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Paula Fachina
Ribeirão Preto
2018
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Paula Fachina
e-mail: paulafac_94@hotmail.com
Ribeirão Preto
2018
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RESUMO
O Câncer é uma neoplasia crônica, caracterizada por alterações do código genético devido ao
crescimento desordenado das células de forma lenta e de desenvolvimento rápido de acordo
com a renovação celular proporcionando dano genético, físico, químico ou biológico. De
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), anualmente um terço dos novos casos que
surgiram, poderiam ser prevenidos, devido o câncer esta interligado com o tempo e ambiente.
Utiliza-se como abordagens terapêuticas a quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia e a
cirurgia, assim não possibilitando sua propagação. As cirurgias são classificadas como
Tumorectomia, Quadrantectomia, Mastectomia (Radical Modificada / Tipo Patey/ Tipo
Madden), as mesmas podem apresentar complicações cirúrgicas imediatas ou tardias como
exemplo principal o linfedema. O parecer do procedimento cirúrgico mais indicado, ira
proceder de acordo com o estado clínico, idade da paciente, o envolvimento ou o não
comprometimento axilar através do linfonodo sentinela. O linfonodo é caracterizado por um
grande acúmulo de fluído e proteínas extravasculares e extracelulares que se localizam no
espaço tecidual devido a uma deficiência no transporte do sistema linfático. O tratamento
fisioterapêutico do mesmo deve ser de início imediato, atuando nos trajetos do sistema
linfático possibilitando uma reabsorção e direcionamento do líquido acumulado, utilizando
como principais técnicas a Drenagem Linfática Manual, Enfaixamento Compressivo/
Contenção Elástica e Cinesioterapia que resultam de forma mais eficaz. Desta forma, o
objetivo da pesquisa foi verificar na literatura a atuação da fisioterapia dermatofuncional no
linfedema de MMSS pós-cirúrgico de câncer de mama. O estudo foi realizado a partir de uma
revisão da literatura. As pesquises dos artigos foram feitas nos meses de Julho de 2017 à
Janeiro de 2018, em português, inglês e espanhol, a partir de acessos de domínio público:
portal BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde),
que incluiu busca nas bases e portais LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde), MEDLINE (National Library of Medicine/NLM), SciELO (The
Cochrane Librarye Scientific Eletronic Library Online); PubMed (National Library of
Medicine/ NLM); Ask Medline e Google Acadêmico. Publicações citadas como referências
nos artigos selecionados foram incluídas nesta revisão. A partir destes descritores selecionou-
se 27 artigos publicados entre o anos de 2008 à 2016. Conclui-se que, embora sejam amplos
os tipos de tratamentos fisioterapêuticos dermato funcionais os que adquirem resultados mais
eficazes e que apresentaram destaque foram as técnicas de Drenagem Linfática Manual,
Enfaixamento Compressivo/ Contenção Elástica e Cinesioterapia.
ABSTRACT
Cancer is a chronic neoplasm, characterized by changes in the genetic code due to the
disordered growth of cells slowly and rapidly developing according to cell renewal providing
genetic, physical, chemical or biological damage. According to the National Cancer Institute
(INCA), annually a third of new cases that have arisen could be prevented, because cancer is
intertwined with time and environment. Chemotherapy, hormone therapy, radiotherapy and
surgery are used as therapeutic approaches, thus not allowing its propagation. Surgeries are
classified as Tumorectomy, Quadrantectomy, Mastectomy (Radical Modified / Patey Type /
Madden Type), which may present immediate or late surgical complications as a prime
example of lymphedema. The opinion of the surgical procedure most indicated will proceed
according to the clinical status, age of the patient, involvement or non-axillary involvement
through the sentinel lymph node. The lymph node is characterized by a large accumulation of
extravascular and extracellular fluids and proteins that are located in the tissue space due to a
deficiency in the transport of the lymphatic system. The physiotherapeutic treatment of the
same should be of immediate onset, acting in the lymphatic system pathways, allowing a
reabsorption and targeting of the accumulated fluid, using as main techniques Manual
Lymphatic Drainage, Compressive Banding / Elastic Containment and Kinesiotherapy that
result in a more effective way. Thus, the objective of the research was to verify in the
literature the performance of dermato-functional physiotherapy in the lymphoedema of post-
surgical MMSS of breast cancer. The study was carried out from a literature review. The
articles were searched from July 2017 to January 2018, in Portuguese, English and Spanish,
from public domain accesses: BIREME portal (Latin American and Caribbean Center on
Health Sciences Information), which including search in the databases and portals LILACS
(Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), MEDLINE (National Library
of Medicine / NLM), SciELO (The Cochrane Library and Scientific Electronic Library
Online); PubMed (National Library of Medicine / NLM); Ask Medline and Google Scholar.
Publications cited as references in the selected articles were included in this review. From
these descriptors, 27 articles published between the years 2008 and 2016 were selected. It is
concluded that, although the types of physiotherapeutic treatments dermato functional are the
ones that acquire the most effective results and that have stood out were the techniques of
Manual Lymphatic Drainage, Compressive Banding / Elastic Containment and
Kinesioterapia.
INTRODUÇÃO
O câncer é uma neoplasia crônica, que tem como característica alteração do código
genético devido ao crescimento desordenado das células de forma lenta e de desenvolvimento
rápido de acordo com a renovação celular proporcionando dano genético físico, químico ou
biológico. È uma patologia heterogênea que consiste na formação de um tumor maligno, onde
o tecido normal é invadido pelas células cancerígenas e disseminado para todo o corpo
(INUMARU; SILVEIRA; NAVES, 2011; MARQUES; MARTINS; MACHADO, et al,
2015).
O câncer de mama é o segundo mais frequente entre os demais tipos, sendo
predominante em mulheres, possuindo alta incidência e sendo responsável por 14% do total
de mortes neoplásicas na população feminina. Sua etiologia resulta-se da predisposição
genética normalmente apresentada em parentes de primeiro grau com excesso de estrógeno
endógeno, o uso de contraceptivos orais, tabagismo, gravidez tardia, obesidade, menor tempo
de amamentação, estresse e ingestão de bebida alcoólica. Mais também existem fatores
influenciáveis na proteção como variáveis ginecológicas, antropométricas, história da
amamentação e atividade física. Calcula-se que de 90% a 95% dos ocorridos sejam não
familiares, sendo resultantes de mutações somáticas observadas ao decorrer da vida. E apenas
de 5% a 10% apresentam-se como hereditário. Sendo assim, a incidência do câncer de mama,
apresenta altos riscos principalmente em mães ou irmãs com a doença desenvolvida que
estejam na menarca precoce e menopausa tardia e também mulheres anteriormente com
hiperplasia epitelial atípica, com a vulnerabilidade genética, idade do primeiro parto após os
30 anos, nuliparidade e fator genético. As causas ambientais também influenciam a este
câncer em pessoas com diferenças geográficas, estando associadas com o processo de
industrialização, agentes químicos, físicos e biológicos (INUMARU; SILVEIRA; NAVES,
2011; MARQUES; MARTINS; MACHADO, et al, 2015; PEREIRA; HORA; LUZES, et
al,2015).
mal funcionamento da via de transporte linfático que foi prejudicado (HAMAJI; SOUSA;
JUNIOR, et al, 2014; OLIVEIRA; CESAR, 2008; QUINTO; MEJIA, 2011).
O linfedema encontra-se em um estado crônico, grave e progressivo caracterizado por
um grande acúmulo de fluido e proteínas extravasculares e extracelulares que se localizam no
espaço tecidual devido a uma deficiência no transporte do sistema linfático consequente de
traumas, lesões, linfadenectomia ou enfermidades infecciosas e crônicas característico de
linfedema secundário, acarretando sinais e sintomas como o aumento do diâmetro do membro
ocasionando um estiramento da pele que pode levar ou não a uma rotura e infecção, rigidez,
diminuição da amplitude de movimento das articulações, fibro edema gelóide e problemas de
imagem corporal. Também pode apresentar distúrbios sensoriais na mão, diminuição das
tarefas funcionais, deformidade estética, desconforto físico, episódios de erisipela e estresse
psicológico. O linfedema pode ser fracionado em quatro fases, a primeira designa-se com um
mínimo aumento da linfa intersticial ,classificada como reversível, conforme o edema
desenvolve-se, transforma-se fibrótico no fluido intersticial, torna-se irreversível, designado
como fase dois. A fase três, normalmente acontece após intervenções contra o câncer de
mama, em que ocorre um alto grau de fibrose linfostática e um grande aumento de volume e a
fase quatro apresentando-se como a de maior gravidade, seria o desenvolvimento para a
elefantíase (LEAL; CARRAR; VIEIRA, et al, 2009; TACANI; MACHADO; TACANI, 2012;
QUINTO; MEJIA, 2011).
A incidência de Pacientes pós-mastectomizadas apresentarem o linfedema, é de 20% a
30% estando relacionada com fator de risco de prolongamento de dissecção axilar do nódulo,
radioterapia em axila e em supra clavicular, quimioterapia, extensão do câncer avançado no
diagnóstico, restrigimento de amplitude de movimento, obesidade, idade avançada, difícil
cicatrização de feridas, infecções pós-operatórias e repetições de câncer nos gânglios
linfáticos axilares. O desenvolvimento do linfedema pode ocorrer desde o pós-operatório
imediato até o tardio (LUZ; LIMA, 2011).
O tratamento fisioterapêutico de linfedema deve ter início imediato, atuando nos
trajetos do sistema linfático possibilitando uma reabsorção e direcionamento do líquido
acumulado no local edemaciado para as regiões normais e possibilitando assim a estimulação
da drenagem nas vias colaterais, com objetivos de evitar adversidades circulatórias e
osteomioarticulares, prevenir aderências, cicatrizes e queloides, permitir as atividades de vida
diária, recuperar a amplitude de movimento, diminuir o quadro álgico, precaver o linfedema,
proporcionar uma reeducação postural e estimular a auto-estima. A intervenção deve ser
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realizada com cooperação consciente do paciente para que o mesmo possa visualizar a
evolução do seu processo de reabilitação (LUZ; LIMA, 2011; QUINTO; MEJIA, 2011).
Os recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento de linfedema são: fisioterapia
complexa descongestiva (FCD), compressão pneumática intermitente (CPI), drenagem
linfática mecânica, tratamentos a LASER, TENS, micro-ondas, ultrassom, termoterapia,
balneoterapia, estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV), automassagem e hidroterapia,
sendo as mais comuns utilizadas: drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo,
contenção elástica ou malhas compressivas e cinesioterapia (LUZ; LIMA, 2011; QUINTO;
MEJIA, 2011).
Desta forma o objetivo da pesquisa foi verificar na literatura a atuação da fisioterapia
dermatofuncional no linfedema de MMSS pós-cirúrgico de câncer de mama.
METODOLOGIA
O estudo foi realizado a partir de uma revisão da literatura. As pesquisas dos artigos
foram feitas nos meses de Julho de 2017 à Janeiro de 2018, em português, inglês e espanhol, a
partir de acessos de domínio público: portal BIREME (Centro Latino Americano e do Caribe
de Informação em Ciências da Saúde), que incluiu busca nas bases e portais LILACS
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (National
Library of Medicine/NLM), SciELO (The Cochrane Librarye Scientific Eletronic Library
Online); PubMed (National Library of Medicine/ NLM); Ask Medline e Google Acadêmico.
Publicações citadas como referências nos artigos selecionados foram incluídas nesta revisão.
A busca foi realizada através das seguintes palavras-chaves: Câncer de Mama, Linfedema,
Mastectomia, Fisioterapia, Tratamento. A partir destes descritores selecionou-se 27 artigos
publicados entre o anos de 2008 à 2016.
Em seguida, realizou-se a leitura detalhada dos artigos selecionados para a
descrição do tema, a fim de descrever sobre Atuação Fisioterapêutica Dermatofuncional no
Linfedema e todos os tratamentos estéticos realizados.
DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO
Após o procedimento cirúrgico do câncer de mama, pode-se obter como sequela o
linfedema devido à quantidade de linfonodos retirados durante a técnica, radioterapia axilar,
infecções no membro operado, idoso e ao peso elevado (PACHECO; FILHO; MELO, 2011).
O sistema linfático provém de e regiões intersticiais compostas por capilares, vasos,
ductos linfáticos e linfonodos. Estando no seu estado normal, a sua eficácia para o transporte
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braçadeira e cuidados com a pele, com o objetivo de adquirir uma diminuição do volume do
linfedema. Essa fase começa ao fim da fase intensiva e tende a durar o máximo de tempo em
que tiver a redução do volume do membro, tendo como objetivo a manutenção e controle do
linfedema. Nesta fase encontra-se apenas técnicas que são auto aplicadoras, sendo a mesma
administrada apenas pelo paciente (LEAL; DIAS; CARRARA, et al, 2011).
Este procedimento foi descrito pelo casal dinamarquês Emil e Estrid Vodder na década de
30, desde então outros cientistas como Foldi e Kuhnke (Alemanha), Cashley-Smith
(Austrália) e Leduc (Bélgica), desenvolveram baseando-se neste método experimental a
estrutura científica do recurso e geraram preceitos em Drenagem Linfática Manual. Esta por
sua vez, apresentada através da técnica de Vodder e Leduc que seguem o trajeto do sistema
linfático, exibe alterações somente no movimento, em que Vodder manuseia através de
movimentos em círculos, rotativos e de estímulos, no entanto, Leduc sugere gestos limitados
(divisão do membro em partes antero - medial e póstero – medial). Mas as duas estratégias
conectam-se em três variedades de manobras: captação (adquirida no edema, a captação da
linfa é feita através dos capilares linfáticos), reabsorção (que ocorre nos pré-coletores e
coletores linfáticos) e evacuação da linfa (sendo os linfonodos os responsáveis por ocasionar o
escoamento de linfa procedente dos coletores linfáticos), assim as mesmas são feitas de forma
lenta, rítmica, contínua, com pressão suave (de 30 a 40 mmHg, para que propulcione o líquido
intersticial para o interior dos capilares linfáticos, entretanto deve ter cautela para que seja
menor que a pressão interna dos capilares linfáticos e sanguíneos), de feitio relaxante e
seguindo o trajeto do sistema linfático de retorno/ centripetamente (para não provocar colapso
linfático). Aconselha-se então, que seja realizada o quanto antes por todo o corpo de forma
que na mesma região tenha de cinco a sete repetições (ZANELLA; RUCKL; VOLOSZIN,
24/01/2018; ALENCAR; MEJA, 24/01/2018).
estimulação linfática (local do modo de evacuação) e que seja realizada iniciando da porção
proximal, planejando assim drenar o líquido acumulado no interstício celular, possibilitando o
esvaziamento prévio dos meios por onde a linfa ira prosseguir, adquirindo a retirada de
toxinas a fim de nutrir e oxigenar o local e também proporcionar uma adequada circulação,
agilizando a cicatrização, promovendo uma eficácia na absorção de hematomas e de
contusões, permitindo novamente a percepção da sensibilidade, assim restabelecendo o
equilíbrio e a eficácia do transporte linfático (ZANELLA; RUCKL; VOLOSZIN, 24/01/2018;
ALENCAR; MEJA, 24/01/2018).
Esta técnica é qualificada para possibilitar resultados em diversificados procedimentos
estéticos, sendo indicada para contenção hídrica, disfunções dermatológicas, rigidez muscular,
ciclos pré-menstrual, pré e pós-operatório de cirurgias, rejuvenescimento, celulite, redução do
linfedema, prevenção de cicatrizes hipertróficas/ queloide, precaução de doenças do sistema
imunológico, entre outras. Entretanto é contraindicada em casos de edemas cardíacos e renais,
processos inflamatórios, trombose venosa profunda, câncer, descompensação circulatória,
erupções de pele/ ferimentos, extremos de idade, patologias malignas e apresentam contra
indicações absolutas para tumores malignos, tuberculose, infecções e reações alérgicas
agudas, edema sistêmicos de princípio cardíaco ou renal, insuficiência renal e trombose
venosa. E ainda apresentando como contra indicação relativa, hipertireoidismo, menstruação
com grande fluxo, asma, bronquite, flebite, hipotensão arterial e afecções da pele (SANTOS,
10/08/2017; ALENCAR; MEJA, 24/01/2018).
Os efeitos da DLM contribuem para acréscimo da circulação sanguínea e linfática,
gera reabsorção do excesso de líquido e das proteínas que estão no espaço intersticial, além da
filtração que ocorre nos capilares presentes no sangue, beneficiando a contração muscular
(musculatura lisa e vasos sanguíneos)/ capacidade linfática (restaurando a circulação
periférica que foi lesada, assim conservando o edema discretamente), proporcionando
relaxamento musculoesquelético/ recuperação da oxigenação e nutrição celular/ analgesia
(pelos estímulos nas fibras sensoriais através dos receptores táteis periféricos que não
receberam tanto impulso de dor)/ reatando a corrente circulatória periférica da lesão (assim
enriquecendo a textura e elasticidade durante o processo cicatricial)/ diminuição da formação
de fibrose (ao redor do adipócito) e de nódulos sobre a pele. Já os efeitos secundários é a
atuação no sistema nervoso vegetativo, promovendo estímulos parassimpáticos, ocasionando
assim um relaxamento e uma prática sedativa nos reflexos de dor operando então nos gânglios
do sistema imunológico (SANTOS, 10/08/2017).
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3. Cinesioterapia
realizado aos sinais iniciais de linfedema, onde se reduz de forma mais eficiente na primeira
semana de tratamento, assim, após há terceira semana não se adquire um resultado
significativo, estando então na fase de manutenção onde é de fundamental importância a
permanência do tratamento para que haja uma estabilização do linfedema não adquirindo
assim, um ganho de medidas e mantendo-se a funcionalidade do membro.
Outro estudo feito por Barros, Panobianco, Almeida, et al, 2013, empregou como
objetivo, analisar a eficiência de um protocolo fisioterapêutico integrado por aplicações de
estimulação elétrica de alta voltagem (EEAV), em que segundo a literatura científica
apresentada no texto, a técnica, favorece a limitação da permeabilidade da microcirculação,
reduzindo assim o tamanho dos poros dos capilares e impossibilitando o deslocamento
proteico para a área intersticial, quando relacionado ao bombeamento da musculatura
esquelética e do músculo liso linfático, e o mesmo estando interligado com atividades
terapêuticas de automassagem e autocuidados para tratamento de linfedema para diminuir
volume, retomar a função e favorecer a aparência física. Participaram do estudo 17 mulheres
que acompanhavam tarefas no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de
Mastectomizadas (REMA), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo (EERP/USP), as mesmas haviam realizado mastectomia axilar unilateral,
apresentando linfedema de leve (menor que 3 cm) e moderado (de 3 a 5 cm) e que não
tivessem feito nenhum tratamento com braçadeira elástica, radioterapia e quimioterapia. O
procedimento prescrito no protocolo seria de 14 sessões, 2 vezes semanais a estimulação
elétrica nervosa transcutânea associada a corrente de alta voltagem, as atividades físicas feita
duas vezes semanais, em conjunto com todos os integrantes e seguindo sempre a sequência de
aquecimento de cadeias musculares, exercícios de amplitude articular, alongamento muscular
e relaxamento e finalizando com a indicação da automassagem uma vez ao dia. Concluindo
então, que o protocolo utilizado composto por EEAV, exercícios e automassagem, promoveu
um resultado satisfatório para a diminuição do linfedema dos membros envolvidos no estudo.
Sabe-se que além do tratamento, a relação social do paciente e pessoas envolvidas no
seu cotidiano (parentes, amigos e grupo dos quais participa), são de fundamental importância
para obter uma resposta positiva na atividade preventiva, na realização terapêutica e na
sobrevida. O papel de quem vai fornecer amparo ao paciente constitui-se de um vínculo
formal e informal de forma que possa transmitir um apoio emocional, cognitivo e material
para lidar com as circunstancias causadora de estresse. Neste caso, segundo pesquisas, o
objetivo de análise em 57 mulheres com linfedema de membro superior, é de investigas as
propriedades do apoio social em relação a respostas terapêuticas, sendo elas sujeitas ao
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cada caso. A mesma fragmentada em fase primária tendo como foco a diminuição do volume
do membro superior, empregando atenção com a pele, DLM, enfaixamento compressivo e
exercícios miolinfocinéticos e a fase secundária, com o objetivo de manutenção e controle do
linfedema, aplicando malha compressiva, exercícios, automassagem linfática e cuidados com
a pele. Expondo-se assim o método adquirido pelo local. (FABRO; COSTA; OLIVEIRA, et
al, 2016).
Paz, Fréz, Schiessl, et al, 2016, elaborou uma revisão sistemática da literatura
composta por sete artigos com o propósito de analisar documentos e conferir o uso concreto e
intensivo do método de terapia complexa descongestiva (TCD) na diminuição do volume do
linfedema, porém em sua seleção, não constatou alguma revisão que menciona-se apenas a
fase intensiva da TCD, além de detectar que a maior parte dos artigos selecionados mostraram
imperfeição durante a avaliação e a falta de ocultar do indivíduo envolvido, o que são
considerados relevantes para que não haja interferência no procedimento. Mesmo assim,
concluiu-se que se obteve uma satisfatória revisão, onde comprovaram a existência real da
TCD em métodos de tratamento intensivo para o linfedema.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que, de acordo com o levantamento de dados realizados, obteve-se como
resultado do procedimento cirúrgico o desenvolvimento de linfedema de membro superior
como principal fator das diversas complicações associadas ao câncer de mama. Para esta
intercorrência, existem diversos tratamentos multiprofissionais, sendo de fundamental
importância a fisioterapia. Embora sejam amplos os tipos de tratamentos fisioterapêuticos
dermato funcionais, segundo os estudos, o que se adquire resultados mais eficazes e que
apresentaram destaque foram as técnicas de Drenagem Linfática Manual, Enfaixamento
Compressivo/ Contenção Elástica e Cinesioterapia. Porém os mesmos necessitam de mais
estudos.
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