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O rosto humano tem sido uma fonte de grande interesse para psicólogos e outros
cientistas nos últimos anos devido a extraordinária habilidade bem desenvolvida
dos indivíduos em reconhecer, processar e extrair informações a partir de outros
rostos. As capas de revistas, jornais e comerciais não estão cheios de vários tipos
de faces, porém estão cheios de rostos atraentes, pois tanto homens quanto
mulheres estão preocupados em que seus parceiros sejam atraentes.
Uma das maiores dificuldades para se determinar o que é belo em um rosto, está
no fato de que os padrões mudam com o tempo. O que décadas atrás era belo,
hoje pode não ser mais. A frase “a beleza está nos olhos de quem vê” é o
testamento para nossa crença de que a atração é efêmera. Por exemplo, o filósofo
Davi Hume disse “não há beleza nelas, ela existe apenas na mente de quem
contempla, e cada mente contempla de uma forma diferente”. Porém, através de
vários estudos, ficou claro que existe uma concordância entre indivíduos de uma
determinada cultura e também entre indivíduos de culturas diferentes sobre alguns
aspectos do que seria belo em um rosto. Essa concordância que cruza oceanos
revela que existe um padrão de beleza universal. Bashour descobriu que existem
quatro pilares importantes que determinam a atratividade: simetria, padrão,
dimorfismo sexual e juventude.
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Simetria
A beleza não é uma ciência exata, mas de acordo com alguns cirurgiões plásticos
existe um sistema de proporção específica que inclui altura facial, largura e simetria.
No entanto, a definição de um rosto atraente e bonito é subjetiva, com muitos
fatores incluídos - sociais, culturais, étnicos e de idade.
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Nos seres humanos, a simetria do corpo masculino está positivamente relacionada
ao número de esperma por ejaculação e velocidade de esperma e a simetria do
peito feminino está positivamente correlacionada com a fecundidade.
Relativamente aos rostos, um estudo demonstrou que a assimetria facial está
positivamente relacionada ao número de ocorrências de doenças respiratórias e
alguns estudos observaram correlações positivas entre simetria e outros índices
putativos de condição física subjacente (isto é, sexo exagerado).
Os estudos gráficos por computador demonstram que o aumento da simetria por si
só é suficiente para aumentar a atratividade. Posteriormente, outros estudos têm
repetido as preferências de simetria usando estímulos manipulados em diferentes
amostras ocidentais, mas a evidência de preferências de simetria usando esses
métodos não se limita a populações ocidentais ou mesmo aos humanos.
Padrão
O padrão refere-se a quão perto um rosto se parece com a maioria dos outros
rostos dentro de uma população; os rostos não médios apresentam características
mais extremas do que a média de uma população. Um estudo mostrou que um
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rosto dentro do padrão facial (média) está
positivamente relacionado à saúde
médica. O padrão facial pode então ser
potencialmente associada com benefícios
diretos em termos de associação com
parceiros saudáveis, parasitas e/ou livres
de doenças e benefícios indiretos de
genes heterozigotos que podem ser
transmitidos à prole. Há uma boa
evidência de que os rostos padrão são
realmente mais atraentes.
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público com a plenitude dos lábios e a importância de um sorriso agradável. Os
chamados terços Vitruvianos na face inferior devem ser ajustados para um lábio
superior de 30%, 70% menor proporção de lábio-queixo.
Essas distâncias e divisões no terço inferior do rosto são uma das mais importantes
na avaliação da beleza facial, dado o fato de que os lábios e o queixo têm uma
beleza feminina altamente determinada.
A beleza facial e seus determinantes são um dos temas mais discutidos entre
médicos. Todos podem concordar sobre algumas diretrizes objetivas sobre
proporções faciais, simetria e relação entre parâmetros faciais específicos. No
entanto, uma compreensão mais subjetiva da beleza ainda é imensurável e está no
olho do espectador.
Dimorfismo sexual
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A partir de uma visão evolutiva, os extremos das características sexuais
secundárias (mais feminino para as mulheres, mais masculinas para os homens)
são propostos para serem atraentes porque anunciam a qualidade de um indivíduo
em termos de benefícios hereditários; eles indicam que os proprietários de tais
características possuem bons genes. Cunningham et al. e Grammer & Thornhill
usaram medidas faciais e descobriram que as mulheres preferiam grandes maxilas
nos homens. As características "masculinas", como um maxilar grande e uma
protuberância de cume das sobrancelhas, estão associadas de forma confiável com
classificações de dominância em estímulos fotográficos. Apesar de algumas
descobertas mostrarem preferência por rostos mais masculinos e dominantes,
vários estudos mostraram que as características femininas e os rostos de baixa
dominância são de maior atratividade. Muitos estudos utilizaram técnicas de
computação gráfica para manipular a masculinidade.
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atribuídas a outras características dos rostos que variam entre conjuntos de
estímulos, isso não explica a variabilidade nas preferências.
Houve vários estudos que abordaram como a aparência facial se relaciona com a
saúde de um indivíduo em seres humanos. Examinaram-se a cor e a textura dos
rostos e chegaram a conclusão de que a aparente saúde da pele facial está
positivamente correlacionada com classificações de atratividade facial masculina.
Em outras pesquisas, a homogeneidade da cor da pele foi positivamente
relacionada à atratividade. A saúde da pele pode ser um marcador particularmente
útil da condição de saúde atual, pois é mais variável do que aspectos como simetria
ou média.
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ANATOMIA
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Anatomia da Pele
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Tecido Subcutâneo
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Os pontos de transição entre os compartimentos superficiais representam áreas de
lesão potencial do nervo facial.
A gordura do jowl superficial é uma camada espessa de tecido adiposo que define
os limites entre bochecha e o queixo (sulco labiomandibular). A gordura superficial
é um dos fatores que contribuem para a prominência do jowl. A gordura do jowl tem
dois compartimentos: superior e inferior.
A gordura bucal é outra bolsa de tecido adiposo profundo da face. Essa gordura
pode ser um fator contribuinte importante para a existência e o volume do jowl. A
gordura bucal está localizada em posição lateral ao músculo zigomáticos maior e,
algumas vezes, tem configuração bífida, explicando possivelmente a ocorrência da
“covinha"da bochecha. O
território da gordura bucal
estende-se da borda
superior da mandíbula até
a região temporal. A
gordura bucal possui
lobos médio e inferior. O
lobo inferior é uma região
que pode ser manipulada
sem riscos, porque o
ducto parotídeo estende-
se acima desse lobo, ou
seja, entre os lobos
inferior e médio. O ducto
parotídeo possui trajeto
em direção ao segundo
molar. A artéria facial e o
nervo mandibular marginal estendem-se ao longo do assoalho do espaço bucal
inferior.
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Aponeurose
Essa camada pode ser identificada no pescoço como a fáscia cervical superficial
que contém o músculo platisma. Na face, essa fáscia é contínua com o sistema
musculoaponeurótico superficial (SMAS) e possui propriedades biomecânica e
viscoelástica. O SMAS pode ser identificado no nariz e na região periorbital, onde
o músculo orbicular está incluso nessa camada. Na região temporal, essa camada
é contínua com o fáscia temporal superficial e incluem os ramos anterior e posterior
da artéria temporal superficial.
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O limite entre a pálpebra inferior e o malar ocorre em dois níveis. No nível profundo,
o ligamento retentor orbicular (LRO) separa o malar da pálpebra inferior e da
gordura intraorbital. O limite superficial é definido pelo compartimento palpebral e
pelo que é conhecido como monte malar ou gordura infraorbital. O LRO tem sua
inserção no rebordo orbital, pouco abaixo de sua borda inferior.
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Fáscia Profunda
Não confundir com o periósteo. Essa camada é a mais profunda, em contato com
o osso. Nas têmporas, essa estrutura é denominada fáscia temporal. Na hemiface
lateral, essa camada é chamada de fáscia parotideomasseterica, e no pescoço é
contínua com a camada cervical profunda.
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OSSOS DA FACE
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Além de fornecer suporte estrutural, projeção e proteção de órgãos sensoriais,
como os olhos, o esqueleto facial fornece áreas de ligação para os músculos da
expressão facial e os músculos da mastigação.
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LIGAMENTOS DA FACE
Os ligamentos verdadeiros de
retenção são estruturas
facilmente identificáveis que
conectam a derme ao
periosteo subjacente. Os
ligamentos falsos de retenção
são condensações mais
difusas de tecido fibroso que
conectam fascias faciais
superficiais e profundas. O
ligamento zigomático (patch
de McGregor) é um
verdadeiro ligamento que liga
a borda inferior do arco zigomático à derme e é encontrado apenas posterior à
origem do músculo menor zigomático. Outros ligamentos verdadeiros incluem o
espessamento orbital lateral no rebordo orbitário superolateral que surge como um
espessamento do ligamento de retenção orbicular e do ligamento de retenção
mandibular. O último conecta o periosteo da mandíbula apenas medial à origem do
músculo depressor do lábio inferior à derme subjacente. Este anexo dá origem à
dobra labiomandibular, antes da orelha. Os ligamentos massetericos são falsos
mantendo os ligamentos que surgem da borda anterior do masseter e inserem-se
no SMAS e na derme da bochecha. Com o envelhecimento, esses ligamentos
tornam-sefracos, o SMAS sobre o masseter torna-se ptotico, o que leva à formação
de jowls. Abaixo do lóbulo da orelha, o ligamento platisma-auricular representa uma
condensação de tecido fibroso onde o compartimento de gordura lateral da face
temporal encontra o compartimento de gordura retroauricular. Durante os
procedimentos de rejuvenescimento facial, os ligamentos de retenção verdadeiros
e falsos são encontrados e são frequentemente lançados para mobilizar e puxar
planos de tecido. Deve-se ter cuidado especial ao liberar ligamentos, pois
importantes ramos do nervo facial estão intimamente relacionados aos ligamentos,
como os ligamentos de retenção zigomáticos e mandibulares.
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MÚSCULOS DA FACE
Terço Superior
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elevar os supercílios e produzir as rugas hipercinéticas da fronte, seu relaxamento
poderá influenciar o formato e a posição dos supercílios.
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responsável pela interação da fronte e do couro cabeludo laterais, tem trajeto
paralelo ao rebordo orbital.
O ligamento retentor tem sua inserção cerca 2-3 mm acima da borda inferior do
rebordo supraorbital. Esse ponto tem importância clínica fundamental. Qualquer
injeção realizada abaixo desse ponto de inserção coloca o material dentro da
pálpebra superior. Isso torna o músculo elevador e a gordura sujeitos a danos. Essa
complicação pode ser evitada quando se palpa o rebordo supraorbital, e a injeção
é sempre feita 2-3 mm acima da borda inferior, acima da inserção do ligamento
retentor orbicular.
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A gordura profunda contribui para o formato da face. A gordura retro-orbicular do
olho (GROO/ROOF) está localizada ao longo do rebordo orbital e sob o músculo.
A GROO/ROOF estende-se até a linha de fusão temporal. Quando o volume dessa
gordura diminui, forma-se uma depressão nessa área. A ampliação do volume
dessa gordura profunda pode recuperar o formato facial. Além disso, esse
procedimento pode levantar o supercílio lateral, funcionando como suporte
(preenchimento de cauda de sobrancelha, o qual deve ser profundo, tocando o
periósteo).
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quantidade ou posição inadequada nessa área pode levar ao relaxamento do
músculo elevador da pálpebra, redundando em ptose palpebral.
Terço Médio
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O músculo levantador do lábio, como o próprio nome indica, levanta o lábio superior
e se origina na margem infraorbital, inserindo-se no lábio superior. Seu relaxamento
é desejado quando tratamos o sorriso gengival; doses inadequadas, porém, podem
provocar sérios efeitos e a impossibilidade da elevação do lábio superior.
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da sua hipertrofia se inclui entre os procedimentos dermatológicos, em situações
patológicas e para a suavização do contorno facial. Quando se fazem injeções
profundas nesta região da face, deve-se também levar em consideração o ducto
parotídeo.
Terço Inferior
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Na camada muscular da região mentual encontra-se o músculo abaixador do
ângulo da boca cuja origem está na base da mandíbula, e a inserção, no ângulo da
boca. É o músculo mais superficial desse conjunto, e sua origem, a mais lateral na
mandíbula. Utiliza-se essa referência para a injeção da toxina botulínica.
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IRRIGAÇÃO DA FACE
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O maior ramo da carótida externa é a artéria maxilar que se divide em uma parte
auricular profunda com ramos para: o meato auditivo externo, a.timpânica para a
membrana do tímpano, artéria meningea e artéria alveolar para gengiva e dentes.
A segunda parte emite o ramo massetérico, temporal profundo, pterigóideo e bucal.
Os ramos da terceira parte são as artérias alveolar superoposterior, alveolar
superior média, infraorbitária, palatina descendente, artéria do canal pterigóideo,
faríngea e esfenopalatina.
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A artéria massetérica origina-se na região do músculo pterigóideo lateral, passando
lateralmente através da incisura mandibular, onde irriga o músculo masseter e a
cápsula da articulação temporomandibular.
A artéria bucal origina-se próximo à artéria temporal profunda anterior, segue trajeto
latero-inferior à região jugal, irrigando a bochecha e o músculo bucinador. A artéria
lingual (origina-se da artéria carótida externa) direciona-se ao músculo hioglosso
para se ramificar e irrigar os músculos da língua, a parte pós-sulcal do dorso da
língua, o assoalho da boca e a glândula sublingual.
Há também ramos terminais da artéria infraorbital (palpebral inferior, labial superior
e nasal) que surgem do fora-me infraorbital. Os ramos das artérias facial, bucal e
alveolar superior posterior também têm papel na irrigação dessa região. As veias
são tributárias da facial, temporal superficial e plexo pterigóideo e a parte
superoexterna da região da maxila possui um complexo venoso profundo que deve
ser evitado quando o paciente for submetido a técnicas de preenchimento.
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Na região parotideomassetérica a principal artéria é a carótida externa, que
caminha para cima, passando entre os músculos estilo-glosso e estilo-hióideo, dá
origem à artéria auricular posterior penetrando a glândula parótida, no colo da
mandíbula se divide nos ramos terminais da artéria temporal e maxilar.
A artéria angular é um ramo terminal da artéria facial que irriga a região lateral do
dorso do nariz, próximo à raiz, atravessa o músculo levantador do lábio superior e
da asa do nariz e por suas características e extensão da área que nutre também
tem papel importantíssimo quando consideramos as consequências de sua oclusão
– devida à injeção, a espasmo ou compressão que podem levar à necrose,
isquemia e cicatrizes em toda a área que dela depende.
O ramo da columela e o ramo nasal lateral irrigam a asa, o dorso e o ápice nasal
(ponta). A artéria nasal dorsal irriga a raiz e o dorso do nariz. Um de seus ramos se
une à artéria angular na raiz do nariz e o outro desce anastomosando-se à nasal
externa, que é ramo da artéria infraorbitária. As veias nasais laterais estão a dois
ou 3mm sobre o sulco alar. Surgem profundamente na base nasal com a artéria da
columela e terminam na ponta no plexo subdérmico. São tributárias da veia angular
que drena todo o nariz externo. As artérias que irrigam os lábios são as labiais
superiores e inferiores (ramos da artéria facial), que se anastomosam com as do
lado oposto formando um círculo arterial ao redor da rima da boca.
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Sistema Linfático da Face
A drenagem da face se faz no sentido posterior e inferior, sendo que a região medial
(incluindo os lábios superiores e inferiores) drena para os linfonodos faciais,
submentais (incluindo região central do lábio inferior) e submandibulares, a lateral
da face e couro cabeludo além da fronte para a linha diagonal (região infraorbital,
zigomática e da bochecha) até o linfonodo parotídeo.
A alteração de pressão por volume também leva à oclusão dos ductos já tão
sensíveis e delicados. Embora a drenagem linfática seja normalmente descrita de
forma regional, estudos mais aprofundados mostram que em relação às pálpebras,
massagens (manuais ou com aparelhos), no sentido medial (para sistema
drenagem da região nasal) e lateral em sentido das parótidas trazem benefício
interessante nos pacientes que apresentam algum tipo de problema como esse.
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filtram a linfa entre a cabeça e o pescoço da face, couro cabeludo e mucosa. Na
região pterigopalatina a drenagem linfática se faz basicamente para os linfonodos
retrofaríngeos e cervicais profundos superiores.
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INERVAÇÃO DA FACE
Inervação Motora
O nervo facial (VII par craniano) proporciona inervação motora aos músculos da
expressão facial. Começa no rosto, emergindo do forame estilomastoideo 6-8 mm
medial a sutura timpanomastoidea do crânio. Dentro da glândula parótida, o nervo
facial divide-se em seus principais ramos: ramo temporal, ramo zigomático, ramo
bucal, ramo marginal da mandíbula e ramo cervical.
O ramo temporal do nervo facial deixa a borda superior da glândula parótida e
ramifica-se em três ou quatro ramos. Eles atravessam o arco zigomático, sendo
que o ramo mais anterior passa pelo menos 2 cm posterior ao rebordo orbital lateral.
Os ramos temporais percorrem dentro da fáscia temporal superficial, dentro do
coxim de gordura intermediário, acima da fáscia temporal profunda. O ramo
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temporal entra anteriormente a cerca de 2 cm acima da sobrancelha, logo abaixo
do ramo anterior da artéria temporal superficial.
Podem haver até três ramos zigomáticos do nervo facial. O ramo superior passa
acima do olho para fornecer inervação ao músculo frontal e orbicular do olho. O
ramo inferior passa sob a origem de músculo zigomático maior e fornece invervação
a este músculo e ao levantador do lábio. Os ramos mais pequenos continuam em
torno da orbita medial.
Inervação Sensitiva
A inervação sensorial do rosto é através dos três ramos do nervo trigêmio (V par
craniano): nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular.
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O nervo supraorbital atravessa o ligamento retentor orbicular por meio de um túnel
fascial. Se for aplicada injeção diretamente sob a prega supraorbital, o líquido pode
migrar para dentro da pálpebra superior.
O nervo mandibular tem fibras motoras e sensoriais. Seus ramos incluem o nervo
alveolar inferior, nervo lingual, nervo bucal e nervo aurículo-ulotemporal. Estes
fornecem a pele sobre a mandíbula, a bochecha inferior, parte do templo e da
orelha, os dentes inferiores, a mucosa gengival e o lábio inferior.
O nervo infraorbitário é o maior ramo cutâneo do nervo maxilar. Ele entra no rosto
através do forame infraorbitário na linha hemipupilar, cerca de 7mm inferior ao
rebordo orbital inferior. Fornece inervação a pálpebra inferior, ala do nariz e lábio
superior.
O nervo mentual é um ramo do nervo alveolar inferior que sai do forame mentual
na linha verticalmente com o forame infraorbitário, entre os vértices dos dentes pré-
molares. É frequentemente visível e facilmente palpável através da mucosa oral
esticada. Ele fornece inervação para a pele sobre o lábio inferior e mandíbula. O
ramo bucal do nervo mandibular fornece inervação para mucosa bucal e a pele da
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bochecha e o nervo lingual proporciona inervação sensorial aos dois terços
anteriores da língua e ao assoalho da boca.
Alteração Cutânea
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e rítides. As rugas lineares resultam da união de múltiplas fibras do sistema
musculoaponeurótico superficial (SMAS) com a derme, alongando a pele e
reduzindo a tensão na direção do movimento dos músculos faciais.
Remodelamento Ósseo
Região periorbital
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Terço Médio da Face
Área Perinasal
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Alterações Musculares
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músculo corrugador do supercílio expulsam o compartimento de gordura profunda,
incentivando a erosão do osso da órbita.
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repouso aumenta e ocorre o encurtamento do comprimento vertical, levando à
formação de bandas anteriores que apagam o ângulo cervicomandibular. As
contrações do platisma ao longo do tempo expulsam a gordura profunda e
anteriormente na região submental.
Alterações Adiposas
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A camada superficial é composta por: gordura nasolabial, gordura da bochecha
medial e média, compartimento temporofrontal e três compartimentos orbitais. A
camada profunda está constituída pela gordura infraorbicular e a gordura da
bochecha medial profunda. Três camadas distintas de compartimento de gordura
são encontradas na abertura piriforme, onde o compartimento está localizado
posterior à parte medial da gordura da bochecha medial profunda.
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ENVELHECIMENTO FACIAL EXTRÍNSECO
Radiação solar
O sol emite radiações eletromagnéticas com
vários comprimentos de ondas. Cada onda
carrega consigo energia, tal energia que penetra
na pele danifica o código genético das células
próximas. Estas radiações podem ser divididas
em:
Ultra-violeta: UVA, 315-400nm, penetra até
derme; UVB 280-315nm, penetra até a camada
epitelial basal; UVC 100-280nm, é absorvida
pela camada de ozônio);
Luz visível (LV, 400-740nm, penetra
profundamente na pele podendo atingir a
hipoderme (20%)
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Infravermelho (IV, 740-1400nm, penetra também até a hipoderme (apenas 10%).
O fotodano causado pela radiação solar atinge as três camadas da pele: epiderme,
derme e hipoderme:
Poluição
Foi demonstrado a ação dos poluentes do ar diretamente sobre o envelhecimento
da pele. Foram definidos como poluentes do ar: metais pesados (chumbo), fuligem,
óxido de nitrogênio, óxido sulfúrico, ozônio e monóxido de carbono.
Outro estudo demonstrou que o contato com ozônio pode estar associado com
formação de rugas na face. Acredita-se que o ozônio em contato com a pele diminui
os antioxidantes do estrato córneo. Estudo in vitro mostrou que o ozônio ativa os
receptores hidrocarboneto-arhyl, um dos principais receptores responsáveis pelo
envelhecimento cutâneo.
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Nutrição
A pele manifesta o que comemos, assim como os sinais cutâneos como dermatite,
queílite, alopecia e hipopigmentação são observados em certas deficiências
nutricionais. Sendo assim, alguns fatores nutricionais podem influenciar o
envelhecimento cutâneo. Uma dieta rica em antioxidante pode adiar os sinais do
envelhecimento.
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Tabagismo
Uma vez inalado, o cigarro reduz o fluxo sanguíneo na microcirculação após 2
minutos. Essa diminuição crônica traz grandes prejuízos a longo prazo. A redução
de sangue diminui a oferta de sangue, causando morte celular, levando ao
envelhecimento precoce. A falta de oxigênio vai dificultar a produção de
fibroblastos, bem como atrapalhar a cicatrização. Além disso, as substâncias
tóxicas do cigarro ativam a liberação de MMP (aumentando a degradação de
colágeno), ativam o fator de
transcrição associado a
melanogênese, causando um
aumento no depósito de melanina
na pele.
Stress
Existe uma evidência clínica de que o stress crônico afeta a integridade da pele
mas não existe uma evidência que mostre que o stress acelera o envelhecimento
cutâneo. O stress fisiológico crônico estimula o sistema nervoso autônomo, o
sistema refina-angiotensina, e o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Essa ativação
prolongada pode resultar numa disfunção crônica da imunidade, com aumento de
radicais livres, dano celular, que de uma forma contribuem para o envelhecimento
cutâneo.
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Temperatura
A radiação infravermelha atinge a derme e aquece. Esse aquecimento estimula a
formação de novos vasos sanguíneos, liberação de células inflamatórias e
consequente dano celular. Em um estudo, demonstrou-se que numa exposição da
pele a uma temperatura de 43ºC por 90 minutos houve aumento da liberação de
MMP e de 8-oxo-DG (radical livre da oxidação do DNA celular).
Sono
O sono também está relacionado com o envelhecimento. A privação do sono se
manifesta claramente, e fisicamente, nos rostos dos pacientes. Apesar de ser um
sinal subjetivo, a privação do sono está intimamente relacionada com o aumento
do nível de stress, que indiretamente está relacionado com o envelhecimento.
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AVALIAÇÃO DO PACIENTE ESTÉTICO
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Global Aesthetic Improvement Scale (GAIS)
Para facilitar a avaliação, o rosto pode ser dividido em 3 partes: superior, médio e
inferior. Esses terços devem ser proporcionais, que tem suas particularidades nos
homens e mulheres. Quando isso não ocorre, deve-se avaliar a necessidade de
aumento volumétrico no terço facial desproporcional. Contornos faciais não
delimitados, bem como a perda da convexidade das áreas de projeção faciais,
podem ser acessados através da análise do paciente em perfil e em 45 graus.
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Terço médio (glabela até o lábio superior):
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Sinais do envelhecimento aos 30 anos
Plano de tratamento:
Plano de tratamento:
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Sinais do envelhecimento aos 50 anos
Plano de tratamento:
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Sinais do envelhecimento aos 60 anos
Plano de tratamento:
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TOXINA BOTULÍNICA
Introdução
Uma vez que a neurotoxina é injetada intramuscular, esta toxina é endocitada pela
membrana celular e caminha em direção a terminação nervosa, onde irá agir sobre
as proteínas de fusão, impedindo que ocorra liberação da acetilcolina, processo
conhecido como desnervação química funcional (processo reversível). Após
injetado, a toxina tem início de ação entre 48 – 72h, sendo pico máximo em 7 dias,
porém uma acomodação por volta de 10 dias, devido a isso, o retoque, ou melhor
dizendo, a reavaliação, não deve ser feita antes de 10 dias. Acredita-se que a
suplementação de Zinco possa durar mais o efeito da toxina (citato de zinco 50mg
+ fitase 3000U, 1 comprimido 12/12h por 4 dias antes e no dia da aplicação).
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incobotulínica) e Botulift. Já a toxina do tipo B presente são: Myobloc/Neurobloc
(mais eficazes para fins neurológicos, distonia cervical).
Existem estudos que comprovam a maior eficácia e duração da toxina Dysport
quando comparada com outras marcas.
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Contraindicações
Não pode ser aplicada durante a gravidez e no aleitamento materno. Não deve ser
administrada se houver infecção no local da aplicação, ou mesmo se o paciente
está em quadro febril. E é proscrito em pacientes com alergia a toxina ou a albumina
humana.
Método de Aplicação
Limpeza da pele
Marcação prévia com lápis
Usar menor volume possível
Manter uma distância de segurança de cerca de 1cm em relação aos músculos
nos quais não se deseja efeito
Pode-se fazer uso de creme anestésico previamente
Após a aplicação, pode-se fazer uma compressão no local da picada para evitar
sangramentos e formação de equimoses
Orientar o paciente a não deitar até quatro horas após a aplicação da toxina e
não realizar atividades físicas nesse dia, e não massagear o local da aplicação
por 04 horas
Mais importante de tudo, conhecer a anatomia da face, pois existem músculos
que são elevadores e depressores de estruturas faciais (vetores). Paralisando
ou enfraquecendo-se um depressor, a ação do seu opositor, elevador, ficará
mais acentuada.
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Glabela
Região Frontal
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assegurar que a aplicação no músculo frontal seja 2 a 3cm acima da palpação da
borda orbitária superior.
Dysport: 2,5 a 5 U por ponto
Região Orbitária
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Rugas Periorais
Rugas Nasais
Rugas do Mento
Linhas horizontais: Deve-se utilizar múltiplos pontos com intervalo de 1cm, com
pequenas doses de toxina ao longo das linhas, com aplicação intradérmica.
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Linhas verticais: solicita ao paciente que realize a contração do platisma ou que
pronuncie a letra i, evidenciando os feixes musculares. Deve-se pinçar o músculo
entre os dedos polegar e indicador e injetar a dose desejada no ventre muscular.
Dysport: 5 a 10 U, por ponto, sendo dose total de 100 U.
Nefertiti Lift
Enxaqueca
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Rugas da Região Pré-esternal ou Rugas do Decote
Sorriso Gengival
O sorriso gengival pode ser corrigido com uma aplicação bilateral no sulco
nasogeniano, 0,5-1cm de distância da asa nasal.
Dysport: 2,5 U por ponto
Teste Iodo-Amido (Teste de Minor): limpar a área com álcool 70%, os pelos
aparados e com subsequente aplicação da solução de iodo a 3%. Após a secagem
da solução, a área deve ser polvilhada suavemente com amido de milho. O
pontilhado preto-azulado forma-se-á, auxiliando a demarcação da área. Após o
teste, efetua-se a antissepsia local, seguida de marcação dos locais de apliacação
por pontos.
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Na hiperidrose axilar, a diluição do frasco varia de 2,5 a 5mL de soro fisiológico a
0,9%. A aplicação na axila pode ser feita utilizando-se a divisão de quadrados de
4cm2, utilizando 3 a 5 U em cada sítio, em retroinjeção “em leque”. Outra maneira
de aplicar a toxina é por ponto a ponto com uso de 1,5 a 2,5 U por ponto em uma
média de 20 a 25 pontos por axila, separados por 1,5cm de distância. Duração da
hipoidrose em torno de 10 meses.
Orientações Pós-Procedimento
Complicações
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Elevação exacerbada da cauda da sobrancelha (Sinal de Mefisto): aplicar um
ponto na porção lateral do músculo frontal.
Ptose do supercílio: não tem como ser manejado e somente o tempo irá suavizá-
lo. Pode ser evitado com o uso de doses menores no frontal e não tratando sua
porção inferior
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PREENCHEDORES
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de permanecer abaixo do músculo orbicular. Isso evita complicações como o efeito
Tyndall.
Volumização da região zigomática
As consequências estéticas desta perda de volume são acentuadas pela queda dos
tecidos moles mediofaciais inferior e medialmente, levando à proeminência dos
sulcos nasolabiais, também conhecidos como “bigode chinês” e dos sulcos
labiomentonianos, também conhecidos como “linhas de marionete”. Os lábios têm
questão importante na harmonização da face. Uma vez envelhecidas, estas
necessitam de volumização, no entanto, deve ser muito criterioso a fim de não gerar
um aspecto artificial e desproporcional ao restante da face.
Ácido Hialurônico
64
A concentração de AH no material de enchimento difere com cada fabricante e
normalmente é listada como a quantidade total de ácido hialurônico (solúvel e
insolúvel, mg / mL) encontrado no preenchedor. É importante entender que apenas
o ácido hialurônico reticulado ou o ácido hialurônico mais insolúvel, funciona como
preenchedor, resistindo à degradação e proporcionando maior longevidade na
derme. O ácido hialucrônico livre não modificado são geralmente subprodutos de
suas modificações químicas e serão rapidamente metabolizados devido a sua alta
solubilidade.
65
O tamanho de partícula é outro componente importante para a composição de géis
de AH, pois isso influenciará a força de extrusão necessária para a injeção. Uma
maior partícula de gel será mais difícil de injetar através de uma pequena agulha e
uma distribuição de tamanho de partícula mais estreita pode diminuir as
interrupções no fluxo de extrusão de partículas, uma vez que a uniformidade é ideal
para proporcionar um melhor controle da colocação de gel. O G‘ também afeta a
capacidade de injetar o produto através de uma pequena agulha de furo, uma vez
que os géis firmes com maior resistência à deformação devem ser dimensionados
como uma partícula menor e possuem uma faixa de tamanho de partícula estreita
para facilitar a extrusão de partículas. Considerando que os géis mais macios com
um G‘ baixo podem ter uma gama mais ampla de tamanho de partícula porque
esses géis podem ser facilmente deformados à medida que passam pela agulha.
Distribuídos pelo mesmo fabricante, Restylane e Perlane (Galderma, Ft. Worth, TX)
têm qualidades semelhantes e são considerados géis bifásicos porque consistem
em partículas suspensas em um líquido. Estas moléculas de AH são reticuladas
com éter diglicidílico de 1,4-butanodiol, que irá diminuir a taxa de degradação, bem
como aumentar a área superficial da molécula. Restylane é um preenchedor de AH
estabilizado não animal, introduzido em 1996, derivado da fermentação de espécies
de Streptococcus e possui 20 mg/mL de AH com o tamanho médio de partícula de
400 μm.
66
precisa ser injetado através de uma agulha de calibre 27 em comparação com uma
agulha de calibre 30 usada para Restylane, o que pode causar um pouco mais de
dor após a injeção. Restylane, em contraste, pode ser injetado superficialmente
devido ao seu tamanho de partícula menor, embora, como todas as cargas de AH,
Restylane crie efeito Tyndall em concentrações padrão quando usado na derme
papilar.
No geral, tanto o Restylane quanto o Perlane têm um G’ maior, portanto, são mais
firmes com menor propagação do produto e, portanto, são mais adequados para a
colocação no nível subdérmico, particularmente na face média.
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Tipos de Ácido Hialurônico
Tecnologia NASHA
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Tecnologia Optimal Balance (OBT)
69
Hidroxiapatita de Cálcio
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Instruções de Uso
Atenção!
Usualmente dilui-se o Radiesse com lidocaína a 2%.
71
6. Localize o lugar inicial para o preenchimento. O tecido cicatricial e a cartilagem
podem ser difíceis ou impossíveis de tratar. Evite, se possível, passar por esses
tipos de tecido ao avançar a agulha de injeção.
11. Avance a agulha para dentro da subderme até o local inicial. Empurre
cuidadosamente o êmbolo da seringa de implante injetável RADIESSE para iniciar
a injeção e injete lentamente o material do implante em fios lineares enquanto retira
a agulha. Continue colocando linhas adicionais de material até que o nível de
correção desejado seja alcançado.
72
12. Aplique uma pressão contínua e lenta no êmbolo da seringa para injetar o
implante enquanto retira a agulha. O material do implante deve estar
completamente rodeado por tecidos moles sem deixar depósitos globulares. A área
injetada pode ser massageada conforme necessário para alcançar a distribuição
uniforme do implante.
13. Use uma vez e descarte de acordo com os padrões de segurança locais.
Ácido-L-Polilático - Sculptra
73
Sculptra foi aprovado no tratamento de dobras nasolabiais rasas a profundas, rugas
e linhas faciais e melhora das deficiências de contorno com a colocação
recomendada subcutaneamente. Como os resultados dependem da nova formação
de colágeno após várias semanas, não terá resultados instantâneos e, portanto,
podem ser usados em conjunto com outros enchimentos, como HA ou CaHA.
Instruções de uso
3. Deixe o frasco repousar durante pelo menos 2 horas (sem agitar) para assegurar
hidratação completa (NÃO AGITAR). SCULPTRA pode ser armazenado sob
refrigeração 2 – 8ºC ou em temperatura ambiente até 30°C durante a hidratação.
74
adequada da suspensão (normalmente 1 ml) numa seringa estéril descartável de 1
- 3 ml. Não armazene o produto reconstituído na seringa.
6. Antes de aplicar o produto, substitua a agulha 18G pela agulha 26G para injetar
o produto na derme profunda ou camada subcutânea. Não injete SCULPTRA
utilizando agulhas de diâmetro interno menor que 26G. Se ocorrer entupimento,
remover a agulha, expelir uma pequena quantidade de produto, conectar uma nova
agulha 26G estéril e então expelir poucas gotas de SCULPTRA para eliminar o ar
e checar novamente o bloqueio da agulha.
Avaliação do paciente
Preparação do paciente
75
injeção deve ser limpo com um antisséptico e deve estar livre de inflamação ou
infecção.
A superfície dérmica
O volume máximo de SCULPTRA para cada injeção individual deve ser limitado a
0,1 ml - 0,2 ml, espaçado a uma distância de 0,5 a 1 cm. Evitar super correção.
Volume por área de tratamento. O volume do produto injetado por área de
tratamento irá variar dependendo da área de superfície a ser tratada.
76
intramuscular deve ser evitada. O volume de SCULPTRA deve ser reduzido à
aproximadamente 0,05 ml/injeção. Após cada injeção, a área deverá ser
massageada.
Cuidados pós-tratamento
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Cosméticos (maquiagem) poderão ser aplicados algumas horas após o tratamento,
caso nenhuma complicação tenha ocorrido (por exemplo, feridas abertas,
sangramento, vermelhidão e inchaço).
Zonas de Perigo
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canalização, pode ocorrer também isquemia da região por compressão e
necrose da área.
Sulco infraorbitário: porção proximal da asa nasal é irrigada por vasos
calibrosos, uma vez obstruídos, pode causar necrose da pele na região central
da face
Região temporal: delimitada anteriormente pela porção temporal do osso
zigomático, posteriormente pela crista supramastóidea, superiormente pela
linha temporal superior, e inferiormente pelo plano horizontal que atravessa o
arco zigomático. Esta região apresenta uma pele delgada e rica em
vascularização nobre a calibrosa, havendo risco de injeções intravasculares. O
plano supraperiostal que se situa profundamente ao músculo temporal, acima
do arco zigomático pode ser considerado uma área de menor risco para o
preenchimento, especialmente de volumes maiores de produto.
79
Avaliação Pré-anestésica
Vários tipos de anestesias podem ser usados: tópica, local ou regional. Elas devem
ser discutidas com o paciente, afim de escolher uma que seja mais adequada para
o procedimento. Se vasoconstritor for usado, informações devem ser coletadas
sobre pressão sanguínea e doenças cardíacas. Informações sobres complicações
associadas com anestesias, consumo de álcool ou uso de qualquer droga
(especialmente sedativos) também dever ser pesquisadas para afastar qualquer
risco de complicação.
A pele do paciente deve ser limpa, importante retirar toda maquiagem. Áreas a
serem tratadas devem sempre ser marcadas. Isso pode ser feito com ajuda de um
espelho para diminuir a ansiedade do paciente.
O médico deve lavar as mãos com soluções alcoólicas e usar luvas estéreis. A pele
do paciente a ser tratada deve ser limpa com antisséptico sem cor.
Um kit de emergência deve estar em fácil acesso caso acontece uma reação
anafilática.
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Anestesia
Tópica
Gelo
A aplicação de gelo é barata, fácil e segura. Deve-se aplicar por 2 minutos antes
de perfurar a pele. Atenção para não causar queimaduras. Após o procedimento,
compressas de gelo devem ser aplicadas sobre o local tratado para reduzir o
eritema e inchado.
Local
Lidocaína é segura e anestesia por até 90 minutos. A dose padrão é 7mg/kg, isto
é, 25ml de lidocaína 2% (500mg) para um paciente de 70kg. O uso de
vasoconstritor diminui o risco de injeções intravenosa e aumenta a duração da
anestesia.
Bupivacaine é um anestésico que dura por mais tempo (até 6h). A dose é
1,25mg/kg, isto é, 25ml de bupivacaine 0,5% para um paciente de 70kg.
Infiltrações deve ser iniciadas usando agulhas finas e aplicadas lentamente. Uma
vez que a pele está anestesiada, a agulha pode ser trocada por uma maior ou
cânula. Pequenos volumes de anestésicos locais podem ser efetivos, porém
volumes grandes podem causar distorção dos tecidos.
Regional (Bloqueio)
Bloqueio anestésico é seguro, efetivo e não apresenta distorção dos tecidos e cobre
grandes áreas. A desvantagem é a paralisia facial e assimetria temporária que
81
podem acontecer. Essa desvantagem pode ser diminuída com o uso de pequenas
doses de anestésico próximos ao tronco do nervo.
A sensibilidade da face depende do nervo trigêmio (NC 5), que se divide em três
partes:
Técnica Anestésica
82
Infratroclear: inerva a palpebra superior e a parte lateral do nariz. Este nervo é
bloqueado com 0,5ml de anestésico injetado no angulo frontonasal, entre a órbita
ocular e o osso nasal.
Infraorbital: inerva a parte medial da face, desde a palpebra inferior até o lábio
superio. Este nervo emerge do forame infraorbital, e está localizado no ponto entre
a linha hemipupilar e a asa nasal. O bloqueio pode ser feito de duas maneiras: via
intra-oral (com auxílio de um carpule) ou percutânea. Para fazer via percutânea,
injeta-se 1ml de anetésico sobre o ponto do forame, cuidado para não ir muito fundo
e injetar dentro do forame. O bloqueio intra-oral pode ser feito iniciando com
aplicação de anestésico tópico sobre a mucosa, logo acima do primeiro pré-molar.
Após, com a mão não-dominante, segura-se o lábio superior e injeta-se a agulha
entre o primeiro pré-molar e o canino, no sulco vestibular, em direção ao forame
infraorbital. Quando sentir que tocou o osso, recue 1mm e injete 1ml de anestésico.
As vezes, injeções no frênulo pode induzir anestesia suplementar do nervo
esfenopalatino.
Mentual: nervo responsável por inervar o lábio inferior e o queixo. Este nervo
emerge da superfície anterior da mandíbula, 1cm lateralmente a linha hemipupilar,
e imediatamente abaixo do sulco alveololabial próximo ao primeiro pré-molar.
Bloqueio deste nervo pode ser tanto via percutânea quanto intra-oral. Por via
percutânea, o acesso é há 1 cm abaixo da comissura labial. A agulha deve ser
direcionada para baixo e medial afim de que evitar danos ao nervo e, então, 1 ml
de anestésico é injetado.
83
Técnicas de Preenchimento
84
5. Técnica em torre a agulha é inserida perpendicularmente a pele e penetra até a
porção mais profunda na base da localização anatômica. Aspira-se e injeta-se o
preenchedor em quantidades descrescentes, como uma torre invertida, para criar
um suporte em pirâmide. Usado para sulcos nasolabiais, linhas de marionete,
região mentoniana e cauda da sobrancelha.
Região Perioral
Anestesia tópica pré-aplicação deve ser sempre utilizada para reduzir o desconforto
do paciente. O uso de AH com função de “hidratação injetável” ou “skinbooster”
produzem melhores resultados. AH com cross-linking demonstram melhorar
hidratação e induzir a neocolagênese. Nessa abordagem, o tratamento é feito em
etapas, geralmente 3 sessões iniciais, e em seguida, sessões de manutenção. As
linhas verticais podem ser preenchidas por agulhas na técnica de retroinjeção
superficial.
Outra técnica é fazer uma injeção perpendicular às linhas verticais antes de fazer
as injeções verticais. Pode-se usar microcânulas. A introdução se faz com um óstio
de cada lado, 0,5cm lateral ao canto dos lábios, sendo que por esse ponto pode
acessar tanto lábio superior como inferior. Após, se ainda houver necessidade,
85
pode-se concluir fazendo injeção em cada ruga fina (verticalmente). Complicações:
equimoses, edemas e sobrecorreção.
Região Periorbitária
Região Frontal
O preenchimento pode ser feito com AH mais fluido por blus de pequenos volumes,
ao longo das linhas horizontais provocadas pela ação do músculo frontal. A injeção
é feita com agulhas 27 a 30G a 450 em relação à pele e superficialmente (derme
profunda).
86
Glabela
1. Com a mão não dominante, pinçar a pele acima do músculo procerus, formando
prega cutânea, e introduzir a agulha 27G profundamente, no plano subgaleal,
avascular. O pinçamento da pele e a permanência dos dedos possibilitam que o
preenchedor seja injetado entre eles, evitando a dispersão do produto para as
laterais do nariz.
2. A injeção é anterógrada, lenta, com pequenos volumes de cada vez.
3. O plano é subgaleal, acima do periósteo e abaixo dos músculos procerus e
frontal. Neste plano, o preenchedor é facilmente espalhado por pressão digital em
direção cefálica.
Região Temporal
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Técnica de Raspaldo (2012)
Região Supraorbitária
Naqueles pacientes em que ocorre perda do volume pelo consumo dos coxins
adiposos (região supêromedial da órbita) e reabsorção óssea (esqueletização), são
fortes candidatos ao preenchimento com AH nesta região.
88
Inicia-se a deposição do prouto distalmente à área de introdução da microcânula,
e segue-se depositando pequena quantidade sobre a área previamente delimitada.
Caso necessário, um segundo ponto de introdução da microcânula, mais lateral ao
primeiro, pode ser realizado para que uma porção maior do sulco supraorbitário
possa ser tratado. A quantidade de produto deve ser de 0,2 a 0,4ml por lado. O AH
de escolha deve ser um de baixa viscosidade e facilmente moldável.
Região Infraorbitária
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Região Malar e Zigomática
Após a assepsia da pele, faz-se a marcação da região a ser preenchida. Não existe
uma regra básica, deve-se preencher a área atrofiada. O orifício de entrada pode
ser marcado através da marcação traçando uma linha imaginária do canto externo
do olho à comissura labial e outra do tragus superior à asa nasal superior. Na
interseção destas linhas, estabelece o ponto de orifício. A partir deste ponto, traça-
se uma linha côncova que delimita a porção inferior do sulco nasojugal. Uma
segunda linha côncava é traçada a partir do ponto de orifício, contornando a porção
posteroinferior do osso zigomático. A seguir, uma linha convexa é traçada
delimitando o limite anterior da perda de volume, logo acima do sulco nosojugal.
Depois que se faz o orifício de entrada da cânula, esta deve seguir para o plano
subcutâneo. Faz-se, em média, 3 bolus na região superior, onde deseja-se maior
projeção, seguidos por túneis de retroinjeção no restante. A área deve ser
massageada para moldar o produto.
Região Nasal
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Um pequeno botão anestésico será aplicado segurando a columela de forma
bidigital (indicador e polegar). Com a agulha inclinada a 450, introduz-se o bisel no
ângulo formado entre a columela e a área infranasal em direção à ponta nasal. Com
a retroinjeção, vai-se colocando o preenchedor na ponta em direção ao ângulo da
columela. No ângulo, coloca-se uma quantidade maior de substância em um único
lugar.
Outra forma de projetar o nariz é injetar o AH no dorso nasal. Após anestesiar com
anestésico tópico, segura-se o dorso nasal e introduz-se a agulha ao redor de 300
no centro do dorso nasa até a ponta nasal. Neste local, inicia-se a aplicação do
preenchedor utilizando pequena quantidade do AH de acordo com cada alteração.
Região Labial
Para realizar projeção dos lábios, a injeção do produto deverá ser feita na área
do vermelhão. Pode-se realizar a técnica de retroinjeção em leque nessa região.
Para empregar volume aos lábios, a injeção deve ser feita na transição seco-
molhado do lábio.
91
É importante tratar a “ruga de marionete” nos pacientes que a possuem, para
retificar o sorriso, evitando que o paciente fique com aspecto triste. Para retificar os
ângulos laterais da boca, faz-se um pilar de sustentação em leque subcomissural
com moldagem após a injeção.
Sulco Nasogeniano
Região da Mandíbula
92
pertuito realizado a 1 cm da zona de maior risco. Após a realização do orifício de
entrada, introduzimos a microcânula citada, vencendo as traves fibróticas da
derme, até o ângulo da mandíbula no plano supraperioteal, onde devemos injetar
o ácido hialurônico por retroinjeção. Em seguida, muda-se o sentido da microcânula
para borda ascendente da mandíbula, no plano subcutâneo, e retroinjetamos o
produto preenchendo a área demarcada anteriormente. Após o preenchimento,
deve-se moldar a área tratada, exercendo pressão com o dedo indicador contra o
osso mandibular.
Lóbulo da Orelha
93
COMPLICAÇÕES
Considerações Pré-Preenchimento
1. As expectativas dos pacientes devem ser bem trabalhadas, para que eles não
fanta- siem uma expectativa irreal do que pode esperar no pós-procedimento. O
tratamento de pacientes mal informados pode culminar com problemas do tipo
“insatisfação”.
2. Cuidado com pacientes que apresentam sinais de dismorfismo corporal, que
estão sempre se queixando de sua estética e, que apresentam algum distúrbio
mental de base (depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo).
3. Todo tratamento estético, seja de qualquer natureza e local, deve ser
fotografado, não somente para avaliar a evolução do paciente, bem como para
questões legais que possam acontecer.
4. Anamnese detalhada deve ser feita antes de qualquer procedimento médico,
seja clínico, cirúrgico e estético. Muito importante colher histórias de tratamento
estéticos previamente feitos. A verdade é fato, “quem pois a mão por isso, é
responsável pelo tudo”.
5. O médico deve conhecer a natureza de cada preenchedor, bem como suas
indicações, pois cada paciente/região necessita de um preenchedor específico. É
muito importante evitar de tratar pacientes que já apresentam condições que são
claramente contra-indicadas ao uso de preenchedores.
6. O paciente deve ser bem esclarecido quanto a sua patologia em questão, no que
se trata de uma causa essencialmente a nível de pele, de outras causas a nível
sistêmico. É incrível como grande parte dos pacientes não entendem essa relação.
“O mal só se trata pela raiz”, isso também é válido na medicina.
7. Contra-indicações. Não vá usar algo que você não sabe em quem não possa
usar! A anamnese é importante neste momento, para colher dados sobre o
paciente, tais como: alergias, intolerâncias, história de anafilaxia e etc.
8. O médico deve conhecer a anatomia e o estado em que se encontra a pele da
paciente, pois certos estados da pele contra-indica o uso de certos preenchedores.
Pele atrofiada (vista em uso crônico do corticóides) não é indicada para
preenchimento superficial e médio de certos preenchedores. Bem como pele muito
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fina, vista em finas rugas, também são contra-indicadas em certos tipos de
preenchedores (preenchedores de alto peso molecular, tais como Voluma, Perlane)
9. Infecções na região ou próxima da região a ser tratada, pode exacerbar a
infecção e causar complicações. Por isso, qualquer paciente que apresenta algum
sinal de infecção, na área a ser tratada ou próxima a área, não devem realizar o
procedimento. Isso também vale para pacientes com infecções virais ativas (HPV,
HSV), molusculo contagioso e infecções bacterianas (impetigo, foliculite). Atenção
para os pacientes com acne que apresentam quantidade excessiva de
Propionibacterium acnes, ou mesmo pacientes com infestação de demodex
folliculorum, visto em pacientes com rosácea, não são indicados para procedi-
mentos estéticos.
10. Dermatites inflamatórias ativas tais como: doença atópica, dermatite de contato
alérgica, status cosmeticus, dermatite seborréica, o médico deverá julgar a
severidade do quadro da doença e a proximidade com a região a ser tratada se
deve ou não ser feita.
11. Quando uma lesão de herpes simples estiver ativa, o procedimento não deve
ser realizado até que seja tratada a lesão. Pacientes com história de herpes simples
deveriam tomar uma dose profilática para evitar que ocorra reativação do vírus pós-
procedimento.
12. Pacientes com doenças, tais como: sinusite, periodontite, infecções de ouvido,
nariz e garganta, devem primeiro tratar suas patologias para seguir com o
tratamento estético.
13. Preenchedores podem agravar doenças de pele, bem como doenças do tecido
conjuntivo. Isso inclui buloses, piodermas, colagenoses cutâneas, Síndrome de
Marfan, Síndrome Ehlers-Danlos, doenças que cursam com fenômeno de Koebner
(liquen plano, pasoriase, vitiligo).
14. Não tem tido associação de doenças autoimunes com o uso de preenchedores.
Entretanto, pacientes com HIV, artrite reumatóide, diabetes, esclerodermia que
possuem uma boa cicatrização podem ser elegíveis aos procedimentos estéticos.
Pacientes com tuberculose, granulomatose de Wegener’s, transplantados, doença
de Crohn, colite ulcerativa, intolerância alimentar, infecções urinárias de repetição,
nsuficiência renal e hepática, disfunção tireoidiana e em estado catabólico,
necessitam de avaliação especial case-by-case.
95
15. Pacientes com distúrbios da coagulação necessitam de uma avaliação
criteriosa.
16. Imunodeprimidos ou supressão imunológica não necessariamente estão
contraindicados para qualquer tipo de preenchedor, entretanto, o ácido-L-polilático
deve ser evitado.
17. Pacientes devem ser orientados a parar o uso de AINEs e antiplaquetários por
uma semana antes do procedimento. Pacientes com stents cardíacos ou em uso
de anticoagulantes de longo período precisam de uma avaliação importante,
orientando o paciente quanto os riscos.
18. Complicações leves e auto-limitantes (prurido, ardor, dor, edema) são
relativamentes comuns pós-procedimentos. Entretanto, nódulos podem aparecer,
mais comumente com certos tipos de preenchedores e devido algumas técnicas
tomadas (injeção rápida, depósito de grande volume). Todas essas preucações
devem ser tomadas para quaisquer técnica de injeção.
96
responder, e quando houver essa complicação, o responsável será o último médico
que colocou a mão.
É de grande valor o uso de clorexidina para enxague bucal antes de ser realizar
qualquer procedimento nesta região, pois reduz a flora bacteriana por 8 horas.
Todo paciente deve entender a necessidade de tomar preucações e manter-se
escrupulosamente limpo, e deve evitar de tocar a área tratada, manter o cabelo
longe por algumas áreas. Pacientes não devem usar maquiagens e cosméticos em
geral por 24h e usar buchas, esponjas novas.
O paciente deve estar ciente de voltar ao consultório entre 2-4 semanas após
qualquer procedimento e avisar o médico imediatamente quaisquer sinais/sintomas
que possa apresentar, o mais rápido possível.
Médicos devem ter conhecimento profundo sobre a anatomia facial, bem como sua
vascularização e inervação, assim, as zonas de perigo. Entretanto, nem todo
mundo é igual. Existem variantes, e por isso, atenção redobrada quando for
adentrar além da pele.
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O médico deve lavar as mãos, remover anéis e relógios, e usar luvas cirúrgicas
(não necessariamente estéreis). Áreas tratadas não devem ser retratadas num
período menor que 14 dias, mesmo de a cicatrização estar perfeita, há um certo
nível de edema e extravasam de sangue que podem servir de substrato para um
foco de infeção após novas puncturas.
Antes de se injectar, deve-se aspirar para ter segurança de que nenhum vaso foi
aco- metido. O preenchedor deve ser injetado lentamente em uma mesma
velocidade em vários pontos, sendo desaconselhado fazer grandes volumes em
um único ponto.
Deve-se evitar usar anestesia com adrenalina, para evitar vasoespasmos que
tendem a diminuir o fluxo sanguíneo para esta região, o que dificultaria o aporte
vascular caso algum vaso fosse lesionado.
Oclusão Vascular
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Oclusão venosa pode estar associada com menos dor, ou uma dor tardia, em
alguns casos, pode não haver dor. A mudança da cor da pele pode ser imediata ou
pode levar até 4 horas.
Outro sintoma, porém tardio, de acometimento da vascularização, é a formação de
vesículas, pústulas, tecido necrótico e cicatriz.
Ocluiu, e agora?!
99
Alergia – Reação de Hipersensibilidade
Infecção
100
Infecções moderadas e agudas podem ser tratadas com antibióticos orais.
Tratamento empírico deve ser iniciado quando suspeitado, com macrolídeo ou
tetraciclinas, os quais apresentam efeitos antiinflamatórios e imunomoduladores.
Hialuronidase tem mostrado ser benéfica para quebrar o biofilme, e outras opções
como antibioticoterapia intravenosa, 5-fluoracil intravenoso ou laser também
mostraram boas opções para combater a infecção.
Prescrição de antibióticos:
Ciprofloxacino 500-750mg 2x/dia por 14-28 dias
Claritromicina 500mg + Moxifloxacino 400mg 2x/dia por 10 dias
Vancomicina 600-1000mg IM 5x a cada 2 dias, seguido de 300-500mg 1x/dia
por 10 dias
Cefalexina 500mg 4x/dia por 7 dias
Ácido fusídico tópico
Nódulos tardios, após 4 semanas e até 1 ano ou mais, são mais característicos de
serem inflamatórios e relacionados com infecção (incluíndo biofilme), mas talvez
sejam nódulos não inflamatórios persistentes. Granulomas é formado pela resposta
imune do paciente a presença de algo externo por mecanismos não elucidades
ainda. Podem se desenvolver vários meses, ou anos, após a injeção e apresenta-
se como vermelho, pápulas firmes, nódulos ou placas.
101
resolver o hematoma mais rápido. Tanto nódulos recentes como tardios, a
aplicação de hialuronidase, lidocaína e SF 0,9% seguidos de massagem, também
ajuda na resolução do hematoma. Se o nódulo está infectado e há um ponto de
flutuação ou sinais de erosão, uma incisão e drenagem deve ser realizada, bem
como coleta da secreção para cultura e manter antibiótico por 4-6 semanas.
Hialuronidase
102
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103