
aumentar a eficiência e melhorar os resultados na pele acneica.
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Ainda segundo Alvares et al (2012), a micropipeta de vidro extratora


descartável reduz o trauma na pele acneica, pois trata-se de um dispositivo tubular,
leve e com superfície mínima de contato com a pele normal, exercendo uma pressão
circular limitada a pele justaposta ao comedão; ou seja, preserva a integridade da
pele sadia. Os mesmos autores concluíram que a micropipeta extratora descartável
preserva a pele normal ao redor das lesões dos comedões, sendo mais seguro e
evitando complicações como inflamações, infecções, escoriações, hemorragias,
hipercromias e cicatrizes na pele tratada.
Outra associação da técnica de limpeza de pele de Alvares et al (2012), foi o
uso do peeling ultrassônico após a assepsia da pele, que promove a dilatação dos
poros, fluidificando as secreções sebáceas e estimulando as atividades
hipersecretora e sudorípara. Para Gallego (1989) e Pereira (2005), o aparelho é
composto por cerâmicas piezoelétricas que são responsáveis pela conversão de
energia elétrica suprida pelo gerador no ultrassom que irá promover a cavitação e a
limpeza. A cavitação acústica é o fenômeno explorado pelos sistemas de limpeza
ultrassônicos e refere-se à formação de cavidades vazias ou preenchidas com gazes
ou vapores em meio líquido (NEPPIRAS, 1980 apud ALVARES et al 2012).
Alvares et al (2012), também fizeram uso do LED na associação da técnica de
limpeza de pele, depois da extração. No tratamento coadjuvante da acne foi
associado a fotobioestimulação com LEDs de 405nm (aplicação de cabeça azul),
com ação bactericida, seguida da fotobioestimulação com LEDs de 940nm (cabeça
infravermelha) de ação anti-inflamatória e cicatrizante. O espectro de luz utiliza uma
baixa intensidade de energia, garantindo um tratamento não ablativo.
Segundo LEE et al (1978) apud Alvares et al (2012), a terapia com luz azul
(405 nm) atua através da fotossensibilidade das porfirinas produzidas pelo
Propionibacterium acnes, a principal bactéria causadora da acne vulgar. Segundo
Niedre et al (2005), a ativação da protoporfirina IX, absorvida através da luz azul na
presença de oxigênio, produz oxigênio atômico, que destrói as bactérias causadoras
da acne. O pico de absorção de protoporfirina IX acontece em 410 nm, ou seja,
comprimento de onda do LED azul, explicando sua ação bactericida, que é tão
importante no tratamento da acne. Faz-se a indicação da aplicação da luz azul
durante 10 minutos (efeito bactericida) e 15 minutos da luz infravermelho (efeito anti-
inflamatório e cicatrizante).
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2.2 Cuidados Home Care para o paciente com acne.

Para Dal Gobbo (2010), o home care do paciente com acne consiste:
• Limpeza com água e sabonete líquido ou loção desengordurante e levemente
antisséptica.
• Conscientizar o paciente de que a higiene da pele deve ser feita no máximo
de duas a três vezes ao dia, evitando lavar o rosto várias vezes ao dia, para
não aumentar a oleosidade.
• A higiene da pele deve ser feita com sabonetes bactericidas, pois a lavagem
facial com um agente antisséptico diminui a concentração de bactérias.
• Uso de protetor solar oil free ou em gel, diariamente.
• Deve-se evitar passar a mão na face.
• Quanto ao uso do peeeling químico, o ácido de nível superficial como o
salicílico/ loção adstringente, combate a oleosidade excessiva da pele e
escama levemente a epiderme.
• Os sabonetes abrasivos à base de microesferas de polietileno, de caroços de
frutas e sabonetes esfoliantes são ótimos para manutenção após o
tratamento da limpeza de pele, porque evita a formação de novos comedões.
A higiene adequada da pele é uma das maneiras de evitar a acne. É importante o
paciente perceber o aumento excessivo da oleosidade, o aparecimento frequente de
comedões e procurar um profissional habilitado; pois assim, em muitos casos evita
que a lesão chegue a um quadro inflamatório que pode deixar cicatrizes. A lesão
sólida como é o comedão, deve ser extraída antes que se transforme em uma lesão
líquida como é a pústula (DAL GOBBO, 2010).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do tema abordado, pode-se chegar à algumas considerações sobre a


importância da higienização profunda da pele no tratamento da acne.
A primeira consideração a ser feita diante de tudo que já foi dito, é que a acne
é um tema de grande relevância de ser abordado devido a sua complexidade,
prevalência e o impacto emocional causado no paciente. Sabe-se que existe vários
tratamentos para a acne, mas na maioria das vezes, o tratamento inicial ou
precursor a todos os outros é a higienização profunda da pele. Além disso, muitas
vezes é o profissional da estética que vai receber esse paciente e que vai orientá-lo
ou encaminhá-lo a outro profissional para o tratamento da acne, dependendo do
grau de acometimento. Por isso, a higienização profunda da pele vai além da
extração de comedões e esvaziamento de pústulas. O profissional deve ter um
amplo conhecimento sobre acne para saber orientar o paciente e escolher a melhor
técnica de tratamento e de higienização profunda da pele.
A higienização profunda da pele, sempre começa com uma boa anamnese e
avaliação da pele, além de obter informações sobre os cuidados com a pele que
esse paciente tem, o estilo de vida, a alimentação e a saúde geral desse paciente;
para depois optar por qual tipo de higienização profunda vai realizar. Atualmente
existe no mercado, diferentes técnicas de limpeza de pele, mas não foi objetivo
deste trabalho abordar cada uma delas e sim falar da sua importância, citando as
etapas mais comuns da higienização profunda da pele. Observou-se que cada etapa
é importante, por isso a necessidade de saber realizar bem cada passo. Apesar de
cada técnica de limpeza de pele ter sua variação e particularidade, cabe ao
profissional habilitado de escolher qual técnica vai realizar e em qual tipo de pele
realizará; além disso, verificar se há necessidade de realizar todos as etapas ou não.
Também ficou claro a importância da extração dos comedões para diminuir o
processo inflamatório e a proliferação de bactérias. Os recursos utilizados desde os
cosméticos (sabonetes, loção de limpeza, adstringentes, antissépticos, emolientes,
tônicos, máscaras calmantes e secativas, protetor solar), a eletroterapia (vapor de
ozônio, máscara térmica, alta frequência, peeling ultrassônico) até a fototerapia
(LEDs - luz azul e luz infravermelho), todos estes recursos se mostraram de grande
importância para o resultado satisfatório do tratamento. Entretanto, todos esses
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recursos devem estar associados a uma boa habilidade técnica e conhecimento do


profissional habilitado.
Além de tudo que já foi dito, outro fator não menos importante a ser
considerado, é a orientação dada ao paciente nos cuidados home care. É de grande
importância o profissional orientar o paciente sobre o que é a acne e a maneira mais
correta de cuidar da pele acneica em casa, para melhora e manutenção do
tratamento. Esta orientação também se estende a informar o paciente como deve
ser a higienização da pele em casa, os produtos adequados a serem utilizados para
cada tipo de pele e se necessário, encaminhar este paciente a outros profissionais
como médicos, nutricionistas, psicólogos, etc., para trabalhar em conjunto e ter um
resultado mais satisfatório para o paciente e para otimizar o tratamento do
profissional da estética; pois nem sempre uma técnica isolada é suficiente para o
tratamento da acne, daí a necessidade de ter um olhar e um conhecimento mais
amplo para se tratar a acne.
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