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ÚNICA FACULDADE DE ENSINO - UNIFETEC

CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA

JULIANY DOS SANTOS BERTOLANE


ELLEN GOMES DOS SANTOS
JAQUELINI GOMES TOLENTINO
MARILZA PEREIRA DA SILVA
GILSELE DOS SANTOS MENDES
CASSANDRA NOVAIS DA SILVA
LAIS FERNANDES DE FREITAS

PELE OLEOSA

SÃO GABRIEL DA PALHA- ES


2022
JULIANY DOS SANTOS BERTOLANE
ELLEN GOMES DOS SANTOS
JAQUELINI GOMES TOLENTINO
MARILZA PEREIRA DA SILVA
GILSELE DOS SANTOS MENDES
CASSANDRA NOVAIS DA SILVA
LAIS FERNANDES DE FREITAS

PELE OLEOSA

Trabalho apresentado à UNIFETEC – Única


Faculdade de Ensino, como meio de obtenção de
nota na disciplina de Afecções Cutâneas.

Professora: Fernanda Lovo.

SÃO GABRIEL DA PALHA-ES


2022
Sumário
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................................... 7

2.1 TIPOS DE PELE – BREVE RESUMO .................................................................................... 7

2.2 PELE OLEOSA .................................................................................................................... 8

2.3 CUIDADOS, TRATAMENTOS E PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA PELE OLEOSA .............. 9

3 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 10

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 11


1 INTRODUÇÃO
De acordo com Fortes e Suffredini (2014, p. 94), a pele nada mais é que um campo
de interação com o meio ambiente, responsável pela criação de uma barreira contra
fatores extrínsecos e que participa da termorregulação corpórea. Possui funções
normalmente relacionadas à região epidérmica, localizada mais externamente.
Segundo Rivitti (2018), a pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo,
indispensável à vida e que isola os componentes orgânicos do meio exterior. Constitui-
se em complexa estrutura de tecidos de várias naturezas, dispostos e inter-
relacionados de modo a adequar-se, harmonicamente, ao desempenho de suas
funções, composta, essencialmente, por três grandes camadas de tecidos: uma
superior – a epiderme; uma intermediária – a derme ou cório; e uma profunda – a
hipoderme ou tecido celular subcutâneo.
Para Bohjanen (2017), a barreira epidérmica protege a pele de microrganismos,
substâncias químicas, traumatismos físicos e ressecamento por perda trans
epidérmica de água. Essa barreira é criada pela diferenciação dos queratinócitos à
medida que se movem da camada de células basais para o estrato córneo.
A classificação da pele em 4 tipos (normal, seca, oleosa e mista) foi desenvolvida por
Helena Rubistein no início do século XX. Helena Rubistein foi praticamente a inventora
da indústria cosmética. Ela desenvolveu um creme facial específico para a beleza que
foi lançado em 1902, na Austrália e fez um sucesso mediato entre as mulheres. Foi a
partir desse creme que Helena Rubistein deu início a um dos maiores impérios do
setor de beleza (PINHEIRO, 2016).
O surgimento de novos produtos e procedimentos estéticos são cruciais para que cada
vez mais sejam conhecidos os tratamentos adequados para cada tipo de pele, e,
sobretudo, favoreçam a compreensão da necessidade de maior cuidado (PINHEIRO,
2016).
Esse trabalho caracteriza-se por uma pesquisa de cunho bibliográfico com o objetivo
de descrever breve resumo sobre os tipos de pele, com foco em peles oleosas, os
melhores cuidados, tratamentos e produtos específicos relacionados a esse tipo de
pele.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TIPOS DE PELE – BREVE RESUMO

Os tipos de pele vão além da cor da pele. Elas são classificadas depois de serem
relacionadas a partir de informações mais amplas como fatores hormonais, estado de
saúde do indivíduo, a idade, étnica, entre diversos fatores. Saber qual o seu tipo de
pele faz com que sejam empregados tratamentos específicos, já que tudo varia de
pessoa para pessoa.
A pele é o maior órgão do corpo humano, possui diversas funções vitais e funciona
como barreira entre os meios externos e internos do corpo, fazendo com que os fluidos
naturais sejam conservados (SOUSA; AVALOS; BARJA, 2015, p. 269).
Os profissionais da área da saúde e estética podem ter os aparelhos eletrônicos
específicos para que possam com mais exatidão saber qual o tipo de pele do paciente.
Devem ser considerados também parâmetros como a hidratação, cor, oleosidade,
bem como os sinais de envelhecimento e após essa análise, indicar qual produto
adequado para a pessoa e cada caso em específico.
Além da análise feita visualmente é necessário que seja questionado ao paciente
perguntas que possibilitem conhecer ainda mais o tipo de pele deste, dando um
retorno ainda mais exato de qual tratamento, produtos e os hábitos necessários com
a pele (GONÇALVES, 2016).
Em relação aos cuidados com a pele, o mercado nacional e internacional há
diariamente crescimento de procura de produtos e procedimentos (FERREIRA, 2014).
A pele diferencia em quatro tipos, sendo eles a pele normal, a seca, oleosa ou mista.
Há também um quinto tipo que pode se denominar por pele sensível, não estando
relacionada à presença ou ausência de gordura.
Cada pessoa se distingue de acordo com a sua quantidade de sebo, que pode ser
decorrente à herança genética ou de acordo com fatores hormonais, estado de saúde,
idade, etnia ou situação geográfica (GONÇALVES, 2016).
A Pele normal apresenta secreção sebácea e sudorípara em equilíbrio, o aspecto é
suave, a coloração e textura são normais. A superfície é discretamente brilhante e
apresenta óstios finos. Suporta razoavelmente o contato com saponificantes e sol. A
Pele seca é facilmente confundida com a pele alípica (deficiente de gordura, tem
espessura fina, pouco ou nenhum brilho e poros finos). A pele seca tem deficiência de
água na camada córnea é considerada desidratada, contendo um potencial de
Hidrogênio (pH) mais ácido. Possui aspecto fino, com a coloração branca rosada e
algumas rachaduras. A pele é fina, mas com textura áspera ao tato, apresentando
secreção sebácea e sudorípara diminuída, com muita tendência a formação de rugas.
A pele oleosa é uma pele que se irrita facilmente sendo sensível às mudanças
climáticas e a exposição solar. Já a pele mista possui uma zona específica que é mais
gordurosa e brilhante, geralmente chamada de zona T, pois abrange a área da testa,
nariz e mento. As outras partes do rosto são consideradas normais ou secas e os
níveis de hidratação aparentemente são normais e uniformes.
No próximo tópico será exposto mais sobre a pele oleosa, assunto foco desse
trabalho.

2.2 PELE OLEOSA

A pele oleosa é caracterizada pelo excesso da produção de sebo, resultando em sinais


clínicos como oleosidade, brilho excessivo, presença de poros abertos, comedões e
lesões acneicas inflamatórias. O excesso de oleosidade pode ocasionar desde
desconfortos psicológicos até problemas dermatológicos como a acne, situações que
apresentam alto impacto na qualidade de vida (BALDWIN, 2002; YAZICI et al., 2004,
P. 133). A oleosidade da pele está relacionada com a produção excessiva de sebo
pelas glândulas sebáceas, que são normalmente encontradas em associação com um
folículo piloso, o qual, em conjunto com a glândula, é referido como uma unidade
pilossebácea (THIBOUTOT et al., 2008, P. 792).
Além da idade, outros fatores como a constituição genética do indivíduo, dieta, níveis
de estresse e níveis hormonais influenciam na quantidade de sebo secretada na pele
(BAUMANN, 2004, P. 359). Os fatores extrínsecos como condições climáticas e região
que o indivíduo se encontra também podem ser fatores determinantes da secreção
sebácea (YOUN et al., 2005).
Nesse contexto, peles que apresentam alta secreção de sebo, caracterizadas como
pele oleosa, requerem os veículos utilizados apresentem menos conteúdo lipídico,
com ingredientes não comedegênicos, uma vez que a aplicação de um veículo não
adequado poderia favorecer o desenvolvimento da acne, efeito indesejável para o
produto cosmético. Matérias-primas oleosas como palmitato e miristato de isopropila,
butilstearato, isoestearato de isopropila, estearato de isocetila, manteiga de cacau são
considerados comedogênicos e, portanto, devem ser evitados neste tipo de
formulações. Alternativas interessantes para estes ingredientes são o uso de
emolientes não comedogênicos como o esqualeno, óleo de macadâmia e estearato
de octila (MAIA; MERCURIO, 2012, p. 263).

2.3 CUIDADOS, TRATAMENTOS E PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA PELE


OLEOSA

Na pele oleosa, os radicais livres estão relacionados a processos inflamatórios e


participam da formação de lesões acneicas, portanto, substâncias antioxidantes
promovem um benefício adicional a pele oleosa, atuando na prevenção e redução de
lesões acneicas além da prevenção e retardo do envelhecimento cutâneo (MASAKI,
2010).
A limpeza de uma pele oleosa é fundamental devendo ser limpa diariamente, com um
gel adequado, duas vezes ao dia. O uso destes torna-se agradável dando uma
sensação de frescura. Pode-se também utilizar esfoliantes, que são emulsões de
limpeza mecânica, que removem a sujidade e as células mortas por ação física. A
esta esfoliação mecânica pode associar-se uma esfoliação química, usando produtos
que contenham α-hidroxiácidos. Contudo, essa esfoliação apenas deve ser feita uma
a duas vezes por semana, consoante a necessidade da pele. Também se podem usar
máscaras de limpeza adequadas, uma a duas vezes por semana.
Nas peles oleosas, a utilização de máscaras de argila poderá ser benéfica. Deve-se
usar produtos que sejam suaves e delicados para a pele e contenham ativos não
comedogénicos. É importante informar que após a limpeza da pele é muito importante
hidratar, pois caso contrário a pele produzirá mais sebo para compensar a limpeza
feita, em que este foi retirado. Deve-se informar que os ambientes poluídos,
temperaturas elevadas e humidade excessiva não são favoráveis para este tipo de
pele.
Geles, loções ou leites de limpeza também devem fazer parte da higiene diária da
pele do rosto. Estes devem conter ativos que evitem que a pele se torne oleosa. São
exemplos desses ativos os seborreguladores. Produtos com excesso de álcool devem
ser evitados pois acabam por fazer aumentar a quantidade de óleo na pele. O uso de
um tónico é importante, pois complementa a limpeza da pele e prepara-a para a
hidratação.
Relativamente à pele oleosa esta deve ser hidratada preferencialmente com cremes
de fase externa aquosa, para não exacerbar o nível de oleosidade. Devem ser
aconselhados produtos com efeito matificante para suavizar o brilho característico
deste tipo de pele.
O ideal é lavar bem o rosto de manhã e antes de dormir com sabonetes secativos,
sempre que forem indicados por um dermatologista. Depois se pode aplicar um tônico
para retirar resíduos de poluição, maquiagem e do próprio sabonete. É importante
que, na hora de hidratar e aplicar protetor solar, sejam escolhidos produtos em gel
(livres de óleo) e que não causam obstrução dos poros (HABIF, 2004). Deve-se ter
atenção à temperatura da água, que não pode ser quente e nem muito gelada. Evitar
esfregar a toalha para secar a pele ajuda a cuidar da pele, pois isso pode causar
irritação.
Se a oleosidade persiste mesmo com esses cuidados, é recomendado procurar um
dermatologista e recorrer aos ácidos especiais ou tratamentos orais. O ácido retinóico
é um dos mais usados atualmente, associado à limpeza de pele e cuidados diários,
mas só pode ser prescrito por um médico habilitado (HABIF, 2004).
Creme antirrugas poderão ser deixados de lado por muito tempo, pois peles oleosas
tendem a ter menos rugas, porem isso não significa que a pele oleosa não deva
receber protetor solar e hidratante para manter-se jovem. Outra característica positiva
é que ela está mais protegida do ar condicionado e das condições climáticas. Destarte
a isso, um ponto negativo é que além do brilho excessivo, as peles oleosas são mais
sensíveis aos hormônios, o que pode agravar a acne e deixar cicatrizes futuras
(RAKEL, 2005, p. 974).

3 CONCLUSÃO

O presente estudo partiu do pressuposto de que a pele é o maior órgão do corpo


humano com características diversas que podem ser classificadas de várias formas:
por fototipo, por idade, por condições especiais, etnia e etc.
A maior queixa de quem tem pele oleosa é sem dúvida, o falso aspecto de sujeira que
a gordura em excesso dá à pele. O brilho excessivo acompanha quem tem esse tipo
de pele o dia todo, mesmo com o uso de sabonetes ou de produtos especiais.
Alguns pequenos cuidados diários podem deixar a pele com melhor aspecto e com
menos brilho. É preciso entender que não adianta nada ficar lavando o rosto a todo
momento. O que deve ser feito é uma higiene adequada e manter a pele sempre
hidratada e protegida.
Como perspectivas futuras, numa sociedade cada vez preocupada com o aspeto físico
e na busca pelo elixir da juventude, os cuidados cosméticos são cada vez mais uma
área emergente em especial no que concerne ao envelhecimento cutâneo, em que o
futuro passará provavelmente pela utilização de compostos principalmente oriundos
das algas.
Em suma, uma exposição solar irresponsável pode causar problemas nefastos a nível
da pele para além de causar um envelhecimento precoce. Deste modo torna-se
pertinente sensibilizar para medidas de proteção em todas as idades, em especial nos
mais novos, mesmo em peles extremamente oleosas, utilizando-se de produtos que
mais aquosos ou geles específicos para o tipo de pele.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALDWIN, H.E. The interaction between acne vulgaris and the psyche. Cutis,
v.70, p.133, 2002.

BAUMANN, L. Understanding and Treating Various Skin Types: The Baumann


Skin Type Indicator. Dermatol Clin, 2004, p. 359.

BOHJANEN, Kimberly. Estrutura e funções da pele. Dermatologia Clínica. Seção I


Bases para diagnóstico e tratamento. 2017. Disponível em: <
https://docplayer.com.br/59273918-Estrutura-e-funcoes-da-pele.html>. Acesso em:
09 de novembro de 2022.

FERREIRA, Marta Verónica Alves. Relatório de Estágio Profissionalizante:


Farmácia Silveira. 2014.

FORTES, T. M. L.; SUFFREDINI, I. B. Avaliação de pele em idoso: revisão da


literatura. J Health Sci Inst. 2014, p. 94-101.

GONÇALVES, Bárbara Daniela Ferreira. Relatório de Estágio Profissionalizante:


Farmácia Moderna do Padrão da Légua. 2016.

HABIF, T.P. Clinical Dermatology. 2004.

KIM, B.; CHOI, J.; PARK, K., YOUN, S. Sebum, acne, skin elasticity, and gender
difference - which is the major influencing factor for facial pores? 2011.

LEONARDI, G. R.; GASPAR, L. R.; MAIA CAMPOS, P. M. Application of a non-


invasive method to study the moisturizing effect of formulations containing
vitamins A or E or ceramide on human skin. J Cosmet Sci. 2002, p. 263.

MASAKI, H. Role of antioxidants in the skin: anti-aging effects. 2010, p. 85.


PINHEIRO, A. L. Os segredos dos cuidados com a pele. Dermato Saúde. 2016.
Disponível em: <http://dermatosaude.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Segredos-
do-cuidado-com-a-pele-2.pdf>. Acesso em: 09 de novembro de 2022.

RAKEL, P. Conn’s Current Therapy 2005, p.974.

RIVITTI, E. A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. Artes Médicas. 2018. Disponível


em: < https://www.livrosgratis.com.br/ler-livro-online-96908/comportamento-
molecular-da-hidroquinona-em-preparacoes-farmaceuticas >. Acesso em: 09 de
novembro de 2022.

SOUSA, Janaína Miranda de; AVALOS, Daniel Acosta; BARJA, Paulo Roxo.
CLASSIFICAÇÃO IN VIVO DE TIPOS DE PELE POR FOTOACÚSTICA. Paraíba,
2015, p. 269-272.

THIBOUTOT, D.; ZAENGLEIN, A.; WEISS, J.; WEBSTER, G.; CALVARESE, B.;
CHEN, D. An aqueous gel fixed combination of clindamycin phosphate 1.2%
and benzoyl peroxide 2.5% for the once-daily treatment of moderate to severe
acne vulgaris: assessment of efficacy and safety in 2813 patients. 2008, p. 792.

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