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60 horas Atualização em

Tratamento de Feridas
Denise Santana Silva dos
Com certificado
online
Santos
Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Tratamento de Feridas"
do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a
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prévia expressa do autor (Artigo 29).
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Atualização em
Tratamento de Feridas
Denise Santana Silva dos
Com certificado
online Santos
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5
1.1 OBJETIVOS ................................................................................................................ 5
1.2 PREMISSAS ............................................................................................................... 5
PELE: MAIOR ÓRGÃO DO CORPO.............................................................................. 7
2.1 CAMADAS DA PELE ................................................................................................ 7
2.1.1 Epiderme ............................................................................................................... 7
2.1.2 Derme ................................................................................................................... 8
2.1.3 Hipoderme ............................................................................................................ 8
2.2 FUNÇÕES VITAIS DA PELE ................................................................................... 8
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS ........................................................................... 10
3.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA ........................................................................................ 10
3.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA ............... 10
3.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO DAS
ESTRUTURAS ............................................................................................................... 10
3.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE:
COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL ..................................................................... 11
3.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS ............................................................. 11
3.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO EXSUDATO
(ASPECTO) ..................................................................................................................... 11
3.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA................................................................. 12
3.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA ................................................................................ 12
3.9 APARÊNCIADA FERIDA ....................................................................................... 12
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO ............................................................................. 13
4.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO ................................................................................... 14
TRATAMENTO DE PACIENTES COM FERIDAS .................................................... 15
5.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO .......................................................... 15
5.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO ............................................ 16
5.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS ..................................................................................... 16
O AMBIENTE IDEAL PARA CICATRIZAÇÃO ......................................................... 17
CURATIVOS ..................................................................................................................... 19
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS FERIDAS ................. 20
8.1 ALGINATOS ............................................................................................................ 20
8.2 PAPAÍNA .................................................................................................................. 21
8.3 HIDROCOLÓIDE ..................................................................................................... 21
8.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES) ............................................................. 21
8.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, LIPÍDIOS INSATURADOS RICOS EM
ÁCIDO LINOLÉICO ...................................................................................................... 22
8.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO ................................................................... 22
8.7 SULFADIAZINA DE PRATA ................................................................................. 23
8.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS ................................................ 23
8.9 HIDROGEL ............................................................................................................... 23
8.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS ................................................ 24
8.11 POMADAS ENZIMÁTICAS ................................................................................. 24
8.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS ........................................... 25
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS ............ 26
9.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS ....................................................................................... 26
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM VITILIGO .......................... 28
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA ........................................................................ 29
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO...................................................... 30
12.1 LESÃO POR PRESSÃO ......................................................................................... 30
12.2 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1: PELE ÍNTEGRA COM ERITEMA QUE
NÃO EMBRANQUECE ................................................................................................. 31
12.3 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA
PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME ................................................................. 31
12.4 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA
TOTAL ............................................................................................................................ 31
12.5 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 4: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA
TOTAL E PERDA TISSULAR ...................................................................................... 32
12.6 LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL: PERDA DA PELE EM SUA
ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR NÃO VISÍVEL ..................................... 32
12.7 LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA: DESCOLORAÇÃO
VERMELHA ESCURA, MARROM, PÚRPURA, PERSISTENTE QUE NÃO
EMBRANQUECE ........................................................................................................... 32
12.8 DEFINIÇÕES ADICIONAIS ................................................................................. 32
12.8.1 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico ...................................... 32
12.8.2 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas .................................................... 33
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS................................................ 34
13.1 INDICAÇÃO ........................................................................................................... 34
13.2 CONTRAINDICAÇÃO .......................................................................................... 35
13.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA ............................................. 35
13.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ............................................................................... 35
13.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA
LASERTERAPIA............................................................................................................ 36
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42
Unidade 1 – Apresentação

01
APRESENTAÇÃO

O tratamento de feridas é um assunto importante no cotidiano da enfermagem. À medida


que a medicina avança os cuidados no tratamento das feridas também evoluem. Portanto,
fazem-se necessário a compreensão do processo de cicatrização visto à vasta gama de
opções disponíveis para o tratamento das feridas.

1.1 OBJETIVOS
Atualizar o profissional de enfermagem acerca do tratamento de feridas.

Explicar a fisiologia normal permitindo que a (o) enfermeira (o) reconheça o


anômalo.

Favorecer o reconhecimento dos estágios da cicatrização permitindo selecionar o


curativo adequado.

Esclarecer dúvidas acerca dos produtos mais utilizado no tratamento de feridas.

1.2 PREMISSAS
Cada conduta é específica para cada cliente no tratamento de feridas.

Devemos sempre fazer, juntamente com o médico, um estudo das causas da lesão.

Quem cicatriza uma ferida é o organismo, uma lesão irrigada, sem infecção e sem
edema cura-se naturalmente.

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Depois de cicatrizada uma lesão, o paciente necessita continuar o tratamento


daquilo que levou àquela lesão.

Sempre devemos pensar no lado estético da cicatrização

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Unidade 2 – Pele: Maior Órgão do Corpo

02
PELE: MAIOR ÓRGÃO DO CORPO

 Definição: A pele ou cútis é o manto de revestimento do organismo, indispensável


à vida e que isola os componentes orgânicos do meio externo. A pele apresenta
grandes variações ao longo de sua extensão, sendo ora mais elástica e flexível, ora
mais rígida.

 Anatomia e Fisiologia: A transição da vida embrionária para a vida fetal ocorre no


final do segundo mês do primeiro trimestre. Este ponto é definido pelo início do
funcionamento da medula óssea e da estratificação da epiderme, que deixa de
possuir apenas duas camadas (basal e epiderme), para apresentar também camadas
intermediárias.

2.1 CAMADAS DA PELE

2.1.1 Epiderme

Éum epitélio estratificado pavimentoso queratinizado de origem ectodérmica. Composta


por cinco camadas:

 Camada Basal: É também chamada germinativa, apresenta intensa atividade


mitótica, sendo responsável pela constante renovação da epiderme. Forma uma
membrana que separa a epiderme da derme.

 Camada Espinhosa: Suas células possuem ramificações que saem do citoplasma.


Possui tonofibrilas e desmossomas que tem função de na manutenção da coesão das

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Atualização em Tratamento de Feridas

células da epiderme e consequentemente na sua resistência ao atrito. Quanto maior


a exposição ao atrito maior será esta camada.

 Camada granulosa: Célula em cujo citoplasma são observados os grânulos


grosseiros e basófilos (grânulos de querato-hialina que vão contribuir para a
constituição do material interfilamento da camada córnea.

 Camada Lúcida: Células achatadas, hialinas e eosinófilos, cujo núcleo e organelas


desapareceram. O citoplasma consiste em numerosos filamentos compactados e
envolvidos por material elétron denso. Ainda se podem ver desmossomas entre as
células.

 Camada Córnea: Constituída por células achatadas mortas e sem núcleo.


Citoplasma com grande quantidade de substancias córnea, uma escleroproteína
chamada queratina.

2.1.2 Derme

É o tecido conjuntivo sobre o qual se apoia a epiderme. Espessura máxima de 3 mm na


região plantar.

 Camada Papilar: Delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo, ela penetra nas
papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que
se inserem na membrana basal e penetra profundamente na derme com a função de
prender a derme a epiderme.

 Camada Reticular: Mais espessa constituída por tecido conjuntivo denso. Apresenta
menos células e fibras colágenas mais abundantes e espessas do que a camada
papilar.

2.1.3 Hipoderme

Camada subcutánea: É formada por tecido conjuntivo frouxo que une de maneira pouco
firme a derme aos órgãos subjacentes. A hipoderme poderá ter uma camada variável de
tecido adiposo, dependendo da região e nutrição, formando uma camada chamada Panículo
Adiposo o mesmo proporciona isolamento térmico, com isso confere proteção contra o
frio.

2.2 FUNÇÕES VITAIS DA PELE


 Proteção: barreira

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Unidade 2 – Pele: Maior Órgão do Corpo

 Proteção: frio, calor, radiação.

 Proteção: pressão, fricção e traumas.

 Proteção: contra substâncias químicas.

 Proteção: contra penetração de germes, sobremodo a formação do manto ácido


protetor.

 Proteção: contra a perda de calor.

A importância da preservação da pele: Preservar a integridade da pele é um fator


importante para a enfermagem ao longo da estadia do paciente, sendo ainda mais
significativo, pois está é uma barreira natural contra a entrada de microorganismos. O
profissional deve estar atento aos riscos de desenvolvimento de traumas e rupturas da
barreira da pele, decorrentes de cuidados rotineiros como banho, desinfecção da pele e
remoção de adesivos.

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Atualização em Tratamento de Feridas

03
CARACTERIZAÇÃO DAS FERIDAS

3.1 DEFINIÇÃO DE FERIDA


Toda e qualquer ruptura da integridade de um tecido ou órgão, podendo atingir desde a
epiderme até estruturas mais profundas como fáscias, músculos e órgãos cavitários.

3.2 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA


 Agudas: incisões cirúrgicas, traumas, térmicas e infecciosas.

 Crônicas:

 Feridas ulcerativas (úlcera por pressão)

 Enfermidades dermatológicas (psoríase)

 Drenantes: fístulas, drenos e estomas.

3.3 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO AO ROMPIMENTO


DAS ESTRUTURAS
 Abertas: sem aproximação de bordas.

 Fechadas: com aproximação e sutura de bordas

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Unidade 3 – Caracterização das Feridas

3.4 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO À PROFUNDIDADE:


COMPROMETIMENTO ESTRUTURAL
 Superficial: até a derme

 Profunda Superficial: até o subcutâneo

 Profunda Total: músculo e estruturas adjacentes

3.5 CLASSIFICAÇÃO GERAL DE FERIDAS


Feridas Abertas que cicatrizam por 2ª intenção, são classificadas segundo aparência em:

 Necrótica: presença de placa necrótica dura (escara) ou tecida necrosado.

 Infectada: presença de processo inflamatório e exsudação supurativa

 Com crosta: exsudação que solidificou.

 Granulada: formação de tecido novo (angiogênese) e matriz do colágeno.

 Epitelizada: formação e migração de células epiteliais sobre a superfície durante o


processo de cicatrização.

3.6 CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS: PRESENÇA OU AUSÊNCIA DO


EXSUDATO (ASPECTO)
 Exsudato fibrinoso: passagem de proteínas plasmática pela parede do vaso.

 Fibrina: é uma proteína insolúvel, que se forma durante o processo de coagulação.


Na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou amarelada.

 Padrões Mistos: serosanguinolento, seropurulento, serofibrinoso e fibrinopurulento.

 Coloração: Esbranquiçada, amarelada e esverdeada.

 Odor: Inodoro, fétido e pútrido.

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Atualização em Tratamento de Feridas

 Derivados de fístulas: biliar, entérica, urinária, pancreática e fecalóide.

3.7 FORMATO E TAMANHO DA FERIDA


O formato e tamanho da ferida podem mudar durante o processo de cicatrização. No início
quando retiram os tecidos necróticos e/ou desvitalizado, a ferida parece aumentar de
tamanho. Isso ocorre porque a dimensão real da ferida era mascarada pelo tecido necrótico.

É importante realizar a monitorização do formato e tamanho da ferida para definir o


curativo ideal.

3.8 LOCALIZAÇÃO DA FERIDA


No exame físico do paciente se identifica a localização da ferida e evidenciam-se áreas
com grandes possibilidades para contaminação, por exemplo, em região sacra.

3.9 APARÊNCIADA FERIDA


A aparência da ferida está relacionada com a etapa de cicatrização ou com uma
complicação. As feridas abertas podem ser classificadas como: necróticas, infectadas, com
crosta, granuladas e epitelizadas. Ressalta-se que algumas feridas podem pertencer a mais
de uma categoria denominada ferida mista.

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Unidade 4 – Fisiologia da Cicatrização

04
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO

O processo de cicatrização de feridas é composto por várias etapas tais como: inflamação,
reconstrução, epitelização e maturação.

 Inflação: A reação inflamatória é uma reação local não-especificada a danos no


tecido e/ou invasão bacteriana. Ela é uma parte importante dos mecanismos de
defesa do corpo e é a parte fundamental no processo de cicatrização. Os sinais de
infamação são: dor, rubor, calor e edema. Esta etapa dura de quatro a cinco dias e
requer recursos energéticos e nutricionais.

 Reconstrução: Nesta fase o oxigênio tecidual estimula os macrófagos para criar


fatores de angiogênese que instiga o processo de angiogênese. Os capilares não
danificados estimulam a germinação de células que crescem na direção da
superfície formando uma rede dentro da ferida fornecendo nutrientes e oxigênio
(tecido de granulação).

 Epitelização: Trata-se da fase em que a ferida é coberta por células epiteliais. Nas
feridas fechadas essa fase começa logo no segundo dia. No entanto, nas feridas
abertas, é necessário que a cavidade da ferida seja preenchida com tecido de
granulação antes da epitelização poder começar.

 Maturação: Durante a fase de maturação, a ferida se torna menos vascularizada. As


fibras de colágeno são reorganizadas de forma que formam ângulos com as
margens da ferida. O tecido da cicatriz presente é remodelado e lentamente fica
igual ao tecido normal.

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4.1 TIPOS DE CICATRIZAÇÃO


Dependendo da maneira como foi produzida a lesão, podemos classificar o processo
cicatricial em:

 Cicatrização por primeira intenção: Ocorre quando há perda mínima de tecido e


as bordas são passiveis de ajuste por sutura. Neste tipo de lesão o curativo e
utilizado apenas para proteção não havendo necessidade de manutenção do meio
úmido. O curativo pode ser removido até após 48 horas.

 Cicatrização por segunda intenção: Ocorre quando há perda acentuada do tecido


e não há possibilidade de fechamento dos bordos. O tempo de cicatrização será
invariavelmente superior e o curativo deve ser utilizado com tratamento da lesão,
havendo necessidade de manutenção do meio úmido.

 Cicatrização por terceira intenção ou mista: Ocorre quando há fatores que


retardam o processo cicatricial por primeira intenção e há necessidade de deixar a
lesão aberta para drenagem ou para debelar uma Infecção. Posterior ao tratamento a
lesão poderá ser fechada por primeira intenção.

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Unidade 5 – Tratamento de Pacientes com Feridas

05
TRATAMENTO DE PACIENTES COM
FERIDAS

Na assistência ao paciente portador de feridas se faz necessário uma abordagem holística,


com um levantamento do histórico do paciente e a avaliação das condições atuais,
incluindo o físico, psicológico e o espiritual.

5.1 DENTRE OS CUIDADOS FÍSICOS ESTÃO


 Idade

 Estado Nutricional

 Patologias de base: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia

 Infecções

 Mobilidade no leito

 Duração da internação hospitalar

 Incontinência urinária

 Higiene

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5.2 DENTRE OS CUIDADOS PSICOLÓGICOS ESTÃO


 Medo

 Estresse

 Impotência

5.3 CUIDADOS ESPIRITUAIS


A espiritualidade tem conceitos divergentes no campo da saúde. Todavia ela pode ser
compreendida com um sentido dentro de nós que responde a realidades infinitas da vida.

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Unidade 6 – O Ambiente Ideal para Cicatrização

06
O AMBIENTE IDEAL PARA
CICATRIZAÇÃO

Atualmente, há uma vasta gama de curativos utilizados no tratamento de feridas no


mercado. Esses curativos foram elaborados para ter um efeito funcional possuindo algumas
características tais como: manter a alta umidade da interface ferida/curativo, permitir trocas
gasosas, remover o excesso de exsudato, impermeável a bactéria, fornece isolamento
pérvio, ser isento de partículas e tóxicos contaminadores das feridas e permitir sua remoção
sem causar trauma na ferida.

 Manter a umidade da ferida: Deve-se manter o leito da ferida úmido, permitindo


assim que as células epiteliais deslizem pela superfície da ferida. Portanto na
limpeza das feridas abertas, não há a necessidade de secar a superfície da ferida.
Deve-se secar a pele ao redor da ferida para ajudar manter o novo curativo fixado.

 Retirar o excesso de exsudato: O curativo deve ter um pouco de absorvência. Em


algumas situações serão necessários à utilização de curativo secundário.

 Permitir trocas gasosas: A hipóxia do tecido é fundamental para estimular a


angiogênese na ferida em processo de cicatrização. Pois, a falta de oxigênio
estimula o crescimento de arcos capilares na ferida que trazem oxigênio com eles.

 Isolamento térmico: Pesquisas evidenciaram que leva três horas para a atividade
mitótica retornar a sua velocidade normal. Portanto, as feridas não devem ser
limpas com soluções frias e sim mornas.

 Impermeável à bactéria: um dos objetivos do curativo é criar uma barreira entre a


ferida e o ambiente.

 Isento de partículas e tóxicos contaminadores de feridas: AS partículas prolongam a


reação inflamatória afetando a velocidade da cicatrização.

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Atualização em Tratamento de Feridas

 Retirar sem traumas: a utilização de curativos secos diretamente na superfície da


ferida é a causa principal de trauma.

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Unidade 7 – Curativos

07
CURATIVOS

Por definição, curativo é todo material colocados diretamente por sobre uma ferida, cujos
objetivos são: evitar a contaminação de feridas limpas; facilitar a cicatrização; reduzir a
infecção nas lesões contaminadas; absorver secreções, facilitar a drenagem de secreções,
promoverem a hemostasia com os curativos compressivos, manter o contato de
medicamentos junto à ferida e promover conforto ao paciente.

Os curativos podem ser abertos ou fechados, sendo que os fechados ou oclusivos


são subdivididos em úmidos e secos. Os curativos úmidos têm por finalidade: reduzir o
processo inflamatório por vasoconstricção; limpar a pele dos exsudatos, crostas e escamas;
manter a drenagem das áreas infectadas e promover a cicatrização pela facilitação do
movimento das células.

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Atualização em Tratamento de Feridas

08
PRODUTOS MAIS UTILIZADOS NO
TRATAMENTO DAS FERIDAS

 As soluções mais utilizadas nos curativos são:

 Soro fisiológico para limpeza e como emoliente;

 Atualmente, a solução mais utilizada para limpeza da ferida é o soro fisiológico


0,9%.

8.1 ALGINATOS
São sais de polímero natural ácido algínico derivado de algas marinhas marrons. Estes
curativos apresentam-se em embalagens individuais estéreis.

 Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o


cálcio presente no curativo promovendo uma troca iônica que auxilia no
desbridamento autolítico, tem alta capacidade de absorção e resulta na formação de
um gel que mantêm o meio úmido para cicatrização.

 Indicações: feridas abertas altamente exsudativas com ou sem infecção e lesões


cavitárias com necessidade de estimulo rápido de do tecido de granulação.

 Contraindicações: lesões por queimaduras ou lesões superficiais e feridas sem ou


com pouca exsudação.

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Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas

8.2 PAPAÍNA
É uma enzima proteolítica extraída do látex da caricapapaya.

 Indicação: em todo tecido necrótico, particularmente naqueles com crosta.

 Mecanismo de ação: ação antiinflamatória, bactericida e cicatricial; atua como


desbridante.

 Modo de usar: preparar a solução em frasco de vidro, irrigar a lesão e deixar gaze
embebida na solução.

 Observações: a diluição é feita de acordo com a ferida: 10% em tecido necrosado,


6% nas com exsudato purulento e 2% naquelas com pouco exsudato.

8.3 HIDROCOLÓIDE
 Partículas hidroativas em polímero inerte impermeável.

 Indicação: lesões não infectadas com ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões
cirúrgicas.

 Mecanismo de ação: promove barreira protetora, isolamento térmico, meio úmido,


prevenindo o ressecamento, desbridamento autolítico, granulação e epitelização.

 Modo de usar: irrigar a lesão com soro fisiológico, secar as bordas e aplicar
hidrocolóide e fixar o curativo à pele.

 Observações: não deve ser utilizado para feridas infectadas.

8.4 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGES)


 São óleos derivados dos vegetais poli-insaturados. A composição do produto
comercializado para o tratamento de feridas e: Ácido Linoléico, Ácido Caprilíco,
Ácido Capríco, Vitaminas 'A' e 'E' e Lecitina de Soja.

 Indicações: Prevenção e tratamento de ulceras de pressão e tratamento de lesões


abertas com ou sem infecção.

 Contraindicações: Lesões com necrose tecidual sem desbridamento.

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Atualização em Tratamento de Feridas

 Mecanismo de ação: Os AGEs possuem ação quimiotática. São precursores de


substancias farmacologicamente ativas envolvidas no processo de divisão celular e
diferenciação epidérmica (tromboxanes e prostaglandinas- e possui capacidade de
modificar reações inflamatórias e imunológicas, alterando funções leucocitárias e
acelerando o processo de granulação tecidual.

8.5 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS, LIPÍDIOS INSATURADOS


RICOS EM ÁCIDO LINOLÉICO
 Indicação: todos os tipos de lesões, infectadas ou não, desde que desbridadas
previamente.

 Mecanismo de ação: promove quimiotaxia para leucócitos, facilita a entrada de


fatores de crescimento nas células, promove proliferação e mitose celular,
acelerando as fases da cicatrização.

 Modo de usar: irrigar a lesão com soro fisiológico, aplicar AGE por toda a área da
ferida e cobrir.

 Observações: não é agente desbridante, porém estimula o desbridamento autolítico.

8.6 CURATIVO DE CARVÃO ATIVADO


Uma cobertura estéril para ferimentos, de baixa aderência, envolto por uma camada de
tecido selado em toda sua extensão, com uma almofada impregnada por carvão ativado e
prata a 0,15%.

 Mecanismo de Ação: o carvão ativado adsorve o exsudato e filtra o odor enquanto a


prata exerce poder bactericida local pela liberação de prata.

 Contraindicações: Não deve ser utilizado em queimaduras, pois a prata pode


provocar dor. O curativo não deve ser cortado para não ocorrer liberação do carvão
ativado na lesão.

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Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas

8.7 SULFADIAZINA DE PRATA


É um composto solúvel e com ação adstringente derivado de sais de prata com
propriedades antisséptica local.

 Mecanismo de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas e age diretamente


na parede celular e membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação
bactericida imediata e ação bacteriostática residual pela liberação de pequenas
quantidades de prata iônica.

 Indicações: prevenção de colonização e tratamento de queimaduras.

8.8 MEMBRANAS OU FILMES SEMIPERMEÁVEIS


É um material estéril com possibilidade de uso como cobertura primaria ou secundaria
indicado principalmente para oclusão de lesões planas pouco exsudativas. São
transparentes, facilitando a visualização das características da lesão e permitindo maior
mobilidade ao paciente.

 Composição: filme de poliuretano, transparente, elástico, semipermeável, aderente


a superfícies secas.

 Mecanismo de ação: Proporciona ambiente úmido, favorável a cicatrização


permeabilidade seletiva, permitindo a difusão gasosa e evaporação de água.
Impermeável a fluidos e microorganismos.

 Indicação: Fixação de cateteres vasculares; proteção de pele integra e escoriações;


prevenção de ulceras de pressão por fricção, cobertura de incisões cirúrgicas limpas
com pouco ou nenhum exsudato; cobertura de queimaduras de 1 e 2 grau; cobertura
de áreas doadoras de enxerto.

 Contra indicações: Feridas com muito exsudato; Feridas infectadas. Trocar quando
perder a transparência.

8.9 HIDROGEL
É um composto de água, carboximetil-celulose (CMC- e propileno-glicol (PPG- que forma
um hidrogel transparente e incolor com função de remover tecidos necróticos através do
desbridamento autolítico.

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Atualização em Tratamento de Feridas

 Mecanismo de ação: a água (77,7%)- mantém o meio úmido, a CMC (2,3%)-


facilita as propriedades reidratantes e de desbridamento e o PPG (20%)- estimula a
liberação do exsudato.

 Indicação: remoção de tecido necrótico em lesões cavitárias.

8.10 PROTETORES CUTÂNEOS PARA OSTOMIAS


Descrição: São compostos de gelatina, pectina, carboximentilcelulose sódica e
polisobutileno de uso tópico com a mesma função de proteger e regenerar a epiderme Peri
- ostomias e Peri - fístulas. Apresentações:

 Pó - indicado em lesões úmidas e escoriadas da pele Peri-ostomal. Sua função é


secar e forma uma película protetora para fixação da placa.

 Pasta - indicada para correção de imperfeições do estoma. Sua função é de selante


da pele com o estoma através da formação de um anel ao redor do estoma.

 Placa - indicada para a proteção e regeneração da pele Peri-ostomal e fixação da


bolsa.

 Indicações: Peri-fístulas ou Peri-ostomias.

8.11 POMADAS ENZIMÁTICAS


São compostos de enzimas especificas para determinados substratos com o objetivo de
auxiliar no desbridamento da lesão, entretanto não há dados conclusivos sobre sua ação
como estimulador do processo cicatricial.

 Composição: colagenase lostridiopeptidase. A e enzimas proteolíticas.

 Mecanismo de ação: age seletivamente degradando o colágeno nativo da ferida.

 Indicação: desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões.

 Contraindicação: Feridas com cicatrização por primeira intenção. Não utilizar por
mais de 15 dias.

 Trocar o curativo a cada 8 horas.

 Observações: há controvérsias quanto à eficácia das pomadas enzimáticas como


estimulador da granulação e epitelização, visto que com o aumento dos níveis de

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Unidade 8 – Produtos mais Utilizados no Tratamento das Feridas

ação das proteinases, temos a degradação dos fatores de crescimento e dos


receptores de membrana celular, que são importantes para o processo de
cicatrização.

8.12 CURATIVO ADESIVO COM HIDROPOLIMEROS


É um curativo altamente absorvente para feridas com baixa a moderada exsudação e que
proporciona um ambiente úmido facilitador do processo de granulação. Este curativo é
mais aderente devido à presença de uma camada de hidropolímero com capacidade de
expansão e manutenção da adesão do curativo a lesão.

 Mecanismo de ação: Proporciona um ambiente úmido e estimula o desbridamento


autolítico. Absorve o exsudato e expande-se delicadamente à medida que absorve o
exsudato.

 Indicações: Tratamento de feridas abertas não infectadas.

 Contraindicações: Queimadura de 3º grau; lesões com vasculite ativa;

 Feridas colonizadas e infectadas, com tecido desvitalizado.

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Atualização em Tratamento de Feridas

09
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO
TRATAMENTO DE FERIDAS

A medicina hiperbárica possui dois grandes ramos de atividade:

 Dedicado à atividade profissional de mergulhadores, aeronautas e trabalhadores sob


ar-comprimido, prevalecendo uma abordagem voltada à saúde ocupacional;

 Referente às aplicações clinicas da oxigenoterapia hiperbárica (OHB). O tratamento


é efetuado em várias sessões, cujo nível de pressão, duração, intervalos e número
total de aplicações são variáveis de acordo com as enfermidades. A OHB consiste
na inalação de oxigênio puro com a pressão do ambiente aumentada de duas a três
vezes acima de seu valor normal, estando o cliente no interior de uma câmara
hiperbárica. Durante as sessões ocorre um aumento de 10 a 20 vezes na quantidade
de oxigênio dissolvido nos tecidos.

9.1 APLICAÇÕES CLÍNICAS


Inúmeras são as indicações da OHB determinadas por vários protocolos aceitos
internacionalmente:

 Embolias gasosas.

 Doença descompressiva.

 Embolia traumática pelo ar.

 Envenenamento por monóxido de carbono ou intoxicação por fumaça.

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Unidade 9 – Oxigenoterapia Hiperbárica no Tratamento de Feridas

 Envenenamento por cianeto ou derivados cianídricos.

 Gangrena gasosa clostridiana.

 Doença de Fournier.

 Outras infecções necrotizantes de tecidos moles: celulites, fasciíte e miosites,


deiscência de sutura.

 Isquemias agudas traumáticas: lesão por esmagamento, síndrome compartimental,


reimplante de extremidades amputadas e outras.

 Retalhos ou enxertos comprometidos ou de risco.

 Vasculites agudas de etiologia alérgica, medicamentosa ou por toxinas biológicas


(aracnídeos, ofídios e insetos.

 Queimadura complexa.

 Lesões refratárias: úlceras de pressão, vasculogênica, neuropática (pé diabético e


outras).

 Lesões por radiação: radiodermite, osteorradionecrose e lesões actínicas de


mucosas.

 Osteomielite crônica.

 Hipoacusia por ototoxidade a agentes quimioterápicos.

 Anemia aguda nos casos de impossibilidade de transfusão sanguínea.

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Atualização em Tratamento de Feridas

10
ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO
PACIENTE COM VITILIGO

A assistência de enfermagem ao paciente com vitiligo incluem alguns cuidados tais como:

 É fundamental o atendimento ao cliente portador de vitiligo com a maior brevidade


possível, avaliando com a equipe do serviço a aplicação de protocolos de
atendimento, buscando reduzir e recuperar a cor da pele nas regiões detectadas.

 Conhecer as condições socioeconômicas e culturais em que vive o paciente


observando para as condições físicas, de sustento financeiro da família, suas
crenças, seus hábitos culturais e valores associados aos fatores afetivos-culturais e
sociais.

 Ter na família os elementos facilitadores do processo de cuidar do paciente, por


isso envolvê-lo na consulta favorecendo a promoção da saúde ao paciente.

 Uma vez diagnosticado vitiligo, (busque manter os pressupostos teóricos,


metodológicos e filosófico que fundamentaram sua prática) oferecendo suporte que
garanta a família e ao paciente, o atendimento, acesso ao serviço de saúde, com um
sistema de referência que dê respostas eficazes e eficientes à família e ao paciente.

 Implementar Grupo Terapêuticos de Auto- ajuda, estimulando e incentivando o uso


das terapêuticas alternativas junto com uma equipe multidisciplinar, para orientação
e apoio ao paciente com vitiligo e o uso de fitoterapia, homeopatia, pseudocatalase,
helioterapia, UVB, extrato de placenta humana, kuva, fenilalanina tópica e
sistêmicas e antioxidantes.

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Unidade 11 – Atuação do Enfermeiro ao Paciente com Doença Falciforme e Portador de Úlcera
de Perna

11
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO AO
PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME E
PORTADOR DE ÚLCERA DE PERNA

 As úlceras de perna estão presentes em 8% a 10% das pessoas com Doença


Falciforme (DF), principalmente nos adolescentes e nos adultos jovens.

 Ocorrem em geral no terço inferior da perna, sobre e ao redor dos maléolos medial
ou lateral e em algumas ocasiões sobre a tíbia ou o dorso do pé.

 Um percentual de 75% das pessoas com úlcera de perna tem genótipo SS.

 Sua etiologia pode ser traumática, por contusões ou picadas de inseto, espontânea e
por hipóxia tissular devido à crise vaso-oclusiva crônicas.

 São lesões exsudativas, de tamanho variável, com margem definida, bordas em


relevo, recoberta por película amarela e susceptível a infecção. São extremamente
dolorosas, de difícil tratamento e com alto índice de recorrência.

 Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com úlcera venosa, úlcera diabética, úlcera
isquêmica, úlcera neuropática, úlcera por pressão e outras.

 O envolvimento da pessoa com o estímulo do autocuidado é de essencial


importância, não somente na prevenção, como no sucesso do tratamento.

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Atualização em Tratamento de Feridas

12
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES POR
PRESSÃO

O National Pressure Ulcer Advisory Pane (NPUAP), que é uma organização norte-
americana sem fins lucrativos, dedicada a prevenção e ao tratamento das lesões por
pressão. Formado em 1986, o conselho diretor é Multidisciplinar, composto de
especialistas em lesões por pressão e líderes de diversas áreas da saúde que compartilham o
compromisso da organização.

No dia 13 de Abril de 2016, o NPUAP anunciou uma mudança na terminologia


ÚLCERA POR PRESSÃO para LESÃO POR PRESSÃO e a atualização da nomenclatura
dos estágios do sistema de classificação.

Segundo o NPUAP, a expressão descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão,
tanto na pele intacta como na pele ulcerada.

As Lesões por Pressão são categorizadas para indicar a extensão do dano tissular.

O sistema de classificação atualizado inclui as seguintes definições:

12.1 LESÃO POR PRESSÃO


É um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato.

A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser
dolorosa.

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Unidade 12 – Classificação das Lesões por Pressão

A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação


com o cisalhamento.

A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada


pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição.

12.2 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1: PELE ÍNTEGRA COM


ERITEMA QUE NÃO EMBRANQUECE
Pele integra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer
diferente em pele escura.

12.3 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2: PERDA DA PELE EM SUA


ESPESSURA PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME
Perda da pele em espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de
coloração rosa ou vermelha, úmida e pode também apresentar-se como uma bolha intacta
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não
são visíveis.

12.4 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3: PERDA DA PELE EM SUA


ESPESSURA TOTAL
Perda de pele de espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de
granulação está presente. Esfacelo e tecido desvitalizado pode estar presente. A
profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica, áreas com
adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrem
descolamento e formação de túneis.

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Atualização em Tratamento de Feridas

12.5 LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 4: PERDA DA PELE EM SUA


ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR
Perda de pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso.

12.6 LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁVEL: PERDA DA PELE


EM SUA ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULAR NÃO VISÍVEL
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode
ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo
ou escara), Lesão por pressão grau 3 ou grau 4 ficará aparente.

12.7 LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA:


DESCOLORAÇÃO VERMELHA ESCURA, MARROM, PÚRPURA,
PERSISTENTE QUE NÃO EMBRANQUECE
Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura,
marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com
leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.

Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração


de pele.

Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada de cisalhamento na interface


osso- músculo.

12.8 DEFINIÇÕES ADICIONAIS

12.8.1 Lesão por Pressão relacionado a Dispositivo Médico

Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A lesão por pressão relacionada a


dispositivo médico resulta do uso de dispositivo criados e aplicados para fins diagnósticos
e terapêuticos.

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Unidade 12 – Classificação das Lesões por Pressão

12.8.2 Lesão por Pressão em Membranas Mucosas

A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de


dispositivo médico no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem
ser categorizadas.

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Atualização em Tratamento de Feridas

13
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE
FERIDAS

A partir da década de 1960 foram realizados estudos sobre os efeitos biológicos da


laserterapia na reparação tecidual, sucessivamente outras pesquisas demonstraram a
aplicabilidade clínica e hoje a laserterapia é aplicada no tratamento de feridas.

Para ser utilizado na reparação tecidual o raio laser deve possuir ótima interação
com o tecido cutâneo. O laser pode ser composto de vários gases, tais como: CO2, Diodo,
Neodímio (Nd) e Hélio- Neônio (HeNe). O laser HeNe é o mais empregado na reparação
tecidual.

Durante o tratamento da laserterapia, o leito da lesão deve ser úmido, como por
exemplo, com ácido graxo essencial (AGE) e hidrogel.

O curativo deve ser substituído, em média, a cada 12 ou 24 horas e toda vez que for
contaminado.

13.1 INDICAÇÃO
Atua como coadjuvante no tratamento de feridas superficiais e profundas, limpas ou
infectadas.

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Unidade 13 – Laserterapia no Tratamento de Feridas

13.2 CONTRAINDICAÇÃO
 Tratamento de lesões neoplásicas, já que pode estimular seu desenvolvimento.

 Clientes portadores de retinopatias

13.3 EFEITOS TERAPÊUTICOS DA LASERTERAPIA


 Proliferativo: aumenta a neoangiogênese, a síntese de fibroblastos, colágeno e ATP
(adenosina Trifosfato).

 Fibrinolítico: facilita fibrinólise.

 Antiedematogênico: facilita o retorno venoso linfático, devido à ação


vasodilatadora dos capilares.

 Antiinflamatória: interfere na síntese de prostaglandina, aumentando a


permeabilidade capilar.

 Analgésico: libera substâncias quimiotáxicas, que estimulam a liberação de


endorfinas, normalizando o potencial elétrico da membrana celular.

 Bactericida: aumenta a quantidade de interferon, potente agente natural.

13.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO


 Técnica Pontual: é aplicado em determinados pontos da borda da ferida.

 Técnica de varredura externa: é aplicada em toda a borda da ferida.

 Técnica de varredura interna: é aplicada dentro da própria lesão.

 Técnica de varredura mista: são aplicadas, de forma conjunta, as varreduras


internas e externas.

 Técnica associada: são aplicadas, de forma conjunta, a pontual e a varredura mista.

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Atualização em Tratamento de Feridas

13.5 REGULAMENTAÇÃO DO COFEN EM RELAÇÃO AO USO DA


LASERTERAPIA
 A Laserterapia é uma terapia não invasiva, não térmica, asséptica, indolor, sem
efeitos colaterais.

 A técnica de Laserterapia vem sendo amplamente utilizada nas condições de


processo cicatriciais, visando obter cicatrização tecidual mais rápida. Seu êxito é
sugerido às particularidades de respostas induzidas aos tecidos, como diminuição
do processo inflamatório, redução de edema, aumento da fagocitose, da síntese de
colágeno e da epitelização.

 A fotobiomodulação laser tem sido cada vez mais utilizada com a finalidade de
melhorar a qualidade da cicatrização. Os efeitos terapêuticos do laser sobre os
diferentes tipos biológicos são amplos e, entre eles, destacam-se os efeitos trófico
regenerativos, anti-inflamatórios e analgésicos, tendo sido demonstrado que a
regeneração tissular se torna mais eficaz quando tratada com laser de baixa
intensidade.

 Sabe-se que a enfermagem tem um papel fundamental no tratamento das feridas, e


é importante o aprofundamento científico nesta área a fim de promover o
empoderamento dessa nova opção tecnológica de intervenção na cicatrização
tecidual.

 Assim, faz-se necessário ressaltar que há inúmeros trabalhos científicos que


comprovam a eficácia do uso do laser de baixa intensidade no processo de
cicatrização, entre tantas outras aplicações, e que na equipe de enfermagem o uso
da Laserterapia é privativo do Enfermeiro em face ao necessário conhecimento
técnico-científico para sua utilização.

 O exercício profissional da Enfermagem no Brasil é regido pela Lei nº Lei nº 7.498


de 25 de junho de 1986 e pelo Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987, que a
regulamenta e dá outras providências. Sendo assim, tais dispositivos legais se
encarregaram de elencar quem são os membros da equipe de Enfermagem
(Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteira), quais
os requisitos legais para obtenção dos títulos, suas atribuições entre outras
providências.

 No tocante às atividades privativas do Enfermeiro, convém destacar as alíneas “i”,


“j”, “l” e “m”:

 Consulta de enfermagem; j) prescrição da assistência de enfermagem; l) cuidados


diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de
enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas.

 Diante do exposto, a Câmara Técnica do COFEN opina na utilização da laserterapia


com autonomia pelo Enfermeiro, após estar devidamente capacitado através de
curso, pois essa prática requer do profissional conhecimento de física, biofotônica,

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Unidade 13 – Laserterapia no Tratamento de Feridas

interação laser e tecido biológico, dosimetria, além de aprofundamento em


fisiologia e reabilitação Resolução COFEN nº 0567/2018. Deve ainda pautar sua
prática aplicando a Sistematização da Assistência de Enfermagem, conforme
previsto na Resolução Cofen 358/09.

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Atualização em Tratamento de Feridas

AVALIAÇÃO

Responda a avaliação abaixo em sua conta, no site


www.enfermagemadistancia.com.br. Você precisa atingir um aproveitamento igual
ou superior a 60% para poder emitir o seu certificado.

1. A pele é composta por camadas. Sobre essas estratificações assinale a alternativa


errada:

a. A epiderme é composta por cinco camadas denominadas: basal, espinhosa,


granulosa, lúcida e córnea.

b. A derme é um epitélio estratificado, pavimentoso, queratinizado de origem


ectodérmica.

c. A derme é composta pela camada papilar e reticular.

d. A hipoderme é formada por tecidos conjuntivos pouco frouxos que une de maneira
pouco firmea derme aos órgãos subjacentes.

2. As feridas podem ser classificadas de acordo com sua etiologia em:

a. Aberta

b. Fechada

c. Superficial

d. Crônicas

3. Quanto à presença de exsudato assinale a alternativa errada:

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Avaliação

a. Fibrina é a passagem de proteína plasmática pela parede do vaso.

b. Exsudato fibrinoso é a passagem da proteína plasmática pela parede do vaso.

c. A fibrina na ferida se apresenta aderida aos tecidos e tem cor esbranquiçada ou


amarelada.

d. Os padrões mistos incluem: serosanguinolenta, seropurulenta, serofibrinoso,


fibrinopurulenta.

4. O processo de cicatrização de feridas é composta por várias etapas, assinale a


alternativa errada:

a. Inflamação

b. Reconstrução

c. Epiderme

d. Maturação.

5. Dependendo da maneira como foi produzida as lesões podem classificar o processo


cicatricial. Assinale a alternativa errada:

a. Cicatrização por primeira intenção

b. Cicatrização por segunda intenção

c. Cicatrização por terceira intenção ou mista

d. Cicatrização por quarta intenção

6. Sobre os tipos de cicatrização assinale a alternativa verdadeira:

a. Cicatrização por segunda intenção: ocorre quando há perda mínima de tecido e as


bordas são passiveis de ajuste por sutura.

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expressa do autor (Artigo 29). 39
Atualização em Tratamento de Feridas

b. Na cicatrização por terceira intenção o curativo e utilizado apenas para proteção


não havendo necessidade de manutenção do meio úmido. O curativo pode ser
removido até após 48 horas.

c. Cicatrização por segunda intenção: ocorre quando há perda acentuada do tecido e


não há possibilidade de fechamento dos bordos.

d. Cicatrização por primeira intenção: ocorre quando há fatores que retardam o


processo cicatricial por primeira intenção e há necessidade de deixar a lesão aberta
para drenagem ou para debelar uma Infecção.

7. Na assistência ao paciente portador de feridas se faz necessário uma abordagem


holística, com um levantamento do histórico do paciente e a avaliação das condições
atuais, incluindo o físico, psicológico e o espiritual. Sobre os cuidados psicológicos
assinale a alternativa verdadeira:

a. Idade

b. Estresse

c. Estado nutricional

d. Patologia de base

8. Os curativos foram elaborados para ter um efeito funcional possuindo algumas


características assinale a alternativa verdadeira:

a. Manter baixa umidade da interface ferida/curativo,

b. Não permitir trocas gasosas,

c. Permeável a bactéria,

d. Permitir sua remoção sem causar trauma na ferida.

9. Sobre os produtos mais utilizados no tratamento das feridas, assinale a alternativa


errada:

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Avaliação

a. Membranas ou Filme semipermeável: são compostos de gelatina, pectina,


carboximentilcelulose sódica e polisobutileno de uso tópico com a mesma função
de proteger e regenerar a epiderme Peri-ostomias e Peri-fístulas.

b. Alginatos: são sais de polímero natural ácido algínico derivado de algas marinhas
marrons.

c. Hidrocolóides: Partículas hidroativas em polímero inerte impermeável. Indicado


para lesões não infectadas com ou sem exsudato, áreas doadoras e incisões
cirúrgicas.

d. Curativo de carvão ativado é uma cobertura estéril para ferimentos, de baixa


aderência, envolto por uma camada de tecido selado em toda sua extensão, com
uma almofada impregnada por carvão ativado e prata a 0,15%.

10. Com relação à Sulfadiazina de prata, assinale a alternativa verdadeira:

a. Mecanismo de ação: o íon prata causa precipitação de proteínas e age diretamente


na parede celular e membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação
bactericida imediata e ação bacteriostática residual pela liberação de pequenas
quantidades de prata iônica.

b. Contraindicações: prevenção de colonização e tratamento de queimaduras.

c. É um composto insolúvel e com ação adstringente derivado de sais de prata com


propriedades antisséptica local.

d. Mecanismo de Ação: o carvão ativado adsorve o exsudato e filtra o odor enquanto a


prata exerce poder bactericida local pela liberação de prata.

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Atualização em Tratamento de Feridas

REFERÊNCIAS

Aproveite para estudar também as referências bibliográficas e ampliar ainda


mais o seu conhecimento.

BARROS, Alba Lucia Bottura Leite de e cols. Anamnese e exame físico: avaliação
diagnóstica de enefermagem no adulto. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

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CARPENITO, Lynda Jual. Manual de Diagnósticos de Enfermagem. Porto Alegre:


Artes Médicas Sul Ltda, 2010.

CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio; FAKIH, Flávio Trevisani; CANTERAS, Lígia


Mara da Silva; LABBADIA,Lilian Lestingi; TANAKA, Luiza Hiromi. Procedimentos de
Enfermagem: Guia Prático. 1ª ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2009. 236 p.

CIANCIARULLO, Tâmara Wanow. Instrumento Básicos para o cuidar: Um desafio


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CINTRA, Eliane Araújo e Cols. Assistência de Enfermagem ao paciente gravemente -


enfermo. São Paulo: Athneu, 2011.

DEALEY, Carol. Cuidando de feridas: um guia para as enfermeiras. Tradução: Eliane


Kanner. São Paulo: Atheneu Editora, 2006.

MALAGUTTI, William (org). Curativo, estomias e dermatologia: uma abordagem


multiprofissional. São Paulo: Martinari, 2010.

MOZACHI, N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. Curitiba: Manual Real, 9ª Ed,


2007.

SILVA, R.C.L. da; FIGUEREDO, N.M.A. de; MEIRELLES, I.B. Feridas –


Fundamentos e Atualizações em Enfermagem. 2 ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2007.

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Referência

WALDOW, Vera Regina. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre: Sagra
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