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FUNCIONAL
DOS ÓRGÃOS E
DAS VÍSCERAS
SISTEMAS
RESPIRATÓRIO,
CARDIOCIRCULATÓRIO,
LINFÁTICO, DIGESTIVO
E GENITURINÁRIO
Mediastino – 32 – 33 - 34
Imagem radiológica do mediastino – 35
Mecanismo da respiração humana - 36
Capítulo II
Coração e sistema circulatório sanguíneo -37 - 38
Coração - 39
Estrutura externa do coração – 40 - 41 – 42 - 43
Paredes do coração - 41
Estrutura interna do coração 41 – 42 -43 – 44 - 45
Miocárdio – 46
Pericárdio - 47
Automatismo cardíaco - 48
Ciclo cardíaco -49
Artérias carotídeas - 61
Artéria carótida primitiva – 62 - 63
Artéria carótida externa e seus ramos -
64 Artéria carótida interna - 65
Irrigação arterial cerebral – 66
Polígono de Willis – 67
Arteriografia vértebro-cerebral –
68
Capitulo III
Visão geral do sistema linfático – 108 - 109
Órgãos e estruturas do sistema linfático– 110 - 111
Plexos, gânglios e vasos linfáticos - 112
Cisterna do quilo – 113
Linfa - 113
Ductos linfáticos. Sistema de drenagem – 114 - 115
Sistema linfático digestivo -115
Baço – 116
Apêndice cecal - 118
Timo - 117
Anatomia funcional linfática - 118
Capitulo IV
Visão geral do sistema digestivo – 119 - 120
Dimensões comparativas do sistema digestivo - 121
Sistema digestivo superior - 122
Boca - 123
Dentes – 123 - 124
Língua - 125
Músculos da língua - 126
Órgãos do pescoço - 127
Esôfago – 128 - 129
União esófago gástrica – 128
Paredes do tubo digestivo -
128
ÍNDICE
Capitulo V
Visão geral do sistema urinário – 168 - 169
Rim – 170 – 171 – 172 – 173 – 174 -175
Sistema excretor urinário -
176 Ureter - 177
Bexiga - 178
Uretra feminina - 179
Uretra masculina – 180 – 181
ÍNDICE
Capitulo VI
Visão geral do sistema reprodutor humano – 182 -183
Visão geral do sistema reprodutor feminino - 184 – 185 – 186 – 187 - 188
Útero – 184
Endométrio - 186
Miométrio - 187
Colo de útero - 188
Ligamentos dos genitais femininos -
189 Ovários-190
Tubas uterinas-191
Vagina - 192
Órgãos genitais externos femininos - 193 -
194 Mamas – 195 - 196
Ciclo reprodutor feminino-197
Fertilização do óvulo e e implantação do blastocisto - 198
Ovogéneses - 199
Bibliografia - 214
CAPÍTULO I: SISTEMA RESPIRATÓRIO
VIAS RESPIRATÓRIAS
ALTAS
VIAS RESPIRATÓRIAS
BAIXAS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
A respiração humana é um processo no qual o organismo recebe oxigénio para permitir
suprir as necessidades energéticas funcionais das células e está constituído pela or a
respiração externa e pela respiração interna.
O sistema respiratório constitui a respiração externa, dada pela ventilação pulmonar e a
hematose, mecanismo encarregado de realizar a troca de gases entre o meio externo, ou
meio ambiente, e a circulação sanguínea, no aparelho respiratório. A respiração interna se
produz-se no leito capilar, e recebe o nome de respiração celular, sendo o processo pelo
qual se realiza a troca de gases no leito capilar, entre o sangue e a célula.
Nos pulmões, se produz-se o intercambio intercâmbio do oxigénio por anidrido
carbónico, o primeiro, adquirido pelas hemácias, ao mesmo tempo la vez que se faz-se
entrega aos alvéolos, do anidrido carbónico, para ser expulso para ado ao exterior, no
processo de inspiração e espiração expiração correspondente.
O sistema ou aparelho respiratório, na por sua vez, se divide-se em:
• Vias respiratórias altas: também chamadas de vias superiores, são o
nariz e seus componentes, a laringe, a faringe e a traqueia;
• Vias respiratórias baixas: ou vias inferiores, referem-se aos brônquios e aos
pulmões.
O sistema respiratório, cumpre também outras funções, como são:
• Manter o pH sanguíneo (homeostasia)
• A fonação
• O olfacto
• A protecção contra
antigénios e
outras substâncias
estranhas que
penetrem
pelas
vias
respiratórias.
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SISTEMA RESPIRATÓRIO
Figura 1. Visão geral do sistema respiratório..
1
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APARELHO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
As vias respiratórias
altas, ou superiores, tem
têm a função de filtrar,
aquecer e
humidificar
o ar que se
utiliza para
o
intercambioi
ntercâmbio
dos gases nos
pulmões.
Corrigir legenda
fossas nasais; epiglote
12
NARIZ EXTERNO
O nariz externo tem forma de
pirâmide triangular de base inferior e a
porção posterior se insereta-se no
1/3terço médio da
face. Permite a entrada do ar nas
cavidades nasais. Está É constituída
constituído por:
Dorso: região anterior.
Raiz: inserção na face.
Ápice: extremo proeminente da base.
Narinas: saliências semilunares por aonde penetra
o ar nas cavidades nasais.
CAVIDADES NASAIS
São duas escavações, aos nos lados do tabique
nasal, começando a partir das narinas, que
permitem o a passagemo de ar para o seu Figura 4. Nariz externo
interior. Apresenta várias estruturas, órgãos e
tecidos. Elas são:
Mucosa respiratória: serve para aquecer e humidificar o ar inalado.
Mucosa amarela: ou olfactória, localizada na porção superior da mucosa.
Pêlos e cílios: se observam-se a nível dnas narinas, e servem para filtrar as
partículas inaladas.
Septo nasal: cartilagem que separa ambas cavidades nasais.
Coanas: são duas aberturas nasais posteriores que comunicam com a faringe.
Cornetoes: ou conchas nasais superior, médio e inferior. São os órgãos que servem
para humidificar e aquecer o ar e se localizam-se nas paredes laterais da cavidade
nasal.
13
15
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COANAS
SEIOS PERINASAIS posteriores na direçãodirecção
da fFaringe.
São duas aberturas nasais
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Figura 7. Localização das coanas.
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CARTILAGENS NASAIS
O nariz externo está é constituído por várias cartilagens . Eles Elas se denominam-se:
• Cartilagem septal • Cartilagem nasal medial
• Cartilagem nasal lateral • Pequena cartilagem alar lateral
• Grande cartilagem alar lateral • Cartilagem sesamoóide
• Tecido fibroso alar
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Meatos nasais: se
localizam em baixo
e detrás atrás dos
corneteos e
servem para a
drenagem dos
seios perinasais,
assim como do
conduto
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lagrimallacrimal,
no meato inferior.
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LARINGE
Acima da glote
esta a “lingueta” de cartilagem epiglote. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada
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CARTILAGENS LARÍNGEOSLARÍNGEAS
São as cartilagens, de tipo
hialino os as maiores, e
elásticos elásticas os as
quatro mais
pequenospequenas, que dão
lugar á à laringe. Recebem os
nomes seguintes::
Cartilagem
epigloteepiglótica:
ele funciona em
concordância com a
deglutição.
Cartilagem tireóidea:
conforma a porção
superior e anterior da
laringe.
Cartilagem cricóide: se
articula-se com a
traqueia e suporta os
outros pares de
cartilagens.
Cartilagens aritenóidea: em número
de dois, e em conjunto com as Figura 15. Vista anterior da laringe.
outras quatro mais pequenas,
permitem a movimentação das
cordas vocais.
Cartilagens corniculadoscorniculadas: cada uma, em ncima dos das anteriores.
Cartilagens piramidais:
localizadas em ncima
das cartilagens
corniculadoscorniculada
s.
MÚSCULOS LARÍNGEOS
São seis músculos
denominados de
Iintrínsecos, e
responsáveis dos
pelos
movimentos das
cordas vocais.
Quatro músculos
adutores:
• Oblíquo aritenóideo
21
• Transverso aritenóideo
• Cricotiróideo
• Ariepiglótico
Os músculos cricotiróideomúsculos cricotiróideos
e ariepiglótico também são tensores.
Um músculo abdutor:
Músculo posterior cricaritenóideo.
Músculo tireoaritenóideo:
também chamado de corda vocal Figura 16. Vista posterior da laringe.
falsa.
22
CARTILAGEM TIREÓIDEA
A tireoide tireóide é a maior das nove cartilagens que constituem o esqueleto laríngeo. Tem
como função principal a de proteger as cordas vocais e permitir a inserção de músculos e
ligamentos, estando localizado localizada encima por cima e as à voltas da traqueia, a
nível da quarta vertebra vértebra cervical.
Apresenta:
Duas lâminas: as quais se unem anteriormente para formar a proeminência laríngea ou
“pomo-dode-Adão“, cujas margens superiores servem para se ligar ao osso hióide por
meio da membrana tireo-hióidea. É onde se articula a epiglotes, encimaem cima, e se
inserem as cordas vocais, em baixo.
Dois cornos superiores: que se ligam-se ao osso hióide por meio dos ligamentos laterais.
Dois cornos inferiores: que, junto com a cartilagem cricóide, dão lugar à articulação
cricotiróidea.
CARTILAGEM CRICÓIDE
A cartilagem cricóide resulta
na parte inferior da laringe, se
liga-se à traqueia. Se Vista anterior
aApresenta-se em forma de
anel, ou anel de sinete, sendo
mais alto posteriormente,
onde se articulam as
cartilagens aritenóideos.
CARTILAGEM ARITENOIDEARITENÓIDEA
As cartilagens aritenóideas são as maiores
dos três pares de cartilagem cartilagens
que conformam a laringe. Tem Têm
forma piramidal e se articulam-se com a
lâmina da cartilagem cricoidecricóide, a
de cada lado, encimaem cima
e posteriormente.
Anatomicamente apresenta:
Processo vocal: é anterior e onde se
enxerta posteriormente a corda vocal.
Processo muscular: sendo lateral, é
a inserção posterior e lateral dos
músculos tirearitenóideo e
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Figura 21. Cartilagem
aritenoidearitenóidea.
cricaritenóideo, os quais
influenciam nas posições e tensões
das pregas vocais ou cordas vocais
verdadeiras.
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CARTILAGEM CORNICULADOCORNICULADA
Duas pequenas pirâmides de cartilagem elástica, situadas
encima por cima das aritenoidesaritenóideas.
CARTILAGEM CUNEIFORME
Não se liga a nenhuma outra cartilagem,
somente a músculos e ligamentos que unem as
cartilagem aritenoide aritenóidea e a epiglote.
LIGAMENTOS E MEMBRANAS
DA LARINGE
Os ligamentos da laringe são classificados em
extrínsecos o ou intrínsecos. (Ver na figura
14).
Ligamentos extrínsecos: têem a função
de unir as cartilagem entre sí si e as
outras estructuras adjacentes,
contribuindo ao para o involucro
invólucro laríngeo.
• Ligamento ariepiglótico: conforma o
relieve do vestíbulo e une a base da língua
com a epiglote. Figura 22. Cartilagens duplos duplas da
• Ligamentos tireoepiglóticos: unem a laringe.
base da epiglotes ao à cartilagem
tireoideotireóidea.
• Ligamento cricotraqueal: fixa o bordo inferior do cricóides ao primeiro anel traqueal.
• Ligamento cricotireóideo mediano: estende-se entre as cartilagens cricóide e
tireoide, notireóidea, no centro da membrana tireo-hióideohióidea.
Ligamentos intrínsecos. Unem as cartilagens laríngeos laríngeas entre sísi.
• Ligamento vestibular: também conhecida conhecido por membrana
cuadrangularquadrangular.
• Cono elástico: na porção inferior , entre o cricoides cricóide e as cordas
vocáisvocais, termina encima em cima como ligamento vocal.
• Ligamento vocal: ocupa o bordo da corda vocal, entre a mucosa e o músculo.
Membrana tireoóhioidea: são duas membranas situadas lateralmente á à escotadura
tireoideatireóidea, que fecha o espaço existente entre a laringe e o osso hioideshióide.
Membrana hioepiglótica: do da cartilagem tiroides tiróidea ao espacio espaço pré epiglótico.
Membrana cricotireóidea: do bordo superior cricoideo cricóideo ao bordo
inferior da cartilagem tireoideatireóidea.
GLOTES
É a abertura delimitada pelas pregas vestibulares, encimaem cima, e pelas pregas vocais,
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inferiormenteem baixo. Entre ambas pregas existe uma fenda denominada ventrículo da
laringe. Sua A sua função é a de permitir a entrada do ar na traqueia, ficando fechada
durante a deglutição.
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CORDAS VOCAIS
Elas são quatro pregas ou processos, duas superiores e duas inferiores, que constituem a
porção superior e inferior da glotes, respectivamente. As superiores, também são
denominadas de processos musculares ou cordas falsas. As inferiores, são conhecidas
também por processos vocais ou cordas vocais verdadeiras. os Os processos musculares
se são constituem constituídos de por músculos esqueléticos. os Os processos vocais ou
cordas verdadeiras sãoe formados conformam depor ligamentos. Ambas, se distendem-
se ou relaxam pela ação dos músculos internos da laringe, sendo capazes de produzir
sons durante a passagem do ar, enquanto falamos ou cantamos.
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TRAQUEIA
A traqueia conclui anatomicamente o canal respiratório das vias superiores. Tem entre
1,5 cm ae 2,5 centímetrosm. de
diâmetro e 10 a
20
centímetrosms.
de comprimento,
sendo formada
por uns vinte
anéis incompletos
de cartilagem
hialinohialina,
unidos por
ligamentos
e abertos
posteriormente;
sendo recubertos
recobertos por
músculo liso.
Localizada no
pescoço, anterior
ao esófago, na sua
porção superior.
Termina inferiormente
e bifurca-se, dando lugar Figura 26. Traqueia, constituição.
a à carina, originando os
brônquios.
Seu O seu epitélio de
revestimento muco-ciliar
capta por adere aderência
partículas de poeira e
bactérias presentes em
suspensão no ar inalado,
que são posteriormente varridas
para fora, graças aos cílios, e
engolidas ou expelidas.
22
Figura 27. Traqueia, localização no pescoço.
23
APARELHO RESPIRATÓRIO INFERIOR
O aparelho ou vias respiratórias inferiores ou baixas, está é constituído pelos
brônquios, que se ocupam de levar ar aos pulmões, o outro órgão das vias inferiores.
Brônquios:
formado de por
anéis abertos
posteriormente,
a à semelhança
com da estrutura
anatómica da
traqueia. Estes
anéis se
unem-se entre si,
dando lugar ao à
arvore árvore
bronquial,
localizado
localizada no
interior do
parênquima
pulmonar e
encarregadoenca
rregada
de permitir a chegada do
ar até aos alvéolos. Figura 29. Vias respiratórias inferiores.
Pulmões: estruturas localizadas
a ambos os lados do tórax, em forma de
pirâmide, cuja base inferior está em
relação direita directa com o diafragma
e o vértice ou ápice na porção superior
da cavidade. Também se descrevem
duas faces, uma lateral e uma
medial, côncava é o local de
penetração do pedículo pulmonar,
através do hilo pulmonar.
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OS ALVÉOLOS E O LEITO CAPILAR.
Os alvéolos se classificam-se em primeiroprimeira, segundo segunda e terceiro terceira
ordem. Estes últimos são os que fazem o intercambio intercâmbio gasoso com os
capilares sanguíneos.
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Figura 36. Rede capilar ao redor do alvéolo.
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PULMÕES
Os pulmões tem têm uma consistência esponjosa devido a à abundante quantidade de
ar contido eúdo no seu interior. , eles eEstão subdivididos em lobos, que são unidades
anátomo-funcionais independentes. Os lobos pulmonares contem contêm aos
segmentos bronco pulmonares.
O pulmão direito
apresenta três lobos
denominados superior,
médio e inferior.
O lobo pulmão
esquerdo tem
somente tem
dois lobos, o
superior e o
inferior. Os lobos
estão separados
entre si, por meio
das fissuras. Existem
as fissuras
horizontal e oblíqua,
no lado direito; a
primeira delimita o
lobo superior do lobo
médio, e a segunda,
a este ultimoúltimo,
do lobo
inferior. No pulmão esquerdo
Figura 37. Lobos pulmonares.
a fissura oblíqua divide os dois lobos.
A porção inferior do lobo superior do
pulmão esquerdo corresponde ao lobo médio do pulmão direito e apresenta um
prolongamento chamado língula.
Existem outras estructuras pulmonares que complementam o seu funcionamento. Elas
são as seguintes:
• Pedículo pulmonar
• Hilo pulmonar
• Pleura pulmonar
• Artérias
brônquicas
• Veias
brônquicas
• Vasos e
nodos
linfáticos
• Nervos do plexo
pulmonar.
29
Figura 38. Estruturas anátomo-funcionais pulmonares.
30
SEGMENTOS BRONCO PULMONARES
31
HILOS E PEDÍCULOS PULMONARES
Os hilos pulmonares é são os espaços por aonde cursam os órgãos e estruturas do
pedículo pulmonar, a de cada lado. Se lLocalizam-se na face mediastinal, sendo parte dos
limites laterais do mediastino.
Os pedículos pulmonares são os órgãos e estruturas que atravessam o hilo pulmonar e
permitem o funcionamento deste. Em cada pedículo se observam-se os brônquios, as
veias pulmonares, a artéria pulmonar, os nervos e vasos linfáticos.
Em cada hilo pulmonar, os brônquios ocupam a posição caudal e posterior, as veias
pulmonares são inferiores e anteriores e a artéria pulmonar ocupa a posição superior e
mediana em relação as às veias e aos brônquios.
Ao redor da raiz pedicular, na face mediastinal pulmonar, vão-se observar as impressões
dos diferentes órgãos e estruturas que se localizam no mediastino. Dentre delas e a nível
da raiz pedicular do pulmão direito, dorsal mente cursa à a veia cava superior e os nervos
vago e frénico, póstero-lateralmente. No pulmão esquerdo, na raiz pedicular, observa-se
anteriormente, o nervo frénico, e detrás o nervo vago.
LIGAMENTO
PULMONAR OU
TRIANGULAR
Se lLocaliza-se encima
em cima do diafragma,
entre as porções
inferiores da pleura
mediastinal, a raiz
pulmonar e o pericárdio,
e fixa o pulmão ao
diafragma.
Figura 44. Ligamentos pulmonares. 29
RECESSOS OU SEIOS PLEURAIS
Os espaços virtuais que se apresentam nos ângulos de união entre as pleuras parietais
costal, diafragmática e mediastínica a nível da base do pulmão recebem o nome de
recessos ou seios pleurais.
RECESSOS COSTO
DIAFRAGMÁTICOS
OU COSTOFRÉNICOS
São conformados no ângulo de
encontro inferior na região anterior,
lateral e posterior das pleuras costal e
diafragmática, existindo assim os
recessos anterior, lateral e posterior.
RECESSOS COSTOMEDIASTINAL
E RETROESOFÁGICO
Se pProduzem-se a partir do ângulo A pericardiocentese se
de união entre as pleuras costal e realiza-se a nível do recesso
mediastínica. O primeiro, anterior, costo mediastinal esquerdo, o
detrás do esterno e a cada lado do qual é maior e permite aceder
pericárdio, onde se funde com o ao pericárdio sem interessar a
diafragma.
pleura.
O segundo, posterior, em relação com
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o esófago, entre ambas as pleuras.
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DIAFRAGMA
Músculo estriado esquelético membranoso em forma de cúpula, que separa o tórax do
abdomeabdómen, coberto pelo peritónio em na sua face inferior e pela pleura parietal na
face superior, servindo de apoio á à base de cada pulmão, e sendo mais baixo do lado
esquerdo, devido ao ápice do coração.
É o principal músculo que promove a respiração, sendo o nervo frénico o encarregado
pela sua inervação.
O diafragma se inserta-se, anteriormente, na porção esternal, com o processo xifóide;
lateralmente, na porção costal, o faz com as seis costelas inferiores (da sétima ao à
decima décima segunda); e posteriormente, da dá lugar aos pilares diafragmáticos, ao
fixar-se às três vértebras lombares superiores (L1, 2 e 3).
Na figura 187, se observa-se como durante a inspiração, a cúpula diafragmática se contrai e desce
até a à 10.ª costela, aumenta o diâmetro vertical do tórax, reduz a pressão intratorácica, comprime
as vísceras abdominais, auxilia a entrada do ar nos pulmões e também a circulação sanguínea na veia
cava inferior. Na espiraçãoexpiração, o diafragma relaxa e sobe até a à 6.ª costela, aumentando a
pressão intratorácica e expulsando o ar dos pulmões.
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MEDIASTINO
O mediastino é um espaço localizado no centro do tórax, ocupado por diversas
estruturas, de diferentes órgãos de importância vital para o sustento da vida, muitas das
quais se movimentam constantemente e outras com bastante frequência. Ao longo da
vida, a laxitude do tecido conectivo, as gorduras e a elasticidade dos pulmões e a pleura,
permitem que o mediastino se acomode ao movimento e as às variações constantes
dos volumes na cavidade torácica. Exemplo disto, são os movimentos da traqueia e d os
brônquios durante a respiração, os movimentos pulsáteis dos grandes vasos, artéria
aorta, veias cavas superior e inferior, tronco arterial pulmonar e as suas duas
artérias a continuação e as variações do volumem do esófago durante a deglutição.
Os corpos vertebrais e os
pulmões
não formam parte
do mediastino. 34
Figura 49. Mediastino, localização e limites.
ÓRGÃOS E ESTRUTURAS DO MEDIASTINO
No mediastino superior se observa-se o esófago e a traqueia, posteriormente, o timo,
anteriormente, o arco aórtico, o tronco pulmonar, as veias braquiocefálicas, a veia cava
superior, n o nervo frénico direito, os ductos linfáticos e sua desembocadura, assim como
a desembocadura das veias ázigos. Já, no mediastino inferior, apresentam-se as
subdivisões anterior, média e posterior.
• Mediastino anterior: é o mais pequeno dos tres três espaços, e encontra-se
entre o pericárdio fibroso e o esterno. Durante os primeiros meses de vida,
resulta relativamente grande, devido a que contem contém parte do timo.
• Mediastino médio: resulta é a sub divisão mais importante, devido á à presença do
coração e do pericárdio.
• Mediastino posterior: Lhe corresponde-lhe a porção dorsal, detrás do pericárdio
fibroso, e anterior aos corpos vertebrais das oito vértebras dorsais inferiores, e o
diafragma, que o delimita inferiormente.
35
IMAGENS RADIOLÓGICAS DO TÓRAX E DO MEDIASTINO
HEMATOSES
É uma consequência da
respiração aeróbia
onde se intercambiam
o oxigénio e o dióxido
de carbono nos
alvéolos pulmonares.
É o intercâmbio
ou difusão
indirecta de
oxigénio e dióxido
de carbono nas
paredes dos alvéolos
pulmonares, entre o ar
e o sangue, permitindo
a oxigenação do
sangue venoso e
que esta este se
tornar torne sangue
arterial. A eficiência
das trocas
gasosas são é devidas
á à grande área da
superfície alveolar,
de fina espessura, que
se encontra envolvida Figura 54. Mecanismo da ventilação pulmonar e a hematose.
por uma vasta rede
capilar
e que é se aacompanhada de
um elevado gasto de energia (calor).
36
CAPÍTULO II: CORAÇÃO
eE SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO
SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO
É também chamado de sistema cardiovascular.
Compreende principalmente o coração e os vasos sanguíneos.
• Coração. : Órgão órgão encarregue encarregado de receber e
enviar o sangue através dos vasos sanguinos sanguíneos a todo o
organismo, órgãos e células constituintes do corpo humano.
• Vasos sanguíneos. : São são as artérias, os capilares e as
veias. Estruturas tubulares que permitem a entrada e saída
do sangue no coração, excursionando por todo o organismo
para sua oxigenação, nutrição e manutenção da
homeostasia.
É responsável por :
Conduzir os elementos essenciais para sustentar a vida:
• Oxigénio para as células.
• Hormônios Hormonas para os tecidos.
• Dióxido de carbono para eliminação nos pulmões.
• Excreções metabólicas e celulares para os órgãos excretórios.
No Sistema Imunológico participa na defesa contra infecções.
Controlo da termorregulação:
• Se calor, produz vasodilatação periférica.
• Se frio, haverá vasoconstrição periférica.
• Leva ou tTransporta os nutrientes dos locais de absorção
Figura 55. Coração e vasos
até às células dos órgãos. sanguíneos principais.
Nos animais superiores, entre eles o homem entre eles, resulta
verifica-se um sistema circulatório fechado, duplo e completo.
Fechado:. O o sangue circula dentro dos vasos sanguíneos.
Duplo:. No no sistema circulam o sangue arterial e o venoso, que chegam ao coração,
por diferentes sistemas, antes de fazerem o ciclo completo.
Completo:. O o sangue venoso e o sangue arterial circulam separadamente.
TIPOS DE CIRCULAÇÃO
SANGUÍNEA
Existem dois (2) tipos principais
de circulação sanguínea.
• Circulação pulmonar ou
pequena circulação:. Conduz
conduz o sangue até aos
pulmões para o intercambio
intercâmbio entre o dióxido de
carbono e o oxigénio.
• Circulação sistémica ou
grande circulação:. Leva
leva o oxigénio, os
nutrientes e as restantes
substâncias aos tecidos
Figura 56. O coração, trajecto do sangue nas cavidades.
periféricos.
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CORAÇÃO
O coração tem forma de cone ou pirâmide irregular com a base para encima e a à direita,
o vértice para baixo e a à esquerda, ao nível do quinto ou sexto espaço intercostal. Se
dDescreve-se anatomicamente três faces e quatro margens.
FACES DO CORAÇÃO
Face inferior ou diafragmática: apoia-se no diafragma.
Face medial ou pulmonar: localizada enfrente à frente ado hilo pulmonar esquerdo.
Face anterior ou esternocostal: detrás do esterno.
MARGENS DO CORAÇÃO (figuras 4 e 5).
FACES DO CORAÇÃO
A. Margem direita: no átrio direito entre as veias
cavas superior e inferior.
B. Margem Inferior: no ventrículo direito e parte
do ventrículo esquerdo.
C. Margem esquerda: no ventrículo
esquerdo e parte da aurícula.
[D.] Margem superior: também chamado
chamada base do coração, localiza-se
posteriormente a à aorta e ao
tronco pulmonar e anterior a à veia cava superior
(limite inferior do seio transverso do pericárdio).
MARGENS DO CORAÇÃO
39
ESTRUTURA EXTERNA DO CORAÇÃO
41
Figura 63. Estrutura interna do coração.
PAREDES DO
CORAÇÃO
esquerdo, respectivamente.
42
AURÍCULAS
As aurículas as são duas cavidades cardíacas localizadas por encima do septo horizontal do
coração, e tem têm como função receber sangue provenientes das veias. A aurícula
esquerda recebe o sangue dos pulmões, por meio das veias pulmonares, e a à aurícula
direita chega o sangue do resto do organismo por meio das veias cavas superior e inferior.
Ambas aurículas enviam o sangue para os ventrículos correspondentes.
AURÍCULA DIREITA
Apresenta:
• Dois orifícios: o óstio da
veia cava superior e o
óstio da veia cava
inferior.
• Válvula tricúspide:
permite a comunicação
com o ventrículo
direito.
• Seio coronário: pequeno
orifício, desembocadura
do tronco venoso das
coronárias a esquerda
Figura 64. Aurícula direita e suas estruturas.
da
entrada da veia cava inferior.
AURÍCULA ESQUERDA
44
VENTRÍCULOS
Constituem grande parte do coração, e estão localizados na porção inferior do órgão.
Separados entre si pelo septo vertical, ou septo interventricular, recebem o sangue das
correspondentes aurículas e impulsionam-noá-lo para as artérias aorta e tronco pulmonar.
Tem Têm paredes muito grossas,
e a superfície não lisa, com muita
irregularidade, devido aos músculos.
Ambos estão separados da aurícula
do seu lado pelo septo horizontal.
Ventrículo direito:
apresenta a válvula
tricúspide no orifício que
comunica
a aurícula com o
ventrículo.
Tronco pulmonar: sai
do ventrículo e se
divide-se em duas
ramificações, que
transportarão o
sangue pobre em
oxigénio até ambos
pulmões.
Ventrículo esquerdo:
maior e com paredes mais
musculosas, apresenta a
Figura 67. Ventrículo direito (vista anterior).
válvula mitral, orifício que
comunica com a aurícula,
na qual entra o sangue
previamente
oxigenado,
para ser
levado a todo
o organismo
pela aorta.
Artéria aorta:
inicia-se no
ventrículo
esquerdo e
transporta
o sangue
oxigenado
as estruturas,
órgãos e
sistemas.
45
VENTRÍCULOS
46
OUTRAS ESTRUTURAS CARDÍACAS
FOSSA OVALIS FORAME DE BOTELHO
A fossa oval é o orifício cego localizado no lado
Ou fossa oval, é uma depressão circular
direito do septo interatrial, que na vida fetal
rodeada por um engrossamento,
permite a passagem do sangue do átrio direito
localizada a ambos lados do tabique para o esquerdo. No embrião, o sangue que
interauricular, mais apreciável do lado chega no ao átrio esquerdo não retorna,
direito, que durante o desenvolvimento devido a que o septum primum –— no lado
fetal serve para se comunicar ambas direito do orifício – — funciona como válvula e
aurículas. fecha o forame quando se contrai. Após o
nascimento, quando os pulmões se tornam-se
funcionais, a pressão pulmonar diminui, e a
pressão atrial esquerda excede à direita. Isto
comprime o septum primum – — lado direito -
— contra o septum secundum – — lado
esquerdo -, —, fechando o forâmen forame
ovale, o qual fica hermético nos primeiros três
meses de vida.
47
Válvulas auriculoventriculares: quando a aurícula se contrai, as valvas projectam-se para
o Ventrículoventrículo, desbloqueando o orifício e permitindo, assim, a passagem da
corrente sanguínea até à cavidade ventricular.
48
DUCTO ARTERIOSO
Conduto de comunicação entre a artéria aorta e o tronco arterioso pulmonar no embrião. Ele fecha-s
LIGAMENTO ARTERIAL
É o remanescente do ducto arterioso.
MÚSCULOS PAPILARES
Fibras musculares nas paredes dos ventrículos, que fixam as cordas tendinosas para
fechar e abrir as válvulas, e controlar o a passo passagem do sangue de um
compartimento ao outro.
CORDAS TENDINOSAS
São as que permitem fechar as
válvulas ao se inserirem-se no seu
bordo livre e nos pilares
musculares.
SULCO CORONARIANO
Forma uma espécie de coroa
Figura 73. Sulco coronariano,
músculos papilares e cordas
49
tendinosas.
externamente e marca o
septo auriculoventricular.
50
MIOCÁRDIO
O miocárdio é o músculo que forma as paredes do coração, apresentando aspecto
estriado, cujas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada,
permitindo-o lhe contrair-se em massa, e responder a o estímulo do tipo " tudo ou
nada", daí que se classifique como “músculo unitário simples”. Isto permite que o
coração se contraia-se ritmicamente, a à razão de 60 a 80 vezes por minuto.
O miocárdio não está sujeito ao controle controlo da vontade.
São três tipos de músculo cardíaco O músculo cardíaco apresenta filamentos de actina e
miosina. São Eles são de três os tipos de músculo cardíaco:
• Músculo cardíaco ventricular. Localizado nos ventrículos. Contrai-se de forma
parecida com o músculo estriado, mas a duração de da contracção é maior.
• Músculo cardíaco atrial. Localizado nas paredes atriais do coração. Funciona de
modo similar á à porção ventricular.
• Fibras miocárdias excitatórias e condutoras. Também chamadas fibras de Purkinje, as
quais se contraem de modo mais fraco, dado a o facto de conterem poucas fibrilas
contrácteis, e, ao contrário, apresentarem ritmicidade e velocidade de condução
variáveis, conformando o sistema excitatório do coração.
Figura 78.
Complementos do coração
52
AUTOMATISMO CARDÍACO
Os estímulos eléctricos do músculo cardíaco geram-se espontânea e ritmicamente na
musculatura auricular direita (nodo sinusal) de maneira a garantir a contracção
e a dilatação sequencial do resto dos compartimentos.
O sistema nervoso, pode acelerar ou reduzir a actividade cardíaca, mas, não assim
desencadeá-la.
A actividade nervosa será controlada pela
inervação simpática que acelera o ritmo
do coração e pela inervação
parassimpática, do nervo vago (X par
craneal), com o
objecto de diminuir o ritmo cardíaco.
Nodo sinusal: e é o centro que comanda
a actividade cardíaca, onde em
condições normais se produzem cerca
de
60 a 100 estímulos por
minuto. estes Estes
estímulos propagam-se
ao resto
das aurículas, provocando
a contracção de ambas
as câmaras, continuam
em direcção aos
ventrículos, pelos feixes
auriculares internodais,
que são três estruturas
de fibras de condução
especializada.
Nodo auriculoventricular:
também conhecido como
nodo de Aschoff-Tavara. Figura 79. Tecido de condução eléctrica pelas fibras condutoras.
Se lLocaliza-se junto ao
orifício
auriculoventricular, medialmente. Recebe os impulsos dos feixes auriculares internodais.
Aqui, o impulso eléctrico sofre um pequeno atraso ao aproximar-se dao feixe de His, que
por sua vez se dirige para o septo interventricular.
Feixe de His e rede de Purkinje: divide-se em dois ramos, o direito e o esquerdo, que se
subdividem em inúmeras ramificações pelas paredes de ambos os ventrículos, formando a
rede de Purkinje, que ao voltar o impulso ao nodo sinusal ou activa e se reinicia-se o
ciclo.
DIÁSTOLE
Se dDenomina-se diástole á a fase de dilatação ou enchimento de sangue do coração.
Consiste no relaxamento das aurículas, as quais recebem o sangue proveniente das
veias, enchendo-se progressivamente. De imediato, as válvulas auriculoventriculares
abrem- se, e deixam passar o sangue de cada aurícula para o ventrículo correspondente.
SÍSTOLE
É a fase de contracção ou expulsão do conteúdo do coração, o sangue. Após os ventrículos se
encherem, as válvulas auriculoventriculares fecham-se, impedindo o refluxo de sangue para aàs
aurículas. As paredes dos ventrículos distendem-se, o que aumenta a pressão no seu interior,
sendo a força tal, que o sangue acaba por forçar a abertura das válvulas arteriais.
Então, as paredes ventriculares contraem-se e impulsionam o sangue para as artérias a partir do
ventrículo direito para a artéria pulmonar; e do ventrículo esquerdo para a aorta.
54
GRANDE E PEQUENA CIRCULAÇÃO SANGUINEA
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA MENOR
É a circulação sanguínea que permite a oxigenação do sangue nos pulmões, pelo que recebe o
nome de circulação pulmonar. Para o seu estudo anatómico e funcional ela inicia-se no
ventrículo direito, continua pelo tronco arterial pulmonar - — que se divide em artérias
pulmonares: direita e esquerda - — e termina nas quatro veias pulmonares: duas a à direita e
duas a à esquerda, no átrio esquerdo.
As duas artérias e as quatro veias pulmonares, respectivamente, penetram ou saem do
pulmão através do hilo, diante dos brônquios, no pedículo pulmonar. A artéria pulmonar
direita tem um percursorecorrido maior; vai-se por detrás do arco aórtico, ascende á à
esquerda e fica unida ao mesmo, pelo ligamento arterioso. Completam o sistema as
arteríolas, capilares, vénulas e veias que confluem no leito capilar, para terminarem no
átrio esquerdo.
Os capilares pulmonares envolvem os alvéolos, possibilitando, assim, a hematose.
55
SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO PORTAL
Um sistema porta ou sistema
portal é um sistema venoso que
ocorre quando um leito capilar drena
para outro leito capilar, sem passar
pelo coração. Tanto os leitos capilares,
quanto os vasos sanguíneos que se
conectam a eles, são considerados
parte do sistema portal.
Existem três sistemas porta, dois
venosos e um arterial.
Os sistemas venosos portal são o
sistema portal hepático e o
sistema portal hipotálamo -
hipofisário.
• Sistema porta hepático: é o
sistema mais conhecido e se Figura 83. Sistema Portal Hepático.
refere-se àá parte da
circulação sistémica que supre
os órgãos do sistema
digestivo.
• Sistema porta hipotálamo-
hipofisário: formado por uma
rede de capilares venosos
que fazem a ligação entre o
hipotálamo e a hipófise,
para o transporte de
estimuladores da secreção
hormonal deste último.
57
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
A circulação coronariana é a encarregadaue de subministrar o sangue
directamente as às estruturas do coração.
Se iInicia-se nos óstios coronarianos, junto das cúspides coronarianas da válvula aórtica e
termina no seio coronário.
As veias que drenam o sangue coronariano se denominam d-se veias cardíacas.
As principais artérias coronarianas são:
• Artéria coronariana direita
• Artéria coronariana esquerda
• Artéria circunflexa
• Artéria descendente anterior esquerda
• Artéria marginal esquerda.
As principais veias cardíacas são:
• A grande veia cardíaca
• A veia cardíaca média
• A pequena veia cardíaca
• A veia cardíaca anterior.
O seio coronariano venoso é o receptáculo do sangue venoso coronariano, ele
drena directamente no átrio direito.
59
ARTÉRIAS CORONARIANAS
Vista posterior
57
ARTÉRIAS
Arteríolas. Proporcionalmente, as paredes são muito mais espessas, a expensas da túnica méedia
muito desenvolvida, produto do incremento proporcional das fibras musculares, o que permite
modular o volume de sangue que chega aos capilares, função que é controlada pelo sistema
nervoso autónomo. 58
CAPILARES
Os capilares são pequenos vasos sanguíneos, encarregados de fazer o intercâmbio no leito
capilar, entre o sangue e o tecido que irriga. Eles têm um diâmetro muito reduzido, entre 5
e 10 μm, tão finos como os cabelos, e as paredes estão formadas por uma única camada
endotelial. Através dos
capilares se
consegue-se
oxigenar, e aportar
as substâncias
nutritivas aos
tecidos, assim como
recolher os resíduos
metabólicos, e levar
anidrido carbónico
aos pulmões.
LEITO CAPILAR
Figura 94. Células sanguíneas no capilar.
O leito capilar é a rede de vasos
sanguíneos, localizados no espaço
onde os capilares permitem o intercambio gasoso e de nutrientes. Ele se inicia na
metarteríola, aonde as células vermelhas dobrar-se-iam parcialmente, conformando uma
fileira simples, para produzir o intercambio e continuarem o fluxo. As metarteríolas são
vasos de comunicação direita entre arteríolas
e vénulas, sem que as células
vermelhas
atravessem
o leito
capilar,
impedindo
o fluxo
através
dos
capilares. A
partir das
metarteríolas
se
ramificam-se
os capilares,
encontrando-se
na sua origem,
os esfíncteres Figura 95. Leito capilar.
pré-capilares, O leito capilar é se constituídoi de
os quais são anéis de por três espaços. A saber, o
músculo liso, que regulam o espaço vascular, o espaço celular
fluxo de sangue nos vasos, e controlam o e, entre ambos, o espaço
intersticial, onde se produz o 59
intercambiointercâmbio.
CAPILARES
movimento de intercâambio com os
tecidos.
60
ARTÉRIAS ELÁSTICAS
ARTÉRIAS PULMONARES
As artérias pulmonares diferem das outras artérias , por devido a que transportarem
sangue venoso, rico em anidrido carbónico. O fluido sanguíneo começa no tronco
pulmonar, que tem a sua origem no
ventrículo direito,
e imediatamente
divide-se em
duas artérias,
pulmonar
esquerda e
pulmonar direita,
levando o sangue
venoso do coração, até
aos alvéolos, para ser
oxigenado. Os capilares
envolvem os alvéolos,
no leito capilar,
permitindo o intercambio Figura 96. Artérias pulmonares.
intercâmbio gasoso.
ARTÉRIA AORTA
A aorta é a maior
artéria do
organismo. Ela tem
a sua origem no
ventrículo esquerdo,
detrás da artéria
pulmonar, ascende e
dirige-se á para a
direita.
No seu
percursorecorrid
o, divide-se em
quatro porções,
a saber : aorta
ascendente, arco
aórtico e aorta
descendente, que
na sua vez, dá lugar
às porções torácica
e abdominal
Figura 97. da artéria aorta.
AORTA
AORTA NO TÓRAX
AORTA ASCENDENTE.
Porção inicial da aorta, a partir do
ventrículo esquerdo e o bolbo aórtico,
onde surgem as artérias coronárias
direita e esquerda, as quais vão a
irrigar o coração. O arco aórtico
vai de direita a esquerda,
dorsal mente, dando lugar ao
tronco braquiocefálico, á à
direita, a carótida primitiva, no
médio
e á a subclávia a à esquerda, mais
lateral. Já a aorta descendente
atravessa o tórax, pelo mediastino
posterior, à esquerda, até ao
diafragma.
ARCO AÓRTICO
Segunda porção da aorta, que cursa de da
direita a à esquerda e de anterior a posterior,
Figura 98. Aorta torácica.
dando lugar ao tronco
braquiocefálico e
àas artérias direitas
carotídea e
subclávia.
1) Artérias Intercostais
2) Artérias frénicas superiores
3) Artérias esofágicas
4) Artérias bronqueais
61
ARTÉRIA CAROTÍDEA PRIMITIVA
São duas artérias que ascendem na
bainha carotídea do pescoço, no
VAN, a cada lado da traqueia,
no trígono carotídeo, para
se dividir, ao nível da
cartilagem tireóidea.
• Artéria carotídea
primitiva direita. Sai
do tronco arterial
braquiocefálico,
detrás da
articulação
esternoclavicular
direita.
• Artéria carotídea
primitiva esquerda.
Sai da parte mais alta
do arco aórtico.
Ambas as artérias se bifurcam
no bordo inferior da Figura 102. Artéria carótida primitiva,
mandíbula, a nível da 3.ª
vertebra cervical e
dão lugar as às arterias artérias carotíideas externa e interna. A arteria artéria carotidea
carotídea externa irriga a cabeça, o crânio, o pescoço, a faringe e a glândula tireóideia. A
artéria carotidea carotídea interna atravessa o conduto carotideo carotídeo para o
interior do crânio.
63
Figura 104.
Bifurcação
da artéria
carotídea
• Seio carotídeo.
Dilatação na capa
média ou subendotelial
da artéria carotídea
interna. Localiza-seSe
localiza imediatamente
a
seguir da à
bifurcação de ambas
as carotídeas.
Funciona como um
barorreceptor, Figura 105. Corpo e seio carotídeos.
ou seja, é sensível
as às mudanças da
pressão sanguínea
arterial.
65
ARTÉRIA CAROTÍDEA INTERNA
A artéria
carotídea
interna
irrigação
sanguinea
sanguínea
a porção
anterior do
cérebro. Tem a
sua origem ao
nível do ângulo
mandibular, a
partir da
bifurcação
carotideacarotí
dea,
a em ambos
lados da
laringe, e em
frente dos
transversos das
três primeiras
vértebras
cervicais. A artéria Figura 108. Angiografia da artéria carotídea interna.
não tem colaterais
no pescoço,
apresentando somente
o seio carotídeo, no
seu origem. Penetra
pelo canal carotídeo,
na base do crânio, e
perfura a dura-máter
lateralmente à sela
túrcica, até ficar no
seio cavernoso, onde
aporta dois primeiros
ramos. Imediatamente,
na porção
intracraniana, emite Figura 109. Angiografia da artéria carotídea interna.
três artérias principais:
• Artéria oftálmica: que penetra na cavidade orbitária junto com o nervo óptico,
para suprir o globo ocular e os músculos extrínsecos oculares.
66
• Artéria cerebral anterior: acorre ao longo do corpo caloso e irriga a metade superior
da face medial do hemisfério cerebral, o corpo caloso e o sulco parietoccipital.
• Artéria cerebral media: continuação directa da carotídea interna, na fissura de
Sílvius, irrigando os hemisférios cerebrais, ao dividir-se num leque , de dez ramos.
67
IRRIGAÇÃO ARTÉRIAL CEREBRAL
Polígono de Willis
• Artéria cerebral
posterior: ramo da
arteéria basilar.
• Artéria comunicante
Posterior: ramo da artéria
cerebral posterior.
• Artéria comunicante
Anterior: une as dúas duas
arterias artérias cerebráis
cerebrais anteriores.
• Artéria cerebral anterior:
69
ARTERIOGRAFIA VERTEBRO-BASILAR
70
AORTA ABDOMINAL
A aorta abdominal atravessa
o diafragma entre T12 / L1 e
os seus pilares, desce diante
dos corpos vertebrais, no lado
esquerdo. Mede entre 15 e 18
cm de cumprimento
comprimento e 15 e 18 mm
de calibre.
Na sua extensão apresenta
ramos ímpares e ramos pares,
ramos parietais e ramos
viscerais.
Se bBifurca-se inferiormente,
para dar lugar as às artérias
ilíacas comuns e, entre elas,
posterior e medialmente, se
origina-se a artéria sacral
media.
ARTÉRIAS ILÍACAS
COMUNS (Figura 117)
Ambas as artérias permitem a
formação da artéria ilíaca
externa que se continua com
a artéria femoral, e a artéria
ilíaca interna, também
chamada de epigástrica, que
nutre os órgãos da bacia. Figura 116. Aorta abdominal.
71
RAMOS ÍMPARES DA AORTA ABDOMINAL
Os ramos ímpares que emite a artéria aorta emite são três anteriores,
viscerais e a artéria sacral. As Os que drenam ás as vísceras, chamam-se
tronco celíaco e artérias mesentéricas superior e inferior.
Tronco celíaco: nasce mesmo em baixo do diafragma, e imediatamente dá
três ramos: artéria hepática, artéria esplénica e artéria coronário-
estomáquica.
• Artéria hepática comum: drena ao fígado, a vesícula biliar (artéria
cística), o estômago, o duodeno, o pâncreas e o epíploon.
• Artéria esplénica: no seu curso para ao baço, emite ramos ao para o
estômago e o pâncreas.
• Artéria gástrica esquerda: Também chamada artéria
coronário- estomáquica, ela irriga principalmente o estômago.
72
Figura 118. Ramos da aorta descendente abdominal.
• Artéria
torácica
interna:
encarrega-se
da nutrição
das glândulas
mamariamamári
as, das paredes
torácicas e do
Tronco tireocervical: aporta ramos cervicais
e a artéria tireoidea inferior.
74
ARTÉRIA AXILAR
A artéria axilar recebe o nome na continuidade da artéria subclávia, quando esta deixar a
margem externa da primeira costela.. Ela vai continuar para terminar na margem
inferior do músculo redondo maior, passando a denominar-se artéria braquial. No seu
trajecto, a artéria axilar subministra sangue oxigenado ao membro superior, ombro e
região lateral do tórax.
.
76
ARTÉRIAS DAS EXTREMIDADES SUPERIORES
As artérias que irrigam os membros superiores são: artéria braquial, radial e ulnar. A
artéria braquial também recebe o nome de artéria umeral. As artérias radial e ulnar se
produzem-se a partir da bifurcação
da artéria umeral, ao
nível do cotovelo. No
carpo, as artérias radial
e
ulnar irrigam a mão e os
dedos, por meio de dois
arcos: o arco palmar
superficial, a partir da
artéria ulnar, e
o arco
palmar
profundo,
a partir
da artéria
radial.
77
ARTÉRIAS DAS EXTREMIDADES INFERIORES
As artérias que
irrigam as
extremidades
inferiores começam
com a artéria
femoral, ramo
principal da
artéria ilíaca externa,
(ver página 70) a
qual se inicia a
nível do
ligamento
inguinal, para
nutrir a coxa; se
continúua com a
artéria poplítea,
que recebe o nome a
partir do limite superior
da fossa poplítea.
A perna será irrigada pelas artérias
tibiais anterior e
posterior, ramos principais
da artéria poplítea. A
artéria tibial posterior dará
lugar a à artéria fibular, a Figura 126. Origem da artéria femoral.
qual cursará, paralela e
lateralmente à aquela,
nutrindo a porção
lateral e posterior da
perna, até ao
calcâneo, onde
termina, ramificando-
se.
No pé, a nível do
tornozelo, aparece
a artéria dorsal
do pé,
continuação da
artéria tibial
anterior. Da artéria tibial
posterior, surgem as
artérias plantar medial e
lateral do pé.
78
As artérias tibiais
anterior e posterior se
anastomosam-se no
pé.
79
ARTÉRIAS DA PERNA
78
Gráficas Gráficos 4 e 5. Artérias das extremidades
inferiores.
SISTEMA VENOSO
As veias constituem a denominada
«“circulação de retorno»”, já que são as que
trazem o sangue pobre em oxigénio até ao
coração; mas, também permitem que o
sangue oxigenado nos pulmões, chegue áà
aurícula esquerda, através das veias
pulmonares. As veias estão são
formadas por tubos de paredes
finas, as os quais, quando tem têm
sangue, são cilíndricos, e vazios, se
achatamplastam. Originam-se da na
fusão das vénulas – — a continuação
dos capilares – —, que vão ficando
cada vez mais grossas.
O sistema venoso é dividido em
dois sistemas principais:
sistema venoso periférico
sistema venoso abdominal.
.
.
• Veias .
comunicantes.
São as veias que .
estabelecem
comunicação
entre m o
sistema venoso
superficial com e Figura 134. Veias superficiais e profundas dos membros. 81
o profundo.
VÁLVULAS VENOSAS
As válvulas venosas servem para evitar o movimento retrógrado do sangue, principalmente
devido a à força da gravidade, para permitir a passagem o paso dao sangue num único
sentido, das veias superficiais ás às profundas e da periferia em direcção ao coração.
Se lLocalizam-se principalmente nas veias profundas, sendo que no tronco e no pescoço são
escassas apenas existen, e os membros inferiores tem têm muitas muito mais válvulas d,o que
os membros superiores.
As artérias contribuem para ao retorno venoso em cada pulsaro que realizam, pela
compressão da veia que a acompanha.
As válvulas adquirem um aspecto nudoso nodoso quando as veias, no seu interior, estão muito
cheias de sangue.
Veas perfurantes. São as veias que atravessam a muscular para se comunicar com o sistema venoso superficial
Na figura 136, observa o mecanismo da formação das varizes. A incompetência valvular provoca a estagnação d
84
DRENAGEM VENOSAO DA CABEÇA E DO PESCOÇO
86
SEIOS VENOSOS DURAIS
Nos seios venosos, o sangue circula de um a outro seio por diferencias diferenças de
pressõespressão. Habitualmente, o seio sagital superior desemboca no seio transverso
direito e o seio recto converge no para o seio transverso esquerdo. Pode-se ver-se
também que o sangue venoso das partes superficiais drenem na jugular interna direita
principalmente, a jugular interna esquerda receba as partes profundas.
Os seios venosos cerebrais podem ser centráis ou ímpares e pares, a cada lado. Podem
ser divididos em seis(6) ímpares e sete(7) pares.
SEIS SEIOS VENOSOS ÍIMPARES:
Seio recto SETE SEIOS VENOSOS PARES:
Seio occipital Seios transversos
Seio sagital superior Seios sigmoides
Seio sagital inferior sigmóides Seios
Seios Intracavernosos intracavernosos cavernosos
anterior e posterior. Seios petrosos superiores
Seios petrosos inferiores
Seios esfeno parietal superior e inferior.
87
Seio petroso inferior: nasce na extremidade posterior do seio cavernoso e termina
no bulbo bolbo superior da veia jugular interna.
Seio marginal: rodeia o forame magno: se comunica com o plexo basilar anterior
e detrás atrás com o seio occipital. Termina no seio sigmoideo sigmóideo ou no
bulbo bolbo da veia jugular interna.
Seio occipital: É impar e vai iniciar-se no bordo posterior do orificio orifício magno,
continuação do seio marginal. Termina na confluência dos seios, juntamente com os
seios transversos e o seio sagital superior.
Seio sagital superior: percorre o sulco sagital superior, terminando na confluência
com os seios transversos.
Seio sagital inferior: correursa ao longo da borda inferior da foice do cérebro, superior
ao corpo caloso. Recebe sangue das porções medial e profunda dos hemisférios
cerebrais e drena para o seio recto.
88
Seio recto: resulta
da união do seio
sagital inferior com
a veia cerebral
magna (de Galeno).
Drena na
confluenciaconfluê
ncia
dos seios, sendo
mais
frecuente
frequente
no seio
transverso
esquerdo.
Confluência
dos seios:
local da união dos
seios sagital superior,
recto, occipital e
transverso, à enfrente Figura 145. Vista lateral. Seios venosos.
da
protuberancia protuberância occipital interna.
Seios transversos: porção que cursa corre da confluencia confluência dos seios, até ao
extremo posterior petroso temporal. Percorre a tenda do cerebelo e excava escava um
sulco no osso occipital. Recebe os seios sagital superior, inferior e occipital, as veias
cerebrais inferiores e outras. Se cContinúua com o seio sigmoidessigmóide.
Geralmente, o seio transverso direito é maior.
Seios sigmóideos: são considerados os colectores dos seios da dura-máteradre,
continuação dos seios transversos, até a à veia jugular interna. Recebe também os
seios petrosos superior e inferior e os seios intercavernosos anterior e
posterior, e termina no forame jugular, no
bulbo bolbo superior da veia jugular.
89
Gráfica Gráfico 7. Seios venosos e veias principais da cabeça e
pescoço.
90
VENOGRAFIA. Vista frontal
Seio Sagital Superior (1)
Seios Transversos (2)
Seios Sigmóideos (3)
Veia Jugular Interna
(4).
VENOGRAFIA. Vista
lateral Seio Sagital
Superior (1), Seio Recto
(2),
Seios Transversos (3),
Seios Sigmóideos (4)
Veia Jugular Interna
(5).
Os grupos venosos
superficial e profundo
se anastomosam.se
amplamente entre si.
91
TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO VENOSO
O tronco venoso braquiocefálico se forma-se a partir da anastomose das veias ilíacas
internas e subclávias, direitas e esquerdas respectivamente. Ambos o s troncos, se
unem para dar lugar à veia cava superior.
As veias vertebral, cervical profunda, tireoideia profunda e torácica interna são tributarias
tributárias de cada tronco venoso braquiocefálico,. O tronco esquerdo, na por sua vez,
recebe o conducto torácico e do lado direito termina o conducto linfático direito.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
95
Figura 154. Variantes das veias superficiais do antebraço.
96
VEIA CAVA INFERIOR
A veia cava inferior ,também denominada caudal, começa na união das veias
ilíacas comuns, ou ilíacas primitivas, à altura da 5.ª vértebra lombar. Ascende pela
cavidade abdominal à direita dos corpos
vertebrais. Penetra na aurícula
direita ao atravessar o
diafragma.
Tem uma longitude entre 20-25 cm
no adulto e uns 20-22 mm de diâmetro.
No abdómen, faz recolha do sangue
venoso das paredes, órgãos abdominais
e gónadas, através das diferentes veias.
As veias afluentes da cava
inferior são as seguintes:
Veias lombares
Veias renais
Veias das
glândulas supra-
renais
Veias espermáticas
ou ováricas Figura 156. Perfuração do diafragma pela veia cava inferior.
Veias supra hepáticas
Veias frénicas inferiores.
99
VEIAS ILÍACAS
As veias ilíacas localizam-se à esquerda e à direita do corpo. Elas recolhem o sangue
venoso da bacia abdominal e dos membros inferiores. As veias ilíacas externas continuam
a partir da veia femoral, em cada lado, na raiz do membro inferior, em baixo do ligamento
inguinal. A veia ilíaca
interna recolhe o sangue
venoso dos órgãos pélvicos.
Ambas as ilíacas se
anastomosam no caminho da
fusão que dá
lugar à veia ilíaca comum,
do lado direito e do lado
esquerdo, as quais, por
sua vez, se unem, a nível
da 5.ª vértebra lombar,
para formar a veia cava
inferior.
10
0
Figura 160. Sistema venoso dos membros inferiores.
10
1
VEIAS SUPERFICIAIS DOS MEMBROS INFERIORES
Veia safena magna ou interna: é a veia mais cumprida comprida do organismo. Inicia-
se anterior ao maléolo interno, continuando dorsal e internamente,
faz-se retrocondílea, até ao triângulo de Scarpa,
onde descreve o cajado da veia femoral.
Veia safena parva ou externa: inicia-se detrás
atrás do maléolo externo, a partir das veias
dorsais do pé,
ascende póstero-externa na perna e desemboca A veia safena
na veia poplítea, (ou na veia safena magna ou magna se
na veia ilíaca interna.) utiliza-se
frequentemente
Ambos os sistemas se comunicam ao longo do na cirurgia
membro inferior, sobre toudo na perna, do que cardiovascular
(pontes de
resulta a formação de uma complexa rede venosa. safena).
102
varizes é
uma doença muito frequente no ser humano, e adevido à insuficiência das válvulas venosas no mem
103
O sangue venoso nos membros inferiores drena da superfície à para a profundidade,
através das veias comunicantes. Ele se localiza-se acima da fáscia profunda da perna e da
coxa, a partir do dorso do pé, continuando-se a través de duas veias principais,
denominadas veia safena magna e veia safena parva.
Este sistema se caracteriza-se por apresentar um número inferior de veias
valvuladas, no que diz , respeito às veias profundas.
104
SISTEMA VENOSO PROFUNDO DO MEMBRO INFERIOR
As veias do sistema venoso profundo nos membros inferiores seguem o trajecto das
artérias homónimas, transcorrem entre as massas musculares e são muito valvuladas.
As veias profundas da perna drenam na veia poplítea, na face posterior da articulação
do joelho no escavado poplíteo e se continuam para a à veia femoral, que recebe
também a veia femoral profunda e a safena magna. Igualmente, o sistema se divide-se
em dois, a saber:
Sistema principal: chamado de sistema conductor ou sistema eixo. É o encarregado
de receber o sangue do sistema muscular.
Sistema muscular: recolhe o sangue dos grupos musculares do membro
inferior através das veias comunicantes e das perfurantes e fazem entrega no
sistema condutor.
107
DRENAGEM DO SISTEMA VENOSO DOS MEMBROS INFERIORES
Não existe
nenhnum
ramo venoso Figura 169. Sistema venoso portal abdominal.
do tubo
digestivo que
termine na
veia cava
inferior.
Figura 170. Fluido do sistema portal hepático. Figura 171. Vista posterior do sistema portal.109
SISTEMA VENOSO ÁZIGOS
O sistema venoso ázigos resulta é uma importante via de circulação colateral entre o
sistema venoso superior e o sistema venoso inferior. Serve de entrelazamento união de
entre ambos os sistemas venosos que drenam nas veias cavas superior e Inferior inferior,
respeitivamenterespectivamente.
Constitue Constitui o sistema venoso encarregado da recolha da maior parte do sangue do
dorso,
assim como das paredes torácica e abdominal.
Pode-se ser observada no tórax posteriormente, ao longo dos corpos vertebrais.
O sistema está formado
por tres três veias
principais:
• a veia ázigos,
• a veia hemi-ázigos
• e a veia hemi-ázigos acessória.
O termo «“ázigos»”
significa ímpar, sendo
que a veia ázigos, que é
a maior, se localiza a à
direita, a
hemi-ázigos, a à
esquerda, e a hemi-
ázigos acessória,
encimaem cima, também a à esquerda.
As possibilidades de variação destas
veias são inúmeras.
Figura 172. Sistema venoso ázigos.
VEIA ÁZIGOS
Começa em frente à primeira ou segunda vértebra lombar, como um ramo da veia
lombar ascendente e às vezes por um ramo da veia renal direita ou da veia cava inferior.
Entra no tórax através do hiato aórtico no diafragma, e passa colada a à coluna vertebral
até a à quarta vértebra torácica, onde forma um arco para a frente e desemboca na veia
cava superior.
São tributarias tributárias dela a veia subcostal e as veias intercostais direitas. Recebe,
também, as veias hemi-ázigos, as veias esofágicas, mediastinais e pericárdicas e, próximo
à da sua terminação, a veia brônquica direita.
VEIA HEMI-ÁZIGOS
A veia hemi-ázigos drena a parte inferior do hemitórax esquerdo. Começa na veia
lombar ou renal ascendente esquerda. Entra no tórax, através do pilar esquerdo do
diafragma e, ascendendo pelo lado esquerdo da coluna vertebral, até a à 8.ª ou 9.ª
vértebra torácica, cruza a face anterior da coluna vertebral, atrás da aorta, do esôfago
esófago e do ducto torácico, para desembocar na veia ázigo. Recebe as últimas quatro
ou cinco veias intercostais, a veia subcostal do lado esquerdo e algumas veias esofágicas
e mediastinais.
110
VEIA HEMI-ÁZIGOS ACESSÓRIA
A veia hemi-ázigos acessória drena a parte superior do hemi-tórax esquerdo. Ela desce
pelo lado esquerdo da coluna vertebral e recebe as veias dos três ou quatro espaços
intercostais superiores. Pode atravessar a face anterior do corpo, da 8.ª vértebra torácica
para unir-se à veia ázigo, ou bem drenar para a hemi-ázigos como se fosse uma
continuação dela.
111
CAPITULO CAPÍTULO III. SISTEMA LINFÁTICO
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático e é o sistema encarregado da produção e transportação transporte do
fluido linfático (linfa) dos tecidos, para o sistema circulatório e fazorma parte do sistema
imunológico.
Possui três (3) funções , as quais estão inter-relacionadas entre si, sendo elas as seguintes:
• Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais.
• Absorção e transportação transporte para a circulação sanguínea, dos ácidos
gordurosos presentes durante o processo da digestão.
• Produção de células imunes (linfócitos, monócitos e plasmócitos).
O sistema está conformado por
um grupo de órgãos denominados
órgãos do sistema linfático, que
são os seguintes:
• Capilares linfáticos
• Plexos linfáticos
• Vasos linfáticos
• Linfonodos
• Tonsilas
• Ductos linfáticos
• Tecidos linfáticos
• Baço
• Timo (tecido reticular linfoidelinfóide)
• Medula óssea
• Apêndice cecal.
110
As Tonsilas. Não ficam no trajecto dos
vasos linfáticos. Produzem linfócitos,
direccionados a para a boca e a faringe. Ao
O conjunto das tonsilas se denomina-se de
anel de Waldeyer.
Elas se observam-se em três localizações:
Tonsilas palatinas ou amígdalas.
Localizadas posteriormente na boca.
Participam do sistema linfático e
imunológico, evitando a entrada de vírus
e bactérias do nariz ou da boca, no
processo da deglutição e da respiração.
Tonsilas faríngeas ou
adenoidesadenóides. Se lLocalizam-se
posteriormente nas cavidades nasais e no
palato mole.
Tonsilas linguais. Na base da
língua, a partir do V lingual até a à
epiglote.
113
CISTERNA DO QUILO
Também chamado de cisterna de Pecquet.
É um saco alongado, no inicio
início do ducto torácico,
situado na
região lombar, entre a 12.ª vértebra
dorsal e a 4.ª lombar, a nível da
região umbilical profunda, atrás e aà
direita da artéria aorta. E É
receptora da linfa de três vasos
linfáticos maiores: lombar direito,
lombar esquerdo e os troncos
abdominais (intestinal).
LINFA
A linfa é um liquido líquido que circula
através dos vasos linfáticos. Contendo
Contém macromoléculas e elementos
patogénicos destruídos no sistema
imunológico, assim como substâncias
gordurosas produzidas
no processo digestivo intestinal,
Figura 180. Cisterna do quilo.
que não foram absorvidas pelo
sistema
circulatório sanguíneo. Também elimina o
excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos para ao espaço intersticial. E É
conduzida pelos vasos linfáticos a partir do leito capilar para os linfonodos regionais,
continuando nos ductos torácico e linfático direito, e desembocar no sistema
circulatório venoso nas veias subclávia esquerda e direita, respecitivamente, continuar
na veia cava superior e a partir de aqui continuar segue na direcção do abdómen, no do
baço, para finalmente ser eliminada pelas fezes e pela a urina depois de filtrada no
fígado.
A linfa tem a mesma composição que o
fluido intersticial. Ela move-se lentamente Ao caminhar-mos, os músculos dos
a baixa pressão, impulsionada pelos membros, comprimem os vasos
movimentos dos músculos e pelas linfáticos, deslocando a linfa no seu
contracções rítmicas das artérias. Ela éÉ interior. Ocorre também a deslocação
transportada do leito capilar aos capilares da linfa, durante os movimentos
linfáticos e, aos vasos linfáticos, que vão respiratórios, e na actividade
sendo cada vez maiores, até chegar ao peristáltica intestinal. Por outro lado,
ducto linfático direito e ao ducto torácico. as massagem na pele do corpo e
qualquer outro tipo de compressão
Ambos condutos desembocam no sistema
externa, irão melhorar o a drenagem
circulatório venoso, nas veias subclávia da linfa para encima, até chegar aos
direita e esquerda, respectivamente, e vasos sanguíneos venosos superiores. .
por tanto O facto de se permanecer longo tempo
parado, em numa só posição, faz a 114
linfa acumular-se-á nos membros
inferiores, 'devido a à influência da
na veia cava superior.
.
115
DUCTOS LINFÁTICOS
Os ductos linfáticos são os dois conductos terminais do sistema circulatório linfático.
Ambos terminam nas veias subclávias, antes de se anastomosar-seem com a veia
jugular intermainterna, para formar os troncos braquiocefálicos correspondentes,
drenando a linfa, no sistema circulatório sanguíneo. O ducto torácico faz a drenagem no
lado esquerdo, e o ducto linfático direito, na veia subclávia correspondente..
DUCTO TORÁCICO
É a principal via de drenagem linfática. Inicia-se no abdómen superior até àa base do
pescoço, onde termina, na veia subclávia esquerda.
Começa na cisterna do quilo, penetra no tórax através do hiato aórtico no diafragma, no
lado direito da aorta. Se cContinua medial a à veia hemi-ázigos, cruza posteriormente o
coração e o tronco venoso braquiocefálico esquerdo, arqueia-se lateralmente ao nível da
7.ª vértebra cervical, até a à veia subclávia esquerda.
Recolhe a linfa que vem dos membros inferiores, péelveis, metade esquerda do tórax,
membro superior esquerdo, lado esquerdo da cabeça, do pescoço e do abdómen.
116
DUCTO LINFÁTICO DIREITO
Desemboca no ângulo entre as veias jugular interna e subclávia direitas ou em numa
destas veias. Se oOcupa-se da drenagem do membro superior direito, da metade direita do
tórax, do tronco jugular direito, que é formado pelos vasos eferentes dos linfonodos
cervicais profundos, e do resto dos vasos linfáticos cervicais e cranianos direitos.
APÊNDICE CECAL
O apêndice cecal forma parte
do ceco, que é a porção inicial
do intestino grosso. Sendo que,
em tempos anteriores, o
apêndice era retirado
frequentemente de modo
profiláctico, no momento de
cirurgias abdominais por causas
diferentes, e para assim evitar uma Figura 185. Localização abdominal do baço
outra cirúrgica cirurgia devida a à sua
inflamação, por demais frequente.
Segundo estudos realizados pelo Dr. Bill
Parker, na Duke Medical School, e pelo
Dr. Howard A. Kelly, na University,
Universidade John Hopkins, hoje sabe-
sese conhece que o apêndice cecal faz
parte do sistema imunológico,
produzindo globos glóbulos brancos, e
armazenando bactérias saprófitas,
principalmente no período da infância,
tendo um funcionamento semelhante ao
timo. Também aumenta a
extensão da superfície do muco intestinal
para a secreção e absorção.
Figura 186. Apêndice cecal.
116
TIMO
E um órgão linfático e na por sua vez endócrino, do quale só restam vestígios
adiposos no iniício da adolescência. Assim que involui, diminui a produção de
linfócitos T, não obstante, manter-se durante toda a vida, mas com a consequente
diminuição da defesa imunológica. No período da infância tem um peso entre 10 e35
gs., e já nos idosos somente atinge os 5 a 15 gs.
Se eEncontra-se localizado na porção ântero-superior da cavidade torácica, no
mediastino superior e anterior, é limitado superiormente pela traqueia, a veia jugular
interna e a artéria carotídea comum, lateralmente, pelos pulmões e inferior e
posteriormente, pelo coração.
Está É formado por dois lobos alongados, de diferentes tamanhos, envolvidos por uma
cápsula de tecido conjuntivo, Cada lobo possui uma série de lóbulos, dispostos em volta
de um eixo ou cordão central. Cada lóbulo é dividido por tabiques de tecido conjuntivo
que partem da cápsula ou envoltura externa, formando folículos que tem têm uma
substancia cortical, mais escura, e outra medular, mais clara, envolvida pela anterior,
ambas contendo, linfócitos T, também chamados de timócitos, provenientes da medula
óssea, e que se encontram em diferentes períodos de maturação. Também tem-seêm os
corpúsculos de Hassal, cuja função ainda não está totalmente esclarecida.
TIMO “No meio do peito, bem atrás do osso, onde a gente toca
quando diz «“eu»", fica uma pequena glândula chamada Timo, FUNÇÕES DASOS
ilustre desconhecido desconhecida que cresce quando HORMONASÔNIOS
estamos contentes, se encolhe pela metade quando QUE PRODUZ O
estressamos e mais ainda quando adoecemos. TIMO PRODUZ. O
timo produz vários
várias
hormônioshormonas.
. Entre eles elas, o a
mais importante é a
timosina, encarregada
directamente da
maturação dos
linfócitos T. Outros
Outras hormoônioas
produzidos pelo timo,
como a timulina e a
timopoietina, além da
acção sobre a
maturação dos
timócitos, o a primeiro
primeira tem funções
específicas
relacionadas com o
eixo hipotálamo-
hipofisário na
Figura 187. Localização do timo.
actividade
imunológica, e a
É frequente observar miastenia gravis na presencia timopoietina actua na
presença de crescimentos hiperplásticos ou tumores do regeneração dos
timo (timoma).
nervos.
117
ANATOMIA FUNCIONAL LINFÁTICA
Quando os microrganismos invadem o corpo, ou se entra em contacto com qualquer
antigénio, estes elementos são transportados imediatamente para a linfa, que os
transporta até ao linfonodo, onde os macrófagos e as células dendríticas se
encarregam-se de fagocitarem os germesérmens ou de neutralizarem os antigénios,
processando-os, por meio dos linfócitos, os quais produzem os anticorpos e, na por
sua vez, servem como células de memória para reconhecerem o antigénio no futuro.
Pode também conter microrganismos que, ao passarem pelo filtro dos linfonodos (gânglios
linfáticos) e baço, são eliminados.
Devido a este processo, e durante cestas certas infecções, se produz-se uma inflamação
dos linfonodos que, se manifestando-se clinicamente como dor na localização delstes nos
plexos linfáticos do pescoço, axila, virilha e outros, e que popularmente é conhecido
como “«Ínguaíngua".».
TRATO
GASTROINTESTINAL
SUPERIOR
GLÂNDULAS
ACESSÓRIAS
TRATO
GASTROINTESTINAL
INFERIOR
119
SISTEMA DIGESTIVO
Chamado também aparelho digestório, digestivo, digesto ou ainda sistema digestivo, é o
responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes
funções do organismo, tais como crescimento, energia, reprodução locomoção, etc.
Conjunto de órgãos localizados no tubo digestivo e ao redor dele, que começa na
boca, continuando-se com a faringe, o esófago, estômago, intestino delgado e grosso,
assim como pelas glândulas acessórias.
Têm como função realizar a digestão, processo que consiste no seguinte:
Mastigação ou desintegração parcial dos alimentos, de maneira mecânica e químicoquímica.
Deglutição: condução dos alimentos através da faringe para o esôfagoesófago.
Ingestão: Introdução do alimento no estômago.
Digestão: desdobramento do alimento em moléculas mais simples.
Absorção: processo realizado pelos Intestinosintestinos.
Defecação: eliminação de substâncias não digeridas do trato gastro intestinal.
122
Figura 194. Estômago, porções.
SISTEMA DIGESTIVO SUPERIOR
123
A BOCA
A boca é o espaço que inicia o tubo
digestivo. Encontra-se localizado
na porção visceral da cabeça,
na fáscia, limitada anteriormente
pelos lábios e detrásatrás, pelo
istmo das fauces, os pilares
e a úvula.
Lateralmente,
observam-se as
bochechas,; a
abóboda palatina,
superiormente e o
pavimentoiso,
formado pelo
assoalho da boca.
No seu interior,
apresenta a
porção vestibular
externa ou fenda, porção delimitada
entre os lábios, as gengivas, as bochechas Figura 195. A boca.
e os dentes. Detrás Atrás dos dentes,
continua-se a parte interna ou cavidade bucal.
DENTES
São estruturas duras,
salientes e esbranquiçadas,
que se observam emn cima
e inferiormente na
boca, a arcada dentária
e desenvolvem-se a
partir das células do
epitélio bucal e do
mesênquima.
O dente éEstá constituída
constituído pela polpa,
medial mente, a dentina,
e o esmalte como
revestimento.
A arcada dentária, localiza-se
implantada na gengiva do
maxilar e a mandíbula, e tem a
função primaria primária de
triturar os
alimentos, preparando-os para
serem deglutidasdeglutidos.
A dentição começa a ser formar-seda
entre a sexta e a oitava semana no Fig. 196. Os dentes e sua função.
124
A BOCA
útero, e dará lugar aos dentes
decíduos
ou temporários. Os dentes permanentes se Os dentes, de se não começarem a
começam a formar-se dentro da gengiva, a aparecer no período estabelecido,
partir da vigésima semana. não irão -sê- a desenvolver-se ao
no seu todo.
125
Á A dentição decídua também é chamada de dentição de leite, dentição temporária,
dentição infantil, primeira dentição ou dentes-de-leite. São os primeiros dentes do
desenvolvimento ontogénico humano. A dentição, ou erupção dentária, inicia-se no
período embrionário, e os dentes tornam-se visíveis entre os 3 e 6 meses, ou ainda pode-se
prolongar até aos 12 meses, terminando o processo aos 30 meses, aproximadamente, para
depois se começar-se-á a perder entre os 8 ou 9 anos de idade, para esses dentes e serem
substituídos pela dentição permanente ou segunda dentição.
127
MÚSCULOS DA LÍNGUA
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA
Genioglosso: é um músculo triangular quando visto lateralmente, sendo o mais forte e
o que mais massa muscular aporta á à língua, formando uma placa a cada lado, ambas
separados separadas por um septo fibroso. Se iInsere-se na espinha mentoniana
superior, indo até ao osso hioidehióide, sendoe é
inervado pelo nervo
hipoglosso.
Palatoglosso: inicia-se
na superfície inferior
da aponeuroses
palatina e separa a
cavidade oral da
faríngea na deglutição
e na fala,
respectivamente. É inervado
pelo nervo vago.
Estiloglosso: se insere-se na
apófise estiloide estilóide do
temporal e funciona como
músculo retractor e elevador da
língua. É
inervado pelo nervo hipoglosso.
Hioglosso: músculo depressor
da língua. : tTem o origem no
osso
hioóide, sendo inervado pelo Figura 203. Músculos extrínsecos da língua
nervo hipoglosso.
Condroglosso: se considera-se parte do músculo. hioglosso, do qual é separado pelo
músculo. genioglosso. Tem a mesma inervação e vascularização que o músculo.
hioglosso.
127
ESÓFAGO
O esófago consiste num tubo ou canal muscular de uns 25 cm de longitude, entre a faringe
e o estômago, o qual conduz o bolo alimentar até ao estômago por meio dos movimentos
peristálticos. Localiza-se entre a 6.ª ou 7.ª vértebra cervical até à 11.ª torácica, começando
no pescoço para continuar pelo mediastino posterior, atravessar o diafragma
anteriormente, e encontrar-se com o estômago.
Apresenta dois esfíncteres um proximal e outro distal. O primeiro é também o constritor da
faringe e o cárdeas do estomago, será o esfíncter esofágico distal.
Anatomicamente, divide-se em três porções: proximal, media e distal.
A porção proximal relaciona-se posteriormente com a traqueia, estreitamente, com o arco
da aorta, e fica anterior à 6.ª vértebra cervical, até à 1.ª torácica, sendo medial às fáscias dos
grandes vasos, à carotídea comum e sua divisão, à veia jugular interna e aos nervos vago e
hipoglosso. Na parte torácica ou porção média atravessa o mediastino superior e posterior,
passa entre os grandes vasos e nervos do tórax, bem próximo e à direita da aorta torácica, e
da veia ázigos, à esquerda. Relaciona-se com a carina e continua entre os dois pulmões, por
detrás do coração; desce e faz-se anterior e à esquerda, para penetrar no abdómen através
do hiato esofágico, dando lugar à porção distal ou abdominal, de apenas 2 cm de
comprimento. Ao atravessar o hiato esofágico, alcança o estômago no cárdias, próximo do
lobo esquerdo do fígado.
O movimento peristáltico, controlado pelo sistema nervoso autónomo, permite ao bolo alimentar
avançar até ao estômago (em 2 segundos, aproximadamente) e daí, continuar pelas diferentes
porções até terminar no recto.
131
Superiormente e à direita, entre o cárdias e a incisura angular, no inicio da parte pilórica,
observa-se a curvatura menor e em baixo e à esquerda, do fundo ao piloro, a curvatura
maior. Finalmente, tem uma face anterior
em relação com a parede abdominal, o
lobo esquerdo hepático e o
diafragma, e uma face
posterior a olhar para o
pâncreas, rim esquerdo,
baço e o saco
omental menor,
entre outros órgãos.
A porção
trituradora
encarrega-se de
formar o quimo,
e a porção
evacuadora
transportá-lo-á
para o intestino
delgado. A
anatomia
cirúrgica utiliza-
se nas técnicas
que permitam a função do estômago,
Figura 212. Localização anatómica do estômago.
mesmo parcial, mas eficiente, na sua
primordial actividade digestiva. Assim,
descrevem-se o cárdias, fundo, corpo, curvatura maior, curvatura menor, piloro, esfíncter
pilórico, face anterior e face posterior.
Tal como o resto do tubo digestivo, o estômago apresenta a mucosa internamente, a
muscular intermedia intermédia e a camada externa ou serosa. Não obstante, existem
diferencias diferenças anátomo-funcionais, no que diz respeito as às outras partes do conducto
alimentar. Na mucosa existem inúmeras glândulas, com variadas conformações celulares,
diferençadas diferenciadas segundo a porção do
estômago onde se localizem. A capa muscular
apresenta no corpo, a camada interna
obliquaoblíqua, que vai até a à parte pilórica, a
camada circular faz-se intermédia e a longitudinal,
externa.
132
Figura 213. Visão geral do estômago.
133
Nas glândulas estomacais existem
diferentes tipos de células, umas no
fundo, as células principais,
productoras da proenzima
pepsinógeno, as interméedias ou
parietais, que produzem o acido
ácido clorídrico para activar o
pepsinógeno, transformando-o em
pepsina e também manter os níveis
de acidemia do suco gástrico; e as
mais superficiais encarregadas de
produzir o moco muco suficiente
para proteger e neutralizar a acidez
criada na luz do saco estomacal.
133
SISTEMA DIGESTIVO INFERIOR
Como foi dito anteriormente, ao sistema digestivo inferior pertencem os órgãos que dão
continuação ao conducto digestivo, que realiza as funções de absorção dos nutrientes e
eliminação das substâancias não digeridas, por meio da defecação, no intestino delgado e
no intestino grosso, respectivamente. Apresenta a serosa externamente, duas camadas
musculares, a circular ou helicoidal de passo corto, e a longitudinal ou helicoidal de passo
longo, (ver figura 218). Igualmente, a mucosa tem as suas peculiaridades que passamos a
descrever.
Na mucosa intestinal, existem diferenças no que diz respeito á à conformação nas
diferentes partes do seus as válvulas conniventes, as vilosidades, as glândulas de
Lieberkuhn e de Brunner e as placas de Peyer.
Válvulas conniventes: ou pregas de Kerckring. São as pregas do intestino delgado que
aumentam a capacidade de absorção e digestão. Elas contem contêm as vilosidades
intestinais.
Vilosidades intestinais: elas aumentam a capacidade de absorção no intestino
delgado, no jejuno principalmente, estando ausentes no intestino grosso. Sua A sua
superfície está coberta pelas microvilosidades.
Glândulas de Lieberkuhn: recebem também o nome de criptas de Lieberkuhn. São
invaginações tubulares, presentes no intestino delgado, cólon e recto na luz do tubo
digestivo, no fundo das vilosidades, até a à muscularis mucosae. Aquí Aqui se
produzem-se enzimas digestivas, substancias substâncias bactericidas e péptidos
que são segregados no suco intestinal.
Glândulas de Brunner: se localizam-se somente no duodeno. Excretam
substâncias alcalinas nas criptas de Lieberkuhn.
Placas de Peyer: organelos que pertencem ao sistema imunológico,
estando localizadas em ambos os Intestinosintestinos.
A
Vitamina
B12 é
absorvida
no
intestino
delgado.
139
JEJUNO
O jejuno é a segunda porção do intestino delgado, assim chamado por estar quase
sempre vazio na realização das necropsiasnecrópsias. A sua Se llocalização é
intraperitoneal, entre a flexura duodenojejunal e o íleo e, junto com este último, forma
um tubo que se estende por 6 a -7 m., sendo que os 2/5 correspondem ao Jejunojejuno.
Tem um diámetro diâmetro de uns 4 cms,. apresenta as vilosidades mucosas maiores e
mais densamente distribuidas distribuídas do que no duodeno e no íleo, as quais são de
fácil apreciação
ao se segurar o órgão entre os dedos indicador
e polegar, o que não acontece com as outras
duas porções.
O mesenterio mesentério que o conecta
contem contém menos tecido adiposo do
que a porção ileal. A artéria
mesentérica superior o irriga-o por meio
das jejunais, cujas cujos arcos arteriais são
bem apreciados. A drenagem venosa é feita
pela veia mesentérica superior, que junto
com a veia esplênica esplénica, darão
ambas lugar a à veia porta do sistema portal
hepático. As paredes são mais espessas,
mais vascularizadases e de cor mais forte,
em comparação com respeito ao íleo. A
inervação simpática e parassimpática será a
partir do plexo celíaco e do sistema nervoso
entérico. Os nódulos linfáticos estão
ausentes na sua porção proximal
e geralmente são menos frequentes e
mais pequenos do que no íleo.
Os arcos arteriais do mesentério jejunal são fáceis de apreciar ao toque, pel s gross, o que não acontece no lad
140
ÍLEO
O íleo, ou íleon, constitui a terceira parte terceira do intestino delgado, sendo os 3/5
distais das duas porções móveis. continuação do jejuno, termina no intestino grosso, na
válvula ileocecal, no ceco, na região pélvica. Embora não exista uma clara demarcação
jejuno- ileal, as paredes do íleo são mais delgadas e as vilosidades não se apreciam com
facilidade.
A artéria mesentérica superior daá lugar aos ramos ileais, que anastomosados formam os
arcos arteriais no mesentéerio ileal, menos volumosos e de maior dificuldade na sua
visualização, com respeito aos jejunais. Eles se continúuam com os vasos rectos até
penetrarem no íleo pelas paredes anteriores e posteriores. A veia mesentérica superior
se ocupa-se da drenagem venosa. É muito rica Tem uma grande riqueza em vasos e
gânglios linfáticos.
Tal como Ao igual que no jejuno, a inervação será é a partir do plexo nervoso mesentérico
superior.
Realiza a continuação da digestão química, após ésta esta passar pelo duodeno e jejuno,
reabsorvendo proteínas, carboidratos, gorduras, e, na porção final, a vitamina B-12.
141
Figura 229. Divertículo de Meckel.
PREGAS E VILOSIDADES
Figura 230. Vascularização das vilosidades. Figura 231. Criptas e vilosidades do duodeno.
141
Figura 232. Estructuras que permitem a absorção intestinal
INTESTINO GROSSO
Chamado erroneamente de cólon em toda a sua extensão, o intestino grosso
corresponde á à parte final do tubo digestivo, que tem o seu começo início onde termina
o Íleo íleo e estende-se até o ao ânus, entre 120 e 200 cm de longitude, encontrando-se
dividido didacticamente em:
Ceco
Cólon No intestino grosso são acumulados os resíduos da
digestão, as fezes, sendo-lhes absorvida a água e outros
Recto elementos residuais não absorvidos no intestino
Canal anal delgado para, imediatamente se passarem à ampola
Ânus. rectal.
O ceco é a parte o mais largo larga e nas porções do cólon vãáo diminuindo
progressivamente de calibre. Já no recto, volta-se a dilatar-se e no canal anal, se
estreita-se, em forma de funil, até ao esfíncter do ânus.
142
CECO
O ceco é a primeira porção do intestino grosso e se localiza-se fixado na parede posterior do
abdomenabdómen, quasi quase sempre intraperitoneal no
princípio, passando a
retroperitoneal ao se unir-se ao colo
ascendente .
Apresenta a válvula ileocecal na
desembocadura do íleo terminal no
ceco. Localizado no fundo do ceco,
encontra-se o apêndice vermiforme,
pequena extensão tubular, movível
e intraperitoneal.
APÊNDICE VERMIFORME
Também chamado apêndice cecal,
ileocecal ou vermicular, localiza-sedo no
ceco, próximo da válvula ileocecal. Tem uns
5 cmcinco centímetros, variando de 1um a Figura 234. Ceco e apêndice cecal.
20 cmvinte
centímetros e terminando em fundo cego.
Se localizaEncontra-se
ao nível do quadrante ilíaco direito, não sendo infrequente outras localizações no
hemiabdomen hemiabdómen direito.
144
CÓLON
O cólon é a porção intermédia do intestino
grosso, situada entre o ceco e o recto
e divide-se em:
Cólon ascendente
Cólon transverso
Cólon descendente
Cólon sigmoidesigmóide
Possui 1,5 m de comprimento
e 6,5 cm de diâmetro. A
mucosa não apresenta
vilosidades como as que estão
presentes no intestino
delgado, existindo
numerosas células
caliciformes, Figura 239. Cólon.
entero-endócrinas e
absortivas, as quais apresentam microvilosidades curtas No cólon, grande parte da
e irregulares. A musculatura se apresenta-se água e sais minerais é são
longitudinal, externa e circular interna. Externamente, absorvidaabsorvidos,
apresenta as haustras, que são evaginações ou alguns produtos são
saculações separadas entre si por estreitamentos fermentados e é produzido
musculares circulares e de profundidade variável, e as o muco que tem por
ténias, formadas por bandas musculares longitudinais, função compactar a massa
fecal e contribuir para o
presentes a partir do ceco até
seu deslizamento.
ao recto. O cólon ascendente e o cólon descendente, são
fixos ou se movimentam-se muito pouco, somente o cólon
transverso
e o cólon sigmoideo sigmóideo têm maior movilidade mobilidade dado o mesenterio
mesentério intraperitonial.
CÓLON ASCENDENTE
Segmento do intestino grosso entre o ceco e o
colo cólon transverso. Trajecto ascendente desde
o ceco à superfície caudal do lóbulo direito do
fígado, onde
se dobra à esquerda, formando a flexura cólica
direita.
CÓLON TRANSVERSO
Segmento maior do intestino grosso, sendo intraperitoneal
e totalmente móvel, localizado entre o cóolon ascendente
e
o cólon descendente. Começa no hipocôndrio direito, na
flexura cólica direita, até mais lã ??? do epigastro, no
hipocôndrio contra lateral, o esquerdo. Completamente
145
coberto
por peritónio, se conecta-se com o bordo inferior do
Figura 240. Cólon ascendente
pâncreas por uma grande e longa plica de
membrana,
o mesocólon transverso. Á À direita, se relaciona-se com o fígado e a vesícula biliar; á à
esquerda, com a curvatura maior do estômago e a porção inferior do baço.
Inferiormente, tem relação com o intestino delgado; detrás, do omento maior e o
peritónio parietal anterior. Dorsal mente e de da direita a à esquerda, com a porção
descendente do duodeno, a cabeça do pâncreas, o jejuno e o íleo.
146
Figura 241. Cólon transverso.
CÓLON DESCENDENTE
Segmento do intestino grosso que
desce através do hipocôndrio
esquerdo e região lombar, ao
longo da borda lateral do rim
esquerdo, entre o cólon transverso
e o cólon sigmóoide.
CÓLON SIGMOIDESIGMÓIDE
É a porção do intestino Figura 242. Cólon descendente.
grosso que continua após o
cólon descendente, na altura
da pélvis e é seguido pelo
recto. O cólon sigmóide
acumula os gases que
posteriormente vão ser
expulsados sem
interferir com as fezes.
CANAL ANAL
Constitui a
parte terminal
do recto. Mede
aproximadamente
de2,5 a 4 cm de
comprimento. O
canal direcciona-
se para trás e
para baixo. É
cercado pelo
músculo esfíncter
interno
do ânus (involuntário)
e pelo músculo
esfíncter externo do ânus
(voluntário), que
mantêm a luz fechada.
148
Figura 245. Pregas e flexuras do canal anal.
149
ÂNUS
Orifício no final do intestino grosso, entre as nádegas. Abertura reguladora da saída das
fezes, empurradas pela musculatura lisa do intestino. A musculatura de suporte do
ânus pertence ao períneo, juntamente
com as musculaturas dos
esfíncteres externo e
interno que
permitem seu
funcionamento.
HAUSTRAS
São evaginações ou saculações no exterior
do colo, entre as ténias, que tem têm forma
de bolsas más mais ou menos proeminentes,
separadas entre si por estreitamentos
circulares de profundidade variável. Ao serem
mais cortas curtas, as fibras musculares do
colo, formam uma série de pregas, ou
sacolas, como se se puxassera um
fio de um tecido sintético qualquer para que conseguir e- Figura 249.Tenias e haustras.
o encurtá-loacurtar. O estado de contracção das capas
musculares circular e longitudinal determina o seu
tamanho e forma.
APÊNDICES EPIPLOICOS
haustras, na sua superficie externa. 151
TÉNIAS CÓLICAS
EPIPLÓICOS E PREGAS
SEMILUNARES
Apêndices epiploicosepiplóicos: são
estruturas adiposas a partir do
peritoneu que cobrem a superfície
serosa do colo.
Pregas semilunares ou valvas
semilunares: pregas irregulares e
transversas. São contracções
internas das capas musculares
adjacentes. Se Figura 250. Haustras
correspondem Correspondem-se com os sulcos formados entre as
154
1. Ducto
de Santorini
2. Ductos sublinguais
3. Carúncula do
ducto mandibular
[4.] Glândula
Sublingualsublingual
[5.] Glândula
Submandibularsubmandib
ular
155
Frequentemente, porções das
glândulas sublinguais e
submandibulares misturam-se
para formar um complexo Figura 254. Glândulas submandibular e sublingual.
sublingual- submandibular.
1. Cabeça do pâncreas
2: Processo uncinado do pâncreas
3: Notch pancreático
4. : Corpo do pâncreas
5: Superfície anterior do pâncreas
6: Superfície inferior do pâncreas
7: Margem superior do pâncreas
8: Margem anterior do pâncreas
9: Margem inferior do pâncreas
10: Tubérculo omental
11: Cauda do pâncreas
12: Duodeno
158
VESÍCULA BILIAR E VIAS BILIARES
A vesícula biliar e as vias biliares em geral, são as encarregadas de armazenar, libertar e
transportar a bílis. Estão São constituídas pelas vias biliares intra e extra-hepáticas.
Vias biliares intra-hepáticas: são os ductos hepáticos direito e esquerdo,
localizados dentro do fígado.
Vias biliares extra-hepáticas: se dividem-se em vias biliares principal e acessória.
• Vias biliares principais: são os ductos hepático comum, colédoco e pancreático.
* Ducto hepático comum é a união dos ductos hepáticos direito e esquerdo.
* Ducto colédoco ou ducto biliar comum é a união do ducto hepático comum e
do ducto cístico. Se uUne-se ao ducto pancreático distal mente e penetram
juntos na papila maior do duodeno.
• Via biliar acessória é o ducto cístico, que sai da vesícula biliar e se une ao
ducto hepático comum para formar o ducto colédoco.
Bílis. Substância alcalina produzida no fígado que permite a degradação dos alimentos e estimula o peristaltis
VESÍCULA BILIAR
A vesícula biliar é uma bolsa de músculo liso, revestida de mucosa, que mede entre 7 a e
10 cm de comprimento. Situa-se em por baixo do lobo hepático direito. Tem uma
aparência verde-escuro devido a à bile. Sua A sua função é a de armazenar a bílis
produzida no fígado e enviar-á-lha ao duodeno, via conducto cístico e colédoco, sendo
vascularizada pela artéria cística.
159
FÍGADO
O fígado localiza-se no hipocôndrio direito, epigástrio e, em pequena porção, no
hipocôndrio esquerdo, sob o diafragma, repousando sobre o estômago e a massa
intestinal. É revestido pela cápsula hepática, ou de Glisson, e pelo peritónio mais
superficial. Tem um peso aproximado de 1,500 a 2,500 g no adulto. Seu O seu diâmetro
máximo tem de 24 a 28 centímetros. A cor do fígado é avermelhada, cinzenta-parda
cinzenta e a superfície parece granitada. A face superior, ou diafragmática, do órgão é
convexa, e amolda-se à cúpula diafragmática. A face inferior, ou visceral, é côncava e
acidentada; apresenta dois sulcos ântero-posteriores, que a dividem em três zonas: zona
lateral direita, zona lateral esquerda e zona média. Esta última se acha-se naturalmente
limitada pelos dois sulcos ântero-posteriores. Um terceiro sulco, transversal, conforma
um «H» com os anteriores e divide a zona média em anterior, dando lugar ao lobo
quadrado, e ao lobo posterior, detrásatrás. O sulco transverso conforma o hilo do
fígado, por aonde passam a veia porta, a artéria hepática e os canais biliares. Na face
visceral, entre os lobos direito e caudado, se localiza-se a vesicula biliar, envolvida pela
cápsula de Glisson.
Na primeira infância, é proporcionalmente maior, constituindo 1/20 do peso total
do recém recém-nascido, e pode ser palpado abaixo da margem inferior das
costelas, no hipocôndrio direito.
161
O fígado realiza ao redor de 220 funções, tais como metabólicas, de secreção e, excreção
de bílis, e vasculares, de armazenamento e filtração sanguínea. A Na função hepática,
como glândula exócrina, serve para excretar a bílis no duodeno, e na função endócrina,
secreta glicogênioglicogénio, ureia e outros, nos vasos sanguíneos,. Filtra cerca de 1,5 lL
de sangue por minuto/min., do qual eles, cerca do 70 % vem da veia porta e o restante é
recebido da artéria hepática.
LIGAMENTOS DO FÍGADO
Os ligamentos hepáticos fixam este órgão nas diferentes regiões do abdomen abdómen superior,
assim como se ocupam de outras funções de protecção.
Ligamento Redondo redondo Hepáticohepático: e é o remanente da obliteração da
veia umbilical. Fixa o fígado á à região umbilical.
Ligamento Coronáriocoronário: são duas folhas que fixam a porção posterior da face
superior hepática ao diafragma, até se unirem-se e conformarem os ligamentos
triangulares direito e esquerdo, respeitivamenterespectivamente.
Ligamento falciforme: serve para fixar o fígado ao diafragma e á à parede
abdominal anterior. Assim mesmo,Também separa o lobo direito do esquerdo.
Ligamento gastro-hepático: liga a curvatura menor do estómago estômago á à
face visceral do fígado.
Ligamento do ducto venoso: resultado do remanente fibrosado da comunicação da veia
umbilical no feto, com a veia cava inferior.
Ligamento hepato-duodenal: tem como funções fixar o duodeno ao hilo hepático, além
de conter a veia porta, a artéria hepática principal e o conducto colédoco.
163
plaquetas.
Filtragem de impurezas e
realiza desintoxicação de
toxinas internas e
externas.
Figura 263. Lóbulos e ácinos hepáticos. Convertesão de amônia amoníaco em
ureia.
164
DIVISÃO ANÁTOMO-CIRÚRGICA DO FÍGADO
Cirurgicamente, a divisão
é feita ao nível dno local
onde a artéria hepática e
a veia porta se dividem
nos ramos direito e
esquerdo.
Os lobos direito e
esquerdo podem
ser subdivididos
cirurgicamente
em 8 segmentos,
os quais são usados
para orientar as
ressecções. No
lobo direito, se
conformam-se os sectores
anterior e posterior. No
sector anterior ou medial,
se localizam-se os
segmento V e VII. No
sector lateral,
os segmentos VI e VII.
Figura 264. Divisão anátomo-cirúrgica do fígado.
No lobo esquerdo também se
conformam um sector anterior e
outro lateral ou posterior. No sector
anterior, dividido pela fissura
umbilical, localizam-se
os segmentos
medial IV e lateral
III.
No sector
posterior,
apresenta-se
o segmento
II. O
segmento I
conforma-se
pelo lobo caudado,
funciona
autonomamente e é
vascularizado tanto pelos vasos
Figura 265. Pedículo hepático e outras relações vasculares.
direito, como esquerdo.
160
PERITÓNIO
O peritónio é considerado considera-se a mais extensa membrana do corpo humano,
sendo ela ininterrupta. Constituída É constituído de por tecido conjuntivo, seroso, que
reveste o interior das paredes da cavidade abdominal e cobre a maior parte dos órgãos
que contém. De ele se derivam os mesentérios, os omentos
e os ligamentos. Os
mesentérios e os ligamentos
servem para fixar os órgãos
as às paredes do abdómen e
os epiplões epíploos ou
omentos tem abundante
vascularização
e tecido gorduroso. O
peritónio está é
constituído pelas camadas
parietal e visceral, e ambos
os folhetos dão lugar a à
cavidade peritoneal. O
peritónio parietal se ocupa
de cobrire as paredes do
abdómen. O peritónio
visceral revestecobre a
superfície externa das
vísceras intraperitoniais e
a superfície de contacto
com o peritónio dos
órgãos
retroperitoneais. A cavidade
ou saco peritoneal, contem
Figura 268. Peritónio, omentos e bolsas omentais.
contém no seu
interior o liquido líquido peritoneal,
substancia substância líquida-serosa,
contida dentro do saco
peritoneal, que evita os atritos entre ambas as folhas e entre os órgãos. São uns 200 ml
de água, com conteúdo celular e numerosas outras substâncias minerais.
Mesentério. Prolongação peritoneal,
delgada e fina, em forma de prega revestida
por uma serosa, que contem contém os
vasos sanguíneos
de um grupo de vísceras intraperitoniais.
O mesentério se encarrega-se de envolver
estas vísceras e as suspprenderê-las á
à parede abdominal.
Epíploon ou omento.
Estructuras de continuação do
peritónio com abundante
vascularização e numeroso tecido
161
gorduroso.
162
MESENTÉRIO
É oO mesentério é constituído por duas folhas ou
reflexões do peritónio parietal, humedecidas pela O mesentério foi descrito na
primeira vez por Leonardo da
serosidade que produz. , Está encarregado de fixar os
Vinci no principio do século
órgãos abdominais XVI, mas, até ao seculo XIX não
àás paredes posteriores do abdomen abdómen e de foram desenvolvidas as suas
permitir o movimiento das vísceras dentro do peritónio. estruturas anatómicas, facto
No seu interior cursam passam os vasos sanguíneos e realizado pelo cirurgião
linfáticos e os nervos, que vão aos órgãos que interessa, Treves. Dois séculos depois,
mais não envolve os pedículos, terminando nos bordos entre 2012 e 2016, um grupo
dos hilos. Os mesenterios mesentérios que fixam os de irlandeses encabeçado por
órgãos do tubo digestivo, contem contêm tanto as veias J. Calvin Coffey, da University
do sistema venoso portal, para enviar os nutrientes ao Hospital Limerick, na Irlanda,
fígado, como também as estructuras e vasos da completam e publicam um
circulação linfática, encarregadaue de levar á à cisterna estudo, no qualonde se
do quilo as gorduras esterificadas —– quilo. confirma que o mesentério não
Ele recebe diferentes nomes segundo sua localização:. é somente uma estructura
abdominal fragmentada, mas e
• Mesentério propriamente dito. : em forma de lleque sim um órgão, simples,
eque, que fixa o Jejuno jejuno e o Íleo íleo a à parede contínuo e único.
abdominal dorsal, permitindo a sua movimentação
intraperitoneal.
• Mesocólon:. fixam fixa as porções do colo cólon
ao abdómen posterior.
• Mesocólon ascendente e descendente: fixamsustêm o colo cólon ascendente a à
parede posterior correspondente. Ambos permitem a movilidade mobilidade parcial
ou total destas porções do cóolon.
• Mesocólon transverso: ligado á à parede posterior, permite a
movimentação intraperitoneal do colo transverso.
• Mesocólon sigmoidesigmóide:
permite a movimentação
intraperitoneal do colo sigmoide
sigmóide a partir de se ligar
também ao peritónio parietal
dorsal.
• Meso apêndice: fixa o
apêndice cecal a à
parede pélvica,
permitindo sua
movimentação na
região do
hemiabdomen
hemiabdómen direito.
• Meso-rrecto: fixa o
recto a à parede posterior.
O ligamento largo, é uma porção J CALVIN COFFEY/D PETER O’LEARY/HENRY VANDYKE CART
inferior do peritónio, de dupla 163
camada, que cobre a parte
superior da pélvis na mulher e
Figura 270. Mesentério como órgão intestinal.
164
MESENTÉRIOS
Na fig. 281, se
aprecia-se a
localização
anatómica da raiz
do mesentério
jejuno ileal co
respeito á à coluna
vertebral
e àa pélvis óssea.
163
MESENTÉRIO PROPRIAMENTE DITO
164
O PERITÓNIO E SUA ESTRUTURA NOS ÓRGÃOS FEMININOS
O ligamento largo é a porção inferior do peritónio que cobre a parte superior da pélvis,
ou bacia, na mulher. Uma dDupla lâmina que se estende das laterais do útero até as às
paredes laterais e ao pavimento assoalho da pelvepélvis. As duas lâminas do ligamento
largo são contínuas entre si em numa margem livre que circunda a tuba uterina. Tem a
função de envolver o útero e de uni-lo r-lho aos ovários e as às trompas, por medio de
três estructuras chamadas de mesométrio, mesosalpinge e mesovário.
Mesométrio: é a envoltura anterior e posterior do útero.
Mesosalpinge: Porção que fixa a tuba uterina ao peritónio pélvico posteriormente.
Mesovário. Fixa o ovário na borda anterior
e contem contém no seu
Interior, o pedículo..
As figuras 274
e 275 mostram
a conformação
dos mesos que
fixam entre si
os órgãos
reprodutores
femininos.
165
OMENTOS
Os omentos ou epíploonsepíploos são duas membranas na continuação do peritónio.
Tem Têm uma textura de tecido frouxo, gorduroso, que liga varios vários órgãos
intraperitoniais. É uma estructura que pendura do estómago estômago e do
figadofígado, envolvendo os Intestinos intestinos e apresenta a abundante
vascularização sanguinea sanguínea e de tecido linfático.
Se dDiferenciam-se dos mesos, já que estes fixam as vísceras à parede posterior
abdominal; e os omentos as enlaçam-nas uma com a outra.
Esta Está constituido constituído por duas estruturas:
Omento maior. Existe também o epíploon pancreático-
pancreático ––
Omento menor. esplénico, que resulta um pequeño pequeno
ligamento
ligamentoque
omental omental
une o páncreas
que une oao
páncreas
baço.
pâncreas ao baço.
FUNÇÃO OMENTAL IMUNOLOGICAIMUNOLÓGICA
Ambos os omentos, o maior e o menor, apresentam aglomerações de globos glóbulos
brancos, denominados «pontos leitosos», que servem como resposta imune de defesa dos
órgãos digestivos, e cuja função ainda não estátem-se bem definida.
166
Figura 278. Fixação do omento maior no cólon transverso.
167
EPÍPLOON OU OMENTO MENOR
O epíploon ou omento menor une a curvatura menor do estómago estômago e primeira porção
do duodeno com o fígado.
Ele dDivide-se em dois ligamentos:
Ligamento hepatogástrico: ele vai do fígado à pequena curvatura do estômago.
Ligamento hepatoduodenal: localiza-se entre o fígado à e a região proximal do
duodeno. No ligamento se localizam-se o conduto biliar comum, a artéria hepática
própria e a veia porta. Por último, forma parte do forame omental ou hiato de
Winslow, que da dá entrada a à bolsa omental menor. (ver também na figura 279).
168
CAPITULO CAPÍTULO V: SISTEMA
169
NEFROURINÁRIO
170
SISTEMA NEFROURINÁARIO
O sistema nefrourinario nefrourinário está é constituído pelos órgãos que elaboram,
armazenam temporariamente e eliminam a urina, os quais podem-se ser classificadosr
em secretores e excretores. Os órgãos secretores se encarregam-se da produção da urina
e os secretores permitem o seu transporte, armazenamento e expulsão definitiva.
Pertencem ao sistema secretor urinário as os nefróniosonas, que constituem a principal
unidade funcional dos rins. O sistema excretor está é formado pelos cálices e pélvis
renais, os ureteres, a bexiga e a uretra.
171
Os rins são fixados por três fáscias, sendo de tipo fibrosa a mais externa, denominada
fáscia renal ou de Gerota; a
mais interna envolve
directamente o rim, a
cápsula renal; e entre
ambas, outra,
coberta que amortiça
amortece o órgão,
constituída de por um
tecido areolar e
gorduroso,
chamada gordura pararrenalpara-renal.
Cada rim apresenta:
Duas faces: ventral e
dorsal, ambas de
forma
plana ou ligeiramente convexas ligeiramente.
Duas bordas: uma lateral,
convexa e outra medial, Figura 283. Envolturas dos rins.
côncava.
Dois polos: superior e inferior.
Ambos os rins apresentam um Na figura 283, observa-se um corte
cumprimento entre 10 e 12 cm, uma transversal encima em cima do
espessura aproximada de 3 cm, cada polo superior do rim esquerdo
mostrando as envolturas dos rins.
um pesa uns 150 gs, e tem entre 5 e 6 cm de largura.
Funcionalmente, tem quatro a cinco lobos, que são formados por doze a quinze lóbulos,
cada um dos quais localizados entre duas pirâmides renais.
Os rins cumprem, entre outras, as funções de garantizar a excreção dos produtos fináis
finais do catabolismo proteico, regular o volume dos líquidos e a concentração
electrolítica que permite o equilibrio equilíbrio ácido-base no organismo. Eles controlam
a pressão arterial e contribuem na para a eritropoiese.
A medula renal seé constitui constituída das pelas pirâmides renais ou de Malpighi,
delimitadas pelos pilares renais, onde se localizam principalmente as alçasssas de Henle e
os túbulos colectores, que convergem no vértice das
papilas renais, localizadas
encima por cima dos
cálices menores., Os
túbulos colectores dão-lhe
a forma estriada que esta
estrutura apresenta esta
estructura. Também se
encontram-se os
capilares que
colectam as
substancias
substâncias que
retornam á à
circulação
174
sanguineasanguínea.
175
CONFORMAÇÃO VASCULAR DO CÓRTEX E MEDULA RENAIS
A artéria renal divide-se, antes do hilo renal, nos ramos ventral e dorsal. A partir do hilo se
conformam-se as artérias interlobares, que ascendem pelas colunas renais, dando lugar as
às artérias arciformes entre a base das pirâmides renais e o córtex. Estas darão lugar as às
artérias interlobulares nos raios medulares do córtex, que na por sua vez conformam as
arteríolas aferentes dos glomérulos que são como «racimos» da artéria interlobular. As
veias mantêm o mesmo percurso que as artérias.
176
NEFRONA
A nefrona, néfron ou nefrónio constitui a unidade secretória e funcional renal, produtora da
urina, existindo cerca de um milhão de nefrónios em cada rim.
A filtração glomerular é o processo pelo qual se forma a urina. O sangue percorre o glomérulo
e deixa passar o filtrado pelas paredes dos capilares, ocupando o espaço interno da cápsula de
Bowman. O filtrado penetra no túbulo proximal, onde imediatamente se reabsorvem a
glucose, os bicarbonatos e os aminoácidos, além de mais de 65 % de água. Continua na alça de
Henle, na medula renal, e ascende novamente ao córtex, onde é reabsorvida água e parte do
cloreto de sódio, sendo eliminada a ureia. Avança através do túbulo distal para desembocar
nos tubos colectores, já praticamente concluído o processo de reabsorção de água e filtração
de potássio, hidrogeniões e outros resíduos, no qual participam as hormonas ADH e
Aldosterona. Termina drenando o restante do processo — a urina, no cálice menor.
No total, o nefrónio filtra uns 180 l diariamente, dos quais chegam à pelvis menor — função
excretora — 1,5 l em forma de urina, que continuará até a bexiga.
É constituído por três tipos de células as quais são encarregadas da secreção de renina, em
função das variações da urina e da pressão arteriolar, das variações na pressão sanguínea
na arteríola aferente do glomérulo, de define a composição do filtrado glomerular final,
antes de se verter no túbulo colector e, por último, participa na regulação da homeostasia
corporal.
178
SISTEMA EXCRETOR URINÁRIO
O sistema excretor urinário está é constituído pelos órgãos excretores, estructuras que
armazenam a urina temporariamente sem sofrerem modificação alguma.
Eles compreendem:
Rins: órgãos que principalmente produzem a urina.
Cálices renais menores e maiores: inicio início da fase excretora urinariaurinária. Recebem a
urina
através das papilas renais.
Pélvis renal: recebe a urina dos cálices renais maiores.
Ureteres: são dois ductos que transportam a urina dos rins á até à bexiga.
Bexiga: receptáculo que recebe a urina e onde esta fica retida temporariamente.
Uretra: conduto final, através do qual a urina é expelida do corpo.
180
URETER
Os ureteres levam a urina dos rins á para a bexiga.
Eles têm de 25 a 30 cm de comprimento e 3 a 7 mms
de diâmetro.
Têm Se ooriginaem a partir dna pelve pélvis
renal e descem retroperitonealmente.
Na sua passagem até à bexiga, tem
têm tres três estreitamentos: (Ver
figura 293)
Na saida saída da pelve pélvis renal.
Ao cavalgarem as artérias ilíacas.
Na entrada da parede vesical.
Ambos penetram posterior e obliquos
obliquamente na bexiga, estanendo envolvidos
pelas camadas musculares vesicais as quais evitam o
refluxo da urina.
O ureter uréter está é formado por três camadas:
Mucosa: epitélio de transição de várias
Figura 292. Paredes do tubo ureteral.
camadas, apoiada na membrana basal,
e em baixo a lâmina
própria ou
córion.
Camada
muscular:
são duas
camadas
musculares, a
longitudinal externa
e a circular interna.
Camada adventícia:
é a mais externa,
constituida
constituída de por Figura 293. Estreitamentos ureterais.
vasos sanguíneos e
fibras nervosas.
URETER
Figura 294. Entrada do ureter uréter na 8177
bexiga.
BEXIGA
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA DA
BEXIGA
Na sua constituição interna da bexiga, Externamente, a bexiga urinaria urinária,
pode-se observar: quando cheia, tem forma esférica, e
Ápice: porção anterior. quando vazíavazia, asemelha-
Cúpula vesical: parte superior e seassemelha-se a um tetraedro, cujos
maior do receptáculo vesical.. vértices definem:
Fundo: ou parede posterior. • A fixação do uracoúraco: no vértice
Trígono vesical: porção póstero póstero- antero- superior
inferior da bexiga, de forma triangular, • O orificio uretral: no vértice antero-
delimitado nos ângulos superiores pelos • inferior
meatos ureterais e sendo • A desembocadura dos
continuadoidade com pelo colo vesical uréteresureteres: nos vértices
no angulo ângulo inferior. superioreso externos.
Colo vesical: extensão do corpo em Igualmente, tem quatro faces: uma
forma de funil, dirigida para em superior, duas látero- inferiores e
baixo, fixada no púbis e conectada uma posterior, o fundo vesical.
com a uretra.
As paredes da bexiga tem têm três camadas :
Mucosa: epitélio de transição que reveste internamente a bexiga. E É rugosa no
fundo e nas paredes e lisa e aderida ao detrussor, no trígono.
Detrussor. Capa muscular lisa, constituída por três folhas musculares, sendo
duas longitudinais, uma interna e outra externa, e uma transversa entre as
178
BEXIGA
anteriores.
Túnica adventícia e serosa. Revestimento externo vesical. A parede superior é serosa,
recoberta pelo peritónio visceral.
179
URETRA FEMININA
A uretra feminina é um tubo estruturado semelhante àa uretra masculina, mas muito mais
curto, medindo uns 3,.5 a 4 cms. de longitude.
Começa no colo vesical até ao meato uretral, no vestíbulo vaginal, encima em cima
do introito intróito da vagina.
É constituída por Se constitui de três porções: (Ver ver Figura figura 296)
uretra proximal: até ao esfíncter voluntariovoluntário.
uretra mediamédia: ao nível do esfíncter voluntariovoluntário.
uretra distal: até ao meato uretral.
Figura 297. Uretra feminina na vulva. Figura 298. A uretra feminina e a vagina.
180
URETRA MASCULINA
A uretra masculina é a estructura terminal
do sistema excretor urinário masculino. Órgão de
forma tubular, com uma longitude entre 15 e
20 cms, a partir do colo vesical, que
atravessa a próstata e o corpo esponjoso no
pénis, até ao meato uretral ou orifício
terminal, no na glande, e na qual se definem
três
porções anatómicas:
Uretra prostática, proximal.
Uretra membranosa, mediamédia.
Uretra esponjosa, distal.
A uretra esponjosa, na por sua vez, se divide-se em :
Uretra bulbar
Uretra peniana
Uretra balánicabalânica.
A uretra está recoberta, no seu interior, por
epitélio mucoso, que contem contém as
glândulas mucosas de Cooper, numerosas e Figura 299. Uretra masculina.
pequenas glândulas localizadas ao longo da
uretra,
principalmente na zona bulbar, mantendo assim a humidade do epitélio.
Alem da urina, o sémen também será expulso pela uretra, no clímax do acto sexual.
182
CAPÍITULO VI: SISTEMA REPRODUCTOR
HUMANO
183
SISTEMA REPRODUCTOR HUMANO
184
CAPITULO V: SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
Ao sistema reprodutor feminino, ao igual quetal como ao masculino, se lhes chama-
se de órgãos genitais, sendo que estes se distinguem les se constituem em genitais
externos e internos.
Os órgãos genitais externos estão localizados na vulva, sendo eles o monte de VenusVénus,
os labios lábios maiores, os labios lábios menores, glándulas as glândulas de Bartolino e o
clítoris. A função destes órgãos é a de permitir a cópula e a perpetuação da
especieespécie, proteger os órgãos genitais internos das agressões externas, e
proporcionar o prazer sexual.
Aos genitais internos pertencem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.
185
CAPITULO V: SISTEMA REPRODUTOR
FEMININO
13.[14.] uréter
Na figura306, observa-se a localização dos
genitais femininos internos no interior da
Figura 306. Sistema reproductor feminino. cavidade pélvica, e externos, no períneo.
186
ÚTERO
O útero é o principal órgão principal reprodutor feminino. É o responsável pela expulsão
do feto, através de contracções dos músculos no momento do parto, e a sua cuja
elasticidade permite o aumento de volume durante a gravidez.
Tem o tamanho do punho e forma de pirâmide ou cone, com a base superior e anterior,
que é o fundo, os cornos uterinos nos extremos e o ápice formando o colo do útero. Visto
de perfil, apresenta-se achatado.
Se cComunica com os órgãos adjacentes por meio de três cavidades:
Cérvix: que se abre-se na vagina.
Cornos laterais: que o conectam às tubas uterinas.
Anatomicamente, descreve-se situado na cavidade pélvica na sua parte medial,
frequentemente direccionado em posição ante-verso-flexão, projectando o corpo
sobre o colo para a frente da cavidade pélvica, em forma de ângulo, posição clássica
que só se é verificada quando, tanto a ampola rectal, como a bexiga, se encontram
praticamente esvaziadas. Caso contrário, o seu enchimento destas provoca uma
diminuição da anteversão. Alem Além do descrito, apresenta o istmo,
duas bordas, face
superior, corpo e face
inferior.
As paredes apresentam:
Endométrio: camada interna
vascularizada.
Miométrio: formada por
três camadas de músculo
liso:.
Perimétrio: camada
externa, serosa, peritoneal,
que envolve o útero.
Figura 307. Útero
LIGAMENTOS DO ÚTERO
O Útero é mantido no seu lugar por diversos ligamentos peritoneais (a em cada
lado), dos quais os seguintes são os mais importantes:
LIGAMENTOS DO ÚTERO
Nome Origem Inserção
ligamento largo do útero
laterais do útero paredes e assoalho
(mesométrio)
pavimento da pelvepélvis
ângulo lateral do
ligamento redondo do útero lábios maiores
útero (corno
uterino)
ligamento ovariano
superfície lateral do útero ovários
(ou «ligamento próprio do
ovário»)
187
ÚTERO
Ligamento transverso do colo colo do útero e fórnice da
paredes laterais da
(ligadura cardinal) vagina
pelvepélvis
188
ENDOMÉETRIO
O endométrio é a camada interna do útero, muito vascularizada e com numerosas
glândulas especializadas. Local onde se implanta o blastocisto, ou embrião, até a à
formação da placenta e o
desenvolvimento fetal.
Tem duas camadas:
(Ver figura 308)
Camada funcional: capa
adjacente à cavidade
uterina, é a camada
expelida e reconstruída
periodicamente.
Camada basal: capa
adosada encostada ao
miometrio miométrio e
responsável pela
construção da camada
funcional.
O ciclo reprodutor da
camada funcional
promediaronda os
28 dias, o qual dependendorá de varios
vários factores, entre outros, o stress, a
estação do ano e o ganho ou a perda de
peso.
Na gravidez as células musculares crescem até 20 vezes. Imediatamente após a dequitação (saída da placenta)
Marca-passo uterino. A contracção do útero é formada produzida por ele mesmo, a partir das
fibras musculares próximas das trompas uterinas. As células musculares perto das trompas,
tem têm a capacidade de funcionar como marca marca-passo, e dar inicio início ao trabalho de 187
parto, que se produz a partir de um lado e depois se continua, alternadativamente, com o
outro lado, de forma rítmica.
COLO DO ÚTERO
Também chamado cérvix uterino, é a região inferior do útero, estreita, que se apresenta
separadao do corpo pelo istmo. Tem forma cilíndrica, tanto externa como internamente,
e entre 2,5 e 3 cm de comprimento. É constituída por Se constitui em duas porções:
supravaginal ou endocérvix, e intravaginal ou exocérvix, delimitadas pela denominada
zona de transição. A extremidade superior continua com o corpo do útero e a
extremidade inferior, cônicacónica, termina fazendo protrusão na porção superior da
vagina.
A través do canal cervical, a porção intravaginal do colo resulta a comunicação externa
com a cavidade uterina, que se continua com as tubas uterinas e estas com a cavidade
peritoneal, pelo qual que o colo uterino tem como uma das suas funções assegurar a
protecção dos restantes órgãos internos. Para isso, ele produz um muco fluido durante a
fase proliferativa do ciclo menstrual, que depois da ovulação se torna-se viscoso, devido a
à acção hormonal estrogénica, ou da progesterona, respectivamente. (Ver figura 310).
A zona de transição, é onde a maioria dos caâncroseres de do colo de útero se originamtêm origem.
188
LIGAMENTOS DOS GENITAIS FEMININOS
Os ligamentos dos genitais pélvicos femininos são aquelas estruturas peritoneais e
mesentéricas que fixam os órgãos reprodutores a à pélvis verdadeira.
O útero se fixaé fixado por vários ligamentos, sendo os principais o ligamento largo do
útero explicado na janela em baixo; o ligamento útero-ovárico que entrelaça o ovário
póstero inferiormente à junção útero-tubária (corno uterino); o ligamento redondo, o
qual se liga ântero-inferiormente ao corno, cursando seguindo ao longo do ligamento
largo, atravessando o canal inguinal e chegando ao lábio maior a em cada lado; e os
ligamentos transverso e útero-sacral, que fixam o colo a à parede posterior da pélvis e
ao sacro, respectivamente. Por último, a partir do colo e na direcção do púbis se
observa-se o ligamento pubo-cervical.
Os ovários são sustentados pelo ligamento útero-ovárico, também chamado ligamento
próprio do ovário; o ligamento suspensório ovárico, onde cursam passam os vasos e
nervos ovarianos; e o meso-ovário, descrito em baixo.
As tubas uterinas são revestidas completamente pelo ligamento largo, formando o
meso-salpinge.
Por último, existe a fíimbria ovárica, que fixa o pavilhão ao ovário.
O ovário apresenta:
duas faces (lateral e medial).
dois bordos (meso ovárico ou anterior e o posterior, que é livre).
duas extremidades (ou polos pólos tubário e uterino).
• Tem duas camadas:
Córtexcórtex. É onde se alojam e amadurecem as ovogónias - — folículo de Graaf.
Medulamedula. Local de produção dos estrogénios.
No final do período embrionário, o ovário terá todas as ovogónias – — 400 000 em cada
ovário.
Durante o período fértil, perto as de 400 ou 500 ovogónias desenvolverão a sua maturação.
O ligamento mesovário é o que permite a mobilidade intraperitoneal do ovário, assim como a expulsão do óvulo c
O ovário não está recoberto de p
193
VAGINA
O nome vagina procede do latim vagĭna, em português, «bainha», sendo um canal
musculo músculo membranáceo, virtual em repouso, que se estende do colo do útero à
vulva, de cima á a baixo e de trás para a frente, cujo comprimento flutua, em média, de 8
e a 10 cms; mas, no acto sexual pode-se alongar-se a 15 cm,s ou mais.
Se oOcupa-se de em realizar varias funções, entre elas, sustentar os órgãos
adjacentes, como a bexiga e o recto, escoar o fluxo menstrual, abrigar o pênis pénis
durante a cópula e permitir a passagem do feto, conformando o canal de parto.
O muco do lúmen
vaginal também
tem origemina-se
das nas glândulas
da cérvix uterina.
Na figura 319,
Observam-se os do vestíbulo que são masas de
194
MAMAS
As mamas são os órgãos responsáveisl pela produção de leite para a lactação nos
primeiros meses da vida. O leite que produzem é conduzido através de ductos para aos
mamilos.
Elas são constituídas por :
Tecido adiposo
Tecido conectivo
Glândulas mamárias
Ligamentos de Cooper
O tecido adiposo se distribui-se em numa proporção com respeito as às glândulas de 1 a 1, em
Mulheres não-lactantes, e 2 a 1 em mulheres lactantes.
As glândulas mamárias se distribuem-se por todo a mama, mas os 2/3 das destas estão
nos 30 mm mais próximos do mamilo.
Os ligamento de Cooper constituem a aponeuroses de sustentaçãom da mama que
permite manter a estrutura proeminente que a caracteriza.
As mamas, e sobre tudo os mamilos, são altamente erógenos devido aos numerosos
vasos e nervos que apresentam.
As mamas evoluíram de
essa forma — –
volumosoas —- para
prevenir que os bebés
não se sufoquem
enquanto mamam.
Os homens também
possuem glândulas
mamárias e
mamilos, mas não há
produção de leite, devido
à falta ou escassez dos
das hormonasônios Figura 320. Mamas e glândulas
femininos femininas mamariasmamárias.
Requeridosrequeridas.
195
Figura 321. Estrutura da mama feminina.
196
LIGAMENTOS DE COOPER
197
CICLO REPRODUTOR FEMININO
CICLO DA FASE MENSTRUAL
Dias de duração de cada fase doe ciclo
Dia médio
Fase Dia do término
ciclo de 28 dias
Menstruação 1 4
Fase proliferativa
1 13
(inclui os dias da menstruação)
Ovulação 14 16
Fase secretora proliferativa 17 28
Fase secretora isquémica 27 28
198
199
FERTILIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO ÓVULO
A ovogénesis ovogénese
divide-se em três fases ou
períodos:
202
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
1
8
-
E
s
c
r
o
t
o
.
204
ESTRUTURAS DOS GENITAIS MASCULINOS
Camadas (pPele, Dartosdartos, Fáscia fáscia espermática
Escroto externa / Cremástercremáster / Fáscia fáscia cremastérica,
Fáscia fáscia espermática interna) • Rafe perineal • Funículo
espermático.
Camadas (Túnica túnica vaginal, Túnica túnica albugínea) •
Testículos Appendix • Mediastinum • Lóbulos • Septos • Células de
Leydig • Células de Sertoli • Barreira hematotesticular.
Espermatogénese e Espermatogónio • Espermatocitogênese Espermatocitogénese
Espermatidogênese •Espermatócito
Espermatidogénese • Espermátide • Espermiogénese •
EspermatozoideEspermatozóide.
205
TÚBULOS SEMINÍFEROS
Aqui ocorre a espermatogéneses, que o qual é o processo de formação dos
espermatozoides espermatozóides por meio da meiosismeiose. Os túbulos seminíferos
estão localizados dentro de varios vários lóbulos.
Cada lóbulo é composto
por 1 a 4 túbulos em forma de
novelos e abundantes vasos
sanguíneos e linfáticos. Cada
testículo possui de 250 a 1000
túbulos de uns 150 a 250 µm
de diâmetro e 30 a 70 cms de
comprimento, uma média de 0,5 m,
uns 250 ms de túbulos em cada
testículo. As paredes contem contêm,
em seuno interior, dois tipos de
células especiais: Figura 332. Tubos seminíferos.
Células de Leydig: ou intersticiais, que
208
TESTÍCULOS
etsão localizadas entre os túbulos seminíferos
(no espaço intersticial) e que produzem
testosterona . (Ver ver livro do sistema
endócrino).
Células de Sertoli: encarregadas da
maturação dos
espermatozoidesespermatozóides.
209
EPIDÍDIMO
Se lLocaliza-se no bordo interno 1Extremidade cranial do
e superior testicular. É epidídimo
cConstituído de por um 2Extremidade caudal do
enovelado tubular de uns 15 epidídimo.
ms. de longitude. LigadoEstá 3 Adesão do epidídimo ao
ligado testículo
pela cauda (extremidade [4] Bordo livre
testicular, 5
inferior) ao canal deferente.
Mesorchium,
Armazena e amadurece os
[6] Epidídimo,
espermatozoidesespermatoz 6[7] Artéria e veia
óides e m. Manteém os testicular 8 Ductus
espermatozoides
espermatozóides vivos no
seu interior até um mês e
medio.
Os espermatozoides espermatozóides são lançados ao para o epidídimo a partir dos túbulos seminíferos.
CONDUCTO DEFERENTE
Ou ductos deferens, e é um canal muscular com uma longitude que varia entre 30 e 40
cm, encarregado da condução dos espermatozoides espermatozóides a partir da cauda
do epidídimo, e se continúua com o ducto excretor da vesícula
seminal e terminar
no ducto ejaculatório.
Se dDivide-se em
quatro partes:
Parte testicular
Parte funicular
Parte inguinal
Parte pélvica
DUCTO EJACULATÓRIO
Por ele passam os espermatozoides Figura 334. Ductos deferentes e ducto ejaculatório.
210
EPIDÍDIMO
espermatozóides que recebem o
líiquido seminal das
vesículas seminais, o licour prostático ao atravessar o corpo da próstata e imediatamente
se esvaziar-se na uretra, detrás atrás do veru montanum, no utriculoutrículo.
211
VESÍCULAS SEMINAIS
São as primeiras glândulas a agir sobre
os espermatozoidesespermatozóides,
liberando no conduto Ejaculatório
ejaculatório o fluido seminal, que tem
propriedades alcalinas e é rico em
açúcares, principalmente frutose,
com o objectivo também de neutralizar
a acidez da uretra e do canal vaginal,
para evitando evitar a morte dos
espermatozoidesespermatozóides. As
vesículas seminais estão situadas detrás
atrás e ema cada lado da próstata,
sendo
atravessadas pelos condutos
ejaculatórios respectivos, os quais
terminam na uretra prostática, onde
esvaziam o sémen.
212
Figura 337. Períneo, vesículas seminais e próstata.
Figura
338. Zonas da próstata e a uretra.
213
GENITAIS EXTERNOS
Os genitais externos são as estruturas do sistema reprodutor e genital masculino
observáveis na região externa do períneo. A eles pertencem os escrotos e o pénis.
ESCROTOS
Órgão em forma de bolsa, que se observa em baixo do períneo masculino, detrás atrás do
pénis. Apresenta o corpo, ou bolsa, e a raiz que o fixa ao períneo superiormente -,sendo
dividido por um rafe médio entre a pele e a raiz, que permite hospedar ambos os
testículos, um a em cada lado.
Eles se relaxam-se (sobem), ou se contraemi-se (descem), permitindo assim manter os
testículos a temperaturas inferiores ao resto do corpo. Esta função é realizadafeita pelo
musculo músculo cremáster.
A envoltura do saco ou bolsa tem varias várias camadas, algumas próprias de extensões da
parede abdominal que lhe permitem-lhe a movilidade mobilidade de ascensão ou descenso,
De fora para dentro, são:
Pele: e é muito fina e elástica, com alguns pêlos, numerosas glândulas sudoríparas e
sebáceas, rica em enervação inervação sensitiva (estímulos mecânicos e térmicos) e
abundante vascularização.
Túnica de dartos: é a fáscia superficial, fibromuscular, continuação da fáscia superficial
do períneo anterior e do pénis.
Camada membranácea de Scarpa.
Camada gordurosa de Campbell: continuação da camada gordurosa perineal.
Fáscia espermática externa: formada a partir da aponeurose do músculo oblíquo externo.
Fáscia cremasteriana: prolongação da aponeuroses do músculo oblíquo Internointerno.
Músculo cremáster: a partir do ligamento inguinal e das fibras inferiores do músculo
oblíquo interno.
Fáscia espermática interna: projecção da aponeurose do músculo transverso.
Túnica vaginal (parietal e visceral): envolve o testículo e o epidídimo.
Fáscia albugínea: reveste o testículo.
1. Testículos
6. Abertura da uretra
2. Epidídimo 7. Glande
3. Corpo cavernoso 8. Corpo esponjoso
4. Prepúcio 9. Pénis
5. Frénulo prepucial 10. Escroto
215
Figura 342. Corte transversal do corpo do
ESTRUTURAS QUE CONSTITUEM O PÊNISPÉNIS
As coberturas ou fáscias que envolvem o pênis pénis de por fora á e dentro.
Pele.
Fáscia superficial do pênispénis: ou Septo intracavernoso.
fascia fáscia de Dartos. Fáscia do Corpo corpo
Fáscia profunda do pêénis: ou fascia Esponjosoesponjoso.
fáscia de Buck. Fáscia dos cCorpos
Cavernososcavernosos