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APRENDER
Microbiota do
Couro Cabeludo
Seção 1.
MAIOR ÓRGÃO DO CORPO HUMANO
Pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .01
Estruturas anexas da pele . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Seção 2.
O SER HUMANO POSSUI MILHÕES DE
FOLÍCULOS PILOSOS
O couro cabeludo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Seção 3.
FINO FILME QUE REVESTE TODA A SUPERFÍCIE
DA PELE
O Manto Hidrolipídico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Escala de pH . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Manto hidrolipídico danificado. .. . . . . ... . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Manto hidrolipídico saudável . . . . . . . . .. . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Seção 4.
MICRORGANISMOS: FUNGOS, PROTOZOÁRIOS,
BACTÉRIAS E VÍRUS
A Microbiota . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
O que mais você deve saber sobre a microbiota ... .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 37
Habitantes do intestino . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 38
Benefícios da microbiota normal .. . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Seção 5.
INFECÇÕES
Micose . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Micose do couro cabeludo . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Sintomas . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . 44
Diagnóstico . . ... . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Causas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Tratamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Seção 6.
PATOLOGIAS DO COURO CABELUDO
Doenças presentes no couro cabeludo . . . ... . . .... . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 48
Foliculite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Principais sintomas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Tratamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Pitiríase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Principais sintomas. . . . . . . ... . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Tratamentos . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Dermatite Seborreica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Principais sintomas. .... . . . . .. ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Tratamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Seção 7.
PARASITAS QUE AFETAM O COURO CABELUDO
Demodex folliculorum . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 54
Demodex brevis . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . 57
Piolho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . 59
Referências utilizadas . . . . . . . . . ... . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Esta obra faz parte do Sistema Contínuo de Aprendizado da
Hallon Dermocosméticos. Temos a plena convicção que o êxito
na carreira profissional de Terapeuta Capilar passa por esses
03 (três) pilares:
Conhecimento técnico;
O uso correto de aparelhos como acessórios;
E os dermocosméticos para o couro cabeludo tanto para o
profissional em clínica, como para o paciente em casa.
Bons Estudos!
IV
’’Acredito na força
da Natureza e no
seu poder para os
cosméticos. ’’
V
VI
SEÇÃO 1
A PELE
Sendo o maior órgão do corpo humano, medindo quase 2m² e
pesando aproximadamente 4kg, a pele reveste e assegura maior
parte das relações entre o meio interno e o externo, e tem a
função de defender e colaborar com outros órgãos, justamente
para manter o funcionamento do organismo regulado, como na
elaboração de metabólitos e no controle da temperatura
corporal.
Além disso, como possui função defensora, a pele protege o
corpo contra atritos, patógenos, atua na termorregulação e na
perda excessiva de água. Ainda, abrange receptores que
permitem a percepção de temperatura (frio e calor), dor, pressão
e tato. Dessa forma, é um órgão fundamental para a
sobrevivência humana, justamente por atuar como barreira
protetora, livrando o corpo de agentes do meio externo, como
vírus ou bactérias. Além do mais, a pele possui função excretora
de substâncias que precisam ser eliminadas através do
organismo.
A pele é composta por três camadas (epiderme, derme e
hipoderme), sendo duas delas distintas: epiderme e a derme, que
são tecidos intimamente unidos e atuam de forma harmônica e
cooperativa.
01
Epiderme: praticamente
é a “capa” do nosso corpo,
devido ser a camada mais
externa, constituída por tecido
Epiderme epitelial e composta por cinco
camadas, são elas: estrato
granuloso, estrato córneo,
estrato espinhoso, estrato
lúcido e estrato germinativo.
Sendo assim, o estrato córneo
é a camada mais externa e suas
Derme células possuem um formato
achatado, semelhante a
escamas que se encontram em
constante descamação.
Sendo assim, o estrato córneo é a camada mais externa e suas
células possuem um formato achatado, semelhante a escamas
que se encontram em constante descamação.
O estrato córneo é todo composto por células mortas que são
ricas em queratina. Dessa forma, esta camada atua como uma
barreira protetora contra agentes químicos e patógenos. Tendo
uma espessura que varia, sendo maior na região dos pés e
mãos, essas partes sofrem com o atrito e peso.
Seguindo uma sequência para que você leitor entenda com
mais clareza, o estrato lúcido está localizado abaixo do estrato
córneo, todavia, só é viável visualizá-lo em locais onde a pele é
mais espessa, ou seja, mais grossa. Também composto por
células mortas, achatadas, transparentes e anucleadas.
No estrato granuloso, suas as células apresentam grânulos de
querato-hialina e possuem formato achatados. Nesse estrato,
chegam as terminações nervosas.
02
Já no estrato espinhoso, as células apresentam uma resistência
ao tecido e um aspecto espinhoso, devido as células ligadas
através de desmossomos.
Por fim, o estrato germinativo, também conhecido como
camada basal, inclui as células troco da epiderme, sendo a
camada mais profunda.
O estrato germinativo forma as células que darão origem as
camadas mais superiores. E todas as células que são formadas
nesse estrato vão sendo jogadas para as camadas mais
superiores, e sofrem modificações nucleares e morfológicas.
Glândula Sebácea
Célula Basal
Sebo
Sebócitos
Folículo Capilar e
Glândula Sebácea Glândula Sudoríparas
05
Derme: quando falamos de profundidade, a derme refere-
se a camada profunda intermediária, no qual é incumbida para
conferir a resistência e a elasticidade da pele. Composta por um
tecido conjuntivo denso e rico em fibras elásticas, fibras de
colágeno (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e fibras do
sistema elástico. Essas fibras elásticas formam uma rede em
volta das fibras de colágeno que colaboram na flexibilidade da
pele.
A derme também contém diferentes células, umas que chegam
na circulação sanguínea, conhecidas como glóbulos brancos,
que colaboram nas diferentes tarefas da pele, mais
precisamente na defesa contra os microrganismos. E outras que
são as residentes (fibroblastos).
Epiderme
Derme
Tecido Celular
Subcutâneo ou
Hipoderme
06
Na derme várias estruturas estão relacionadas com a
epiderme, como pelos, glândulas sebáceas, glândulas
sudoríparas, nervos, terminações nervosas, vasos sanguíneos e
linfáticos, folículos pilosos. Todas essas estruturas
apresentadas a cima, estabelecem uma comunicação da pele
com o restante do organismo.
A derme também pode se fragmentar em camadas, são elas:
camada papilar e camada reticular.
07
Pele Tecido conjuntivo (denso)
Camada Aponeurótica
Tecido Conjuntivo
Frouxo Pericrânio
Hipoderme
08
ESTRUTURAS ANEXAS DA PELE
Algumas estruturas estão associadas à pele, ou seja,
relacionadas aos tecidos epiteliais e conjuntivos que forma a
epiderme e derme, de modo respectivo, cada uma com sua
função. Algumas destas estruturas já foram citadas acima, como
pelos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas, mas aqui
iremos enriquecê-los com mais conteúdos.
Pelos: possui um papel sensorial, por terem terminações
nervosas ligadas à base do folículo, visto que crescem no
folículo piloso que é um tubo epidérmico, rodeado de nervos
sensoriais, que garante a sensibilidade às pressões exercidas no
pelo.
Essa estrutura é composta por três partes: cutícula (camada
mais externa), córtex (células alongadas com pigmentos) e a
medula (apenas em pelos mais espessos). Portanto, são
constituídos de células mortas da epiderme compactadas e
queratinizadas.
A base do folículo piloso é chamada de bulbo, que está
localizado na derme e produz sempre células novas, e na medida
em que vão emergindo, recebem melanina e queratina. Outras
estruturas relacionadas ao folículo são: as glândulas sudoríparas
e sebáceas, o músculo eretor do pelo que é o músculo liso que
movimenta o pelo, e responsável por deixar a pele arrepiada.
09
Unhas: compostas por células bastante compactadas e ricas
em queratina, é capaz de proteger a ponta dos dedos e ajudar a
agarrar os objetos. Sua formação se assemelha a dos pelos.
Contudo, as unhas param seu crescimento, enquanto o folículo
piloso em determinados momentos entra em repouso, o efeito do
repouso diminui o crescimento dos pelos.
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Glândulas sudoríparas: estão localizadas em todo o
corpo, com a exceção dos lábios e glande do pênis, são
formadas por células epidérmicas, mas se encontram na derme,
possuindo um formato espiral. Além disso, são glândulas
tubulares que eliminam o suor que ajuda a controlar a
temperatura corporal e lubrificar a pele.
Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e
apócrinas.
12
SEÇÃO 2
O COURO
CABELUDO
13
O couro cabeludo é uma parte do corpo humano que tem
algumas características específicas quando comparado com
outras regiões do corpo. Uma delas é a grande concentração de
quantidade de pelos, em termos de densidade, chamados de
cabelos. Ou seja, o número de folículos pilosos que nele habitam.
Dependendo da raça da pessoa, o couro cabeludo apresenta
uma pele de cor rosada e sem alterações.
Diante disso, o ser humano possui 5 milhões de folículos
pilosos, aproximadamente 1,5 milhões permanece no segmento
cefálico e desses, por volta de 200 mil ficam no couro cabeludo.
A pele do couro cabeludo possui uma espessura intermediária
entre a região da nuca, que é mais espessa e a pele da pálpebra,
que é mais fina.
O couro cabeludo é o local de assentamento de,
aproximadamente 150.000 folículos pilosos, cada qual com uma
glândula sebácea e uma haste pilosa. Desta forma, é uma região
de atividade metabólica intensa na produção do sebo e na
atividade do ciclo do cabelo, no qual contempla as fases
anágena, catágena e telógena dos fios. Essa área é homogênea
e, quando saudável, não apresenta modificação.
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Quando a atividade das glândulas sebáceas é maior há a
formação do couro cabeludo oleoso, por outro lado, se esta
atividade é diminuída, temos o tipo seco. E quando se trata de
intermediários, são chamados de normal.
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SEÇÃO 3
O MANTO
HIDROLIPÍDICO
A pele possui uma camada superficial que a protege contra os
raios solares, essa camada é denominada de manto
hidrolipídico, que evita a perda de água, irritações e infecções.
Dessa forma, para o bem-estar da pele, é preciso que haja a
eliminação de resíduos e toxinas através da transpiração.
O manto hidrolipídico natural é um fino filme que reveste toda
a superfície da pele, mas para que você leitor entenda melhor
como o manto hidrolipídico se forma, vamos estudar a seguir,
alguns tópicos:
Manto
lipídico
Epiderme
Derme
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Células da hepiderme: as células típicas da epiderme
são – queratinócitos, melanócitos e langerhans.
Os queratinócitos são as células responsáveis pela produção
de queratina, essas células são encontradas em abundância na
epiderme, se renovam constantemente e são geradas na
camada basal da epiderme, elas migram para a superfície da
pele fazendo seu ciclo de renovação em média a cada 28 dias,
mas esse ciclo de renovação depende da idade, quanto mais
velha for a pele, maior será esse ciclo de renovação.
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O manto hidrolipídico é constituído por água, gás e óleo,
dessa forma, mantém o equilíbrio e a saúde da região.
À vista disso, é importante que você saiba que banhos com a
temperatura acima de 37°C, põe isso em risco.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO
MANTO HIDROLIPÍDICO SÃO:
Contém uma substância de ácido graxo muito importante
chamada 7 de hidrocolesterol;
Raios do sol exercem uma ação direta sobre o 7 de
hidrocolesterol, e dessa forma é produzido a vitamina D;
A vitamina D é absorvida pela corrente sanguínea e
utilizada no organismo para garantir o desenvolvimento e a
manutenção satisfatória do tecido ósseo e a utilização
adequada de cálcio e fósforo;
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7-de-hidrocolesterol
(ocorre naturalmente na pele)
Poro de Suor
Folículo Capilar
Glândula Sudorípara
Glândula Sebacea
Glândula Sudorípara
Apócrina
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A fase oleosa trata-se de uma mistura de secreções
gordurosas associadas aos lipídios de origem epidérmica e
possui uma leve acidez. Além disso, também há variações
quantitativas do manto hidrolipídico em relação ao sexo,
condições externas, idade, e estado individual de saúde.
Nos homens está presente nos hormônios masculinos –
andrógenos e em mulheres são produzidas nas glândulas
suprarrenais. Dessa forma, estimulam a secreção de elementos
gordurosos seborreicos.
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Equilíbrio ácido / alcalino da pele: reflete a condição geral da
pele e, finalmente, a condição da taxa metabólica do corpo.
Veja:
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Logo, se uma substância não é alcalina ou ácida, o seu pH é
considerado neutro. Temos como exemplo de substância a água
pura, que possui uma medida 7 na escala do pH. Portanto,
quanto mais ácido na pele, menor é a leitura do pH. De modo
consequente, quanto mais alcalina a pele, maior a leitura do pH.
A pele varia entre 4,4 (sensível) na escala de pH, em seus
extremos e a 7 (oleoso). E uma pele normal, normalmente possui
um pH de 5,4 – 6,2.
Escala de pH
Não sendo igual em todas as partes, é observado na superfície
da pele do rosto e para o teste foram medidos quatro locais
diferentes, portanto, normalmente o pH varia de 4,8 – 6,8,
contudo, o líquido intersticial e o plasma sanguíneo exibem um
pH quase neutro em torno de 7,0.
Pode ser atribuída aos ácidos na superfície a leitura mais baixa
da pele, lavar a pele aumentará a leitura do pH, deixando a
região mais alcalino. Isso ocorre devido à diluição dos ácidos de
proteção, ou, em alguns casos, com a eliminação deles.
Então, para que você possa entender mais sobre o pH do
cabelo, veja só:
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O pH é uma faixa de potencial eletrônico, que serve para
determinar se o meio está ácido, básico ou neutro e isso é feito
através de uma análise realizada no cabelo. E dependendo do
resultado dessa escala, o pH pode interferir na saúde dos
cabelos, no brilho, na sua estrutura e maciez.
Para ter fios saudáveis o pH precisa estar equilibrado. Dessa
forma, para que possamos entender a ligação da haste capilar
com a escala de pH, precisamos entender como é o seu
funcionamento e qual é a classificação de cada substância. Isto
posto, agora vamos entender sobre o pH dos produtos!
Os produtos que possuem um pH alcalino atua para abrir a
cutícula do fio para mudar a estrutura da fibra capilar, como
alisamentos, descolorações, colorações e relaxamentos. A
abertura de cutículas deixa o cabelo sem vida, além de causar a
divisão dos fios, o que é conhecido como a famosa “pontas
duplas”, isso é causado se o pH estiver mais alcalino, entre 8 ou
mais. Já o pH ácido ajuda a preservar a cor depositada nos
cabelos e fecha a cutícula capilar.
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O pH causa variação nas ligações intermoleculares dos fios,
dessa forma, o ideal é fazer o uso de xampus que possuem o pH
de 4 a 5, ou seja, os levemente ácidos. Se manter-se nessa
faixa, é possível que a cutícula seja fechada sem alterar os fios.
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MANTO HIDROLIPÍDICO SAUDÁVEL
A microbiota encontra-se normal na pele com a barreira
cutânea saudável que retém a umidade, dessa forma, a
penetração de alérgeno é esquiva e a renovação celular
acontece normalmente.
No manto hidrolipídico saudável, o pH da pele é levemente
ácido, em média 5,5 na escala. Essa acidez tem a função de
proteger a pele contra a entrada de microrganismos.
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SEÇÃO 4
A MICROBIOTA
A microbiota é um conjunto de microrganismos que vivem em
determinado ambiente. Isso abrange: fungos, protozoários,
bactérias e embora os vírus não se reproduzam sozinhos,
também estão localizados nesse grupo.
Encontra-se localizada a microbiota em vários ecossistemas,
como na água dos rios ou mar, solo etc. Além disso, é usada
para se referir ao grupo de microrganismos que estão presente
em plantas e corpo de animais, por exemplo, microbiota bucal,
intestinal, dentre outras.
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Os microrganismos são importantes no intemperismo das
rochas, servindo de estoque de potássio, cálcio, nitrogênio e
fósforo em mais de 250 kg por hectare, destes elementos.
Quando estão em condições favoráveis, a microbiota permite
de forma gradual, que os nutrientes sejam liberados para a
nutrição das plantas. Em contrapartida, se há diminuição dos
microrganismos do solo, temporariamente, há uma queda no
estoque de nutrientes e o solo fica suscetível à lixiviação,
tornando-se mais desvalido.
Nos ambientes naturalizados que tem comunidades clímax, a
microbiota mantém o equilíbrio com o meio. Todavia, se os atos
humanos afetam o solo, ocorre alterações de microrganismos,
que podem resultar em um desequilíbrio, como por exemplo, o
corte e os incêndios que acontece na flora, deixando o solo
exposto e causando um empobrecimento da microbiota.
31
Entretanto, para tornar as atividades mais sustentáveis, é
preciso um manejo adequado do solo, como exemplo, a
agricultura no qual pode existir práticas que colaboram para
manter um equilíbrio melhor. Ou seja, práticas que cobrem o
solo com vegetação, rotação de cultura, adubação orgânica e
várias outras, proporcionando um solo com mais fertilidade.
32
Atualmente, possui alguns estudos relacionados a flora
intestinal, também conhecida como microbiota intestinal, devido
ao seu papel essencial e a sua capacidade de influenciar na vida
dos seres humanos.
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Existem bactérias benignas, um exemplo disso é a microbiota
capilar. Fazendo jus ao seu conceito, que é um conjunto de
microrganismos.
Esses microrganismos se desenvolvem no couro cabeludo e se
alimentam de células de pele morta (queratinócitos) e sebo.
São chamadas bactérias do bem devido ao equilíbrio da
microbiota capilar, dessa maneira, ela é capaz de produzir
vitaminas, nutrientes e aminoácidos essenciais para proteger as
estruturas e acelerar o processo de crescimento da haste.
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Caspa;
Queda capilar;
Descamação;
Inflamações;
Dermatite seborreica;
Irritação no couro cabeludo;
Redução do crescimento dos fios;
Coceira.
Esses distúrbios apresentados acima são os mais comuns,
causados pelo desequilíbrio da microbiota capilar. O
desequilíbrio é provocado pelo efeito de alguns fatores
presentes até mesmo no nosso cotidiano, são eles: estresse,
alimentação ruim, tratamentos com antibióticos, poluição, e as
alterações do pH, como progressivas, coloração, alisamento etc.
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Além disso, é muito comum os xampus com sulfatos causarem
desequilíbrio na microbiota capilar.
Os sulfatos são responsáveis pela espuma que os xampus
fazem, geralmente, associamos de forma errônea a espuma à
limpeza. Mas na verdade, eles atuam como uma espécie muito
forte de “desengordurante”, e é muito comum serem usados
pelas indústrias de cosméticos, pelo simples fato de se tratar de
um ingrediente mais acessível.
Possui a função de eliminar a sujeira do couro cabeludo, no
entanto, ele retira por inteiro toda a proteção, incluindo a
microbiota capilar. Por consequência, ocorre o desequilíbrio e
todos os distúrbios citados acima podem surgir.
À vista disso, é essencial abordar algumas orientações para
fortalecer os microrganismos e manter a saúde do couro
cabeludo equilibrada, confira:
É essencial ingerir bastante água para manter a hidratação
de dentro para fora;
Não pode lavar o cabelo com água de temperatura elevada
(quente);
Mantenha a alimentação equilibrada;
Não pode dormir com os cabelos molhados, pois a umidade
facilita a proliferação de patógenos oportunistas;
Mantenha em dia o cuidado da saúde hormonal e mental
(controlando o estresse e a ansiedade);
Evite usar bonés ou toucas por muito tempo, para que isso
não prejudique o couro cabeludo;
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A terapia e a manutenção do cuidado capilar são interessantes
para repor os nutrientes, pH e organismos compatíveis, que
estimulem a comunidade adequadamente no couro cabeludo e
cabelos, ou seja, é preciso microrganismos específicos para
fazer a reposição.
O uso de produtos que façam a manutenção da microbiota
capilar também deve fazer parte da rotina.
HABITANTES DO INTESTINO
Bacteroidetes: são bactérias encontradas em maior
proporção no intestino dos indivíduos magros, e ao que tudo
indica tem a função no controle de peso.
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Actinobactérias: essas são possíveis de realizar o
trânsito intestinal e aumentar as defesas.
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BENEFÍCIOS DA MICROBIOTA
NORMAL
Evita colonização por patógenos;
Estimula o desenvolvimento de alguns tecidos;
Estimulação e produção de anticorpos naturais;
Síntese e excreção de vitaminas;
Pode antagonizar outras bactérias.
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SEÇÃO 5
MICOSE
Quando fungos atacam as unhas, pele ou o couro cabeludo,
surge a micose. A micose é uma infecção provocada por um
fungo, e são classificados em dois grandes grupos: superficiais
e profundas.
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A transmissão desses fungos é gerada de pessoas para pessoa,
através do contato compartilhado de objetos como escovas e pentes
de cabelo, bonés, toalhas e outros, além de ser transmitido de forma
direta.
SINTOMAS
Alguns sintomas da micose apresentados no couro cabeludo
emergem quando o fungo se espalha na haste dos cabelos ou na pele
do couro cabeludo, e possui uma variação que depende do tipo de
fungo. Veja alguns sinais:
Caspa;
Fios quebrados e algumas regiões com queda de cabelo;
Leve vermelhidão na aérea;
Dor;
Coceira intensa na cabeça;
Crostas amarelas no cabelo;
Sensibilidade no couro cabeludo;
Manchas na pele do couro cabeludo;
Placas arredondadas;
Pontos pretos no couro cabeludo;
Inflamação na pele do couro cabeludo;
Inchaço;
Bolhas e pus na região (pode levar à perda permanente do
cabelo);
Descamação na área.
44
Além destes sintomas citados anteriormente, raramente,
alguns indivíduos podem chegar a apresentar ínguas que
causam dor na região do pescoço, isso ocorre devido a
resposta do sistema imune para combater a infeção.
DIAGNÓSTICO
É através da avaliação dos sintomas apresentados pelo indivíduo e
análise das regiões afetadas que obtém um diagnóstico da micose no
couro cabeludo. Para comprovar o diagnóstico e o fungo responsável, o
profissional pode fazer a raspagem da lesão, que consiste em retirar
algumas células da pele e/ou coletar uma amostra significativa de
cabelo.
CAUSAS
Supramencionado, a micose é causada por fungos que
crescem e atacam a região externa da pele do couro cabeludo
ou da haste capilar. Que são transmitidos por contato direto ou
através de objetos, como elásticos, fronhas de almofadas e
outros já supracitados.
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Normalmente, a micose do couro cabeludo é comumente ter
as crianças como público-alvo, devido as crianças possuírem
uma maior tendência para compartilhar objetos e encostar a
cabeça. Esses objetos podem estarem contaminados e assim os
fungos se propagam.
TRATAMENTOS
O tratamento da micose no couro cabeludo provém do
profissional especialista, normalmente, o médico(a)
dermatologista. Geralmente, para esse tratamento é indicado
medicamentos antifúngicos e xampus, sendo importante que o
tratamento seja feito de acordo com a orientação médica, sendo
uma estratégia de prevenção e o fungo não volte a propagar-se.
Esses tratamentos no couro cabeludo tem o objetivo de eliminar
o fungo que causa micose. Dessa forma, é importante falarmos
sobre os principais tratamentos para micose no couro cabeludo:
46
Xampus antifúngicos: servem para promover a
higienização do couro cabeludo e da haste do cabelo, e o uso
desse xampu antifúngico deve ser aconselhado pelo
dermatologista. Esses xampus devem conter ativos, como
sulfeto de selênio e cetoconazol, que servem para eliminar o
fungo e prevenir a transmissão da micose para outras áreas do
couro cabeludo ou para outros indivíduos.
Contudo, apesar dos xampus contribuírem de forma rápida
aliviando os sintomas, eles não são capazes de impedir por
completo o desenvolvimento dos fungos. Por isso, é
recomendado usar também os remédios antifúngicos orais, ou
seja, os dois precisam que seus usos estejam associados.
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CONFIRA ABAIXO ALGUMAS
DOENÇAS DO COURO CABELUDO
QUE SÃO COMUNS
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Principais sintomas:
Coceira;
Pequenas bolhas de pus;
Pele avermelhada;
Tratamentos:
O tratamento é relativo do quadro da pessoa, dependendo do
estágio da doença o tratamento é adaptado. Mas, normalmente
é prescrito antibióticos por via oral ou em loções tópicas. Além
disso, também pode ter a recomendação de ácido salicílico.
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Principais sintomas:
Coceira;
Descamação;
Queda de cabelo temporária.
Tratamentos:
Uso de dermocosméticos antifúngicos estão entre um dos
tratamentos para a pitiríase, eliminam os sintomas de forma
rápida, mas para que o medicamento funcione de maneira
correta, é necessário que ele seja aplicado por diversas
semanas de acordo com a orientação do profissional.
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Principais sintomas:
Leve vermelhidão no couro cabeludo em placas ou crostas;
Coceira;
Descamação;
Excesso de oleosidade;
Escamas amarelas que ardem e são oleosas;
Escamas brancas que descamam;
Em alguns casos há perda de cabelo.
Tratamentos:
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SEÇÃO 7
PARASITAS
QUE AFETAM O
COURO CABELUDO
O corpo humano é o local onde vive várias espécies de
bactérias, fungos, vírus e outros, todos vivem de forma
harmônica. Pelo fato de os corpos seres verdadeiros biomas
ambulantes, a grande maioria desses seres é invisível a olho nu.
Dessa forma, quando em condições normais, a presença desses
seres passa despercebidas.
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Portanto, para não ter esse ácaro, é preciso manter a
higienização em dia e adequada para cada região que contenha
pelos e, nos cabelos, tomar o cuidado de lavar na frequência
correta, sem desleixar.
Mas, feito a higienização correta e se os sintomas persistirem,
é indicado a procura por um profissional especialista. Pois, se a
massinha branca no couro cabeludo continuar, possivelmente,
pode ser que alguns hábitos estejam levando à formação dessa
camada de sebo sobre o couro cabeludo, como exemplo:
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Bônus:
Todos esses fatores supracitados podem colaborar para que o
couro cabeludo produza cada vez mais óleo e, assim, mantenha
uma camada generosa de sebo sobre a superfície. Dessa forma,
alguns ativos ajudam na saúde do couro cabeludo, como:
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DEMODEX BREVIS:
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EXISTEM DIVERSOS FATORES QUE
FAVORECEM A PROLIFERAÇÃO
DESSES ÁCAROS, COMO:
Microbiota rica em bactérias;
Oleosidade cutânea;
Estresse;
Exposição solar;
Consumo de álcool etc.
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Tratamento: para finarlizarmos, o tratamento ideal para
esse tipo de problema no couro cabeludo é aplicação de
xampus e loções no cabelo, além de medicação por via oral.
Contudo, alguns métodos como catação, retirada de lêndeas
com o uso de pente adequado para este procedimento, facilita
na remoção das lêndeas e piolhos.
60
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parte%20superior%20do%20peito
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