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ADULTERAÇÃO DO LEITE
SOROCABA
2014
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ALESSANDRA REGINALDO ALVES
DIOGO GOMES PEREIRA
MONALISA DE CAMARGO
VINICIUS ALCIDES DE ALMEIDA
ADULTERAÇÃO DO LEITE
SOROCABA
2014
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SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO..........................................................................................5
2 -OBJETIVOS..............................................................................................6
3 -REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................6
3.1 O QUE É O LEITE........................................................................6
3.2 O QUE É A ADULTERAÇÃO DO LEITE......................................8
3.3 COMO DETECTAR A ADULTERAÇÃO DO LEITE.....................9
3.3.1 Controle diário de qualidade de leite cru refrigerado no
estabelecimento industrial....................................................10
3.3.1.1 Avaliação sensorial: aspecto e coloração......................10
3.3.1.2 Avaliação sensorial: odor...............................................10
3.3.1.3 Temperatura...................................................................10
3.3.1.4 Teste do alizarol.............................................................11
3.3.2 Pesquisa de resíduos de outros agentes inibidores do crescimento
microbiano............................................................................11
3.3.2.1 Peróxido de hidrogênio...................................................11
3.3.2.2 Formaldeído....................................................................11
3.3.2.3 Sanitizantes (cloro e hipocloritos)...................................12
3.3.3 Pesquisa de reconstituinte da crioscopia.............................12
3.3.3.1 Álcool etílico....................................................................12
3.3.4 Pesquisa de reconstituinte da densidade.............................12
3.3.4.1 Sacarose........................................................................12
3.3.4.2 Cloretos..........................................................................13
3.3.4.3 Amido.............................................................................13
3.3.5 Pesquisa de neutralizantes da acidez...................................13
3
3.3.5.1 Determinação do pH.....................................................13
3.3.5.2 Alcalinidade das cinzas.................................................13
3.3.5.3 Hidróxido de sódio.........................................................14
3.3.5.4 Carbonato ou Bicarbonato de sódio..............................14
3.3.6 Pesquisa de fraude por adição de soro...............................14
3.3.6.1Índice de caseinomacropeptideo (CMP).........................14
4 - CONCLUSÃO........................................................................................17
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................18
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1 - INTRODUÇÃO
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2 - OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo mostrar os tipos de adulterações que são
feitas no leite, por que elas são feitas e as formas de detectar essas adulterações.
3 - DESENVOLVIMENTO
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COMPOSIÇÃO CENTESIMAL (g/100g)
ALIMENTOS
Umidade Cinzas Lipídios Proteína* Carboidratos Kcal
Leite A 87,27 0,59 3,8 3,28 4,91 67
Leite B 87,31 0,56 3,8 3,22 5,11 68
Leite C 87,95 0,54 3,1 3,24 5,17 62
Leite em pó
integral 2,98 5,34 25,72 25,68 40,19 495
Composição Centesimal e valor calórico (kcal/100g) em leites segundo Torres
et al. (2002)
É formado por água, caseína (que abriga 80% das proteínas do leite), buritina e
lactose.
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Requisitos físico-químicos para o leite cru Limites
refrigerado Requisitos
Matéria gorda (g/100g) Mínimo 3,0
Proteínas (g/100g) Mínimo 2,9
Extrato seco desengordurado (g/100g) Mínimo 8,4
Extrato seco total (g/100g) Mínimo 11,4
Índice Crioscópico - 0,512°C a - 0,531°C
Acidez titulável (g ácido lático/100 ml) 0,14 a 0,18
Densidade relativa a 15°C (g/ml) 1,028 a 1,034
Por conter diversos nutrientes é comum achar que seu consumo será
benéfico ao organismo, seria, porém o que nem todo mundo sabe é que ao tomar
um copo de leite invés de consumir algo saudável pode estar consumindo também
substancias como uréia, soda cáustica, formol, água oxigenada e cal virgem. Essa
adulteração tem como possível local de ocorrência o produtor de leite, no tanque
comunitário, no transporte, na industria e até no comercio; nos quais podem ser
adicionado ao produto água, soro, neutralizantes, reconstituintes, conservantes,
outros tipos de leite, gorduras de origem não lácteas ou também podem ter a
alteração de sua composição e troca da data de validade. O leite pode ser
adulterado com água, soro de leite, neutralizantes para mascarar a acidez (hidróxido
de sódio), reconstituintes de densidade e crioscopia (sal, açúcar e amido), entre
outros (KARTHEEK et al., 2011). Alguns exemplos de alterações no aspecto do leite
são: presença de grumos, leite filamentoso, material estranho em suspensão e
depósito de material estranho no fundo do tanque (BRASIL, 2011). A fraude por
adição de soro ao leite fluido é uma das mais praticadas. Por se tratar de um
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subproduto oriundo da fabricação de queijos, o soro está sempre disponível e sem
custo adicional. Esta fraude visa o lucro ilícito, aumentando falsamente o volume de
leite (CARVALHO et al., 2007).
Temperatura (°C)
Teste do alizarol
Índice crioscópico
9
Formaldeído
Cloretos
Amido
Pesquisa de neutralizantes da acidez
pH
Hidróxido de sódio
Carbonatos e Bicarbonatos
Pesquisa da fraude do leite por adição de soro
10
3.3.1.1 Avaliação sensorial: aspecto e coloração
3.3.1.3 Temperatura
11
Mistura-se 10 mL da amostra de leite com seis gotas de solução de óxido de
vanádio a 1% em solução de ácido sulfúrico a 6% em um tubo de ensaio e agita-se.
O resultado é positivo quando forma-se uma coloração rósea ou vermelha, resultado
da reação do óxido de vanádio com o peróxido de hidrogênio em meio ácido
formando o ácido ortoperoxivanádico, de coloração vermelha (BRASIL, 2006).
3.3.2.2 Formaldeído
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Coloca-se 100 mL da amostra de leite e 10 mL de antiespumante em um
kitazato e 2 mL de solução sulfocrômica em um tubo de ensaio. Mergulha-se nesta
solução a extremidade de uma pipeta de Pasteur acoplada ao kitazato por um tubo
de silicone ou látex, de modo a formar um sistema fechado. Ferve-se a amostra
contida no kitazato por 5 minutos. Tem-se resultado negativo quando a coloração da
solução sulfocrômica permanece inalterada ou levemente amarelo-acinzentada. Na
presença de álcool etílico, resultado positivo, a solução sulfocrômica adquire
coloração verde (BRASIL, 2006).
3.3.4.1 Sacarose
3.3.4.2 Cloretos
3.3.4.3 Amido
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3.3.5 Pesquisa de neutralizantes da acidez:
3.3.5.1 Determinação do pH
14
3.3.6 Pesquisa de fraude do leite por adição de soro
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apresentado resultados conformes.Em novembro do mesmo ano foi recebida
denuncia de que teria sido visto um caminhão a beira da estrada no qual um
individuo colocava dentro do caminhão que levava leite dois sacos de uréia. Em
fevereiro de 2014, uma nova investigação iniciou coletando 104 amostras de leite
cru refrigerado, nesta investigação tiveram o apoio do Laboratório SENAI/Chapecó,
que trabalhou em regime plantonista realizando todas as análises necessárias assim
que chegadas no local. No geral os resultados das análises da maior parte das
amostras apontaram irregularidades como acidez, índice crioscopico, extrato seco,
índice de CMP que indicam fraude ou má conservação. Apenas alguns mostraram
resultados claros de adulteração .
Por meio de escutas autorizadas, ficou constatado o uso rotineiro de
substancias com intuito de mascarar os problemas de qualidade, manutenção da
qualidade e aumento do volume (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA).
Vinte e seis pessoas foram denunciadas, sendo que destas , quatro estão em
liberdade provisória e treze foram presas sendo que uma delas foi condenada a
dezoito anos e seis meses de prisão.
4. CONCLUSÃO
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Seja para mascarar a má qualidade do produto ou para aumentar o volume do
leite e os lucros, essa prática pode ser danosa á saúde do consumidor.
Existe no Brasil uma legislação regulamentada pelo Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA), que determina valores mínimos de todos os
componentes para que o leite seja considerado normal.
NO entanto muitas são as substâncias utilizadas da adulteração, como água
oxigenada, carbonato de cálcio, formol, entre outros.
Seja para inibir o crescimento microbiano, para reconstruir a densidade do
leite, para adulterar a acidez ou para aumentar o volume final com adição de soro de
leite, essas práticas devem ser reprimidas afim de garantir um bom produto
chegando á mesa do consumidor.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
17
Tecnologia do leite: leite, queijo, manteiga, caseína, iogurte, sorvetes e instalações:
produção, industrialização, analise. M.L. Arruda Behmer.13ª ed. rev. e atualizada.
São Paulo. Nobel, 1999.
18
MENDES, C. G.; SAKAMOTO, S. M.; SILVA, J. B. A.; JÁCOME, C. G. M.; LEITE, A.
I. Análises físico-químicas e pesquisa de fraude no leite informal comercializado no
município de Mossoró, RN. Ciência Animal Brasileira, Goiânia, v. 11, n. 2, p. 349-
356, 2010.
Leite com formol, soda cáustica e água oxigenada foi vendido em SP: Operação
deflagrada pelo MP nesta sexta-feira interceptou empresa de laticínios gaúcha que
armazenava e distribuía leite adulterado. 2014. Revista Veja. 14/03/2014. Disponível
em < http://veja.abril.com.br/noticia/economia/leite-com-formol-soda-caustica-e-
agua-oxigenada-foi-vendido-em-sp > Acessado em 30 de agosto de 2014
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FELÍCIO, P. E. Adulteração do leite mostra que é hora de investir no Sistema de
Inspeção Sanitária Federal. Revista ABCZ, Uberaba, n. 41, nov/dez., 2007, p. 77.
SÂNZIO, R. Leite terá teste preciso, diz Ministério. 2007. Disponível em:
<http://www.cbql.com.br/index.php?
option=com_content&task=view&id=696&Itemid=38> Acessado em 1 de setembro
de 2014.
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