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ASSOCIAÇÃO TERESINENSE DE ENSINO

CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO


CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

AMANDA CRISTINA LIMA SOUSA


LOWRHANY LIMA TORRES DE SOUSA
LUCIANE LIMA DA SILVA

MELASMA E SUAS PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO

Teresina – PI
2021
AMANDA CRISTINA LIMA SOUSA
LOWRHANY LIMA TORRES DE SOUSA
LUCIANE LIMA DA SILVA

MELASMA E SUAS PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO

Artigo apresentado ao Centro Universitário


Santo Agostinho como requisito final para
obtenção do título de Tecnólogo em Estética
e Cosmética.
Orientador (a): Luciane Lima da Silva

Teresina – PI
2021
MELASMA E SUAS PRINCIPAIS FORMAS DE TRATAMENTO

Amanda Cristina Lima Sousa1


Lowrhany Lima Torres de Sousa2
RESUMO
O melasma é uma hipercromia cutânea adquirida em decorrência do aumento
da melanina. Caracteriza-se por manchas castanhas claras ou escuras, que
variam de tamanho e formato. O estudo objetivou analisar evidências científicas
sobre as principais formas de tratamento para o melasma e qual apresenta-se
mais eficaz.. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura utilizou-se as
seguintes bases de dados: ScientificElectronic Library Online (scielo), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National
Liberary of Medicine (PubMed), e revistas eletrônicas. Empregou-se os
descritores: “Melasma”, “Tratamento”, “Ácidos” Foram incluídos 9 artigos através
da estratégia de busca. Como resultado verificou-se que as terapias combinadas
e as associações medicamentosas tendem a ser mais eficazes no tratamento do
melasma, quando comparadas a monoterapias. Constatou-se, que dentre os
tratamentos que existem atualmente para o melasma, a hidroquinona é o mais
eficaz, e que é a terapia do futuro para o melasma, quando há intolerância ao
uso desta substancia, verificou-se que o mais eficaz é a associação do ácido
kójico ao ácido glicólico.
Palavras-Chaves: Melasma. Tratamento. Eficácia

ABSTRACT
The melasma is a cutaneous hypercromia acquired due to the increase in
melanin. Characterized by light or dark brown spots, which vary in size and
shape. The study aimed to analyze scientific evidence of the main forms of
treatment for melasma. This is an integrative review of the literature where the
following databases were used: ScientificElectronic Library Online (scielo), Latin-
American and Caribean Literature in Health Sciences (LILACS), Ministry of
Health's Virtual Library in Health (BVS), electronic magazines. The descriptors
"Melasma", "Treatment", "Acids" were used. 9 articles were included through the
same search strategy. As a result it was found that combination therapies and
drug associations tend to be more effective in melasma treatment, when
compared to monotherapies. It was found that hidroquinone is currently the most
effective treatment, when there is intolerance to use, the most effective is the
association of kojic acid to glycolic acid.

1
2
Keywords: Melasma. Treatment. Efficienc
1 INTRODUÇÃO

Considera-se a pele como o maior órgão do corpo humano, ela faz parte de
15% do peso corporal e possui como função essencial isolar as estruturas internas
do ambiente externo, e é composta por três camadas: epiderme, derme e
hipoderme ou tela subcutânea (BORGES; SCORZA, 2016). Na derme, existem os
melanócitos e através deles é gerada melanina, por vez que produzida em níveis
controlados é benéfica para a pele, e por outro lado, sua produção intensificada
pode ocasionar o acúmulo na pele gerando alguns problemas, como o melasma.
Melasma é considerada uma hipermelanose crônica originada pela
fotoexposição da pele, sendo mais frequente na fronte, face, têmporas e, menos
comum, nas pálpebras, nariz e membros inferiores. As lesões são caracterizadas por
máculas hipercrômicas castanho-claras a enegrecidas, de bordas irregulares,
contudo evidentes (LOPES; SILVA, 2017; MAZON, 2017). Existem diversos fatores
contribuintes para o surgimento do melasma, como influências genéticas, exposição
UV, gravidez, terapias hormonais, uso de cosméticos, drogas fototóxicas e fatores
emocionais, embora que nenhum deles possa ser responsabilizado isoladamente
pelo seu surgimento.
Os tratamentos são considerados um desafio, segundo pesquisas. Devido à
falta de um tratamento que seja definitivo e eficaz, é importante mencionar que nem
sempre os tratamentos usados são satisfatórios. Diferentes princípios ativos podem
ser empregados para tratar e/ou amenizar o melasma, no entanto, cada um
apresenta o seu particular mecanismo de ação. (BORGES; SCORZA, 2016;
SALLES; UNO; RIBEIRO, 2015). A grande estratégia do tratamento para o melasma
é diminuir os estímulos dos melanócitos, da síntese da melanina, eliminando a
melanina e seus grânulos. Ou seja, o tratamento tem como objetivo principal clarear
as áreas lesionadas, prevenir e reduzir a área afetada com menor número de efeitos
adversos. Procedimentos estéticos como peelings químicos, microdermoabrasão, luz
intensa pulsada e lasers, podem auxiliar e facilitar os resultados durante o
tratamento. (SARKAR; BANSAL; AILAWADI, 2020)
A prevenção inicial e mais indicada para o melasma é a proteção solar. As
maneiras de precisam ser aplicadas diariamente, mesmo que o dia esteja chuvoso
ou nublado. Como o melasma pigmenta com a luz visível, desse modo, os filtros
solares normais não protegem totalmente os indivíduos com melasma. Por isso,
devem-se utilizar em conjunto com os filtros físicos, designados bloqueadores
solares. Eles apresentam espectro amplo de proteção contra os raios UVA e UVB e
possuem substâncias como dióxido de titânio e óxido de zinco. De maneira geral,
pelo grau de proteção e segurança, têm seu emprego associado às peles sensíveis
e à gestação (PIRES; PANCOTE, 2017; SBD, 2017a).
O presente trabalho torna-se relevante devido a elevada prevalência de
estudo sobre as principais opções de tratamento do melasma. Sabemos que a
causa desta afecção não é completamente conhecida, porém existem alguns fatores
que podem desencadeá-la, como predisposição genética, radiação UV, uso de
contraceptivos orais, entre alguns outros fatores.
Ultimamente, grande parte da população é acometida por esta afecção, seja
homem ou mulher, porém é mais observado em mulheres com fototipos mais altos,
que se encontram em idade fértil ou moram em locais cujo a radiação UV é muito
elevada. Contudo, vemos que o melasma provoca um impacto psicológico negativo
nessas pessoas devido não ter um tratamento específico para esta afecção, por isso
é necessário e importante o estudo deste tema para desencadear um efeito
psicologicamente positivo melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.
Nesse contexto, o estudo objetivou analisar evidências científicas sobre as
principais formas de tratamento para o melasma e qual apresenta-se mais eficaz.

2 METODOLOGIA

Esse estudo é designado como uma revisão de literatura do tipo integrativa,


consiste em um método de pesquisa que obteve um entendimento mais
aprofundado sobre determinado tema. Consiste-se em estudos já concluídos e com
uma síntese das conclusões obtidas acerca de determinado assunto de forma
sistemática, organizada e completa.
O estudo foi desenvolvido com base em artigos científicos, obtido as buscas
em publicações nas seguintes bases de dados: ScientificElectronic Library Online
(scielo), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde (BVS), revistas eletrônicas e em
livros, foi utilizado os seguintes descritores: Melasma, Diagnóstico, Tratamento.
Os critérios de inclusão que foram utilizados na pesquisa, relacionou-se a
artigos disponíveis gratuitos online na íntegra, escritos em português, com dimensão
temporal entre 2010 a 2019. E como critérios de exclusão: artigos sem resumo,
resultados incoerentes com o tema pesquisado, e sem fundamentação científica.
A análise dos dados consistiu em duas etapas, em que a primeira etapa
ocorreu a divisão de artigos utilizando uma ficha formada com as seguintes
variáveis: ano de publicação, título, periódico, autores, tipo de estudo, objetivo,
abordagem metodológica (quantitativa e qualitativa), método, cenário e resultados. A
segunda etapa consistiu na realização da leitura dos artigos na integra, de acordo
com o tema da pesquisa que obteve as respostas das questões norteadas. A
presente revisão integrativa da literatura assegurou os aspectos éticos, garantindo
fielmente os referenciados utilizados na construção desse trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base nos descritores indexados foram identificados 128 artigos, que
após o refinamento, atendendo aos critérios de inclusão elencados na pesquisa,
resultou em 10 artigos. Após a seleção realizou-se com sucessivo fichamento dos
resultados encontrados, constituindo-se os resultados com base nas conclusões dos
autores, realizando-se comparações, com concordâncias e discordâncias sobre o
tema proposto. No fluxograma 1 está representado graficamente a aplicação dos
critérios de inclusão e exclusão.

Fluxograma 1- Resultados da busca nas bases de dados utilizadas.


19 estudos foram pré-selecionados
por abordarem a questão trabalhada
nesta pesquisa
68 estudos foram selecionados, pelos
resumos, para leitura do texto
integral
9 estudos foram excluídos por não
Foram encontrados 128 artigos
responderem ao objetivo desta
inicialmente por títulos e/ou resumos
pesquisa

10 estudos foram incluídos

Fonte: Autoras (2021)

Os estudos incluídos nesta pesquisa estão contidos no Quadro 1,


organizados em ordem cronológica de publicação, bem como trazendo outras
características relevantes para a análise dos dados obtidos.

Quadro 1- Apresentação dos resultados dos estudos incluídos nesta revisão

AUTOR E ANO TÍTULO DO ARTIGO MÉTODO OBJETIVO DO RESULTADOS


ESTUDO

Sarkar; Bansal; Terapias futuras no Revisão de Analisar as terapias do Foi sugerido que a "terapia
Ailawadi melasma: o que vem Literatura futuro para melasma tripla do futuro" pode ser
(2020) pela frente? uma combinação de
hidroquinona, um
antiestrogênio e um
inibidor do fator de
crescimento endotelial
vascular, como o agente
de clareamento da pele
"ideal".

Spadafora et al,. Os benefícios dos Trata-se de uma Discutir sobre os Os estudos mostram a
(2019) despigmentantes para revisão de benefícios da eficácia do uso de
o tratamento do literatura e estudo utilização dos despigmentantes para o
melasma e qualitativo. despigmentantes para melasma e para os
rejuvenescimento o tratamento de tratamentos faciais de
facial melasmas e rejuvenescimento da pele,
rejuvenescimento tanto nas pesquisas de
facial revisão bibliográfica
quanto nos estudos de
casos.

Souza; Amurim; O uso associado do Trata-se de uma Avaliar a eficácia do Conclui-se que o uso
Grinoli (2018) ácido kójico e ácido revisão de tratamento da associado do ácido kójico
glicólico como literatura e estudo hipercromia utilizando e glicólico é eficiente no
alternativa à qualitativo. o ácido kójico tratamento do melasma,
hidroquinona no associado ao ácido apresentando favoráveis
tratamento de glicólico como resultados em
melasma terapêutica alternativa comparação com a
ao uso da hidroquinona, por não
hidroquinona. apresentar reações
adversas ao usuário.

Kontze; Eficácia do ácido A pesquisa foi Verificar a efetividade O ácido tranexâmico


Bianchetti tranexâmico no realizada nos do ácido tranexâmico revelou-se
(2018) tratamento do meses de Outubro no tratamento do significativamente eficaz
melasma e Dezembro de melasma no tratamento do
2017, utilizando melasma, o que indica que
como base para a ele é uma nova e
realização deste promissora opção
estudo, artigos e terapêutica
revistas científicas.

Utilização do laser no Revisão da Verificar se o laser Tratamento com lasers é


Mazon tratamento do Literatura possui ação benéfica indicado aos pacientes
(2017) melasma para o tratamento do que não respondem ao
melasma. tratamento tópico primário
e cosmético, porém, só é
possível obter resultados
transitórios, sendo
possível o reaparecimento
de lesões
hiperpigmentadas.
Santana; Araújo O uso do ácido Revisão integrativa Analisar e O ácido glicólico possui
(2018) glicólico no tratamento de literatura que compreender a ação resultado eficaz no
do melasma teve como objetivo do peeling químico do tratamento de melasma.
geral o uso do ácido glicólico no
ácido glicólico no tratamento do
tratamento do melasma..
melasma.

Garcia; Lima; O uso da técnica de Revisão integrativa Elucidar os Microagulhamento


Bonfim (2017) microagulhamento da literatura, foram mecanismos mostrou-se eficaz na
associada à vitamina c utilizados livros e relacionados ao permeação de ativos,
no tratamento de artigos científicos microagulhamento e à como a vitamina C, uma
rejuvenescimento de bases sua associação com a vez que ocorre nesse
facial. indexadas, tais vitamina C no processo: estímulo da
como Scielo, processo de produção de fibroblastos,
PubMed, Google rejuvenescimento aumento na síntese de
acadêmico e Lilacs facial. colágeno bem como ação
de propriedades
antioxidantes que
promovem o
rejuvenescimento facial.

Medeiros et al,. Combinação Desenvolvido por Apresentar resultados Obteve-se notável melhora
(2016) terapêutica no meio do relato de clinico por meio de no clareamento do
tratamento do um experimento combinação melasma ao exame da
melasma clínico no qual foi terapêutica no pele e na autoestima.
empregado 60 dias tratamento do
e uso de protetor melasma.
solar tópico e oral
no tratamento do
melasma.

Martins ; Oliveira Estudo dos benefícios Pesquisa Verificar a eficácia do Verificou-se que a eficácia
(2015) do tratamento de bibliográfica no tratamento do da associação do ácido
melasma por período de 1999 à melasma utilizando o kójico ao ácido glicólico no
intermédio do ácido 2014 ácido kójico associado tratamento do melasma se
kójico associado ao ao ácido glicólico dá com concentrações de
ácido glicólico. 8% de ácido kójico e 6%
de ácido glicólico.

Casavechi; A Utilização da Caráter Verificar os efeitos do O uso da vitamina C


Severino; Lima Vitamina C e do experimental peeling de diamante e associada ao peeling de
(2015) Peeling de Diamante comparativo, com da vitamina C no diamante apresenta-se
no Tratamento do abordagem tratamento do mais eficaz em
Melasma Facial: um qualitativa. melasma facial. comparação aos recursos
estudo comparativo utilizados separadamente,
clareando o melasma
facial em mulheres com
fototipo II a III, melhorando
assim a qualidade e
aparência da pele.

Fonte: Autoras (2021)

O melasma é uma dermatose crônica obtida, que atinge locais fotoexpostas


da pele; de etiogenia ainda não bem esclarecida, caracteriza-se pelo aparecimento
de máculas acastanhadas mais ou menos escuras, de limites nítidos e contornos
irregulares na pele. A formação da pigmentação da pele resulta da quantidade de
melanina e sua disseminação no tecido (MEDEIROS et al., 2016)
Os principais sintomas dessa patologia são: manchas acastanhadas ou
escuras que começam a surgir na face, especialmente nas maçãs do rosto, testam
nariz e lábio superior (o designado buço). Pode acontecer também o melasma
extrafacial, com o surgimento das manchas escuras no pescoço, braços e colo. As
manchas têm formatos bem definidos e irregulares, sendo normalmente simétricas
(iguais nos dois lados) (SPADAFORA, et al,. 2019)
O melasma pode acontecer em todos fototipos, mas estudos epidemiológicos
mostram maior ocorrência em fenótipos com pigmentação maior, fototipo IV–VI de
acordo com Fitzpatrick, como os indianos, asiáticos, hispano-americanos, árabes e
brasileiros, áreas onde tem maior incidência de radiação solar (MARTINS;
OLIVEIRA, 2015)
No aparecimento do melasma, há múltiplos fatores incluídos, como exposição
UV, influências genéticas, terapias hormonais, gravidez, cosméticos, medicações
anticonvulsivantes, utilização de substâncias fotossensibilizantes em conjunto com
alguns lasers, fatores emocionais, endocrinopatias e até mesmo estresse. (SILVA;
PINHEIRO, 2018)
Em relação ao diagnóstico, este, consiste na averiguação do histórico familiar
e pessoal do transtorno. Sendo os exames laboratoriais dispensados. Quando não
possui uma diferença visível a olho nu entre a coloração da pele e a área afetada
pela pigmentação, para uma melhor determinação sobre qual camada da pele fora
acometida pelo melasma, pode ser usado a lâmpada de Wood, é um aparelho de
diagnóstico muito empregado na dermatologia e na estética para averiguar a
presença de lesões de pele, que se fundamenta na absorção dos raios ultravioletas
através da melanina. (SOUZA; AMURIM; GRIGNOLI, 2018)
No que concerne os tratamentos são considerados um desafio. Devido à falta
de um tratamento que seja definitivo e eficaz, nem sempre os tratamentos usados
são satisfatórios. Diferentes princípios ativos podem ser empregados para tratar e/ou
amenizar o melasma, mas cada qual com seu mecanismo de ação (BORGES;
SCORZA, 2016)
Os tratamentos variam, porém sempre compreendem informações de
proteção contra à luz visível e raios ultravioleta, que deve ser redobrada quando se
começa o tratamento. As terapêuticas disponíveis são a proteção contra os raios
solares, utilização de fármacos tópicos e técnicas de clareamento. Dentre os
procedimentos mais executados estão os peelings (SBD, 2017a).
Os principais benefícios das diversas formas de tratamento do melasma são:
clarear e estabilizar as lesões, diminuir as áreas afetadas e impedir que o pigmento
retorne. Além de possibilitar melhora da qualidade de vida do paciente, propiciada
pela elevação da autoestima e da auto aceitação da própria imagem (KONTZE;
BIANCHETTI, 2018; SPADAFORA et al., 2019).
A seguir na figura 2 apresentam-se os tipos de tratamentos para o melasma:

Figura 2- Principais tipos de Tratamento para o Melasma

Peelings
Químicos

Ácido
Hidroquinona
Glicólico

TRATAMENTO

Vitamina C Ácido Kójico

Ácido
retinóico

Fonte: Organizado pelas autoras (2021)


Conforme apresentado na figura 2, os tipos de tratamentos como os peelings
químicos, são substâncias que objetivam uma destruição controlada da pele,
conforme as características e concentração aplicadas. Eles devem ser mais
superficiais, para evitar o aparecimento de hiperpigmentação pós-inflamatória. Os
efeitos benéficos do peeling são alcançados logo nas primeiras semanas de terapia.
A pele, torna-se, mais hidratada, luminosa e clara, entretanto, são precisas sessões
seriadas para se alcançar o propósito maior, que é o clareamento do melasma
(SALLES; SOUZA, 2018).
Já o tratamento com ácido retinóico é derivado da vitamina A, uma ótima
opção nas concentrações de 1-10%. Diferentes mecanismos de ação associados ao
ácido retinóico são relatados: interferência na transferência dos melanossomos,
dispersão dos grânulos do pigmento. Deve ficar na face de quatro a 24 horas. As
aplicações podem ser mensais, semanais ou seriadas. (SANTANA; ARAÚJO, 2018).
Ao usar o ácido glicólico no tratamento contra o melasma, é o alfa-
hidroxiácido principal empregado como agente esfoliante na terapêutica do
melasma, derivado da cana de açúcar. Por afinar o estrato córneo e reduzir a
coesão entre os corneócitos, é determinado para o tratamento de hipercromias
(aumento da melanina), especialmente quando associado à despigmentantes.
(SPADAFORA et al., 2019; MARTINS; OLIVEIRA, 2015).
De acordo com Silva et al,. (2017) o Ácido Kójico pode ser utilizado durante o
dia, proporcionado o controle e o clareamento do melasma, com efeito, esfoliante,
hidratante, sem afetar a melanina, diminuindo assim a pigmentação da pele. Em
relação à vitamina C ou ácido ascórbico é um agente despigmentante, que age por
inibição da melanogênese e permanece a melanina em sua forma diminuída e
descorada, gerando um afinamento da camada córnea e possibilitando resultados
perceptíveis na aparência da pele lesionada. (GARCIA; LIMA; BOMFIM, 2017).
No que concerne o ácido ascórbico tópico é considerado eficaz e seguro na
terapêutica do melasma por um tempo prolongado, mesmo em elevadas
concentrações. Isto ocorre porque, diminui a produção de melanina e possui um
efeito foto-protetor. Apresenta uma vantagem sobre o protetor solar, pois é retido na
epiderme por mais tempo, já os filtros solares são removidos facilmente.
(CASAVECHI; SEVERINO; LIMA, 2015).
Verificou-se que a hidroquinona é uma alternativa terapêutica mais usada
para o tratamento do melasma, numa concentração em torno de 2 a 5%. Deve ser
utilizado exclusivamente à noite e em locais pigmentados. Sendo um dos
medicamentos mais receitados por dermatologistas, é um ativo despigmentante
bastante potente, encontrado em gel, pomadas e em cremes, tem sido uma das
maiores buscas quando se trata de produtos que combatem hipercromias.
(SARKAR; BANSAL; AILAWADI, 2020)
Os estudos de Medeiros (2016), et al,. indicam que as terapias combinadas e
as associações medicamentosas tendem a ser mais eficazes no tratamento do
melasma, quando comparadas a monoterapias. Esses resultados foram apontados
por Sarkar; Bansal; Ailawadi (2020), que a terapia do futuro pode ser uma
associação de hidroquinona, antiestrogênio e um inibidor do fator de crescimento
endotelial vascular, como o agente de clareamento da pele considerada “ideal”. Os
autores explicam que os resultados de seus estudos, também houve um foco em
agentes orais, como ácido tranexâmico, flutamida e ácido ascórbico.
De acordo com os resultados obtidos por Mazon (2017), o tratamento do
melasma é difícil, fazendo-se necessária a prevenção e a utilização de protetores
solares de amplo espectro. A indicação dos dermatologistas para esse distúrbio
pigmentar soma-se da aplicação de diversos agentes despigmentantes clareadores,
sendo o principal e o mais comum a hidroquinona tópica, peelings químicos e
tratamentos a lasers. Lasers ablativos podem representar ferramenta de grande
utilidade no tratamento do melasma, porém hiperpigmentação pós-inflamatória e
dificuldade na manutenção de resultados a longo prazo representam as principais
limitações ao seu uso. (MAZON, 2017).
Para o autor embora alguns estudos tenham mostrado bons resultados com o
tratamento a laser, a eficácia e segurança dos lasers para melasma ainda é
controversa, sendo que para que se alcance resultado terapêutico satisfatório, é
necessário conhecer cada tipo quanto ao seu comprimento de onda e duração de
pulso, para assim aproveitar o máximo de sua funcionalidade em relação à clínica.
Já nos estudos de Spadafora et al,. (2019), indica-se que os tratamentos com ácido
glicólico têm resultados positivos, porque o ácido glicólico tem o menor peso
molecular, facilitando assim sua penetração, baixo poder de fotossensibilização e
baixa capacidade de desencadear respostas imunológicas.
Os autores explicam que o ácido glicólico mais utilizado em formulações
cosméticas, pelo fato de sua molécula ser de tamanho pequeno, tem maior poder de
penetração em relação aos outros AHAs. Além da concentração utilizada, é
importante considerar o valor de pH da preparação, podendo variar de dois a quatro,
e quanto menor seu valor (mais ácido) maior a ação esfoliante do peeling na pele (o
valor de pH 3,5 é o ideal para uma boa esfoliação). (SPADAFORA et al,.2019).
Quando o paciente tem intolerância ao uso da Hidroquinona, o tratamento
mais eficaz segundo Martins e Oliveira (2015), é o uso associado do ácido kójico ao
ácido glicólico, a concentração ideal para o tratamento do melasma é de 8% para o
ácido kójico e 6% para o ácido glicólico. Os estudos mostram que a eficácia da
associação de despigmentante com alfa-hidroxiácido ocorre, pois, o ácido glicólico
diminui a camada córnea, amolece o cimento celular, aumentando a permeação do
despigmentante, potencializando seu efeito clareador sobre a lesão. (MARTINS;
OLIVEIRA, 2015).
Em relação a vitamina C, o tratamento com a mesma, não apresenta maiores
resultados como o uso de ácidos, a vitamina C tópica possui ação antioxidante
contra radicais livres, aumenta a elasticidade e firmeza da pele mediante síntese de
fibras colágenas e tem ação na redução da síntese de melanina; no entanto, é
considerada instável por ser rapidamente oxidada pelo ar. (GARCIA; LIMA; BONFIM,
2017)
Neste contexto, os principais tratamentos para o melasma são relevantes,
desde que sejam associados ao uso de fotoprotetores para a manutenção
terapêutica, o uso de nutricosméticos contendo fitoterápicos antioxidantes e minerais
auxilia no tratamento por potencializarem o efeito clareador nas hiperpigmentações,
predispondo também ao rejuvenescimento da pele. (MEDEIROS, et al,. 2016)

4 CONCLUSÃO

Através dos estudos selecionados foi possível verificar, que os principais


tratamentos para o melasma são: vitamina C, Hidroquinona, ácido Kójico, Ácido
retinóico, ácido glicólico e o Peeling Químico. As terapias combinadas e as
associações medicamentosas tendem a ser mais eficazes no tratamento do
melasma, quando comparadas a monoterapias.
Constatou-se, que dentre os tratamentos que existem atualmente para o
melasma, a hidroquinona é o mais eficaz, e que é a terapia do futuro para tratar o
melasma, quando há intolerância ao uso desta substância, verificou-se que o mais
eficaz é a associação do ácido kójico ao ácido glicólico. Ressalta-se que tais
tratamentos contribuem não somente com a parte externa/estética, como também na
melhora da qualidade de vida, já que esta envolve vários aspectos da vida humana,
o tratamento propicia também o aumento da autoestima e auto aceitação da própria
imagem.

REFERÊNCIAS

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conceitos e técnicas. Organização: Fábio dos Santos Borges, Flávia Acedo Scorza. -
- 1. ed. -- São Paulo: Phorte, 2016.

CASAVECHI, A. M.; SEVERINO, J. C.; LIMA, C. R. J. A Utilização da Vitamina C e


do Peeling de Diamante no Tratamento do Melasma Facial: um estudo
comparativo. V Encontro Científico e Simpósio de Educação Unisalesiano, São
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<http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2015/publicado/artigo0240.pdf>. Acesso
em: 30. Abr. 2020.

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MARTINS, V. C. S.; OLIVEIRA, S. P. Estudo dos benefícios do tratamento de
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