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PEELINGS QUÍMICOS E MECANICOS E INDROTUÇÃO A

COSMETOLOGIA APLICADA À BIOMÉDICINA ESTÉTICA

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1. NOSSA HISTÓRIA

A nossa história, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade oferecendo serviços
educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário
1. NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................... 1

Sumário .................................................................................................................... 2

2. ................................................................................................................................. 3

3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3

4. PEELING QUÍMICO ............................................................................................. 6

5. MECANISMOS DE AÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS ..................................... 8

6. CLASSIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE DOS PEELINGS QUÍMICOS.............. 9

7. PRINCÍPIOS ATIVOS PARA PEELING QUÍMICO ............................................ 11

8. ALFA-HIDROXIÁCIDO (AHA) ........................................................................... 11

9. BETA- HIDROXIÁCIDO (BHA) .......................................................................... 13

10. POLI-HIDROXIÁCIDO (PHA) .......................................................................... 14

11. A COSMETOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA ESTÉTICA ..................... 16

12. REFINAMENTO PEELING.............................................................................. 20

13. REJUVENESCIMENTO .................................................................................. 23

14. ESTÉTICA: A PROFISSÃO E A RELAÇÃO COM A SAÚDE E O BEM-ESTAR


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15. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 38

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2.

3. INTRODUÇÃO

A estética está relacionada à saúde e a aparência. Tem como objetivo a


beleza e o bem estar. Sua intenção é destacar a beleza natural de cada um,
alcançando como resultado não só a aparência como também pontos fisiológicos
e psicológicos melhora a auto estima (SIQUEIRA, 2008 ).

Entre os tratamentos estéticos o Peeling é um dos procedimentos mais


realizados para melhorar o aspecto da pele. É aplicado por médicos, dermatologistas
e esteticistas devido a sua facilidade de acesso e boa resposta (PIMENTEL, 2008 ).

O peeling químico é também chamado de resurfacing químico, quimio


esfoliação ou quimio cirurgia e consiste na aplicação de um ou mais agentes
cáusticos à pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e sua
reepitelização. Sua popularidade ocorre por proporcionar melhoria da aparência da
pele danificada por fatores extrínsecos, intrínsecos e também por cicatrizes
remanescentes ( SCIELO,2004 ).

Esse tipo de tratamento tem várias finalidades, dentre elas: rugas,


melanoses, queratóses actínicas, melasma, hiperpigmentação pós –inflamatória,
acnes e suas sequelas, cicatrizes atróficas, estrias, queratose pilar e para
clareamento da pele.

Entretanto é contraindicado nos casos de fotoproteção inadequada,


gravidez, estresse ou escoriações neuróticas, uso de isotretinoína oral há menos
de seis meses, cicatrização deficiente ou formação de queloides, história de
hiperpigmentação pós inflamatória permanente, dificuldade para compreender e
seguir orientações fornecidas ( ROTTA,2008 ).

Assim sendo os peelings são procedimentos realizados com o intuito de


promover o refinamento da pele esta retirada das células que compõem o estrato
córneo colabora também na melhora da permeação cutânea dos princípios ativos
que serão posteriormente utilizados( PIMENTEL,2008; GOMES,2009 ).

A escolha do agente ou da técnica específica a serem usados depende do


conhecimento da profundidade da lesão para que se possa utilizar uma gente que

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não produza esfoliação desnecessariamente mais profunda do que a própria
alteração a ser tratada.

A busca por tratamentos estéticos vem crescendo a cada dia e o objetivo


principal é melhorar, preservar e restaurar a beleza e a juventude, proporcionando
melhorias na qualidade de vida tanto na parte física como mental.

A estética esta relacionada à saúde e á aparência. Tem como foco a beleza e


o bem estar. Sua finalidade é realçar a beleza natural de cada indivíduo, atingindo
consequentemente não só a aparência como também questões fisiológicas e
psicológicas melhorando a autoestima (SIQUEIRA, 2008). Como a estética é também
uma questão cultural, ela está direcionada através dos padrões de beleza de cada
cultura, é impulsionada pela mídia, e padrões globais.

Assim há uma constante preocupação com a beleza, associada ao desejo de


eterna juventude principalmente quando se fala de estética facial. O profissional de
estética lida com questões muito delicadas como saúde e bem-estar, que exigem
disciplina, dedicação, estudo, ética, responsabilidade e conhecimento.

Podemos conceituar a estética, neste novo milênio, como a ciência que busca
a harmonia exterior, lidando com a saúde e o bem-estar do individuo, tendo em mente
que o exterior é reflexo do interior (GOMES, 2009).

Entre os tratamentos estéticos o peeling é um dos procedimentos mais


utilizados para melhorar a aparência da pele. É indicado por médicos, dermatologistas
e esteticistas devido ao seu fácil acesso e resultados satisfatórios (PIMENTEL, 2008).

O peeling é o procedimento que resulta no estímulo da renovação celular a


partir da camada basal seguido da reação inflamatória tecidual que leva aos
mediadores inflamatórios, provocando a síntese de colágeno e finalmente a reparação
tecidual, tendo o objetivo de melhorar o aspecto cutâneo (PIMENTEL, 2008).

Desta forma os peelings são procedimentos realizados com a finalidade de


promover o refinamento da pele. A retirada das células que constituem o estrato
córneo contribui também na melhora da permeação cutânea dos princípios ativos que
serão utilizados posteriormente (PIMENTEL, 2008; GOMES, 2009).

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O uso do peeling pode ser indicado em alterações estéticas como hipercromias,
acne, estrias, fotoenvelhecimento, rugas, cicatrizes, revitalização, plasticidade,
luminosidade, diminuição da hiperqueratinização.

Em decorrência dos benefícios dos pellings muitos profissionais utilizam


produtos cosméticos ou procedimentos com esta finalidade (KEDE, 2009).

Os peelings químicos são um dos procedimentos mais utilizados em


consultórios médicos, dermatológicos e clínicas de estética devido à sua efetividade,
há uma grande procura deste tratamento para melhorar a aparência da pele e
prevenção da estética (RUBIN, 2007).

O peeling pode ser realizado através de produtos cosméticos que contenham


substâncias que alterem a estrutura córnea como os ácidos, enzimas ou substâncias
abrasivas, outra possibilidade é o procedimento com o uso de laser como a Luz
intensa pulsada (PIMENTEL, 2008).

Ampla gama de substâncias químicas, como os alfa-hidrohixiácidos, os


betahidroxiácidos e os poli-hidroxiácidos são utilizados em formulações cosméticas
para peelings químicos (PIMENTEL, 2008; GOMES, 2009).

Devido a diversidade de produtos cosméticos disponibilizados pelo mercado


cosmético contendo princípios ativos com finalidade de esfoliação química
desenvolveu-se uma pesquisa de mercado para análise destes produtos, buscando o
entendimento dos princípios ativos esfoliantes para definir a escolha e assim melhor
empregá-los em protocolos faciais.

Com o aumento da procura por este procedimento e diversidade de produtos


surgem as dúvidas e as inseguranças dos profissionais. Talvez o uso de ácidos seja
a causa dessa insegurança pelo receio de prejudicar a pele do cliente, por causa do
efeito corrosivo (GOMES; DAMAZIO, 2009).

As principais distribuidoras de produtos cosméticos profissionais foram o


universo de pesquisa escolhido para análise da rotulagem destes produtos. Entre os
diversos tipos de peeling, iremos realizar um estudo particularmente dos peelings
químicos e seus principais ativos empregados nas formulações cosméticas com o
objetivo fundamental de avaliar o produto identificando os ativos dos cosméticos
profissionais utilizados nos protocolos de tratamento para esfoliação química.

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Faz-se indispensável à abordagem de alguns tópicos para a compreensão das
diferenças existentes entre os produtos cosméticos para peeling químico disponível
no mercado.

4. PEELING QUÍMICO

Peeling é uma abrasão da pele promovida por agentes químicos (ácidos),


mecânicos (abrasivos), laser, onde os procedimentos realizados têm a finalidade de
promover renovação celular e de se obter um refinamento da pele.

Esta ação se dá através de substâncias enzimáticas, físicas e químicas, como


os ácidos e substâncias cáusticas. Ele visa à renovação da pele com base na
descamação cutânea superficial, ou seja, da epiderme e/ou derme superficial,
promovendo intensa renovação celular podendo ocorrer lesão na pele seguida de
epitelização (SOUZA, 2006; PIMENTEL, 2008; GOMES; DAMAZIO 2009).

A palavra peeling se origina no verbo to peel do inglês, que significa pelar,


descamar, esfolar, desprender, promovendo dessa forma a renovação celular
(GOMES, 2009).

Os peelings químicos utilizam o efeito químico de substâncias; os físicos


promovem lixamento e abrasões na pele e, por fim, os a laser que são peelings
ablativos, que fazem a retirada da pele pela ação da energia luminosa do laser, e os
não ablativos utilizam o luz intensa pulsada (PIMENTEL, 2008). Como o resultado do
peeling é a descamação, a pele torna-se renovada a partir das camadas mais
profundas, obtendo aspecto mais jovem, melhorando manchas e rugas além da pele
apresentar melhor capacidade e qualidade da elasticidade. (PIMENTEL, 2008).

A profundidade do peeling depende da substância aplicada, de sua quantidade,


da concentração do ativo e de seu ph, do preparo que antecede imediatamente o
procedimento com limpeza e retirada de oleosidade, do tipo de pele (fina, espessa),
duração do contato com a pele (ASSAFIM, 2007; GOMES, 2009).

Os produtos cosméticos utilizados em peeling podem ser encontrados na forma


de loção, gel, creme, pó ou microgrânulos (GOMES, 2009). A pele sofre um ciclo de

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constante renovação, sendo que diariamente trocamos células antigas por novas.
Entretanto, com o avançar da idade, ou por outros fatores, esse ciclo vai diminuindo,
e o resultado são manchas, desidratação e rugas na pele.

À medida que a maturação epidérmica se torna anormal, a pele torna-se seca,


enrugada e frouxa, com evolução de queratoses, efélides, lentigos solares e
comedões. A degeneração do colágeno e da elastina dérmicos resulta no
aparecimento de rugas, dobras, pregas e sulcos.

O sistema da melanina sofre alterações, onde começam a aparecer manchas,


sardas, lentigos, queratoses actínicas e seborreias pigmentadas enquanto o melasma
e a hiperpigmentação pósinflamatória são agravados. Todas essas alterações são
amplificadas pelas irregularidades do fluxo sanguíneo da derme papilar, que
produzem telangiectasias e microangiomas com eritema e equimose resultantes
(KEDE, 2009).

A esfoliação das camadas mais externas ativa um mecanismo que estimula a


renovação e o crescimento celular, resultando na aparência mais saudável e bonita
da pele, graças as alterações na arquitetura celular (PIMENTEL, 2008).

Os peelings químicos são os melhores recursos para o rejuvenescimento que


não interrompam o curso de vida diária, uma vez que promovem uma esfoliação
cutânea e posteriormente uma renovação celular (PIMENTEL, 2008).

Dependendo do tempo, do quadro clínico e da disponibilidade do cliente, pode-


se empregar peelings superficiais. Quanto mais agressivo for o ácido, mais profundo
será o peeling, com consequentes melhores resultados e maior risco de complicações
(PIMENTEL, 2008).

Os peelings químicos também são excelentes complementos a outros


procedimentos estéticos. Eles podem ser usados em casa de forma contínua com
menor concentração. É frequentemente a combinação de tratamentos que produz os
resultados desejados como cada preocupação facial é abordada com modalidade
apropriada (SAPIJASZKO, 2001).

Os formuladores de peelings químicos empreendem uma constante procura de


métodos que ofereçam maior segurança na sua utilização e atinjam resultados cada
vez melhores com menos desconforto para o cliente (RUBIN, 2007).

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5. MECANISMOS DE AÇÃO DOS PEELINGS QUÍMICOS

Os peelings químicos irão interagir com as células epiteliais que constituem a


epiderme, camada mais superficial do sistema tegumentar que exibe a camada córnea
com características especificas importantes para a função de barreira como a coesão
entre as células, pouca ou ausência de líquido intersticial abaixo da camada córnea
encontra-se camadas diferenciadas como camada lúcida, granulosa, espinhosa e
basal.

Estas camadas se assentam sobre um tecido de sustentação fibrilar chamado


derme, constituído por tecido conjuntivo.

A derme, por sua vez, repousa sobre a camada adiposa também conhecida
como tecido subcutâneo ou hipoderme (PEYREFITTE, 1998; JUNQUEIRA, 1997;
GUIRRO; GUIRRO, 2004). Utilizam-se vários tipos de ácidos para realizar um peeling,
de forma isolada ou em associações. O objetivo é que essa substância penetre na
pele não apresentando toxicidade ao organismo e, conforme a profundidade atingida
seja capaz de conseguir benefícios nos tratamentos estéticos.

Dependendo da alteração clínica a ser tratada a escolha das substâncias


devem ser compatíveis com grau de penetração que se deseja, podendo o esteticista
utilizá-lo superficialmente. (PIMENTEL, 2008).

Ao aplicar o peeling na região, ocorre uma estimulação epidérmica que resulta


na remoção do estrato córneo, permitindo a penetração de substâncias.

Após a penetração, teremos uma reação inflamatória tecidual que leva aos
mediadores inflamatórios, provocando o que, segundo espera-se, seja a síntese de
colágeno e finalmente a reparação. (PIMENTEL, 2008, p. 37). No esclarecimento de
Gomes (2009), os ácidos atuam reduzindo a coesão entre as células, pois reagem
com a enzima cimentante que existe entre a queratina, promovendo a esfoliação da
superfície acelerando dessa maneira a renovação celular; a alteração do ph leva a
ruptura das ligações de queratina, a desobstrução dos folículos pilo-sebáceos; facilita
a permeabilidade da pele, tornando a permeação transepidérmica mais eficiente.

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Deste modo resulta que, através da renovação celular intensificada melhora a
textura da pele, revitalizando, tornando a superfície cutânea mais lisa, clara, luminosa
e reduzindo rugas superficiais, estímulo do fibroblasto, aumento do colágeno, dando
à pele mais resistência e flexibilidade, redução de cloasmas solares superficiais e
aumenta a síntese do metabolismo basal.

Os peelings químicos causam alterações na pele por meio de mecanismos de


estimulação do crescimento epidérmico mediante a remoção do estrato córneo,
destruição de camadas específicas da pele lesada, substituindo-as por um novo tecido
e a indução de uma reação inflamatória mais profunda que a necrose produzida pelo
agente esfoliante (KEDE, 2009).

Com o passar do tempo a pele entra em acomodação e não responde mais ao


tratamento com o ácido e dessa maneira a renovação celular diminui, mas ocorre o
aumento do efeito cosmético dos ácidos sobre a pele, melhorando a hidratação e a
plasticidade.

Todos esses benefícios justificam a utilização dos ácidos nos procedimentos


estéticos que buscam a correção inestética da superfície cutânea, sendo fundamental
o conhecimento do profissional para que ele tenha controle e segurança na utilização
da terapia (PIMENTEL, 2008).

6. CLASSIFICAÇÃO DA PROFUNDIDADE DOS PEELINGS


QUÍMICOS

A profundidade da permeação histológica dos peelings químicos depende de


alguns fatores como ph e concentração do produto a ser aplicado.

O peeling pode ser classificado como muito superficial agindo no estrato córneo
até o estrato granuloso, área da estética; superficial agindo na epiderme, do estrato
granuloso até a camada basal, área da estética e médica; médios agindo na derme
papilar e profundo até a derme reticular, restritos a área médica (GOMES; DAMAZIO,
2009).

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O peeling superficial é geralmente epidérmico, e não apresenta riscos de
complicações ao cliente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele, com a devida
escolha do principio ativo, por ser menos agressivo, não exige repouso para
recuperação, podendo o cliente voltar às atividades no mesmo dia (PIMENTEL, 2008;
RUBIN; 2007).

O tratamento de peeling químico é considerado suave porque provoca apenas


fina descamação na pele, deixando-a um pouco avermelhada, repuxada e com leve
ardor (PIMENTEL, 2008). Devido à penetração muito superficial desses peelings, eles
tendem a ser seguros e apropriados para todos os tipos de pele, embora os melhores
resultados apareçam em loiras, ruivas, orientais e morenas claras. Mas mesmo assim
devem ser utilizados com cautela (YARDY apud RUBIN, 2007).

Os alfa-hidroxiácidos fazem parte dos peelings superficiais, entre eles, temos o


málico e cítrico, das frutas cítricas; o ácido lático, derivados do leite; o ácido glicólico,
da cana-de-açúcar; e o ácido tartárico, das uvas e os beta-hidroxiácidos como o ácido
salicílico (PIMENTEL, 2008).

O peeling superficial serve para as retiradas das manchas muito superficiais,


redução da aspereza, melhora a pele sem brilho, pele descamativa e pele seca.
Melhoram a textura da pele, atenuam rugas finas, queratose actínica, bem como nos
foto danos leves podem trazer benefícios quando aplicado o peeling químico
superficial (LIMA, 2011; SAPIJASZKO, 2011).

Pimentel (2008) esclarece que os peelings médios levam a uma descamação


intensa, são mais agressivos e efetivos que os peelings superficiais, e retiram
manchas e rugas de média profundidade. Esse método remove parcial ou totalmente
a primeira camada da pele, até atingir a derme. Com isso, a face ganha um toque
suave, tom uniforme e aparência jovial num curto espaço de tempo.

O peeling superficial é recomendado para a retirada de queratoses actínicas,


de manchas, melhora das cicatrizes, rugas, sardas, rugas finas ao redor dos lábios,
poros dilatados, cicatrizes superficiais de acne, envelhecimento precoce ou lesões
provocadas pelo sol.

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É ideal para quem tem pele clara, como loiras naturais ou orientais e morenas
claras. Devem ser evitadas pelas mulheres negras, ou bronzeadas artificialmente ou
pelo sol, caso contrário, podem aparecer manchas escuras (PIMENTEL, 2008).

Lima (2011) descreve que os peelings médios, provocam descamação mais


espessa e escura, necessitando de cuidados maiores no pós peeling.

O peeling profundo atinge a derme reticular, agindo nas lesões mais profundas
da pele. Esses peelings melhoram dramaticamente a profundidade das rítides,
cicatrizes de acne e flacidez cutânea (YARDY apud RUBIN, 2007).

É o mais profundo que se consegue atingir em um peeling. Devido à


profundidade dos peelings médios e profundo, não é realizado pelo profissional de
Tecnologia em Cosmetologia e Estética.

7. PRINCÍPIOS ATIVOS PARA PEELING QUÍMICO

Para que os peelings químicos façam o seu efeito no estímulo da renovação


celular, geralmente utilizam-se princípios ativos com característica ácida. Entre estas
substâncias ativas destacam-se os alfa-hidroxiácidos (ácido glicólico, ácido mandélico,
ácido lático, ácido cítrico, ácido tartárico). No grupo dos betahidroxiácidos (ácido
salicílico) e ainda os poli-hidroxiácidos (glucolactona, ácido lactobiônico) (GOMES,
2009)

8. ALFA-HIDROXIÁCIDO (AHA)

Os alfa-hidoxiácidos são um grupo de substâncias naturais encontradas em


frutas e em outros alimentos. Constitui um grupo de compostos orgânicos que
possuem em comum a hidroxila na posição alfa (ALMEIDA, 2008). Expressa Rubin
(2007), que os AHAs, em contado com pele, têm a capacidade de diminuir a
concentração dos corneócitos na camada córnea da epiderme, facilitando a
renovação celular e tornando-a mais fina e mais permeável a outros ativos. Por esse

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motivo são muito utilizados como coadjuvante de tratamentos de antienvelhecimento,
pois permitem a melhor absorção de ativos como vitaminas e antioxidantes.

Os alfa-hidroxiácidos são produtos de utilização em peelings superficiais,


indicados para rugas finas, lesões actínicas, melasma, efélides, acne, discromias,
peles rugosas, hiperpigmentacão pós-inflamatória, hiperqueratinização,
fotoenvelhecimento e queratoses (SOUZA; ANTUNES JUNIOR, 2006).

Destaca Gomes (2009, p.168) que os alfa-hidroxiácidos exercem grande


capacidade de umectância aumentando sensivelmente a retenção de água no extrato
córneo e consequentemente hidratação. Entre os AHA destaca-se o ácido glicólico,
derivado da cana de açúcar, hidrossolúvel, conhecida como ácido hidroxiacético, ou
ácido 2-hidroxietanóico (ALMEIDA, 2008).

O ácido glicólico tem o menor peso molecular de todos os AHAs e, portanto,


atravessa a pele facilmente, dependendo do veículo, formulação, ph, local de
aplicação e da condição da pele a qual esta sendo aplicado.

Em baixas concentrações (até 10%), quando aplicado topicamente o ácido


glicólico diminui a coesão dos queratinócitos, ajudando em distúrbios da
queratinização, como acne, queratose seborréica, ictiose, etc (LEONARDI, 2008). O
ácido glicólico não neutralizado tem ph tão baixo que, quando aplicado em estado
puro sobre a pele, pode produzir inativação do sistema enzimático presente.

A influência do ph em formulações com ácido glicólico, é fundamental sendo


que a capacidade de estimulação da renovação celular diminui com aumento do ph.
Logo, o efeito do ácido glicólico depende do ph ácido da formulação (ALMEIDA,2008).

No grupo dos AHA temos o ácido Mandélico obtido do extrato de amêndoas


amargas. É considerado um dos AHA de maior peso molecular o que significa que a
pele absorve lentamente favorecendo um efeito uniforme e minimizando os
transtornos comuns na aplicação de ácidos (PIMENTEL,2008).

O ácido mandélico demonstra ser menos irritante para a pele em comparação


com outros ácidos já conhecidos. Possui o efeito vantajoso para o rejuvenescimento
de peles mais morenas. Ele age durante o processo infeccioso da acne, pois, além de
combater as bactérias que formam o processo evita a formação de novas bactérias e

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acelerando a cicatrização, colaborando ainda com o tratamento de eventuais sequelas
(PIMENTEL, 2008).

Outro AHA, o ácido lático, obtido pela fermentação da lactose com molécula
maior do que a do ácido glicólico. Têm sido utilizado amplamente como agente de
peeling (RUBIN, 2007). O sucesso de um tratamento tópico com AHA depende da
concentração biodisponível do AHA e do veículo utilizado. Portanto, quanto menor o
ph maior será a biodisponibilidade.

A biodisponibilidade do ácido glicólico, quando o veículo se encontra em ph


aproximadamente 2,5 é de 0,96; ou seja, 96% do ácido glicólico está disponível na
formulação, e, portanto pode penetrar no estrato córneo facilmente (LEONARDI,
2008), porém em cosméticos o valor de ph de produtos contendo ácido glicólico não
pode ser menos que 3,5 (ANVISA, 2011).

A utilização de AHAs e seus derivados em formulações cosméticas deverá ter


sua concentração máxima limitada a 10%, calculada na forma ácida, em ph maior ou
igual a 3,5, isto porque o ph está diretamente relacionado ao efeito do peeling
(CORDEIRO; GUTZ, 2010)

9. BETA- HIDROXIÁCIDO (BHA)

Os beta-hidroxiácidos possuem um grupo hidroxi na posição beta, possui como


membro o ácido salicílico, que tem ação queratoplástica em concentrações até 2% e
queratolítica acima de 2%, também usado nas hiperqueratoses na concentração de
até 10%, com ação bacteriostática e fungicida, nas concentrações de 1% a 5%
(ASSAFIM, 2007).

O ácido salicílico melhora a aparência da pele foto envelhecida, é efetivo na


redução das rugas finas, além de melhorar a textura da pele, pois atua como esfoliante.
Pode ser utilizado também no combate á acne. Este beta-hidroxiácido regulariza a
oleosidade da pele e também apresenta ação anti-inflamatória (LEONARDI, 2OO8).
O ácido salicílico é levemente solúvel em água, entretanto muito solúvel em éter e
etanol, encontrado naturalmente em certas plantas e particularmente em frutas. O

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ácido salicílico é utilizado essencialmente sozinho em preparações tópicas ou em
soluções para peeling, graças as suas propriedades queratolíticas. Apresenta uma
alta afinidade pelos lipídios e preferencialmente exerce seu efeito queratolítico dentro
dos poros, tornando-se uma terapia útil na acne (DEWANDRE apud RUBIN 2007).

10. POLI-HIDROXIÁCIDO (PHA)

Os poli-hidroxiácidos (PHAs) são ácidos carboxílicos que possuem grupamento


hidroxila, sendo os representantes mais comuns o ácido glucônico e o ácido
lactobiônico. Esta classe apresenta moléculas maiores, o que reduz os efeitos
adversos causados pelos alfa-hidroxiácidos, pois penetram mais lentamente na pele.
Além disso, são umectantes e antioxidantes, auxiliando na prevenção do foto
envelhecimento, na redução o acúmulo de escamas, pois são capazes de normalizar
a reposição celular e a esfoliação, podendo estimular a produção de ceramidas para
reforçar a função de barreira (BARQUET; FUNCK; KOESTER, 2006).

O efeito antioxidante dos PHAs pode ser um possível mecanismo de resistência


à irritação, sendo indicados para pessoas com pele sensível, já que são moléculas
altamente hidratantes para as quais foram descritas atividades antioxidantes. Fazem
parte do grupo dos poli-hidroxiácidos a gluconolactona que é um delta- lactona do
ácido glutâmico obtido pela oxidação da glicose do milho (GOMES, 2009). Tem ação
umectante e hidratante por reestruturar a epiderme, renovador celular e antioxidante.
É indicado para foto envelhecimento, acne e rosácea, incluindo linhas de expressão,
rugas, hiperpigmentação e aumento de firmeza (SOUZA, 2005).

A gluconolactona proporciona proteção contra os danos causados por radicais


livres produzidos pela exposição solar e inflamação crônica da pele prejudicada pelo
sol (LEONARDI, 2008).

Outro ativo é o ácido Lactobiônico que é um ácido orgânico conhecido como


ácido galactoglucônico, obtido pela oxidação química ou microbiana da lactose,
promove efeito rejuvenescedor, revitalizante, cicatrizante, hidratante e combate os
radicais livres. Concentrações de 2% a 10% e ph entre 3,0 e 5,0 (GOMES, 2009).

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O ácido lactobiônico é comumente encontrado no leite, tendo amplo uso
comercial, devido a sua forte atividade antioxidante. Este ácido é formado pela
oxidação da lactose possui efeito antioxidante através da quelação do ferro e da
inibição da oxidação de outras substâncias, incluindo substâncias rapidamente
oxidáveis, como antralina e hidroquinona (SOUZA, 2005).

Devido à sua ação antioxidante, também é eficaz na pele fotoenvelhecida, já


que a oxidação e degradação da pele são causadas pelos radicais livres gerados
através da exposição à radiação UV. É benéfico também por inibir a enzima
metaloproteinase, responsável pela degradação da matriz extracelular e da
integridade estrutural da pele, contribuindo para a formação de rugas, flacidez e
telangiectasia (BARQUET; FUNCK; KOESTER, 2006).

Atualmente no mercado existe uma variedade de produtos cosméticos com


finalidade de peeling químico, porém a utilização destes produtos não dispensa os
devidos cuidados para garantir a eficácia do tratamento.

Os ativos mais utilizados em peelings químicos foram os alfa-hidroxiácidos


(AHA), especialmente o ácido glicólico e ácido mandélico. Os AHA estão presentes
em todas as formulações analisadas, de forma isolada ou em associações com outros
ativos esfoliantes. Os AHA, especialmente o ácido glicólico vem sendo amplamente
utilizado na área da estética para as diversas alterações estéticas, atualmente ainda
é a substância esfoliante mais encontrada nas formulações, apesar de ser descrito
que devido ao seu baixo peso molecular, com apenas dois carbonos em sua cadeia,
ele é facilmente absorvido pelo epitélio.

A estrutura molecular extremamente pequena apresenta excelente permeação


muitas vezes ocasionando desconforto e frequentemente causando sensibilidade aos
usuários (ALMEIDA, 2008; RUBIN, 2007; LEONARDI, 2008). As reações de irritação
e ardência usuais podem ser decorrentes de três fatores. O baixo ph da formulação,
porém, este sozinho é apenas uma sensação transitória, devido à presença de íons
hidrogênio, mas não pode ser relacionado à irritação intrínseca potencial.

Outro fator é a rápida liberação e penetração pela pele da forma ácida dos
AHAs presentes no veículo e o terceiro é o estado da pele em condições anormais ou
sensíveis de acordo Yu; Van Scott (2001 apud BARQUET; FUNCK; KOESTER, 2006).
Mesmo assim o ácido glicólico destaca-se possivelmente devido a seu efeito de

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renovação celular sendo observado facilmente pelo cliente, pois ocasiona uma leve
descamação da pele perceptível a olho nu e os resultados são mais rápidos.

Entretanto insta salientar a importância de realizar um peeling de forma gradual


para que não ocorram efeitos indesejáveis como hipocromia, processos inflamatórios,
hiperpigmentação entre outras.

Autores ainda destacam que substâncias como os PHA apresentam a mesma


eficácia dos AHA, porém com efeitos indesejáveis muito menores (BARQUET;
FUNCK; KOESTER, 2006).

A grande vantagem do uso dos PHA é a de não causar irritação na pele, penetra
de forma mais lenta e gradual, sem causar queimação, ardência ou sensação de
picadas provocadas pelos AHA tradicionais é indicada para indivíduos de pele
sensível e étnica (BARQUET; FUNCK; KOESTER, 2006), sendo assim, uma
substância segura que deveria ser melhor empregado em formulações passando mais
segurança ao profissional, melhor conforto ao cliente e com a devida divulgação de
estudos sobre os PHA, proporcionando resultados satisfatórios.

11. A COSMETOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA ESTÉTICA

As pessoas estão mudando seus hábitos e seu estilo de vida, contribuindo


para uma vida mais natural e saudável. Há um aumento do nível de qualidade
de vida e da autoestima e uma maior relação e entendimento de que o bem-estar
físico depende diretamente do bem-estar mental e que é possível um
envelhecimento físico mais tardio, mais saudável e mais estético, e isto no nosso
ponto de vista é promoção da saúde.

Sobre a promoção da saúde, a veem como um processo ativo e de atuação


direta da biomedicina, cujo propósito é melhorar a saúde das pessoas, encorajando-
as a alterar seus hábitos e estilo de vida, de modo a lhes possibilitar um aumento de
sua saúde e bem-estar. Envolve os princípios de autorresponsabilidade, consciência
nutricional, redução e controle do estresse e boa forma física.

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Sinteticamente, podemos afirmar que envolve o autocuidado [o que pode
e é realizado diretamente pela pessoa] e envolve o ser cuidado [algo que é
realizado com o auxílio de outras pessoas, de forma pessoal ou profissional].

Considerando esse contexto, também é possível afirmar que a qualificação


técnico-científica do biomédico prepara-o para o atendimento das necessidades
humanas básicas das pessoas, por meio da sua especialidade no cuidado e no cuidar
para a promoção da qualidade de vida.

É nesta perspectiva que a biomedicina pode ampliar o seu campo de


atuação, de forma autônoma, direcionando seu atendimento também para a
área da estética, que atualmente representa a prevenção dos problemas
relacionados ao estresse e ao envelhecimento, o resgate da beleza e do
senso estético e a promoção do bem-estar e do conforto com o próprio corpo e
com a autoestima.

Por meio da consulta e do processo de biomedicina, o biomédico pode


desenvolver um plano de cuidados estéticos adaptados às necessidades das
pessoas, visando à promoção da qualidade de vida e bem-estar.

A partir das ideias aqui colocadas e avaliando as possibilidades e as


potencialidades do enfermeiro no desenvolvimento do cuidar estético é que
realizamos o presente estudo, norteado pela premissa de saber o que se
produziu do ponto de vista bibliográfico e documental acerca das habilidades
em estética do biomédico para a promoção e para a prevenção da saúde, do
bem-estar e do conforto de usuários da saúde que buscam caminhos estéticos para
o cuidado de si.

A perspectiva de ampliar as possibilidades de autonomia profissional


também foi avaliada no estudo.

Triviños (1997) descreve a pesquisa qualitativa por meio de algumas


características peculiares, como:

1) Os dados coletados são descritivos, implicando que todo material coletado


pela pesquisa deve ser descrito e analisado detalhadamente;

2) O pesquisador deve ter uma maior preocupação com o processo, do


que com os resultados obtidos;

17
3) O pesquisador deve manter-se o mais próximo possível da realidade,
interpretando o ponto de vista dos discursos [seja escrito ou falado] em relação ao que
está sendo estudado.

O universo do estudo compreendeu alguns documentos [material oficial


do Conselho Regional e Federal de Enfermagem e outras instituições de ensino
e pesquisa em saúde e estética] e bibliografias [periódicos científicos
reconhecidos nas áreas da saúde e da estética, anais de eventos qualificados
academicamente e livros atuais e clássicos sobre o tema] com informações
relacionadas aos objetivos propostos neste estudo.

Os critérios adotados para a seleção dos documentos e das bibliografias foram:

- preferência por estudos brasileiros, inclusive pela importância dos fatores


socioculturais na discussão do tema; diversidade

- trabalhos que abordem o tema a partir de diversos pontos de vista teóricos;


pertinência - a escolha foi de textos relevantes à discussão do assunto para o
profissional de saúde e da estética; e, finalmente, a acessibilidade

– privilegiaram-se estudos brasileiros ou de países de língua portuguesa, em


função do tempo que dispúnhamos para conclusão e das dificuldades para tradução
de outros idiomas (MINAYO, 2007).

A definição de saúde vem se ampliando, incorporando diversas dimensões


da vida humana e adaptando-se ao contexto de cada sociedade.

O conceito de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde, é um


estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência
de doença e enfermidade. Contudo este conceito tem sido bastante criticado,
visto que é considerado como uma meta impossível, uma vez que ninguém
consegue, nos dias atuais, viver segundo a concepção de ‘um completo bem-estar’.

A partir dos anos 80, iniciou no Brasil a implantação de modelos de saúde com
ênfase na promoção e na prevenção da saúde, culminando no final da década
de 90 com a implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF). Foi criada com o
objetivo de executar o princípio de integralidade do SUS, com um atendimento
visando o todo do indivíduo, o local no qual está inserido, o trabalho com
educação em saúde e a valorização do conhecimento, tornando o indivíduo

18
independente e empoderando-o com o conhecimento para tomar a decisão em
relação à sua saúde (TESSER, 2008).

Muitos países, entre eles o Brasil, organizaram em conferências nacionais,


como a VIII Conferência Nacional de Saúde, debates em que se fazia uma
ampla reflexão sobre o conceito de saúde, levando em conta as condições de vida
das pessoas e o contexto espacial, cultural e econômico em que elas vivem.

Nessa perspectiva, o Brasil, a exemplo de outros países, com apoio da


Organização Mundial de Saúde, buscou outra forma de definir saúde,
mostrando que as condições de alimentação, habitação, educação, renda,
meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, acesso e posse da terra e
acesso a serviços de saúde são fundamentais para que as pessoas se sintam
saudáveis (WHO, 1986).

Saúde é considerada como um complexo do funcionamento físico,


psicológico, emocional, social e espiritual, que possibilita a cada pessoa
desempenhar diferentes papéis e responsabilidades. O estado de saúde ideal é
aquele em que se consegue atingir o pleno potencial de quaisquer incapacidades que
se apresentem (SMELTZER; BARE, 1994, p. 57).

O conceito de bem-estar amplia a ideia de saúde e envolve uma


abordagem consciente da própria saúde, pois requer planejamento, consciência
de estilo de vida e dedicação.

É individual, de acordo com as limitações de cada um. Para Maslow


(apud BONFIM, 2000), o alto nível de bem-estar é descrito como um estado
em que todos os aspectos de funcionabilidade da pessoa estão equilibrados e
convergem para manter o potencial máximo de saúde, satisfação, ou seja, bem-
estar.

A Organização Mundial de Saúde define como promoção da saúde o processo


que permite às pessoas aumentar o controle e melhorar a sua saúde.
Representa um processo social e político, não somente incluindo ações direcionadas
ao fortalecimento das capacidades e das habilidades dos indivíduos, mas
também ações direcionadas a mudanças das condições sociais, ambientais e
econômicas, para minimizar seu impacto na saúde individual e pública (WHO, 1986).

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Smeltzer e Bare (1994) definem promoção da saúde como um conjunto
de atividades que auxiliam o indivíduo a desenvolver os recursos que manterão
ou aumentarão seu bem-estar com consequente melhora da qualidade de vida.

A promoção da saúde, como vem sendo entendida nos últimos 20-25


anos, representa uma estratégia promissora para enfrentar os múltiplos
problemas de saúde que afetam a humanidade. É um processo ativo, de
atuação direta da enfermagem, cujo propósito é focalizar o potencial de boa
saúde do indivíduo e encorajá-lo a alterar seus próprios hábitos, estilo de vida e
ambiente de modo a lhe possibilitar um aumento de sua saúde e bem-estar.

Envolve os princípios de autorresponsabilidade, consciência nutricional,


redução e controle do estresse e boa forma física.

Em virtude da perícia no atendimento de saúde e de sua credibilidade, o


enfermeiro tem papel vital na promoção da saúde, promovendo atividades que
estimulem o bem-estar, a individualidade e a realização pessoal do indivíduo,
em que toda interação com os consumidores do atendimento de saúde, ou
seja, o cuidar, tem de ser considerada como uma oportunidade de promoção de
atitudes e comportamentos de saúde positivos.

12. REFINAMENTO PEELING

Peeling é uma abrasão da pele causada por agentes químicos (ácidos),


mecânicos (abrasivos ), laser, onde os procedimentos feitos tem a intensão de
alcançar a renovação celular e de promover um refinamento da pele.

Esta realização é conseguida por substâncias enzimáticas, físicas e


químicas. Ele visa a renovação da pele com base na descamação cutânea superficial,
ou seja, da epiderme e/ou derme superficial, ocasionando intensa renovação celular,
podendo acontecer lesão na pele seguida de reepitelização (PIMENTEL,2008;
DAMAZIO,2009 ).

A pele sofre um ciclo de constante renovação, pois diariamente trocamos


células antigas por novas. Contudo, com o avançar da idade, ou por outros
motivos, esse ciclo vai diminuindo, e o efeito são manchas, desidratação e rugas.

20
Conforme a maturação epidérmica se torna anormal, a pele se torna seca, enrugada
e frouxa, com evolução de queratoses, efélides, lentigos solares e comedões.

A degeneração do colágeno e da elastina dérmicos resulta no


surgimento de rugas, dobras, pregas e sulcos. A melanogenese sofre alterações,
onde se desencadeia manchas, sardas, lentigos, queratoses actínicas e
seborreicas pigmentadas, enquanto o melasma e a hiperpigmentação pós –
inflamatória são agravados.

Todas essas alterações são aumentadas pelas irregulares do fluxo


sanguíneo da derme papilar, que produzem telangiectasias e microangiomas com
eritema e equimose resultantes.

Os ácidos agem reduzindo a coesão entre as células, porque reagem com a


enzima “cimentante” que existe entre a queratina, promovendo a esfoliação da
superfície acelerando assim a renovação celular; a mudança de Ph leva a ruptura
das ligações de queratina, a desobstrução dos folículos pilo –sebáceos, ajuda na
permeabilidade da pele, tornando a permeação transepidérmica mais eficaz.

Desta forma resulta, através da renovação celular intensificada, a


melhora a textura da pele, revitalização, tornando a superfície cutânea mais
lisa, clara, luminosa e assim reduzindorugas superficiais.

Além disso há o estímulo aosfibroblastos, aumento do colágeno,


proporcionando à pele mais resistência e flexibilidade, redução de cloasmas
solares superficiais e aumenta a síntese do metabolismo basal ( GOMES,2009 ).
A profundidade de penetração histológica dos peelings químicos resulta de
alguns fatores como PH (potencial hidrogeniônico) e concentração do produto a
ser utilizado.

O peeling pode ser classificado como muito superficial, agindo no estrato


córneo até o estrato granuloso; superficial, agindo na epiderme, do estrato
granuloso até a camada basal, sendo que ambos podem ser aplicados por
esteticistas e peelings médios, agindo na derme papilar e profundo até a derme
reticular, restritos a área médica.

Os peelings muito superficiais afinam e retiram o estrato córneo e não


criam lesão abaixo do estrato granuloso. Podem ser feitos com algumas substâncias

21
como: Ácido salicílico a 10% em base alcóolica ou gel, ácido glicólico a 10% ou
15%, resorcina a 5% ou 10% e a solução de tessner modificada (KEDE;
SACATOVICH,2015 ).

O superficial causa necrose de parte ou de toda a epiderme, podendo


ser do estrato granuloso até a camada de células basais
(KEDE;SABATOVICH,2015 ). Os peelings médios realizam necrose da epiderme e
de parte ou de toda derme papilar. As substâncias mais usadas são: Ácido salicílico
40%, ATA 30% e fenol modificado. ( KEDE; SABATOVICH,2015 ).

Os peelings profundos causam necrose da epiderme e da derme papilar


podendo se estender até a derme reticular. E as substâncias mais utilizadas para
esse tipo de peeling é o fenol e o multipeel. ( KEDE; SABATOVICH,2015 ).
Entre os fatores que interferem no grau de profundidade, estão:

 A Estrutura molecular ou peso molecular:

 Quanto maior a estrutura molecular do ácido, menos agressivo será o peeling;

 Concentração do ácido: Quanto maior a porcentagem, maior a potencialização


do efeito na pele;

 Tempo de aplicação: Quanto maior o tempo de contato com o ácido, maior o


risco de causar uma lesão;

 Forma de aplicação: Quanto mais camadas se aplicar na pele ou na região


específica, maior o poder de penetração do agente esfoliante;

 Preparo da pele ou aclimação: É necessário a preparação da pele antes


do peeling para que facilite a penetração uniforme do agente esfoliante;

 Tipo de pele: A pele oleosa é mais resistente ao agente esfoliante por


isso a importância de uma boa avaliação e observar especialmente as
áreas sensíveis de dobras cutâneas:

Na face encontra-se sulco nasogeniano, comissura labial, cantos da boca e do


nariz, pálpebras superiores e inferiores e no queixo, nessas regiões há maior
penetração do ácido, causando uma lesão mais intensa e PH, sendo necessário
para uso domiciliar o pH entre 4 e 4,5 para evitar complicações como eritemas
persistentes e lesões acentuadas(KEDE; SABATOVICH,2015 ).

22
13. REJUVENESCIMENTO

Técnicas de rejuvenescimento vêm-se aperfeiçoando não apenas pelos


avanços tecnológicos, mas também pela preocupação da população com a
saúde e a aparência física, bem como em decorrência da maior longevidade.

O processo de envelhecimento ocorre tanto por causas genéticas, mudanças


hormonais associadas á menopausa (envelhecimento intrínseco), quanto por
influências ambientais, como luz solar, vento, umidade, doenças dermatológicas,
fumo, álcool, alimentação.

As modificações da pele que ocorrem pelo envelhecimento intrínseco


levam a ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição da
espessura da pele.

O envelhecimento cutâneo devido à exposição ao sol é conhecido como


"fotoenvelhecimento" e conduz à degeneração das fibras elásticas e colágenas, ao
aparecimento de manchas pigmentadas e à ocorrência de lesões pré-malignas ou
malignas.

A radiação UV propicia a formação dos radicais livres produzidos e, com isso,


eleva o número de lesões oxidativas não reparadas, que alteram o metabolismo e são
responsáveis pelo envelhecimento precoce, e elevam o risco de aparecimento de
câncer cutâneo.

A pele não agredida pelo sol caracteriza-se por seu aspecto sem manchas,
pigmentação homogênea e textura macia. Com o passar dos anos, a velocidade
de renovação celular diminui, e o peeling é um procedimento que visa acelerar o
processo de esfoliação cutânea, promovendo a renovação celular, pelo uso de
substâncias químicas. Dessa forma, a pele adquire aspecto mais jovial e renovado.

O peeling químico é também chamado de resurfacing químico, quimio


esfoliação ou quimio cirurgia e consiste na aplicação de um ou mais agentes cáusticos
à pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e sua reepitelialização.
Sua popularidade ocorre por propiciar melhoramento da aparência da pele

23
danificada por fatores extrínsecos, intrínsecos e também por cicatrizes
remanescentes. O peelingquímico é classificado em três tipos:superficial, médio e
profundo, assim descritos.

O peeling superficial tem ação na epiderme e utilizam-se como substâncias


ativas os alfa-hidroxiácidos(AHAs), beta-hidroxiácidos (ácido salicílico), ácido
triclo-roacético (TCA), resorcinol, ácido azelaico, solução deJessner, dióxido de
carbono (CO2) sólido e tretinoína.

É indicado para casos de acne, fotoenvelhecimento leve, eczema


hiperquerostático, queratose actínica, rugas finas e melasma.

O peeling médio tem ação na derme papilar e utiliza como substâncias ativas
combinações de TCA com CO2,TCA com solução de Jessner, TCA com ácido
glicólico ou somente o TCA e resorcina.

Possui a mesma indicação que o peeling superficial, além de ser indicado


em lesões epi-dérmicas.

O peeling profundo tem ação na derme reticular. São utilizados como


componentes ativos o TCA a 50% e o fenol(solução de Baker-Gordon), entre outros.
É indicado para os casos de lesões epidérmicas, manchas, cicatrizes, discromias
actínicas, rugas moderadas, queratoses, melasmas elentigos.

O peeling superficial é geralmente epidérmico e não apresenta riscos de


complicações ao paciente. Pode ser utilizado em todos os tipos de pele e em
qualquer área do corpo. Utiliza-se também a solução de Jessner, combinação de
resorcina, ácido salicílico, ácido lático e etanol. O CO2 sólido, denominado gelo
seco, é geralmente utilizado em casos de acne. O TCA, entre as numerosas
substâncias ativas, pode ser empregado nas formulações, em concentrações de
10 a 35%, desencadeando peelings de média profundidade.

Os AHAs fazem parte de um grupo de substâncias utilizadas nessas


categorias de peeling. São compostos derivados do leite (ácido lático), frutas
cítricas (ácidomaléico e cítrico), uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar(ácido glicólico),
mas também podem ser de origem sintética. Diferenciam-se pelo tamanho da
molécula, sendo o ácido glicólico menor e, portanto, com maior poder de penetração

24
na pele. São eficientes no tratamento de rugas, desidratação, espessamento e
pigmentação irregular da pele.

O ácido glicólico é o mais utilizado em formulações cosméticas e, pelo fato


de sua molécula ser de tamanho pequeno, tem maior poder de penetração em
relação aos outros AHAs.

Além da concentração utilizada, é importante considerar o valor de pH da


preparação, podendo variar de dois a quatro, e quanto menor seu valor (mais ácido)
maior a ação esfoliante do peeling e seu poder irritante na pele (o valor de pH 3,5 é
o ideal para uma boa esfoliação).

Ao longo do tratamento é importante o uso de filtro solar durante o dia,


para maior proteção da pele.O peeling médio é utilizado para remover queratoses
actínicas, rugas, discromias pigmentares ou para melhorar a aparência das cicatrizes.
O agente químico clássico utilizado para esse tipo de peeling era o TCA, na
concentração de 50%, mas apresentava o incoveniente de causar problemas na pele,
como o aparecimento de cicatrizes e hipopigmentação cutânea.

Por causa desse fato, passou-se a utilizar o TCA em combinação com


outras substâncias ativas, como o ácido glicólico, CO2 ou a solução de Jessner
(resorcinol, ácido salicílico e ácido lático). Atua na epiderme e derme, e o mecanismo
de ação do TCA envolve a esfoliação e a destruição do estrato córneo, ocorrendo
posteriormente a renovação celular.

14. ESTÉTICA: A PROFISSÃO E A RELAÇÃO COM A SAÚDE E O


BEM-ESTAR

A palavra estética surgiu na antiga Grécia, com o significado de percepção,


sensação. Sócrates foi um dos primeiros pensadores gregos a refletir sobre as
questões da estética, julgando-se incapaz de definir e explicar o belo em si. Para
Platão, somente a partir do ideal de beleza é que seria possível emitir um juízo estético,
definir o que era ou não belo, ou o que conteria maior ou menor beleza.
Estabeleceu uma união inseparável entre o belo, a beleza, o amor e o saber.

25
No século XVIII, estética surgiu como a teoria da sensibilidade, estando sempre
ligada à reflexão filosófica, à crítica literária ou à história da arte. O conceito de estética
está ligado ao estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Estuda
o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das
emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e
da técnica artística (BAYER, 1995). A influência da cultura grega na sociedade
moderna é ainda predominante e observada por meio do julgamento
estético, o qual é prazerosamente praticado por toda a humanidade.

É indiscutível que se vive numa sociedade de consumo, num tempo de culto


da imagem e das aparências, em que o corpo se transformou numa mercadoria. O
corpo e seus atributos, especialmente a beleza, adquiriram uma centralidade sem
precedentes na história (LEAL, 2010).

No Brasil, a história da estética ligada à profissão de Esteticista teve início na


década de 50, por meio de Anne Marie Klotz, nascida em Natal (RN), filha de pais
franceses, que após um período no país, retornaram à França. Em 1951, Anne
Marie retorna ao Brasil trazendo na bagagem técnicas de estética aprendidas na
França e, apesar da dificuldade com o idioma, começou a trabalhar em casa
atendendo somente às amigas.

Em pouco tempo, as técnicas empregadas se tornaram um sucesso e


assim nasceu em Copacabana o instituto de beleza “France-Bel”, que entre os anos
de 1954 e 1955 transformou-se em curso e laboratório.

Todo o material teórico trazido da França foi adaptado e registrado nos


Ministérios da Educação e Saúde. Neste curso, passaram grandes nomes da estética,
como Maria Celina Meireles, Antônia Maria e Waldtraud Ritter Winter.

A história da profissão de esteticista foi construída com muita luta e


perseverança por um exército de pioneiras, que, de uma maneira informal, levavam
aos lares seus cosméticos e suas técnicas de embelezamento. Ane M. Klotz criou, em
1963, a Federação Brasileira de Estética e Cosmetologia (FEBECO), afiliada à
federação mundial.

Considerava-se uma precursora de uma profissão importante para o


equilíbrio físico, mental, espiritual e social do indivíduo. Entendia que a esteticista

26
enviava energia ao seu cliente em forma de pensamentos de alegria, paz e gratidão
(KLOTZ, 2011).

Com o passar dos anos, a categoria tentou se organizar, criando a


Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas (FEBRAPE), com o objetivo
de lutar pela profissão, unificar as associações, realizar e divulgar estudos e
pesquisas e proporcionar o aperfeiçoamento dos profissionais.

Com inúmeras idas e vindas a Brasília, reuniões e projetos de lei não


votados, as federações/associações lutam até a presente data pela regulamentação
da profissão. Existem vários movimentos que se esforçam para sensibilizar o poder
legislativo para a efetiva votação e aprovação da regulamentação das profissões de
Técnico, Tecnólogo e, mais recentemente, Bacharel em Estética e Cosmetologia.

Os esteticistas, que faziam parte dos trabalhadores do serviço de


embelezamento e higiene, foram incluídos no grupo de profissionais da saúde e da
segurança. Os argumentos utilizados para esta alteração foram que os
recursos eletroterápicos usados para desenvolver as atividades profissionais
necessitam de estudo das ciências biológicas e da química-cosmetológica; e que a
estética é uma profissão de formação técnica e superior tecnológica, enquadrada
no catálogo nacional de cursos técnicos e ensino superior do Ministério da
Educação e Cultura, no eixo ambiente, saúde e segurança e por isso não
deveria estar na família dos trabalhadores do serviço de embelezamento e higiene
(BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, 2011).

Em janeiro de 2011, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou as mudanças,


passando os profissionais a pertencerem à Classificação Brasileira de Ocupações
- CBO de nº 3221 - Tecnólogos e Técnicos em Terapias Alternativas e Estéticas .

A profissão vai conquistando seu espaço e, atualmente, os pilares de


sustentação do trabalho do esteticista são o embasamento técnico-científico e a
atuação direcionada para a melhora na qualidade de vida e bem-estar do cliente.

De acordo com o Comitê Internacional de Estética e Cosmetologia (CIDESCO), o


papel do esteticista é prestar serviços de alta qualidade ao público, com o
objetivo de melhorar e manter a aparência externa e as funções naturais da pele,
influenciando-os ao relaxamento e ao bem-estar físico e mental (PIATT, 2003).

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Para a Ex-Presidente da FEBRAPE, Rosângela Façanha, o mercado de
trabalho da estética aplicada exige mão-de-obra qualificada, articulada e com
capacidade de mobilização do público-alvo.

A aplicação dos seus conhecimentos técnico-científicos se dá por meio


do seu desempenho eficiente e eficaz no que se refere ao oferecimento de
prestação de serviços de alta qualidade. Ressalta que na Europa a prestação
de serviços em estética realiza-se com muito sucesso, utilizando-se de técnicas
e instrumentais mais desenvolvidos.

A atividade profissional de esteticista é classificada como paramédica,


em que é membro integrante das equipes médico-hospitalares, promovendo a
recuperação e a reabilitação do tecido cutâneo, bem como a recondução ao
bem-estar e à elevação da autoestima do ser humano, em uma perspectiva
mais abrangente e enriquecedora.

A área de atuação profissional da estética, hoje, é considerada integrante


da área da saúde, pois compreende as ações integradas na prevenção, na
educação, na recuperação e na reabilitação referentes às necessidades
individuais e coletivas.

Visa à promoção da saúde, com base no modelo que ultrapassa a ênfase


na assistência médico-hospitalar. A atenção e a assistência à saúde abrangem
todas as dimensões do ser humano como biológica, psicológica, social, espiritual,
ecológica e são desenvolvidas por meio de atividades diversificadas, dentre
as quais a estética está inserida (BRASIL. Ministério da Educação, 2001).

A seguir, uma cronologia de tempo de alguns eventos importantes para


a área:

- Em 1968, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) implantou


o primeiro curso de estética facial em Belo Horizonte;

- A técnica de Drenagem Linfática Manual (método Vodder) foi trazida ao Brasil em


1969 por Waldtraud Ritter Winter;

- Em 1976, o SENAC recebeu a linha Payot, adquiriu a linha completa de aparelhos


da VIGILEX e implantou o curso de estética corporal;

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- O primeiro Congresso Brasileiro de Estética foi realizado em 1978, no Rio de
Janeiro, organizado pela FEBECO;

- Em 1981, sob o nº 5.796, houve uma tentativa de aprovação do Projeto de Lei que
tratava do exercício da profissão de Esteticista e Cosmetologista;

- Em 2003, foi fundada a Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas


(FEBRAPE). Enfermagem: A Profissão, o Cuidar com Novas Concepções A arte de
cuidar sempre foi uma necessidade da humanidade.

No período pré-cristão, o cuidado era exercido por curandeiros ou


feiticeiras que se preocupavam com o alívio da dor e dos sintomas das doenças.
Utilizavam chás, infusões e emplastos, feitos com ervas, empiricamente
reconhecidas como medicinais.

No decorrer dos tempos, surgiu a necessidade de uma visão desligada


dos mitos e voltada para o cuidado com embasamento científico. Em meados
do século XIX, 1820, nasceu na Florença a burguesa Florence Nightingale, que
contribuiu para a transformação da arte de cuidar para a ciência do cuidar, levando a
enfermagem a ser reconhecida como científica e essencial à prevenção e à
reabilitação de enfermos. Atuou como voluntária na Guerra da Criméia e utilizou
técnicas que hoje consideramos simples, mas que fizeram (e fazem) a diferença,
como a lavagem das mãos, a limpeza de curativos e a separação de enfermos
conforme critérios de contaminação. Visitava os leitos dos soldados com uma
lâmpada a óleo, por isso o símbolo da enfermagem é a lamparina.

Florence ficou conhecida como a Dama da Lâmpada e dizia-se que a


luz que emanava do pavio significava que o alívio está vindo. Após retornar
da guerra, formou uma escola de enfermagem no hospital Saint Thomas, que
posteriormente foi denominada Escola de Enfermagem Nightingale. Foi nesse
período que a enfermagem se desvinculou do misticismo e passou a permear
o campo científico.

O marco da enfermagem científica com Florence foi baseado no cuidado


e no gerenciamento (NAUDERER; LIMA, 2005). O marco da enfermagem no
Brasil foi Ana Neri, que atuou como voluntária na Guerra do Paraguai. Ao retornar

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ao Brasil, foi honrada pelo governo e seu nome foi dado à primeira escola de
enfermagem no Rio de Janeiro.

O enfermeiro que se graduava nesta escola recebia o diploma de


Enfermeiro no Padrão Ana Neri, o que explica o profissional graduado em
enfermagem, ainda hoje, ser conhecido, no senso comum, como enfermeiro
padrão (PADILHA; MANCIA, 2005).

Muitas são as teorias sobre a essência da enfermagem e a maioria


aponta para o cuidar relacionado diretamente ao cuidado do paciente.
Atualmente, a formação do enfermeiro o capacita para prestar atendimento às
pessoas de forma holística, olhando-as como seres totais, que possuem família,
cultura, têm passado e futuro, crenças e valores que influenciam nas experiências de
saúde e doença.

Talento (2000) considera que a enfermagem é uma ciência humana, que


não está limitada à utilização de conhecimentos relativos às ciências naturais;
lida com seres humanos, que apresentam comportamentos peculiares construídos
a partir de valores, princípios, padrões culturais e experiências que não podem ser
objetivados e tampouco considerados como elementos separados.

Tem-se desenvolvido numa estrutura particular de referência e, portanto,


num tipo “particular” de conhecimento. Diz-se “particular”, porque não se enquadra
totalmente dentro do preconizado “conhecimento científico”.

É frequente enfermeiros depararem-se com situações que requerem ações


e decisões para as quais não há respostas científicas, e sim outras formas de
conhecimento, como insight e compreensão.

A prática do profissional enfermeiro sustenta-se em três pilares: cuidar,


ensinar e gerenciar. E baseia-se no Processo de Enfermagem, como um
instrumento de sistematização e organização da assistência prestada.

Horta (1979), uma das primeiras teóricas a trabalhar com o processo de


enfermagem, considerava-o como a dinâmica das ações sistematizadas e inter-
relacionadas do cuidado, tendo como objetivo a assistência ao ser humano, baseado
na teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB).

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Com base nas NHB, o processo do cuidar é interativo e envolve um
movimento no sentido de conduzir as transformações nas dimensões física,
psicológica, social, ambiental e cultural.

A relação interpessoal proporciona uma assistência baseada no respeito


das individualidades, na comunicação e no relacionamento entre as pessoas,
expressando-se por meio de gestos de amor, do ouvir, do não verbal,
da observação, da confiança e do afeto.

Constitui-se num instrumento que auxilia a avaliação, a prevenção e a


tomada de decisões na assistência prestada. Para Bonfim (2000, p. 13), o método de
Lygia Paim, do Processo de Enfermagem, consiste em três etapas básicas: a
identificação de problemas, a prescrição de cuidados e a evolução do indivíduo.

Lygia Paim estabeleceu seis categorias de propósitos dos cuidados de


enfermagem, que são objetivos traçados para determinar diferentes intenções
de cada cuidado em função do equilíbrio na pessoa assistida: preservação do
equilíbrio, prevenção do desequilíbrio, detecção de sinais e sintomas do
desequilíbrio, promoção do equilíbrio, restabelecimento do equilíbrio e
implementação da prescrição médica. Uma forma autônoma e qualificada de
sistematizar a assistência é por meio da consulta de enfermagem.

A partir de 1993, o Conselho Federal de Enfermagem explicita a consulta


de enfermagem como atividade do enfermeiro, dizendo que a mesma utiliza
componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença,
prescrever e implementar medidas de enfermagem que contribuam para a promoção,
a prevenção, a proteção da saúde, a recuperação e a reabilitação do indivíduo, da
família e da comunidade. Possui como fundamentos os princípios da universalidade,
da equidade, da resolutividade e da integralidade das ações de saúde, bem
como se caracteriza como um processo da prática de enfermagem na
perspectiva da concretização de um modelo assistencial adequado às
necessidades de saúde da população.

A consulta de enfermagem é caracterizada como uma atividade prestada ao


indivíduo, à família ou à comunidade, com o intuito de promoção da saúde, seja no
âmbito hospitalar, ambulatorial ou em consultório particular e objetiva dar sentido,

31
registro e memória à assistência de enfermagem prestada (BARBOSA; TEIXEIRA;
PEREIRA, 2007).

Diante das habilidades e das competências para qual o enfermeiro é capacitado,


o conceito do cuidar centrado no indivíduo/doença/cura e na assistência hospitalar
tem-se mostrado, nos últimos anos, um padrão obsoleto de assistência.

Há uma grande necessidade de mudanças no “modelo do cuidar”, o qual deve


focar o atendimento das necessidades humanas básicas, tendo em vista questões
mais amplas sobre saúde, bem-estar e conforto do indivíduo(RIZZOTO, 1999, p. 73).

O processo do cuidar, evoluindo em sintonia com os avanços da


humanidade, pode ser considerado como o desenvolvimento de ações, atitudes
e comportamentos com base em conhecimento científico, experiência, intuição
e pensamento crítico, no sentido de promover, manter e/ou recuperar a dignidade e
a totalidade humana.

A dimensão estética do cuidar refere-se aos sentidos e valores que


fundamentam a ação num contexto interrelacional, de modo que haja coerência
e harmonia entre o sentir, o pensar (conhecer/saber) e o fazer. (WALDOW, 2001, p.
13).

A arte e a estética têm sido resgatadas na enfermagem


principalmente como consequência do desenvolvimento dos estudos sobre
o cuidado, dando uma nova roupagem, um novo brilho, desvelando a sensibilidade
e a espiritualidade.

Nesta nova concepção do cuidar em enfermagem, encontra-se o cuidado


alternativo ou complementar que se mostra mais receptivo, autônomo e
humanístico. Este novo “cuidar”, aos poucos, está conquistando espaço, como
exemplo, o Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, que
na formação de enfermeiro generalista inclui elementos para reflexão sobre as
transformações da sociedade e da produção do conhecimento, colocando na
sua grade curricular a disciplina Estudos Interdisciplinares II – Terapias
Complementares (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 1978).

Um estudo divulgado pela Revista Latino-Americana de


Enfermagem, realizado em 1998, constatou que 66,1% dos enfermeiros docentes

32
em quatro instituições de ensino de graduação em Enfermagem da Cidade de
São Paulo fazem uso das Terapias Alternativas/Complementares. (TROVO; PAES
DA SILVA; LEÃO, 2003).

Outro levantamento significante foi realizado pelo Governo Federal, que


divulgou um crescimento na rede pública de 358%, de 2007 a 2008, no número de
atendimentos de terapias complementares.

O aumento segue a tendência nacional de procura pelas terapias


alternativas instituídas no SUS, em março de 2006, pelo Ministério da Saúde,
por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC).

Alguns serviços públicos já prestam atendimento empregando terapias


como a musicoterapia, o toque terapêutico, a mudança comportamental, o
relaxamento, a acupuntura e o uso de ervas.

O governo quer dar ênfase à promoção da saúde, complementando os


programas já existentes.

O paciente com diabetes, por exemplo, é encaminhado para o


serviço de massagens nos pés; enquanto o hipertenso geralmente vai para
serviços de atividades físicas, como o tai chi chuan; e o idoso com dor recebe
indicação do tratamento de auriculoterapia, que é anti-inflamatório (CONSELHO
FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2010).

Em 1997, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) reconhece a


fundamentação da profissão de enfermagem na visão holística do ser humano,
o crescente interesse e a utilização das práticas alternativas (Acupuntura,
Iridologia, Fitoterapia, Reflexologia, Quiropraxia, Massoterapia, dentre outras) no
cuidado ao cliente e os aspectos do Código de Ética dos profissionais de
enfermagem que justificam a utilização das terapias naturais.

Por meio da Resolução 197, estabelece e reconhece as Terapias Alternativas


como especialidade e/ou qualificação do profissional de enfermagem. A partir
dessa Resolução, o enfermeiro passa a ser reconhecido como terapeuta
alternativo/complementar (na área específica), mediante conclusão e aprovação

33
em cursos reconhecidos em instituição de ensino, com carga horária mínima de
360h (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 1997).

Com relação à área de estética, desde 1970, a enfermagem está inserida na


especialidade de dermatologia. Nesta área, a enfermagem demonstra que a sua
atuação pode ocorrer por meio de novos modelos de assistência e ainda assim com
o resgate dos pressupostos de universalidade e integralidade,
compreendendo a pele como um órgão que influencia e é influenciado por todo
o contexto individual e que requer uma abordagem multidimensional.

Em 1998, foi fundada a Sociedade Brasileira de Enfermagem em


Dermatologia (SOBENDE), contudo somente em 2004, por meio da Resolução
290, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) fixa algumas especialidades,
entre elas a Dermatologia e as Terapias Naturais/Tradicionais e
Complementares/Não Convencionais.

A vice-presidente da SOBENDE, Maria Helena S Mandelbaum4, relata que


existem poucas publicações sobre a atuação do enfermeiro no campo da estética,
porém nos cursos de especialização em enfermagem em dermatologia se vincula
à questão estética em um módulo especifico sobre enfermagem em estética.

Refere que o enfermeiro pode atuar de forma autônoma, realizando


consulta de enfermagem, pré e pós-consulta médica, desde que esteja
devidamente capacitado para realizar os procedimentos, incluindo-se aqui
os relacionados à utilização de alguns equipamentos, desde que não
sejam ablativos ou que exijam formação médica ou profissional específica.

Desta forma, entende-se que a atuação autônoma do enfermeiro nessa


e em outras áreas a cada dia está conquistando mais espaço, sendo um
grande avanço para a profissão.

A prática da consulta de enfermagem mostra-se imprescindível, pois é por


meio dela que o profissional irá sistematizar a assistência (processo de enfermagem)
e conhecer as necessidades do cliente (situação de saúde/doença, equilíbrio do
corpo/mente, prevenção e promoção da saúde).

O sentido estético na enfermagem não é somente a busca pela beleza,


pela perfeição, e sim reafirmar que a estética é um princípio de autonomia e de

34
trabalho em saúde, pois nela a ética, a saúde e o bem-estar são reunidos
harmoniosamente.

A aplicação do saber específico do enfermeiro pode ser desenvolvida


plenamente desvinculando-se do saber biomédico, buscando um exercício
autônomo, centrado na natureza da profissão e em parceria com equipes
multidisciplinares.

A atuação do enfermeiro especialista em estética não se limita ao tratamento


estético do indivíduo saudável, livre de doenças e restrições; mas também
daquele indivíduo que apresenta patologias, restrições, necessidade de
orientação, cuidados e outras situações em que pode unir as habilidades e os
conhecimentos do enfermeiro ao atendimento estético.

Um atendimento que irá considerar a condição de saúde do


cliente, o uso de medicações/suplementos/vitaminas e os seus efeitos, o estilo de
vida, as alterações, os desequilíbrios e as expectativas do cliente.

O plano de cuidados do enfermeiro sempre levará em consideração o


resgate do atendimento das necessidades humanas básicas, da beleza, do conforto
com as mudanças corporais do bem-estar e da qualidade de vida. Exemplo a ser
citado é o caso da gestante que procura tratamento de drenagem linfática manual
para alívio do edema; no plano de cuidados podem-se incluir orientações quanto ao
preparo da mama, alterações físicas (cabelos, unhas, pele, peso), angústias e
medos, atividade física, alterações hormonais, risco de varizes/varicosas,
prevenção da celulite e estrias.

Outro caso é o atendimento de um pós-operatório de cirurgia plástica ou


funcional (varizes) em que pode ser realizada drenagem linfática manual, uso de
equipamentos quando necessário, cuidados com o dreno, o alívio da dor, a troca de
curativos, a avaliação da incisão, a presença de seroma, o controle dos sinais vitais,
as hematomas, o edema e as fibroses.

Diante das novas concepções de saúde, fica evidente que promoção da saúde
não se limita à prevenção e à cura de doenças, mas sim à promoção do bem-
estar, do equilíbrio corpo/mente e da qualidade de vida. E a capacitação
profissional do enfermeiro vem ao do encontro com o conceito atual, pois o prepara

35
para o cuidar holístico, integrado e sistematizado, considerando suas competências e
suas habilidades.

O propósito principal deste estudo foi analisar as especificidades das


ações na área da estética, que são comuns as ações realizadas pela
enfermagem para a promoção e a prevenção da saúde e do bem-estar das pessoas,
bem como uma perspectiva de autonomia profissional do enfermeiro.

A qualificação técnico-científica do enfermeiro prepara-o para o


atendimento das necessidades humanas básicas das pessoas, por meio da sua
especialidade no cuidado e no cuidar para a promoção da qualidade de vida
(SOUZA, 2005).

É nessa perspectiva que a enfermagem amplia o seu campo de atuação,


como na estética, que atualmente representa a prevenção aos problemas
relacionados ao estresse, ao envelhecimento, à recondução do bem-estar e à
elevação da autoestima.

A estética promove a saúde com vistas a proporcionar uma longevidade com


bem-estar e conforto com o próprio corpo e com a mente. Especialidade que
está em extrema evidência, a estética é uma área em ascensão frente à grande
parte da população e que pode ser praticada pelo profissional enfermeiro.

O cuidar estético pode ser exercido por meio da consulta de


enfermagem e sistematizado pelo processo de enfermagem, em que haverá a
identificação de problemas, a prescrição de cuidados e a evolução do usuário
do serviço de saúde.

O sentido do cuidar estético promove o resgate da beleza, o conforto


com as mudanças corporais, o bem-estar e a qualidade de vida.

O estudo foi relevante porque mostrou que a atuação do enfermeiro


especialista em estética não se limita ao tratamento estético do indivíduo saudável,
livre de doenças e restrições; mas também daquele indivíduo que apresenta
patologias, restrições, necessidade de orientação e educação em saúde, cuidados e
outras situações em que possam unir as habilidades e os conhecimentos do
enfermeiro ao atendimento estético.

36
O cuidar do enfermeiro contempla ações de bem-estar vinculadas à área
da promoção da saúde e da estética, por apresentar capacitação técnico-
científica específica e consolidada. Esta constatação vai ao encontro do discurso
da Dra. Taka Oguisso: Precisamos ser enfermeiros capazes de ousar, para buscar o
saber e ocupar os espaços com o fazer efetivo, científico e consciente, pois nós
somos enfermeiros agentes ativas da transformação e do desenvolvimento
da Enfermagem deste milênio. (NUNEZ, 2003, p.11-18).

Há necessidade de mais estudos nesta área para fortalecer a atuação


autônoma do enfermeiro, incluir a estética dentro de uma das especialidades
da enfermagem e para “chamar a atenção” dos órgãos reguladores, como COFEN e
COREN. Uma das dificuldades para os enfermeiros atuantes na estética é a falta
de respaldo legal, porque os órgãos reguladores da profissão não se manifestam
diante da nova atuação autônoma dos profissionais.

37
15. REFERÊNCIAS

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um diálogo entre os saberes técnicos e populares em saúde. Revista Acta Paul
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