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ainda é vedado utilizar, citar, publicar esta obra integral ou parcialmente sem deixar
de indicar ou anunciar o nome, pseudônimo ou sinal convencional do autor sob pena
da aplicação das medidas previstas nos Art. 101 a 110 da Lei n.º 9.610/98."
164p.
ISBN: 978-85-64293-26-7
FAMETRO
Av. Djalma Batista, Nossa Sra. das Gracas. Manaus, AM
Palavra da Reitora
“Sejam todos e todas bem-vindos ao EaD
do Centro Universitário Fametro”
Introdução à compreensão ao 13
Tecido Epitelial
Tecido epitelial 19
Epitélio de revestimento 23
UNIDADE II
Tecido Conjuntivo 43
Plaquetas 68
UNIDADE III
Tecido Ósseo 77
Osteoblastos 82
Osteócitos 82
Osteoclastos 83
Tecido muscular 87
Tecido nervoso 94
Neuroglia 99
UNIDADE IV
Reprodução Humana 107
Embriologia 125
Referências 146
Unidade 1
Videoaula 1
Videoaula 2
13
INTRODUÇÃO À
COMPREENSÃO
AO TECIDO
EPITELIAL
Anotações:
Sabemos que há quatro tecidos fundamen-
tais, a saber: tecido epitelial, tecido conjuntivo, te-
cido muscular e nervoso. Por estabelecer o signifi-
cado de aspectos microscópicos característicos de
células e tecidos, os estudos histológicos elucidam
as relações entre estrutura e função (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2017).
De forma simples, podemos entender que a
célula é a unidade fundamental do corpo, e os teci-
dos são a associação de várias células semelhantes:
já os órgãos, são a junção de vários tecidos que re-
alizam uma determinada função. O sistemas são a
união de vários órgãos (sistema nervoso, linfático,
esquelético, respiratório, tegumentar, circulatório,
entre outros). A união de todos os sistemas formam
o organismo, essa constituição designamos de níveis
de organização. (ALBERTS et al. 2011) (figura 1)
Sistema
Órgão
tecido
Célula
Organelas
Moléculas
Átomos
15
Ectoderma
Endoderma
Mesoderma
Mesoderma
bexiga, uretra e rins), sistema
esquelético (cartilagem e ossos),
sistema circulatório (tecido
conjuntivo, tecido linfático, vasos
sanguíneos e coração), músculos
lisos, esqueléticos e a derme
(camada interna da pele).
epitélio de revestimento e
glândulas do trato digestivo (exceto
das cavidades anal e oral).
TECIDO EPITELIAL
Zônula de oclusão
Zônula de adesão
Desmossomos
Espaço extracelular
Interdigitação
Junção comunicante
Hemidesmossomos
Revestimento
Revestimento
membranoso das
membranoso das Endoderma
cavidades pleurais,
cavidades pleurais,
peritoneal e pericárdica
peritoneal, pericárdica,
e vasos sanguíneos e
vasos sanguíneos e
células sanguíneas.
células sanguíneas.
Epiderme e anexos da
Mesoderma epiderme.
Ectoderma
Você sabia?
EPITÉLIO DE REVESTIMENTO
Epitélio pseudo-estratificado
prismático (mucosa nasal) Epitélio pavimentoso
estratificado (esôfago)
Epitélio pavimentoso
simples (pulmão)
Epitélio cúbico simples
(túbulo do rim)
Epitélio prismático
Epitélio prismático simples (estômago)
estratificado (uretra)
EP
TC
MB
Cilíndricas - também chamados de prismáti-
cos ou colunares, estes epitélios possuem
células cuja altura é maior do que a sua lar- Epitélio especial ou de transição:
gura. Suas células são alongadas, com um células epiteliais cuja forma varia
núcleo basal também alongado. constantemente, impedindo sua clas-
sificação nas categorias anteriores.
Membrana
basal
Epitélio
simples
pavimentoso
Tecido
conjuntivo
Membrana
basal O epitelio denominado epitelio simples prismático ou
epitello colunar é formado por uma camada de células
É um epitélio formado por uma única camada de prismáticas, altas, apoiadas sobre uma membrana
células planas, semelhantes a ladrilhos, porém de basal. Seus núcleos são elípticos. Note como os
formas irregulares. núcleos alongados acompanham o maior eixo das
São células muito delgadas e por esta razão, em células. Note como os núcleos alongados acompanham
cortes transversais desse epitélio, frequentemente o maior elxo das células
não é possível observar bem seu citoplasma. É um tipo de epitélio bastante frequente no corpo
Seus núcleos, geralmente alongados ou elípticos, são constituindo, por exemplo, o revestimento interno do
mais espessos que o citoplasma e fazem saliência na estômago, intestinos e de vários outros órgãos.
superfície da célula.
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/10563475/
26
O que é QUERATINA???
Epitélio
pseudoestratificado
Tecido
conjuntivo
Célula basal
Membrana
basal
Epitélio
pseudoestratificado
ciliado com células
caliciformes
Tecido
conjuntivo
Anotações:
• Epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado – reveste cavidades úmidas
(boca, esôfago e vagina);
• Epitélio estratificado pavimentoso quera-
tinizado – pele;
• Epitélio estratificado prismático – raro,
conjuntiva ocular ductos excretores de
glândulas salivares;
• Epitélio de transição – bexiga, ureter, par-
te superior da uretra;
• Epitélio pseudo-estratificado – passagens
respiratórias;
• Células neuroepiteliais – células com
função sensorial (papilas gustativas);
• Células mioepiteliais – contêm miosina e
actina, podem fazer contração (porção se-
cretora de glândulas mamárias, sudorípa-
ras e salivares).
• Na cavidade bucal, sua mucosa de reves-
timento modifica-se de acordo com a
função que desempenha;
• No lábio, por exemplo, o epitélio interno é
Epitélio Estratificado não queratinizado
(figura 11-A);
• A porção externa é Epitélio Estratificado
queratinizado (figura 11- B);
• A porção do vermelhão é Epitélio Estratifi-
cado paraqueratinizado (figura 12-C).
29
Epitélio Glandular
As células epiteliais glandulares são
originadas durante o processo de proliferação
das células do epitélio de revestimento no desen-
volvimento embrionário. Essas células de revesti-
mento invadem o tecido conjuntivo subjacente e
se diferenciam, especializando-se na elaboração
de produtos com secreção variados (figura 13). As
unidades secretoras com seus dutos, constituem o
PARÊNQUIMA da glândula. Já os elementos do te-
cido conjuntivo que invadem e sustentam o parên-
quima, constituem o ESTROMA. (YOUNG et al. 2007)
Proliferação
celular
Formação Glândula
de glândula endócrinas-
Porção secretora
Anotações:
Glândulas Unicelulares e Multicelulares
Glândulas Exócrinas
Anotações:
Figura 17 – Esquema da glândula exócrina com
formação do ducto e liberação do produto
Ducto
Glândulas Exócrinas
Anotações:
Glândulas Endócrinas
Glândula
Endócrina
HORMÔNIOS
Glândulas Mistas
Pâncreas Fígado
Células basais
Células mioepiteliais
Anotações:
Curiosidades
Pele
Videoaula 2
42
43
TECIDO
CONJUNTIVO
Células do conjuntivo:
fibroblastos, macrófagos,
mastócitos e plasmócitos.
Fibroblasto (figura 24) – Produz o
colágeno e a substância intercelular. O
fibroblasto é a célula constituinte do te-
cido conjuntivo e sua função é formar a
substância fundamental amorfa. Tem um
citoplasma ramificado e rodeado de um
núcleo elíptico contendo 1-2 nucléolos. Os
fibroblastos ativos podem ser reconheci-
dos pela abundante ocorrência de retículo
endoplasmático. (MARISCOT, CARNEIRO,
ABRAHAMSOHN, 2004)
46
Anotações:
Figura 24 – Características do fibroblasto
Anotações:
Mastócitos (figura 26) – Célula globosa, grande
e repleta de grânulos de heparina (substância an-
ticoagulante) e histamina (substância envolvida
nos processos de alergia). Esta última substância
é liberada em ocasiões de penetração de certos
antígenos nos organismos e seu contato com os
mastócitos, desencadeando a consequente reação
alérgica. (MARISCOT; CARNEIRO; ABRAHAMSOHN,
2004)
O que é MASTOCITOSE?
Anotações:
Figura 27 – Mastocitose, distúrbios alérgicos
Fibras do conjuntivo:
Colágenas, elásticas e reticulares
Figura 29 – Fibras do Conjuntivo
Frouxo
Propriamente
dito Não Modelado
Denso
Modelado
TECIDOS
CONJUNTIVOS Cartilaginoso
Ósseo
Especiais Especiais
Adiposo
Mieloide e
Sanguíneo
Funções
Conjuntivo frouxo
Conjuntivo denso
Anotações:
uma parte gelatinosa (polissacarídeo hialuronato) e
três tipos de fibras proteicas: colágenas, elásticas
e reticulares. Existem dois subtipos de tecido con-
juntivo propriamente dito, classificados de acordo
com a quantidade de matriz presente, são eles: Te-
cido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo e Tecido
Conjuntivo Propriamente Dito Denso. (Junqueira e
Carneiro, 2017)
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo
(figura 33) - É o que mantém as características
mais elementares nos seus componentes. É rica-
mente vascularizado e se encontra sempre abaixo
do tecido epitelial, dando-lhe suporte e garantin-
do sua nutrição. Suas células terão funções na
manutenção da homeostase tecidual, mas não
terão características especializadas no sentido
de conferir especificidade funcional ao tecido. Da
mesma forma, a matriz extracelular se apresen-
tará em sua configuração mais básica. No quadro
4, podemos observar as estruturas presentes no
conjuntivo frouxo. (Junqueira; Carneiro, 2017)
Tecido Epitélio
Tecido Epitélio
Anotações:
Quadro 04 – Características e estruturas
presentes no tecido frouxo
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO ESTRUTURAS PRESENTES
Conjuntivo frouxo
Conjuntivo denso
Anotações:
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
Denso Modelado
Apresenta predomínio de fibras colágenas ori-
entadas em um mesmo sentido, paralelas e alinha-
das aos fibroblastos e às células que as produzem.
Essa orientação em um determinado sentido con-
fere ao tecido maior capacidade de resistência à
tração. Esse tecido denso e modelado (figura 35) é
o principal constituinte dos ligamentos, tendões e
aponeuroses. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
Tecido conjuntivo
frouxo
Tecido conjuntivo
Tecido epitelial denso não
modelado
Fibras
colágenas
Anotações:
responde, em pessoas de peso normal, a 20-25%
do peso corporal na mulher e 15-20% no homem.
(ROSS; PAWLINA, 2016)
As células do tecido adiposo se caracteri-
zam pela presença de células especializadas em
armazenar lipídios (figura 37), que funcionam como
reservas energéticas e calóricas além de auxiliar na
manutenção da temperatura corpórea. Esse tecido
é considerado a maior reserva de energia do corpo,
apesar de não ser a única. Além da dimensão do de-
pósito energético que o tecido adiposo representa,
por meio dos triglicerídeos, esse lipídeo é ainda
mais eficiente na produção de energia do que o
glicogênio. Um grama de triglicerídeos fornece 9,3
Kcal, enquanto um grama de glicogênio fornece
apenas 4,1 Kcal de energia. (ROSS; PAWLINA, 2016)
Membrana
Núcleo
Citoplasma
Complexo
goldiense
Ocorrência e função:
É denominado tecido mieloide, por se localizar
na medula óssea (do grego mielos, medula) e teci-
do hematopoético, por realizar a hematopoese (do
grego hemato, sangue: poiein, produzir), ou seja,
produzir as células sanguíneas. A medula óssea é
encontrada no canal medular dos ossos longos e
nas cavidades dos ossos esponjosos. (figura 41) (DE
ROBERTIS et al. 2012)
Medula fêmur
óssea
Célula
linfóide
Célula
mieloide
Célula-mãe
Neutróficos linfócitos
hemácias Plaquetas
Anotações:
O sangue é um tecido conjuntivo especializado
que circula em um sistema fechado de canais, repre-
sentado pelo coração, artérias, capilares e veias. Além
de transportar nutrientes a todas as células e retirar
os produtos tóxicos resultantes do metabolismo, o
sangue conduz, de um órgão para o outro, hormônios
e outras substâncias reguladoras da atividade celu-
lar. O sangue atua também nos processos de defesa,
carregando anticorpos e células que destroem agen-
tes invasores e ajudam na cicatrização e recuperação
de tecidos lesionados. O sangue ainda distribui calor,
mantendo constante a temperatura do corpo, e auxilia
na manutenção do equilíbrio ácido/básico e osmótico
dos fluidos corporais. (KIERSZENBAUM, 2004)
No homem, o sangue consiste de um fluido vis-
coso, de cor vermelha e tonalidade variável. Possui
um pH levemente alcalino (7,4) e é responsável por
aproximadamente 7% do peso corporal (+/- 5,5 L num
indivíduo adulto). Os componentes do sangue podem
ser separados por centrifugação, desde que seja
coletado com uso de anticoagulantes (KIERSZEN-
BAUM, 2004). Dessa forma, podem-se obter:
Anotações:
Glóbulos vermelhos (hemácias): represen-
tam de 42% a 47% do volume total de sangue (he-
matócrito); glóbulos brancos (leucócitos) e plaque-
tas: vão formar a papa leucocitária.
PAPA LEUCOCITÁRIA - Designação conferida
à camada delgada e translúcida, que representa
apenas 1% do volume total de sangue; plasma san-
guíneo: componente líquido do sangue, no qual os
outros componentes estão diluídos e que represen-
ta aproximadamente 55% do volume do sangue. (Ki-
erszenbaum, 2004)
Anotações:
Nos mamíferos são células anucleadas e têm a
forma de disco bicôncavo, para facilitar a entrada e a
saída do oxigênio, mas em todos os vertebrados con-
têm um pigmento vermelho, rico em ferro, a hemo-
globina, cuja função é o transporte, principalmente
do gás oxigênio, para o processo respiratório. No ser
humano, os glóbulos vermelhos duram cerca de 120
dias, sendo destruídos no fígado e no baço e substi-
tuídos por novos glóbulos vermelhos produzidos na
medula óssea vermelha. (KIERSZENBAUM, 2004)
As hemácias são células anucleadas somente
em mamíferos. Aves, peixes e répteis, por exemplo,
possuem hemácias nucleadas. (KIERSZENBAUM,
2004)
Um indivíduo pode apresentar os sintomas
de anemia quando no seu sangue ocorre baixa
concentração de hemoglobina pela diminuição
no número de glóbulos vermelhos ou pela
concentração baixa de hemoglobina em cada célula
quando o número de glóbulos vermelhos é normal.
(figura 44) (KIERSZENBAUM, 2004)
Anotações:
As causas da anemia podem ser falta de fer-
ro na alimentação, perdas crônicas de sangue ou
carência de vitamina B.
Glóbulos brancos
AGRANULÓCITOS (não
GRANULÓCITOS (apresentam
apresentam
grânulos no citoplasma)
grânulos no citoplasma)
Denso
esquemático
Anotações:
PLAQUETAS
Anotações:
Tecido Cartilaginoso
Anotações:
A função do tecido cartilaginoso é de con-
ferir suporte a tecidos moles (anéis da traqueia,
por exemplo), revestir as superfícies articulares
dos ossos, e propiciar a formação e o crescimen-
to dos ossos longos. (figura 49) (EYNARD, VALEN-
TICH, ROVASIO, 2011)
Pericôndrio
Fibroblasto Matriz
cartilaginosa
Condroblasto
Cápsula
Grupo isógeno
Videoaula 2
76
77
TECIDO ÓSSEO
Anotações:
de várias funções orgânicas (ação de enzimas, per-
meabilidade de membranas, coagulação do sangue,
transmissão do impulso nervoso, contração mus-
cular etc.). Constituem também um sistema de ala-
vancas que, juntamente com os músculos, permite
a locomoção de partes do corpo e a ampliação da
força muscular. Por fim, alojam e protegem a medu-
la óssea. (ALBERTS et al. 2011)
Anotações:
Figura 53 – Característica do osso no adulto
cartilagem articular
osso esponjoso
epífese com medula óssea vermelha
osso compacto
cavidade medular
medula amarela
perióstio
Anotações:
Figura 54 - Esquema de um osso longo,
evidenciando suas porções:
epífise, metáfise e diáfise
Matriz Óssea
OSTEOBLASTOS
OSTEÓCITOS
Anotações:
modificam e eles passam a ser chamados osteóci-
tos. (ALBERTS et al. 2011)
A interrupção da produção de matriz faz com
que toda a célula se retraia, tornando-se achatada e
com pouca basofilia. Os prolongamentos celulares
percorrem canais, os canalículos ósseos que vão se
ligar às lacunas e canalículos vizinhos, constituindo
uma rede que vai permitir a intercomunicação entre
os prolongamentos dos osteócitos, permitindo a sua
nutrição a partir de vasos sanguíneos que atraves-
sam a estrutura óssea. (ALBERTS et al. 2011)
A interrupção da produção de matriz faz com
que toda a célula se retraia, tornando-se achatada e
com pouca basofilia. Os prolongamentos celulares
percorrem canais, os canalículos ósseos que vão se
ligar às lacunas e canalículos vizinhos, constituindo
uma rede que vai permitir a intercomunicação entre
os prolongamentos dos osteócitos, permitindo a sua
nutrição a partir de vasos sanguíneos que atraves-
sam a estrutura óssea. Embora não produzam mais
matriz, a presença dos osteócitos é essencial para
a homeostase do tecido e a manutenção da matriz
óssea. A morte de uma dessas células é seguida pela
reabsorção da matriz que a envolve. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2017)
OSTEOCLASTOS
Anotações:
contato com a região onde ocorrerá a reabsorção
da matriz óssea, é rica em microprojeções celu-
lares irregulares, chamadas também borda em es-
cova. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
O citoplasma, principalmente nessas áreas,
contém abundantes vesículas e vacúolos, cujo ma-
terial vai realizar a hidrólise enzimática da osteoide,
liberando o cálcio para ser reutilizado pelo organis-
mo. Todo tipo de osso vai possuir dois elementos es-
senciais que revestem suas superfícies internas e
externas. Essas estruturas são, respectivamente,
o endósteo e o periósteo, e são responsáveis,
principalmente, pela nutrição, crescimento e
recuperação de danos nos ossos. (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2017)
Tecido ósseo primário - O tecido ósseo
primário (ou imaturo) se estrutura durante a vida
embrionária ao ocorrer a primeira ossificação, ou
durante a reparação de uma fratura. Nesse tipo de
osso, as fibras colagenosas estão dispostas alea-
toriamente, sem orientação definida, havendo uma
menor quantidade de minerais, o que confere a
esse tecido ósseo resistência menor que o tecido
ósseo secundário. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
Tecido ósseo secundário - O tecido ósseo se-
cundário (ou lamelar) surge em substituição ao te-
cido ósseo primário. No tecido ósseo secundário,
as fibras colagenosas se organizam de modo a
formar lamelas concêntricas ao redor de canais
onde transitam vasos sanguíneos. Esse conjunto é
chamado sistema de Havers, e confere ao osso se-
cundário maior resistência do que o osso primário.
O canal no centro das lamelas ósseas que contém
um vaso sanguíneo é chamado canal de Havers.
85
Anotações:
Acompanhando a arquitetura ramificada dos vasos
sanguíneos, há canais transversais chamados ca-
nais de Volkmann. Os canais de Volkmann ligam os
canais de Havers entre si e os canais de Havers com
a cavidade medular e com a superfície externa do
osso. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
Tipos de ossificação - No embrião, a formação
do osso ocorre por meio de dois mecanismos: a os-
sificação intramembranosa e a ossificação endo-
condral.
Ossificação intramembranosa ou endocon-
juntiva - A designação intramembranosa é conferi-
da a esse processo por ele ocorrer em uma área de
densificação de elementos fibrosos do tecido con-
juntivo embrionário, erroneamente denominado
membrana conjuntiva. Atualmente, há autores que
utilizam a designação endoconjutiva para ressaltar
que esse processo de ossificação ocorre no tecido
conjuntivo. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
Ossificação endocondral é o processo de for-
mação dos ossos longos e curtos, a partir de um
molde de tecido cartilaginoso (figura 57).
Anotações:
Pode-se dizer que este processo segue os se-
guintes passos: (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017)
1. Ao redor da peça cartilaginosa, o pericôn-
drio começa a se ossificar, formando, as-
sim, um cilindro ósseo ao redor da peça de
cartilagem.
2. Os condrócitos, situados no interior deste
modelo cartilaginoso, se hipertrofiam,
dilatando as suas cápsulas. Eles também,
quando hipertrofiados, produzem fatores
angiogênicos (fator de crescimento en-
dotelial vascular. VEGF) que induzirão à
formação de vasos sanguíneos a partir do
pericôndrio.
3. Com o surgimento desses vasos sanguí-
neos, as células condrogênicas se trans-
formam em osteogênicas, dando origem a
osteoblastos. Estes osteoblastos iniciam
a produção de osteoide, que enrijece for-
mando centros de ossificação primária,
colaborando na formação de um colar sub-
perióstico ao redor da diáfise cartilagino-
sa.
4. Esse colar ósseo impede a difusão dos nu-
trientes para o interior da cartilagem, le-
vando à morte dos condrócitos hipertrofi-
ados, formando grandes concavidades no
interior do molde cartilaginoso.
5. Osteoclastos, ao reabsorver o tecido ósseo,
formam orifícios no colar ósseo, permitido
que um broto vascular perióstico (compos-
to de células osteogênicas, células hema-
togênicas e vasos sanguíneos) penetre nas
cavidades do molde cartilaginoso.
87
TECIDO MUSCULAR
Anotações:
Figura 59 – Fibras musculares ou miócitos
Anotações:
O citoplasma das fibras musculares esqueléti-
cas encontra-se repleto por miofibrilas com a pre-
sença de retículo sarcoplasmático, mitocôndrias e
outras organelas. As miofibrilas são estruturas cilín-
dricas que se estruturam e formam sarcômeros, que
são as unidades funcionais (contráteis) do músculo
esquelético. O alinhamento dos sarcômeros é re-
sponsável pelas estriações transversais presentes
nos músculos estriados (figura 61). (MORISCOT,
CARNEIRO, ABRAHAMSOHN, 2004). Nesse sentido
os sarcômeros das miofibrilas são compostos de
miofilamentos que vão gerar a contração muscular,
esses filamentos são contráteis e formados por um
conjunto de proteínas.
Anotações:
Miofilamentos finos de actina
Músculo liso
TECIDO NERVOSO
Anotações:
Figura 66 – Estruturas constituintes do tecido
nervoso
Neurônios
Anotações:
grande parte dos neurônios existente no corpo faz
parte desta rede intermediária. (MORISCOT, CAR-
NEIRO, ABRAHAMSOHN, 2004)
Anotações:
Figura 68– Regiões morfológicas dos neurônios
Sinapse
Anotações:
sináptico, provoca a entrada de cálcio fazendo com
que as vesículas sinápticas se fundam à membra-
na pré-sináptica, liberando os transmissores para o
espaço extracelular. (EYNARD, VALENTICH, ROVA-
SIO, 2011)
NEUROGLIA
Anotações:
Figura 7 1 – Esquema ampliado mostrando as
células de Schwann
Videoaula 3 Videoaula 4
106
107
REPRODUÇÃO
HUMANA
Você sabia?
A menarca (primeira menstruação) pode ocor-
rer em meninas com 8 a 11 anos. A puberdade
termina aos 16 anos. Nos homens, a puberdade
inicia-se mais tarde (13 a 16); entretanto, os
sinais da maturidade sexual podem aparecer
nos meninos aos 12 anos. A puberdade termina
quando são formados Voespermatozoides
maduros.
109
Anotações:
O sistema reprodutor masculino; em conjunto
com o sistema reprodutor feminino; é responsável
pela perpetuação da espécie humana por meio da
reprodução. A reprodução é possível devido à pro-
dução de gametas ou células germinativas por es-
ses órgãos. O gameta masculino é o esperma e o
feminino é o óvulo. (ARLSON, 2014)
Anotações:
TESTÍCULOS: são duas glândulas mistas,
ovóides, localizados na bolsa escrotal. As suas
funções consistem em produzir espermatozoides
(túbulos seminíferos) e secretar o hormônio testos-
terona (células Leyding). (ARLSON, 2014)
CRIPTORQUIDIA: ocorre quando os testículos
não migram para a bolsa escrotal, ficando na região
abdominal.
VIAS ESPERMÁTICAS: correspondem ao tra-
jeto percorrido pelos espermatozoides desde a sua
produção até o seu armazenamento e sua elimi-
nação.
TÚBULOS SEMINÍFEROS: são canais finíssi-
mos que produzem os espermatozoides. Nas suas
paredes estão presentes as células de Leydig (figu-
ra 75). (ARLSON, 2014)
Anotações:
EPIDÍDIMO: ainda imaturos os espermato-
zoides ficam armazenados no epidídimo sendo
necessários muitos dias para amadurecerem. É no
epidídimo que os espermatozoides desenvolvem o
seu flagelo, adquirindo mobilidade. (ARLSON, 2014)
CANAL DEFERENTE: são canais que con-
duzem os espermatozoides do epidídimo desde o
canal ejaculador até a uretra (figura 76).
Anotações:
GLÂNDULAS ANEXAS: são responsáveis pela
produção dos líquidos que veiculam, protegem os
espermatozoides e entram na composição do es-
perma ou sêmen.
VESÍCULAS SEMINAIS: são duas glândulas lo-
calizadas ao lado da próstata. Produzem um líqui-
do de cor amarelada, consistência viscosa com pH
alcalino e representam a maior parte do volume do
sêmen. (ARLSON, 2014).
PRÓSTATA: é uma glândula com tamanho
aproximado de uma castanha. Localiza-se na saí-
da da bexiga e produz um líquido de aspecto leito-
so, e ligeiramente ácido e além disso, fornece odor
característico do sêmen. (ARLSON, 2014).
GLÂNDULAS DE COWPER (bulbouretrais): são
duas glândulas localizadas na extremidade do bulbo
e da uretra, secretam uma substância mucosa para
lubrificar a uretra.
PÊNIS: órgão copulador e inoculador do sêmen
(figura 78). É formado por tecidos elásticos que per-
mitem a ereção. Apresenta corpos cavernosos e
esponjosos formado por novelos de vasos sanguí-
neos dilatáveis. Em sua extremidade, localiza-se a
glande, região extremamente sensível, recoberta
por uma pele (prepúcio), que é onde em seu inte-
rior localizam-se as glândulas produtoras de uma
secreção o esperma.
ESPERMATOGÊNESE - é o processo de
produção de espermatozoides, onde as esper-
matogônias são transformadas em células germi-
nativas maduras ou espermatozóides. Este proces-
so de maturação inicia-se na puberdade e continua
até a velhice assim, antes da maturação, as esper-
matogônias permanecem quiescentes nos túbulos
seminíferos dos testículos desde o período fetal até
a puberdade, época na qual começam a crescer em
número. (figura 79) (ARLSON, 2014)
Período de
multiplicação
Espermatogónias mitose
Crescimento Período de
Espermatócito I sem divisão
celular crescimento
Espermatócito II
meiose Período de
maturação
Espermatidios
Período de
Espermatozóides diferenciação
Anotações:
e ter continuidade, e a outra irá continuar. (MOORE,
PERSAUD, TORCHIA, 2012)
Na fase de crescimento celular; que se inicia
na puberdade, as espermatogônias aumentam de
volume e não fazem divisões celulares. As esper-
matogônias passam a se chamar espermatócitos
primários e continuam diplóide. Na fase de matu-
ração; o espermatócito primário sofrerá uma divisão
meiótica reducional (meiose I), originando dois es-
permatócitos secundários (n). Os espermatócitos
secundários sofrerão meiose equacional (meiose
2), originando quatro espermátides (n), além de
sofrerem modificações morfológicas e estruturais
(espermiogênese), originando os espermatozóides.
(MOORE, PERSAUD, TORCHIA, 2012)
Espermatozoide - Os espermatozoides são
gametas masculinos produzidos durante a esper-
matogênese que ocorre nos testículos. Células leves
e móveis, os espermatozoides se desenvolvem a par-
tir das espermátides e se movimentam em direção
ao óvulo com uma velocidade de 1mm/min a 4mm/
min em média. Os espermatozoides são dotados de
cabeça, colo ou peça intermediária, e cauda ou fla-
gelo. (figura 80) (MOORE, PERSAUD, TORCHIA, 2012)
Anotações:
A cauda do espermatozoide é formada por
três segmentos: a peça intermediária, a peça prin-
cipal e a peça terminal. Na peça intermediária da
cauda encontra-se o aparato produtor de energia
mitocondrial e citoplasmático, que produzem os
movimentos rápidos da cauda. (MOORE, PERSAUD,
TORCHIA, 2012)
Anotações:
Tem como função a produção de óvulos e
hormônios (estrógeno e progesterona). A sua
região externa é coberta pelo epitélio germinativo,
nas crianças, ele apresenta uma cor esbranquiça-
da e de aspecto liso e na mulher adulta, assume
um tom cinza com cicatrizes que correspondem
às ovulações já ocorridas. Após a menopausa, os
ovários apresentam a superfície enrugada, devido
às inúmeras ovulações ocorridas ao longo da vida
reprodutiva da mulher. (ARLSON, 2014)
No córtex, estão presentes pequenas for-
mações; que consistem nos folículos ovarianos:
Eles sofrem a ação de hormônios hipofisiários,
originando os óvulos. Quando uma menina nasce
apresenta no córtex cerca de 200.000 folículos,
totalizando aproximadamente 400.000 folículos
ovarianos, este número cai para 10.000 na puber-
dade e nenhumna menopausa. (ARLSON, 2014)
Trompas de Falópio: São formadas por dois
condutos com aproximadamente 12 cm de compri-
mento, localizados na cavidade abdominal (figura
82). A sua função é encaminhar o óvulo em direção
ao útero. Possui três regiões, intramural, a ístimica
e a ínfudibular. A intramural localiza-se no interi-
or da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se
no interior do útero, através de pequeníssimo ori-
fício. A região ístimca possuí porção intermediária
e apresenta a maior parte da trompa e também a
mais estreita. Por fim, a ínfundibular localiza-se na
extremidade oposta à intramural. (ARLSON, 2014)
117
Anotações:
delicada serosa que reveste o útero externamente.
O endométrio é uma mucosa que reveste interna-
mente o útero, cresce durante o ciclo ovulatório
e desprende-se ao final do ciclo (caso não ocorra
gravidez), sendo eliminado com o fluído mestral.
Por fim, o miométrio é uma porção intermediária da
parede uterina, está representada por um conjunto
de músculos lisos; graças a estes músculos, o úte-
ro pode aumentar de tamanho durante a gravidez
e sofrer as contrações durante o parto. (ARLSON,
2014)
VAGINA: é o órgão destinado à cópula, ao
parto e à eliminação dos resíduos menstruais. É
constituído por um canal muscular e elástico, com
aproximadamente 10 cm de profundidade por 3 cm
de diâmetro. Este canal tem início anteriormente
na vulva, orientando-se para o interior em direção
ao colo uterino. Ele termina em um fundo em for-
ma de saco, onde os espermatozoides ficam tem-
porariamente depositados para iniciar sua viagem
em direção ao útero e às trompas. (ARLSON, 2014)
A VULVA: é a parte externa dos órgãos geni-
tais femininos (figura 84).
Anotações:
A vulva inclui a abertura da vagina, os lábios
maiores, os lábios menores e o clitóris. Externa-
mente é revestida por pêlos pubianos.
Anotações:
Cerca de dois milhões de ovócitos primários
normalmente estão presentes nos ovários de uma
menina neonata. A maioria desses ovócitos regride
durante a infância de modo que na adolescência
não mais que 40 mil permanecem. Destes, somente
cerca de 400 amadurecem e são expelidos na ovu-
lação durante o período reprodutivo. (MOORE, PER-
SAUD, TORCHIA, 2012)
Por volta do 14º dia após o primeiro dia da
menstruação, o folículo está totalmente madu-
ro. Recebe então a influência de outro hormô-
nio hipofisiário, o LH (hormônio luteinizante),
que estimula a ovulação. A ovulação é aciona-
da por uma onda de produção de LH. A ovulação
normalmente se segue ao pico de LH de 12 à 24
horas. Após a ovulação, o folículo transforma-se
no corpo-lúteo ou amarelo, que inicia a produção
do hormônio progesterona, que age sobre o úte-
ro mantendo-o propício para a gravidez. (MOORE,
PERSAUD, TORCHIA, 2012)
Caso ocorra a fecundação, o corpo-lúteo por
estímulo da gonodotrofina cariônica, produzida
pela placenta, permanece produzindo a progester-
ona, o que mantém o endométrio proliferado capaz
de nutrir o embrião em desenvolvimento. Caso não
ocorra a gravidez, o corpo-lúteo regride e se trans-
forma no corpo albicans. Após 14 dias da ovulação,
pela falta de progesterona, o endométrio descama e
se inicia a menstruação quando tem início um novo
ciclo hormonal. Nas mulheres, a ovulação se encer-
ra entre 45 e 50 anos de idade, fenômeno denomi-
nado menopausa. Num ciclo de 28 dias, o período
de maior fertilidade fica entre o 10º e o 18º dia do
ciclo. A suspensão da menstruação é um dos sinto-
122
Anotações:
citoplasma nutritivo são polarizadas. O pólo onde
se encontra o núcleo com o bioplasma é chama-
do de pólo animal, uma vez que dará origem a um
novo indivíduo; e o pólo onde se encontra o deuto-
plasma é chamado de pólo vegetativo, uma vez que
tem função nutritiva. (figura 87) (MOORE, PERSAUD,
TORCHIA, 2012)
EMBRIOLOGIA
Anotações:
O plasma envolve todo o espermatozoide, sendo
o pescoço e a sua cauda destacados da cabeça,
desintegrando-se (MOORE, PERSAUD, TORCHIA,
2012)
O núcleo do espermatozoide permanece inativo
até que a divisão meiótica do ovócito II se complete.
Se não ocorrer a fecundação, essa divisão jamais se
completará. A liberação do segundo corpúsculo po-
lar nao deixa dúvidas que a fecundação se realizou
(pró-núcleo feminino). O núcleo do espermatozoide
se descondensa e seus filamentos nucleoprotéi-
cos tornam-se visíveis e, assim, forma-se o pró-nú-
cleo masculino. A aproximação e a junção dos dois
pró-núcleos (cariogamia) restabelecem o número
diploide da espécie e o zigoto é constituído. (MOORE,
PERSAUD, TORCHIA, 2012)
CLIVAGEM - É uma série de divisões mitóticas
repetidas do zigoto, que resultam em rápido
aumento do número de células. Essas células,
denominadas blastômeros, tornam-se menores
a cada divisão de clivagem. Inicialmente, o zigoto
se divide em dois blastômeros, que se dividem
em quatro, oito e assim sucessivamente (figura
89). A clivagem ocorre quando o zigoto passa pela
tuba uterina em direção ao útero. Durante esse
processo, o zigoto situa-se dentro da zona pelúcida
onde ocorre a divisão do zigoto em blastômeros
que se inicia cerca de 30 horas após a fertilização.
(MOORE, PERSAUD, TORCHIA, 2012)
130
Anotações:
Cerca de três dias após a fertilização, o zigo-
to atinge o estágio de 12 a 16 blastômeros chamado
mórula, que consiste em uma massa compacta de
células (do latim morus: amora). As células internas
da mórula, a massa celular interna ou embrioblas-
to, estão circundadas por uma camada de células
achatadas que formam a massa celular externa, ou
trofoblasto.
BLASTOCISTO - Quando a mórula já atingiu o
útero; por volta de quatro dias; começa a receber
fluídos uterinos e, no interior da massa compacta
de células, começam a aparecer pequenos espaços
cheios de líquidos (figura 90). As células migram
para a periferia e o interior forma uma ampla cavi-
dade preenchida por líquido (blastocele).
Um pequeno grupo de células permanece
em um dos pólos, então, há a formação de um
aglomerado em forma de botão, que caracteriza a
fase de blastocisto. As células periféricas formam
o trofoblasto (do grego throfe = nutrição), o botão
polar forma o embrioblasto, enquanto a cavidade
interna cheia de líquido forma a blastocele. Nesse
sentido, o trofoblasto contribuirá para a formação
de parte da placenta e o embrioblasto (massa celu-
lar interna) originará o embrião; O blastocisto per-
manece livre nas secreções uterinas por cerca de
dois dias. (ARLSON, 2014)
132
Anotações:
Figura 90 – Esquema do blastocisto
Anotações:
A formação da placa neural é induzida pela
notocorda em desenvolvimento. O ectoderma da
placa neural dá origem ao SNC (encéfalo e medu-
la espinhal) e enquanto a notocorda se alonga, a
placa neural se alarga e estende, cefalicamente,
até a membrana bucofaríngea. A placa neural ultra-
passa a notocorda por volta do 18º dia, a placa neu-
ral se invagina, ao longo do seu eixo central, o que
forma um sulco neural com pregas em ambos os
lados. As pregas neurais constituem os primeiros
sinais do desenvolvimento do encéfalo; no fim da
terceira semana, as pregas neurais se aproximam
e fundem-se, convertendo a placa neural em tubo
neural. A formação do tubo neural é um processo
celular complexo e multifatorial que envolve genes
e fatores extrínsecos, por isso, a neurulação é com-
pletada apenas durante a quarta semana. (ARLSON,
2014)
Períodos do desenvolvimento
• Período pré-embrionário
(Fertilização – até o final da segunda semana)
• Período embrionário
(Terceira semana – até o final da oitava semana)
• Período fetal
(Nona semana – até o nascimento)
Fase embrionária
Fase Fetal
• Duração: da 13º semana até a 40ª semana;
• Característica: Crescimento fetal.
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
Anotações:
ÂMNIO E FLUIDO AMNIÓTICO: o âmnio forma
um saco amniótico membranoso cheio de fluído,
que envolve o embrião e o feto. A sua origem en-
contra-se na camada ectodérmica e mesodérmica.
É uma mebrana fina que aparece no final da 1ª se-
mana de desenvolvimento. É uma membrana fina
que delimita uma bolsa repleta de líquido amnióti-
co, provavelmente de origem materna (figura 95). O
fluido amniótico desempenha um papel importante
no crescimento e desenvolvimento do embrião. Ini-
cialmente, um pouco de fluido amniótico pode ser
secretado pelas células amnióticas; entretanto, a
maior parte provém da membrana amniocoriônica
da decídua parietal. (ARLSON, 2014)
O fluido também é secretado pelo trato respi-
ratório fetal e vai para a cavidade amniótica. A partir
da 11a semana, o feto contribui para o fluido amnióti-
co expelindo urina na cavidade amniótica. Normal-
mente, o fluido amniótico aumenta aos poucos, che-
gando a 1.000 ml com 37 semanas. O conteúdo de
água do fluido amniótico é trocado a cada três horas.
Grande quantidade de água passa pela membrana
amniocoriônica para o fluido tecidual materno e daí
para os capilares uterinos. Também há troca de flu-
ido com o sangue fetal através do cordão umbilical
e no local onde o âmnio adere à placa coriônica na
superfície fetal da placenta. (ARLSON, 2014)
O fluido amniótico é deglutido pelo feto e
absorvido pelos tratos respiratório e digestivo.
Foi calculado que, durante os estágios finais da
gravidez, o feto deglute mais de 400 ml de fluido
amniótico por dia. O fluido passa para o sangue fetal
e os produtos de excreção nele contidos atraves-
sam a membrana placentária e vão para o sangue
139
Figura 95 – Âmnio
Âmnio
É uma evaginação
em forma de vesícula
que ocorre na parte
posterior do intestino
do embrião
Anotações:
Figura 97 – Esquema apresentando o Córion
Anotações:
cose, aminoácidos, vitaminas, hormônio, anticor-
pos, uréia, etc), sendo ligada à produção de hormô-
nios, à defesa imunitária, à nutrição, à respiração e
à excreção. Durante o parto é eliminada (decidual) e
é hemocorial, pois o sangue materno irriga as vilo-
sidades coriônicas fetais. (figura 98) (MOORE, PER-
SAUD, TORCHIA, 2012)
Anotações:
difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose.
(MOORE, PERSAUD, TORCHIA, 2012).
Através destes transportes ocorrem a trans-
ferência de gases, passagem de substâncias nutriti-
vas, transferência de hormônios e trocas de eletróli-
tos. Além disso, apresenta também transferência
de anticorpos maternos, retirada de produtos de
excreção, passagem de drogas, seus metabólitos e
passagem de agentes infecciosos. Por fim, realiza a
secreção endócrina através de precursores prove-
nientes do feto e/ou da mãe, e sintetiza hormônios
proteicos e esteroides.
CORDÃO UMBILICAL: a sua origem é con-
juntiva. Possui duas artérias que irrigam as vilosi-
dades cariônicas; o retorno do sangue materno é
feito através de uma única veia (figura 99).
A sua função é estabelecer comunicação di-
reta entre o corpo da mãe e do feto através da pla-
centa.
Anotações:
GESTAÇÃO GEMELAR: apresenta simultânea-
mente dois ou mais conceptos e corresponde a 3%
a 5% das gestações gemelar 10:1000 Trigemelar
1:8000 (figura 100).
Monozigóticos:
• 1 oócito + 1 espermatozoide;
• Divisão de um só zigoto em fase de ovulação
precoce;
• Geneticamente idênticos ou univitelinos/
mesmo sexo;
• Mono ou dicoriônicos/ mono ou diamnióti-
cos;
• Não relacionados a paridade, idade, etnia e
história familiar.
Os gêmeos monocoriónicos, ao partilharem a
mesma placenta, trocam sangue entre si através de
anastomoses. Nesse sentido, esse fenômeno fisi-
ológico acontece enquanto essa troca for equilibra-
da. O desequilíbrio na transfusão de sangue entre
ambos pode, portanto, explicar várias das compli-
cações a que este tipo de gestação se encontra su-
jeita. (MOORE, PERSAUD, TORCHIA, 2012).
Dizigóticos
REFERÊNCIAS